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27/11/2021 12:53 Introdução ao Sistema Financeiro Nacional (SFN)

Introdução ao Sistema Financeiro Nacional


(SFN)
Finanças e Orçamento

1.
Introdução
A partir daqui, estudaremos sobre a emissão e a distribuição de valores mobiliários no mercado,
assim como a negociação e a intermediação no mercado derivativo.

Aprenderemos, também, conceitos sobre organização, funcionamento e operações na B3;


administração de carteiras e a custódia de valores mobiliários.

Vale a pena conhecer métodos de auditoria das companhias abertas e os serviços de consultoria e
analise de valores mobiliários.

2.
Definição de valores mobiliários
Define-se como valores mobiliários:

As ações, debêntures e bônus de subscrição;


Os cupons, direitos, recibos de subscrição e certificados de desdobramento relativos aos valores
mobiliários;
Os certificados de depósito de valores mobiliários;
As cédulas de debêntures;
As cotas de fundos de investimento em valores mobiliários ou de clubes de investimento em
quaisquer ativos;
As notas comerciais;
Os contratos futuros, de opções e outros derivativos, cujos ativos subjacentes sejam valores
mobiliários;
Outros contratos derivativos, independentemente dos ativos subjacentes.

A relação existente entre as pessoas em qualquer sociedade do globo depende de transações


financeiras em suas diversas formas. Entender o funcionamento e dinâmica dos mercados
financeiros é extremamente importante na busca de maximizar os resultados pessoais e
empresariais.

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O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é organizado de forma a permitir que poupadores consigam
guardar seus recursos com rentabilidade satisfatória, acima da inflação, e tomadores de recursos
consigam capital para investimentos em suas estruturas, possibilitando crescimento constante.

Sistema Financeiro Nacional.

O Mercado Monetário (MM) é um mercado organizado dentro da estrutura do Mercado Financeiro


(MF). No Mercado Monetário, as transações são realizadas de curto prazo, sendo as negociações
intermediadas por instituições financeiras tradicionalmente conhecidas.

No Mercado de Capitais (MC), as transações são mais de longo prazo, sendo a maioria delas compra
de participação nas empresas, através de ações. Existe intermediação financeira, entretanto, não há
participação percentual sobre os resultados alcançados pelos investidores.

O Mercado Financeiro (MF) está em constante atualização. Essas atualizações são necessárias para
manter a estabilidade do sistema de crédito. As taxas de juros, taxa de câmbio e políticas
econômicas são aplicadas ao Sistema Financeiro Nacional (SFN) e Mercado Financeiro (MF).

Todas as alterações na política econômica interferem nas rentabilidades dos investimentos.


Entender o funcionamento e os produtos do Mercado Financeiro (MF) aumenta a possibilidade se
obter melhores resultados quanto aos investimentos.

3.
Conceito do sistema financeiro nacional
Uma conceituação muito abrangente do SFN seria a de um conjunto de instituições que
desenvolvem suas atribuições no sentido de proporcionar, de forma eficiente, condições para que os
fluxos de capital circulem entre os poupadores e os tomadores de recursos.

Para tanto, o SFN permite que um agente econômico se posicione entre dois outros atores, sendo
um tomador e outro poupador de recursos financeiros, para que as transações financeiras ocorram
basta, apenas, que o tomador de recursos esteja disponível a remunerar o poupador acima de suas

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expectativas.

Aperfeiçoando o entendimento quanto às instituições financeiras, a Lei de Reforma Bancária


(4.595/64) reza em seu artigo 17:

“Consideram-se instituições financeiras, para os efeitos da legislação em vigor, as pessoas


jurídicas públicas e privadas, que tenham como atividade principal ou acessória a coleta, a
intermediações ou a aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda
nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros”.

Acrescentando em seu parágrafo único:

“Para os efeitos desta Lei e da legislação em vigor, equiparam-se às instituições financeiras as


pessoas físicas que exerçam qualquer das atividades referidas neste artigo, de forma
permanente ou eventual”.

À luz destas informações, podemos caracterizar essas instituições como sendo: os intermediários
financeiros e as instituições auxiliares.

Intermediários Financeiros.

Os intermediários financeiros se distinguem das instituições auxiliares nos seguintes aspectos:

Emitem seus próprios passivos, captando esses recursos no mercado;


Permitem empréstimos e financiamentos.

Estão envolvidos neste seguimento os bancos:

Comerciais;
De investimento;
De desenvolvimento;
A caixa econômica;

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As sociedades de crédito, financiamento e investimento;


Bancos múltiplos.

Já as instituições auxiliares propõem-se a aproximar, de forma direta, os tomadores e poupadores


de recursos, sendo um exemplo a bolsa de valores, através da colocação primária dos títulos e,
posteriormente, negociação no mercado secundário.

Você sabia?
As empresas que desejam lançar suas ações no Mercado de Capitais (Bolsa de Valores) devem
obedecer a uma série de critérios estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e
Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Muitas vezes, para chegar no patamar desejado, as
empresas aguardam de 5 a 10 anos para atender aos critérios.

3.1.
Autoridades monetárias
As autoridades monetárias são extremamente importantes para orquestrar o SFN. As regras e as
normas são ditadas e auditadas pelas autoridades, interferindo diretamente nas políticas
econômicas e monetárias do país.

As autoridades em questão são: CMN (Conselho Monetário Nacional, Bacen ou BC (Banco Central)
e CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

Conselho Monetário Nacional.

3.1.1 Conselho Monetário Nacional (CMN)

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O CMN é um órgão normativo não lhe cabendo funções executivas, estando nele a responsabilidade
de instaurar todas as diretrizes das políticas monetárias, creditícia e cambial do país. Pela
relevância das informações no cenário econômico nacional, o CMN torna-se um conselho de
políticas econômicas.

A Medida Provisória (MP) 542 de 1994, que instaurou o Plano Real no Brasil, nomeou como
membros do CMN as seguintes autoridades: Ministro da Fazenda (Presidente); Ministro do
Planejamento, Orçamento e Gestão; e o Presidente do Bacen.

A mesma MP 542/94 criou, subordinada ao CMN, a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito,


objetivando a regulamentação das diretrizes do CMN, sendo seus componentes:

Presidente do Bacen;
Presidente da CVM;
Secretários do Tesouro Nacional e de Política Econômica do Ministério da Fazenda;
Diretores de Política Monetária, de Assuntos Internacionais e de Normas e Organização do SF,
todos do Bacen.

No CMN, as comissões consultivas ajudam a organizar os processos e direcionar as atribuições a ele


destinadas, sendo as comissões de:

Normas e Organização do Sistema Financeiro;


Mercado de Valores Mobiliários e de Futuros;
Crédito Rural;
Crédito Industrial;
Endividamento Público;
Política Monetária e Cambial;
Processos Administrativos.

Como entidade superiora ao SFN a CMN tem como algumas de suas competências:

Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia nacional e seu
processo de desenvolvimento;
Regular o valor interno da moeda, prevenindo ou corrigindo os surtos inflacionários ou
deflacionários de origem interna ou externa;
Regular o valor externo da moeda e o equilíbrio do balanço de pagamento do país;
Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras públicas ou privadas de forma a
garantir condições favoráveis ao desenvolvimento equilibrado da economia nacional;
Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros, de forma a tornar
mais eficiente o sistema de pagamento e mobilização de recursos;
Zelar pela liquidez e pela solvência das instituições financeiras;
Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública interna e
externa.

Entendendo que as competências pertinentes ao CMN são as mencionadas acima, seguem as


atribuições:

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Autorizar as emissões de papel-moeda;


Aprovar os orçamentos monetários preparados pelo Bacen;
Fixar diretrizes e normas da política cambial;
Disciplinar o crédito em suas modalidades e as formas das operações creditícias;
Estabelecer limites para a remuneração das operações e serviços bancários ou financeiros;
Determinar as taxas do recolhimento compulsório das instituições financeiras;
Regulamentar as operações de redesconto de liquidez;
Outorgar ao Bacen o monopólio de operações de câmbio quando o balanço de pagamento o
exigir;
Estabelecer normas a serem seguidas pelo Bacen nas transações com títulos públicos;
Regular a constituição, o funcionamento e a fiscalização de todas as instituições financeiras que
operam no país.

3.1.2 Banco Central do Brasil – BC ou Bacen


O Banco Central do Brasil – BC – é uma autarquia criada para atuar como órgão executivo central
do SFN, sendo o BC responsável pelo cumprimento das normas designadas pelo CMN.

É de sua competência as seguintes atribuições:

Emitir papel-moeda e moeda metálica nas condições e limites autorizados pelo CMN;
Executar os serviços do meio circulante;
Receber os recolhimentos compulsórios dos bancos comerciais e os depósitos voluntários das
instituições financeiras e bancarias que operam no país;
Realizar a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis;
Efetuar, como instrumento de política monetária, operações de compra e venda de títulos
federais;
Emitir títulos de responsabilidade própria, de acordo com as condições estabelecidas pelo
CMN;
Exercer o controle de crédito sob todas as suas formas;
Exercer a fiscalização das instituições financeiras, punindo-as quando necessário;
Autorizar o funcionamento, estabelecendo a dinâmica operacional, de todas as instituições
financeiras privadas;
Vigiar a interferência de outras empresas nos mercados financeiros e de capitais;
Controlar o fluxo de capitais estrangeiros garantindo o correto funcionamento do mercado
cambial, operando, inclusive, via ouro, moeda ou operações de crédito no exterior.

Em suma, é através do Banco Central que o Estado põe em prática, de forma direta, suas práticas
no sistema financeiro e, indireta, na economia do país.

Para controlar a inflação do país, o Bacen faz política monetária adquirindo títulos junto ao
Tesouro Direto, comprando e vendendo conforme a necessidade de manutenção da meta da
inflação estipulada.

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Quanto às oscilações cambiais e sua volatilidade, o Bacen opera no mercado à vista, vendendo
títulos públicos cambiais para, assim, controlar possíveis grandes variações que possam impactar a
economia como um todo.

Banco Central do Brasil.

3.1.3 Comissão de valores mobiliários – CVM


A Comissão de Valores Mobiliárias (CVM) é uma autarquia criada no intuito de regulamentar e
fiscalizar o Mercado de Capitais (MC), principalmente no que compete às sociedades de capital
aberto.

Assim como o CMN, a CVM é um órgão normativo do sistema financeiro, voltando suas atribuições
para a fiscalização do mercado de valores mobiliários.

Dentre as instituições fiscalizadas e disciplinadas pela CVM estão:

A B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) – antiga BM&FBovespa;


Balcão Organizado;
Entidades de compensação e liquidação de operações com valores mobiliários;

A B3 disponibiliza muitas informações sobre os produtos, empresas e mercados no seu site, não


deixe de visitá-lo.

Estas instituições operam com autonomia administrativa, financeira e patrimonial, devendo


manter a fiscalização dos seus membros quanto às suas atuações no mercado, no que tange as
atividades correspondentes aos valores mobiliários, com supervisão da CVM.

Abaixo, são apresentadas algumas das atividades de disciplina e fiscalização da CVM:

Emissão e distribuição de valores mobiliários no mercado;


Negociação e intermediação no mercado derivativo;

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Organização, funcionamento e operações na B3;


Administração de carteiras e a custódia de valores mobiliários;
Auditoria das companhias abertas;
Serviços de consultoria e analise de valores mobiliários.

Define-se como valores mobiliários:

As ações, debêntures e bônus de subscrição;


Os cupons, direitos, recibos de subscrição e certificados de desdobramento relativos aos valores
mobiliários;
Os certificados de depósito de valores mobiliários;
As cédulas de debêntures;
As cotas de fundos de investimento em valores mobiliários ou de clubes de investimento em
quaisquer ativos;
As notas comerciais;
Os contratos futuros, de opções e outros derivativos, cujos ativos subjacentes sejam valores
mobiliários;
Outros contratos derivativos, independentemente dos ativos subjacentes.

Sobretudo, a CVM tem como um de seus principais papéis ser o “xerife” do Mercado de Capitais,
trazendo confiança e segurança para os investidores e investidos quanto a negociações realizadas,
garantindo a execução das operações e liquidação das ordens.

Comissão de Valores Mobiliários.

4.
Mercado Monetário

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O mercado monetário é característico para aplicações em produtos da renda fixa, em títulos com
prazo de curta duração. O meio tradicional de procura para esses títulos são as instituições
bancárias, entretanto, diversas outras instituições também o fazem, como será descrito mais
adiante.

Em antemão, iremos discorrer sobre as instituições bancárias, as caracterizando por suas


atribuições e especificidades.

Bancos de negócios: são instituições que focam suas ações em intermediação de grande porte,
envolvendo uma arquitetura financeira complexa sua operacionalização.
Bancos de atacado: são instituições que atendem a um pequeno volume de clientes, entretanto,
são investidores qualificados, com grande recurso financeiro;
Bancos de varejo: atendem maior volume de clientes, independente dos recursos financeiros
aplicados ou contratados, podendo segmentar sua clientela em grupos característicos, tais
como:
Cliente corporativo: específico para atendimentos às pessoas jurídicas, voltado ao público
empresarial;
Cliente exclusivo: realiza atendimentos aos clientes pessoas físicas com grande volume
financeiro em movimentação, prestando atendimento diferenciado;
Cliente personalizado: clientes com altíssima renda, sendo pessoas físicas ou pessoas
jurídicas com padrão de pequeno e médio porte. Atendidos com horários diferenciados e
contato direto com seus consultores financeiros;

A regulamentação do Mercado Monetário (MM) é toda realizada pelo Bacen, sendo o Banco do
Brasil (BB) e Caixa Econômica Federal (CEF) as instituições pelas quais as políticas monetárias
instituídas pelo CMN e delegadas ao BC são colocadas em prática.

O Banco do Brasil (BB) é característico pelo fomento de políticas de investimento em projetos de


desenvolvimento de interesse do Governo Federal; estes recursos trazem condições, para as
empresas, com benefício que concedem maiores prazos para pagamento, taxas de juros mais baixas
e carências na amortização inicial.

Em paralelo, a Caixa Econômica Federal (CEF) fica responsável pelas políticas de investimento dos
recursos dos trabalhadores, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), e o Sistema
Financeiro de Habitação (SFH).

Através das duas instituições, o Banco Central consegue controlar a concorrência entre as políticas
de crédito com as outras instituições bancárias que compõem o Mercado Monetário (MM).

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Aprendendo mais uma!


 Tanto as casas lotéricas quanto as agências de correio são autorizadas a funcionar mediante
licitações de abertura das agências. As licitações advêm da necessidade de ampliação do sistema
em regiões onde o atendimento é escasso.

A capitalização do Mercado Monetário, através dos bancos, se prevalece pelas pequenas instituições
correspondentes, sendo algumas delas, resumidamente: instituições financeiras, casas lotéricas
(específicas da CEF) e agências dos correios (específicas do BB).

5.
Mercado de capitais
O Mercado de Capitais (MC) contempla as operações de investimento caracterizadas por serem de
longo prazo, conceitualmente acima de 2 anos de duração. Os riscos nas transações são elevados
fazendo com que os retornos sejam mais elevados que os produtos do Mercado Monetário (MM).

A regulamentação do Mercado de Capitais (MC) é feita pela CVM, que atua fiscalizando e
controlando as movimentações financeiras e patrimoniais, estando a CVM subordinada ao CMN.
Abaixo da CVM está a Bolsa de Valores de São Paulo, denominada B3 – Brasil, Bolsa, Balcão – até o
ano de 2017 era BM&FBovespa.

A Bolsa de Valores é responsável por registrar todas as movimentações financeiras que ocorrem
durante o período de negociação, chamado de pregão eletrônico. Assim, como responsável pelo
registro da transferência de titularidade dos títulos de ações, esta que representa a menor parte da
propriedade de uma sociedade anônima de capital aberto.

Atualmente, existem dois tipos de ações: as preferenciais (PN) e as ordinárias (ON). Os acionistas
preferenciais têm preferência no recebimento dos dividendos (fração do lucro distribuído pela
empresa), sendo de, no mínimo, 5% do valor da ação. Já os acionistas ordinários têm direito ao
recebimento de, no mínimo 25% do lucro da empresa, mas, para isso, sua responsabilidade sobre os
prejuízos da empresa é limitada a sua participação societária, enquanto que, para as ações
preferenciais, a responsabilidade se limita ao valor investido nas ações da empresa.

As tendências de preço das ações são estudadas em duas escolas clássicas de análise: escola gráfica
e escola fundamentalista. Ambas objetivam o aumento do valor das ações e patrimônio pessoal,
mas usam ferramentas e estratégias de retornos distintas.

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Mercado de Capitais.

Na escola gráfica, os investidores objetivam alcançar lucratividade em curto prazo, baseando suas
decisões nos investimentos de daytrade ou swing trade, sendo o primeiro referente às negociações
abertas e fechadas no mesmo dia e a segunda em negociações iniciadas e finalizadas em datas
distintas. Ferramentas gráficas são utilizadas para auxiliar na tomada de decisão, sendo algumas
delas: tendência de Fibonacci, MACD, médias móveis, médias móveis exponenciais, histográficos,
volumetria, tendências de topos e fundos, canais de alta ou baixa, entre outras.

A escola fundamentalista preconiza o retorno sobre os investimentos ao longo do tempo. A


tendência natural é que as empresas aumentem sua riqueza e gerem maior lucratividade ao longo
de sua existência, sendo que os impactos econômicos de curto prazo nas empresas sejam reflexos de
momentos passageiros. Algumas estratégias adotadas pelos fundamentalistas são: carteira de
dividendos, empilhamento de ações, recuperação em cenários pós crises econômicas, entre outras.

Para refletir:
A escola gráfica é a mais procurada pelos investidores iniciantes, principalmente, o público mais
jovem a partir dos 18 anos. A oscilação e o risco nas operações financeiras são muito elevados,
sendo o perfil do investidor extremamente arrojado. Quanto mais jovem é o investidor, mais
disposto a correr risco ele está; quanto mais velho o investidor, menos risco ele corre (perfil
conservador).

Os indicadores financeiros que serão estudados nos tópicos à frente irão auxiliar na análise e
decisão de investimentos, que irá compor a disciplina de análises fundamentalistas.

Entender as estruturas dos mercados é relevante para atuar no mercado financeiro, pequenas
variações de entendimento podem aguçar as percepções macro e microeconômicas, objetivando a
maximização dos retornos e redução dos riscos.

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6.
Conclusão
Aprender as abordagens iniciais dos Sistema Financeiro Nacional e como a regulamentação e as
normas são aplicadas no contexto econômico do país é primordial para iniciar as primeiras
inserções no contexto financeiro das empresas.

O investidor, independente do perfil, se é pessoa física ou jurídica, possui muito ou pouco capital,
busca, através do sistema financeiro, proteger seu patrimônio e rentabilizar seus investimentos ao
máximo. Para tanto, é necessário um mercado extremamente organizado e capaz de demonstrar
confiabilidade aos seus operadores.

O mercado se divide em tipos de segmentação de instituições e tipos de produtos oferecidos. Essa


divisão entre o Mercado Monetário (MM) e o Mercado de Capitais (MC) auxilia na regulamentação
do mercado, mas, independentemente, existem instituições que se segmentam para atender aos
dois mercados. Por exemplo: instituições bancárias que abrem corretoras de investimentos em
títulos mobiliários e corretoras que crescem e se tornam bancos, ofertando produtos de renda fixa
em seu portfólio.

No Mercado de Capitais (MC), é importante estudar as duas escolas tradicionais: Fundamentalista


e Gráfica. O conhecimento sobre as duas escolas aprimora as técnicas de análises e ajuda na
estruturação de carteiras de investimentos diversificadas.

O profissional de finanças deve ter a capacidade de discernir entre os produtos financeiros que
atendam às necessidades dos clientes de acordo com cada perfil de investimento. Sua assertividade
gera confiabilidade e segurança para o mercado.

7.
Referências
BRIGHAM, Eugene F.; GAPENSKI, Louis C.; EHRHARDT, Michael C. Administração
financeira: teoria e prática. São Paulo, SP: Atlas, 2001.

FORTUNA, Eduardo. Mercado financeiro: produtos e serviços. 18. ed. rev. atual. e ampl. Rio de
Janeiro, RJ: Qualitymark, 2011.

GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 12. ed. São Paulo, SP:
Pearson, 2010.

GROPPELLI, Angelico A.; NIKBAKHT, Ehsan. Administração financeira. 3. ed. São Paulo, SP:
Saraiva, 2010. 

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HOJI, Masakazu. Administração financeira: uma abordagem prática: matemática financeira


aplicada, estratégias financeiras, análise, planejamento e controle financeiro. 4. ed. São Paulo, SP:
Atlas, 2003.

JOHNSON, Robert Willard. Administração financeira. São Paulo, SP: Pioneira, 1969.

ROSS, Stephen A. et al. Administração financeira. 10. ed. Porto Alegre, RS: AMGH, 2015.

SANVICENTE, Antônio Zoratto. Administração financeira. 3. ed. São Paulo, SP: Atlas, 1990.

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