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CPA-20

EDIÇÃO: 21.07.2022
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SUMÁRIO
MÓDULO 1 - Sistema Financeiro Nacional e Participantes do Mercado (5%
a 10%).......................................................................................................................... 06

MÓDULO 2 – Compliance Legal, Ética e Análise do Perfil do Investidor


(15% a 25%) ................................................................................................................ 17

MÓDULO 3 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5% a 10%) ..


....................................................................................................................................... 35

MÓDULO 4 – Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos


(17% a 25%) ............................................................................................................... 53

MÓDULO 5 – Fundos de Investimento (18% a 25%) .................................. 84

MÓDULO 6 – Previdência Complementar Aberta: PGBL e VGBL (5% a 10%)


...................................................................................................................................... 103

MÓDULO 7 – Mensuração e Gestão de Performance e Riscos (10% a 20%)


...................................................................................................................................... 110

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6 Módulo 01 - Sistema Financeiro Nacional e Participantes do Mercado (5% a 10%)

MÓDULO 1 - Sistema Financeiro Nacional e Participantes do


Mercado (5% a 10%)

Composição do SFN: órgãos de regulação, autorregulação, fis-


calização e demais participantes do mercado
O Principais funções do SFN:

1. Intermediação financeira

2. Gerenciador de recursos:
A existência de um sistema de pagamentos para transferência de recursos e arrecadação de
tributos;
A disponibilização de meios de pagamento, tais como cartões de crédito e cheques;
A disponibilização de seguros para as mais diferentes finalidades (automóvel, viagem, vida,
saúde, entre outros).
O serviço de custódia (guarda) de valores, bens e títulos;

No Sistema Financeiro Nacional encontramos 3 tipos de agentes:

Agente Normativo Determinam regras gerais.

Supervisionam as determinações dos agentes


Agente Supervisor normativos.

Instituições que atuam na porta, realizando a


Agente Operacional intermediação.

O CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL – CMN

Órgão Normativo com autoridade máxima no SFN.

Composição:
Ministro da Economia (que preside o Conselho);
Presidente do Banco Central do Brasil (Bacen);

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Secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia.

Principal Função:

Busca promover o crescimento econômico e social do país.

Tem a responsabilidade de determinar diretrizes para as políticas da moeda,


crédito e de câmbio.

Outras Funções do CMN:


Estabelecer diretrizes gerais da política monetária e cambial;
Determinar a meta de inflação;
Disciplinar o Crédito em todas as modalidades;
Regular o valor interno e externo da moeda;
Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras;
Regulamentar as operações de redesconto;
Responsável por fixar medidas de prevenção ou correção de desequilíbrios econômicos.

O BANCO CENTRAL - BACEN

Órgão Supervisor/ Regulador

O que muda com a autonomia do BACEN?


O Banco Central do Brasil é autarquia de natureza especial caracterizada pela ausência de vinculação
a Ministério ou de subordinação hierárquica, pela autonomia técnica, operacional, administrativa e
financeira e pela estabilidade durante seus mandatos.
Tem por objetivo fundamental assegurar a estabilidade de preços.
Faz cumprir todas as determinações do Conselho Monetário Nacional no que diz respeito a política
monetária e cambial.

Composição do Banco Central do Brasil:

Composto por 1 Presidente e 8 diretores nomeados pelo Presidente da Repú-


blica e aprovados pelo Senado Federal.

Mandato:
Presidente: Fixo por 4 anos, com início do terceiro ano de mandato do Presidente da Repú-
blica. Permite uma recondução.

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Diretores fixo por 4 anos *


Início: no terceiro ano do mandato do Presidente da República.
Término: no segundo ano do mandato subsequente.

Isso ocorre para trazer autonomia para o Banco Central. Lembre-se, trata de
autonomia e não independência.

Com o mandato fixo, os membros do Banco Central podem exercer de forma


autônoma sua função de assegurar a estabilidade de preços.

São competências do Bacen:


Assegurar a estabilidade de preços;
Conduzir as políticas monetárias e cambial dentro do SFN. Conduz dentro das diretrizes do
CMN;
Regular e administrar o Sistema Financeiro Nacional;
Determinar via COPOM a taxa SELIC;
Emitir papel-moeda;
Administrar o Sistema de Pagamentos Brasileiro - SPB e o meio circulante;
Controlar o fluxo de capitais estrangeiros e receber os recolhimentos compulsórios dos
bancos;
Autorizar e fiscalizar o funcionamento das instituições financeiras, punindo-as se for o caso;
Exercer o controle do crédito.

A diretoria colegiada do Bacen é composta por 9 membros: presidente + 8 di-


retores (todos nomeados pelo Presidente da República, sujeito à aprovação no
Senado).

O COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS – CVM

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi criada em 07/12/1976 pela lei 6.385/76. Com o objetivo
de fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no Brasil.

Composição:
Presidente
4 diretores

Todos nomeados pelo Presidente da República e sujeitos a aprovação pelo senado federal.

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Objetivos da CVM:
Órgão normativo voltado para o desenvolvimento do mercado de títulos e valores mobiliá-
rios;
Estimular investimentos no mercado acionário e assegurar o funcionamento das Bolsas de
Valores, mercado de balcão e futuros;
Fiscalizar a emissão, o registro, a distribuição e a negociação dos títulos emitidos pelas so-
ciedades anônimas de capital aberto;
Evitar ou coibir modalidades de fraude ou de manipulação que criem condições artificiais
de demanda, oferta ou preço dos valores mobiliários negociados no mercado;
Assegurar o cumprimento de práticas comerciais equitativas no mercado de valores mobi-
liários.

O CNSP- Conselho Nacional de Seguros Privados

Órgãos Normativo
O CNSP desempenha, entre outras, as atribuições de fixar as diretrizes e nor-
mas da política de seguros privados, regular a constituição , organização, fun-
cionamento e fiscalização das Sociedades Seguradoras, de Capitalização , Enti-
dades Abertas de Previdência Privada, Resseguradoras e Corretores de Seguros.

O SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS - SUSEP

Órgãos Supervisor
A Superintendência de Seguros Privados - Susep é uma autarquia federal vincu-
lada ao Ministério da Economia, órgão responsável pelo controle e fiscalização
dos mercados de seguros, previdência privada aberta, capitalizações e res-
seguros.

Compete à Susep:
Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades Segura-
doras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, na qua-
lidade de executora da política traçada pelo Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP;
Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua através das
operações de seguro, previdência privada aberta, de capitalização e resseguro;
Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados.

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O CNPC- Conselho Nacional de Previdência Complementar

Órgãos Normativo
O CNPC tem a função de regular o regime de previdência complementar ope-
rado pelas entidades fechadas de previdência complementar (Fundos de Pen-
são).

O PREVIC - SUPERINTENDÊNCIA NACIONAL DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

Órgão Supervisor
Vinculado ao Ministério da Previdência Social.

Responsável por:
Previdência Complementar Fechada;
Fundo de Pensões.
Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados.

ANBIMA
A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais representa as instituições
do mercado de capitais brasileiro. A entidade possui 1.100 instituições participantes - bancos comer-
ciais, bancos múltiplos e bancos de investimento, empresas de gestão de ativos, corretoras, distribui-
doras de valores mobiliários e gestores de patrimônio. A ANBIMA é também a associação responsável
pela sua prova.

É a ANBIMA que dispõe da autorregulação de ofertas públicas de títulos e valores mobiliários e que
cria procedimentos que permitem a autorregulação do mercado de capitais.

A atividade da associação se divide em 4 frentes:

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Os códigos da ANBIMA não substituem a regulação da CVM, apenas a comple-


menta.

O Códigos ANBIMA de regulação e melhores práticas para o programa de Certificação


Continuada

Deve assegurar que os seus profissionais não tenham:


Sido inabilitados para o exercício de cargo em instituições financeiras e demais entidades
autorizadas a funcionar pelo BACEN, CVM , SuperintendÊncia Nacional de Previdência Com-
plementar (Previc) ou Susep.
Sua autorização para o exercício da atividade suspensa, cassada ou cancelada.
Sofrido punição definitiva, nos últimos cinco anos, em decorrência da sua atuação como
administrador ou membro do conselho fiscal de entidade sujeita a controle e fiscalização
dos órgãos reguladores mencionados.
Exerçam suas atividades com boa fé, transparência, diligência e lealdade.

Cabe salientar que as instituições participantes que descumprirem as regras do


Código de Certificação, ou cujos profissionais o façam, estão sujeitas às penali-
dades previstas, que incluem:

• advertência pública;
• multa de até 100 vezes o valor da maior mensalidade recebida pela ANBIMA;
• desligamento da ANBIMA.

O BANCOS COMERCIAIS

São instituições Privadas ou Públicas que:


Devem ser constituídos como S.A;
Depósito à vista e a prazo (curto e médio prazo);
Cheque Especial;
Prestação de serviços como pagamentos, tarifas, produtos etc.

O BANCOS DE INVESTIMENTOS

São instituições Privadas que:


Não possuem conta corrente, capta apenas depósitos à prazo;
Administram Fundos de Investimentos;
Podem comprar ativos no mercado de capitais;

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Concede empréstimos para capital de giro e fixo das empresas;


Foco em empréstimo de longo prazo.

O BANCOS MÚLTIPLOS

Para serem considerados Bancos Múltiplos, devem obrigatoriamente possuir


pelo menos duas das carteiras, sendo uma delas comercial ou de investimen-
tos.

Pode ser umas instituição Pública ou Privada.

Tipos de carteiras existentes: Comercial, Investimentos, Crédito Imobiliário, Desenvolvi-


mento e Leasing;
Um banco múltiplo deve ser constituído com um CNPJ para cada carteira, podendo publicar
um único balanço.

O DISTRIBUIDORA – DTVM E CORRETORAS DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS – CTVM

Constituídas sob a forma de S.A., dependem da autorização da CVM para funcionar.


Não existe diferença entre as DTVM´s e as CTVM´s.

Principais Funções:
Podem representar o direito dos debenturistas, atuando como agentes fiduciários;
Operam em bolsa de valores, por conta própria ou de terceiros;
Organizam e Administram clubes de investimentos e fundos;
Podem intermediar operações de câmbio;
Podem comprar ou vender títulos e valores mobiliários, por conta própria;
Podem custodiar títulos e valores mobiliários

Custos:
Corretagem;
Custódia;
Rebate;
Spread.

São fiscalizados pelo Banco Central do Brasil

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O B3 – BOLSA DE VALORES

A B3 é uma das principais empresas de infraestrutura de mercado financeiro no


mundo, com atuação em ambiente de bolsa e de balcão.

Pontos Relevantes:
Sociedade de capital aberto (B3SA3);
Ambiente para negociação de valores mobiliários;
A B3 visa a melhor formação de preços de um ativo, em tempo real, traduzindo em maior
transparência;
Maior câmara de ativos do país;
Opera como contraparte central para a maior parte das operações realizadas em seus mer-
cados;
Regulada pela CVM;
Regula bolsa e balcão.

O CLEARING HOUSES

Câmara de Compensação

Responsáveis pelas liquidações das operações no mercado financeiro como um


todo. É a Clearing House que garante a entrega dos produtos financeiros, por
registrar as operações em seu sistema.

SELIC Sistema Especial de Liquidação e Custódia

B3 Títulos Privados

O SPB – SISTEMA DE PAGAMENTOS BRASILEIRO

O Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) é o conjunto de procedimentos, re-


gras, instrumentos e operações integrados que, por meio eletrônico, dão supor-
te à movimentação financeira entre os diversos agentes econômicos do merca-
do brasileiro.

Sua função básica é permitir a transferência de recursos financeiros, o processamento e liquidação de


pagamentos para pessoas físicas, jurídicas e entre governamentais, reduzindo o risco sistêmico.

Exemplo de operações:

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Compensação de Cheques;
TED, DOC e PIX;
Ativos Financeiros.

Compensação de cheques TED, DOC e PIX Ativos Financeiros

É a transferência de fundos interbancários próprios ou de terceiros que é feita


em tempo real com a consequente redução do risco sistêmico.

Fiscalizado pelo BACEN.

O PPE – PESSOA POLITICAMENTE EXPOSTA

O que são PPE´S ou PEP´s?

I. Os detentores de mandatos eletivos dos Poderes Executivo e Legislativo da União;


II. Os ocupantes de cargo no Poder Executivo da União:
a) De ministro de Estado ou equiparado;
b) De natureza especial ou equivalente;
c) De presidente, vice-presidente e diretor, ou equivalentes, de autarquias, fun-
dações públicas , empresas públicas ou sociedade de economia mista; e
d) Do Grupo Direção e Assessoramento Superiores – DAS, nível 6 e equivalentes.

I. Os membros do Conselho Nacional de Justiça, do Supremo Tribunal Federal, dos Tribu-


nais Superiores, dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais do Trabalho,
dos Tribunais Regionais Eleitorais, do Conselho Superior da Justiça do Trabalho e do Con-
selho da Justiça Federal;
II. Os membros do Conselho Nacional do Ministério Público, O Procurador – Geral da Repú-
blica, o Vice - Procurador- Geral da República, o Procurador – Geral do Trabalho, o Procura-
dor – Geral da Justiça Militar, os Subprocuradores – Gerais da República, os Procuradores
– Gerais da Justiça dos Estados e do Distrito Federal;
III. Os membros do Tribunal de Contas da União e o Procurador – Geral do Ministério Públi-
co junto ao Tribunal de Contas da União;
IV. Os presidentes e os tesoureiros nacionais, ou equivalentes, de partidos políticos;

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V. Os governadores de Estado e do Distrito Federal, os presidentes de Tribunal de Justiça,


de Assembleia Legislativa ou da Câmara Distrital, e os presidentes de Tribunal ou Conselho
de Contas de Estado, de Municípios e do Distrito Federal; e
VI. Os Prefeitos, os Vereadores, os Secretários Municipais, os presidentes, ou os equivalen-
tes de entidades da administração pública indireta municipal e os Presidentes de Contas ou
equivalentes dos Municípios.

O INVESTIDORES PROFISSIONAIS

Únicos que podem constituir fundos exclusivos!


O Investidor Profissional tem o benefício de aplicar recursos em aplicações ex-
tremamente restritas

São considerados Investidores Profissionais


PF ou PJ com investimentos financeiros em valor superior a R$ 10 milhões ou mais para
aplicações e atestem por escrito sua condição de investidor profissional mediante a termo
próprio;
Instituições financeiras autorizadas pelo BACEN;
Companhias Seguradoras e Sociedades de Capitalização;
Fundos de investimento;
Entidade aberta e fechada de previdência complementar;
Clubes de Investimentos.
Administradores de carteira e consultores de valores mobiliários autorizados pela CVM em
relação a recursos próprios.

O INVESTIDORES QUALIFICADOS

Segundo a CVM, investidores qualificados entendem mais do mercado financei-


ro e têm acesso a fundos restritos.

Quem são:
Investidores profissionais;
PF ou PJ com investimentos financeiros em valor superior a R$ 1 milhão ou mais para aplica-
ções e atestem por escrito sua condição de investidor qualificado mediante termo próprio.
Clubes de Investimentos.
Exemplo: Fundo de Investimento em Direitos Creditórios - FIDC, destinado ape-
nas para investidores qualificados.

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O INVESTIDORES NÃO RESIDENTES

Qualquer Pessoa Física ou Pessoa Jurídica, inclusive fundos de investimentos


ou outras entidades de investimentos coletivos , com residência, sede ou do-
micílio no exterior.

I. Deve constituir 1 ou mais representantes no Brasil;


II. Constituir um ou mais Custodiantes autorizados pela CVM;
III. Obter registro da CVM.

IMPORTANTE
Função do CMN - Definir as diretrizes e normas referentes ao câmbio.
Previc é responsável por fiscalizar o mercado de previdência complementar fechada.
Todo investidor profissional é também um investidor qualificado.
Nem todo Investidor PF ou PJ com mais de R$ 1.000.000,00 é investidor qualificado. Para se
tornar um, é necessário assinar o termo de investidor qualificado.
É função da CVM: limitar os valores máximos de comissão que podem ser cobrados pelas
instituições que participam do mercado de distribuição de valores mobiliários.
Sistema de Pagamentos Brasileiro - SPB é o conjunto de entidades, sistemas e mecanismos
relacionados com o processamento e a liquidação de operações de transferência de fun-
dos, de operações com moeda estrangeira ou com ativos financeiros e valores mobiliários.
A CVM é responsável por regulamentar as matérias previstas na Lei das Sociedades Anôni-
mas.
Bancos de investimentos: assessoram empresas em operações de fusões e aquisições,
emissões de valores mobiliários e ofertas públicas, além de fornecer crédito para médio e
longo prazo.
Compete privativamente ao Bacen fiscalizar as instituições financeiras e conduzir a política
monetária.
Função do Bacen: realizar, através de operações de redesconto bancário, empréstimos de
assistência à liquidez para as instituições financeiras.
SPB: é a transferência de fundos próprios e de terceiros realizados entre bancos em tempo
real, com o objetivo de reduzir o risco sistêmico.
A CVM protege os titulares de valores mobiliários e os investidores do mercado contra emis-
sões irregulares de valores mobiliários.
A negociação de valores mobiliários em bolsa tem como objetivo principal alcançar melho-
res formações de preços.
É permitido às corretoras de títulos e valores mobiliários intermediar as operações de câm-
bio.

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MÓDULO 2 – Compliance Legal, Ética e Análise do Perfil do


Investidor (15% a 25%)
RISCOS
Risco de Imagem: Impacto negativo na opinião pública. Afeta diretamente a reputação da
empresa. Exemplo: Lava Jato

Risco Legal/Jurídico: Não executar um contrato por falta de documentação, falta de assi-
natura ou qualquer outro problema (Risco Jurídico).

O CONTROLES INTERNOS

Resolução CMN 2.554/98

Art. 1° As Instituições financeiras autorizadas pelo BACEN devem implantar controles internos voltados
para as atividades desenvolvidas:

I. Independente do porte da instituição;


II. Fica como responsabilidade da diretoria:
- A implantação e implementação de uma estrutura de controles internos efe-
tivos;
- O estabelecimento dos objetivos e procedimentos pertinentes aos mesmos;
- A verificação sistemática da adoção e do cumprimento dos procedimentos de-
finidos.

Art. 2° Os controles internos, cujas disposições devem ser acessíveis a todos os funcionários da
instituição.

1. A definição de responsabilidades dentro da instituição;


2. A segregação das atividades atribuídas aos integrantes da instituição de forma que seja
evitado o conflito de interesses;
3. Meios de identificar e avaliar fatores internos e externos que possam afetar adversa-
mente a realização dos objetivos da instituição;
4. A existência de canais de comunicação;
5. A contínua avaliação dos diversos riscos associados às atividades da instituição;
6. O acompanhamento sistemático das atividades desenvolvidas;
7. A existência de testes periódicos de segurança para os sistemas de informações, em es-
pecial para mantidos em meios eletrônicos.

A atividade de auditoria interna faz parte dos controles internos.

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O PREVENÇÃO E COMBATE À LAVAGEM DE DINHEIRO

A Convenção de Viena de 1988, foi o primeiro tratado Global com o objetivo de


frear o tráfico de entorpecentes e a consequente lavagem de dinheiro oriunda
dessa atividade ilícita.

Em 1998, foi criada a 1° lei no Brasil voltada para a prevenção à lavagem de


dinheiro.

Definição conforme Art 1° - Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movi-
mentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de in-
fração penal. Com outras palavras, podemos dizer que Lavagem de dinheiro é o processo pelo qual
o criminoso transforma, recursos obtidos através de atividades ilegais, em ativos com uma origem
aparentemente legal.

QUEM DEVE SEGUIR A LEI DE PREVENÇÃO E COMBATE A LAVAGEM DE DINHEIRO?


Instituições Financeiras;
Bolsa de Valores;
Corretora de Imóveis;
Joalherias e metais preciosos;
Agentes de grandes artistas e atletas;
Juntas comerciais;
Empresas de transportes de valores.

INDÍCIOS DE LAVAGEM DE DINHEIRO:


Aumento no volume de depósitos, sem causa aparente;
Troca de grande quantidade de notas de pequeno valor por notas de maior valor;
Grandes quantias de troca por moedas estrangeiras;
Cheques administrativos e ordens de pagamentos;
Movimentação de recursos em fronteiras;
Movimentação incompatível com patrimônio;
Numerosas contas bancárias;
Abertura de conta em agência localizada em aeroportos, rodoviária e porto;
Utilização de cartão de crédito não compatível com capacidade financeira.

18 Módulo 02 – Compliance Legal, Ética e Análise do Perfil do Investidor (15% a 25%)


Módulo 02 – Compliance Legal, Ética e Análise do Perfil do Investidor (15% a 25%) 19

FASES DA LAVAGEM DE DINHEIRO:

Colocação: é a colocação do dinheiro no sistema econômico. A colocação se efetua por meio de


depósitos, compra de instrumentos negociáveis e compra de bens.

Ocultação: consiste em dificultar o rastreamento contábil dos recursos ilícitos. Os criminosos bus-
cam movimentá-lo de forma eletrônica, transferindo os ativos para contas anônimas – preferen-
cialmente, em países amparados por lei de sigilo bancário – ou realizando depósitos em contas
"fantasmas".

Integração: os ativos são incorporados formalmente ao sistema econômico. É nessa fase que ele
volta com "cara de limpo".

O COAF – CONSELHO DE CONTROLE DAS ATIVIDADES FINANCEIRAS

Conhecida também como Unidade de Inteligência Financeira do Brasil, o


COAF é o órgão máximo no combate à lavagem de dinheiro e está vinculado ao
BACEN.

Principais Funções:
Receber, examinar e fiscalizar as ocorrências suspeitas;
Coordena e propõe mecanismos de cooperação e troca de informações;
Disciplina e aplica penas administrativas;
Regular os setores econômicos para os quais não haja órgão regulador;
Não prende, mas comunica os órgãos cabíveis.

Composição:
1 Presidente;
11 Conselheiros;

Indicado pelo Presidente da República por indicação do Ministério da Economia.

Penalidades cabíveis para praticantes:


Reclusão de três a dez anos e multa.

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20 Módulo 02 – Compliance Legal, Ética e Análise do Perfil do Investidor (15% a 25%)

A Pena poderá ser reduzida de um a dois terços e começará a ser cumprida


em regime aberto, se o autor, coautor ou partícipe colaborar espontaneamente
com as autoridades, prestando esclarecimentos que conduzam à apuração das
infrações penais e de sua autoria ou à localização dos bens, direitos ou valores
objeto do crime.

A pena será aumentada de um a dois terços, se os crimes definidos na lei forem cometidos
de forma reiterada ou por intermédio de organização criminosa.

A multa pecuniária, aplicada pelo COAF, será variável e não superior:


Ao dobro do valor da operação;
Ao dobro do lucro real obtido ou que seria obtido pela realização da operação;
Ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais).

COMUNICAR AO COAF VIA SISCOAF:


Operações suspeitas em espécie acima de R$ 2.000,00;
Operações suspeitas em espécie em um mesmo mês acima de R$ 2.000,00;
Depósito em espécie ou saque, em valor igual ou acima de R$50.000,00, independente-
mente de ser suspeito ou não.
Toda operação acima de R$ 2.000,00 deve ficar registrada no banco. Sendo considerada
suspeita ou não (CTE).
O registro das operações deve ser guardado em um prazo mínimo de 10 anos.

Em caso de depósito acima de R$ 50.000,00:


I. O nome e o respectivo número de inscrição no CPF ou no CNPJ, conforme o caso, do pro-
prietário dos recursos;
II. O nome e o respectivo número de inscrição no CPF do portador dos recursos;
III. A origem dos recursos depositados ou aportados.

Em caso de saque acima de R$ 50.000,00:


I. O nome e o respectivo número de inscrição no CPF ou no CNPJ, conforme o caso, do pro-
prietário dos recursos;
II. O nome e o respectivo número de inscrição no CPF do portador dos recursos;
III. A finalidade do saque.

20 Módulo 02 – Compliance Legal, Ética e Análise do Perfil do Investidor (15% a 25%)


Módulo 02 – Compliance Legal, Ética e Análise do Perfil do Investidor (15% a 25%) 21

REGISTRO DE TRANSAÇÃO EM ESPÉCIE


Toda transação financeira liquidada em espécie acima de R$2.000,00 deve ser
registrada em controle interno com CPF do portador. RELATÓRIO DE EFETIVI-
DADE

A Circular BC 3978/20 prevê que as Instituições elaborem um relatório específico que avalie a efetivida-
de do cumprimento da Política, regras e procedimentos.

A norma prevê, também, a obrigação de elaborar um documento referente a avaliação interna de risco,
devendo este documento ser aprovado pelo diretor de prevenção à lavagem de dinheiro e financia-
mento do terrorismo e encaminhado ao comitê de auditoria, quando houver, e ao conselho de admi-
nistração ou diretoria, conforme aplicável.

Recomenda-se às Instituições incluir na Política indicadores de efetividade que permitam estabelecer


estatísticas e que possibilitem comprovar que foram efetivos e que conseguiram mitigar os riscos de
LD-FT.

Esses indicadores de efetividade são considerados pelos reguladores como de extrema importância no
que se refere às normas de PLD-FT e sua implementação e manutenção.

INDÍCIOS
I – Aumento volume de depósitos, sem causa aparente
II – Troca de grande quantidade de notas de pequeno valor por notas de maior valor
III – Grande quantias de troca por moedas estrangeiras
IV – Cheques administrativos, ordens de pagamento
V – Movimentação de recursos em fronteiras
VI – Movimentação incompatível com patrimônio
VII – Numerosas contas
VIII – Abertura de conta em agência localizada em aeroporto, rodoviária ou porto
IX – Utilização de cartão de crédito não compatível com capacidade financeira

O CVM 617 E CIRCULAR 3.978/20 DO BANCO CENTRAL

1. AVALIAÇÃO INTERNA DE RISCO

Art. 10. As instituições referidas devem realizar avaliação interna com o objetivo de identificar e men-
surar o risco de utilização de seus produtos e serviços na prática da lavagem de dinheiro e no financia-
mento do terrorismo.

Para identificação do risco, a avaliação interna deve considerar, no mínimo, os perfis


de risco:

Módulo 02 – Compliance Legal, Ética e Análise do Perfil do Investidor (15% a 25%) 21


22 Módulo 02 – Compliance Legal, Ética e Análise do Perfil do Investidor (15% a 25%)

I. dos clientes;
II. da instituição, incluindo o modelo de negócio e a área geográfica de atuação;
III. das operações, transações, produtos e serviços, abrangendo todos os canais de distri-
buição e a utilização de novas tecnologias; e
IV. das atividades exercidas pelos funcionários, parceiros e prestadores de serviços terceiri-
zados.
O risco identificado deve ser avaliado quanto à sua probabilidade de ocorrência e à magnitude dos
impactos financeiro, jurídico, reputacional e socioambiental para a instituição.

A avaliação interna de risco pode ser realizada de forma centralizada em instituição do conglomerado
prudencial e do sistema cooperativo de crédito.

A avaliação interna de risco deve ser:


I. documentada e aprovada pelo diretor de PLD;
II. encaminhada para ciência:
a) ao comitê de risco, quando houver;
b) ao comitê de auditoria, quando houver; e
c) ao conselho de administração ou, se inexistente, à diretoria da instituição; e

III. revisada a cada dois anos, bem como quando ocorrerem alterações significativas nos
perfis de risco.

O 2. CONHEÇA SEU PARCEIRO E SEU FUNCIONÁRIO


A Instituição deve ficar atenta ao comportamento dos Colaboradores, parceiros, terceiros e prestadores
de serviços relevantes, de modo a detectar e subsequentemente relatar quaisquer atividades atípicas,
tais como ações e condutas não compatíveis com o padrão de vida do Colaborador.

Recomenda-se que as questões relevantes decorrentes do monitoramento feito nos Colaboradores,


parceiros, terceiros e prestadores de serviços relevantes, conforme aplicável, sejam investigadas e, se
apropriado, comunicadas à área responsável para que se decida se é necessário comunicar o regulador
competente.

O 3. CONHEÇA SEU CLIENTE – KNOW YOUR CUSTOMER

Cadastro do cliente:
Feito na abertura de conta;
Atualização constante.

Documentos necessários:
RG ou CNH, CPF/ CNPJ;
Comprovante de Endereço;
Nível de escolaridade;

22 Módulo 02 – Compliance Legal, Ética e Análise do Perfil do Investidor (15% a 25%)


Módulo 02 – Compliance Legal, Ética e Análise do Perfil do Investidor (15% a 25%) 23

Profissão;
Patrimônio.
Serve para cumprir as regulamentações do BC e também traz segurança a instituição.

ÉTICA NA VENDA
Venda casada = Proibida
Não confundir com:
• Venda cruzada = Melhores condições;
• Ordem casada = Duas operações na Bolsa de Valores.

Restrições ao investidor:
Idade;
Horizonte de investimento;
Conhecimento sobre o produto;
Tolerância ao risco.

O NORMAS E PADRÕES ÉTICOS

Informações Privilegiadas: Toda e qualquer informação relevante, fora do domínio públi-


co.

Insider Trader:
Qualquer pessoa que possua ou receba informações privilegiadas e utilize dessas informações antes
delas se tornarem públicas, para auferir ganhos.

Front Runner:
Conceito de “operar na frente.” Utiliza ordens de cliente para o seu próprio benefício, realizando antes,
para si, e posteriormente para o cliente.

PENALIDADES:
Insider Trader:
Reclusão de 1 a 5 anos.
Multa de até 3 vezes o valor da vantagem ilícita obtida.

Front Runner:
Reclusão de 1 a 8 anos.

Módulo 02 – Compliance Legal, Ética e Análise do Perfil do Investidor (15% a 25%) 23


24 Módulo 02 – Compliance Legal, Ética e Análise do Perfil do Investidor (15% a 25%)

Multa de até 3 vezes o valor da vantagem ilícita obtida.

Confidencialidade:
O Profissional deve manter restrita informações dos clientes, a menos que a Lei exija divulgação.

Conflitos de Interesse:
Tem algum conflito e precisa falar para o cliente (Exemplo: Esposa é Presidente da Petrobrás, e cliente
quer comprar ações da Petrobrás)

O CÓDIGO ANBIMA DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS PARA DISTRIBUIÇÃO DE PRO-


DUTOS DE INVESTIMENTOS

O presente Código tem como objetivo estabelecer princípios e regras para Distribuição de
Produtos de Investimento visando, principalmente:
I. A manutenção dos mais elevados padrões éticos e a consagração da institucionalização
de práticas equitativas no mercado financeiro e de capitais;
II. A concorrência leal;
III. A padronização de seus procedimentos;
IV. O estímulo ao adequado funcionamento da Distribuição de Produtos de Investimentos;
V. A transparência no relacionamento com os investidores, de acordo com o canal utilizado
e as características dos investimentos; e
VI. A qualificação das instituições e de seus profissionais envolvidos na Distribuição de Pro-
dutos de Investimentos.

A quem se destina o código: Instituições financeiras que distribuem produtos de investi-


mentos.
O código alerta que fica vedado ao distribuidor recomendar produtos ou serviços quando:

O perfil do cliente não seja adequado ao produto ou serviço;


Não sejam obtidas informações que permitam a identificação do perfil do cliente; ou
As informações relativas ao perfil do cliente não estejam atualizadas, uma vez que a atuali-
zação deve ocorrer em prazo inferior a 24 meses.

*Caso o cliente insista na operação, o distribuidor deve obter declaração ex-


pressa do cliente de que deseja manter a decisão de investimento nessa cate-
goria de ativo, mesmo estando ciente da ausência, desatualização ou inade-
quação de perfil.

24 Módulo 02 – Compliance Legal, Ética e Análise do Perfil do Investidor (15% a 25%)


Módulo 02 – Compliance Legal, Ética e Análise do Perfil do Investidor (15% a 25%) 25

Selo Anbima
Tem por finalidade exclusiva demonstrar o compromisso das Instituições Participantes em atender às
disposições deste Código.

A Anbima não se responsabiliza pelas informações constantes nos documentos divulgados, mesmo
com o uso do Selo Anbima.

Remuneração do Distribuidor
As Instituições Participantes devem disponibilizar informações referentes à remuneração recebida, di-
reta ou indiretamente, pela Distribuição de Produtos de Investimentos.

É importante ressaltar que as mesmas Instituições devem incluir, em seção exclusiva em seu site na
internet, Informações sobre o recebimento de remuneração pela Distribuição de Produtos de Inves-
timentos distribuídos.
rrer em prazos inferiores a 24 meses.
API - ANÁLISE DO PERFIL DO INVESTIDOR
O API é uma metodologia desenvolvida para obter o perfil de investidor do cliente pessoa física e veri-
ficar a adequação dos investimentos pretendidos a esse perfil, através de um questionário.
Três Fatores:

PERÍODO RISCOS FINALIDADE

Somado aos três fatores citados anteriormente, o especialista de investimento complementa as infor-
mações necessárias para realizar as indicações de produtos:
Receitas;
Patrimônio;
Necessidades Futuras.

O API não será obrigatório para:


Investidores Qualificados;
Pessoa Jurídica de Direito Público;
Cliente que tiver carteira administrada discricionariamente por um administrador de cartei-
ra de valores mobiliários, autorizado pela CVM.

Já o profissional não poderá recomendar produtos de investimentos, quando:


O perfil do cliente estiver desatualizado;
O cliente não possuir perfil de investidor;
Se o perfil do cliente estiver desenquadrado.

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26 Módulo 02 – Compliance Legal, Ética e Análise do Perfil do Investidor (15% a 25%)

O API terá validade de 24 meses.


Para definição do objetivo de investimento do cliente, as Instituições devem considerar no mínimo, as
seguintes informações:
Período em que será mantido o investimento;
As preferências declaradas quanto à assunção de riscos; e
As finalidades do investimento.

Para definição da situação financeira do investidor, as Instituições devem considerar no mínimo, as


seguintes informações:
O valor das receitas declaradas;
O valor e os ativos que compõem seu patrimônio; e
A necessidade futura de recursos declarada.

Para definição do conhecimento do investidor, as Instituições devem considerar no mínimo, as se-


guintes informações:
Os tipos de produtos, serviços e operações com os quais o investidor tem familiaridade;
A natureza, volume e frequência das operações já realizadas pelo investidor, bem como o
período em que tais operações foram realizadas; e
A formação acadêmica e a experiência profissional do investidor, salvo quando tratar-se de
pessoa jurídica.

FINANÇAS PESSOAIS
Existem quatro etapas/estágios de vida dos investidores.
1º) FUNDAÇÃO:
Estabelecimento de bases para geração de riqueza.
Foco: educação, empreendedorismo, desenvolvimento e habilidades.

2º) ACUMULAÇÃO:
Utilização das habilidades para a geração de renda cada vez maior.
Foco: aumento de patrimônio.

3º) MANUTENÇÃO:
Usufruto do patrimônio e estabilidade do padrão de vida.
Foco: preservação da riqueza acumulada.

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Módulo 02 – Compliance Legal, Ética e Análise do Perfil do Investidor (15% a 25%) 27

4º) DISTRIBUIÇÃO:
Transferência de riqueza para outros indivíduos ou entidades.

O OBJETIVOS DO INVESTIDOR

Os investidores devem ser tratados de forma individual, não existe uma resposta fechada
quando se trata de investimentos.
Observe os exemplos abaixo:

1. Um casal de jovens, com idade de 28 e 26 anos, desejam investir na carreira visto o momento
de vida, onde estão ainda na fase de acumulação. Possuem R$60.000,00 juntos e pretender
seguir acumulando.

2. Um executivo de empresa multinacional, divorciado e com três filhos, deseja seguir sua
acumulação, visto que possui 45 anos e precisa de aposentar aos 60 anos.

3. Um casal de aposentados possui rendimentos provenientes da aposentadoria do INSS, além


de um pequeno complemento que recebe de uma previdência privada.

É perceptível que no caso número 1, o casal é jovem, está em fase de acumula-


ção de recursos e invariavelmente como seu horizonte de tempo é maior, pode-
rão tomar mais risco visando o longo prazo.

No caso número 2, o executivo ainda está em fase de acumulação, mas seu ho-
rizonte de tempo é menor, consequentemente, há de se esperar uma cautela
maior se comparado ao caso 1.

É importante ressaltar que o executivo possui herdeiros e um tempo menor de


acumulação para a sua aposentadoria.

No caso número 3, o grande objetivo é a manutenção do patrimônio, justamente


em um cenário onde os custos com saúde acabam aumentando drasticamente.

A nova fase, não permite correr grandes riscos, pois caso o seu patrimônio seja afetado, o padrão de
vida do casal poderá sofrer grandes impactos.

O RISCO X RETORNO: CAPACIDADE DE ASSUMIR RISCOS

A tolerância ao risco se divide em: a capacidade para assumir riscos e a disposição para assumir ris-
cos.33

Capacidade: condiz com o indivíduo levar em consideração os recursos que possui atualmente, seus
objetivos a serem alcançados e o horizonte de tempo que possui para investir.

Módulo 02 – Compliance Legal, Ética e Análise do Perfil do Investidor (15% a 25%) 27


28 Módulo 02 – Compliance Legal, Ética e Análise do Perfil do Investidor (15% a 25%)

Disposição: está relacionado a elementos mais subjetivos e pessoais. Eu quero assumir risco nessa
fase da minha vida?

O BALANÇO PATRIMONIAL PESSOAL

1° Passo:
Ativos (patrimônios, propriedades)
Ativo de uso (casa)
Ativo de não – uso (casa de aluguel)

2º Passo:
Passivo (dívida)
Definição: O balanço patrimonial é uma fotografia atual dos ativos (valores a
receber, saldo em conta corrente, veículos, imóveis, joias, aplicações financei-
ras) e dos passivos (dívidas) de um indivíduo ou de uma família. Ao final, subtrai
o valor de passivo do valor de ativo e, caso negativo, o indivíduo tem um déficit
(ou seja, está endividado), entretanto se essa diferença for positiva ele está com
um superavit (os bens superam a dívida).

O FLUXO DE CAIXA

3° Passo:
Para construir o fluxo de caixa do cliente, é fundamental registrar todas as suas fontes de
receita e despesas.

Despesas Fixas:
Obrigação (água, luz, aluguel).
Facultativo (academia, clube).

Despesas Variáveis:
Obrigatório (gasolina/metrô).
Facultativo (cerveja, lanches, cinema).

Receitas:
Obrigatório (salário, recebimento de aluguéis).
Esporádicos (dividendos).

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Módulo 02 – Compliance Legal, Ética e Análise do Perfil do Investidor (15% a 25%) 29

Definição: O fluxo de caixa é a base mensal de entrada e saída de recurso fi-


nanceiro de um indivíduo ou de uma família com o intuito de entender qual
sua capacidade de gerar poupança. Caso as despesas (aluguel, mensalidade da
escola, mercado, cartão de crédito) sejam menores que as receitas (dividendos,
salário etc.) então, seu cliente está preparado para iniciar seus investimentos.

O ORÇAMENTO DOMÉSTICO

4° Passo:
De acordo com o PL e com o fluxo de caixa, elabora-se um orçamento doméstico.
R – D = Capacidade de Poupança

Definição: O orçamento doméstico é similar ao fluxo de caixa, tem como fun-


ção analisar os próximos passos.

As informações encontradas até aqui servirão como base para lidar com suas finanças de agora em
diante.

O FINANÇAS COMPORTAMENTAIS

Razão x Emoção
Esse campo de estudo explica como o nosso comportamento emocional nos influência em relação a
atitudes racionais que deveríamos tomar.

Pré-julgamento;
Atalhos mentais.

Daniel Kahneman (Rápido e Devagar duas formas de pensar)

Sistema 1 x Sistema 2: Razão x Emoção

Finanças Comportamentais tentam identificar e compreender as ilusões cognitivas.

HEURÍSTICAS

Disponibilidade: Eventos recentes ou de fácil acesso na memória (informações disponíveis).


O investidor assume que a informação que ele possui (a mais recente), é a única informação
necessária para se tomar uma decisão.

Exemplo clássico: Avião caiu, muitos cancelam a passagem (não considera estatística)
Investimentos: Olham o lucro e compram as ações.

Módulo 02 – Compliance Legal, Ética e Análise do Perfil do Investidor (15% a 25%) 29


30 Módulo 02 – Compliance Legal, Ética e Análise do Perfil do Investidor (15% a 25%)

Representatividade: Utiliza de estereótipos já formados para tomar decisão.

Pré-conceitos já concebidos pelo indivíduo atrapalham no processo de tomada de decisão de


seus aportes.

Exemplos:
• Celular APPLE;
• Desvalorização das ações no início da pandemia.

Ignora o tamanho da amostra.

Investimentos: olha apenas para a rentabilidade passada, sem considerar outros fatores como
cenário.

Ancoragem: O indivíduo se ancora a um preço ou situação.Uma informação nos leva a considerá-la


fortemente na tomada de decisão ou na formulação de estimativas, independente da sua relevância
para o que é decidido ou estimado.

Exemplo clássico: Pipoca (P/M/G) ou “De R$ 3.000 por R$ 1.800”

Comum a ancoragem se basear em valores.

Exemplo: Comprou Petrobras a R$25,00, só venderá acima de R$25,00.

Aversão a perda (não a risco), o medo de perder. Não é heurística e sim um viés comportamental.
Maior importância as perdas. A dor de perder R$1.000,00 é muito maior do que a felicidade de
ganhar R$1.000,00.

Mantém em sua carteira ações perdedoras e se desfaz facilmente de posições ganhadoras.

Ação sobe de R$25,00 para R$28,00. Vende e ganha o lucro.

Ação cai de R$25,00 para R$23,00, não vende, pois tem medo de perder, quer esperar a ação voltar
para R$25,00.

Efeitos de estruturação: A maneira como um problema é estruturado ou a forma como a informação


é apresentada, exerce um impacto importante no processo decisório (framing), ou seja, podemos
influenciar o processo de tomada de decisão pela forma que anunciamos/ escrevemos algo.

Você tem 90% de chance de ganhar se apostar.


Você tem 10% de chance de perder se apostar.
Mesma pergunta.

ASG – AMBIENTAL, SOCIAL E GOVERNANÇA


Desde janeiro de 2022, as instituições financeiras devem identificar os fundos com objetivo de
investimentos 100% sustentável com o sufixo IS – Investimento Sustentável.

30 Módulo 02 – Compliance Legal, Ética e Análise do Perfil do Investidor (15% a 25%)


Módulo 02 – Compliance Legal, Ética e Análise do Perfil do Investidor (15% a 25%) 31

Os fundos que não tiverem objetivo 100% sustentável, mas que ainda assim, atuem com questões
ASG – Ambiente, Social e Governança, não poderão usar o sufixo IS, mas terão uma diferenciação
dos demais, utilizando a frase “esse fundo integra questões ASG em sua gestão” em seus materiais.

Mas o que é ASG/ESG?


A sigla ESG é a abreviação de “Environment, Social & Governance” (Ambiental, Social e Governança,
ou ASG no português). Esse conceito refere-se às boas práticas empresariais que se preocupam com
critérios ambientais, sociais e parâmetros de excelente governança corporativa.

As análises de ASG são baseadas em três importantes pilares.

Pilar 1 – Ambiental:
Uso de fontes renováveis de energia pelas empresas, gestão de resíduos, problemas com poluição
atmosférica ou hídricas, desmatamento decorrentes de sua operação, ou seja, a preocupação da em-
presa com as questões de mudanças climáticas. Inclui-se:
Perda da biodiversidade;
Emissão de gases de efeito estufa;
Mudanças climáticas;
Energias renováveis;
Eficiência energética;
Escassez ou poluição da água, ar e outros recursos;
Mudanças no uso do solo- Ciclos de nitrogênio e fósforo.

Pilar 2 – Social:
Elementos ligados às pessoas, como: cultura corporativa, programa de educação, formação dos
funcionários, o nível de rotatividade dos funcionários, ou seja, ações que podem impactar a vida dos
funcionários, clientes e fornecedores, internamente ou na sociedade. Inclui-se:
Direitos humanos e trabalhistas;
Trabalho infantil, escravo ou degradante;
Saúde e segurança no trabalho;
Diversidade;
Relacionamento com comunidades locais;
Atividade em gestão de conflito;
Saúde e acesso a medicina;
Proteção aos direitos do consumidor.

Pilar 3 – Governança Comportamental:


Como a gestão executiva e o conselho de administração atendem aos interesses dos stakeholders da
empresa - qualquer pessoa ou grupo que tenha interesse em um projeto, negócio ou empresa como

Módulo 02 – Compliance Legal, Ética e Análise do Perfil do Investidor (15% a 25%) 31


32 Módulo 02 – Compliance Legal, Ética e Análise do Perfil do Investidor (15% a 25%)

clientes, fornecedores, colaboradores etc. Inclui-se:


Estrutura, tamanho, diversidade, competências e independência do Conselho Administra-
tivo;
Remuneração de executivos;
Ética nos negócios;
Suborno e corrupção;
Relacionamento entre Conselho, executivos, acionistas e stakeholders.
A ANBIMA dispõe em seu material “REGRAS E PROCEDIMENTOS PARA IDEN-
TIFICAÇÃO DE FUNDOS DE INVESTIMENTO SUSTENTÁVEL (IS)”. Precisamos
nos atentar a:

Capítulo I – Objetivo e Abrangência:


O normativo estabelece regras e normas para os Fundos 555 de Renda Fixa e Ações que adotem as
nomenclaturas IS – Investimento Sustentável ou ASG – Ambiental, Social e Governança.

• É vedado há quem não opte por identificar seus Fundos como de Investimentos Sustentáveis
incluir na razão social do Fundo o sufixo IS ou qualquer outro termo que possa levar o
investidor ao erro.

Seção II – Governança:
Art. 6º. O Gestor de Recursos deverá dispor de uma estrutura funcional, organizacional e de tomada
de decisões adequada para que sejam cumpridas suas responsabilidades relacionadas à Gestão
dos Fundos de Investimento Sustentável, conforme previsto neste normativo.

Capítulo II– Requisitos aplicáveis ao gestor de fundos de investimentos sustentáveis.


Seção I – Compromisso:
Art. 5º. O Gestor de Recursos deve atestar seu compromisso por meio de documento escrito,
elaborado e implementado que descreva as diretrizes, regras, procedimentos, critérios e controles
que serão adotados pela instituição referentes à integração de Questões ASG e/ou de investimentos
Sustentáveis.

O documento deve ser:


I. Aprovado pela alta administração da instituição, ou órgão equivalente;
II. Disponibilizado para consulta interna e pública, observado no artigo 7° deste normati-
vo;
III. Atualizado em períodos não superiores a 24 (vinte e quatro) meses ou quando houver
alteração na Regulação.

Capítulo III– Requisitos para o Fundo de Investimento Sustentável:


O Fundo identificado como de Investimento Sustentável deve:

32 Módulo 02 – Compliance Legal, Ética e Análise do Perfil do Investidor (15% a 25%)


Módulo 02 – Compliance Legal, Ética e Análise do Perfil do Investidor (15% a 25%) 33

Incluir em sua denominação o sufixo “IS”;


Explicitar em seu regulamento um resumo do objetivo de Investimento Sustentável do Fun-
do;
Demonstrar quais ações, métricas e/ou indicadores materiais são utilizados para o monito-
ramento quanto à aferição do(s) objetivo(s) de investimento do Fundo IS;
Assegurar, caso seja utilizado índice como referência, que este índice esteja igualmente ali-
nhado com o(s) objetivo(s) de Investimento Sustentável do Fundo IS.

Capítulo IV – Fundos que integram questões ASG:


Como já vimos, esses fundos não possuem objetivo 100% sustentáveis, mas aderem questões ASG
em sua gestão e por isso, devem:

Informar em sua documentação as linhas gerais da metodologia adotada para essa finali-
dade;
No que se refere à transparência, o Gestor deve divulgar publicamente em seu site e manter
atualizada, e em linha com as melhores práticas internacionais de relato e expectativas do
mercado, a forma como integra sistematicamente as Questões ASG na Gestão de Ativos.

IMPORTANTE
O risco de imagem está associado a má reputação da empresa.
Em um processo de lavagem de dinheiro. Os participantes que cooperarem com a investi-
gação podem ter suas penas reduzidas em até 2/3 da pena total.
Como parte do conheça o seu cliente, o gerente terá que obter informações sobre o valor e
os ativos que compõe o patrimônio e a necessidade futura de recursos declarada.
Exemplo de Front Running:
Um operador da bolsa de valores é funcionário de uma corretora de valores e recebe uma
ordem de compra de um determinado cliente. Porém, antes de repassar essa ordem de
compra, o funcionário prioriza as ordens da sua Corretora na frente do cliente.
Único fundo para aplicar com o API vencido: Fundo de Renda Fixa Simples
O cadastro dos dados dos clientes das instituições financeiras deve estar completo e atua-
lizado para auxiliar na verificação da capacidade financeira desses clientes com o objetivo
de prevenir o crime de lavagem de dinheiro.
É de responsabilidade da DIRETORIA DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA a implantação e imple-
mentação de uma estrutura efetiva de controles internos, mediante a definição de ativida-
des de controle para todos os níveis de negócios da instituição financeira.
Exemplo de Insider Trading:
Um determinado profissional tem acesso a uma informação que não está disponível para
o mercado e poderá afetar consideravelmente o lucro de uma empresa positivamente. Ele

Módulo 02 – Compliance Legal, Ética e Análise do Perfil do Investidor (15% a 25%) 33


34 Módulo 02 – Compliance Legal, Ética e Análise do Perfil do Investidor (15% a 25%)

decide então contar para um amigo essa informação e esse amigo compra as ações dessa
empresa.
Um investidor que apresenta o viés de “Aversão à Perda”, tende a manter posições perde-
doras e se desfazer rapidamente de posições vencedoras.
Para atender as normas de conduta conhecidas como Chinese Wall, uma instituição finan-
ceira deve segregar as atividades de administração de recursos próprios e de terceiros.
Exemplo na fase de colocação: Compra de propriedade rural. Direto com o dinheiro do cri-
me
Ancoragem: Investidor que busca sempre uma determinada cotação/preço para definir a
sua decisão de compra de um certo ativo.

Comentários pertinentes:

34 Módulo 02 – Compliance Legal, Ética e Análise do Perfil do Investidor (15% a 25%)


Módulo 03 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5% a 10%) 35

MÓDULO 3 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5%


a 10%)
O PIB – PRODUTO INTERNO BRUTO

Produto Interno Bruto (PIB) é a soma de todos os bens e serviços finais, em termos monetários e a va-
lor de mercado, produzidos em uma determinada região durante certo período de tempo.
Calculado pelo método do valor agregado.

Só considera bens e serviços finais!

PIB = C + I + G + (X – M)
Para lembrar:

CIGARRO do X-MAN
Pode cair na sua prova também:

PIB = C + I + G + EL
PIB = C + I + G + NX

C = Consumo
I = Investimentos
G = Gastos
X = Exportações
M = Importações
EL = Exportações Líquidas
NX = Net Exports

O PIB Nominal:
Crescimento absoluto em relação ao período anterior.

O PIB Real:
Desconta-se a inflação a fim de verificar se houve crescimento real.

O PIB Per Capta:


Valor do PIB divido pela quantidade de pessoas da região.

O IPCA – ÍNDICE DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO

Índice oficial de inflação do Brasil | Calculado pelo IBGE

Módulo 03 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5% a 10%) 35


36 Módulo 03 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5% a 10%)

Meta de inflação 2022:


2,0% – 3,5% – 5,0%

Quem determina a meta para inflação e quem a conduz?

O CMN determina a meta da inflação e o Banco Central através do COPOM irá


estabelecer a taxa de juros com o objetivo de atingir a meta estabelecida.

É importante ressaltar que ao aumentar a taxa de juros, o objetivo do Banco Central é conter a infla-
ção e consequentemente diminuir o consumo.

Ao diminuir a taxa de juros, o Banco central tem como objetivo estimular a economia, barateando o
crédito para a PF e PJ, com isso gerando empregos e aumentando o consumo.

População objetivo para o IPCA > famílias com rendimentos mensais de 1 a 40 salários mínimos, qual-
quer que seja a fonte de rendimentos, e residentes nas áreas urbanas das regiões metropolitanas de
Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre,
Brasília e município de Goiânia.

Fonte: Banco Central do Brasil

O IGP-M – ÍNDICE GERAL DE PREÇOS – MERCADO

O IGP-M olha a inflação sob a ótica do mercado.


Calculado pela FGV;
Divulgado mensalmente.

Duas mensurações:
IGP-M = (21 até dia 20);
IGP-DI = (01 até 30).

36 Módulo 03 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5% a 10%)


Módulo 03 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5% a 10%) 37

Composição:

IPA (Índice Geral de Preços ao Produtor Amplo) 60%

IPC (Índice de Preços ao Consumidor 30%

INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) 10%

O SELIC META X SELIC OVER

SELIC META → Determinada pela COPOM

Taxa média das operações de financiamento de um dia, fei-


SELIC OVER → ta pelos bancos, lastreadas em TPF, realizadas pela SELIC,
ponderada pelo volume das operações.

TPF

Pago no dia seguinte

$$$$
Banco A Banco B

O CDI – CERTIFICADO DE DEPÓSITO INTERBANCÁRIO


Banco emprestando dinheiro para outro banco. Muito parecido com o sistema da Selic Over, o que
muda é o lastro da operação.

CDI

Gera a taxa DI

$$$$
Banco A Banco B

Dois fatores devem ser atendidos:


1. Operações iguais ou superiores a 100.
2. Somatório dos volumes das operações igual ou superior a 30 (trinta) bilhões.

Módulo 03 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5% a 10%) 37


38 Módulo 03 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5% a 10%)

Caso não seja atendido um dos dois critérios, será divulgado como taxa DI a
SELIC Over diária.

O TR – TAXA REFERENCIAL
Calculada pelo BACEN com base na média das taxas de juros negociadas no mercado secundário com
Letras do Tesouro Nacional (LTN), conforme metodologia própria. A essa média, denominada Taxa Bá-
sica Financeira (TBF), é aplicado um fator redutor, para então se chegar ao resultado da TR.

LTN → TBF → R → TR
TBF = Média das LTNs
TR = TBF – Redutor

Utilizada para: FGTS, Poupança e financiamentos imobiliários.


O BC calcula e divulga a TR.
TR – TAXA REFERENCIAL

O POLÍTICA MONETÁRIA

Diretrizes definidas pelo CMN e conduz realizada pelo BACEN

Conjunto de medidas /instrumentos que tem como finalidade a estabilidade da moeda.

Duas direções:

I. Política Monetária Expansionista


Aumento da base monetária para estimular o consumo/demanda.

II. Política Monetária Contracionista


Diminuição da base monetária para frear consumo/demanda

O INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MONETÁRIA

OPEN MARKET

Definição: Open Market (Operações de mercado aberto) - Compra e venda de


T.P.F pelo BACEN (comprando os títulos que estão nas mãos dos DEALERS (BAN-
COS) ou vendendo para os DEALERS).

38 Módulo 03 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5% a 10%)


Módulo 03 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5% a 10%) 39

É o instrumento de política monetária mais ágil.

O BACEN não emite Título Público Federal, mas possui em sua carteira para efeito de con-
trole de liquidez da economia.

I. Política Monetária Expansionista


BACEN compra Título Público Federal do Mercado

II. Política Monetária Contracionista


BACEN vende Título Público Federal no Mercado

Exemplo:

Cenário de IPCA elevado

BC vende TPF para os Dealers

Menos $$ em caixa

Taxa de Juros sobe

Reduz Consumo e Inflação

Exemplo:

Cenário de IPCA baixo

BC compra TPF para os Dealers

Mais $$ em caixa

Taxa de Juros cai

Sobe Consumo e Inflação

DEPÓSITO COMPULSÓRIO
Definição: Depósito Compulsório - A taxa do Depósito Compulsório é definida
pelo CMN e quem recolhe de fato o compulsório é o BACEN. Compulsório é todo
dinheiro que entra no banco aquele dia, uma % dele os bancos precisam guar-
dar e enviar para o BACEN.

Módulo 03 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5% a 10%) 39


40 Módulo 03 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5% a 10%)

O Banco Central define a alíquota;


A alíquota que os Bancos devem repassar em espécie para o Banco do Brasil diariamente,
que faz a custódia do valor;
Entra no compulsório: depósitos à vista, depósitos à prazo e caderneta de poupança.

I. Política Monetária Expansionista


BACEN diminui alíquota do Recolhimento

II. Política Monetária Contracionista


BACEN aumenta alíquota do Recolhimento

Exemplo:

Cenário de IPCA elevado

BC aumenta alíquota

menos $ para emprestar

Taxa de Juros sobe

Reduz Consumo e Inflação

Exemplo:

Cenário de IPCA baixo

BC diminui alíquota

mais $ para emprestar

Taxa de Juros cai

Sobe Consumo e Inflação

O REDESCONTO

Definição: Redesconto - Empréstimo de última instância feito pelo BACEN aos


bancos, vamos imaginar que o banco XPTO não tem o dinheiro dos Compulsó-
rios hoje, ele pode emprestar do próprio BACEN esse dinheiro. Claro que vai ser
uma taxa bem mais salgada, do que fosse emprestado entre bancos (interfinan-
ceiro).

40 Módulo 03 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5% a 10%)


Módulo 03 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5% a 10%) 41

I. Política Monetária Expansionista


BACEN diminui a taxa de juros do Redesconto

II. Política Monetária Contracionista


BACEN aumenta a taxa de juros do Redesconto

Exemplo:

Cenário de IPCA elevado

BC aumenta tx de empréstimo

Diminui oferta de crédito

Taxa de Juros sobe

Reduz Consumo e Inflação

Exemplo:

Cenário de IPCA baixo

BC diminui tx de empréstimo

Aumenta oferta de crédito

Taxa de Juros cai

Sobe Consumo e Inflação

O PIB X JUROS X INFLAÇÃO

Os juros altos, freiam a economia, com isso a população para de gastar e a in-
flação cai, desse modo o país não produz e o PIB cai. Logo depois o BC dimi-
nui juros para melhorar a atividade econômica do país, com isso muitos pegar
empréstimos e capital de giro aproveitando a taxa menor, aumenta a procura
por bens e o preço sobe, o PIB também sobe. Como a inflação sobe muito o BC
aumenta os juros para conter a inflação.

O COPOM – COMITÊ DE POLÍTICA MONETÁRIA

Órgão do BACEN que define a cada 45 dias a taxa SELIC


Criado em junho de 1996;

Módulo 03 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5% a 10%) 41


42 Módulo 03 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5% a 10%)

Junho de 1999 o Brasil passou a adotar as “Metas de Inflação” (definida pelo CMN);
Índice utilizado na meta: IPCA;
A reunião do COPOM acontece sempre nas terças e quartas-feiras, sendo 8 (oito) reuniões
por ano, podendo ter reuniões extraordinárias;
Participam da reunião o Presidente do BC e seus 8 (oito) diretores;
Na quarta que antecede a reunião, inicia-se um silêncio absoluto dos participantes e na
terça subsequente é divulgada a Ata da reunião;
INFLAÇÃO CONTAS PÚBLICAS

CENÁRIO EXTERNO ATIVIDADE ECONÔMICA


Fonte: Banco Central do Brasil

Fonte: Banco Central do Brasil

42 Módulo 03 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5% a 10%)


Módulo 03 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5% a 10%) 43

O POLÍTICA FISCAL

Necessidade de Financiamento do setor público

Conjunto de medidas para o Governo Federal arrecadar receitas e realizar despesas, para cumprir
três funções essencialmente:
I. Estabilização da Macroeconomia;
II. Redistribuição de Renda;
III. Alocação de Recursos.

Receitas Despesas
Impostos Despesas Correntes
Dividendos Despesas de Capital

É comum o Governo ter uma despesa maior que a receita , que é financiado pelos Títulos Públicos
Federais

Resultado Fiscal
Dívida Bruta
Total da dívida pública

Dívida Líquida
Exclui a dívida que está nas mãos do BACEN

Resultado Nominal
Tudo o que o governo arrecada, menos suas despesas

Resultado Primário
Superávit Nominal, menos os juros da dívida pública

Relação Dívida/PIB
Importante indicador de saúde fiscal do país. Quanto maior, pior o cenário

Regra de Ouro
O governo não pode se endividar para pagar despesas correntes sem a aprova-
ção do Senado Federal. Pode acarretar em crime de responsabilidade.

Arrecadação > Gastos => Superávit fiscal


Gastos > Arrecadação => Déficit fiscal

Módulo 03 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5% a 10%) 43


44 Módulo 03 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5% a 10%)

Política Fiscal Expansionista:


Governo aumenta os gastos
Estímulo as exportações
Diminuição da carga tributária
Tarifas e barreiras às importações

Política Fiscal Contracionista:


Governo diminui os gastos
Aumenta os impostos

O CONTAS DO SETOR PÚBLICO

POLÍTICA CAMBIAL

Define as relações financeiras entre os países

Brasil Perfeitamente flutuante Câmbio fixo

Flutuação suja Bacen não intervém Taxa fixada pelo governo

Conjunto de medidas que define o regime da taxa de câmbio.


CMN determina o regime cambial.
Bacen conduz a política cambial com seus instrumentos.
I. Política de Câmbio Flutuante;

44 Módulo 03 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5% a 10%)


Módulo 03 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5% a 10%) 45

II. Política de Câmbio Flutuante sujo;


III Política de Câmbio Fixo;
IV. Política de Bandas Cambiais.

O Conceito de Desvalorização e Valorização

A volatilidade na taxa de câmbio afeta a toda a população

Desvalorização
Melhora exportações e diminui importações;
Tende a trazer inflação para a economia.

Valorização
Melhora importações e diminui exportações;
Desvaloriza cenário nacional.

O TAXA DE CÂMBIO
Comparação entre moedas

A taxa de câmbio, que nada mais é do que o preço de uma moeda comparado
ao de outra moeda.

No Brasil, a taxa de câmbio mais observada é a BRL/USD, ou seja, a taxa de


câmbio entre o dólar norte-americano e o real brasileiro.

Ex.: Dólar fechou em R$ 3,85, ou seja, são necessários 3,85 reais para trocar por
1 dólar.

Dólar subiu para R$ 3,90, quer dizer que são necessários R$ 3,90 reais para tro-
car por 1 dólar, ou seja, o real se desvalorizou.

Dólar caiu para R$ 3,70, quer dizer que são necessários agora apenas R$ 3,75
para trocar por 1 dólar, ou seja, o real se valorizou.

A taxa de câmbio spot é a taxa para compra e venda imediata de dólares.

Taxa PTAX: média das cotações do dólar no mercado, calculada pelo Banco Central do
Brasil por meio de metodologia própria, com base em quatro janelas de consulta ao longo
de cada dia.

Módulo 03 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5% a 10%) 45


46 Módulo 03 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5% a 10%)

Essa taxa é utilizada como referência para diversos contratos no mercado finan-
ceiro, incluindo derivativos.

Reservas Internacionais:

Ativos do Brasil em moeda estrangeira


As reservas Internacionais de um país são formadas por ativos em moedas estrangeiras, como títulos,
depósitos bancários, que podem ser usados para pagamento de dívidas internacionais.
Funcionam como espécie de seguro para:
− País fazer frente as obrigações no exterior;
− Evitar choques de natureza externa;
− Segurança para o investidor internacional.

O Banco Central do Brasil aloca as reservas internacionais em moeda forte, assim como títulos da
dívida dos EUA.

O CONTAS EXTERNAS

Balanço de Pagamentos:
Registro de tudo o que entra e sai de fluxos financeiros do país.
Balança de Pagamento = Conta Corrente + Conta Capital.
Conta Corrente = Balança Comercial + Balança de Serviços + Rendas e Transferências Uni-
laterais.
Conta Capital = Mercado de Capitais.

O CUPOM CAMBIAL

Taxa de juro em dólares no Brasil


O Cupom Cambial é a remuneração dos dólares que são investidos aqui no país.
Quanto maior o Cupom Cambial, maior será a atratividade de capital estrangeiro para o
país.
Um aumento na taxa de juros doméstica ou valorização cambial (do real), causa uma eleva-
ção do Cupom Cambial.

Cálculo do CUPOM cambial

46 Módulo 03 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5% a 10%)


Módulo 03 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5% a 10%) 47

Exemplo:

Investidor americano trouxe U$10.000 para o Brasil a cotação de R$3,00. Ga-


nhou 10% de rentabilidade aqui no país e depois levou o capital novamente
para os Estados Unidos a uma cotação de R$2,00. Qual a rentabilidade desse
investidor?

R$10.000,00 X R$3.000,00 = R$30.000,00 + 10% = R$33.000,00/ R$2,00 = R$16.500

R$10.000,00 Δ% R$16.500,00 = 65%

O JUROS SIMPLES X JUROS COMPOSTOS

CAPITALIZAÇÃO SIMPLES E CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA

Juros Simples  Taxa Proporcional


Juros incide apenas sobre o capital.

Juros = Capital x taxa x Tempo (período).

Um regime de capitalização simples no cálculo da remuneração devida em um título, o valor de refe-


rência para o cálculo dos juros é sempre o montante inicial, isto é, o valor presente do título.

Juros Simples - Taxa proporcional

Apliquei Janeiro Fevereiro Março Abril Maio

R$100,00 R$10,00 R$10,00 R$10,00 R$10,00 R$10,00

TOTAL: R$110,00 R$120,00 R$130,00 R$140,00 R$150,00

Taxa: 10% a.m

Juros Compostos Taxa Equivalente


Juros compostos = Juros sobre juros.

Juros = Capital x (1 + taxa)n

No regime de capitalização composta tende a ser preferido. Nesse regime, o montante inicial cresce de
maneira geométrica ao longo do tempo, e o valor de principal acrescido de juros em um dado período
serve como base de cálculo para os juros do período subsequente.

Módulo 03 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5% a 10%) 47


48 Módulo 03 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5% a 10%)

Juros Compostos - Taxa equivalente

Apliquei Janeiro Fevereiro Março Abril Maio

R$100,00 R$10,00 R$11,00 R$12,10 R$13,31 R$14,64

TOTAL: R$110,00 R$121,00 R$133,10 R$146,41 R$161,05

Taxa: 10% a.m

O TAXAS DE JUROS NOMINAL X TAXA DE JUROS REAL

Taxa de juros nominal = Todo o juro que o investidor recebe na operação.

Taxa de juros real = Taxa de juros nominal – Taxa de inflação.

Exemplo:

Taxa nominal 10%

Inflação 5%

Cálculo:

Taxa Real = (1+ Taxa Nominal) (1+ inflação) - 1

Taxa Real = 4,76%

Se a taxa de inflação for maior do que a taxa de juros nominal durante o período de um investimento,
a taxa de juros real ficará abaixo de zero.

Se a taxa de inflação for negativa, isto é, se houver deflação, a taxa de juros real será superior à taxa de
juros nominal.

O NOÇÕES DE FINANÇAS

Fluxo de Pagamentos

Valor Presente
Quanto vale um montagem atualmente.

Valor Futuro
Preço que o montante terá uma data futura (caso investido).

48 Módulo 03 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5% a 10%)


Módulo 03 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5% a 10%) 49

Taxa de desconto
O cálculo aplicado sobre um valor futuro para determinar sua equivalência no presente.

Cupom
Pagamento, por parte do título, de juros periodicamente.

Importante = O valor presente é inversamente proporcional a taxa de juros

Exemplos:

1) Bruno pegou emprestado R$5.000,00 com o Banco, para pagar em 12 meses a uma taxa de juros
compostos de 2% a.m. Qual o valor total da dívida do cliente?

PV = R$5.000,004
n = 12
i = 2%
FV= R$6.341,21

2) Bruno aplicou R$8.000,00 em um título com pagamento de cupom semestral que remunera 5% a.s.
Sabendo que o título tem vencimento de 3 anos, qual o retorno efetivo deste título contratado?
Valor de face = R$1.000,00
3 ANOS = 6 SEMESTRES
5% de R$1.000,00 = R$50,00

R$1050,00
R$50,00 R$50,00 R$50,00 R$50,00 R$50,00

R$800,00

G CF0 = - R$800,00
G CFJ = R$50,00
G NJ = 5
G CFJ = 1050
F IRR = 9,53

O NOÇÕES DE FINANÇAS

Fluxo de Pagamentos

Taxa Interna de Retorno (TIR)

Módulo 03 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5% a 10%) 49


50 Módulo 03 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5% a 10%)

Essa é a taxa que iguala a entrada com a saída, trazendo assim, tudo a valor
presente.

O objetivo é mostrar a viabilidade do projeto/investimento.

Prazo médio
Medida estatística que calcula o prazo médio de recebimento de uma carteira
de investimentos.

ATIVO Vencimento Aplicação

CDB A 24 meses R$200.000,00

CDB B 6 meses R$20.000,00

6 ENTER R$20.000,00 Σ6+ 24 ENTER R$200.000,00 Σ+ G xw (tecla 6) = 22,36

PMC = 15 ( 24+6/2)
PMP = 22,36

O Custo de Oportunidade

Benefício perdido por uma determinada escolha

Qual o custo de oportunidade que você tem exatamente agora, estudando para a certifica-
ção?
− Você poderia estar curtindo com a sua família, amigos.
− Mas você terá a certificação, qualificação caso faça isso.

Exemplo:
Investiu R$100.000,00
1° ano – R$20.000,00
2° ano – R$30.000,00
3° ano – R$60.000,00
Taxa Livre de Risco

Risco de Crédito

50 Módulo 03 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5% a 10%)


Módulo 03 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5% a 10%) 51

Teoricamente é possível aplicar em títulos do Tesouro Nacional, obter rentabilidade, sem a existência
do risco de crédito.

Prêmio pelo risco = Percentual pago acima dos ativos livre de risco

Custo Médio Ponderado de Capital

WACC – Weighted Average Cost of Capital

Conceito: Quanto em média está custando o capital de uma empresa?

Capital de Terceiros:
Mais arriscado para a empresa;
Menos risco para o investidor.

Capital de Próprio – Acionistas:


Pouco risco para a empresa;
Maior risco para o acionista.

Alavancagem
Quanto maior o peso de capital de terceiros que uma empresa tem, maior será
sua alavancagem.

CMPC = (% CP X Custo CP) + (% CT x Custo CT) + (1- IR)


WAAC

Exemplo: Se CMPC der 20%, a margem de lucro do produto / serviço da em-


presa deve ser maior que 20%, pois o custo do dinheiro para a empresa é de
20%.

Retorno Histórico e Retorno Esperado

Fundos EMB:

Mês Rentabilidade
jun/21 3%
jul/21 1%
ago/21 1%
set/21 2%
out/21 3%
Média 2%

Módulo 03 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5% a 10%) 51


52 Módulo 03 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5% a 10%)

Média = Expectativa de Rentabilidade no mês de dezembro, o retorno esperado é de 2%.

Rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura.

IMPORTANTE
O Produto Interno Bruto de uma economia representa, em valores monetários e para deter-
minado período, a soma de todos os bens e serviços finais, a valor de mercado.
O índice de inflação oficialmente utilizado pelo governo brasileiro para verificar o cumpri-
mento da meta de inflação é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A taxa de referência para o cálculo da remuneração devida em empréstimos realizados en-
tre instituições financeiras no Brasil é a Taxa DI.
A taxa DI é apurada diariamente e aplicada com base em dias úteis.
A taxa de juros utilizada para o cálculo da remuneração dos saldos das contas vinculadas
ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é a Taxa Referencial.
Um dos objetivos do Comitê de Política Monetária (Copom) é definir a meta da taxa Selic.
A diferença entre as taxas de juros nominal e real é dada pela taxa de inflação.
A utilização de um índice de referência (benchmark) para um fundo de investimento permi-
te a verificação do desempenho relativo do fundo.
Para um ativo financeiro qualquer, a volatilidade é uma medida de risco.
Em um cenário de elevação da taxa básica de juros (SELIC) é esperado, por consequência,
redução do IPCA.
As reservas internacionais de um país representam o saldo que o governo dessa país detém
em moedas estrangeiras.
O prazo médio ponderado de um título financeiro é igual ao prazo até a sua data de venci-
mento quando a taxa de cupom é igual a zero, e o valor de principal é integralmente devido
no vencimento.
Ao longo de um mesmo dia, a marcação a mercado de um título com taxa de remuneração
fixa apresentará resultado negativo se a taxa de desconto permanecer constante.
Após a sua emissão, a negociação de títulos e valores mobiliários ocorre no mercado se-
cundário.
Instrumento utilizado pelo banco central do brasil para controlar a liquidez do mercado
financeiro: Política Monetária
A diferença entre as taxas de juros nominal e real é dada pela taxa de inflação
O preço unitário (PU) de um título de renda fixa é o valor presente das amortizações e do
principal.
O valor presente em um fluxo de pagamento é inversamente proporcional a taxa de des-
conto.
Taxa de juros utilizada para cálculo da remuneração dos saldos das contas vinculadas ao
FGTS é a TR – Taxa Referencial
São princípios da marcação a mercado, segundo a Anbima (lembrar COMEÇO: Consistência,
Objetividade, Melhores Práticas, Equidade e Comprometimento)

52 Módulo 03 – Princípios Básicos de Economia e Finanças (5% a 10%)


Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%) 53

MÓDULO 4 – Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e


Derivativos (17% a 25%)
O RENDA FIXA

O que caracteriza um título como Renda Fixa?

Para um título ser considerado de Renda Fixa, deve-se atender a três critérios:

1. Dívida;
2. Vencimento/Prazo;
3. Rentabilidade.

TABELA REGRESSIVA DE IMPOSTO DE RENDA

X2 PRAZO ALÍQUOTA -2,5

Até 180 dias 22,50%

181 - 360 dias 20%

361 - 720 dias 17,50%

Acima de 721 15%

IR Regressivo para CDB, DPGE, LF, Debêntures, Notas promissórias e Títulos Públicos Fede-
rais.
Cobrança: no resgate ou no vencimento.
Isenção PF para: Poupança, Debênture Incentivada, CRI, CRA, LCI, LCA e CPR.

O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras)

Será cobrado IOF em investimentos resgatados até o 29° dia, após isso o inves-
tidor ficará isento desta cobrança. Caso haja necessidade de cobrança, 1° será
cobrado o IOF e em 2° o IR.

IOF antes do IR;

4–3–3

Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%) 53


54 Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%)

% do IOF % do IOF % do IOF


Prazo Prazo Prazo
sobre sobre sobre
(dias corridos) (dias corridos) (dias corridos)
rendimento rendimento rendimento

1 96 11 63 21 30

2 93 12 60 22 26

3 90 13 56 23 23

4 86 14 53 24 20

5 83 15 50 25 16

6 80 16 46 26 13

7 76 17 43 27 10

8 73 18 40 28 6

9 70 19 36 29 3

10 66 20 33 30 0

O FGC (FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO)


O FGC é uma entidade privada, sem fins lucrativos, que administra o mecanismo de proteção aos
correntistas, poupadores e investidores, contra instituições financeiras em caso de intervenção,
liquidação ou falência.

Limites por cobertura:


− R$250.000,00 por CPF/CNPJ e por instituição;
− R$1.000.000,00 de limitação, com renovação em 4 anos.

Cobertura:
Depósito à vista ou sacáveis mediante aviso prévio.
Depósito de Poupança;
Letra de Câmbio;
Letras Hipotecárias;

54 Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%)


Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%) 55

Letras de Crédito Imobiliário;


Letras de Crédito do Agronegócio;
Depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado RDB (Recibo de Depósito Bancário) e
CDB (Certificado de Depósito Bancário);
Depósitos mantidos em contas não movimentadas por cheques destinadas ao registro e
controle do fluxo de recursos referentes à prestação de serviços de pagamentos de salários,
vencimentos, aposentadorias, pensões e similares;
Operações Compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março de
2012 por empresa ligada;
DPGE.

Investimentos QUE NÃO ESTÃO COBERTOS pelo FGC:


Fundos de Investimento, CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários), CRA (Certificado de Recebíveis do
Agronegócio), Debêntures, Ações, Commercial Papers (Notas Promissórias), Opções, Swap, Mercado a
Termo, Mercado Futuro e LF.

O CDB – CERTIFICADO DE DEPÓSITO BANCÁRIO


Definição: O CDB, Certificado de Depósito Bancário, é um título privado para a captação de recursos
de investidores pessoas físicas ou jurídicas, por parte dos bancos. É um investimento “protegido” pelo
FGC.

Emissor: Banco Comercial, de Investimentos ou múltiplo.

$$$

$$$ + JUROS

Características:
Valor de emissão: Não há regra;
Rentabilidade: prefixada, pós-fixada ou híbrido;
Prazo: Não há regra;
Liquidez: A depender do emissor;
Transferência: Mercado secundário;
Riscos: Mercado, Liquidez e Crédito;
Garantia: FGC;
Tributação: IOF (até o dia 29) + Tabela Regressiva de IR.

Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%) 55


56 Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%)

IR: Tabela regressiva


22,5% até 180 dias
20% de 181 a 360 dias
17,5% de 361 a 720 dias
15% mais de 720 dias

O RDB – RECIBO DE DEPÓSITO BANCÁRIO

O Fluxo idêntico ao do CDB.

Características:
Valor de emissão: Não há regra;
Rentabilidade: prefixada, pós-fixada ou híbrido;
Prazo: Não há regra;
Liquidez: Não tem;
Transferência: Mercado secundário;
Riscos: Mercado, Liquidez e Crédito;
Garantia: FGC;
Tributação: IOF (até o dia 29) + Tabela Regressiva de IR.

O POUPANÇA
A poupança não é tecnicamente um instrumento de renda fixa.

Pontos relevantes:
Sua rentabilidade será mensal se o investidor for PF e trimestral se for PJ;
Poupança antiga (até 03/05/2012): 0,5% a.m. + TR (Taxa Referencial);

Após 04/05/2012:
Se a SELIC estiver acima de 8,5% a.a
0,5% a.m. + TR
Se a SELIC estiver abaixo de 8,5% a.a
70% da SELIC + TR

Exemplo:
Selic hoje: 13,25% a.a
Poupança = 9,28% a.a.

56 Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%)


Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%) 57

Informações importantes:
Investimento mais tradicional do Brasil;
Possui FGC;
Isento de IR para PF;
Liquidez diária;
Possui aniversário;
Aplicações realizadas nos dias 29, 30 e 31 de cada mês, terão como data de aniversário o dia
01 do mês subsequente;
Rentabilidade - Vale o dia do depósito;
Remunera o menor saldo do período.

Tributação
PF= Isento
PJ= Tabela Regressiva de IR;
PJ Isentos: Igrejas, Organização sem fins lucrativos.

O TPF – TÍTULO PÚBLICO FEDERAL

Emitido pelo Tesouro Nacional


Definição: Instrumento de Renda Fixa que financia a dívida pública, ou seja, o
investidor está emprestando dinheiro para o Governo financiar seus projetos.

TIPOS DE NEGOCIAÇÃO

5 TÍTULOS NEGOCIADOS
LFT – Tesouro Selic: Remunera a variação da taxa Selic over (pós-fixado);
LTN – Tesouro Prefixado: Remunera uma taxa prefixada;
NTN-F – Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (prefixado – CUPOM 10% a.a);
NTN-B – Tesouro IPCA + Juros Semestrais (Híbrido: IPCA+ taxa prefixada CUPOM 6%
a.a);
NTN-B Principal – Tesouro IPCA + (Híbrido: IPCA+ taxa prefixada).

Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%) 57


58 Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%)

TRIBUTAÇÃO:
IR: Tabela regressiva
22,5% até 180 dias
20% de 181 a 360 dias
17,5% de 361 a 720 dias
15% mais de 720 dias

Uma LFT negociada com ágio terá rendimento inferior a SELIC. Uma LFT negociada com deságio, terá
rendimento Superior a SELIC.
LFT é interessante em um cenário de alta de taxa de juros. Já a LTN é interessante em um cenário de
queda de taxa de juros.

CARACTERÍSTICAS DOS TPF


Características da negociação
Valor de Emissão: R$1.000,00 em todos os casos.
VNA (Valor Nominal Atualizado): Os Títulos foram emitidos em 01/07/2000 por R$1.000,00.
Porém, os títulos pós-fixados são atualizados constantemente.
PU: Preço Unitário.
Ágio: Paga-se mais caro pelo título.
Deságio: Paga-se mais barato pelo título.
Cupom: Recebimento periódico de caixa.
Riscos: Mercado, Liquidez e Crédito.

O TESOURO DIRETO

Definição: Plataforma de negociação desenvolvida para facilitar a visualização


do investidor e dar mais acesso à Pessoa Física na negociação de Títulos Públi-
cos Federais.

Características:
Necessário um agente de custódia intermediador;
Investimento mínimo: 1% do Preço Unitário do Título ou R$30,00;
Investimento máximo de R$1.000.000,00 por mês;
Liquidez diária, porém, liquidação em D+1;
Registro na Clearing da B3;

58 Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%)


Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%) 59

RECOMENDAÇÕES DE TPF
Cliente quer fazer uma reserva de emergência: LFT
Cliente aposta na alta da taxa de juros: LFT
Cliente deseja se proteger da Inflação e ter caixa periódico: NTN-B
Cliente aposta na queda da taxa de juros e quer seu pagamento no vencimento: LTN
Cliente aposta na queda da taxa de juros e quer recebimentos periódicos: NTN-F

O LETRA FINANCEIRA

Definição: Letras financeiras são títulos emitidos por instituições financeiras,


que consistem em promessa de pagamento.

Emissor: Bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, sociedades de crédito, finan-
ciamento e investimento, caixas econômicas, companhias hipotecárias ou sociedades de crédito imo-
biliário e BNDES;

Aplicação mínima: R$ 50 mil sem subordinação; R$300 mil com subordinação;


Admite pagamento de cupons periódicos.
Prazo mínimo: 24 meses, vedado o resgate total ou parcial antes do vencimento;
Não conta com a cobertura do FGC;
Tributação: IR de 15%;

O DPGE – DEPÓSITO A PRAZO COM GARANTIA ESPECIAL

Definição: Os DPGEs são depósitos a prazo emitidos por instituições financei-


ras.

Emissor: Bancos comerciais, múltiplos, de desenvolvimento e investimento, as sociedades de crédito,


financiamento e investimento e as caixas econômicas.

Características:
Aplicação mínima: Não há;
A remuneração pode ser em pré ou pós-fixadas;
O prazo do resgate é definido no momento da contratação, mas não pode ser inferior a 6
meses nem superior a 36 meses. NÃO PODE SER RESGATADO ANTECIPADAMENTE NEM PAR-
CIALMENTE.
Aplicação garantida pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para valores até R$40 mi-
lhões, por CPF ou CNPJ, por instituição ou conglomerado financeiro;
IR via tabela regressiva.

Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%) 59


60 Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%)

O LCI – LETRA DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO

Definição: Instrumento de renda fixa que possui como lastro créditos imobiliá-
rios.
O LCI é um título de dívida emitido por uma instituição financeira.

Emissor: Banco Comercial, Banco de investimentos ou múltiplo, além de sociedade de crédito


imobiliário.
Instituição
TOMADOR Investidor
Pagar em 30 anos financeira $$$ + juros

Empresta 150k $$$


Características:
Valor de Emissão: não há regra;
Rentabilidade: prefixada ou pós-fixada;
Prazo mínimo: São 36 meses quando o título for atualizado mensalmente por índice de pre-
ços ou 12 meses se for atualizado anualmente por esse indexador. Se não utilizar índice de
preços, é de 90 dias;
Liquidez: regra de prazo;
Transferência: Mercado Secundário;
Riscos: Mercado, Liquidez e Crédito;
Garantia: FGC e lastro real;
Tributação: Pessoa Física isenta e Pessoa Jurídica IOF + Tabela regressiva.

LCA – LETRA DE CRÉDITO DO AGRONEGÓCIO


LCA foi criada para oferecer às instituições financeiras públicas e privadas a possibilidade de captarem
recursos para o financiamento das atividades do setor do agronegócio.

Emissor: Banco Comercial, Banco de investimentos ou múltiplo, além de sociedade de crédito


imobiliário.
Instituição
TOMADOR INVESTIDOR
$$$ financeira $$$

$$$ + Juros $$$ + Juros

60 Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%)


Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%) 61

Características:
Prazo mínimo: Serão 12 meses quando indexado a índice de preços e 90 dias se não houver
atualização por índice de preços.
Protegido pelo FGC
PF isenta de IR
PJ tabela regressiva
Pode negociar no mercado secundário
Só pode ser emitido por bancos ou cooperativas de crédito

O CPR – CÉDULA DE PRODUTO RURAL

Definição: A Cédula do Produto Rural (CPR) é um título de promessa de entrega


de produtos rurais que pode ser emitida pelos agricultores e suas associações,
inclusive cooperativas.

O emitente deve procurar uma instituição que dá garantia a CPR, aumentando o universo de
compradores interessados em adquiri-la.

Características:
Rentabilidade: Pode ser prefixada ou pós-fixada;
Prazo: Não há regra;
Sua liquidação só é permitida por meio da entrega física da mercadoria;
Por meio da CPR, o produtor antecipa a venda da produção, e pode ser negociada nos mer-
cados de bolsas e de balcão;
Garantia: Não conta com a cobertura do FGC, mas há garantia do avalista (o mais utilizado
é o penhor rural);
Tributação: PF Isento de IR / PJ tabela regressiva.

O CDCA – CERTIFICADO DE DIREITOS CRÉDITOS DO AGRONEGÓCIO

Definição: O CDCA é um título de crédito nominativo, de livre negociação e re-


presentativo de promessa de pagamento em dinheiro, vinculado a direitos cre-
ditórios originários de negócios realizados entre produtores rurais e terceiros,
inclusive financiamento ou empréstimos.

Seria a continuação da CPR, o produtor rural repassa os direitos de créditos do agronegócio, e a coo-
perativa que ajudou a financiar a CPR, pode criar um CDCA.

Características:
Não conta com o FGC;

Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%) 61


62 Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%)

PF isento, PJ tabela regressiva;


Lastreado em produtos agrícolas.

O CRI – CERTIFICADO DE RECEBÍVEIS IMOBILIÁRIOS

Definição: O Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) é um título de renda


fixa baseado em créditos imobiliários (pagamentos de contraprestações de
aquisição de bens imóveis ou de aluguéis).

Emissão: Instituições não financeiras.

A oferta pública de distribuição de CRI só pode ser iniciada após a concessão de registro e estando o
registro da companhia aberta da companhia securitizadora atuando junto a CVM.
Não tem cobertura de FGC e é isento de IR.

Investimento de longo prazo com rentabilidade acima dos títulos públicos.

Somente CRI com valor mínimo de R$300.000,00 pode ser objeto de distribuição pública.
Fluxo: Construtora vende apartamentos, e fica com o direito de receber os valores por 20 anos.

Construtora não quer esperar e procura uma securitizadora para receber esses valores antes, porém
com desconto.

A securitizadora compra esses ativos e empacota em forma de CRI, oferecendo aos investidores.

Quando os proprietários pagam a parcela do apartamento, o valor vai para a Securitizadora que repas-
sa em forma de rentabilidade aos investidores.

Características:
Emissão
Não tem FGC;
Isento de IR para PF.

O CRA – CERTIFICADO DE RECEBÍVEIS DO AGRONEGÓCIO

Definição: Os CRA’s ou Certificados de Recebíveis do Agronegócio são títulos de


crédito. Emitidos por empresas securitizadoras de direitos creditórios do agro-
negócio.

Características:
Isento de IR para PF
Não tem cobertura do FGC

62 Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%)


Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%) 63

O DEBÊNTURES

Definição: São Títulos emitidos apenas por Sociedade Anônimas não financei-
ras de capital aberto ou fechado, que as lança no mercado para obter recursos
de médio e longo prazo, destinados a projetos de investimentos ou alongamen-
to do perfil do passivo.

Somente companhias abertas com registro na CVM podem efetuar emissões públicas de
debêntures.
Prazo: regra somente nas incentivadas;
Rentabilidade: Prefixada, pós-fixada e admite pagamento de CUPOM;
Riscos: Mercado, Liquidez e Crédito;
Garantias: Não possui FGC, mas garantias específicas;
Tributação: IOF e Tabela Regressiva de IR;
Liquidez: A depender do emissor;
Escritura de emissão;
Repactuação: O agente fiduciário (inst. Finan.) representa os debenturistas.

Tipos de Debêntures
Debênture Simples;
Debêntures Conversíveis em ações

Definição: As debêntures conversíveis são aquelas que conferem aos debentu-


ristas a opção de convertê-las em ações da mesma empresa, a um preço pré-es-
pecificado, em datas determinadas ou durante um período. Debêntures permu-
táveis: troca por ação de outra companhia.

IR: Regressivo.

Debêntures Incentivadas

Definição: Emissão de título destinada ao financiamento de projetos voltados


para a implantação, ampliação, manutenção, recuperação ou modernização,
entre outros, do setor de logística e transporte, o qual está inserido o segmento
portuário.

Benefício Fiscal:
I – Menor IR para PJ (15%);

Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%) 63


64 Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%)

II – Isento para PF.

Prazo mínimo para emissão: 48 meses.


Prazo mínimo para resgate: 24 meses.

Tipos de garantias:
Real: bens como garantia, não pode trocar
Flutuante: prioridade em relação aos bens, pode mudar
Quirografária: Iguais aos demais credores.
Subordinada: Apenas prioridade em relação aos acionistas.

Para lembrar:

REFLUXO
RE FLU Q SU

Garantia adicional e opcional:

Fidejussória: É a garantia dada por um indivíduo a fim de certificar que um débito de um


terceiro será pago adequadamente, ou seja, é um instrumento jurídico utilizado como pro-
teção para o credor.

Agente Fiduciário: Protege o interesse dos debenturistas! (Pode requerer falência da emi-
tente, executar garantias reais, representar os debenturistas nos processos ou tomar qual-
quer providência para que o debenturista realize o seu crédito.

Cross Default: Se uma dívida do emissor vencer e ele ficar inadimplente, as debêntures
também estarão vencidas automaticamente.

Escritura: Documento legal, que declara as condições sob as quais a debênture foi emitida.

O NOTA PROMISSÓRIA

Definição: É um título de curto prazo emitido por instituições não financeiras.

Foram criadas com o objetivo de que as empresas possam obter recursos de curto prazo para resolver
problemas de caixa.

Características:
Emitido por S/A aberta e S/A fechada;

64 Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%)


Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%) 65

O prazo máximo da NP é de 360 dias;


Se não for objeto de oferta pública, o prazo máximo será de 90 dias;
Não conta com a cobertura do FGC;
IR Regressivo;
Por ser um título de curto prazo, a menor alíquota é de 20%;
Rentabilidade: Préfixada, pós-fixada e admite pagamento de CUPOM.

O COE – CERTIFICADO DE OPERAÇÃO ESTRUTURADA

Definição: É instrumento inovador e flexível, que mescla elementos de Renda


Fixa e Renda Variável. Traz ainda o diferencial de ser estruturado com base em
cenários de ganhos e perdas selecionadas de acordo com o perfil de cada inves-
tidor. É a versão brasileira das Notas Estruturadas, muito populares na Europa
e nos Estados Unidos.

A emissão desse instrumento poderá ser feita em duas modalidades: valor nominal protegido, com
garantia do valor principal investido, ou valor nominal em risco, em que há possibilidade de perda até
o limite do capital investido. Nos dois casos deve ser observada a regra de suitability, ou seja, o inves-
timento deve ser adequado ao perfil do investidor.

Emissão: Os Bancos;
Operação estruturada: Reúne ativos de renda fixa e renda variável.
Vencimento: Não há regra;
Possui trava alta na rentabilidade;
Datas de Observação;
O COE tem vencimento, valor mínimo de aporte, indexador e cenário de ganhos e perdas
definidos pelos bancos para diferentes perfis de investidor;
Tributação: O Imposto de Renda ocorre sobre o lucro conforme o prazo da aplicação, pela
tabela regressiva, recolhido pela instituição emissora;
Pode ter ou não liquidez antecipada ao vencimento;
A “Lâmina” do COE é chamada de DIE - Documento de Informações Essenciais.
Termo de adesão e ciência de risco – Obrigatório;
Instrução CVM nº 569 (14/10/2015)
Trata da oferta pública de distribuição de COE realizada com dispensa de registro.
Cap II: Os bancos comerciais, as caixas econômicas e os bancos múltiplos sem carteira de
investimento ficam dispensados da exigência da contratação de intermediários integrantes
do sistema de distribuição de valores mobiliários na distribuição pública de COE de sua
emissão, desde que atendido o disposto nesta Instrução.
Cap IV – Material Publicitário

Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%) 65


66 Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%)

Usar linguagem serena e moderada, advertindo para os riscos do investimento, inclusive


que o investidor está sujeito ao risco de crédito do emissor do certificado;
Mencionar que se trata de material publicitário;
Alertar para a existência do DIE e os meios para a obtenção de um exemplar, além da ad-
vertência em destaque com a seguinte redação: “LEIA O DOCUMENTO DE INFORMAÇÕES
ESSENCIAIS ANTES DE APLICAR NESTE CERTIFICADO DE OPERAÇÕES ESTRUTURADAS”;
Destacar que o certificado é da modalidade de “Investimento com Valor Nominal em Risco”,
quando for o caso;
Caso o material publicitário do COE contenha cenários, não poderá ser dado destaque ao
melhor cenário em detrimento dos outros cenários;
Mencionar que a rentabilidade líquida depende da tributação aplicável.

Exemplo de COE:
1. Se o Ibovespa cair → Capital Protegido
2. Se o Ibovespa subir até 10% → Ganho de 15%
3. Se o Ibovespa subir até 20% → Ganho de 25%
4. Se o Ibovespa subir mais do que 25% → Ganho de 10%

No fechamento, o Ibovespa subiu 13%. Qual será o ganho?


O ganho será de 25% bruto (Tabela regressiva de IR)

O INSTRUMENTOS DE RENDA VARIÁVEL


Rendimento não conhecido, pois dependem de fatores futuros.
Possibilitam maiores ganhos, porém maiores riscos. Maior exemplo: Ações

AÇÕES
Ações, também chamadas simplesmente de “papéis”, são as parcelas que compõem o capital social de
uma empresa, ou seja, são as unidades de títulos emitidas por sociedades anônimas.

Formas de Negociação:
Lote padrão: 100 ações;
Lote fracionário: 1 ação. Normalmente, seu preço é maior que as ações do lote padrão, pela
menor liquidez;
Liquidação física e financeira: D+2.

ON (Ordinárias):
Garantem o direito a voto nas assembleias aos acionistas (1 ação equivale a 1 voto – 100%
ordinária).

66 Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%)


Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%) 67

PN (Preferenciais):
Tem preferência no recebimento de dividendos em relação as ordinárias;
Recebem 10% a mais de dividendos em relação as ordinárias;
Não tem direito a voto, salvo uma exceção;
Caso a companhia fique 3 anos (exercícios consecutivos) sem distribuir dividendos, passa a
ter direito a voto (temporariamente).

UNITS: SANB11

Conjunto de ações negociadas na B3 que podem conter tanto ações PN quanto ON.

Canais de distribuição:
CTVM/DTVM;
Agências bancárias/plataforma digitais;
Home broker.

O DIREITO DOS ACIONISTAS

Dividendos e JSCP – Juros Sobre Capital Próprio

O Ganho de Capital

Definição: É a diferença positiva entre o valor da compra da ação e o seu valor


de venda.

Compra a ação e vende por um preço maior.

O Dividendos
Definição: São parte do lucro líquido de empresas listadas na bolsa de valores
que, por lei, deve ser distribuído entre os acionistas.

Parte do lucro líquido;


Pago em dinheiro;
Isento de IR;
Mínimo 25% do lucro líquido repassado aos acionistas.

Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%) 67


68 Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%)

O Juros Sobre Capital Próprio

Definição: São proventos pagos em dinheiro aos acionistas, porém dedutível do


lucro tributável da empresa. Trata-se de lucros retidos.

Reinveste o lucro da empresa e paga juros para o investidor;


Benefício fiscal para a empresa;
15% de IR (investidor).

O Bonificação e Subscrição

Bonificação
Definição: Novas ações aos acionistas em função do aumento de capital (dimi-
nuir o preço e aumentar a quantidade de ações tem efeito zero no patrimônio).

Distribuição de ações aos acionistas;


Aumenta a quantidade de ações, mas não o patrimônio.
Não paga Imposto de Renda.

Subscrição
Definição: A preferência de subscrição é o direito que possuem os atuais acio-
nistas de subscrever o aumento de capital na mesma proporção de sua partici-
pação no capital da companhia, prioritariamente.

Novas ações no mercado;


O acionista detém o direito de comprar as novas ações antes do mercado.

O INPLIT X SPLIT

Grupamento (Inplit): Reduz a quantidade de ações aumentando o valor de


cada ação
(Objetivo: Menor risco).

Desdobramento (Split): Aumenta a quantidade de ações reduzindo o valor da


ação
(Objetivo: Maior liquidez – Visa diminuir o risco de liquidez).

Capital não se altera.

68 Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%)


Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%) 69

O DEPOSITARY RECEIPTS (DR’S)

ADR = Receipts, são certificados de depósito representativos de ações de em-


presas de qualquer país (empresas brasileiras, por exemplo), negociadas nas
bolsas de valores do próprio país de origem e que são em bolsas de valores
norte-americanas (NYSE, por exemplo).

BDR= São certificados ou direitos representativos de valores mobiliários emi-


tidos por companhias abertas com sede no exterior, negociáveis no mercado
brasileiro e emitidos por instituição depositária no Brasil.

ADR = Ambev (lembrar de empresa estrangeira com ações nos EUA)


BDR = Boeing (lembrar de empresa estrangeira com ações no Brasil)

O AGO X AGE

AGO é a Assembleia Geral Ordinária, convocada anualmente para deliberar sobre as de-
monstrações contábeis do Fundo.
Deve ocorrer em até 120 dias após o término do exercício social. Esta Assembleia Geral
Ordinária somente pode ser realizada no mínimo 30 dias após estarem disponíveis aos co-
tistas as demonstrações contábeis auditadas relativas ao exercício encerrado.
A ata da AGO, bem como o sumário de decisões tomadas, deve ser disponibilizada em até
7 dias úteis da sua realização.
AGO - Aprova demonstrações financeiras!
O acionista exerce seu direito de fiscalização por meio da eleição dos membros do Conse-
lho Fiscal, que deve ter representantes dos acionistas minoritários e dos acionistas prefe-
renciais.
Quaisquer outras Assembleias são chamadas de AGE.

O TAG ALONG

Definição: O Tag Along é a extensão do prêmio de controle, direito conferido aos


acionistas minoritários em caso de alienação de ações realizadas pelos contro-
les da companhia. Oferta de no mínimo 80%.

Com outras palavras é um mecanismo de defesa do acionista minoritário.

Direitos dos acionistas minoritários:


Participar dos lucros sociais
Comparecer à assembleia
Ter acesso a demonstrações financeiras
Fiscalizar a gestão

Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%) 69


70 Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%)

Receber extratos da posição acionária


Exercer direitos de subscrição
Participar do acervo da companhia, em caso de liquidação
Dispor dos meios e procedimentos legais para fazer assegurar os seus direitos, que não po-
dem ser afastados pelo Estatuto.
Acionista Controlador: Maioria das ON (PF ou PJ)

Tradicional Nível 1 Nível 2 Novo Mercado

TAG ALONG 80% ON 80% ON 100% ON e PN 100% ON

O IPO – OFERTA PÚBLICA INICIAL E UNDERWRITING

Definição: A “oferta pública inicial” representa a primeira vez que uma empresa
receberá novos sócios realizando uma oferta de ações ao mercado. Ela se torna,
então, uma companhia de capital aberto com papéis negociados no pregão da
Bolsa de Valores.

EMPRESA AGENTE UNDERWRITING

INVESTIDORES

CVM AUTORIZA • Garantia firme; | • Garantia melhores esforços; | • Garantia residual (Stand By);

Características
Período de Reserva:
− A mercado: O investidor está disposto a pagar o preço do mercado.
− Limitado: O investidor aciona um STOP para compra.49

Rateio:
- Caso a demanda seja maior que a oferta, haverá rateio entre os investidores que fizeram
reserva das ações.

70 Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%)


Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%) 71

Lote Suplementar:
− Com a demanda maior que a oferta, pode ser realizado também o green shoe (lote
suplementar), onde a empresa pode colocar à venda mais 15% de ações, sem aviso prévio a
CVM.

OPÇÕES DE UNDERWRITING

Empresa decide captar Ações passam a ser ne-


recursos via emissão de
Ações
⇨ Procura um B.I.. para realizar
um IPO (Mercado primário) ⇨ gociadas no mercado SE-
CUNDÁRIO.

Garantia firme: IF subscreve integralmente a emissão das ações e revende ao público. Ris-
co do intermediário financeiro.
Garantia Melhores esforços: IF se compromete a realizar melhores esforços para coloca-
ção. Risco da empresa.
Garantia Residual: IF coloca as sobras junto ao público, em determinado espaço de tempo,
ele mesmo subscreve o total das ações. Risco do intermediário financeiro.
Roadshow: Apresentação da empresa aos investidores.

Bookbuilding: Formação de preços do ativo, normalmente por meio de um lei-


lão de ofertas.

Prospect: folheto ou folder de oferta pública: O prospecto deverá não omitir


fatos relevantes, nem conter informações que possam induzir investidores ao
erro.

É obrigatória a entrega de exemplar do prospecto preliminar ao investidor, ad-


mitindo-se seu envio ou obtenção por meio eletrônico.

PARTICIPANTES
Banco Coordenador: Instituição financeira contratada pela empresa para fazer a interme-
diação.
Podem ser: Corretoras, Distribuidoras ou Banco de Investimento.
Pode ser mais de 1 coordenador, mas 1 será o líder.

Banco Mandatário: Tem a função de processar a liquidação física e financeira entre a sua
tesouraria e a instituição custodiante. Além disso verifica a autenticidade do negócio.

Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%) 71


72 Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%)

Market Maker: É uma entidade que proporciona liquidez para o mercado. Tem como ob-
jetivo estimular a negociação dos ativos e consequentemente aumentar a liquidez desses
ativos.

Auditor Independente: Realiza a auditoria contábil apresentada pelo administrador.

Agente Fiduciário: Protege os direitos dos investidores.

Agência da Rating: São empresas que fazem uma avaliação de risco das organizações pri-
vadas ou públicas e de países.

Custodiante: É uma instituição financeira designada para custodiar ações e ativos de fun-
dos, seja de pessoas físicas ou de jurídicas.

ANÁLISE FUNDAMENTALISTA
Analisa os fundamentos da empresa.

Definição: A análise fundamentalista se preocupa com os resultados, perspec-


tivas econômicas, tecnológicos, setoriais e específicos de cada empresa dentro
do contexto da economia.

Indicadores – Precificação da ação:

LPA - Lucro por Ação


Lucro líquido÷Nº de Ações
Quanto maior, melhor!

P/L – Preço sobre o lucro


Preço por ação÷lucro por ação
Quantidade de anos que levaria para recuperar o capital investido por meio de
dividendos.

Exemplo:
Preço ação A: R$20,00
Dividendos (lucro por ação): R$2,00
P/L = 20/2 = 10

Preço ação B: R$10,00


Dividendos (lucro por ação): R$2,00

72 Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%)


Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%) 73

P/L = 10/2 = 5

Quanto menor, melhor!

O ANÁLISE TÉCNICA
Não se preocupa com os fundamentos, pois já estão refletidos nos preços.

Definição: Também conhecida como análise gráfica, tem como base os volumes
e o preços pelos quais foram comercializadas as ações nos pregões.

Sua premisssa é de que o gráfico é a soma de todos os conhecimentos, esperanças e expectativas so-
bre uma determinada ação, ou seja, reflete o preço que o mercado está, naquele momento, disposto
a pagar pela ação.

NEGOCIANDO AÇÕES
INVESTIDOR  CORRETORA  BOLSA DE VALORES

Liquidação: D+2

Home Broker: Canal de relacionamento prático, usando na internet.


Lote-Padrão: Lotes idênticos negociados na bolsa (100 para ações à vista)

Custos:
Corretagem: Custo pago para as corretoras
Emolumentos: Cobrados pela bolsa, 0,035% do valor financeiro da operação, por pregão.
Custódia: tarifa de manutenção

IMPOSTO DE RENDA SOBRE AÇÕES


Ações com 15% de IR, exceto Day-Trade, que é 20%
Não tem IOF
Quem recolhe o IR, é o próprio investidor, via DARF.
Alíquota fonte: Day trade (1% sobre os rendimentos) e Swing trade (0,005% sobre o valor da
venda).
PF é isenta na venda de ações de R$ 20.000,00 por mês.
Fato gerador: resgate

Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%) 73


74 Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%)

Operação Alíquota na fonte Ajuste Isenção Responsável

1% sobre os Próprio Investidor,


Day-Trade 20% Não tem
rendimentos via DARF

Na venda de
0.005% sobre o valor da Próprio Investidor,
Swing-Trade 15% R$20.000,00 por
venda (alienação) via DARF
PF, por mês

O SEGMENTOS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA

Tradicional Nível 1 Nível 2 Novo Mercado

25%/15%
Free Float Não há regra No mínimo 25% No mínimo 25%
(R$25MM)

Ações emitidas ON e PN ON e PN ON e PN Somente ON

Conselho de Mínimo 3 Mínimo 3 Mínimo 5 Mínimo 3


administração membros membros membros membros

Demonstrações
financeiras
Facultativo Facultativo Obrigatório Obrigatório
em padrão
internacional

Tag Along 80% ON 80% ON 100% ON e PN 100% ON

Câmara de
Facultativo Facultativo Obrigatório Obrigatório
Arbitragem

NÍVEL 1: Realização de reuniões públicas com analistas e investidores, ao menos uma vez
por ano;
Manutenção em circulação de uma parcela mínima de ações, representando
25% (vinte e cinco por cento) do capital social da companhia.

NÍVEL 2: Divulgação de demonstrações financeiras de acordo com padrões internacionais


IFRS ou US GAAP;

74 Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%)


Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%) 75

Conselho de Administração com mínimo de 5 (cinco) membros e mandato uni-


ficado de até 2 (dois) anos, permitida a reeleição.

No mínimo, 20% (vinte por cento) dos membros deverão ser conselheiros independentes;
 Extensão de 100% do valor para todos os acionistas detentores de ações ordinárias e preferenciais,
nas mesmas condições obtidas pelos controladores quando da venda do controle da companhia.

NOVO MERCADO: Transparência maior na gestão e na publicação;


 100% das ações devem ser ordinárias (ON);
 100% tag along;
 IPO de no mínimo 10 milhões;
 Manter no mínimo 25% das ações em circulação.

O CLUBE DE INVESTIMENTOS

O clube de investimento é uma comunhão de recursos de pessoas físicas, criado com o objetivo de
investir no mercado de títulos e valores mobiliários.

De acordo com a norma reguladora, todo clube deve ter no mínimo 3 e no máximo 50 cotistas, e ne-
nhum cotista pode ter mais do que 40% do total das cotas do clube.

Uma das características que diferenciam o clube do fundo de investimento é a possibilidade de que a
carteira de ativos do clube seja gerida por um (ou mais) de seus próprios cotistas, que não necessita da
autorização da CVM para exercer tal função.

Em um clube de investimento, ao menos 67% do patrimônio líquido deve ser investido em instrumen-
tos de renda variável ou com exposição ao risco do mercado de ações.

A tributação dos clubes de investimento segue regra similar à dos fundos de investimento em ações:
a alíquota de imposto de renda é de 15%, e o pagamento do imposto é devido quando do resgate das
cotas.

O DERIVATIVOS

São Instrumentos Financeiros cujos preços derivam de um ativo, tornando possível, entre outras coi-
sas, a gestão do risco de preço de diversos ativos. Quatro modalidades de contratos são negociadas
nesses mercados:

1. Termo
2. Futuros
3. Swaps
4. Opções

Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%) 75


76 Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%)

Participantes:
HEDGER: Os hedgers atuam nestes mercados visando proteção contra as oscilações de
preços dos ativos com os quais trabalham. A principal preocupação do hedger não é obter
lucro por meio de operações com derivativos, mas garantir o preço de compra ou de venda
de determinado ativo numa data futura e eliminar o risco de variações adversas de preço.
Ex1.: Produtor agrícola que participa do mercado futuro para travar o preço de
venda, visando gerenciar o risco de queda da cotação da commodity produzida;

Ex2.: Uma empresa que tem um passivo em dólares. Como seu risco está asso-
ciado à alta do dólar, ela compra contratos de taxa de câmbio de reais por dólar
no mercado futuro.

ESPECULADOR: Os especuladores são participantes cujo principal objetivo é a obtenção de


lucro. Sua atuação consiste na negociação de derivativos apenas com o objetivo de ganhar
o diferencial entre o preço de compra e o de venda, não tendo nenhum interesse no ativo-
-objeto.
A operação de especulação mais conhecida é a de Day trade, que consiste na
abertura e no encerramento da posição no mesmo dia.

ARBITRADOR: O arbitrador é um participante que tem como objetivo o lucro, evitando as-
sumir riscos diretamente. Sua atividade consiste em identificar distorções de preços entre
mercados e tirar proveito dessa diferença ou da expectativa futura dessa diferença.
A estratégia do arbitrador consiste em comprar no mercado em que o preço
está mais baixo e vender naquele em que está mais alto, tendo como lucro o
diferencial de compra e de venda. Atuando geralmente com operações simul-
tâneas, elimina riscos de mercado porque ele sabe exatamente por quanto ele
comprará e por quanto venderá.

O MERCADO DE SWAP

Definição: A palavra swap significa troca. Neste sentido, um contrato de swap


representa um acordo no qual as contrapartes trocam fluxos futuros de caixa.

É um tipo de contrato que não tem padronização, uma vez que ele atende necessidades específicas de
prazo e fluxo financeiro.

Características:
Ponta Ativa: É o que o investidor recebe após a contratação;
Ponta Passiva: É o que o investidor deixa de receber após a contratação;
Ajuste;

76 Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%)


Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%) 77

Negociação: Mercado de Balcão organizado;


Margem para garantia: Contratos específicos (B3);
Tributação: Tabela Regressiva.

Exemplos:
Swaps de taxas de juros, por exemplo, são utilizados por investidores para eli-
minar sua exposição a uma exposição a taxas de juros incertas ou que causam
algum tipo de descasamento no balanço.

Exemplo 1: Cliente possui dívida indexada à variação da inflação, mas, não possui nenhum
tipo de receita que acompanha perfeitamente a inflação.
Exemplo 2: Cliente possui uma dívida em Dólar com taxa de juros de 6% a.a. (linear), mas,
quer trocar o risco cambial resultante pelo indexador %CDI

É um derivativo que tem Risco de Crédito dada a possibilidade de que a contraparte não efetue o pa-
gamento contratado, quando esta for devedora. A exigência de garantias é a forma convencional de
proteção contra esse tipo de risco.

O Imposto de Renda segue a tabela regressiva de renda fixa.

O MERCADO DE OPÇÕES

Definição: Os contratos de opções representam acordos nos quais uma parte


adquire o direito de comprar (ou vender) um ativo a um preço preestabelecido
até certa data e a contraparte se obriga a vender (ou comprar) esse ativo, em
troca de um único pagamento inicial.

Características:
Lançador: Obrigação;

Titular: Direito;
*Call: Compra;
*Put: Venda;

Prêmio: Valor da opção;

Strike: Preço de exercício;

Ativo objeto: Ativo em questão.


*Call - Direito de decidir pela compra do ativo no futuro a preço pré-determinado.

Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%) 77


78 Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%)

*Put - Direito de decidir pela venda do ativo no futuro a preço pré-determinado.

Em ambos os casos, o direito adquirido na negociação tem prazo de validade (um dia ou um período),
refere-se a um produto denominado ativo-objeto (definido no contrato) e é exercido a um preço de
exercício previamente estabelecido.

Exemplo:
Uma analogia é o seguro de um carro. No seguro, é pago um prêmio para a seguradora e se o carro for
batido ou roubado seu valor é recuperado.

Tipos de Opções:
Opções Europeias - Podem ser exercidas apenas na data de vencimento;
Opções Americanas - podem ser exercidas a qualquer momento ou em determinadas datas
ou períodos entre a data de emissão e a data de vencimento.

IN THE MONEY: Dentro do dinheiro;


Exercer a opção resultará em lucro para o seu titular.

OUT THE MONEY: Fora do dinheiro;


Exercer a opção resultará em prejuízo para o seu titular.

AT THE MONEY: No dinheiro.


Exercer a opção não resultará nem em lucro nem em prejuízo.

Participante Titular Lançador


Tipo de opção Paga prêmio Recebe prêmio

CALL Direito de comprar Obrigação de vender

PUT Direito de vender Obrigação de comprar

78 Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%)


Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%) 79

FORMA GRÁFICA:

Compra do ATIVO Compra de CALL Compra de PUT


Titular de CALL Titular de PUT

Venda do ATIVO Venda de CALL Venda de PUT


Lançador de CALL Lançador de PUT

Fatores que afetam os preços:

Opção de compra Opção de venda

Preço à vista do ativo + -

Preço de exercício - +

Volatilidade + +

Prazo para o vencimento + +

Tributação:
Alíquota: 15%. Há incidência do imposto de renda retido na fonte à alíquota de 0,005% so-
bre o resultado positivo (dedo duro);
Fator gerador: Auferir ganho líquido na negociação ou no exercício da opção;
Recolhimento: Apurado em períodos mensais e pago até o último dia útil do mês subse-
quente ao da apuração;
Responsabilidade pelo Recolhimento: Do investidor;
Compensação de Perdas: as perdas incorridas poderão ser compensadas com os ganhos
auferidos, no próprio mês ou nos meses subsequentes, em outras operações realizadas nos
mercados à vista, de opções, futuro e a termo, exceto no caso de perdas em operações de
Day trade, que somente serão compensadas com ganhos auferidos em operações da mes-
ma espécie.

Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%) 79


80 Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%)

O Day trade

Na fonte:
Alíquota de 1% aplicada sobre o resultado positivo apurado em operação de
Day trade;

Mensal:
Os ganhos líquidos mensais auferidos em operações de day trade são tributa-
dos à alíquota de 20%.

O MERCADO A TERMO
Nesses mercados são realizados acordos privados de compra e venda de um ativo para liquidação em
data futura por preço predeterminado.

Características:
Contratos não padronizados: itens do contrato negociáveis entre as partes e
preços são determinados privadamente pelo comprador e pelo vendedor

Os riscos são assumidos pela contraparte. Não existe um mecanismo de segurança de recebimento
(físico ou financeiro)>>> Risco de Crédito!

Exemplo:

Imagine um produtor e um torrefador de café no início da safra. O produtor não tem nenhuma garantia
do preço que poderá ser praticado ao final da safra e o torrefador, que compra o café do produtor e
vende para o consumidor final, também não sabe a que preço poderá negociar o café no final da safra.
A fim de eliminar os riscos de variações adversas de preços ambos podem assumir um compromisso
de compra e entrega no futuro por um preço pré-estabelecido.

O NDF - Non Deliverable Forward


As operações a termo recebem a denominação de “NDF” (No0n Deliverable Forward) quando, no dia
do vencimento, as partes somente liquidam a diferença entre o preço negociado no contrato a termo
e o observado, nesse dia, no mercado a vista.

Tributação:
Alíquota: 15%;
Fato gerador: Encerramento da posição, ou seja, a liquidação do termo;
Responsabilidade pelo Recolhimento: Do investidor;
Compensação de Perdas: as perdas incorridas poderão ser compensadas no próprio mês
ou nos meses seguintes em outras operações no mercado a vista, exceto no caso
de perdas em operações de Day trade, que somente serão compensadas com

80 Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%)


Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%) 81

ganhos auferidos em operações de Day trade.

O MERCADO FUTURO

São muito semelhantes aos contratos a termo, pois são utilizados em operações de compra e venda de
um ativo para uma data futura por um preço determinado pelas partes na data de negociação.

Todo contrato tem um comprador e um vendedor e cada um deles assume uma obrigação, sendo que
no vencimento a liquidação pode ser por entrega do ativo negociado (menos comum) ou a liquidação
financeira.

Até o vencimento do contrato há o sistema de ajuste diário que é um mecanismo de acerto financeiro
diário pelas diferenças de preços.

Importância do Mercado Futuro:


A incerteza dos preços futuros é uma das maiores causas de ineficiência dos negócios!

Exemplo:
1. Na agropecuária a produção tem forte dependência dos fatores climáticos;
2. No Setor Financeiro a incerteza sobre o preço do dólar no futuro dificulta o planejamento
e a execução da atividade industrial quando há insumos importados.
3. Em ambos os casos o Mercado Futuro pode servir como Hedge.

Diferenças dos mercados

A Termo X Futuro

Acerto no vencimento X Ajustes diários

Negociação entre as partes (Balcão) X Negociação em Bolsa

Contratos personalizados X Contratos padronizados

Tem risco de crédito X Não tem risco de crédito

As semelhanças é que as partes acordam a compra/venda de certa quantidade de uma commodity (ou
ativo financeiro) a determinado preço e em determinada data futura.

Tributação:
Alíquota: Sobre o lucro líquido o investidor deve pagar 20% para operações Day trade e
15% para operações normais com antecipação de 0,005% na fonte;

Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%) 81


82 Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%)

Fator gerador: O investidor deve calcular o resultado positivo dos ajustes diários no mês e
o fato gerador é a obtenção de ganhos sobre mercados futuros, ou seja, o encerramento da
posição;
Responsabilidade pelo Recolhimento: Do investidor;

Day trade: 20% com antecipação de 1% na fonte;


Compensação de Perdas: As perdas incorridas poderão ser compensadas com os ganhos
auferidos, no próprio mês ou nos meses subsequentes, em outras operações de futuros,
exceto Day trade.

IMPORTANTE

Conferem direito a voto nas assembleias de acionistas as ações ordinárias.


A prioridade no recebimento dos dividendos distribuídos por uma empresa é característica
das ações preferenciais.
Em uma companhia, os lucros repetidos em exercícios anteriores podem ser distribuídos
por meio de juros sobre capital próprio.
O rendimento obtido com as operações no mercado à vista (swing trade) e nas operações
de day trade são tributados respectivamente em 15% e 20%
Em relação ao número mínimo e máximo de cotistas, um clube de investimentos deve ter
entre 3 e 50.
O prazo mínimo de vencimento de Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do
Agronegócio (LCA) é de 90 dias.
O principal documento legal em uma emissão de debêntures é a escritura de emissão.
Considerando os tipos de garantias e as espécies de debêntures, corre maior risco de crédi-
to o investidor que adquirir títulos da espécie subordinada.
O órgão responsável pela emissão dos títulos públicos federais é a Secretaria do Tesouro
Nacional.
Uma Nota do Tesouro Nacional Série B (NTN-B) tem o seu valor nominal atualizado pelo
IPCA.
A Nota do Tesouro Nacional Série F (NTN-F) remunera os investidores com juros semestrais,
com base em taxa fixa de 10% a.a.
O investidor que deseja se proteger da queda de preços do dólar e deseja fazer um hedge
com opções deve comprar uma opção de venda do dólar.
Os termos call e put correspondem respectivamente a opção de compra e opção de venda.
Entende-se por renda variável aqueles cuja a remuneração ou retorno do capital não po-
dem ser determinados no momento da aplicação.
Em uma emissão de debêntures ou notas promissórias, é função de uma agência classifi-
cadora de risco conceder uma nota de crédito, que significa a possibilidade do emissor não
honrar com o seu compromisso.

82 Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%)


Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%) 83

O Governo Federal emite títulos públicos para financiar a sua dívida através do Tesouro Na-
cional. Uma das formas de comercialização desses títulos é através do Tesouro Direto, que
possui como característica liquidez diária para os títulos através do programa de recompra
do Tesouro Nacional.
Para o lançador, uma opção de compra, se exercida, representa uma obrigação de vender.
A lei 6404/79 legisla que é obrigatória a distribuição de, pelo menos, 25% do lucro líquido
por meio de dividendos.
O Certificado de Operações Estruturadas – COE é um instrumento moderno de investimen-
tos que combina aplicações de renda fixa e variável. Para uma pessoa física que realiza
aplicações em COE, a tributação do Imposto de Renda será conforme tabela regressiva de
22,5% até 15%, conforme prazo.
No mercado a termo de ações, as operações podem ser encerradas em no mínimo 16 dias,
e no máximo 999 dias corridos.

Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (17% a 25%) 83


84 Módulo 05 – Fundos de Investimento (18% a 25%)

MÓDULO 5 – Fundos de Investimento (18% a 25%)


O FUNDOS DE INVESTIMENTO

O investidor pode comprar ativos diretamente no mercado financeiro (ten-


do restrições em alguns tipos de ativos) ou pode investir em fundos de in-
vestimentos, onde um gestor profissional, irá gerenciar os recursos dos co-
tistas.

Fluxo:

INVESTIDOR INVESTIDOR

$$$

INVESTIDOR

Vantagens:
Diversificação;
Acessibilidade;
Liquidez.

Fundos de Investimentos: Compram ativos.


Fundos de Investimentos em Cotas - FIC: Compram cotas de fundos.

Cota:
Menor fração do Patrimônio Líquido.

Cálculo do valor da cota:


PL ➗ Número de cotas = (Ativos – Despesas) ➗ Número de cotas

A propriedade dos ativos de um fundo de investimentos é do condomínio, cada um cabe a


fração ideal representada pelas cotas.
Cada fundo tem um CNPJ único.
Como ativos dos fundos pertencem aos cotistas, não contam com a garantia do FGC (Fundo
Garantidor de Crédito).

84 Módulo 05 – Fundos de Investimento (18% a 25%)


Módulo 05 – Fundos de Investimento (18% a 25%) 85

TIPOS DE FUNDOS
Fundos abertos: Pode Solicitar resgate a qualquer momento.
Fundos fechados: Prazo de vencimento específico (mercado secundário).
Fundos restritos: Normalmente uma única família ou grupo econômico.
Fundos exclusivos: Único cotista, somente investidores profissionais.

O GARANTIA EM FUNDOS DE INVESTIMENTOS

Os Fundos de Investimentos não contam com garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), visto
que, os ativos do fundo pertencem aos cotistas e não ao fundo,

O DIREITOS E DEVERES DOS COTISTAS

Deveres dos cotistas:


Aportar novos recursos em caso de PL negativo.
Pagará taxas descritas.
Comparecer as assembleias gerais.
Manter cadastro atualizado.

Direito dos Cotistas:


Devem ser informados sobre:
Objetivo, política, taxas e carência.

Incluir advertência:
− Os investimentos em fundos não são garantidos pelo administrador ou por qualquer
mecanismo de seguro ou, ainda, pelo fundo garantidor de crédito.
− A rentabilidade obtida no passado não representa garantia de rentabilidade futura.

Cotista deve ter acesso:


− Ao regulamento, formulário de informações complementares, valor do patrimônio líquido,
valor da cota e a rentabilidade no mês e composição da carteira.

Cotista deve receber:


− Extrato mensal, demonstrativo de IR anual, número de cotas e valor das cotas.

Periodicidade:
DIARIAMENTE: Divulgar o valor do PL e cota.
MENSALMENTE: Remeter principais informações via extrato.

Módulo 05 – Fundos de Investimento (18% a 25%) 85


86 Módulo 05 – Fundos de Investimento (18% a 25%)

ANUALMENTE: Colocar as demonstrações financeiras do fundo à disposição de qualquer


cotista.

Todas as informações:
Não devem ser expressas para induzir ao erro.
Em linguagem simples.
Simultânea para todos os cotistas.
Informações úteis.
Não pode assegurar resultado.

CONSTITUIÇÃO DE UM FUNDO
Um fundo de Investimentos é uma PJ, ou seja, possui CNPJ próprio. E para sua constituição deve apre-
sentar a CVM:

Regulamento: regras de funcionamento.


Lâmina de Informações Essenciais: principais características, de forma concisa.
Deve ser atualizada até o dia 10 de cada mês.
FIC – Formulário de Informações Complementares: Complementa a Lâmina, divulgando
o VaR (Value at Risc).
Taxa de Registro.
Formulário de Cadastro.
Deliberação de que o Administrador está aderente a legislação (normativa CVM 555).

O DESPESAS DE UM FUNDO

De acordo com a CVM 409 são encargos dos fundos de investimentos:


− Despesas com impressão, expedição e publicação de qualquer material.
− Despesas inerentes a constituição ou liquidação do fundo.

O TAXAS COBRADAS EM UM FUNDO DE INVESTIMENTOS

Taxa de administração:
− Percentual pago pelos cotistas.
− Expressa ao ano e paga diariamente.
− Afeta o valor da cota e não a quantidade de cotas.
− O fundo divulga para o mercado o valor líquido da taxa de administração.

86 Módulo 05 – Fundos de Investimento (18% a 25%)


Módulo 05 – Fundos de Investimento (18% a 25%) 87

Taxa de performance:
− Cobrado apenas em um fundo ativo.
− Cobrança limitada em 20%.
− Pode ser cobrada somente se exceder o benchmark em 100%.
− Periodicidade de 6 meses.
− Cobrada após a taxa de administração.

Taxa de entrada e saída:


− Pouco utilizada.

O TRANSFERÊNCIA DE COTAS ENTRE OS COTISTAS

A cota só pode ser transferida sob decisão judicial.


O investidor pode usar as cotas como garantia para outras operações.
Sucessão Universal – Transferência por inventário.
Divórcio (Dissolução de Sociedade Conjugal).
Transferência de administração ou portabilidade previdenciária.

O CHINESE WALL

Definição: Segregação das atividades, para não gerar conflitos de interesse:

Gestão x Fusão e aquisição

Módulo 05 – Fundos de Investimento (18% a 25%) 87


88 Módulo 05 – Fundos de Investimento (18% a 25%)

O ASSEMBLEIA GERAL DE COTISTAS


Demonstrações contábeis > AGO
Substituição do administrador, gestor ou custodiante > AGE
Fusão ou incorporação > AGE
Aumento da taxa de administração > AGE
Alteração da política de investimento > AGE
Emissão de novas cotas > AGE
Alteração do regulamento > AGE

O CONVOCAÇÃO DA ASSEMBLÉIA:
Deve ser feita por correspondência encaminhada a cada cotista.
Convocada por: Administrador, gestor, custodiante ou grupo de cotistas > 5%
Presença de qualquer número de cotistas.
No máximo 120 dias, após o término do exercício.
No mínimo de 10 dias de antecedência em relação a data de realização.
No mínimo 15 dias após a divulgação das demonstrações contábeis.

31 de Agosto 01 de Outubro 06 de Outubro 16 de Outubro

Término do exercício social Divulgação das D.C. Convocação Assembléia

Exercício Fiscal é o último dia útil do ano.

Exercício social é uma data determinada pela empresa para a empresa fazer
o levantamento do seu ativo, passivo e patrimônio líquido, após 12 meses de
atividade

O FUNÇÕES DENTRO DE UM FUNDO

Administrador: responsável legal pelo fundo.


Gestor: profissional que irá alocar o recurso de terceiros.
Custodiante: guarda as posições do fundo, seja de cotistas ou ativos.
Distribuidor: profissional que faz a captação de recursos de terceiros.
Auditor Independente: Verifica a autenticidade das informações contábeis.

88 Módulo 05 – Fundos de Investimento (18% a 25%)


Módulo 05 – Fundos de Investimento (18% a 25%) 89

Caso o Administrador seja uma instituição financeira, fica a critério a contratação de:

Gestor;
Distribuidor;
Custodiante.

O DINÂMICA DE APLICAÇÃO E RESGATE DE COTAS

1. Aplicação.
2. Cotização: Só começa a valorização/desvalorização após o dinheiro virar cota.
3. Descotização: Quando o cotista solicita resgate do curso, o capital segue se valorizando/
desvalorizando até voltar a ser dinheiro. O administrador definirá o prazo para descotizar.
4. Resgate: No máximo em D+5 para creditar o investidor após a descotização.

O PRECIFICAÇÃO DAS COTAS

Deve-se marcar a mercado todos os ativos do fundo.

Cota de abertura:
Cotização = D+0
Descotização a partir de D+0

Cota de fechamento:
Cotização = D+1
Descotização a partir de D+1

O FECHAMENTO DO FUNDO PARA RESGATES E APLICAÇÕES

O administrador poderá suspender novas aplicações no fundo, desde que isso se aplique tanto aos
novos investidores quanto aos cotistas atuais.

O administrador, em casos excepcionais de falta de liquidez, poderá declarar o fechamento do fundo


para realização de resgate.

O MARCAÇÃO A MERCADO

Conceito: Precificar um ativo pelo valor que ele é negociado ou apreçamento


de ativos.

Módulo 05 – Fundos de Investimento (18% a 25%) 89


90 Módulo 05 – Fundos de Investimento (18% a 25%)

Serve para evitar transferência de riquezas entre cotistas.


A responsabilidade da marcação a mercado é do administrador (por ser o responsável le-
gal), mas o mesmo pode delegar ao Custodiante.

O OBJETIVOS E POLÍTICAS DE UM FUNDO


Objetivo = Onde o gestor quer chegar;
Políticas = Como o gestor irá atingir essa meta/ objetivo.

As duas informações devem estar descritas no FIC – Formulário de Informações Complementares.

Exemplo:
1. Objetivo do Fundo:
O objetivo do fundo será buscar acompanhar seu benchmark, para que desta forma, o investidor esteja
protegido contra a variação do índice oficial de preços do país (IPCA).

2. Política do Fundo:
Para atingir seu objetivo, o gestor irá buscar ativos que beneficiem o investidor com rentabilidade, ou
seja, rentabilidade híbrida: pós-fixada pela variação do IPCA, mais uma percentual fixo.

Estratégia de Gestão
Aplicação x Resgate;
Fundo passivo (indexado) x fundo ativo;
Fundo alavancado: superior ao PL do fundo.

Benchmarks
DI;
IPCA;
IBOVESPA;
IBRX50;
IBRX100;
PTAX;
S&P500.

Suspenções
Suspensão do fundo para entrada: Cotista e novos Cotistas.
Suspensão do fundo para resgate: Falta de Liquidez.

90 Módulo 05 – Fundos de Investimento (18% a 25%)


Módulo 05 – Fundos de Investimento (18% a 25%) 91

LIMITES POR EMISSOR


Até 100% do PL do fundo pode estar aplicado em ativos de emissão da União Federal.
Até 20% do PL do fundo pode estar em aplicado em ativos de emissão de instituições fi-
nanceiras.
Até 10% do PL do fundo pode estar aplicado em ativos de emissão de companhias abertas
ou fundos de investimentos.
Até 5% do PL do fundo pode estar aplicado em ativos de emissores privados que não se-
jam companhia aberta, nem instituição financeira.

LIMITES POR MODALIDADE


Alguns ativos financeiros possuem limitação de alocação.
Um Fundo de Investimentos pode alocar no máximo 20% do Patrimônio Líquido em:
FI - Fundo de Investimento;
FIC – Fundo de Investimentos em Cotas;
FII – Fundo de Investimentos Imobiliários;
FIDC – Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios;
ETF – Exchange Traded Fund;
CRI e CRA.

O MODALIDADES DE FUNDOS DE INVESTIMENTOS

FUNDOS DE RENDA FIXA


80% do seu PL em ativos de RF expostos a variação da taxa de juros ou a um índice de pre-
ços;
Adicionado a expressão “Longo Prazo”, prazo médio da carteira superior a 365 dias;
Vedada cobrança de taxa de performance.

FUNDOS DE RENDA FIXA DE CURTO PRAZO


Menos volatilidade, principalmente pós-fixado;
Aplica em título público federal ou privado de baixo risco, com prazo máximo de 375 dias,
porém a média tem que ser inferior a 60 dias, denomina-se “curto prazo”;
Vedada taxa de performance;
Para a Receita Federal considera-se prazo médio da carteira 365 dias.

FUNDOS DE RENDA FIXA REFERENCIADO

Módulo 05 – Fundos de Investimento (18% a 25%) 91


92 Módulo 05 – Fundos de Investimento (18% a 25%)

95% no índice de referência;


80% em título público federal ou por título privado de baixo risco;
Vedada cobrança de taxa de performance.

FUNDOS DE RENDA FIXA SIMPLES


95% em título público federal ou título privado de baixo risco. Denomina-se Simples;
Dispensa termo de adesão e ciência de risco.41

FUNDOS DE RENDA FIXA DÍVIDA EXTERNA


80% do seu PL por títulos representativos da dívida externa de responsabilidade da União.
Denomina-se dívida externa;
Investir em papéis brasileiros negociados no exterior;
Somente fundos de dívida externa podem comprar esse tipo de título;
Podem cobrar taxa de performance.

FUNDOS DE CRÉDITO PRIVADO


Mais do que 50% da carteira alocado em dívida de empresa privada (risco maior).
Deve conter a expressão “Crédito Privado”

FUNDOS DE AÇÕES
Investe no mínimo 67% do seu PL em ações negociadas no mercado à vista;
Para o longo prazo;
Podem cobrar taxa de performance.

Lastro:
Ações, bônus ou recibo de subscrições;
Cotas de fundos de ações;
Cotas de fundos de índices de ações;
BDR;

Estratégias:
Arbitragem (Long and Short): Compra e venda de ativo.
Market Timing: Aumento ou diminuição a exposição da bolsa.
Stock Picking: Aposta em ações com maior potencial de retorno.
Carregamento: Foco no longo prazo.

92 Módulo 05 – Fundos de Investimento (18% a 25%)


Módulo 05 – Fundos de Investimento (18% a 25%) 93

Trading: Movimentações de curto prazo, tentando aproveitar o mercado.

IR – Fixo em 15% e isento IOF

FUNDO CAMBIAL
80% ligado ao preço de moeda estrangeira ou variação do cupom cambial;
A PTAX serve como referência;
Os ativos devem ser: diretamente ou sintetizados via derivativos, ao fato de risco cambial;
Aplicação feita em R$;
Não acompanha a cotação do dólar.

FUNDOS MULTIMERCADOS
Vários fatores de risco.
Podem usar derivativos para alavancagem.
Podem cobrar taxa de performance.

O TRIBUTAÇÃO EM FUNDOS DE INVESTIMENTOS


Imposto sobre Operações Financeiras – IOF em Fundos de Investimentos.
ISENÇÃO DE IOF PARA FUNDO DE AÇÕES APENAS;
IOF antes do IR;
TÁTICA 4-3-3.

Tempo de
Tempo de Tempo de
aplicação IOF IOF IOF
aplicação (dias) aplicação (dias)
(dias)

1 96% 11 63% 21 30%

2 93% 12 60% 22 26%

3 90% 13 56% 23 23%

4 86% 14 53% 24 20%

Módulo 05 – Fundos de Investimento (18% a 25%) 93


94 Módulo 05 – Fundos de Investimento (18% a 25%)

5 83% 15 50% 25 16%

6 80% 16 46% 26 13%

7 76% 17 43% 27 10%

8 73% 18 40% 28 6%

9 70% 19 36% 29 3%

10 66% 20 33% 30 0

O IR EM FUNDOS DE INVESTIMENTOS – COME COTAS

Os fundos de: renda fixa, multimercado e cambial antecipam semestralmente a cobrança de IR dos
investidores.
Os investidores ficam no fundo por prazo indeterminado, mas os ativos dentro do fundo possuem
prazo de vencimento.
O come-cotas incide nos últimos dias úteis de: MAIO E NOVEMBRO.

CURTO PRAZO: 20%;

LONGO PRAZO: 15% (receita federal considera 365 dias).


*Fundos de ações não tem come-cotas
15% de IR

O FUNDO DE INVESTIMENTOS EM DIREITOS CREDITÓRIOS – FIDC

Faz antecipação de Direitos Creditórios


Definição: É um tipo de aplicação em que a maior parte dos recursos é destina-
da à aquisição de direitos creditórios.

Os direitos creditórios vêm dos créditos que uma empresa tem a receber, como duplicatas, cheques,
contratos de aluguel e outros. O direito de recebimento desses créditos é negociável, quer dizer, a em-
presa o cede a terceiros e isso é feito por meio de um FIDC.

94 Módulo 05 – Fundos de Investimento (18% a 25%)


Módulo 05 – Fundos de Investimento (18% a 25%) 95

Características:
Estes fundos podem ser ABERTOS ou FECHADOS.
Somente investidores qualificados podem investir em FIDCs.
O FIDC deve ter, no mínimo, 50% de seu patrimônio em direitos creditórios.
Não há valor mínimo para aplicação.
Tributação: Tabela Regressiva de Imposto de Renda, apenas no resgate.

Benefícios
Para quem cede: diminuição dos riscos e “liberação de espaço no balanço”;
Para as empresas: mais liquidez no mercado de crédito.
Para os investidores: uma alternativa de investimento que tende a oferecer maior rentabili-
dade do que a renda fixa tradicional.

Tipos de cotas
Cota sênior: Aquela que não se subordina às demais para efeito de amortização e resgate.
Cota subordinada: Aquela que se subordina à cota sênior.
Riscos: O principal risco para o investidor é a carteira de recebíveis.

O FUNDO IMOBILIÁRIO - FII

Definição: Os Fundos de Investimento Imobiliário - FII destinam-se ao desen-


volvimento de empreendimentos imobiliários, construção de imóveis e aquisi-
ção de imóveis prontos.

Esses fundos são comercializados na forma de fundos fechados, que podem ter duração determinada
ou indeterminada. E, além disso, devem distribuir, no mínimo, 95% do lucro auferido, apurados segun-
do o regime de caixa.

Uma vez constituído e autorizado o funcionamento do fundo, admite-se que 25% de seu patrimônio,
no máximo e temporariamente, seja investido em cotas de FI e/ou em títulos de renda fixa. Uma con-
sideração importante a fazer é sobre o resgate das cotas: só pode ser feito no vencimento ou na liqui-
dação do fundo.

Riscos
Mercado;
Liquidez;
Vacância.

Módulo 05 – Fundos de Investimento (18% a 25%) 95


96 Módulo 05 – Fundos de Investimento (18% a 25%)

Tributação e Recolhimento

Ganho de Capital
Pessoa física e Jurídica – Alíquota de 20%.
Deve ser feito pelo investidor via DARF.

Rendimentos de Aluguel
Pessoa Jurídica – Alíquota de 20%.
Pessoa física – Isenção de IR, desde que se respeite os seguintes critérios:
− Menos de 10% da totalidade das cotas do fundo;
− Fundo que as cotas sejam negociadas em Bolsa de Valores;
− Tenha mais de 50 cotistas no fundo.

No caso dos rendimentos de aluguel, quem irá recolher o IR será o administrador do fundo.

Aplicações do Fundo.

Fundos de Tijolos
Shoppings;
Galpões Logísticos;
Prédios Comerciais;
Agências Bancárias;
Complexos Educacionais;
Unidades de Saúde.

Fundos de Papeis
LCI;
CRI;
LH
Cotas de outros FIIs

O FUNDOS DE INVESTIMENTOS EM PARTICIPAÇÕES - FIP

Constituídos sob a forma de condomínio FECHADO.


Não há aplicação mínima.

96 Módulo 05 – Fundos de Investimento (18% a 25%)


Módulo 05 – Fundos de Investimento (18% a 25%) 97

Definição: Fundos de Investimento em Participação (FIP) foram criados para se


investir ativamente através da compra de participações em empresas ou em-
preendimentos específicos.

O acesso às aplicações em FIP é restrito aos investidores qualificados, ou seja,


instituições financeiras, companhias seguradoras e sociedades de capitaliza-
ção, entidades abertas e fechadas de previdência complementar, por exemplo.

O fundo deverá participar do processo decisório da companhia investida, com


efetiva influência na definição de sua política estratégica e na sua gestão, nota-
damente através da indicação de membros do Conselho de Administração.

Características
O fundo deve manter, no mínimo, 90% de seu patrimônio investido em ações,
debêntures, bônus de subscrição ou outros títulos e valores mobiliários conver-
síveis ou permutáveis em ações de emissão de companhias, abertas ou fecha-
das, que o fundo tenha por objetivo participar do processo decisório. Com ex-
ceção para FIP de empresas emergentes, onde o percentual mínimo é de 75%.

O FIP pode incluir na sua carteira compromissos de investimento, para poste-


riores chamadas de aporte de capital.

Podem investir até 20% do seu capital em ativos no exterior que possuam a
mesma natureza econômica dos ativos mencionados.

Permite apenas Investidores Qualificados.

Tributação: 15%, apenas no resgate.

OS FIPS SÃO DIVIDIDOS EM 4 SEGMENTOS:


• Capital semente: Restrito a participações em companhias ou sociedades limitadas com
receita bruta anual de até R$ 16 milhões;

• Empresas emergentes: Nessa categoria o limite de receita bruta anual sobe para R$ 300
milhões;

• Infraestrutura e Produção Econômica intensiva em Pesquisa, Desenvolvimento e


Inovação: O patrimônio é investido em companhias que desenvolvam, novos projetos
de infraestrutura ou de produção econômica intensiva em pesquisa, desenvolvimento e
inovação nas áreas de energia, transporte, água e saneamento básico, irrigação e outras
áreas prioritárias para o governo federal. Os FIPs de infraestrutura também apresentam uma
vantagem exclusiva: pessoas físicas ficam isentas de imposto de renda tanto para o ganho de
capital quanto para os dividendos;

• Multiestratégia: Investem em diferentes tipos e portes de sociedades. Além disso, esses

Módulo 05 – Fundos de Investimento (18% a 25%) 97


98 Módulo 05 – Fundos de Investimento (18% a 25%)

fundos podem aplicar até 100% de seu capital subscrito em ativos no exterior, porém, são
acessados exclusivamente por investidores profissionais.

O EXCHANGED TRADED FUNDS - ETF

Fundo de Investimento que replica um índice de mercado


Definição: ETF é um fundo de investimento em índice, com cotas negociáveis
somente em bolsa.

O ETF busca obter desempenho semelhante à performance de um determinado índice de mercado e,


para tanto, sua carteira replica a composição desse índice.
Isso significa que ao investir em um ETF você está investindo, ao mesmo tempo, em uma carteira de
ações de diferentes companhias.

Exemplos:
BOVA11 – Ibovespa;
BRAX11 – IBrX-100;
SMAL11 – Small Cap;
PIBB11 – IBrX-50.

O Fundo deve manter 95%, no mínimo, de seu patrimônio aplicado em valores mobiliários ou ativos
de renda variável autorizados pela CVM, na proporção em que estes integram o índice de referência,
ou em posições compradas no mercado futuro do índice de referência, de forma a refletir a variação
da rentabilidade de tal índice.

• Características:
- Fundo aberto (conforme Portal do Investidor da CVM);
- Negociado em Bolsa de Valores ou mercado de balcão organizado;
- Replica um índice;
- IR swing trade 15%;
- IR day trade 20%;
- Sem come-cotas.

O FUNDOS OFF-SHORE

O Fundos Off-Shore investem recursos no exterior, sendo sua sede formalmente localizada no exterior,
porém, o gestor localiza-se no Brasil.

98 Módulo 05 – Fundos de Investimento (18% a 25%)


Módulo 05 – Fundos de Investimento (18% a 25%) 99

Carteira administrada
A administração de carteira de valores mobiliários consiste na gestão profissional de recursos ou valo-
res mobiliários, sujeitos à fiscalização da Comissão de Valores Mobiliários.

Gestão discricionária: Permite delegar a gestão da totalidade ou de parte dos ativos a uma equipe
profissional e experiente

Gestão não discricionária: Mesmo que um fundo ou recursos de uma carteira seja administrado por
terceiros, o investidor é o gestor dos recursos, tomando todas as decisões de acordo com sua vontade.

O CÓDIGO ANBIMA DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS PARA ADMINISTRAÇÃO DE


RECURSOS DE TERCEIROS

Objetivos e Abrangência: Art, 2°


I. A manutenção dos mais elevados padrões éticos e a consagração da institucionalização
de práticas equitativas nos mercados financeiros e de capitais;
II. A concorrência leal;
III. A padronização de seus procedimentos;
IV. A maior qualidade e disponibilidade de informações, especialmente por meio do envio
de dados pelas Instituições Participantes à ANBIMA; e
V. A elevação dos padrões fiduciários e a promoção das melhores práticas do mercado.

Princípios gerais de conduta, art. 6°

I. Exercer suas atividades com boa-fé, transparência, diligência e lealdade;


II. Evitar quaisquer práticas que infrinjam ou estejam em conflito com as regras e princípios
contidos neste Código e na Regulação em vigor.

Selo ANBIMA, art 56°: Tem por finalidade exclusiva demonstrar o compromisso das Instituições Partici-
pantes em atender às disposições deste Código.

A ANBIMA não se responsabiliza pelas informações constantes nos documentos.

Vedações:
Comparações entre fundos de diferentes classes e estratégias.
Divulgar histórico de rentabilidade de fundos que tenham menos de 6 meses de registro na
CVM.

Aplicado ao Administrador e Gestor do fundo:


O lucro para a empresa/administrador vem das taxas cobradas pelo fundo;
Devem ser diligentes, como se fosse dinheiro próprio;

Módulo 05 – Fundos de Investimento (18% a 25%) 99


100 Módulo 05 – Fundos de Investimento (18% a 25%)

Manter relação fiduciária (confiança);


Transferir para o fundo qualquer vantagem que o administrador possa eventualmente a ter;
Rebate.

O CLASSIFICAÇÃO DE FUNDOS DE INVESTIMENTOS ANBIMA


Estrutura e adequação de produtos em função dos objetivos do investidor

Primeiro Nível – Classificação CVM:


I. Fundos de Renda Fixa;
II. Fundos de Ações;
III. Fundos Multimercados;
IV. Fundos Cambiais.

Segundo Nível – Tipos de Gestão:


I. Fundos Indexados (passivos);
II. Fundos Ativos;
III. Fundos de Investimentos no Exterior.

Terceiro Nível – Estratégia:


I. Classificados de acordo com a estratégia;

A ANBIMA agrupa fundos de investimento com as mesmas características, identificando-os pelas suas
estratégias e fatores de risco.

100 Módulo 05 – Fundos de Investimento (18% a 25%)


Módulo 05 – Fundos de Investimento (18% a 25%) 101

IMPORTANTE
O administrador de um fundo de investimento é responsável por registrar o fundo na CVM.
Os ativos em que um fundo de investimento investe são considerados de propriedade DOS
COTISTAS.
O número de cotas de um fundo de investimento diminui em determinado dia se houver
mais resgates do que aplicações.
O número de cotas que um investidor possui em um fundo de investimento diminui quando
houver recolhimento de IR na forma de come-cotas.
A barreira de informação é utilizada para evitar possíveis conflitos de interesse entre o ban-
co e a sua empresa de administrador de recursos de terceiros.

Módulo 05 – Fundos de Investimento (18% a 25%) 101


102 Módulo 05 – Fundos de Investimento (18% a 25%)

O gestor de um fundo de investimento é responsável por comprar e vender os ativos do


fundo.
Um investidor solicitou o resgate de suas cotas antes de transcorridos 60 dias de sua aplica-
ção e perdeu a rentabilidade acumulada. Essa característica é de um fundo COM CARÊNCIA.
Considere um fundo com data de conversão de cotas em D+0 e data para pagamento do
resgate em D+3. Nesse caso, a contar da data de solicitação, o cálculo do valor das cotas é
realizado no mesmo dia.
Considere um fundo com data de conversão de cotas em D+0 e data para pagamento do
resgate em D+3. Nesse caso, a contar da data de solicitação, o pagamento do resgate é rea-
lizado após três dias úteis.
Para atender às solicitações de resgate que ocorrem em determinado dia, o gestor de um
fundo de investimento venderá ativos.
Uma das vantagens de investir em fundos de investimento é possibilidade de diversificação
de ativos com aplicação baixa.
A aplicação em fundos de investimento permite equidade no tratamento dos cotistas, inde-
pendentemente do número de cotas que possui.
O gestor de um fundo com estratégia de investimento ativa investe com objetivo de obter
rentabilidade superior à do índice de referência do fundo.
A taxa de administração de um fundo de investimento é o valor cobrado pela instituição
financeira que administra o fundo para pagar por todos os serviços.
Um fundo de ações deve comprar pelo menos 67% em ativos de renda variável. Entre eles,
pode estar cotas de fundos de ações ou cotas de fundos de índices.
O nível 2 da classificação Anbima significa o tipo de risco que esse fundo tem como objetivo
(exemplo: Indexado, Ativo, no Exterior).
Um fundo de tipo “Capital Protegido” segundo a nova classificação da Anbima para Fundos
de Investimentos, pertence a classe de Ativos Multimercado.
Primeiro nível: Classe de ativos / Segundo nível: Riscos / Terceiro nível: Estratégias de In-
vestimentos
Sobre o limite de concentração em fundos de investimentos, para ativos de um mesmo
emissor presentes na carteira, esse limite para emissores financeiros e não financeiros é de,
respectivamente 20% e 10%
Em um fundo de investimento a taxa de performance é cobrada dos cotistas somente quan-
do a rentabilidade do fundo supera a de um indicador de referência.
Em um fundo de investimento a responsabilidade pelo recolhimento do IOF é do adminis-
trador do fundo.
Uma das vantagens de investir em fundos de investimento é a possibilidade de diversifica-
ção de ativos com aplicação baixa.
A taxa de administração de um fundo de investimento é o valor cobrado por todos os servi-
ços para sua operacionalização.
Percentual mínimo da carteira que deve ser comprado em ativos da classe em Fundos de
Renda Fixa e Cambial: 80%

102 Módulo 05 – Fundos de Investimento (18% a 25%)


Módulo 06 - Previdência Complementar Aberta: PGBL e VGBL (5% a 10%) 103

MÓDULO 6 – Previdência Complementar Aberta: PGBL e VGBL


(5% a 10%)

O PREVIDÊNCIA SOCIAL X PREVIDÊNCIA PRIVADA

Previdência Social Previdência Privada


INSS Complementar (aberta e fechada)

O RGPS –Regime Geral da Previdência Social

O Sistema de Repartição Simples

Fontes de recursos:
Trabalhador;
Empregador;
Governo.

Limite de pagamento:
Mínimo: R$1.212,00 em 2022
Máximo: R$7.079,50 em 2022

Benefícios:
Aposentadoria;
Pensão;
Auxílio-Doença;
Auxílio Reclusão;
Auxílio Maternidade, entre outros.

RGPS –Regime Próprio de Previdência Social


Se aplica a servidores públicos.

O Complemento a Previdência Social

Definição: O Regime de Previdência Complementar – RPC tem objetivo de ofe-


recer uma proteção a mais ao trabalhador durante a aposentadoria. A adesão
ao RPC é facultativa e desvinculada da previdência pública (RGPS ou RPPS).

Módulo 06 - Previdência Complementar Aberta: PGBL e VGBL (5% a 10%) 103


104 Módulo 06 - Previdência Complementar Aberta: PGBL e VGBL (5% a 10%)

Características:
Sistema de Capitalização
Fonte de Recurso
Duas fases:
• Diferimento
• Benefício

Limite de Recebimento:

Aplicação em Previdência Complementar

PGBL

FIE A�vo do Mercado Financeiro

VGBL

O TAXAS COBRADAS NA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

Custos da Previdência
Taxa de Carregamento
Incide sobre todos os aportes;
Pode ser cobrado na entrada, saída ou ambos;
Apenas sobre o principal e não juros;
Não pode exceder 10%.

TAXAS DE ADMINISTRAÇÃO
Expressa ao ano, deduzida diariamente e fixa;
Incide sobre o FIE;

Portabilidade, Transferências e Resgates


O investidor pode solicitar a portabilidade do recurso para outra instituição.
A primeira instituição não pode negar a portabilidade.
Não incide IR na portabilidade.
Só pode ser feito a portabilidade entre mesmo CPF.
Só pode ser feito portabilidade entre mesmos planos.

104 Módulo 06 - Previdência Complementar Aberta: PGBL e VGBL (5% a 10%)


Módulo 06 - Previdência Complementar Aberta: PGBL e VGBL (5% a 10%) 105

Pode incidir carregamento de saída, mas não de entrada.


Alteração de tributação apenas de progressiva para regressiva.
Prazo mínimo para nova portabilidade, transferência de planos e resgate:
60 dias

REGIME DE TRIBUTAÇÃO
Tributação: Regressiva e Progressiva
Regressiva = Definitiva

Progressiva = Compensável

Tributação: Regressiva ou Definitiva


Regime focado no longo prazo.

Período de acumulação dos recursos Alíquota do IR na Fonte

Até 2 anos 35%


De 2 a 4 anos 30%
De 4 a 6 anos 25%
De 6 a 8 anos 20%
De 8 a 10 anos 15%
De 10 anos em diante 10%

Observação:
Em caso de falecimento até o sexto ano, de diferimento a tributação será fixa
em 25%.

Tributação: Progressiva ou Compensável


Regime focado no valor da renda e necessita de ajuste anual.
Aplica-se somente na conversão de renda.
Aplicação fixa de 15% na fonte.

Módulo 06 - Previdência Complementar Aberta: PGBL e VGBL (5% a 10%) 105


106 Módulo 06 - Previdência Complementar Aberta: PGBL e VGBL (5% a 10%)

Base de cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a deduzir do IRPF (R$)

Até R$22.847,76 ------------ ------------


De R$22.847,76 até R$33.919,80 7,50% R$ 1.713,58
De R$33.919,81 até R$45.012,60 15,00% R$ 4.257,57
De R$45.012,61 até R$55.976,16 22,50% R$ 7.633,51
Acima de R$55.976,12 27,50% R$ 10.432,32

Exemplo: R$100.000,00 em previdência complementar.


Resgate total = 15% de IR na fonte = R$15.000,00

Ajuste Anual de IR:


Resgate prev + Renda anual = R$60.000,00

Qual a alíquota de ajuste?

27,5%

O Modelo de Tributação Anual


Simplificado e Completo

Modelo Simplificado:
Renda anual: R$100.000,00
IR 27,5% = R$27.500,00
Livre de IR = R$72.500,00

Modelo Completo:
Renda anual: R$100.000,00
Dedução educação: R$10.000,00
Dedução Saúde = R$10.000,00

Base de cálculo = R$80.000,00


IR 27,5% = R$22.000,00
R$22.000,00 – R$10.432,32 = R$11567,68
Livre de IR
R$100.000 – R$11.567,68
R$88.432,32

106 Módulo 06 - Previdência Complementar Aberta: PGBL e VGBL (5% a 10%)


Módulo 06 - Previdência Complementar Aberta: PGBL e VGBL (5% a 10%) 107

O PLANO DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR


VGBL E PGBL

VGBL PGBL

Aporte R$ 100.000,00 R$ 100.000,00

Rendimento R$ 50.000,00 R$ 50.000,00

Total R$ 150.000,00 R$ 150.000,00

Base de Cálculo R$ 50.000,00 R$ 150.000,00

Dedução da base
Benefício Fiscal ---------------------
fiscal em até 12%

VGBL: Vida Gerador de Benefício Livre


IR incide apenas sobre o rendimento, seja tributação: Regressiva ou Progressiva.
Agente Fiduciário: Protege o interesse dos debenturistas! (Pode requerer fa-
lência da emitente, executar garantias reais, representar os debenturistas nos
processos ou tomar qualquer providência para que o debenturista realize o seu
crédito.

PGBL: Plano Gerador de Benefício Livre


IR cobrado sobre capital mais juros;
Benefício fiscal: Deduz até 12% da base fiscal;
Para obter esse benefício fiscal: declaração anual de ajuste de IR completo e ser contribuin-
te da previdência social (INSS ou RPPS).

TIPOS DE RENDA

Renda Mensal Vitalícia: Consiste em uma renda vitalícia e paga exclusivamente ao partici-
pante a partir da data de concessão do benefício. O benefício cessa com o falecimento do
participante.

Renda mensal temporária: Consiste em uma renda temporária e paga exclusivamente ao


participante. O benefício cessa com o falecimento do participante ou o fim da temporarie-
dade contratada, o que ocorrer primeiro.

Módulo 06 - Previdência Complementar Aberta: PGBL e VGBL (5% a 10%) 107


108 Módulo 06 - Previdência Complementar Aberta: PGBL e VGBL (5% a 10%)

Renda mensal vitalícia com prazo mínimo garantido: Consiste em uma renda paga vita-
liciamente ao participante a partir da data da concessão do benefício, sendo garantido aos
beneficiários um prazo mínimo de garantia que será indicado na proposta de inscrição e é
contado a partir da data do início do recebimento do benefício pelo participante.

Renda mensal vitalícia reversível ao beneficiário indicado: Consiste em uma renda paga
vitaliciamente ao participante a partir da data de concessão do benefício escolhida. Ocor-
rendo o falecimento do participante durante a percepção dessa renda, o percentual do seu
valor estabelecido na proposta de inscrição será revertido vitaliciamente ao beneficiário
indicado.

Renda mensal vitalícia reversível ao cônjuge com continuidade aos menores: Consiste
em uma renda paga vitaliciamente ao participante a partir da data de concessão do benefí-
cio escolhida. Ocorrendo o falecimento do participante durante a percepção dessa renda, o
percentual do seu valor estabelecido na proposta de inscrição será revertido vitaliciamente
ao cônjuge e, na falta deste, reversível temporariamente ao(s) menor(es) até que comple-
te(m) a idade para maioridade (18, 21 ou 24) estabelecida no regulamento e conforme o
percentual de reversão estabelecido.

Pagamento único (pecúlio): Benefício sob forma de pagamento único, cujo evento gera-
dor é a morte ou a invalidez do participante.

Renda mensal por prazo certo: Consiste em uma renda mensal a ser paga por um prazo
pré-estabelecido ao participante/assistido. Na proposta de inscrição, o participante indica-
rá o prazo máximo, em meses, contado a partir da data de concessão do benefício, em que
será efetuado o pagamento da renda.

IMPORTANTE
Um gerente de conta sabendo que seu cliente faz declaração de imposto de renda por meio
de formulário completo, explica a seu cliente que caso ele venha a investir em um Plano
Gerador de Benefícios Livres (PGBL) ele poderá deduzir até 12% da renda bruta anual tribu-
tável na Declaração Anual de Ajuste do Imposto de Renda da pessoa física.
Previdência oferece uma série de benefícios para o trabalhador e sua família, como aposen-
tadorias, salário-maternidade, salário-família, auxílio-doença, auxílio-acidente e pensão
por morte. Os planos de previdência complementar são facultativos e podem complemen-
tar os benefícios da Previdência Social.
Os Planos de Previdência Complementar do tipo Vida Gerador de Benefício Livre – VGBL
têm incidência de Imposto de Renda sobre os rendimentos das aplicações no momento do
resgate, ou no período de concessão de benefícios.
Um cliente que possui um plano de previdência complementar do tipo Plano Gerador de
Benefício Livre – PGBL Renda Fixa foi a seu banco para trocar o perfil de sua aplicação para
outro plano que aplica até 15% em renda variável. Seu gerente afirmou que ele poderá tro-

108 Módulo 06 - Previdência Complementar Aberta: PGBL e VGBL (5% a 10%)


Módulo 06 - Previdência Complementar Aberta: PGBL e VGBL (5% a 10%) 109

car de perfil e não precisará resgatar seus recursos, nem recolher o imposto de renda, mas
terá que permanecer em um plano do tipo PGBL.
Uma das diferenças entre o Plano Gerador de Benefício Livre - PGBL e o Vida Gerador de
Benefício Livre - VGBL é o fato de que apenas no PGBL é possível deduzir as contribuições
na declaração anual de imposto de renda da pessoa física.
A Taxa de Carregamento de um Plano de Previdência Complementar é um percentual que
incide sobre as contribuições realizadas para custear as despesas administrativas do plano.
Quando acontece um investimento em previdência privada, do tipo PGBL, onde ocorre a
escolha pelo regime tributário progressivo (compensável), a alíquota de 15% que é cobrada
na fonte no momento do resgate pode ocorrer complementação ou restituição da mesma
na declaração anual de ajuste do I.R, chegando em uma alíquota máxima de 27,5%.
Os planos de previdência complementar do tipo VGBL tem incidência de IR sobre os rendi-
mentos das aplicações no momento do resgate, ou no período de concessão dos benefícios.
Seu cliente contratou um plano de previdência do tipo PGBL com regime tributário pro-
gressivo (compensável) e permaneceu no plano pelo prazo de 12 anos. Quando o mesmo
efetuar o resgate, a alíquota de I.R na fonte será de 15%.
VGBL portabiliza apenas para VGBL e PGBL para PGBL.

Módulo 06 - Previdência Complementar Aberta: PGBL e VGBL (5% a 10%) 109


110 Módulo 07 – Mensuração e Gestão de Performance e Riscos (10% a 20%)

MÓDULO 7 – Mensuração e Gestão de Performance e Riscos


(10% a 20%)

ESTATÍSTICA APLICADA

Média simples ;
Mediana: Valor central de um conjunto de dados ordenados;
Moda: Valor mais frequente na amostra.

MEDIDAS DE DISPERSÃO
Variância e Desvio padrão (volatilidade)

Medem a dispersão em torno da média;


O quanto o resultado está distante da média;
Desvio padrão = - representado pela letra grega “sigma” σ.

MEDIDAS DE ASSOCIAÇÃO ENTRE DUAS VARIÁVEIS


Covariância – quanto os dados se movem em conjunto
Coeficiente de correlação (R) – usada para medir a força da associação entre as variáveis
Coeficiente de determinação (R²) – assume valores entre +1 e -1

(R) – INTERPRETAÇÃO
R = + 1 associação linear positiva forte
R = 0 ausência de associação linear
R = - 1 associação linear negativa forte

EXEMPLOS:

R + 1 = Relação Perfeita R + 0,8

110 Módulo 07 – Mensuração e Gestão de Performance e Riscos (10% a 20%)


Módulo 07 – Mensuração e Gestão de Performance e Riscos (10% a 20%) 111

R 0 R – 0,8

R – 1 = Relação Perfeita

O DISTRIBUIÇÃO NORMAL

Características:
Modelo de distribuição de variável contínua mais utilizado
Simétrica em relação à média e curva na forma de sino.

Exemplo: distribuição do consumo de lubrificantes no período entre o pedido de compra e a entrega.

Módulo 07 – Mensuração e Gestão de Performance e Riscos (10% a 20%) 111


112 Módulo 07 – Mensuração e Gestão de Performance e Riscos (10% a 20%)

15 litros.
σ 6 litros.

Probabilidade de consumir entre 9 e 21 litros no período é de 0,68.


Probabilidade de consumir entre 3 e 27 litros no período é de 0,95.

Em 2,5% das vezes o consumo é superior a 27 litros.


Em 50% das vezes o consumo é superior a 15 litros.

REGRA:
1 σ = 68
2 σ = 95
3 σ = 99

INTERPRETAÇÃO
68% dos valores da amostra encontram-se dentro de 1 desvio padrão da média
95% dentro de 2 desvios padrão
99,7% abrange 3 desvios padrão

Intervalo de confiança em uma distribuição normal


Os intervalos de confiança são usados para indicar a confiabilidade de uma estimativa.
São uma forma de estimativa.
O intervalo de confiança pode ser usado para descrever o quão confiáveis são os resultados
de uma pesquisa.

112 Módulo 07 – Mensuração e Gestão de Performance e Riscos (10% a 20%)


Módulo 07 – Mensuração e Gestão de Performance e Riscos (10% a 20%) 113

Exemplo
De acordo com uma pesquisa sobre intenção de votos, 40% dos entrevistados pretendem
votar em um certo partido. É possível calcular um intervalo de confiança de 99% para a
proporção de toda a população com a mesma intenção de voto, que pode ficar entre 30%
e 50%.
Também é possível calcular um intervalo de confiança de 90% para a proporção de toda a
população com a mesma intenção de voto, que neste caso pode ficar entre 37% e 43%.

Nível de confiança * Intervalo de confiança

90% a 0,1 1,64

95% a 0,05 1,96

99% a 0,01 2,57

*lado positivo da curva de Gauss

RISCO DOS ATIVOS


Tipos de Risco:
Mercado - Risco da variação dos preços dos Ativos;
Liquidez - Risco de não conseguir se desfazer dos Ativos a qualquer momento a um preço
justo;
Crédito - Risco de o tomador de recursos não honrar suas dívidas;
Operacional - Risco de falha no processamento da operação.
** Na análise de Portfólios o principal risco analisado é de Mercado.

Todo investimento tem risco de Mercado?


Todo investimento em ativos com volatilidade maior que zero corre risco de mercado, portanto apenas
os investimentos prefixados podem ser considerados livres de risco de mercado (*considerando a taxa
básica de juros que não muda) – SE O INVESTIDOR MANTER OS RECURSOS ATÉ A DATA DE VENCIMEN-
TO.

Todo investimento tem risco de Crédito?


A princípio todo investimento em ativos financeiros tem risco de crédito. Os investimentos em ativos
reais podem correr risco de crédito se o custodiante não for o próprio detentor dos ativos.

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114 Módulo 07 – Mensuração e Gestão de Performance e Riscos (10% a 20%)

Todo investimento tem risco de Liquidez?


A princípio todo investimento tem risco de liquidez uma vez que não existe garantia da compra ou
venda de seus ativos a qualquer momento a um preço justo.

Todo investimento tem risco Operacional?


Um investimento terá risco operacional se houver algum processo envolvido desde a contratação até
a sua liquidação.

SELEÇÃO DE CARTEIRAS E MODELO DE MARKOWITZ

DESVIO PADRÃO DA CARTEIRA E O BENEFÍCIO DA DIVERSIFICAÇÃO

Objetivo da DIVERSIFICAÇÃO
REDUZIR O RISCO TOTAL!!!

RISCO DIVERSIFICÁVEL E RISCO SISTEMÁTICO (NÃO DIVERSIFICÁVEL)

Relacionado às especificidades da empresa e do seu mercado.

Risco Diversificável
ou Não-Sistemático

Relacionado ao ambiente econômico


Risco Não- Diversificável ou Sistemático financeiro, não pode ser diversificado.

Imagem de autoria Eu Me Banco

114 Módulo 07 – Mensuração e Gestão de Performance e Riscos (10% a 20%)


Módulo 07 – Mensuração e Gestão de Performance e Riscos (10% a 20%) 115

Uma carteira bem diversificada terá o RISCO TOTAL menor do que a soma do risco indivi-
dual de cada um de seus ativos;
Apenas o chamado Risco Diversificável poderá ser diluído pela diversificação;
Quanto maior a quantidade de ativos diferentes agregados ao portfólio o risco tende a di-
minuir.

BETA DA CARTEIRA E SUA INTERPRETAÇÃO

Definição: É um indicador do risco sistemático de uma ação que mede a sensi-


bilidade de um ativo em relação ao comportamento do mercado.

• Permite diferenciar ativos defensivos de ativos agressivos.

• É usado para medir o risco não diversificável, ou seja, fatores de mercado que
afetam todas as empresas, como guerras ou crises internacionais.

• O Beta do IBOVESPA é sempre igual a 1

Se o Beta de uma ação for:

b > 1, a ação é mais agressiva que o Ibovespa – ATIVO AGRESSIVO.


b = 1, sua volatilidade é igual à do mercado – ATIVO NEUTRO.
b < 1, a ação é mais defensiva que a média do mercado – ATIVO DEFENSIVO.

O RISCO ABSOLUTO E RISCO RELATIVO

Risco de Mercado Absoluto:


Probabilidade de perdas em carteiras não comparadas ou relacionadas a índices de merca-
do, ou benchmarks, ou seja, exposição ao risco em termos absolutos percentuais ou mone-
tários
Outubro – 0,50%; novembro -0,65%

Risco de Mercado Relativo:


Probabilidade de perdas em carteiras em relação a um índice de referência utilizado como
benchmark
Outubro – 0,80% do CDI; novembro -123% do CDI

O MEDIDAS DE PERFORMANCE

Índice de Sharpe – Original

Módulo 07 – Mensuração e Gestão de Performance e Riscos (10% a 20%) 115


116 Módulo 07 – Mensuração e Gestão de Performance e Riscos (10% a 20%)

IS mede a relação de risco x retorno de cada ativo, ou seja, quanto de retorno um ativo está
gerando para cada unidade de risco assumida

Quanto maior, melhor!

Índice de Sharpe – modificado

É a relação entre o retorno excedente dividido pelo VaR (veremos à frente);


Indicado para carteiras cuja distribuição de retornos não seja distribuída de forma estatis-
ticamente normal;
Quando as carteiras apresentam grandes oscilações (de ganhos ou perdas) o IS normal não
atende a análise de performance.

Índice de Treynor

É uma medida similar ao Índice de Sharpe, onde a diferença é que ao invés de usar o Desvio
Padrão como risco usa o coeficiente Beta b.

** Semelhante ao Índice de Sharpe, quanto maior, melhor! **

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Risco de Taxa de Juros

Definição: É o risco de variação nos preços dos ativos de renda fixa devido flu-
tuações nas taxas de juros

Títulos prefixados perdem valor com altas de juros e vice-versa.

Duration de Macaulay e Duration Modificada

Duration de Macaulay - Prazo médio das operações ponderado pelo Valor Presente dos
fluxos de caixa. Descontados à taxa de juros de mercado.

Duration Modificada - Serve para avaliar quanto o preço do título vai subir ou cair se a taxa
de juros subir ou cair. Quanto maior a DM, maior oscilação de preços causada pelos juros.

Convexidade Títulos com a mesma Duration podem apresentar comportamentos diferentes frente à
mesma mudança da taxa de juros.

Convexidade

O papel com maior convexidade é menos afetado por estas mudanças ***maior convexida-
de, menor risco de mercado

No conceito, os títulos de renda fixa têm representação gráfica em formato convexo entre
seu preço e rendimento.

Maior convexidade do título A, menor risco de mercado.


Quando a taxa de juros SOBE, o valor do título A Cai menos que B.
Quando a taxa de juros CAI, o valor do título A SOBE mais do que o B.

Imunização
A ideia é ter uma carteira imune às variações das taxas de juros.

Combina-se a duração dos ativos e passivos, de forma que quando as taxas


se movimentam ambos os lados do balança são afetados da mesma maneira,
mantendo o Valor presente inalterado.

Risco de Liquidez: Negociabilidade

Módulo 07 – Mensuração e Gestão de Performance e Riscos (10% a 20%) 117


118 Módulo 07 – Mensuração e Gestão de Performance e Riscos (10% a 20%)

Mercado: capacidade de comprar e vender um ativo sem afetar substancialmente seu pre-
ço.

Liquidar a Preço Justo

Ativo: para mitigar o risco de liquidez o gestor deve comprar ativos de primeira linha, com
bom histórico de liquidez.
Evitar concentração em um único emissor;
Consequências sobre precificação – a liquidez no mercado secundário é definida pela liqui-
dez dos ativos;
Dificuldade de negociar reflete em queda nos preços;
Formas de controle de risco - Limites de exposição em relação ao tamanho do mercado e a
sua carteira;
Planejamento prévio das necessidades de caixa antes de montar as posições.

Risco de Crédito

Avaliação da capacidade de pagamento de um credor, onde antes de efetuar a


operação de crédito deve se levar em conta a atual alavancagem, endividamen-
to, estrutura de capital, geração de caixa.

Risco País: É o Risco Soberano, que indica o grau de confiança dos investidores em um país.
Riscos de Mercado Externo: Possibilidade de perdas pelo não cumprimento dos termos
acordados por um emissor fora do país.
− Oscilações nas taxas de câmbio.
− Mudanças do cenário econômico internacional.
− Questões legais, regulatórias e tributárias específicas de um país.

Classificação de risco
Principais agências:
Standars & Poor’s
Moody’s
Fitch

Classificam papeis e países como Grau de Investimento ou não.

***Risco de crédito aumenta, juros sobem, preço do papel cai

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GESTÃO DE RISCO DE CARTEIRAS


Value at Risk (VaR)
Perda máxima de uma carteira dentro de um intervalo de confiança.
Um único valor que resume a exposição ao risco de mercado com uma probabi-
lidade de oscilação adversa.

Ex.: VaR diário é de R$ 35 MM ao nível de confiança de 99%, ou seja, há 1% de


chance de que a perda seja superior a R$ 35 MM
Limitação – pressupõe mercados operando em condições de normalidade.

Stop Loss
Medida tomada pelo gestor que visa limitar as perdas (ainda que tenha que rea-
lizar prejuízo para sair do investimento).

Stress Test
São construídas simulações para preventivamente conhecer a perda máxima
que pode acontecer em cenários extremos de crise.

Back Testing
Testa a veracidade do modelo de VaR com dados históricos.

Tracking Error
Mensuração de quão próxima a performance de uma carteira em relação ao seu
benchmark.

Erro Quadrático Médio


É uma medida de como o retorno do fundo se afasta do retorno do benchmark.

Módulo 07 – Mensuração e Gestão de Performance e Riscos (10% a 20%) 119


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IMPORTANTE
Com relação ao Value At Risk – VAR, significa a perda máxima que um investidor pode ter,
com um determinado nível de confiança.
Riscos básicos do investidor: Mercado, Crédito e Liquidez
O Risco de uma carteira de ações, pode ser calculado com base no desvio padrão da cartei-
ra.
Um índice correlação -1 indica que se movem direções opostas.
Um cliente possui NTN-B Principal e uma NTN-F, ambos com mesma duration, qual terá
mais risco de mercado? O título prefixado apresentar maior risco de mercado (Pré tem mais
risco que indexado com o mesmo vencimento
O limite máximo de concentração por emissor de cada ativo nos fundos de investimento
tem como objetivo reduzir o risco de crédito.
Possibilidade de ser possível comercializar um ativo pelo seu preço justo, por falta de de-
manda no mercado é o risco de liquidez.
Quando comparado ao Ativo Livre de Risco, o “Spread de Crédito” é uma medida que repre-
senta a probabilidade de inadimplência do emissor do título.
Coeficiente Beta da carteira é igual a 1, o retorno esperado desta carteira será igual ao re-
torno esperado pelo mercado
A utilização de stop loss é uma forma de limitar as perdas em uma estratégia de investimen-
to, buscando a redução de posição de risco.
O Back Test serve para testar a eficiência do modelo VaR.
O índice de Sharpe serve para medir o retorno em função do risco assumido de uma cartei-
ra.
A medida de risco utilizada no cálculo do Índice de Sharpe e Índice de Treynor são respec-
tivamente, desvio padrão e beta.

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