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INSTITUTO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL, IP

CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE BRAGANÇA


CURSO: 15.0170 – OPERADOR(A) DE LOGÍSTICA
FORMADORA: SUSANA TRIGO

UFCD: 0408– LEGISLAÇÃO DE APOIO À OPERAÇÃO EM ARMAZÉM


1. Normas e procedimentos de recursos humanos
1.1.Pessoais
▪ do operador (*)
▪ Saúde do operador
▪ Outros (Uniforme, EPIs, documentos a preencher pelo operador, entre outros)

(*) Ver Normas de Procedimento do Operador

a) Princípios gerais de saúde e segurança do operador

Existem muitos perigos genéricos que podem surgir durante o procedimento de


inspeção e amostragem. Há igualmente riscos específicos para determinadas
mercadorias.

É preciso adotar uma atitude pró-ativa para proteger a nossa própria segurança
(enquanto trabalhadores) e a das pessoas que trabalham connosco, ou pelas quais
somos responsáveis.

Devemos, também, certificar-nos de que não expomos os outros a maiores riscos,


quer através da contaminação das mercadorias, quer em resultado das nossas
próprias ações, ao deixar as mercadorias numa situação de perigo.

b) Procedimentos de saúde e segurança do operador

As boas práticas de saúde e segurança são da responsabilidade de todos. A


legislação nacional impõe a forma como são aplicadas as políticas de saúde e
segurança. No entanto, a título de orientação, cada sistema deverá incluir:

• uma declaração da sua linha de orientação em termos da responsabilidade


individual e empresarial em matéria de segurança;
• um conjunto de avaliações dos riscos para os locais e os trabalhos em curso,
identificando os perigos e as contramedidas;
• guias de práticas de trabalho seguras com recomendações específicas sobre
procedimentos seguros para a execução das atividades;
• um procedimento de notificação de acidentes que permita retirar ensinamentos
do sucedido, que serão, por sua vez, transpostos para as avaliações dos riscos e para
os guias de práticas de trabalho seguras;
• revisões regulares, a fim de garantir que as avaliações dos riscos e os guias de
práticas de trabalho seguras sejam mantidos atualizados (pelo menos anualmente —
ou na sequência de qualquer mudança que afete a saúde e a segurança).

Quando se desenvolvem atividades profissionais em ambientes perigosos, é boa


prática trabalhar em equipas de pelo menos duas pessoas. Também é possível
funcionar com um sistema de entreajuda, em que dois funcionários sejam
responsáveis pela segurança um do outro. Uma formação de base em matéria de
primeiros socorros ministrada a todo o pessoal permitirá que cada trabalhador possa
auxiliar rapidamente qualquer colega em dificuldades.

b.1) Avaliações dos riscos

As avaliações dos riscos podem referir-se tanto a instalações como a procedimentos.


Devem abranger todos os possíveis riscos e contramedidas. As avaliações dos riscos
devem ser efetuadas para cada local onde a amostragem tem lugar. Serão
necessárias avaliações de risco adicionais para determinados tipos de mercadorias
que representem um perigo específico (por exemplo, cereais a granel —
sensibilizante respiratório).
Uma avaliação dos riscos consiste num processo de gestão e controlo da saúde e
segurança mediante:

• a identificação da situação de perigo;


• a avaliação do risco;
• a introdução de medidas preventivas e de proteção para reduzir ou eliminar o
risco;
• a revisão das medidas de controlo para garantir que continuam a ser adequadas.

Deverão estar acessíveis a qualquer pessoa que entre ou trabalhe na área em


questão cópias das avaliações dos riscos, que devem ser revistas anualmente, ou
sempre que ocorra qualquer alteração que afete as instalações ou o procedimento.

As avaliações dos riscos genéricas podem ser utilizadas como base para as
avaliações dos riscos locais. A sua administração nacional pode utilizar formulários ou
procedimentos diferentes, mas o princípio é o mesmo. Orientações adicionais sobre a
avaliação dos riscos podem ser consultadas no seguinte endereço:
http://osha.europa.eu/en/topics/riskassessment/guidance.pdf
b.2) Eliminação dos resíduos ou das mercadorias deterioradas produzidas durante o
procedimento de amostragem

Muitos procedimentos de amostragem produzirão mercadorias ou matérias que se


encontram deterioradas ou que não são utilizados como parte da amostra, mas que
não podem ser devolvidos à remessa. Cada caso deve ser considerado à luz dos
seguintes critérios:

• Saúde e Segurança — derrames ou frações não utilizadas dos óleos, bebidas


espirituosas e substâncias químicas perigosas extraídos da remessa devem ser
eliminados com segurança, tendo em conta eventuais informações sobre a FDSM;
• Higiene alimentar — as quantidades não utilizadas de amostras de géneros
alimentícios devem ser eliminadas para que não entrem na cadeia alimentar nem
contaminem o abastecimento de água e o saneamento. Esses géneros alimentícios
eliminados devem ser protegidos dos roedores ou de outros animais afins;
• Orientações nacionais e procedimentos locais (nas instalações do operador) com
indicações específicas relativas a derrames e resíduos.

1.2. Coletivos
▪ Mapas de pessoal, férias e horário de trabalho
▪ Manuais de procedimentos
▪ Livros de instruções e manutenção dos equipamentos
▪ Formas de divulgação/Comunicação (ex. Ordens de serviço)
▪ Registos diversos de mercadorias

1.3. Direitos e obrigações (Principais normas de direito do trabalho)

1.4. Direitos e obrigações do trabalhador

1.5. Direitos e obrigações do empregador

Direito do trabalho é o conjunto de normas jurídicas que regem as relações entre


empregados e empregadores, os direitos e deveres de cada uma das partes.

O Código do Trabalho é a base jurídica que rege as relações laborais em Portugal entre
trabalhadores e entidades empregadoras.
Contrato (individual) de trabalho:

ontrat Contrato de Trabalho e Contrato de Prestação de Serviços

Contrato de trabalho é aquele pelo qual uma pessoa se obriga, mediante retribuição, a prestar a
sua atividade a outra ou outras pessoas, no âmbito da organização e sob a autoridade destas.
(Art.º 11.º do CT)

Contrato de prestação de serviços é aquele em que uma das partes se obriga a proporcionar à
outra certo resultado do seu
trabalho intelectual ou manual, com ou sem retribuição.
(Art.º 1154.º do Código Civil)

As entidades empregadoras têm alguns deveres para com os seus trabalhadores e


usufruem, da mesma forma, de alguns direitos a partir do momento em que o contrato
de trabalho entra em vigor e até ao seu termo.

OBRIGRAÇÕES DO EMPREGADOR
O empregador está obrigado a:
- respeitar o trabalhador enquanto seu colaborador e a reconhecer o seu trabalho;
- retribuir-lhe um pagamento acordado entre as duas partes;
- proporcionar-lhe as necessárias condições de segurança e higiene no trabalho;
- verificar a qualidade da execução das tarefas e providenciar formas de aumentar a
produtividade dos seus empregados;
- precaver situações de risco e garantir a segurança dos trabalhadores, bem como
indemnizá-los dos prejuízos resultantes de acidentes ou doenças causados pelo
trabalho.

NAS RELAÇÕES DE TRABALHO:


DIREITOS DO TRABALHADOR
o ser tratado com igualdade no acesso ao emprego, formação e promoção profissional;
o receber retribuição, devendo ser entregue ao trabalhador documento que contenha,
entre outros elementos, a retribuição base e as demais prestações, os descontos e
deduções efetuados e o montante líquido a receber;
o trabalhar o limite máximo de 40 horas por semana e 8 horas por dia, com exceção de
situações especiais como, por exemplo, em regime de adaptabilidade;
o descansar pelo menos um dia por semana;
o receber uma retribuição especial pela prestação de trabalho noturno;
o receber uma retribuição especial pela prestação de trabalho suplementar, que varia
consoante o trabalho seja prestado em dia de trabalho ou em dia de descanso;
o gozar férias (em regra o período anual é 22 dias úteis, que pode ser aumentado até 3
dias se o trabalhador não faltar);
o receber subsídio de férias, cujo montante compreende a remuneração base e as
demais prestações retributivas e que deve ser pago antes do início do período de
férias;
o receber subsídio de Natal de valor igual a um mês de retribuição que deve ser pago
até 15 de Dezembro de cada ano;
o recorrer à greve para defesa dos seus interesses;
o ser protegido na maternidade e paternidade (a trabalhadora tem direito a uma
licença por maternidade de 120 dias consecutivos, podendo optar por uma licença
de 150 dias);
o segurança no emprego, sendo proibidos os despedimentos sem justa causa, ou por
motivos políticos ou ideológicos;
o regime especial caso seja trabalhador estudante;
o constituir associações sindicais para defesa e promoção dos seus interesses sócio-
profissionais;
o receber por escrito do empregador informações sobre o seu contrato de trabalho
como, por exemplo, a identificação do empregador, o local de trabalho, a categoria
profissional, a data da celebração do contrato, a duração do contrato se este for
celebrado a termo, o valor e periodicidade da retribuição (normalmente mensal), o
período normal de trabalho diário e semanal, o instrumento de regulamentação
coletiva aplicável, quando seja o caso.
.

DEVERES DO TRABALHADOR
o respeitar e tratar com educação o empregador, os companheiros de trabalho e as
demais pessoas com quem estabeleça relações profissionais;
o comparecer ao serviço com assiduidade e pontualidade;
o realizar o trabalho com zelo e diligência;
o cumprir as ordens do empregador em tudo o que respeite à execução do trabalho,
salvo na medida em que se mostrem contrárias aos seus direitos e garantias;
o guardar lealdade ao empregador, nomeadamente não negociando por conta
própria ou alheia em concorrência com ele, nem divulgando informações referentes à
sua organização, métodos de produção ou negócios;
o velar pela conservação e boa utilização dos bens relacionados com o seu trabalho
que lhe forem confiados pelo empregador;
o promover ou executar todos os atos tendentes à melhoria da produtividade da
empresa.

EM MATÉRIA DE SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO


DIREITOS DO TRABALHADOR
o trabalhar em condições de segurança e saúde;
o receber informação sobre os riscos existentes no local de trabalho e medidas de
proteção adequadas;
o ser informado sobre as medidas a adotar em caso de perigo grave e iminente,
primeiros socorros, combate a incêndios e evacuação de trabalhadores;
o receber formação adequada em matéria de segurança e saúde no trabalho
aquando da contratação e sempre que exista mudança das condições de trabalho;
o ser consultado e participar em todas as questões relativas à segurança e saúde no
trabalho;
o ter acesso gratuito a equipamentos de proteção individual;
o realizar exames médicos antes da sua contratação e depois periodicamente;
o receber prestação social e económica em caso de acidente de trabalho ou doença
profissional;
o afastar-se do seu posto de trabalho em caso de perigo grave e iminente;
o possuir o mesmo nível de proteção em matéria de segurança e saúde,
independentemente de ter um contrato sem termo ou com carácter temporário;
o recorrer às autoridades competentes (Autoridade para as Condições do Trabalho e
Tribunais de Trabalho).
.DEVERES DO TRABALHADOR
o cumprir as regras de segurança e saúde no trabalho e as instruções dadas pelo
empregador;
o zelar pela sua segurança e saúde e por todos aqueles que podem ser afetados pelo
seu trabalho;
o utilizar corretamente máquinas, aparelhos, instrumentos, substâncias perigosas e outros
equipamentos e meios colocados à sua disposição;
o respeitar as sinalizações de segurança;
o cumprir as regras de segurança estabelecidas e utilizar corretamente os equipamentos
de proteção coletiva e individual;
o contribuir para a melhoria do sistema de segurança e saúde existente no seu local de
trabalho;
o comunicar de imediato superiormente todas as avarias e deficiências por si detetadas;
o contribuir para a organização e limpeza do seu posto de trabalho;
o tomar conhecimento da informação e participar na formação sobre segurança e
saúde;
o comparecer aos exames médicos;
o prestar informações que permitam avaliar a sua aptidão física e psíquica para o
exercício das funções que lhe são atribuídas.

2. Normas e procedimentos - segurança alimentar


o Locais de armazenamento
o Temperaturas
o Segurança
o Acondicionamento e manuseamento das diversas mercadorias

O bem-estar, o conforto, a saúde e a segurança dos clientes de uma empresa deverão ser
considerados valores essenciais.

2.1. Armazenamento de matérias-primas e produtos acabados


O armazenamento compreende a manutenção de produtos e ingredientes num ambiente que
proteja sua integridade e qualidade.
Produtos acabados e matérias-primas devem ser armazenados segundo as boas práticas
respetivas, de modo a impedir a contaminação e/ou a proliferação de microorganismos e
proteger contra a alteração/danos do recipiente ou embalagem.
Durante todo o período do armazenamento deve ser exercida uma inspeção sistemática dos
produtos acabados, a fim de que somente sejam expedidos alimentos aptos para ao consumo
humano e sejam cumpridas as especificações de armazenamento quando existirem.
A utilização do check-list visa orientar estes procedimentos, averiguando inconformidades que,
caso existam, requisitam que as medidas corretivas pertinentes sejam
implementadas.

2.2. Armazenamento sob congelamento


Os alimentos são armazenados a temperatura igual ou inferior a 0ºC.
Devem ser observadas as recomendações dos fabricantes especificadas no rótulo.
Quanto mais baixa for a temperatura mais reduzida será a ação química, enzimática e o
crescimento microbiano.
O congelamento além de impedir que a maior parte da água presente seja aproveitada pelos
microrganismos, devido a formação de gelo, aumentará a concentração das substâncias
dissolvidas na água não congelada.
A atividade enzimática é ainda encontrada, se bem que muito lenta, em temperaturas de
congelamento. Uma temperatura suficientemente baixa irá inibir o crescimento de todos os
microrganismos.

2.3. Armazenamento sob refrigeração


A refrigeração pode ser usada como meio de conservação temporária até que se aplique outro
método de conservação.
A maior parte dos alimentos alteráveis pode ser conservada por refrigeração, durante um tempo
limitado O armazenamento sob refrigeração utiliza temperaturas um pouco
acima do ponto de congelação. Nesta etapa os alimentos são armazenados em temperaturas
entre 0º e 10º C, de acordo com as recomendações dos fabricantes.
2.4. Armazenamento à temperatura ambiente
Para os alimentos que não necessitam de condições especiais de temperatura para a
armazenagem, devem ser observadas as especificações do produto e recomendações dos
fabricantes.

2.5. Boas práticas de armazenagem – recomendações

Áreas externas
As áreas externas devem ser mantidas livres de entulhos, sucatas e materiais fora de uso.
A área à volta das construções devem estar calçadas junto às paredes na largura de pelo menos
1,0m.
As passagens vizinhas às calçadas ou paredes devem ser mantidas livres e limpas, para facilitar o
controlo de pragas.
A grama, quando existir, deve ser mantida aparada com o objetivo de não se constituir num foco
de proliferação de pragas.
As áreas externas devem ser iluminadas com lâmpadas de vapor de sódio e instaladas em locais
distantes das portas de modo a não ser fator de atratividade de insetos noturnos para
os prédios e suas entradas.
O local de armazenagem deve possibilitar a carga e descarga dos veículos de modo a preservar
as condições de temperatura e humidade do ambiente requeridas pelo produto.

Áreas internas (edifícios)


O local de armazenagem deve ser fresco, ventilado e iluminado.
As áreas de armazenagem devem ser mantidas limpas, livres de resíduos e sujeiras para evitar a
presença e aninhamento de insetos e roedores.
As áreas de armazenagem devem permanecer livres de ratos, morcegos e pássaros e devem ser
periodicamente higienizadas e desinfetadas com produtos apropriados.
Deve existir área própria e isolada do armazém principal para os produtos recolhidos ou
destinados à inutilização.
Os ralos internos devem ser evitados. Se necessários, devem ser isolados e tampados para não
permitir a entrada de pragas e para evitar maus odores.
O teto deve ser isento de vazamentos e goteiras; deve ser evitada a utilização de telhas que
permitam a ocorrência de respingos.
O piso deve estar em nível elevado em relação à rua para permitir o escoamento da água.
Os pisos deverão ser construídos sem inclinação para permitir a construção de pilhas altas sem o
risco de tombamento.
O piso deverá ser construído com material resistente à abrasão.
O piso e as paredes devem ser mantidos secos e sem infiltrações.
Todas as lâmpadas devem possuir proteção plástica para que, em possíveis estouros, não caiam
pedaços de vidro sobre o alimento, além da possibilidade de causar ferimentos aos
funcionários.
Devem ser evitadas ligações elétricas expostas e vidros quebrados.
Os lavatórios e os sanitários devem ser separados das áreas de armazenamento de alimentos.
Entre tetos e paredes não devem existir aberturas, para evitar a entrada de pragas, tampouco
bordas que facilitem a formação de ninhos.
As janelas devem ser providas de telas removíveis para facilitar a sua limpeza e higienização e
evitar a entrada de insetos, roedores, pássaros e morcegos.
As telas devem estar fixadas pela parte interna da construção.
A malha das telas devem ser de 1,0 mm.
Clarabóias ou outros materiais de vidro devem ser de tipo que
garantam a segurança evitando a contaminação dos alimentos em caso de quebra.
As portas e acessos devem ser mantidos fechados e com altura máxima de 1,0cm do piso.
Se necessário, devem instalar-se cortinas de ar ou cortinas plásticas.
A temperatura de armazenamento das matérias-primas, deve ser compatível com a
recomendação do fabricante.
2.6. RECOMENDAÇÕES DE ARMAZENAGEM

Na receção deve ser realizada uma inspeção de acordo com as instruções e os planos
estabelecidos, escritos e documentados (recebimento, amostragem, análise e descarga).
Os procedimentos devem prever a identificação do material do produto, indicando a condição da
inspeção, ou seja, aguardando análise, aprovado ou rejeitado (ou equivalente).
Esta identificação deve ser feita na receção.
As instruções para a armazenagem, o prazo ou data de validade e a temperatura de
conservação, quando estabelecidas pelo fabricante e constantes dos rótulos, devem
ser rigorosamente respeitadas e produtos em desacordo com os mesmos não devem ser
utilizados ou comercializados.
Adotar o sistema PVPS (primeiro que vence primeiro que sai) para matéria-prima, produto ou
embalagem.
A disposição dos produtos deve obedecer a data de fabricação, sendo que os produtos de
fabricação mais antiga são posicionados, de forma a serem consumidos em primeiro
lugar.
Nunca utilizar produtos vencidos. Os alimentos devem ser mexidos com utensílios
apropriados exclusivos e após sua utilização, as embalagens devem ser fechadas
adequadamente.
Todos os produtos devem estar adequadamente identificados e protegidos contra contaminação.
Na impossibilidade do rótulo original do produto as informações devem ser
transcritas em etiquetas.
Alimentos que necessitem serem transferidos de suas embalagens originais devem ser
acondicionados de forma que se mantenham protegidos, em contentores descartáveis ou
outro adequado para guarda de alimentos, devidamente higienizados.
As informações do rótulo devem ser transcritas em etiquetas.
O armazenamento deve ser feito de tal forma, que não permita que a carga, matéria-prima,
embalagem ou produto, receba luz solar direta. As caixas devem ser manuseadas com cuidado,
evitando-se arremessá-las, ou arrastá-las.
Não sentar nas caixas ou caminhar sobre as mesmas. Deve evitar- se submeter as caixas de
alimentos a peso excessivo.
Observar a altura de empilhamento adequada.
É proibido a entrada de caixas de madeira dentro da área de armazenamento e manipulação.
Caixas de papelão não devem permanecer nos locais de armazenamento sob refrigeração ou
congelamento, a menos que haja um local exclusivo para produtos contidos nestas embalagens
(exemplo: câmara frigorífica exclusiva) a fim de se evitar contaminação cruzada.
Alimentos ou recipientes com alimentos não devem estar em contato com o piso e sim apoiados
sobre estrados ou prateleiras das estantes.
Jamais se deve depositá-los diretamente sobre o piso.
As prateleiras devem ter afastamento mínimo de 60cm do forro e 35cm das paredes, sempre que
possível, sendo 10cm o mínimo aceitável. Evitar o uso de madeira (incluindo paletes).
É praticamente impossível a adequada limpeza e sanificação da madeira após contato com a
água.
Os estrados e prateleiras devem estar limpos e secos e em bom estado de conservação.
As instruções sobre empilhamento, quando existentes, devem ser rigorosamente respeitadas.
O empilhamento deve ser bem alinhado, em blocos regulares, os menores possíveis e atender as
recomendações do fabricante.
Manter os paletes com matéria-prima ou embalagens, com afastamento mínimo de 50cm das
paredes para evitar humidade e facilitar a limpeza, amostragem e movimentações, controle de
pragas e ações em caso de incêndio.
Manter os paletes com afastamento de 30 cm entre si e 20 cm do piso.
Os estrados, caixas e materiais danificados, incompletos ou fora de uso devem ser retirados das
áreas de armazenamento.
Qualquer anormalidade deve ser comunicada ao técnico responsável ou setor competente.
Todo o material suspeito deve ser inspecionado e examinado antes da liberação.
Caso se constate anormalidade que não possa ser contornada com reprocesso, todo o material
deve ser destruído e descartado independente da quantidade. Produto a ser reprocessado deve
ser estocado em local específico separado do produto acabado.
Os produtos destinados a devolução devem ser colocados em locais apropriados, separados da
área de armazenamento e manipulação, limpos, organizados, identificados e agrupados
por fabricante e acondicionados em sacos fechados.
Não armazenar alimentos junto a produtos químicos, de higiene, de limpeza e perfumaria, para
evitar contaminação ou impregnação com odores estranhos.
Detergentes, substâncias sanitárias ou solventes de uso local devem ser identificados e
guardados em lugar específico, fora da área de armazenamento.
Produtos descartáveis também devem ser mantidos separados dos itens citados anteriormente.
Fumar somente em locais apropriados, fora das áreas de armazenagem de alimentos.

2.7. ARMAZENAMENTO DE ALIMENTOS CONGELADOS E FRESCOS

O local de armazenagem de frescos e congelados deve ser dotado de equipamentos adequados


para a manutenção constante das condições de temperatura e humidade do ar
necessárias à adequada conservação do alimento.
O local de armazenamento para alimentos frios e congelados deve ser dotado de instrumentos
que permitam controlo (e preferencialmente registo) das condições de temperatura e humidade
do ar.
Frequentes avaliações da temperatura devem ser conduzidas, preferencialmente com
termógrafos ou dispositivos que monitorem continuamente a temperatura de armazenamento.
A velocidade do ar em câmaras frias deve ser moderada e não mais que o necessário para atingir
temperaturas suficientemente uniformes dentro da câmara. Os produtos devem ser empilhados
de modo a não impedir a circulação de ar.
Nas câmaras frias deve estabelecer-se um programa de descongelamento, limpeza e
manutenção de modo a evitar o acumular de gelo e obstrução dos difusores de ar.
Devem ser fornecidas roupas apropriadas para a manipulação de produtos nas câmaras frias.
As portas e acessos das câmaras devem ser providas de cortinas de ar ou de cortinas plásticas.

https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Repositorio/doc42-2000_000gc3pwvir02wx5ok01dx9lc7w0my81.pdf
3. Normas e procedimentos de transportes
Documentação obrigatória na circulação da mercadoria
▪ Guias de remessa
▪ Certificados de origem
▪ Certificados veterinários
▪ Outros certificados oficiais

Guias de Remessa
A guia de remessa/transporte é um documento essencialmente logístico que se associa ao envio e transporte
de mercadorias ou prestação de serviços.
Estes dois documentos têm um efeito logístico e não financeiro/contabilístico, no entanto diferem em
termos de finalidade e no contexto em que são utilizados. A guia de remessa indica que ocorreu o envio de
mercadoria, enquanto que a guia de transporte serve para acompanhar a mercadoria durante o seu
transporte. (http://www.sydfact.com/doc/guias)

DECRETO – LEI N.º 147/2003, DE 11 DE JULHO

O regime regulador dos documentos que devem


acompanhar as mercadorias em circulação que ora se
substitui datava de 1989, sem que até agora tivesse tido
qualquer revisão sensível.
A evolução entretanto verificada nos regimes tributários
substantivos e, mais recentemente, as profundas
modificações operadas no quadro sancionatório das
infrações fiscais impunham uma revisão profunda do regime
em causa no sentido não apenas de o adequar a tais quadros
normativos mas também de atualizar algumas das soluções
normativas que ao tempo nele foram acolhidas.
(…)
Em consequência do referido e da experiência adquirida,
tornou-se evidente a necessidade de proceder à sua
substituição, de modo a eliminar, tanto quanto possível,
situações menos justas e, simultaneamente, tornar a sua
aplicação mais precisa e flexível, sem prejuízo da eficácia a
atingir no campo do combate à fraude e evasão fiscal,
especialmente na área do imposto sobre o valor
acrescentado, que se pretende agora incrementada e
substancialmente mais abrangente. É também por isso que a
vertente sancionatória por infrações às obrigações
emergentes do diploma deixa de ser autonomamente
consagrada para passar a ser disciplinada pelo Regime Geral
das Infrações Tributárias.
Assim:

Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

Artigo 1.º
Objeto

É aprovado o regime de bens em circulação objeto de transações entre sujeitos passivos de IVA, nomeadamente
quanto à obrigatoriedade e requisitos dos documentos de transporte que os acompanham, anexo ao presente
diploma e que dele faz parte integrante.

(…)

Artigo 11.º
Entrada em vigor
O presente diploma entra em vigor em 1 de janeiro de 2013.
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 18 de julho de 2012. Pedro Passos Coelho - Luís Filipe Bruno da
Costa de Morais Sarmento.
Promulgado em 16 de agosto de 2012.
Publique-se.
O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.
Referendado em 21 de agosto de 2012.
O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho.
ANEXO

(a que se refere o artigo 10.º do Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto)


REPUBLICAÇÃO DO DECRETO – LEI N.º 147/2003, DE 24 DE JULHO
REGIME DE BENS EM CIRCULAÇÃO
OBJETO DE TRANSAÇÕES ENTRE SUJEITOS PASSIVOS DE IVA
Artigo 1.º
Âmbito de aplicação

Todos os bens em circulação, em território nacional, seja qual for a sua natureza ou espécie, que sejam objeto
de operações realizadas por sujeitos passivos de imposto sobre o valor acrescentado deverão ser
acompanhados de documentos de transporte processados nos termos do presente diploma.

Artigo 2.º
Definições

1 - Para efeitos do disposto no presente diploma considera-se:


a) ‘Bens’, os que puderem ser objeto de transmissão ou de prestação de serviços nos termos dos artigos
3.º e 4.º, ambos do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado; (Redação da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de
dezembro)
b) «Documento de transporte» a fatura, guia de remessa, nota de devolução, guia de transporte ou
documentos equivalentes;
c) «Valor normal» o preço de aquisição ou de custo devidamente comprovado pelo sujeito passivo ou, na falta
deste o valor normal determinado nos termos do n.º 4 do artigo 16.º do Código do Imposto sobre o Valor
Acrescentado;
d) ‘Remetente’, a pessoa singular ou coletiva ou entidade fiscalmente equiparada que, por si ou através de
terceiros em seu nome e por sua conta, coloca os bens à disposição do transportador para efetivação do
respetivo transporte ou de operações de carga, o transportador quando os bens em circulação lhe
pertençam ou, ainda, outros sujeitos passivos quando os bens em circulação sejam objeto de prestação de
serviços por eles efetuada; (Redação da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de dezembro)
e) «Transportador» a pessoa singular ou coletiva ou entidade fiscalmente equiparada que, recebendo do
remetente ou de anterior transportador os bens em circulação, realiza ou se propõe realizar o seu transporte
até ao local de destino ou de transbordo ou, em caso de dúvida, a pessoa em nome de quem o veículo
transportador se encontra registado, salvo se o mesmo for objeto de um contrato de locação financeira,
considerando-se aqui o respetivo locatário;
f) «Transportador público regular coletivo» a pessoa singular ou coletiva ou entidade fiscalmente equiparada
que exerce a atividade de exploração de transportes coletivos e que se encontra obrigada ao cumprimento
de horários e itinerários nas zonas geográficas que se lhes estão concessionadas;
g) «Destinatário ou adquirente» a pessoa singular ou coletiva ou entidade fiscalmente equiparada a quem os
bens em circulação são postos à disposição;
h) «Local de início de transporte ou de carga» o local onde o remetente tenha entregue ou posto à disposição
do transportador os bens em circulação, presumindo-se como tal o constante no documento de transporte,
se outro não for indicado;
i) «Local de destino ou descarga» o local onde os bens em circulação forem entregues ao destinatário,
presumindo-se como tal o constante no documento de transporte, se outro não for indicado;
j) «Primeiro local de chegada» o local onde se verificar a primeira rutura de carga.

2 - Para efeitos do disposto no presente diploma:


a) Consideram-se «bens em circulação» todos os que se encontrem fora dos locais de produção, fabrico,
transformação, exposição, dos estabelecimentos de venda por grosso e a retalho ou de armazém de retém,
por motivo de transmissão onerosa, incluindo a troca, de transmissão gratuita, de devolução, de afetação a
uso próprio, de entrega à experiência ou para fins de demonstração, ou de incorporação em prestações de
serviços, de remessa à consignação ou de simples transferência, efetuadas pelos sujeitos passivos referidos
no artigo 2.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado;
b) Consideram-se ainda ‘bens em circulação’ os bens encontrados em veículos nos atos de descarga ou
transbordo mesmo quando tenham lugar no interior dos estabelecimentos comerciais, lojas, armazéns ou
recintos fechados que não sejam casa de habitação, bem como os bens expostos para venda em feiras e
mercados a que se referem a Lei n.º 27/2013, de 12 de abril, e o Decreto-Lei n.º
173/2012, de 2 de agosto. (Redação da Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro)
Artigo 3.º Exclusões

1 - Excluem-se do âmbito do presente diploma:

a) Os bens manifestamente para uso pessoal ou doméstico do próprio;


b) Os bens provenientes de retalhistas, sempre que tais bens se destinem a consumidores finais que
previamente os tenham adquirido, com exceção dos materiais de construção, artigos de mobiliário, máquinas
elétricas, máquinas ou aparelhos recetores, gravadores ou reprodutores de imagem ou de som, quando
transportados em veículos de mercadorias;
c) Os bens registados como ativo fixo tangível do remetente; (Redação da Lei n.º
82-B/2014, de 31 de dezembro)
d) Os bens provenientes de produtores agrícolas, apícolas, silvícolas, de aquicultura ou de pecuária resultantes
da sua própria produção e os bens que manifestamente se destinem a essa produção, transportados pelo
próprio ou por sua conta; (Redação da Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro)
e) Os bens dos mostruários entregues aos pracistas e viajantes, as amostras destinadas a ofertas de pequeno
valor e o material de propaganda, em conformidade com os usos comerciais e que, inequivocamente, não se
destinem a venda;
f) Os filmes e material publicitário destinados à exibição e exposição nas salas de espetáculos
cinematográficos, quando para o efeito tenham sido enviados pelas empresas distribuidoras, devendo estas
fazer constar de forma apropriada nas embalagens o respetivo conteúdo e a sua identificação fiscal;
g) Os veículos automóveis, tal como se encontram definidos no Código da
Estrada, com matrícula definitiva;

h) As taras e embalagens retornáveis;


i) Os resíduos urbanos, cuja gestão é assegurada pelos municípios nos termos do Regime Geral de Gestão de
Resíduos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de setembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 173/2008,
de 26 de agosto, pela Lei n.º 64-A/2008, de 31 de dezembro, e pelos Decretos-Leis n.ºs 183/2009, de 10 de
agosto, 73/2011, de 17 de junho, e 127/2013, de 30 de agosto, provenientes das recolhas efetuadas por
aqueles, no âmbito das suas competências, ou por outras entidades a prestar o mesmo serviço; (Redação da Lei
n.º 82-B/2014, de 31 de dezembro)
j) Os resíduos hospitalares sujeitos a guia de acompanhamento nos termos do artigo 21.º do Decreto –Lei n.º
178/2006, de 5 de setembro, alterado pelo Decreto –Lei n.º 173/2008, de 26 de agosto, pela Lei n.º 64 -A/2008,
de 31 de dezembro, e pelos Decretos -Leis n.os 183/2009, de 10 de agosto, e 73/2011, de 17 de junho; (Redação
da Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro)
l) Os bens a entregar aos respetivos utentes por instituições particulares de solidariedade social ou outras
entidades no âmbito de acordos outorgados com o sistema de segurança social; (Redação da Lei n.º 83-C/2013, de
31 de dezembro)
m) Os bens recolhidos no âmbito de campanhas de solidariedade social efetuadas por organizações sem fins
lucrativos; (Redação da Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro)
n) Os bens resultantes ou necessários à prossecução das atividades desenvolvidas por entidades do sector
empresarial local ou do Estado que se dediquem à gestão de sistemas de abastecimento de água, de
saneamento ou de resíduos urbanos. (Redação da Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro)

2 - Encontram-se ainda excluídos do âmbito do presente diploma:


a) Os produtos sujeitos a impostos especiais de consumo, tal como são definidos no artigo 5.º do Código dos
Impostos Especiais de Consumo, aprovado em anexo ao Decreto-Lei n.º 73/2010, de 21 de junho, quando
circularem em regime suspensivo nos termos desse mesmo Código; (Redação da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de
dezembro)
b) Os bens respeitantes a transações intracomunitárias a que se refere o Decreto-
Lei n.º 290/92, de 28 de dezembro;

c) Os bens respeitantes a transações com países ou territórios terceiros quando em circulação em território
nacional sempre que sujeitos a um destino aduaneiro, designadamente os regimes de trânsito e de
exportação, nos termos do Regulamento (CEE) n.º 2913/92, do Conselho, de 12 de outubro;
d) Os bens que circulem por motivo de mudança de instalações do sujeito passivo, desde que o facto e a data
da sua realização sejam comunicados às direções de finanças dos distritos do itinerário, com pelo menos oito
dias úteis de antecedência, devendo neste caso o transportador fazer-se acompanhar de cópia dessas
comunicações.

3 - Relativamente aos bens referidos nos números anteriores, não sujeitos à obrigatoriedade de documento de
transporte nos termos do presente diploma, sempre que existam dúvidas sobre a legalidade da sua
circulação, pode exigir-se prova da sua proveniência e destino.
4 - A prova referida no número anterior pode ser feita mediante a apresentação de qualquer documento
comprovativo da natureza e quantidade dos bens, sua proveniência e destino.

Artigo 4.º
Documentos de transporte

1 - As faturas devem conter obrigatoriamente os elementos referidos no n.º 5 do artigo 36.º do Código do
Imposto sobre o Valor Acrescentado.
2 - Sem prejuízo do disposto no n.º 6 do presente artigo, as guias de remessa ou documentos equivalentes
devem conter, pelo menos, os seguintes elementos:
a) Nome, firma ou denominação social, domicílio ou sede e número de identificação fiscal do remetente;
b) Nome, firma ou denominação social, domicílio ou sede do destinatário ou adquirente;
c) Número de identificação fiscal do destinatário ou adquirente, quando este seja sujeito passivo, nos termos
do artigo 2.º do Código do Imposto sobre o Valor
Acrescentado;
d) Designação comercial dos bens, com indicação das quantidades.
3 - Os documentos de transporte referidos nos números anteriores cujo conteúdo não seja processado por
computador devem conter, em impressão tipográfica, a referência à autorização ministerial relativa à
tipografia que os imprimiu, a respetiva numeração atribuída e ainda os elementos identificativos da tipografia,
nomeadamente a designação social, sede e número de identificação fiscal.
4- As faturas, guias de remessa ou documentos equivalentes devem ainda indicar os locais de carga e descarga,
referidos como tais, e a data e hora em que se inicia o transporte.

5- Na falta de menção expressa dos locais de carga e descarga e da data do início do transporte, presumir-se-ão
como tais os constantes do documento de transporte.

6 - Os documentos de transporte, quando o destinatário ou os bens a entregar em cada local de destino não
sejam conhecidos na altura da saída dos locais referidos no n.º 2 do artigo 2.º, são processados globalmente,
nos termos referidos nos artigos 5.º e 8.º, e impressos em papel, devendo proceder -se do seguinte modo à
medida que forem feitos os fornecimentos: (Redação da Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro)

a) No caso de entrega efetiva dos bens, os documentos previstos no presente diploma, bem como a fatura
simplificada a que se refere o n.º 1 do artigo 40.º do Código do IVA, devem ser processados em duplicado,
utilizando-se o duplicado para justificar a saída dos bens; (Redação da Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro)
b) No caso de saída de bens a incorporar em serviços prestados pelo remetente dos mesmos, deve a mesma ser
registada em documento próprio, processado por uma das vias previstas no n.º 1 do artigo 5.º, nomeadamente
folha de obra ou outro documento equivalente. (Redação da Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro)
7 - Nas situações referidas nas alíneas a) e b) do número anterior, deve sempre fazer-se referência ao respetivo
documento global.

8 - As alterações ao destinatário ou adquirente, ou ao local de destino, ocorridas durante o transporte, ou a não


aceitação imediata e total dos bens transportados, obrigam à emissão de documento de transporte adicional em
papel, identificando a alteração e o documento alterado. (Redação da Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro)

9 - No caso em que o destinatário ou adquirente não seja sujeito passivo, far -se -á menção do facto no
documento de transporte, exceto quando este for uma fatura processada nos termos e de harmonia com o
artigo 36.º do Código do IVA. (Redação da Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro)

10- Em relação aos bens transportados por vendedores ambulantes e vendedores em feiras e mercados,
destinados a venda a retalho, abrangidos pelo regime especial de isenção ou regime especial dos pequenos
retalhistas a que se referem os artigos 53.º e 60.º do Código do IVA, respetivamente, o documento de
transporte pode ser substituído pelas faturas de aquisição processadas nos termos e de harmonia com os
artigos 36.º e 40.º do mesmo Código. (Redação da Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro)

11- Os documentos referidos nas alíneas a) e b) do n.º 6 e as alterações referidas no n.º 8 são comunicados até
ao 5.º dia útil seguinte ao do transporte, por inserção no Portal das Finanças, ou por outra forma de transmissão
eletrónica de dados, a definir por portaria do membro do Governo responsável pela área das finanças. (Redação
da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de dezembro)
Artigo 5.º
Processamento dos documentos de transporte

1 - Os documentos referidos na alínea b) do n.º 1 do artigo 2.º devem ser emitidos por uma das seguintes vias:

a) Por via eletrónica, devendo estar garantida a autenticidade da sua origem e a integridade do seu conteúdo,
de acordo com o disposto no Código do IVA;
b) Através de programa informático que tenha sido objeto de prévia certificação pela Autoridade Tributária e
Aduaneira (AT), nos termos da Portaria n.º 363/2010, de 23 de junho, alterada pela Portaria n.º 22-A/2012, de
24 de janeiro;
c) Através de software produzido internamente pela empresa ou por empresa integrada no mesmo grupo
económico, que seja detentora dos respetivos direitos de autor; (Redação da Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro)
d) Diretamente no Portal das Finanças;
e) Em papel, utilizando-se impressos numerados seguida e tipograficamente. 2 - Os documentos emitidos nos
termos das alíneas b) a e) do número anterior devem ser processados em três exemplares, com uma ou mais
séries, convenientemente referenciadas. (Redação da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro)

3 - A numeração dos documentos emitidos nos termos do n.º 1 deve ser progressiva, contínua e aposta no ato
de emissão.

4 - Quando, por exigência de ordem prática, não seja bastante a utilização de um único documento dos
referidos na alínea b) do n.º 1 do artigo 2.º, deve utilizar-se o documento com o número seguinte, nele se
referindo que é a continuação do anterior.

5 - Os sujeitos passivos são obrigados a comunicar à AT os elementos dos documentos processados nos termos
referidos no n.º 1, antes do início do transporte.

6 - A comunicação prevista no número anterior é efetuada da seguinte forma:


a) Por transmissão eletrónica de dados para a AT, nos casos previstos nas alíneas a) a d) do n.º 1;
b) Através de serviço telefónico disponibilizado para o efeito, com indicação dos elementos essenciais do
documento emitido, com inserção no Portal das Finanças, até ao 5.º dia útil seguinte, nos casos da alínea e) do
n.º 1 ou, nos casos de inoperacionalidade do sistema informático da comunicação, desde que devidamente
comprovado pelo respetivo operador. (Redação da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro)

7 - Nas situações previstas na alínea a) do número anterior, a AT atribui um código de identificação ao


documento.
8 - Nos casos referidos no número anterior, sempre que o transportador disponha de código fornecido pela AT,
fica dispensado de se fazer acompanhar de documento de transporte. (Redação dada pela Lei n.º 66-B/2012, de 31
de dezembro)
9 - A AT disponibiliza no Portal das Finanças o sistema de emissão referido na alínea d) do n.º 1 e o modelo de
dados para os efeitos previstos na alínea a) do n.º 6.
10 - A comunicação prevista nos n.os 5 e 6 não é obrigatória para os sujeitos passivos que, no período de
tributação anterior, para efeitos dos impostos sobre o rendimento, tenham um volume de negócios inferior ou
igual a (euro) 100 000.
11 – Nos casos em que a fatura serve também de documento de transporte e seja emitida pelos sistemas
informáticos previstos nas alíneas a) a d) do n.º 1, fica dispensada a comunicação prevista no n.º 6, devendo a
circulação dos bens ser acompanhada da respetiva fatura emitida. (Aditado pela Lei n.º 66-B/2012, de 31 de
dezembro)

Artigo 6.º
Circuito e validade dos documentos de transporte

1 - Os documentos de transporte são processados pelos remetentes dos bens ou, mediante acordo prévio,
por terceiros em seu nome e por sua conta, antes do início da circulação nos termos do n.º 2 do artigo 2.º.
(Redação da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de dezembro)
2 - Ainda que processados nos termos do número anterior, para efeitos do presente diploma consideram-se
não exibidos os documentos de transporte emitidos por sujeito passivo que se encontre em qualquer das
seguintes situações:
a) Que não esteja registado;
b) Que tenha cessado atividade nos termos dos artigos 33.º ou 34.º do Código do IVA;
c) Que esteja em falta relativamente ao cumprimento das obrigações constantes do artigo 41.º do
Código do IVA, durante três períodos consecutivos.
3 - O disposto no número anterior aplica-se apenas aos casos em que simultaneamente se verifiquem a
qualidade de remetente e transportador.
4 - Consideram-se ainda não exibidos os documentos de transporte na posse de um sujeito passivo que,
sendo simultaneamente transportador e destinatário, se encontre em qualquer das situações referidas no
n.º 2 do presente artigo.
5 - Os exemplares dos documentos de transporte referidos no n.º 2 do artigo anterior são destinados:
a) Um, que acompanha os bens, ao destinatário ou adquirente dos mesmos;
b) Outro, que igualmente acompanha os bens, à inspeção tributária, sendo recolhido nos atos de
fiscalização durante a circulação dos bens pelas entidades referidas no artigo 13.º, e junto do
destinatário pelos serviços da AT; c) O terceiro, ao remetente dos bens.
6 - Sem prejuízo do disposto no artigo 52.º do Código do IVA, devem ser mantidos em arquivo, até ao final
do 2.º ano seguinte ao da emissão, os exemplares dos documentos de transporte destinados ao remetente
e ao destinatário, bem como os destinados à inspeção tributária que não tenham sido recolhidos pelos
serviços competentes.
7 - Nos casos referidos nas alíneas a) a d) do n.º 1 do artigo anterior, consideram-se exibidos os documentos
comunicados à AT desde que apresentado o código atribuído de acordo com o n.º 7 do mesmo artigo.
(Redação da Lei n.º 66-B/2012, de
31 de dezembro)
8 - Sempre que exigidos os documentos de transporte ou de aquisição relativos aos bens encontrados nos
locais referidos na alínea a) do n.º 2 do artigo 2.º, cujo transporte ou circulação tenha estado sujeita à
disciplina do presente diploma, e o sujeito passivo ou detentor dos bens alegue que o documento exigido
não está disponível no local, por este ser diferente da sua sede ou domicílio fiscal ou do local de
centralização da escrita, notificar-se-á aquele para no prazo de cinco dias úteis proceder à sua
apresentação, sob pena da aplicação da respetiva penalidade. 9 - Relativamente aos bens sujeitos a fácil
deterioração, o documento exigido no número anterior deve ser exibido de imediato.

10 - Se for ultrapassado o prazo estabelecido no n.º 6, considera-se exibido o documento exigido nos
termos do n.º 8 caso os bens em causa se encontrem devidamente registados no inventário final referente
ao último exercício económico.

(Redação da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de dezembro)

Artigo 7.º
Transportador

1 - Os transportadores de bens, seja qual for o seu destino e os meios utilizados para o seu
transporte, devem exigir sempre aos remetentes dos mesmos o original e o duplicado do documento
referido no artigo 1.º ou, sendo caso disso, o código referido no n.º 7 do artigo 5.º.
2 - Tratando-se de bens importados em Portugal que circulem entre a estância aduaneira de
desalfandegamento e o local do primeiro destino, o transportador deve fazer-se acompanhar, em
substituição do documento referido no número anterior, de documento probatório do desalfandegamento
dos mesmos.
3 - Quando o transporte dos bens em circulação for efetuado por transportador público regular
coletivo de passageiros ou mercadorias ou por empresas concessionárias a prestarem o mesmo serviço, o
documento de transporte ou código referido no n.º 7 do artigo 5.º pode acompanhar os respetivos bens
em envelope fechado, sendo permitida a abertura às autoridades referidas no artigo 13.º.
4 - A disciplina prevista neste artigo não se aplica ao transportador público de passageiros quando os
bens em circulação pertencerem aos respetivos passageiros.

Artigo 8.º
Impressão dos documentos de transporte

1 - A impressão tipográfica dos documentos de transporte referidos na alínea e) do n.º 1 do artigo 5.º só
pode ser efetuada em tipografias devidamente autorizadas pelo Ministro das Finanças, devendo obedecer a
um sistema de numeração unívoca.
Artigo 10.º
Aquisição de documentos de transporte

1 - A aquisição dos impressos referidos no n.º 1 do artigo 8.º é efetuada mediante requisição escrita do
adquirente utilizador, a qual contém os elementos necessários ao registo a que se refere o n.º 2 do
presente artigo.
2 - O fornecimento dos impressos é registado previamente pela tipografia autorizada, em suporte
informático, devendo conter os elementos necessários à comunicação referida no n.º 5.
3 - (…)
4 - As requisições e os registos informáticos referidos nos números anteriores devem ser mantidos em
arquivo, por ordem cronológica, pelo prazo de quatro anos.
5 - Por cada requisição dos sujeitos passivos, as tipografias comunicam à AT por via eletrónica, no Portal das
Finanças, previamente à impressão nos respetivos documentos, os elementos identificativos dos
adquirentes e as gamas de numeração dos impressos referidos no n.º 1 do artigo 8.º.
6 - A comunicação referida no número anterior deve conter o nome ou denominação social, número de
identificação fiscal, concelho e distrito da sede ou domicílio da tipografia e dos adquirentes, documentos
fornecidos, respetiva quantidade e numeração atribuída.
7 - (Revogado.)
8 - Nos casos em que os adquirentes não se encontrem registados na AT para o exercício de uma atividade
comercial, industrial ou agrícola, a AT emite, em tempo real, no Portal das Finanças, um alerta seguido de
notificação, advertindo a tipografia de que não pode proceder à impressão dos documentos, sob pena de
ser cancelada a autorização de impressão. (Aditado pela Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro)

(…)

SECÇÃO I
Infrações

Artigo 14.º
Infrações detetáveis no decurso da circulação de bens

1 - A falta de emissão ou de imediata exibição do documento de transporte ou dos documentos referidos


no artigo 1.º e no n.º 2 do artigo 7.º ou as situações previstas nos n.ºs 2 a 4 do artigo 6.º fazem incorrer os
infratores nas penalidades previstas no artigo 117.º do Regime Geral das Infrações Tributárias, aprovado
pela Lei n.º 15/2001, de 5 de junho, aplicáveis, quer ao remetente dos bens, quer ao transportador que não
seja transportador público regular de passageiros ou mercadorias ou empresas concessionárias a prestar o
mesmo serviço. (Redação da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de dezembro)
2 - As omissões ou inexatidões praticadas nos documentos de transporte referidos no artigo 1.º e no n.º 2
do artigo 7.º, que não sejam a falta de indicação do número de identificação fiscal do destinatário ou
adquirente dos bens, ou de qualquer das menções elencadas nos n.º s 4 e 8, ou ainda o não cumprimento
do disposto no n.º 7, todos do artigo 4.º, fazem incorrer os sujeitos passivos a que se refere o n.º 1 do
artigo 6.º nas penalidades previstas no artigo 117.º do Regime Geral das Infrações
Tributárias, aprovado pela Lei n.º 15/2001, de 5 de junho. (Redação da Lei n.º 83-

C/2013, de 31 de dezembro)
3 - É unicamente imputada ao transportador a infração resultante da alteração do destino final dos bens,
ocorrida durante o transporte. (Redação da Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro)
4 - Quando os bens em circulação, transportados num único veículo, provierem de mais de um remetente,
a cada remetente será imputada a infração resultante dos bens por ele remetidos.
5 - Sempre que o transportador dos bens em circulação em situação irregular não identifique o seu
remetente, ser-lhe-á imputada a respetiva infração.
6 - Consideram-se não emitidos os documentos de transporte sempre que não tenham sido observadas as
normas de emissão ou de comunicação constantes dos artigos 5.º e 8.º.
7 - Somente são aplicáveis as sanções referidas no presente artigo quando as infrações forem verificadas
durante a circulação dos bens.
8 - É sempre competente para a aplicação de coimas por infrações ao presente diploma o chefe do serviço
de finanças da área onde foram detetadas.
9 - Sempre que aplicável, considera-se falta de exibição do documento de transporte a não apresentação
imediata do código previsto no n.º 7 do artigo 5.º.

SECÇÃO II
Da apreensão

Artigo 15.º
Apreensão provisória

1 - Quando, em relação aos bens encontrados em circulação nos termos dos artigos 1.º e 3.º, as
entidades fiscalizadoras detetem indícios da prática de infração criminal, podem exigir prova da sua
proveniência ou destino, a qual deve ser imediatamente feita, sob pena de se proceder à imediata
apreensão provisória dos mesmos e do veículo transportador, nos termos do artigo 16.º. (Redação da Lei n.º
83-C/2013, de 31 de dezembro)
2 - Do auto devem obrigatoriamente constar os fundamentos que levaram à apreensão provisória,
designadamente os requisitos exigidos no número anterior. 3 - Se a prova exigida no n.º 1 não for feita de
imediato ou não for efetuada dentro de cinco dias úteis, a apreensão provisória converter-se-á em
definitiva, passando a observar-se o disposto no artigo 17.º.
4 - (Revogado.) (Redação da Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro)
Artigo 16.º
Apreensão dos bens em circulação e do veículo transportador

1 - (Revogado.) (Redação da Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro)


2 - No caso de os bens apreendidos nos termos do artigo anterior estarem sujeitos a fácil deterioração,
observa -se o disposto no Código de Processo Civil, bem como as disposições do Código de Procedimento
e de Processo Tributário, com as devidas adaptações. (Redação da Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro)
3 - Da apreensão dos bens e dos veículos será lavrado auto em duplicado ou, no caso do n.º 6 do presente
artigo, em triplicado, sendo os mesmos entregues a um fiel depositário, de abonação correspondente ao
valor normal dos bens apreendidos expressamente referido nos autos, salvo se puderem ser removidos,
sem inconveniente, para qualquer depósito público.
4 - O original do auto de apreensão é entregue no serviço de finanças da área onde foi detetada a infração,
devendo este serviço dar conhecimento imediato ao órgão de polícia criminal com competência na
matéria. (Redação da Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro)
5 - O duplicado do auto de apreensão será entregue ao fiel depositário mediante recibo.
6 - Quando o fiel depositário não for o condutor do veículo ou o transportador, será entregue a este último,
ou na sua ausência ao primeiro, um exemplar do auto de apreensão.
7 - Nos casos de apreensão em que o remetente não seja o transportador dos bens, proceder-se-á, no
prazo de três dias úteis, à notificação do remetente para efeitos do disposto no n.º 1 do artigo 17.º.

(…)

- Certificado de Origem é um documento a ser providenciado pelo exportador junto às


entidades específicas, que comprova a origem da mercadoria e permite a ambas as partes uma
isenção ou redução de impostos decorrentes dos acordos internacionais.
A certificação de origem é fornecida após a apresentação de cópia da fatura comercial mais os
documentos específicos conforme cada acordo comercial.

Nos certificados de origem, além das informações pertinentes ao comprador, vendedor e carga,
consta também o acordo comercial específico firmado entre Portugal e o país onde se situa o
importador, determinante daquele certificado de origem.
Como Pedir:
CERTIFICADO DE ORIGEM

O que é?

O Certificado de Origem permite aos exportadores nacionais atestar a origem dos seus produtos. É um documento
fornecido pelo exportador e utilizado pelo importador, para comprovação da origem da mercadoria.

Como fazer
• Preencher o formulário do Pedido de Emissão do Certificado de Origem
• Submeter o formulário e respetivos anexos de acordo com as instruções de preenchimento contidas no próprio
formulário
Nota: Os certificados de origem são feitos em duplicado (1 original e 1 cópia). Caso pretenda alterar esta situação terá
de indicar no pedido de emissão

Levantamento do Certificado de Origem

O levantamento dos certificados de origem é sempre feito nas nossas instalações (Edifício de Serviços AEP - Av. Dr.
António Macedo, 196, Leça da Palmeira) salvo solicitação em contrário.

Para efetuar o levantamento do Certificado de Origem terá que entregar os seguintes elementos:
• Pedido de Emissão devidamente carimbado e assinado, que deverá imprimir após a submissão com sucesso
do pedido de emissão
• Cópia legível da fatura com carimbo e assinatura em original
Nota: O carimbo e a assinatura podem ser do requerente ou do expedidor

Condições
• No caso dos certificados de origem levantados presencialmente, o serviço será pago no ato da entrega
• No caso dos certificados de origem enviados por correio, terão de efetuar o pagamento antecipadamente, por
transferência bancária Após o envio do comprovativo de pagamento, o certificado seguirá por correio
• Os nossos dados bancários para o efeito são os seguintes:
AEP – Associação Empresarial de Portugal
Av. Dr. António Macedo, 196
4450-617 Leça da Palmeira
PORTUGAL
Contribuinte: 500 971 315
Entidade: Santander Totta
NIB: 0018.0000.05628660001.86
IBAN: PT50 0018.0000.05628660001.86
SWIFT: TOTAPTPL
• Os certificados de origem são pagos no ato do levantamento e têm um custo variável em função do valor da
fatura.
• O prazo de emissão do Certificado de Origem é, em condições normais, de 24 horas

Simulador (em atualização)

TABELA DE PREÇOS 2016


PEDIDO DE EMISSÃO DE CERTIFICADO DE ORIGEM
Para mais informações contactar:
Isabel Gonçalves - Tel.: 229 981 618
Marisa Gonçalves - Tel.: 229 981 563
Fax: 229 981 774
c.origem@aeportugal.com
- Certificados veterinários

(Decreto-Lei nº 73/2006 de 24-03-2006; CAPÍTULO II - Requisitos de saúde animal aplicáveis às


importações de determinados animais ungulados vivos - Início de Vigência: 25-03-2006)

1 - Cada remessa de animais, aquando da sua importação ou trânsito na Comunidade,


é acompanhada de um certificado veterinário de acordo com os requisitos estabelecidos
no anexo III ao presente decreto-lei, do qual faz parte integrante.

2 - O certificado veterinário a que se refere o número anterior deve atestar o


cumprimento dos requisitos do presente decreto-lei e de outra legislação comunitária em
matéria de saúde animal ou, sempre que aplicável nos termos do n.º 3 do artigo 6.º, de
disposições equivalentes aos referidos requisitos.

3 - O certificado veterinário pode incluir menções de certificação exigidas por outra


legislação em matéria de saúde pública, de saúde animal e de bem-estar dos animais.

4 - A utilização do certificado veterinário previsto no n.º 1 pode ser suspensa ou


abolida de acordo com o procedimento comunitariamente previsto sempre que a situação
relativa à saúde animal no país terceiro autorizado justifique tal suspensão ou abolição.
4. Segurança
4.1. Guias de práticas de trabalho seguro

Deve acordar práticas normalizadas de trabalho seguro com os gestores e/ou peritos de
saúde e segurança relativamente a determinadas instalações e procedimentos. Tal inclui
o trabalho desenvolvido:

• em câmaras frigoríficas;
• no topo de camiões/vagões-cisterna ou outros contentores para grandes volumes;
• no manuseamento de cereais a granel;
• nas instalações de comerciantes (ou seja, locais desconhecidos);
• em zonas onde operam guindastes e empilhadoras;
• em terminais de contentores;
• em terminais roll-on/roll-off;
• em terminais ferroviários.

Esta lista não é exaustiva.


As práticas de trabalho seguro podem abranger aspetos como:

• o equipamento de proteção individual a utilizar;


• a notificação do operador;
• garantir que está sempre presente um colega ou operador para garantir a nossa
segurança;
• procedimentos relativos ao acesso à instalação;
• o equipamento de colheita de amostras;
• os procedimentos de amostragem.

4.2. Sinalização de segurança e advertência

São facultados sinais e rótulos para proteger a sua saúde e segurança, assim como a
dos cidadãos que trabalham consigo e que o/a rodeiam. Terá de observar os sinais em
todas as circunstâncias e tomar as precauções necessárias.

Foram adotadas diretivas europeias para normalizar a sinalização de segurança e


advertência. Contudo, os painéis de sinalização existentes poderão não corresponder
exatamente aos novos desenhos existentes. Se não for claro o que um sinal significa,
deve procurar aconselhamento junto da pessoa responsável pela saúde e segurança
nas suas instalações, quer se trate de um porto, cais, armazém ou de uma embarcação
ou aeronave.

As Nações Unidas também estão a introduzir sinalização internacional de advertência


de perigo para o transporte de mercadorias. Estes sinais substituirão a sinalização
europeia, uma vez que irão ser utilizados em todo o mundo.
Por conseguinte, a presente secção oferece uma panorâmica geral dos tipos de sinais
utilizados e do seu significado global.

4.3. Sinalização de proibição

Um sinal de proibição significa que a ação ou atividade indicada é proibida. Estes


sinais devem ser respeitados em todas as ocasiões. Alguns caracterizam-se apenas
por um símbolo, outros são acompanhados por texto explicativo por baixo da imagem.

O incumprimento destes sinais pode colocá-lo/a, ou a terceiros, em risco de lesões ou


morte.

4.4. Sinalização de advertência

Os sinais de advertência destinam-se a alertá-lo/a para perigos possíveis. O perigo


pode ser intermitente ou permanente. O sinal serve para lhe recordar a eventual
existência do perigo.

Deve ponderar este último e tomar as precauções necessárias. O primeiro sinal acima
fornece uma advertência geral — pode ser adicionado texto para expor um perigo que
não seja abrangido pelos símbolos disponíveis, mas o sinal também pode alertar para
um conjunto de situações perigosas.
4.5. Sinalização obrigatória

Os sinais obrigatórios indicam uma determinada medida de segurança que terá de


tomar antes de entrar na área designada ou continuar com as suas tarefas. A
inobservância destes sinais poderia pô-lo/a em risco de lesões imediatas e/ou
problemas de saúde a longo prazo.

Se o equipamento correto não estiver disponível, não deve prosseguir.

Tal como sucede com outros sinais, poderá haver ou não uma explicação por baixo da
imagem.

4.6. Sinalização de segurança

À semelhança da sinalização de Proibição, de Advertência, ou Obrigatória, existe uma


variedade de sinais de segurança, incluindo sinais para indicar saídas de emergência
em caso de incêndio, equipamento de primeiros socorros e equipamento de combate a
incêndios.
Tal como nos casos anteriores, o sinal pode incluir texto. Deve familiarizar-se com
a localização destes sinais antes de começar a trabalhar. As saídas e os
procedimentos de segurança em caso de incêndio deverão fazer parte da
avaliação dos riscos e dos guias de práticas de trabalho seguras.

5. Documentação de suporte à operação no armazém


5.1. Constituição da documentação técnica de um equipamento
5.2. Documentação da fase do processo de fabrico
http://www.google.pt/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=7&ved=0ahUKEwjorKOnicjMAhXQDRoKHZRQAOoQFgg-
MAY&url=http%3A%2F%2Fwww.giagi.pt%2F_downloadFileB.asp%3Fid%3D4%26t%3D1&usg=AFQjCNFNA3egU2WFfnOSZLyk-uh2CBStGQ
ANEXOS
https://www.google.pt/search?q=MAPA+DE+PESSOAL&biw=1280&bih=705&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwimjofYhsjMAhWIhRoKHUA3DGYQ_AUIBigB#imgrc=epcj-
amoWkKrhM%3A
HACCP em Micro/Pequenas Empresas

O que a lei diz…

Deve ser garantido um elevado nível de proteção da vida e saúde humanas

Todos os operadores do sector alimentar são responsáveis por garantir que todos os alimentos que
disponibilizam ao consumidor final são seguros. Por tal facto devem criar, aplicar e manter procedimentos de
segurança alimentar baseados nos princípios HACCP (cf. artigo 5º do Regulamento nº852/2004 de 29 de Abril), tendo
como referencial o Codex Alimentarius

Há flexibilidade?

Os requisitos de implementação dos princípios HACCP deverão ter a flexibilidade suficiente para serem aplicáveis em
todas as situações, incluindo em micro e pequenas empresas.

Facilidade na aplicação dos princípios HACCP

Pensar-se-á que a implementação dos princípios HACCP é muito complicada, mas não tem que ser. O mais
importante é garantir, independentemente da metodologia aplicada, que os procedimentos de segurança estão
adaptados a cada estabelecimento considerando a actividade desenvolvida

Segundo os princípios do Codex Alimentarius, a implementação dos princípios HACCP é feita seguindo o fluxo
produtivo dos alimentos, com identificação dos perigos associados a cada etapa, determinação dos pontos de controlo
críticos (PCC) para eliminar/reduzir o risco e implementados procedimentos para a sua monitorização (limites críticos,
vigilância, medidas correctivas), demonstrados através de registos e documentos.

A Food Standards Agency (FSA), congénere da ASAE, criou uma metodologia para aplicação dos princípios do
HACCP em micro e pequenas empresas, baseada no princípio – Alimento Seguro, Melhor Negócio (“Safer food, better
business“(1))

Nesta metodologia, a implementação dos princípios HACCP é feita pelas práticas que evitam/eliminam contaminações
com perigos biológicos, químicos e físicos, considerando as seguintes áreas de controlo Contaminação Cruzada,
Higienização, Manutenção da cadeia de frio e Confecção (Cross-contamination, Cleaning, Chilling, Cooking - 4
C’s )

Com uma linguagem operacional sem recurso a terminologia técnica, no entanto rigorosa, pretende-se que os
operadores construam eles próprios os seus procedimentos de segurança alimentar, através de respostas a
questões operacionais como: Etapas/Pontos a Controlar/ Porquê?/ Como/Quando Fazer? O que fazer em caso de
falhas?/ Como evitar que ocorra de novo?, tendo por base as áreas de controlo (Contaminação Cruzada,
Higienização, Manutenção da cadeia de frio e Confecção)
Considerando que os operadores devem conhecer muito bem os produtos que produzem e disponibilizam, esta
metodologia permite às micro e pequenas empresas simplificar os procedimentos (por exemplo criação de fichas
técnicas de processo/produto), exigindo, no entanto, bom conhecimento das regras de higiene alimentar (a
formação/instrução de toda a equipa – manipuladores/gerência é importante) e responsabilizar quer os
manipuladores de alimentos quer os operadores das empresas.

___________________________________
Os 4C’s podem ajudar a prevenir alguns problemas relacionados com a segurança alimentar – Na tabela seguinte encontram-se alguns exemplos de aplicação da metodologia sendo feita alusão às áreas de

controlo identificadas em cada Ponto a Controlar


Etapa de Porquê? Como/Quando fazer? O que fazer em caso de falha? Como evitar que Registos
Controlo/Pontos (Princípios 1 e 2 do sistema (Medidas preventivas, Principio 3 e 4 do sistema HACCP) (Principio 5 do sistema HACCP) ocorra de novo? (Princípio 7)
a controlar HACCP) (Principio 5 do sistema
HACCP
Se os alimentos refrigerados Controlar a rotulagem - datas de durabilidade, indicações obrigatórias, Rejeitar de imediato a matéria-prima Formação aos Registo de
estiverem muito tempo à condições especiais de conservação, entre outras Ver estado de frescura sempre que se verifiquem anomalias colaboradores sobre temperatura
temperatura ambiente ou os dos alimentos na recepção esta etapa do processo na RMP
congelados apresentarem Controlar a temperatura do alimento – registando-a e verificar Mudar de fornecedor se houver um Proceder a uma
indícios de descongelação, periodicamente a temperatura do transporte - Os alimentos que necessitam número significativo de anomalias avaliação periódica dos
Recepção da
podem-se desenvolver-se de frio são armazenados de imediato - Manutenção da Cadeia de Frio Rejeitar os alimentos que apresentam fornecedores
matéria-prima
bactérias perigosas Podem Verificação do estado das embalagens de transporte e de origem – As anomalias nasc temperaturas
(RMP)
aparecer nas embalagens embalagens não podem estar deterioradas, abauladas, opadas - Se um produto químico, pragas, vidros
corpos estranhos (pedras, terra) Contaminação Cruzada partidos ou outras substâncias
Ver estado de limpeza da área de recepção e do veículo de transporte - entrarem em contacto com os
Higienização alimentos, rejeitar de imediato
Fazer estes procedimentos em cada recepção da matéria – prima

Alguns alimentos necessitam de Verificar se os alimentos estão colocados no frio e protegidos - Se o equipamento de frio avariar Rever o procedimento de Registo de
ser mantidos no frio porque há Contaminação Cruzada transferir para outro equipamento armazenagem temperatura
perigo de crescimento de Manter o equipamento de refrigeração controlado – registar a temperatura - Ver quanto tempo os alimentos Manutenção dos de
Armazenagem na bactérias Manutenção da Cadeia de Frio equipament
estiveram exposto a temperatura não equipamentos de frio
refrigeração Ex: alimento com indicação Ver estado de limpeza do equipamento de frio - Higienização controlada – confeccionar de imediato Formação dos o de frio
conservar no frio a …ºC, Fazer este procedimento pelo menos 2 vezes por dia a temperaturas altas ou rejeitar o colaboradores
sobremesas alimento
As bactérias dos alimentos Separar alimentos confeccionados de alimentos crus - Contaminação Se os alimentos cozinhados entram em Reorganizar o plano de Registo de
crus, podem contaminar os Cruzada contacto com os alimentos crus trabalho reaqueci_
alimentos confeccionados Garantir boa confecção dos alimentos – ver se não há presença de sangue e reaquecer a temperaturas elevadas ou Formação aos mento de
Algumas bactérias perigosas de sucos que indiquem que o produto ainda está cru, deixar os caldos e rejeite se não for possível o colaboradores alimentos
Confecção podem sobreviver sopas ferver até “borbulhar” - Confecção reaquecimento Criar sistema de Registo da
Utilização contínua do mesmo Verificar a temperatura e ver o grau de oxidação do óleo de fritura (teste do Verificar a posição do termóstato – verificação temperatura
óleo de fritura dá origem ao óleo), ver se o óleo alterou a cor (cor escura, espuma está alterado) e cheiro temperatura inferior a 180ºC do óleo de
desenvolvimento de produtos (se tem cheiro intenso está alterado – Rejeitar) - Confecção Eliminar o óleo que apresente sinais de fritura
químicos prejudiciais à saúde Fazer a execução destes procedimentos no decorrer das tarefas alteração. Se os alimentos foram fritos
Ver estado de limpeza dos equipamento/utensílios - Higienização em óleo alterado rejeite-os
Os alimentos confeccionados Colocar os alimentos a servir a quente em estufas/banho-maria préaquecidos Afinar o banho-maria ou a estufa Manutenção dos Registo de
que não são servidos a temperatura de cerca de 90ºC (confirmar com as indicações de cada sempre que a temperatura for inferior a equipamentos de frio temperatura
imediatamente necessitam de equipamento) de forma a garantir que os alimentos estejam a temperatura 90ºC Formação dos de
ser mantidos no quente ou no superior a 65ºC - Contaminação Cruzada Tapar o banho-maria colaboradores equipamen
frio - algumas bactérias Colocar os alimentos a servir a frio (temperaturas entre 0 a 5ºC) - Rejeitar os alimentos que tenham _to de frio e
perigosas podem crescer Manutenção da Cadeia de Frio estado à temperatura ambiente por estufas
Distribuição As bactérias do meio Manipulação dos alimentos com utensílios adequados – não manipular tempo superior a 30 minutos /banhosmaria
envolvente podem contaminar directamente os alimentos com as mãos - Contaminação Reparar os aparelhos em caso de
os alimentos prontos a distribuir Cruzada/Higienização avaria;
Ver estado de limpeza dos equipamentos de frio e banho-maria/estufa - Colocar os produtos alimentares para
Higienização outro equipamento de frio similar.
Verificação da temperatura do equipamento de frio pelo menos 2 vezes por
dia e banho-maria/estufa a quando da utilização
ASAE -GTP/Junho 2008

http://www.food.gov.uk/foodindustry/regulation/hygleg/hyglegresources/sfbb/sfbbcaterers/

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