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MERCADO FINANCEIRO – RESUMO

1. INTRODUÇÃO

Unidades deficitárias - é aquela em que as despesas excedem as receitas. Isso


significa que a entidade está operando com um déficit, tendo que financiar suas
despesas adicionais por meio de empréstimos, redução de ativos ou outros
mecanismos de financiamento.
Unidades superavitárias - é aquela em que as receitas excedem as despesas.
Nesse caso, a entidade está operando com um superávit, o que implica que ela
tem recursos financeiros excedentes após cobrir todos os seus custos e
obrigações.

Mercado Monetário - onde ocorrem as negociações de curto prazo de


instrumentos financeiros de alta liquidez e baixo risco. Nesse mercado, são
negociados títulos e valores mobiliários de curto prazo, com prazos de
vencimento geralmente inferiores a um ano.

Mercado de Câmbio - ambiente onde ocorre a negociação de moedas


estrangeiras. Nesse mercado, as moedas são compradas e vendidas pelos
participantes, como bancos, corporações multinacionais, investidores e
indivíduos.

Mercado de Crédito - refere-se ao ambiente onde ocorre a negociação e


concessão de empréstimos e financiamentos.

Mercado de Capitais - refere-se ao ambiente onde ocorre a negociação de


títulos e valores mobiliários de longo prazo, emitidos por empresas, governos e
outras entidades.

Mercado Primário – local onde ocorre a emissão e distribuição inicial de novos


valores mobiliários, ações, títulos de dívida ou outros instrumentos financeiros
pela primeira vez.

Mercado Secundário - ambiente no qual ocorre a negociação de valores


mobiliários já emitidos anteriormente no mercado primário (é a troca entre
investidores).

Sistema Financeiro
Nacional - conjunto de instituições, normas e instrumentos que regulam e
operam as atividades financeiras no Brasil. O SFN é composto por:
1. Órgãos Normativos e Supervisores: Banco Central do Brasil (BACEN),
Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Conselho Monetário Nacional
(CMN), e Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).
2. Instituições Financeiras: Bancos comerciais, Bancos de investimentos,
Sociedades de Créditos, Cooperativas de Créditos, e Seguradoras.
- A regulamentação do SFN é elaborada com base nos princípios e normas
contantes da Constituição Federal e Leis.

ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL:


SFN – ÓRGÃOS REGULADORES:
- CMN: delibera
- BACEN: normatiza, executa e fiscaliza
- CVM: normatiza, executa e fiscaliza

Conselho Monetário Nacional (CMN) - responsável por estabelecer as


diretrizes e normas que orientam a política monetária, cambial e creditícia do
país.

 Integrantes: Ministro da Economia (Fazenda), Secretário Especial de


Fazenda (Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão) e o Presidente
do BACEN.
 Objetivos:
– Adaptar volume dos meios de pagamento às necessidades da economia
– Preservar valor interno e externo da moeda
– Propiciar aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros
– Zelar pela liquidez e solvência das IF’s
– Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida
pública

Banco Central do Brasil (BACEN) - Missão: Garantir a estabilidade do poder de


compra da moeda, zelar por um sistema financeiro sólido, eficiente e
competitivo, e fomentar o bem-estar econômico da sociedade.
 Administrado por um Presidente e 8 Diretores
 Principais competências:
– Executar política monetária: Emissão de moeda, colocação de títulos,
redesconto e empréstimos, depósitos compulsórios e voluntários de IF’s.
– Controlar capitais estrangeiros
– Normatizar, conceder autorizações e fiscalizar IF’s (penalidades)

 COPOM → Comitê de Política Monetária


– Meta da taxa SELIC
 COMEF → Comitê de Estabilidade Financeira
 Penalidades: Advertência, multa, suspensão do exercício de cargos,
cassação da autorização de funcionamento das instituições financeiras.

Comissão de Valores Mobiliários (CVM) - vinculada (mas não subordinada) ao


Ministério da Fazenda (Economia) com autonomia financeira e orçamentária.
 Administrada por 1 Presidente e 4 Diretores, nomeados pelo Presidente da
República.
 Principais competências:
- regulamentar as matérias referentes ao mercado de valores mobiliários
- registrar companhias e emissões
- fiscalizar os participantes e as atividades do mercado de valores
mobiliários
 Em regra, a CVM não analisa o mérito do investimento, mas preocupa-se
em exigir das companhias um fluxo de informações fidedignas que
permitam ao investidor tomar decisões.
 Penalidades: Advertência, multa, suspensão do exercício de cargos,
inabilitação temporária, até o máximo de 20 anos, para o exercício dos
cargos, cassação de autorização ou registro, proibição temporária, até o
máximo de 20 anos, de praticar determinadas atividades ou operações, etc.

Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) - vinculada ao Ministério da


Economia (Fazenda), criada em 1966.
 Missão: Estimular o desenvolvimento dos mercados de seguros,
resseguros, previdência complementar aberta e capitalização, garantindo a
livre concorrência, estabilidade e respeito ao consumidor
 Tem por função a fiscalização da constituição, do funcionamento e das
operações das sociedades de capitalização e das companhias de seguros e
previdência complementar aberta.

Superintendência Nacional de Previdência Complementar - vinculada ao


Ministério da Previdência Social (Economia), criada em 2009
 Tem por função a fiscalização e supervisão das atividades das entidades
fechadas de previdência complementar e de execução das políticas para o
regime de previdência complementar operado pelas referidas entidades.
QUIZ 1: ANOTAÇÕES

- O Estado (regulação) deve ter como objetivos principais: proteger a poupança


popular, evitar riscos sistêmicos. Promover o desenvolvimento do mercado
financeiro, a fim de que cumpra sua função de alocar poupança popular em
investimentos de maneira eficiente;

- Oferta pública é: Colocação de valores mobiliários junto ao público em geral


caracterizado, por exemplo, pela utilização de listas ou boletins de venda ou
subscrição, folhetos, prospectos ou anúncios destinados ao público, por
qualquer meio ou forma

- A diferença entre as duas modalidades operacionais (operações ativas e


passivas), que, na realidade, constitui o ganho do banco comercial, é
conhecida pelo nome de: SPREAD

- Autorizar emissões de papel-moeda → BCB


- Fixar as diretrizes e normas da política cambial → CMN,
- Estatuir normas para as operações das instituições financeiras públicas, para
preservar sua solidez e adequar seu funcionamento aos objetivos da Lei nº
4.595/64 → CMN
- Controlar a circulação da moeda e as taxas de juros → BCB,
- Controlar as operações créditos das instituições que são membros do
Sistema Financeiro Nacional → BCB,
Definir o percentual e a forma de recolhimentos compulsórios → CMN.

- O Comissão de Valores Mobiliários (CVM) atua sob a direção do(a) Conselho


Monetário Nacional (CMN) e tem por finalidade básica normatização e controle
do mercado de valores mobiliários.

- O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é constituído por todas as instituições


financeiras públicas ou privadas existentes no país e seu órgão normativo
máximo é o Conselho Monetário Nacional

- Regulação e autorregulação são modalidades de intervenção na economia


que resultam em captura do mercado

2. INSTRUMENTOS DE RENDA FIXA


Definições gerais:
 Renda Fixa:
– Investimento inicial significativo
– O retorno depende de um indexador conhecido.
 Renda Variável:
– Investimento inicial significativo
– O retorno depende do desempenho de um agente econômico
 Derivativos:
– Investimento inicial nulo ou pequeno
– O retorno depende do comportamento futuro de uma variável (ou várias),
como por exemplo, preços, indexadores, índices, ratings,...

RENDA FIXA – garantem ao investidor rendimentos predeterminados

Títulos Públicos - emitidos pelo governo federal por meio do Tesouro Nacional.

 Tesouro SELIC (LFT): é um título pós-fixado cuja rentabilidade está


atrelada à taxa Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira. São
títulos públicos federais, que são custodiados em nome de uma Instituição
Financeira autorizada pelo Banco Central. É o COPOM (Comitê de Política
Monetária do Banco Central) que estabelece meta para SELIC.
 Tesouro Pré-fixado (LTN): taxa de juros é fixada no momento da compra,
são negociados com deságio sobre o valor principal.
 Tesouro IPCA (NTN-B): título com rentabilidade vinculada à variação do
IPCA, acrescida de juros definidos no momento da compra. O pagamento
pode ser no vencimento, ou semestralmente.

Títulos Privados - Emitidos por instituição financeira (CDB, CDI, Letras


Financeiras, Letras de Câmbio, Bonds e Notes), e emitidos por empresas
(Debêntures, Commercial Papers, FIDC, CRI, CRA, Bonds e Notes).
 Commercial Papers (Notas promissórias): Títulos de crédito de curto
prazo sem garantia real. São investimentos de baixo risco e alta liquidez.
 Debêntures: são títulos de dívida emitidos por empresas não financeiras,
que representam uma promessa de pagamento de juros e principal ao
investidor. Pode ser ofertada publicamente (direcionada ao público
investidor em geral) ou com esforços restritos (direcionada a um grupo
restrito de investidores).
- Nominativa: consta o nome do titular e é registrada em livro próprio.
- Escriturais: é também nominativa, mas sem a possibilidade de emissão de
certificado e com a obrigatoriedade de contratação de instituição financeira
depositária.
DEBÊNTURE: CLASSES
- Conversíveis: permitem aos seus detentores converter seus títulos em
ações de emissão da própria empresa.
- Permutáveis: São aquelas que podem ser transformadas em ações de
outra companhia, que não a emissora, ou em qualquer outro título de
crédito.
- Simples: São aquelas que não dispõem de mecanismo acima descrito.
CARACTERÍSTICAS DAS DEBÊNTURES
- Pode ter garantia real, flutuante, quirografária ou subordinada.
- No caso de falência da empresa, teríamos a seguinte ordem de
recebimento da debênture:
1. Créditos trabalhistas
2. Créditos com garantia real
3. Encargos e dívidas da massa falida
4. Créditos fiscais
5. Créditos com privilégio especial
6. Créditos com privilégio geral (debênture com garantia flutuante)
7. Créditos quirografários (debênture quirografária)
8. Créditos subordinados (debênture subordinada)
9. Acionistas
- Remuneração: rendimento agregado ao valor nominal, juros, ou
participação nos lucros ou prêmios.

 Securitização: processo que permite a transformação de dívidas em títulos


de créditos negociáveis.
- Recebíveis: títulos que representam um direito de crédito originário de
uma venda a prazo de bens, serviços ou operações de crédito de qualquer
tipo.
- FORMAS DE SECURITIZAÇÃO: via FIDC (Fundos de Investimento em
Direitos Creditórios), via SPE (Sociedade de Propósito Específico) ou via
afetação.
 FIDC: Transferência dos créditos recebíveis para um fundo que emite
quotas para investidores. Essas cotas podem ser sênior ou subordinada.
 CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) e CRA (Certificado de
Recebíveis do Agronegócio): são títulos lastreados em créditos
imobiliários ou do agronegócio, nos quais os investidores recebem
pagamentos relacionados a esses créditos.
 BONDS E NOTES: São títulos de dívida de longo prazo, emitidos por
empresas financeiras ou não-financeiras, com colocação pública ou privada,
que rendem juros fixos (Fixed Rate Notes) ou flutuantes (Floating Rate
Notes), além da correção cambial.

Eurobonds: são títulos, com valores nominais estabelecidos em dólares


listados em bolsas de valores europeias.

Avaliação de Títulos de Dívida


 Ativo Real: casa, terra, objetos.
 Ativos Financeiros: direitos sobre terceiros (títulos)
- Direitos diretos: direitos diretos sobre Ativos. Exemplo: ações e títulos de
dívida (bonds).
- Direitos indiretos (derivativos): valor é derivado do valor de um ativo

 CARACTERÍSTICAS GERAIS:
- Valor ao par: valor de face, pago no vencimento.
- Taxa de juros de coupon: Taxa de juros determinada. Multiplicada pelo
valor de face se obtêm o valor monetário de juros. Geralmente fixada.
- Vencimento/ maturidade: data em que o título deve ser pago (principal).
Declina ao longo do tempo.
- Data de emissão: data quando o título foi emitido.
- Como pode avaliar ativos com base no fluxo de caixa futuro esperado?

- O cálculo do Desconto ou prêmio pode


ser feito através da diferença de juros,
descontados a nova Kd.

- Sempre que Kd = Taxa de Cupom, o


título é vendido pelo valor nominal. Normalmente, na emissão do título, a
Taxa de Cupom é estabelecida igual a Taxa de Juros corrente.
- Taxa de Juros muda ao longo do tempo, mas a taxa de cupom permanece
fixa após a emissão do título.
- Se : taxa de juros é maior que a taxa de cupom→ O preço do título cai
abaixo de seu valor nominal: título com desconto (deságio)
- Se: taxa de juros é menor que a taxa de cupom → O preço do título
sobe acima de seu valor nominal: título com prêmio (ágio)

QUIZ 2 – ANOTAÇÕES

- A classificação de risco (rating) é uma opinião da agência quanto à qualidade


geral de crédito de um emissor, ou de um emissor relativamente a um
determinado título de dívida ou outra obrigação financeira emitida. Os itens de
avaliação das agências de rating são: Garantias dada ao credor em caso
de default, qualidade geral de crédito desses emissores, capacidade de
pagamento das obrigações financeiras dentro do prazo acordado e fatores que
possam afetar a qualidade das obrigações emitidas pela empresa ou país.

- Se os juros aumentam, a marcação a mercado de um título de renda fixa pré-


fixado diminui o seu valor.
- Se o prazo diminui e os juros se mantém, o valor de uma carteira de títulos de
renda fixa sobe.
- Se o prazo diminui e os juros caem, o preço de uma LTN sobe.

- Dentre as escolhas mais populares de investimentos, a caderneta de


poupança é uma das opções mais utilizadas pelos brasileiros, sendo
considerada um investimento de renda fixa. São também investimentos de
renda fixa: os CDBs

- A duration representa a duração média de um título de renda fixa, tomando


por base três aspectos simultaneamente: Tempo, taxa de juros e preço do
título.

- São propriedades da duration:


A duration de um título geralmente aumenta em função do tempo para a
maturidade, mantida a taxa do cupom constante.
A duration é maior quanto menor a taxa dos cupons, mantida a maturidade
constante.
A duration sempre aumenta com a maturidade para títulos vendidos ao par ou
com prêmio sobre o par.

- O valor de um título varia inversamente às variações na taxa de juros que tem


seu efeito reforçado com o aumento do prazo de maturidade dos títulos
(maturity)

- A letra de câmbio é o instrumento de captação específico das sociedades de


crédito, financiamento e investimento, sempre emitida com base em uma
transação comercial e que, posteriormente ao aceite, é ofertada no mercado
financeiro. A letra de câmbio é caracterizada por ser um título com renda fixa e
prazo determinado de vencimento.

- Agência de rating - Empresa que avalia o risco da operação, a partir,


basicamente dos níveis de inadimplência histórica dos recebíveis que servem
de lastro aos valores mobiliários emitidos. Este trabalho pode ser realizado com
a ajuda de um atuário.

- Empresa Originadora ou Cedente - Empresa credora dos recebíveis


derivados de sua atividade operacional.

- Securitização - É a forma de acesso ao Mercado de Capitais através da


emissão de títulos negociáveis lastreadas ou vinculadas em direitos creditórios,
também denominados simplesmente recebíveis.

- SPC, SPE ou Securitizadora - Sociedade que tem como objetivo exclusivo a


aquisição de direitos creditórios e que emite valores mobiliários para pagar os
recebíveis adquiridos.

- Agente Fiduciário ou Trustee - Representante dos investidores perante a


SPC ou entidade securitizadora, que deve zelar pelos interesses deles.
2. MERCADO DE RENDA VARIÁVEL

Sociedade anônima: empresa que tem o capital dividido em ações, com


responsabilidade de seus acionistas limitada, proporcionalmente, à participação
no capital da empresa
- Companhia Fechada: não há valores mobiliários negociados em ambiente
regulado. Não há registro na CVM.
- Companhia Aberta: possuem valores mobiliários registrados na CVM,
admitidos à negociação em bolsa ou balcão.

Ações: são títulos (negociáveis) de renda variável que representam a menor


fração do capital da empresa emitente.
- Ação ordinária (ON): Sua principal característica é conferir ao seu titular
direito a voto nas Assembleias de acionistas.
- Ação preferencial (PN): Não tem direito de voto, mas tem outras vantagens,
como: prioridade na distribuição dos dividendos, prioridade no reembolso do
capital, etc.
- Toda companhia deve estipular no estatuto social um dividendo obrigatório a
ser distribuído aos seus acionistas.

Underwriting: Colocação ou subscrição de títulos e valores imobiliários das


companhias no mercado primário ou secundário.
- Bancos de Investimentos: Competência para o acompanhamento e realização
das operações de Underwriting.
- Prospecto: preparado e divulgado no momento da emissão.
MERCADO PRIMÁRIO
- IPO: Oferta Pública Inicial
- FOLLOW ON: Oferta Subsequente
- OPA (Oferta Pública de Aquisição de Ações): Operação em que um acionista
ou sociedade compra participação ou totalidade das ações de uma empresa
listada em bolsa, para adquirir controle de uma companhia.
- Recompra de Ações: quando a empresa compra suas próprias ações, como
alternativa a distribuição de dividendos em dinheiro, ou para fazer uma
alteração na estrutura de capital.
MERCADO SECUNDÁRIO
- Formas de negociação: à vista, a termo, opções e futuro.
- Operações de compra e venda: são realizadas por meio de entidades
corretoras de valores mobiliários. A validade pode ser: diária, com data
determinada, até o cancelamento ou tudo ou nada.

Depositary Receipts (ADR e BDR): são instrumentos financeiros que permitem


que investidores estrangeiros negociem ações de empresas estrangeiras em
bolsas de valores dos Estados Unidos (ADR) e do Brasil (BDR).
- ADR Nível 1: negociação em balcão, sem capitação de novos recursos
- ADR Nível 2: negociação em bolsa, sem capitação de novos recursos.
- ADR Nível 3: negociação em bolsa, com capitação de novos recursos.
- ADR Regra 144A: negociação em balcão, com capitação de novos recursos.

Remuneração das ações: distribuição aos acionistas: A decisão de dividendos


deve levar em conta o objetivo de maximização da riqueza do acionista. Uma
política ótima de dividendos busca balancear distribuição corrente (dividendos)
e crescimento futuro (g) visando maximizar o preço da ação.

Modelo de Avaliação de Ações (Gordon): O valor de uma ação é calculado com


base no Fluxo de Caixa futuro esperado. Se a ação está em equilíbrio, então
Preço = Valor, ou seja, retorno exigido = retorno esperado.

Po = preço corrente da ação

D 1 = dividendo esperado para a ação no


¿
próximo período

K e = custo de capital próprio da empresa ajustado ao risco

g = taxa de crescimento (growth) esperada dos dividendos


Po

-Sem crescimento: ¿

D1
K e

Po

-Com crescimento constante: ¿

D1 D 0 (1 + g )
=¿
( K ¿¿ e− g) ¿ ( K ¿¿ e− g) ¿

-Com crescimento
Po
anormal:
¿

D1
1
(1 + K ¿ ¿ e) ¿ +¿
D2
( 1 + K ¿ ¿ e )2 ¿ + ¿
D3 D 3 ( 1+ g ) 1
3 1 3
¿
(1 + K ¿ ¿ e) ¿+¿ ( K ¿ ¿ e − g ) ¿ ׿ ( 1+ K ¿ ¿ e ) ¿

Risco e Retorno de um ativo: pode ser histórico, esperado ou relativo (beta). O


risco de um ativo é julgado em termos de fluxo de caixa.
- Risco Diversificável (não sistemático): variável
- Risco de Mercado (sistemático): fixo
Quanto maior o risco envolvido maior a taxa de retorno desejada.
 Base em séries históricas:
- Retorno: Média funciona como uma expectativa de retorno médio (retorno
esperado)
- Risco: Medidos pela variância e desvio padrão
 Base em valores esperados (condicionais):
- Retorno: Média
ponderada

(resultante) das realizações possíveis para


eventos econômicos
- Risco: Medidos pela variância e desvio padrão

Risco e retorno (portfólio de 2 ativos): carteira de dois ou mais ativos.


- Efeito de diversificação: ativos combinados podem apresentar menores
riscos.
- Retorno de um portfólio é a relação linear entre o peso dos ativos e seus
retornos específicos

(k = retorno esperado)
p

( w = participação do ativo na carteira)

- Risco de um portfólio é a relação não-linear entre (1) peso dos ativos (2) risco
de cada ativo e (3) correlações entre ativos.
- Covariância: Medida que combina a variância (variabilidade) dos retornos
dos títulos com a tendência desses retornos moverem-se de forma similar.

Tendências:
- A e B movem-se juntas -> Cov(AB) = (+)
- A e B movimento contrário -> Cov(AB) = (-)
- A e B livre de risco -> Cov(AB) = Zero
- Coeficiente de Correlação: Mede a Tendência de 2
Variáveis moverem-se juntas.

r = +1 => mesmo sentido (Corr. Perfeita


Positivamente)
r = 0 => não há correlação - Independentes
r = - 1 => sentido oposto (Corr. Perfeita Negativamente)
- Fronteira eficiente:
•A, H, G e E -> ativos isolados
•Todos os outros pontos -> Portfólios com 2 ou + ativos
• Quais são portfólios adequados para investimento?
– A escolha envolve 2 decisões:
• Determinar o Grupo Eficiente de Portfólios
• Escolher o Portfólio individual que melhor se adapta a um determinado
investidor
PORTFÓLIOS EFICIENTES: São os Portfólios que dominam os demais,
representados pelo trecho B, C, D e E
PORTFÓLIOS INEFICIENTES: Todos os demais, pois algum outro apresenta
Maior Retorno com mesmo Risco ou Menor Risco com o mesmo Retorno.
(todos os pontos no interior da área)
- CAPITAL ASSET PRICING MODEL (CAPM): É um modelo de equilíbrio de
longo prazo que especifica o relacionamento entre risco e retorno exigido em
ativos mantidos em carteiras diversificadas.
- A taxa esperada de retorno de qualquer carteira eficiente é igual a taxa livre
de risco + prêmio pelo risco.
- A carteira ótima para um investidor é o ponto de tangência entre a CML e a
curva de indiferença desse investidor.
- Coeficiente Beta: tendência de uma ação de mover para cima ou para baixo
de acordo com o mercado. Mede a Volatilidade de um Título relativamente ao
Portfólio que contém todos os títulos. O Risco de Mercado de um determinado
título é medido pela tendência de movimento
com o mercado em geral.
• Se beta = 1,0, ação tem risco médio.
• Se beta > 1,0, ação é mais arriscada que a média.
• Se beta < 1,0, ação é menos arriscada que a média.
• Muitas ações têm betas no intervalo de 0,5 a 1,35.
QUIZ 3 – ANOTAÇÕES

- Ações: São títulos nominativos negociáveis que representam, para quem as


possuem, a menor fração do capital social da empresa emitente.

- A oferta pública de ações representa uma das formas mais vantajosas que as
Sociedades Anônimas ou Companhias de Capital Aberto possuem para
levantar recursos. Para a realização dessa oferta de ações, tais empresas
precisam procurar uma instituição financeira do mercado de capitais. A
operação de venda dos lotes de ações, realizada por essas instituições
financeiras no mercado de capitais, é denominada UNDERWRITING
(SUBSCRIÇÃO).

- As Companhias ou Sociedades Anônimas podem ser classificadas como


abertas ou fechadas. São classificadas como abertas quando suas ações são
negociadas na Bolsa de Valores ou no mercado balcão.

- As operações de underwriting (subscrição) são praticadas pelos bancos de


investimento que realizam a intermediação da distribuição de títulos mobiliários
no mercado. A Garantia Firme é um tipo de operação de underwriting no qual a
instituição financeira coordenadora da operação garante a colocação dos lotes
de ações a um determinado preço previamente pactuado com a empresa
emissora, encarregando-se, por sua conta e risco, de colocá-lo no mercado.

- Qual(s) tipo(s) de BDR (Brazilian Depositary Receipts) podem ser negociados


em bolsa de valores? -> BDR nível II e BDR nível III

- No planejamento de um programa de ADRs, Nível 3, a empresa deve contar


com o concurso (participação) de diversas outras entidades, dentre as quais
merecem destaque: Instituição coordenadora, banco depositário, banco
custodiante, advogados (nacionais e estrangeiros), auditores externos.

- Dependendo do volume de recursos que uma empresa necessite para tocar


seus projetos, a decisão pode ser acessar o mercado internacional de capitais,
quer de renda variável (ADRS) ou de renda fixa (notes) ou ainda de
empréstimos/financiamentos de bancos estrangeiros. Se a opção recair em um
programa ADR (American Depositary Receipt), a Companhia poderá optar em
um dos seguintes tipos de ADRs: Regra 144-A e ADR Nível 3

- Sobre risco de investimento:


- No mercado de renda fixa, os ativos com vencimento mais longos
costumam apresentar maior volatilidade.
- Independente dos parâmetros utilizados em ambos, um fundo de
investimento que apresenta VaR (volatilidade) maior que outro, tende a ser
um produto mais arriscado.
- Investimentos de maior risco tendem a ter maior retorno.
- A diversificação de uma carteira, normalmente, reduz o risco do investidor.
- organização de carteiras de ações deve privilegiar: diversificação de riscos.

2. DERIVATIVOS

- Derivativos são contratos (instrumentos) financeiros que derivam ou


dependem do valor de outro ativo subjacente, podendo ser, padronizados e
negociados em mercados secundários organizados ou serem um contrato entre
as partes.
- Um derivativo é um instrumento cujo valor depende do valor de outro ativo
subjacente (underlying).
a) são contratos futuros, a termo, de swap e opções.
b) possuem um valor nocional, que é valor de moeda, número de ações,
número de unidades de peso ou volume ou outras unidades
especificadas no contrato.
c) não exige que o titular ou lançador da opção invista ou receba o valor
nocional no início do contrato.
d) não requer um investimento inicial significativo (margens).
e) inclui contratos que sejam liquidados pelo valor bruto por meio da
entrega do item subjacente (contratos a termo)
f) será liquidado em data futura.
- Derivativos podem ser:
- Para proteção (hedge)
- Para especulação
- Negociados em Bolsa: Os contratos são padronizados e praticamente não há
risco de crédito.
- Mercado Balcão (OTC): Os contratos podem ser não padronizados e há um
pequeno risco de crédito
- Contratos a termo: Acordos de compra ou venda de um ativo em determinada
data futura, por preço previamente estabelecido. O preço a termo de um
contrato é o preço de entrega que seria aplicável ao contrato se ele fosse
negociado hoje.
- Contratos a futuro: Compromisso de comprar e vender numa data futura, com
liquidação financeira diária de ajustes do valor do contrato. Similar ao contrato
a termo, no entanto, são mais padronizados e utilizam ajustes diários nos
valores dos contratos, com pagamento das variações do valor de mercado. Os
futuros são sempre negociados em Bolsa.
- Opções de Compra (call) e opções de Venda (put): Modalidade em que o
titular tem o direito de comprar a um preço determinado; modalidade em que o
titular tem o direito de se desejar, vender ao lançador por um preço
determinado.
- Contrato de Swaps: Acordos para trocar fluxos de pagamentos futuros,
respeitando fórmulas preestabelecidas.

Operações no Mercado a Termo e Futuro

- Contrato a termo x futuro:


- Diferenças principais: Flexibilidade vs Padronização do contrato, Liquidez,
Risco de contraparte, Prazos de vencimento.
- Resumo:
– Os contratos futuros são padronizados, negociados em bolsas de
futuros, têm maior liquidez, são mais seguros em termos de risco de
contraparte e têm datas de vencimento padronizadas.
– Os contratos a termo, por sua vez, são personalizados, negociados
bilateralmente, podem ser menos líquidos, envolvem maior risco de
contraparte e têm prazos de vencimento flexíveis.
- Contratos podem ser de: Commodities (petróleo, ouro, trigo, café, soja, milho,
gado etc.), Moedas ou Índices, taxas e ações.

Mercado de Opções

- Opção de compra (call)


- Opção de venda (put)
- Comprador (detentor) de uma opção tem um direito
– Compra de opção de compra: O detentor de uma call tem o direito de
comprar um determinado ativo em uma certa data por um determinado
preço (strike price).
– Compra de opção de venda: O detentor de uma put tem o direito de
vender um dado ativo em uma certa data por um determinado valor
(strike price).
- Vendedor de uma opção tem uma obrigação
– Venda de opção de compra
– Venda de opção de venda
Opções x Futuros/ Termos
- Os contratos futuro/a termo geram a obrigação de se comprar/vender um
ativo por determinado preço
- Uma opção gera o direito de se comprar/vender um determinado ativo por um
determinado preço

Mercado de Swaps

- É um contrato derivativo no qual as partes trocam os indexadores de


operações ativas e passivas sem trocar o principal.
- Exemplo: uma empresa com dívida corrigida pelo dólar, temendo uma alta da
taxa de câmbio, pode trocar o indexador do passivo por uma taxa pré, por
exemplo. Assim, se as taxas de câmbio subirem no período a perda que a
empresa tem será compensada por um ganho financeiro na operação de swap.
- No swap, o valor do principal não é pago, pois constitui somente um valor
para base de cálculo.
- A liquidação financeira é feita por diferença entre os valores a pagar e a
receber.
- Os swaps não são negociados em bolsa, sendo tipicamente uma operação do
mercado de balcão pois se adequa às necessidades específicas de cada
agente.
- O agente interessado em trocar o indexador normalmente procura uma
instituição financeira, que monta a operação.
- Portanto, são livremente pactuado entre as partes.

QUIZ 4 – ANOTAÇÕES

- Os gestores de um fundo de investimentos do BB decidiram realizar uma


operação com derivativos que consistia na compra de um lote de ações
incluindo o pagamento de um prêmio que dá ao fundo o direito de vender esse
lote em data futura, predeterminada e por preço certo. Nesse caso, a
denominação correta dessa operação é mercado de opções .

- O risco dos contratos futuros é assumido pelo especulador.


- Um importador brasileiro que busca no mercado futuro proteção contra o risco
de uma desvalorização cambial, assume uma posição de hedger.

- Sobre o mercado futuro:


- Uma operação de mercado futuro envolve um compromisso de compra
ou venda de determinado ativo em certa data futura, sendo previamente
fixado o preço do objeto transacionado.
- Os preços praticados entre compradores e vendedores são livremente
negociados no âmbito das bolsas de valores.
- O comprador de um ativo no mercado futuro acredita que na sua
valorização em relação ao preço à vista e o vendedor, ao contrário,
aposta na sua desvalorização futura.
- O mercado de capitais tem por objetivo principal promover a conversão de
ativos líquidos em investimento, por meio da canalização de recursos dos
agentes compradores para as empresas privadas. A fim de atingir esse
objetivo, estão disponíveis várias formas de acesso e vários produtos do
mercado de capitais. O patrimônio de um fundo de investimento imobiliário
pode ser formado por um ou mais imóveis, parte de imóveis ou direitos a eles
relativos.

- Uma empresa resgatou parte dos recursos que mantinha em um fundo de


investimentos do Banco do Brasil (BB) para investir em um novo projeto de
expansão de suas unidades comerciais. Nesse caso, do ponto de vista do
projeto que se pretende iniciar, a remuneração média do fundo de
investimentos é denominada: custo de oportunidade.

- Nos fundos ativos, o objetivo é superar um índice de referência.

- Nos fundos passivos, o objetivo é acompanhar (replicar) um índice de


referência.

- Em um fundo de investimento, a rentabilidade da cota é igual para todos os


investidores.
3. FUNDOS DE INVESTIMENTOS

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