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CONHECIMENTOS

BANCÁRIOS

SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL: ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL; ÓRGÃOS NORMATIVOS E INSTITUI
ÇÕES SUPERVISORAS, EXECUTORAS E OPERADORAS

SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL


O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é um conjunto de organizações nanceiras que promove a movimentação de recursos entre os
agentes econômicos (pessoas sicas, empresas, governo) credores e tomadores de dinheiro.
Conforme a Cons tuição Federal, em seu Art. 192, o STF:
“O sistema nanceiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da
cole vidade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as coopera vas de crédito, será regulado por leis complementares que
disporão, inclusive, sobre a par cipação do capital estrangeiro nas ins tuições que o integram.”
A função principal do SFN é a transferência de recursos através de seus usuários, os agentes com renda superior as despesas (supe-
ravitários) para os agentes com renda inferior as despesas (de citários); e também a prestação de serviços envolvendo recursos de seus
usuários (abertura de contas correntes, oferta de cartões e cheques, oferta de diversas modalidades de seguros, pagamento e recebimento
de tulos, etc.).
Os agentes de citários são aqueles que necessitam de dinheiro, pois tem intenção de gastar valores superiores ao limite de sua renda,
pagando juros por esse capital emprestado.
Os agentes superavitários são aqueles que após pagas suas despesas, cam com uma “sobra” de renda, necessitando inves r esse
valor e receber por isto, através da remuneração em inves mentos nanceiros.
O SFN tem atuação direta nos mercados monetário, de crédito, de capitais e de câmbio.
ESTRUTURA DO SFN
A estrutura do Sistema Financeiro Nacional é dividida em três categorias de en dades:

Norma vas – Aquelas que estabelecem a regulação do SFN. Compostas por órgãos norma vos que criam normas e regras e também
scalizam os par cipantes do SFN.
Supervisoras: São en dades que além de supervisionar, acatam a função de executar as diretrizes dos órgãos norma vos, assim como
scalizar as ins tuições compõem seu segmento dentro do Sistema Financeiro Nacional.
Operadoras: Todas as en dades que não se enquadram nas caracterís cas de Norma vas ou Supervisoras. Ou seja, todas as demais
ins tuições nanceiras que atendem ao público em geral, através da intermediação de operações de aplicações e emprés mos, ou servi-
ços como abertura de conta corrente, emissão de cartões, etc.

Abaixo, é possível acompanhar a estrutura disponível no site do Banco Central:

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* Dependendo de suas a vidades corretoras e distribuidoras também são scalizadas pela CVM.
** As Ins tuições de Pagamento não compõem o SFN, mas são reguladas e scalizadas pelo BCB, conforme diretrizes estabelecidas
pelo CMN.

ÓRGÃOS NORMATIVOS

CONSELHO MONETÁRIO NACINAL (CMN)


O Conselho Monetário Nacional (CMN) é considerado o órgão máximo dentro da hierarquia do Sistema Financeiro Nacional. É um
órgão norma vo, responsável por criar as normas e regras da polí ca monetária e do crédito; mantendo a estabilidade da moeda, o cres-
cimento e o desenvolvimento socioeconômico do país.
O CMN foi criado junto com o Banco Central, pela Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964. O Conselho iniciou suas a vidades em
31 de março de 1965.
Conforme a Lei da Reforma Bancária, suas competências são:

Regulamentar as operações de crédito das ins tuições nanceiras brasileiras.


Regular a moeda do país.
Supervisionar suas reservas em ouro e cambiais.
Determinar suas polí cas de poupança e inves mento.
Regulamentar os mercados de capitais brasileiros.

Supervisionar as a vidades do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários.


As reuniões ocorrem uma vez por mês para deliberar sobre assuntos como adaptar o volume dos meios de pagamento às reais ne-
cessidades da economia; regular o valor interno e externo da moeda e o equilíbrio do balanço de pagamentos; orientar a aplicação dos
recursos das ins tuições nanceiras; propiciar o aperfeiçoamento das ins tuições e dos instrumentos nanceiros; zelar pela liquidez e
solvência das ins tuições nanceiras; e coordenar as polí cas monetária, credi cia, orçamentária e da dívida pública interna e externa.
Em casos extraordinários, pode acontecer mais de uma reunião por mês. As matérias aprovadas são regulamentadas por meio de
Resoluções divulgadas no Diário O cial da União (DOU) e na página de normas do Conselho e do Banco Central (BC).
Sua composição é dada pelo Ministro da Economia (presidente do Conselho), o Presidente do Banco Central e também o Secretário
Especial de Fazenda do Ministério da Economia.
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CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS (CNSP) vada pelo Senado. Os diretores também passam a ter mandatos
não coincidentes com o do presidente do banco, para preservar a
O Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP é órgão res-
boa governança.
ponsável por xar as diretrizes e normas da polí ca de seguros pri-
Antes da Lei complementar, o Banco Central era vinculado ao
vados, resseguros, previdência complementar aberta e capitaliza-
Ministério da Economia.
ção.
O Banco Central é dirigido por sua Diretoria Colegiada, com-
É composto pelo Ministro da Economia (Presidente), Superin-
posta pelos seguintes integrantes, todos indicados pelo presidente
tendente da SUSEP, e por representantes do Ministério da Jus ça,
da República e aprovados pelo Senado, o presidente e mais oito
do Ministério da Previdência e Assistência Social, do Banco Central
diretores.
do Brasil e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Sua missão é garan r a estabilidade do poder de compra da
Atribuições moeda, zelar por um sistema nanceiro sólido, e ciente e com-
Fixar diretrizes e normas da polí ca de seguros privados. pe vo, e fomentar o bem-estar econômico da sociedade. É uma
Regular a cons tuição, organização, funcionamento e scaliza- das principais en dades monetárias do país, considerado guardião
ção dos que exercem a vidades subordinadas ao Sistema Nacional dos valores e apesar de ser chamado de banco não tem operações
de Seguros Privados, bem como a aplicação das penalidades pre- como os demais e não é possível a abertura de uma conta corrente.
vistas. É considerado o banco dos bancos, pois é aquele que tem po-
Fixar as caracterís cas gerais dos contratos de seguros, previ- der máximo sobre os demais. Sua caracterís ca principal é scalizar
dência privada aberta, capitalização e resseguro. e regulamentar as normas para todas as ins tuições nanceiras do
Estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro. país.
Conhecer dos recursos de decisão da SUSEP e o IRB. O Banco Central é o agente nanceiro do governo, pois auxilia
Prescrever os critérios de cons tuição das Sociedades Segura- na área econômica e representa o Sistema Financeiro Nacional em
doras, de Capitalização, En dades de Previdência Privada Aberta e todo o cenário mundial.
Resseguradores, com xação dos limites legais e técnicos das res- Sua atuação na economia vai desde o controle da quan dade
pec vas operações. de moeda em circulação, a regulação das taxas de juros e também
Disciplinar a corretagem do mercado e a pro ssão do corretor. do controle da quan dade de moeda estrangeira circulante no país.
Suas funções mais importantes são a emissão do papel-moeda
CONSELHO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR (que ocorre através da Casa da Moeda), o controle de depósitos
(CNPC) compulsórios e a mul plicação bancária.
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS (CVM)
O Conselho Nacional de Previdência Complementar - CNPC é
o órgão responsável por regular o regime de previdência comple- A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi criada em
mentar operado pelas en dades fechadas de previdência comple- 07/12/1976 pela Lei 6.385/76, com o obje vo de scalizar, norma-
mentar. zar, disciplinar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no
O CNPC é composto pelo Ministro da Previdência Social e por Brasil.
representantes da Superintendência Nacional de Previdência Com- A CVM é uma en dade autárquica em regime especial, vin-
plementar (Previc), da Casa Civil da Presidência da República, do culada ao Ministério da Economia, com personalidade jurídica e
Ministério da Economia, das en dades fechadas de previdência patrimônio próprios, dotada de autoridade administra va inde-
complementar, dos patrocinadores e ins tuidores de planos de pendente, ausência de subordinação hierárquica, mandato xo e
bene cios das en dades fechadas de previdência complementar e estabilidade de seus dirigentes, e autonomia nanceira e orçamen-
dos par cipantes e assis dos de planos de bene cios das referidas tária.
en dades. Sua administração é composta por um presidente e quatro di-
O Decreto nº 7.123, de 03 de março de 2010, dispõe sobre a or- retores, nomeado pelo presidente da República, com aprovação do
ganização e o funcionamento do Conselho Nacional de Previdência Senado.
Complementar (CNPC) e dá outras providências. As competências da CVM são:
Atribuições Desenvolvimento do mercado.
Realizar sessões ordinárias e extraordinárias sobe assuntos re- E ciência e funcionamento do mercado
lacionados à previdência complementar fechada que culminam em Proteção dos inves dores
resoluções, recomendações e outros atos do CNPC, após os votos Acesso à informação adequada
de todos os seus integrantes. Fiscalização e punição

INSTITUIÇÕES SUPERVISORAS E EXECUTORAS SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS (SUSEP)


São as ins tuições do Sistema Financeiro Nacional que buscam A SUSEP é uma autarquia que segue as normas do CNSP, vin-
através de ações executoras, fazer com que todos os integrantes culada ao Ministério da Economia. A SUSEP é o órgão responsável
cumpram as regras e normas de seu segmento. pelo controle e scalização dos mercados de seguro, previdência
BANCO CENTRAL DO BRASIL (BCB) complementar aberta, capitalização e resseguro (seguro de um se-
guro já existente). Foi criada pelo Decreto-lei nº 73, de 21 de no-
O Banco Central é uma autarquia, criado pela Lei nº
vembro de 1966.
4.595/1964 e com autonomia estabelecida pela Lei Complementar
A SUSEP é administrada por um Conselho Diretor, com-
nº 179/2021. A lei que prevê a autonomia ao Banco Central de-
posto pelo Superintendente e por quatro Diretores. Compe-
termina que o presidente do banco tenha mandato xo de quatro
te ao Colegiado xar as polí cas gerais da Autarquia, com vis-
anos, não coincidente com o de Presidente da República. Essa no-
tas à ordenação das a vidades do mercado, cumprir e fazer
meação con nua sendo feita pelo Presidente da República e apro-
cumprir as deliberações do CNSP e aprovar instruções, circula-
res e pareceres de orientação em matérias de sua competência.

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A presidência do Colegiado cabe ao Superintendente que tem, ain- decretar intervenção e liquidação extrajudicial das en dades
da, como atribuições, promover os atos de gestão da Autarquia e fechadas de previdência complementar e nomear interventor ou
sua representação perante o Governo e à Sociedade. liquidante, nos termos da lei;
Atribuições nomear administrador especial de plano de bene cios especí-
co, podendo atribuir-lhe poderes de intervenção e liquidação ex-
Fiscalizar a cons tuição, organização, funcionamento e ope- trajudicial, na forma da lei;
ração das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, En dades de promover a mediação e a conciliação entre en dades fechadas
Previdência Privada Aberta e Resseguradores, na qualidade de exe- de previdência complementar e entre as en dades e seus par ci-
cutora da polí ca traçada pelo CNSP; pantes, assis dos, patrocinadores ou ins tuidores, bem como diri-
Atuar no sen do de proteger a captação de poupança popular mir os li gios que lhe forem subme dos na forma da Lei nº 9.307,
que se efetua através das operações de seguro, previdência privada de 23 de setembro de 1996;
aberta, de capitalização e resseguro;
Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos merca- enviar relatório anual de suas a vidades ao Ministério da Fa-
dos supervisionados; zenda e, por seu intermédio, ao Presidente da República e ao Con-
Promover o aperfeiçoamento das ins tuições e dos instrumen- gresso Nacional; e adotar as providências necessárias ao cumpri-
tos operacionais a eles vinculados, com vistas à maior e ciência do mento de seus obje vos.
Sistema Nacional de Seguros Privados e do Sistema Nacional de Ca-
pitalização;
INSTITUIÇÕES OPERADORAS
Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, asse-
gurando sua expansão e o funcionamento das en dades que neles São todas as ins tuições que não fazem parte dos sistemas nor-
operem; ma vos ou supervisor, aquelas que lidam com o público, através de
Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o serviços de intermediação nanceira ou demais serviços nancei-
mercado; ros.
Disciplinar e acompanhar os inves mentos daquelas en da- Bancos - São as ins tuições nanceiras que fazem a interme-
des, em especial os efetuados em bens garan dores de provisões diação entre os recursos dos agentes poupadores e tomadores de
técnicas; recursos. Além disso, prestam serviços de custódia de dinheiro e
Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as demais serviços nanceiros, como abertura de contas, nancia-
a vidades que por este forem delegadas; mentos, emissão de cartões, recebimentos de tulos, etc.
Prover os serviços de Secretaria Execu va do CNSP. Os bancos estão sob a supervisão do Banco Central.
SUPERINTENDÊNCIA NACIONAL DE PREVIDÊNCIA COMPLE- Os bancos podem ser classi cados em: Bancos múl plos, ban-
MENTAR (PREVIC) cos comerciais, bancos de inves mento, bancos de desenvolvimen-
A Superintendência Nacional de Previdência Complementar to, bancos de câmbio e bancos digitais.
(Previc) é uma autarquia, que segue as normas do CNPC, vinculada Administradoras de Consórcio – É a pessoa jurídica, autorizada
ao Ministério da Economia, responsável pela supervisão, scaliza- pelo Banco Central a prestar serviços na formação e administração
ção e execução de polí cas das en dades fechadas de previdência de grupos de consórcio. Apenas empresas cadastradas e scaliza-
complementar (fundos de pensão). das pelo Banco Central podem operar nesse segmento, pois infor-
A Previc, de acordo com o Decreto nº 8.992, de 20 de feverei- mam periodicamente o órgão sobre seus registros das a vidades
ro de 2017, é administrada por um Diretor-Superintendente e mais dos consórcios.
quatro diretores. Bolsa de Valores – É o ambiente onde ocorrem as negociações
Atribuições de a vos nanceiros, como ações e tulos. Quando uma empresa
As principais competências da Previc, segundo o Decreto nº tem necessidade em captar recursos nanceiros e não tem interes-
8.992, de 20 de fevereiro de 2017, são: se nos inves mentos oferecidos pelas ins tuições nanceiras, ela
pode oferecer suas ações na bolsa de valores.
proceder à scalização das a vidades das en dades fechadas É função das bolsas de valores permi r que as negociações
de previdência complementar e das suas operações; ocorram de forma mais segura, e ciente e justa. As corretoras fa-
apurar e julgar as infrações e aplicar as penalidades cabíveis; zem as intermediações entre compradores e vendedores.
expedir instruções e estabelecer procedimentos para a aplica- Seguradoras e Resseguradoras – As seguradoras são empresas
ção das normas rela vas à sua área de competência; que assumem o risco e indenizam o segurado dentro das condições
da apólice. Porém, elas trabalham com um limite de aceitação de
autorizar: a cons tuição e o funcionamento das en dades fe-
riscos, para que não ocorra incapacidade no cumprimento dessas
chadas de previdência complementar e a aplicação dos respec vos
obrigações.
estatutos e dos regulamentos de planos de bene cios; as operações
de fusão, cisão, incorporação ou qualquer outra forma de reorga- As resseguradoras colocam a disposição das seguradoras o ca-
nização societária, rela vas às en dades fechadas de previdência pital nanceiro necessário para que sejam aceitos riscos acima do
complementar; a celebração de convênios e termos de adesão por limite estabelecido.
patrocinadores e ins tuidores e as re radas de patrocinadores e En dades Fechadas de Previdência Complementar (Fundos
ins tuidores; e as transferências de patrocínio, grupos de par ci- de Pensão) – São grupos que administram previdências privadas
pantes e assis dos, planos de bene cios e reservas entre en dades de uma determinada categoria. Funcionam através da capitalização
fechadas de previdência complementar; de recursos de uma empresa e de um empregado, por exemplo,
harmonizar as a vidades das en dades fechadas de previdên- bancários.
cia complementar com as normas e as polí cas estabelecidas para Caixas Econômicas - Empresas públicas, com prestação de
o segmento; serviços de bancos comerciais, porém, com foco em programas de
desenvolvimento socioeconômico. No Brasil, a única ins tuição em
funcionamento desse po é a Caixa Econômica Federal (CEF).
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A CEF é a responsável pelos recursos do Fundo de Garan a por Sociedades de capitalização - são en dades, cons tuídas sob a
Tempo de Serviço (FGTS), do PIS, Seguro-Desemprego e detentora forma de sociedades anônimas, que negociam contratos ( tulos de
da venda dos jogos da loteria federal. Sua prioridade é a concessão capitalização) que têm por objeto o depósito periódico de presta-
de recursos para inves mentos em programas sociais, como habita- ções pecuniárias pelo contratante, o qual terá, depois de cumprido
ção, saúde, emprego e renda, esporte, etc. o prazo contratado, o direito de resgatar parte dos valores deposita-
Coopera vas de Crédito – São organizações formadas por um dos corrigidos por uma taxa de juros estabelecida contratualmente;
grupo de pessoas unidas por um obje vo cole vo. As coopera vas conferindo, ainda, quando previsto, o direito de concorrer a sor-
de crédito prestam serviços nanceiros, como abertura de conta teios de prêmios em dinheiro.
corrente, emissão de cheques e cartões, aplicações nanceiras, REFERÊNCIAS
nanciamentos, etc. Porém, nas coopera vas de créditos, o clien- Disponível em: h ps://www.bcb.gov.br/estabilidade nanceira/sfn,
te também pode ser dono do negócio. Assim como os bancos, as acesso em 13/07/2021.
coopera vas também são uma opção segura, pois suas a vidades Disponível em: h ps://www.bcb.gov.br/acessoinformacao/cmn, aces-
são supervisionadas pelo Banco Central do Brasil, e contam com a so em 13/07/2021.
proteção do Fundo Garan dor de Crédito, que devolve o dinheiro Disponível em: h ps://www.gov.br/fazenda/pt-br/assuntos/cmn,
de depósito dos clientes até um valor determinado. acesso em 13/07/2021.
Diferente dos bancos, as coopera vas de crédito não visam lu- Disponível em: h p://novosite.susep.gov.br/, acesso em 14/07/2021.
cro. Disponível em: h p://www.susep.gov.br/menu/a-susep/
Corretoras e Distribuidoras – São empresas cons tuídas sob apresentacao?_ga=2.180533860.2111541974.1626328556-
a forma de sociedade anônima, que intermediam inves mentos 1054157232.1626220132, acesso em 14/07/2021.
entre as bolsas de valores e os inves dores. Necessitam de obri- Disponível em: h p://www.susep.gov.br/setores-susep/seger/estrutu-
gatoriamente de autorização da CMV e do Banco Central para que ra, acesso em 15/07/2021.
possam atuar no SFN. Disponível em: h ps://www.gov.br/economia/pt-br/orgaos/en dades-
Bolsa de Mercadorias e Futuros – Desde 2017, a BM&F Boves- -vinculadas/autarquias/previc/acesso-a-informacao/ins tucional/a-
pa se uniu com a Ce p, formando a B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), uma -previc, acesso em 15/07/2021.
das principais empresas de infraestrutura de mercado nanceiro do Disponível em: h ps://www.bcb.gov.br/estabilidade nanceira/coope-
mundo. ra vacredito, acesso em 15/07/2021.
Disponível em: h ps://www.bcb.gov.br/estabilidade nanceira/bancos-
En dades Abertas de Previdência – Grupos que administram
caixaseconomicas, acesso em 15/07/2021.
previdências privadas des nadas ao público em geral nem necessi-
Disponível em: h ps://www.bcb.gov.br/estabilidade nanceira/ins tui-
dade de fazer parte de uma determinada categoria. Por exemplo, a
coesnaobancarias, acesso em 15/07/2021.
previdência oferecida pelos bancos e ins tuições nanceiras.
Disponível em: h ps://www.bcb.gov.br/estabilidade nanceira/admi-
Ins tuições de Pagamentos – É uma pessoa jurídica que exerce nistradoraconsorcio, acesso em 15/07/2021.
a vidades de compra e venda e movimentação de recursos, através Disponível em: h ps://www.bcb.gov.br/estabilidade nanceira/admi-
de um arranjo de pagamento, sem a concessão de emprés mos e - nistradoraconsorcio, acesso em 15/07/2021.
nanciamentos. Assim, o cliente pode realizar transações nanceiras Disponível em: h ps://www.bcb.gov.br/pre/composicao/sc.asp?fra-
sem a necessidade de vínculos com bancos ou outras ins tuições me=1, acesso em 15/07/2021.
nanceiras; apenas u lizando um instrumento como cartão pré-pa- Disponível em: h p://www.b3.com.br/pt_br/, acesso em 15/07/2021.,
go ou aparelho móvel. acesso em 15/07/2021.
As ins tuições são geralmente regulamentadas e scalizadas Disponível em: h ps://www.bcb.gov.br/estabilidade nanceira/ins tui-
pelo Banco Central. São classi cadas nas seguintes modalidades: caopagamento, acesso em 15/07/2021.
Emissor de moeda eletrônica: ins tuição que disponibiliza Disponível em: h ps://www.gov.br/cvm/pt-br/acesso-a-informacao-c-
o serviço do po pré-pago. Nesse caso, os recursos devem estar vm/ins tucional/sobre-a-cvm, acesso em 15/07/2021.
disponíveis no momento da transação. Como, emissores de cartão Disponível em: h p://www.b3.com.br/pt_br/b3/ins tucional/quem-
vale-refeição. -somos/, acesso em 15/07/2021
Emissor de instrumento de pagamento pós-pago: ins tuição de
pagamento que gerencia contas de pagamento do po pós-paga, MERCADO FINANCEIRO E SEUS DESDOBRAMENTOS MER
em que os recursos depositados já estão comprome dos. Exemplo, CADOS MONETÁRIO, DE CRÉDITO, DE CAPITAIS E CAM
ins tuições nanceiras emissoras de cartão de crédito (o cartão de BIAL
crédito é o instrumento de pagamento).
Credenciador: ins tuição de pagamento que habilita recebe-
dores a aceitarem instrumentos de pagamentos. Por exemplo, ins- Mercado Monetário
tuições com em estabelecimento comercial que aceite cartão de O mercado monetário é um dos mercados que faz parte do
pagamento. mercado nanceiro e do Sistema Financeiro Nacional (SFN). Logo,
Iniciador de transações de pagamento: Não gerencia conta de é regulamentado e supervisionado pelo CMN e Banco Central do
pagamento ou tem poder sobre os recursos sobre os recursos trans- Brasil.
feridos nas transações de pagamentos iniciadas. Como, ins tuições O mercado monetário é caracterizado pelas negociações de -
nanceiras ou de pagamento em que as transações sejam realiza- tulos públicos do Tesouro Nacional (LTN LFN) e privados (CDB), de
das sem a u lização de cartão. curto e cur ssimo prazo, e tem desempenho fundamental com a
Ins tuições não bancárias – Aquelas que não recebem depó- liquidez monetária, que por sua vez in uencia toda economia, atra-
sitos à vista, nem podem criar moeda. Operam apenas com a vos vés da in ação e a taxa de juros. É por meio dos tulos públicos que
não monetários, como ações, CDBs, tulos, letras de Câmbio e de- o Banco Central atua neste mercado visando a ngir os obje vos do
bêntures. governo quanto à in ação e a taxa de juros, visto que ao comprar
tulos públicos, ele aumenta a oferta de moeda no sistema, geran-

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do uma baixa na taxa de juros e uma alta na in ação e, ao vender MOEDA E POLÍTICA MONETÁRIA: POLÍTICAS MONETÁRIAS
tulos públicos, ele diminui a oferta de moeda no sistema, gerando CONVENCIONAIS E NÃO CONVENCIONAIS QUANTITATIVE
uma alta na taxa de juros e uma baixa na in ação. EASING ; TAXA SELIC E OPERAÇÕES COMPROMISSADAS; O
Mercado de Crédito DEBATE SOBRE OS DEPÓSITOS REMUNERADOS DOS BAN
O mercado de crédito é aquele onde se encontram os agentes COS COMERCIAIS NO BANCO CENTRAL DO BRASIL
econômicos tomadores e tomadores de recursos. Os agentes eco-
nômicos são as pessoas sicas e jurídicas e as ins tuições nancei-
ras, que buscam e oferecem recursos e nanciamentos. Polí cas monetárias convencionais
As principais operações são: Polí ca monetária convencional é um dos instrumentos para
manter a economia em plena estabilidade. Esse po de polí ca
Pessoa sica - crédito ao consumidor, crédito consignado, che- monetária é u lizado quando apenas os instrumentos básicos são
que especial, cartão de crédito, leasing, etc. capazes de equilibrar o mercado.
Sendo assim, é por meio dela que se dá o controle da oferta de
Pessoa jurídica - emprés mo para capital de giro, nanciamen- dinheiro no país. Suas diretrizes são determinadas pelo Conselho
to de máquinas e equipamentos, nanciamento de projetos, etc. monetário Nacional (CMN).
Para controlar a oferta de dinheiro no país, a polí ca monetária
Essas relações tem algumas caracterís cas que precisam ser atua u lizando as seguintes ferramentas:
de nidas em contrato, que se fundamentam em normas e scaliza-
ções do mercado nanceiro para que possam ser realizadas, como Depósito Compulsório – É o valor mínimo que cada banco deve
os períodos que podem ser de curto, médio ou longo prazo; valor, ter guardado em seus cofres ao nal do dia, mesmo com grande
forma de liquidação, taxa de juros, riscos, garan as e des nação movimento de saque por parte dos clientes, este valor é uma espé-
dos recursos. cie de reserva dos bancos. Existe um percentual de depósito com-
Mercado de Capitais pulsório, porém, não é xo. Quando o governo quer que os bancos
É o ambiente composto por empresas e inves dores. Muitas emprestem mais recursos, esse valor é reduzido; para o caso de me-
vezes as empresas necessitam de recursos para projetos diversos e nos dinheiro circulando, há um aumento desse percentual.
buscam os inves dores, que são as pessoas com recursos e interes- Compra e venda de tulos públicos – Quando o governo tem a
se disponíveis. necessidade de rar dinheiro da economia, vende tulos públicos
Sua principal função é possibilitar aos inves dores boas opor- ao mercado com uma taxa atra va, mantendo o valor arrecada-
tunidades de inves mento através de empresas que estão dispos- do em caixa. No caso contrário, o governo recompra esses tulos
tas a aceitar novos sócios. públicos e permite uma oferta maior de crédito. É uma operação
No mercado de capitais a empresa assume o compromisso de realizada pelo Banco Central, mantendo o equilíbrio de moeda na
retorno com o inves dor, através da emissão de tulos e ações, dis- economia.
ponibilizadas no mercado. Dessa forma o mercado de capitais sur-
giu para aproximar aqueles inves dores que gostariam de inves r Redesconto bancário – É a taxa cobrada pelo emprés mo de
em empresas e de empresas que precisam de recursos para proje- dinheiro aos bancos que não conseguiram manter ao nal do dia,
tos de inves mento. o valor do depósito compulsório determinado pelo Banco Central.
Essa taxa é que vai determinar se ao longo do expediente os bancos
Mercado Cambial emprestaram mais ou menos recursos; pois quando está baixa é
É um dos principais mercados existentes dentro mercado nan- mais favorável pegar dinheiro com o Banco Central para suprir o
ceiro, fazendo parte do Sistema Financeiro Nacional, sendo norma- depósito compulsório.
zado e supervisionado pelo CMN e pelo Banco Central.
É o local em que ocorrem as transações envolvendo moedas de O governo pode também, através da polí ca monetária, atuar
diversos países (divisas internacionais). Essas operações consistem de forma expansionista, deixando mais dinheiro na economia. Para
na troca de uma moeda base por outra moeda cotada, como paga- isso, basta diminuir o depósito compulsório, comprar tulos públi-
mentos, recebimentos, transferências, inves mentos, etc. cos e diminuir a taxa de redesconto.
Por ser globalizado, este mercado, tem seu funcionamento du- Já, para reduzir a quan dade de recursos na economia e atuar
rante 24 horas em cinco dias da semana; tendo ainda a facilidade de forma contracionista, faz o processo inverso, aumentando o va-
de ser descentralizado e eletrônico. É dividido em duas partes, sen- lor do depósito compulsório, vendendo tulos e elevando a taxa de
do o mercado primário aquele que realiza transações por turistas, redesconto.
importadores e exportadores, e o secundário, em que ocorrem as Polí cas monetárias não convencionais (Quan ta ve Easing)
transações autorizadas pelo Banco Central. Ou seja, mercado cam- Quanta ve Easing (QE) são formas de polí cas monetárias não
bial, é onde as moedas dos países são negociadas, possibilitando o convencionais. Apesar de não muito usuais, tem função de es mu-
comércio, turismo e inves mentos internacionais. lar a economia. U lizados quando a economia está em crise, com
in ação muito baixa, taxas de juros também muito baixas; em que
o Banco Central já pra camente esgotou todas as formas conven-
cionais da polí ca monetária.
Sãos medida em que o Banco Central compra tulos do gover-
no ou demais tulos do mercado para reduzir as taxas de juros e
aumentar a oferta de dinheiro na economia. Alguns especialistas
consideram essas ações como polí cas ar cias de criação de moe-
da, pois o dinheiro é circulado apenas de forma eletrônica.

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Num cenário de possível recessão, apesar da demanda por cré- O debate sobre os depósitos remunerados dos bancos comer-
dito, as ins tuições nanceiras irão se resguardar e manter dinheiro ciais do Banco Central do Brasil
em seus caixas. Assim, é necessário que o Banco Central es mule a Foi aprovado em 22/06/2021, o Projeto de Lei nº 3.877/2020,
economia u lizando opções não convencionais. autorizando o Banco Central a receber das ins tuições nanceiras
Esse aumento de liquidez impacta a economia, por exemplo, depósitos voluntários, mediante remuneração. Segue agora para
es mulando o consumo, inves mentos e nanciamentos; a moeda sanção do Presidente.
perde o valor, aumentando a in ação até a sua meta; queda da taxa O obje vo é que o Banco Central disponha de mais um instru-
de juros mais longas, proporcionando maior oferta de crédito. mento para controlar a quan dade de moeda que circula na econo-
Taxa SELIC mia e também a in ação, sem aumentar a dívida pública.
A SELIC é a taxa básica de juros da economia e o principal ins- Atualmente o Banco Central u liza como principal ferramenta
trumento de polí ca monetária aplicado pelo Banco Central do de controle de liquidez as operações compromissadas, porém esta
Brasil. Ela é u lizada pelos bancos e outras ins tuições nanceiras. faz a dívida pública aumentar, pois é incluída diretamente em seu
Quando um banco está precisando de dinheiro para fechar a conta total.
do dia, ele pode pegar um emprés mo com outro banco, dando
como garan a tulos emi dos pelo Governo. A taxa Selic é a refe- ORÇAMENTO PÚBLICO, TÍTULOS DO TESOURO NACIONAL
rência para as demais taxas de juros da economia, ou seja, é a base E DÍVIDA PÚBLICA
para de nir o custo do crédito no Brasil.
Quando um banco pega dinheiro emprestado pagando a SELIC
de juros para sustentar seu negócio, ele vai emprestar esse dinheiro
Orçamento Público
para seus clientes cobrando no mínimo, a SELIC mais seus custos.
Por isso que as taxas de juros cobradas nos emprés mos, nancia- Orçamento público é o planejamento público nanceiro que
mentos, cheque especial, ou no cartão de crédito são maiores que detalha o quanto haverá de entradas e saídas de dinheiro do gover-
a SELIC; pois as ins tuições incluem no valor principal custos opera- no para manter os serviços públicos funcionando em equilíbrio com
cionais; o risco de inadimplência, a taxa de impostos e o seu lucro. as contas públicas.
Quando a SELIC sobe, todas as outras taxas de juros aumen- Existem três instrumentos importantes que devem ser conside-
tam. Com juros mais altos as pessoas pegam menos emprés mos e rados no momento da de nição desse orçamento nas esferas muni-
nanciamentos. Esse movimento deses mula o consumo e favore- cipal, estadual e federal:
ce a queda da in ação. Quando a SELIC é reduzida, as outras taxas
de juros tendem a cair também, es mulando o consumo. Quem Plano Plurianual (PPA) – Documento que prevê metas e obje -
decide a Taxa Selic é o COPOM (Comitê de Polí ca Monetária). O vos de médio prazo para o governo. Considerado um planejamen-
COPOM é formado pelo Presidente e pelos diretores do Banco Cen- to estratégico de grandes inves mentos. Contém a realização de
tral. Eles se reúnem oito vezes ao ano, a cada 45 dias, na sede do obras grandiosas, como a manutenção ou construção de rodovias,
Banco Central em Brasília. Nessa reunião é de nido se a Taxa SELIC hidrelétricas, aeroportos etc. Além disso, o PPA é elaborado e dis-
aumenta, diminui ou se mantém. A taxa SELIC é uma meta de ni- cu do a cada quatro anos.
da pelo COPOM, portanto ela não é cumprida por força de norma, Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) – É elabora e discu da
e sim da compra e venda de tulos públicos do Governo Federal, anualmente para de nir as prioridades de curto prazo do governo,
uma operação que busca aproximar a taxa real da meta de nida além de orientar a maneira que serão executadas no ano seguin-
pelo COPOM. E esses tulos são negociados em um sistema admi- te, como reajuste do salário-mínimo, tributos, o quanto o governo
nistrado pelo próprio Banco Central, chamado Sistema Especial de deve poupar para pagar a própria dívida, inves mentos em agên-
Liquidação e Custódia, por isso, o nome da Taxa Selic. cias de fomento etc. O Presidente da República tem até a data de
Operações Compromissadas 15 de abril para enviar esse documento para a Comissão Mista de
Orçamento, que é formada com o intuito de analisar essa proposta,
Trata-se de uma operação de compra e venda através de ban-
seguindo para a votação no Congresso. Essa votação deve ocorrer
co ou outra ins tuição nanceira, que é feita com o compromisso
até a data de 07 de julho; prazos de nidos pela Cons tuição.
de ser refeita, porém, ao contrário, envolvendo a vos nanceiros,
como tulos públicos, por exemplo. Lei Orçamentária Anual (LOA) – Plano de ação apresentado e
Assim, o vendedor assume o compromisso de recompra do - discu do sempre no nal do ano, com base nos obje vos do PPA e
tulo, enquanto o comprador compromete-se a vender esse tulo nas prioridades da LDO. Nela estão descritas receitas e despesas. O
com a mesma ins tuição da primeira operação, em data menciona- Presidente da República tem até o dia 3 de agosto para encaminhar
das pelas partes em contrato. esse documento à Comissão Mista de Orçamento, seguindo depois
As negociações ocorrem em duas etapas, a primeira chamada para o plenário do Congresso, onde será votado até o dia 22 de
“ida”, pois é quando a ins tuição vende o tulo; a segunda chama- dezembro.
da “volta”, quando há a recompra do mesmo tulo. No momento
Segundo a Cons tuição, esse é o caminho que o orçamento pú-
da negociação, deverão constar em contrato, algumas informações,
blico deve percorrer, passando pelas etapas do PPA, LDO e LOA, de
como a data da recompra e o valor, que geralmente é o mesmo.
forma organizada e planejada.
Podem adquirir tulos nessas condições qualquer pessoa sica
ou jurídica, no entanto, só poderá vender ins tuições autorizadas Títulos do Tesouro Nacional
para este po de serviço e que sigam as normas previstas na Re- O Tesouro Direto é o Programa do Tesouro Nacional, em parce-
solução 3.339/20076, emi da pelo Conselho Monetário Nacional. ria com a B3. Ao inves r nesses tulos, os recursos serão empres-
tados para o governo federal aumentar inves mentos em saúde,
educação, segurança etc. Em troca, o inves dor recebe será remu-
nerado, através do principal mais juros.

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São inves mentos considerados com o menor risco do merca- Caso a fatura não seja paga na data, ocorrerão acréscimos de
do, pois estão 100% garan dos pelo Tesouro Nacional. A rentabili- multas e juros. Se for paga na data do vencimento, com valor menor
dade varia conforme o tulo escolhido e se a remuneração é pré ou que o total, o cliente u lizará o crédito rota vo.
pós- xada; e se será recebido em parcelas semestrais ou acumula-
dos no vencimento. Cartões de débito
Existem tulos de curto, médio e longo prazos, e todos pos-
suem liquidez diária; assim, o resgate antecipado pode ocorrer con-
forme a necessidade do inves dor, pois a recompra dos tulos é ga- Ao realizar pagamentos u lizando os cartões de débito, o des-
ran da pelo governo. O Tesouro Nacional pagará o valor pelo qual o conto será automá co do saldo de conta corrente (saldo posi vo ou
tulo está sendo negociado na data; valor este que não é xo. cheque especial). É considerado sempre como pagamento à vista,
Como os demais inves mentos, existem as taxas de administra- pois u liza o dinheiro que já disponível.
ção da ins tuição nanceira e a taxa de custódia da B3, além de IR e Rede de aceitação (adquirências)
IOF. Antes de inves r é importante observar qual o tulo que possui As adquirentes são as redes de aceitação de cartões, como a
as melhores condições conforme o obje vo do inves dor. Cielo, Rede, GetNet, etc. São responsáveis por fazer a comunicação
Os tulos do Tesouro Nacional são: da bandeira do cartão.
Elas irão processar os dados e após alguns dias farão o repasse
Tesouro pre xado - Esse tulo vence em 01/07/2024. Título do valor das compras aos lojistas, mediante taxa de transação.
pre xado, ou seja, no momento da compra, você já sabe exatamen- As adquirentes vão garan r algumas vantagens como, facilida-
te quanto irá receber no futuro (sempre R$ 1.000 por unidade de de na cobrança e menor taxa na transação. Porém, também podem
tulo). Atualmente sua rentabilidade anual é de 8,14%, com inves- trazer alguns problemas, como falta de comunicação por alguns
mento mínimo de R$ 31,63. instantes; nesse caso o lojista ca impossibilitado de receber suas
vendas. Além do fato de, no caso algum serviço complementar ser
Tesouro IPCA+ - Esse tulo vence em 15/08/2026. Título pós- -
necessário, deverá em muitos casos, optar pela contratação a parte,
xado, uma vez que parte do seu rendimento acompanha a variação
o que aumenta a burocracia para lojistas de pequeno porte.
da taxa de in ação (IPCA). Sua rentabilidade atual é de 3,74% e seu
Com o tempo, foram criadas as subadquirentes, que são in-
inves mento mínimo é de R$ 59,02.
termediárias de pagamentos, fazendo a mediação entre lojistas e
Tesouro SELIC - Esse tulo vence em 01/09/2024. Título com adquirentes. Capazes também de aprovar transações, além de ter
rentabilidade diária vinculada à taxa de juros da economia (taxa Se- serviços an fraudes.
lic). Isso signi ca que se a taxa Selic aumentar a sua rentabilidade Existem também as empresas conhecidas como gateways,
aumenta e se a taxa Selic diminuir, sua rentabilidade diminui. Renta- que atuam apenas no mundo virtual, da mesma maneira que as
bilidade atual de 0,2323%, com inves mento mínimo de R$ 108,12. “maquininhas” de recebimento, porém, apenas nas empresas de
e-commerce.
Dívida Pública Bandeiras de cartão
É o conjunto de tulos emi dos pelo governo para obter di- Empresas como Visa, Mastercard, Elo, etc. representam as
nheiro de seus cidadãos, de outros países ou do mercado nanceiro bandeiras dos cartões. Elas trabalham para de nir onde os cartões
e custear suas despesas. Na venda desses tulos, o governo se com- serão aceitos, pois também indicam as máquinas dos estabeleci-
promete em receber o tulo e devolver o valor pago, acrescido de mentos.
juros, na data de seu vencimento. Visa e Mastercard são as bandeiras mais aceitas no mundo; a
O governo recorre a venda de tulos e se endivida, pois mui- Elo é uma bandeira nacional, ainda aceita apenas no Brasil.
tas vezes, o valor da arrecadação de impostos não é su ciente para Além da aceitação, a bandeira é responsável pela comunicação
cobrir todas as despesas e custos com serviços oferecidos a popu- entre ela, a empresa da máquina e o emissor do cartão no momen-
lação, compra de bens e serviços e com o pagamento de seus ser- to em que ocorre a compra para a conclusão da transação.
vidores. A bandeira pode oferecer também promoções, descontos, se-
guros e vantagens exclusivas para seus clientes. Quanto melhor a
modalidade do cartão, melhores serão os bene cios oferecidos.
PRODUTOS BANCÁRIOS: NOÇÕES DE CARTÕES DE CRÉDI Depósitos à vista, depósitos a prazo (CDB e RDB) e letras de
TO E DÉBITO, CRÉDITO DIRETO AO CONSUMIDOR, CRÉDI câmbio
TO RURAL, POUPANÇA, CAPITALIZAÇÃO, PREVIDÊNCIA, Depósitos à vista
CONSÓRCIO, INVESTIMENTOS E SEGUROS Conhecidos como depósitos em conta corrente, representam a
entrega de valores as ins tuições nanceiras, para que sejam guar-
dados ou aplicados, com resgate total ou parcial no momento em
Cartões de crédito e débito que o cliente necessitar.
Também é uma forma de captação de recursos pelos bancos,
Cartões de crédito porém, sem remuneração, já que possuem liquidez imediata.
Para a u lização de cartões de crédito não é necessário ter di- Depósitos a prazo
nheiro em conta, pois as compras vêm para pagamento através de Inves mentos em que o cliente deve aguardar o prazo de ven-
uma fatura com prazo de vencimento de até 40 dias após o consu- cimento para resgatá-lo, conforme contrato.
mo, ou em várias parcelas. Cer cado de Depósito bancário (CDB) e Recibo de Depósito
É uma espécie de emprés mo, com a administradora ou ins- Bancário (RDB) são os principais instrumentos de depósitos a prazo.
tuição nanceira, pois os comerciantes recebem em poucos dias Considerados inves mentos, pois são aplicados em troca de remu-
após a compra, mas o pagamento ocorre em um período posterior. neração de juros.

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CDB – Possui liquidez diária e pode ser regatado a qualquer Commercial papers
momento (sob aviso prévio). Tem emissão digital e sica. Susce - São tulos de crédito emi dos por empresas não nanceiras
veis a incidência de IR e IOF, possuem garan a pelo Fundo Garan - da modalidade Sociedades Anônimas (S.A’s), com necessidade de
dor de Crédito em até R$ 250.000,00 por tulo, (limitado a quatro captar recursos no mercado interno para nanciar suas necessida-
por CPF ou CNPJ). des de uxo de caixa.
RDB – Título de renda xa emi do pelas ins tuições nan- Tem um prazo de mínimo de 30 dias e máximo de 180 ou 360.
ceiras. Nesse inves mento o cliente empresta dinheiro para uma Para S.A’s de capital fechado é de até 180 e com capital aberto de
ins tuição nanceira e no vencimento tem o retorno do capital in- até 360.
ves do mais o rendimento. Sofre incidência de IR e de IOF apenas É uma operação considerada alterna va para emprés mos
quando resgatado num prazo menor que 30 dias após a aplicação. bancários convencionais, possibilitando redução nas taxas de juros
Tem a segurança do Fundo Garan dor de Crédito nas mesmas con- devida eliminação da intermediação nanceira e também mais ra-
dições do CDB. pidez e simplicidade na negociação entre tomadores e inves dores.
Letras de câmbio LC’s) Arrecadação de tributos e tarifas públicas
São tulos de renda xa que permitem que o dinheiro seja em- Toda a arrecadação de tributos e tarifas públicas, obrigatoria-
prestado a uma nanceira. Podem ser pré e pós xadas ou híbridas. mente transita pelas ins tuições nanceiras para seu pagamento.
Pré xada: Indicam a rentabilidade nal no momento da apli- São serviços prestados através de convênios especí cos de arreca-
cação inicial. dação e repasse.
Pós xada: A rentabilidade total será apresentada apenas no Geralmente, o poder público mantém um banco preferencial
vencimento do tulo. conveniado para centralizar suas arrecadações e iden car paga-
Híbrida: Parte do valor está na modalidade pré e a outra meta- mento dos contribuintes.
de na pós xada. Tributo: Cobrança coerci va, realizada pelo agente público
São asseguradas pelo Fundo Garan dor de Crédito (FGC), no (união, estados e municípios) em relação à pessoa sica e jurídica
valor de até R$ 250.000,00, com um limite total de R$ 1.000.000,00. (impostos, taxas e contribuições).
Sofrem incidência de IOF e também de IR. Tarifas Públicas: Pagamento de serviços realizados por conces-
sionárias (água, luz, telefone e gás).
Cobrança e pagamento de tulos e carnês
Home/o ce banking e remote banking
A movimentação de tulos e carnês tem obje vo de processar
e controlar as operações realizadas com tulos e carnês enviados as Home/O ce Banking: Tecnologia desenvolvida para que os
ins tuições nanceiras por empresas ou pessoas sicas. clientes realizem operações bancárias fora das agências, através
dos recursos da internet, permi ndo economia de tempo. Esse sis-
Boleto tema favorece também a redução de custos e expansão de serviços
Título de cobrança regulamentado pelo BACEN. É muito popu- para as ins tuições nanceiras.
lar, podendo ser emi do por pessoas sicas e jurídicas, inclusive Remote Banking: Serviços disponíveis para que o cliente tenha
para pessoas que não possuem vínculo com algum banco, porém,
acesso a todo po de acesso fora de uma agência. Obje va reduzir
seu emissor dever ter conta corrente para que os valores recebidos custos de operação e geração de e ciência na relação entre ban-
sejam por lá, depositados. Seu pagamento pode ocorrer em esta- co e cliente. Ex. Banco 24 horas, atendimento telefônico, aplica -
belecimentos variados, como supermercados, lotéricas, etc. O valor
vos para celular e computadores diversos, atendimento via chat e
estará disponível em conta, um dia após a sua liquidação. Tem a WhatsApp.
facilidade de ser pago em supermercados, lotéricas, etc.
Para a realização deste serviço, os bancos estão autorizados a Corporate nance
cobrar tarifas conforme o contrato da conta corrente do cliente. É a prestação de serviços de ins tuições nanceiras de inves-
mento, para grandes empresas em negociações de aquisições, ci-
Carnê
sões, fusões, incorporações, etc.
Também um tulo de cobrança, representa a união de vários Os bancos, através de seus pro ssionais especialistas, auxiliam
boletos. São emi dos para compras parceladas, formalizando uma na análise de cálculo do valor das empresas envolvidas (valua on),
relação de crédito concedido entre vendedor e consumidor. Antes pesquisas de mercado para assegurar a jus ca va da operação.
de sua emissão, é necessário análise dos dados do cliente, com a - Além desse serviço, o banco concede, em muitos casos, em-
nalidade de determinar se este tem condições de pagar pelo objeto prés mos ou apoio na captação de recursos internos ou externos
de compra. para a realização da operação. É cobrada uma comissão sobre a
Transferência automá ca de fundos operação, geralmente uma taxa xa, acordada em contrato.
Prestação de serviços em que a ins tuição nanceira movimen- Fundos mútuos de inves mento
ta recursos de uma ou mais contas correntes para um ou mais fun- São fundos de inves mentos gerenciados por pro ssionais es-
dos. Para isso, o cliente antecipadamente autoriza o banco o movi- pecialistas no mercado nanceiro. Os fundos gerenciam recursos de
mentar suas contas. um grupo de inves dores, em carteiras diversi cadas de tulos e
É um serviço sem cobrança adicional para o cliente, além de valores mobiliários, com divisão de recursos (cotas de par cipação)
ser considerada uma maneira de gerenciar recursos do cliente, pois em partes iguais para todos.
dada a autorização, o banco pode também fazer o resgate de va- Os fundos são individuais, cada um com seu grau de risco e
lores (resgate automá co), transferindo-os da conta de aplicação custo de serviços de nidos desde o início. Os recursos arrecadados
para a conta corrente quando houver necessidade da cobertura de com as vendas das cotas são inves dos em tulos, que resultarão
possíveis valores que não estejam disponíveis. na rentabilidade dos fundos
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é o órgão responsá-
vel por normas, registros, autorizações, e supervisão dos fundos.

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Hotmoney A negociação é formalizada em contrato com a empresa ven-
São emprés mos de cur ssimo prazo (de 1 a 29 dias), des - dedora, mencionando que o banco nanciará recursos para a com-
nados as pessoas jurídicas para nanciar o capital de giro. Nesse pradora, realizando o pagamento da compra à vista, mediante des-
sistema, os recursos são transferidos entre mercados, com rapidez conto.
e e ciência referente aos ganhos. No entanto, suas taxas de juros Neste caso, apenas a empresa vendedora é cliente do banco,
são altas e seus prazos de pagamento, muito pequenos. por isso, celebra o contrato, a empresa compradora, que recebe o
As empresas optantes pelo hotmoney contratam o serviço crédito não precisa ser corren sta.
através de ins tuição nanceira e celebração de contrato. Compror nance: É a operação de nanciamento em que a ins-
Contas garan das tuição nanceira intermedia através de convênio uma negociação
de compra e venda entre duas empresas. Nesta situação, a empre-
É uma linha de crédito disponível na conta corrente para u li- sa compradora, cliente do banco rma contrato para aquisição de
zação no cur ssimo prazo. Está vinculada a uma garan a, como al-
mercadorias a vista, sendo nanciada pela ins tuição nanceira.
gum recebível ou garan a real (hipoteca, penhor, an crese). Após a
realização do contrato entre cliente e ins tuição nanceira, o limite Não há necessidade do envolvimento da vendedora. O paga-
estabelecido é disponibilizado. mento acontecerá em data futura, acordado em contrato.
Costumam ter taxas de juros mais baixas e limite de crédito Leasing ( pos, funcionamento, bens)
mais elevado devido as garan as. Leasing é um arrendamento mercan l. Neste processo, exis-
Crédito rota vo tem duas partes envolvidas, que podem ser tanto pessoas sicas
Modalidade de crédito muito u lizada para pagamento de car- como jurídicas.
tões de créditos, porém, também para cheque especial, caução de O arrendatário é que tem o direito da posse de uso temporário
duplicatas. Pessoas sicas e jurídica podem contar com este recur- de um bem, em troca do pagamento de parcelas mensais a empresa
so. que fez o arrendamento. É uma forma de desfrutar do bem, sem ne-
O limite de crédito é u lizado em um período curto, mediante cessidade de comprá-lo. Para que essa relação aconteça, é preciso
o pagamento com juros. do arrendador (empresa).
Ex. Fatura do cartão de crédito no valor de R$ 5.000,00; com
pagamento mínimo obrigatório de R$ 1.000,00; pagamento reali- Existem três pos de leasing:
zado de R$ 800,00. O saldo restante a pagar de R$ 4.200,00 é o
a) Leasing nanceiro: de longo prazo, em que o cliente manifes-
crédito rota vo.
ta o interesse na aquisição do bem. Ao nalizar o contrato, o bem já
Descontos de tulos terá sido pago. Caso não haja interesse em permanecer com o bem,
Modalidade de crédito, conhecida como a antecipação de re- este será vendido e se o recebido for menor que o valor de aqui-
cebíveis que o cliente tem e já apresentou a ins tuição nanceira sição, o arrendatário pagará por essa diferença; sendo este valor
como forma de garan a (nota promissória, cheques, etc.). maior, receberá o valor correspondente; chamado de Valor Residual
Por essa antecipação, o banco cobra uma taxa, chamada de Garan do (VRG). Para os bens com vida ú l de até cinco anos, o pra-
taxa de redesconto, de nida a par r de um percentual sobre o valor zo do contrato será de dois anos. Já os bens com vida ú l superior a
nominal ou futuro do tulo. Nessa antecipação de recurso incide o cinco anos, o contrato deverá ser de no mínimo, três anos.
IOF; e outros encargos bancários contratuais. b) Leasing operacional: de curto prazo, em que o arrendatá-
É geralmente u lizado por pessoas jurídicas, mas pessoas si- rio manifesta logo de início sua opção por não obrigatoriedade em
cas também tem acesso. adquirir o bem. São três opções ao nal desse contrato: adquirir o
Financiamento de capital de giro bem, renovar o bem, ou não renovar. Nessa modalidade, não existe
O nanciamento do capital de giro pode ocorrer de duas for- o VRG. Prazo mínimo de contrato, por 90 dias, não podendo ultra-
mas: passar 75% da vida ú l do bem.
a) Quando o capital de giro não está vinculado a algum gasto c) Sale and leaseback: modalidade em que o arrendatário ven-
exclusivo. de o bem a um terceiro, no entanto, con nua fazendo uso deste por
b) Quando está vinculado a compra de insumos ou material de meio de aluguel, formalizado em contrato.
estoque. Todos os contratos de leasing podem ter bens móveis e imó-
A movimentação dos recursos ocorre através de transferência veis.
para a conta do tomador. Financiamento de capital xo
O limite de nanciamento é determinado pela análise de crédi- As ins tuições nanceiras não tem muita opção para crédito
to do cliente e sua capacidade de pagamento. Os pagamentos po- quando se trata de capital xo. Esse capital geralmente necessita
dem variar conforme a necessidade da empresa. de valores muito altos, o que gera muita insegurança nos bancos,
Os bancos comerciais costumam ter muitas opções para nan- quanto ao cumprimento dessa obrigação, pelo volume de recursos
ciamento de capital de giro quanto a prazos, taxas, garan as. Po- e pelo período de amor zação muito longo.
rém, ocorre dessa modalidade de nanciamento ter taxas de juros Os recursos são liberados para nanciar itens que contribuam
mais baixas. Os recursos liberados podem ocorrer de forma isolada para o crescimento e desenvolvimento e funcionamento das em-
ou associada a inves mentos xos e possuem incidência de IOF. presas, como máquinas e equipamentos, instalações, etc.
As garan as para essa linha de crédito incluem alienação du- Assim, as ins tuições governamentais se dispõem com maior
ciária, penhora de recebíveis, hipoteca, etc. facilidade a nanciar em longo prazo, o capital xo; como o Banco
Vendor Finance e Compror Finance Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Vendor nance: É a operação de nanciamento em que a ins- As modalidades de crédito são:
tuição nanceira intercede por meio de convênio à negociação de Crédito Direto ao Consumidor (CDC): Concedidos por bancos e
compra de venda entre duas empresas. nanceiras, as pessoas sicas e jurídicas, na aquisição de bens e ser-
viços. Com pagamentos geralmente realizado em prestações men-
sais. Com incidência de juros, IOF e taxas de abertura de crédito.
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CDC com Interveniência (CDCI): Liberados apenas para empre- Não há limite de aplicação ou de resgate. Está isenta da tri-
sas exclusivos intermediários de seus clientes, garan ndo o paga- butação do IR e IOF. Os bancos não cobram pela manutenção das
mento. Tem os mesmos prazos e taxas do CDC, porém, menores; cadernetas de poupança.
pois não há risco por parte do cliente, mas sim, do seu intervenien- Financiamento à importação e à exportação: repasses de re-
te. cursos do BNDES
Crédito Direto (CD): Semelhante ao CDCI, em que a ins tuição Importação
se apropria da carteira dos lojistas e assume os riscos do crédito. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BN-
Crédito Automá co por Cheque: Concedido aos clientes espe- DES) é uma empresa pública e um dos maiores bancos de desenvol-
ciais, como um cheque especial. Com pagamento parcelado, com vimento do mundo.
taxas de juros pré xadas ou utuantes, aceitas pelos clientes e Por se tratar de um banco público e instrumento principal da
acordadas em contratos. União para nanciamento e inves mento de longo prazo; antes de
As garan as para essa linha de crédito incluem alienação du- conceder crédito, avalia o impacto que esse recurso causará nos
ciária, penhora de recebíveis, hipoteca, etc. setores socioambiental e econômico do Brasil.
Crédito direto ao consumidor Assim, antes de conceder nanciamentos para a importação
fará uma análise minuciosa para iden car se o bem a ser adquirido
não possui semelhança ou equivalência a outro produzido interna-
Linha de crédito, também conhecida como emprés mo pesso-
mente. Pois, a importação desse item permi ria concorrência para
al; des nada geralmente a pessoas sicas. Realizado por ins tuição
a produção daquele já existente, causando prejuízos e danos eco-
bancária ou ins tuição par cular (como lojas de departamento). Os
nômicos a economia e ao desenvolvimento sustentável da nação.
juros são considerados altos, devido a poucas garan as, pois o valor
é descontado diretamente da conta corrente. Conforme o BNDES:
“O apoio à importação de bens cará condicionado à compro-
vação de inexistência de similar nacional, u lizando-se, para essa
Crédito rural
comprovação, um dos seguintes documentos:
Crédito des nado aos produtores rurais, coopera vas de pro- a) Resolução da Câmara de Comércio Exterior (CAMEX) com a
dutores rurais, associação de produtores rurais, etc. Os recursos são lista de bens contemplados pelo regime de Ex-tarifário, constando
disponibilizados por ins tuições nanceiras, considerados especiais o bem a ser nanciado. A Resolução deverá estar em vigor na data
por terem taxas de juros abaixo do mercado. da aprovação e da contratação da operação;
Seu obje vo é es mular o crescimento da área rural, incen - b) Anotação realizada pelo Departamento de Comércio Exte-
vando e fortalecendo pequenos produtores, desenvolvendo as a - rior (DECEX) na própria licença de importação do bem nanciado,
vidades orestais e pecuárias, aumentando a produção através de atestando a inexistência de similar nacional;
métodos e cazes; es mulando a geração de renda e a mão de obra c) Atestado de en dade representa va ou de classe, de âmbito
para agricultura familiar e aquisição de equipamentos. nacional e que já prestem serviço semelhante para a Secretaria de
Comércio Exterior, de inexistência
Financia as a vidades de custeio, inves mento e bene cia-
de produção ou similar nacional.
mento ou industrialização. Serve também para o custeio de despe-
Em caso de oposição das partes interessadas (Postulante, In-
sas de produção, inves mento na produção e custeio das despesas
tervenientes, dentre outros) em relação ao referido atestado, será
pós produção.
solicitado ainda laudo técnico emi do por en dade tecnológica de
Por ser um programa do governo tem algumas, devem ser obe- reconhecida idoneidade e competência técnica, preferencialmente
decidas algumas exigências: contendo os seguintes fatores: produ vidade, qualidade, prazo de
• Idoneidade entrega usual para o equipamento, fornecimentos anteriores, con-
• Orçamento do Projeto e viabilidade econômica sumo de energia e de matérias-primas e outros fatores de desem-
• Acompanhamento do cronograma indicado no projeto penho especí cos do caso;
• Fiscalização do nanciador d) Comprovação de credenciamento do Bene ciário perante
• Cumprimento das regras de zoneamento. o CNPq, mediante publicação do respec vo cer cado no D.O.U.,
Pode ser concedido para pessoas sicas ou jurídicas, inclusive e (ii) da apresentação da licença de importação dos bens deferida
para quem não é produtor rural; desde que esteja vinculado a a vi- pelo CNPq, extraída do Sistema Integrado de Comércio Exterior –
dades per nentes a agricultura, pecuária, pesquisa, etc. SISCOMEX, nos casos de dispensa de exame de similaridade previs-
São necessárias garan as como penhor, aval, ança, hipoteca, tos na Lei 8.010, de 1990.
etc.
Observações
A lei que de ne o crédito rural é a Lei nº 4.829, de 05/12/1965.
O pagamento será realizado conforme seu valor original e po- Os critérios mencionados serão observados, no que couber,
derá ser desde uma única parcela, ou amor zações conforme con- para o nanciamento de serviços importados.
trato. No que se refere ao item “c” anterior, o BNDES:
I. terá a faculdade de acolher ou não a indicação, feita pelas
Cadernetas de poupança partes interessadas, de en dade representa va ou en dade tec-
A aplicação mais popular, devido sua segurança e facilidade e nológica como responsáveis pela comprovação da inexistência de
liquidez imediata. produção ou similar nacional;
Pode ter resgate em qualquer momento, porém a remunera- II. não cará vinculado ao entendimento constante dos docu-
ção só ocorrer para valores que cam parados a par r de 30 dias. mentos apresentados pelas referidas en dades sobre a inexistência
Para cálculos de juros, será observado o índice de 0,5% a.m., sem- de similar nacional;
pre que a taxa SELIC for maior que 8,5% a.a.; se a meta for inferior O BNDES poderá, caso entenda necessário e em caráter com-
ou igual a 8,5% a.a., o índice corresponderá a 70% do valor da meta. plementar, consultar os fabricantes nacionais sobre a existência de
A poupança foi criada para es mular o sistema habitacional do produção ou similar nacional”.
país.
Editora
203
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Exportação Buyer credit
Financiamento à exportação mediante celebração de contrato
O BNDES nancia as exportações, atuando no pré embarque, com o importador, com interveniência do exportador. Operações
com apoio a produção e no pós embarque, quando a produção já mais complexas e que envolvem diretamente o importador es-
está sendo comercializada. Esse crédito permite a compe vidade trangeiro são em geral realizadas por meio desta modalidade. Veja
das empresas em âmbito internacional, trazendo retornos posi vos como funciona:
na economia interna. • O BNDES concede ao importador nanciamento mediante a
celebração de contrato de nanciamento, rmado entre o BNDES e
De acordo com o BNDES: o importador, ou entre o BNDES e o devedor, com a interveniência
do exportador.
“Pré-embarque – nanciamento à produção para exportação • O BNDES desembolsa os recursos ao exportador, em reais,
no Brasil.
O produto BNDES Exim Pós-embarque compreende as seguin- • O importador ou o devedor pagará ao BNDES no prazo de -
tes linhas de nanciamento: BNDES Exim Pós-embarque Bens, BN- nido.
DES Exim Pós-embarque Serviços, BNDES Exim Pós-embarque Aero- • O banco mandatário realiza as transferências de recursos e
naves e BNDES Exim Automá co. documentos rela vos à operação.
No produto pós-embarque, o objeto do nanciamento é a Fluxo Operacional – BNDES Exim Pós-embarque Buyer Credit
comercialização de bens e serviços brasileiros. Nesse caso, o BN-
DES antecipa à empresa brasileira exportadora o valor dos bens ou 1. O Exportador rma um contrato comercial com o Importa-
dor, para entrega futura de bens/serviços.
serviços devidos pelo importador estrangeiro. Esse desembolso de
recursos se dá em reais no Brasil, e o importador estrangeiro passa 2. O Exportador encaminha ao BNDES a consulta prévia, com
informações sobre a operação de exportação. O BNDES avalia, de
a dever ao BNDES. Portanto, não há remessa de divisas ao exte-
rior. O pagamento do nanciamento pelo importador estrangeiro acordo com parâmetros previamente estabelecidos, e aprova a
operação, que é formalizada por meio de um contrato de nancia-
é realizado por intermédio de banco mandatário, que entre outras
mento com o Importador/devedor, com interveniência do Expor-
atribuições, fecha o câmbio e repassa o valor em reais ao BNDES.
O nanciamento à comercialização pode ser realizado por meio tador.
3. O Exportador embarca os produtos/executa os serviços ao
de duas modalidades operacionais: supplier credit ou buyer credit,
além da linha BNDES Exim Automá co. Importador.
4. O Exportador envia documentos comprobatórios da exporta-
Supplier credit ção e quaisquer outros relacionados no contrato de nanciamento
Re nanciamento ao exportador por meio do desconto de tu- para o Banco Mandatário.
los. Veja como funciona: 5. O Banco Mandatário envia ao BNDES a documentação e o
• O exportador concede ao importador nanciamento por pedido de liberação de recursos.
meio de carta de crédito, letras de câmbio ou notas promissórias. 6. O BNDES analisa a documentação e, caso esteja em boa or-
Esses tulos deverão ser cedidos ou endossados pelo exportador dem, realiza o desembolso de recursos ao Banco Mandatário.
ao BNDES. 7. Em seguida, o Banco Mandatário repassa os recursos ao Ex-
• O BNDES realiza o re nanciamento mediante o desconto dos portador.
instrumentos de pagamento, e desembolsa os recursos ao exporta- 8. Após o término da carência de principal do nanciamento, o
dor, à vista, em reais, no Brasil. Importador inicia a amor zação das prestações, até a total liquida-
• O importador pagará ao BNDES no prazo de nido. ção nanceira do contrato.
• O banco mandatário realiza as transferências de recursos e BNDES Exim Automá co
documentos rela vos à operação.
Fluxo Operacional – BNDES Exim Pós-embarque Supplier Cre-
dit Apoio à comercialização no exterior de bens de fabricação na-
cional mediante a abertura de linha de crédito a ins tuições nan-
1. Após aprovada pelo BNDES a operação na modalidade Su-
ceiras no exterior. O importador terá acesso ao nanciamento do
pplier Credit, o Exportador pode embarcar os produtos/executar os
BNDES para adquirir bens brasileiros, por meio de bancos no seu
serviços para o Importador.
próprio país. O desembolso de recursos pelo BNDES ao exporta-
2. O Importador apresenta tulos ou cartas de crédito emi dos
dor, por intermédio do banco mandatário, é realizado em reais, no
em favor do Exportador.
Brasil. Por sua vez, o banco no exterior, responsável pelo risco da
3. O Exportador realiza o endosso dos tulos ou a cessão das
operação, efetua os pagamentos via banco mandatário ao BNDES.
cartas de crédito em favor do BNDES.
4. O Banco Mandatário envia ao BNDES a documentação com-
probatória da exportação e o pedido de liberação de recursos. Fluxo Operacional – BNDES Exim Automá co
5. O BNDES analisa a documentação e, caso esteja em boa or- 1. O Exportador realiza uma negociação comercial com o Im-
dem, realiza o desembolso de recursos ao Banco Mandatário. portador, para entrega futura de bens.
6. Em seguida, o Banco Mandatário repassa os recursos ao Ex- 2. O Banco no exterior aprova o crédito do Importador.
portador. 3. O Exportador encaminha ao BNDES o pedido de nancia-
7. Após o término da carência de principal do nanciamento, o mento, com informações sobre a operação de exportação. O BNDES
Importador inicia a amor zação das prestações, via Banco Manda- avalia, de acordo com parâmetros previamente estabelecidos, e ho-
tário, até a total liquidação nanceira do contrato. mologa a operação.
8. Em seguida, o Banco Mandatário repassa os pagamentos ao 4. O Exportador embarca os bens ao Importador envia docu-
BNDES, até a total liquidação do nanciamento. mentos comprobatórios da exportação para o Banco Mandatário,
que envia ao BNDES a documentação e o pedido de liberação de
recursos.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
5. O BNDES analisa a documentação e, caso esteja em boa or- pantes) uma renda mensal - que poderá ser vitalícia ou por período
dem, realiza o desembolso de recursos ao Banco Mandatário. determinado - ou um pagamento único. O primeiro (VGBL) é clas-
si cado como seguro de pessoa, enquanto o segundo (PGBL) é um
Em seguida, o Banco Mandatário libera os recursos ao Expor- plano de previdência complementar.
tador.

7. Após o término da carência de principal do nanciamento, No caso do PGBL, os par cipantes que u lizam o modelo com-
o Banco no exterior inicia a amor zação das prestações, até a total pleto de declaração de ajuste anual do I.R.P.F podem deduzir as
liquidação do nanciamento”. contribuições do respec vo exercício, no limite máximo de 12%
de sua renda bruta anual. Os prêmios/contribuições pagos a pla-
Cartões de crédito
nos VGBL não podem ser deduzidos na declaração de ajuste anual
Modalidade de crédito que bene cia o consumidor no mo- do I.R.P.F e, portanto, este po de plano seria mais adequado aos
mento da compra de um produto ou serviço, já que o vencimento consumidores que u lizam o modelo simpli cado de declaração de
da fatura (documento que detalhas as despesas) ocorrerá em data ajuste anual do I.R.P.F ou aos que já ultrapassaram o limite de 12%
posterior, inclusive com situações de parcelamento. Por isso, não é da renda bruta anual para efeito de dedução dos prêmios e ainda
necessário dispor de dinheiro no momento da aquisição. desejam contratar um plano de acumulação para complementação
No entanto, o vendedor/prestador receber em poucos dias de renda”.
através da ins tuição nanceira ou da administradora de cartões.
Caso o valor não seja pago com atrasos ou em data diferente do
vencimento, há incidência de juros conforme contrato. Planos de seguros
Títulos de capitalização Seguro é todo contrato pelo qual uma das partes, segurador,
se obriga a indenizar a outra, segurado, em caso da ocorrência de
Título de crédito, regulamentado pela Superintendência de
determinado sinistro, em troca do recebimento de um prêmio de
Seguros Privados (SUSEP) com prazo e regras estabelecidos em seguro. Os seguros são acionados por diversas ocasiões, por isso
contrato. É conhecido popularmente como uma forma segura de
existem os planos de seguro.
guardar dinheiro e concorrer sorteio de prêmios.
Os planos de seguros fazem parte do Sistema Nacional de Se-
O capital é separado em três partes: guros Privados; ins tuído pelo Decreto Lei nº 73/1.966. Cons tuído
pelo Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP; pela Superin-
1ª. É acumulada com juros corrigidos ao longo do tempo. tendência de Seguros Privados – SUSEP; pelos resseguradores; por
2ª. Des nada para custear os sorteios. sociedades autorizadas a operar em seguros privados; e por corre-
3ª. Reservada para custear as despesas administra vas. tores habilitados.
Além de ser vendido em agências bancárias, pode ser encon- Um plano de seguro é um serviço oferecido por empresas pri-
trado em lotéricas, correios, etc. Suas principais caracterís cas são: vadas que disponibilizam atendimentos para situações de sinistro.
• Prazo de vigência – mínimo de 12 meses, organizadas em sé- Os planos são individualizados para atender cada cliente conforme
ries visíveis no próprio tulo, com emissão de ao menos, 10.000 suas necessidades. Para isso, é necessário formalizar o plano atra-
unidades. vés de um contrato chamado apólice.
• Forma de pagamento – mensal, periódico ou único. A apólice é o contrato da cobertura com direitos e obrigações
Muitas vezes, o tulo de capitalização pode ser confundido para as partes envolvidas. Nela devem constar todas as informa-
com uma espécie de poupança com premiação através de sorteios, ções sobre o objeto do seguro, como dados do segurado e do bem
porém, no nal do contrato, o valor resgatado é menor que o valor a ser coberto, período de contratação, localização do bem, riscos
inicial inves do. Sua rentabilidade mínima oferecida deve ser a par- envolvidos, prêmio, pos de sinistros, valor e condições gerais da
r do valor da Taxa Referencial (TR), somada a 20% da taxa de juros indenização, franquia. Os planos de seguro são contratados como
mensal aplicada a caderneta de poupança. forma de prevenção, no entanto podem não se concre zar, caso
Não possui liquidez imediata e de acordo com o contrato, po- não haja sinistros.
derá ou não ser resgatada antes do vencimento. Sendo possível, o
valor será menor do que o valor total pago até o momento.
NOÇÕES DE MERCADO DE CAPITAIS
Planos de aposentadoria e pensão privados.
Plano de previdência privada é um po de produto nanceiro,
uma forma de seguro em que o inves dor acumula capital, remune- É o ambiente onde são negociados os tulos que representam
rado conforme as aplicações escolhidas pelo administrador do pla- o capital das empresas (ações) ou tulos de dívidas (debêntures).
no. O fundo de previdência é o canal de inves mento dos planos. Neste local se encontram empresas e inves dores (pessoas sicas e
A Previdência privada foi criada com o obje vo de complemen- jurídicas). As empresas estão em busca de alavancar seu capital de
tar a previdência social, porém, também, como um seguro para os giro ou xo através da emissão de tulos. São operações geralmen-
trabalhadores que não contribuem para o INSS. te de longo prazo, sem a intermediação de ins tuições nanceiras,
Os principais planos são PGBL e VGBL, que se diferenciam pela porém, as ins tuições responsáveis pela negociação entre empre-
tributação. No VGBL, a incidência do IR ocorre apenas sobre os ren- sas e inves dores devem estar autorizadas a operar no Sistema Fi-
dimentos; no PGBL o IR incide sobre o valor resgatado ou no rece- nanceiro Nacional.
bimento da renda. As ações são os tulos mais negociados no mercado de capi-
Conforme a SUSEP: tais. Podem ser ordinárias (com direito a votos) ou preferenciais
“VGBL (Vida Gerador de Bene cios Livres) e PGBL (Plano Gera- (preferência na distribuição de resultados).
dor de Bene cios Livres) são planos por sobrevivência (de seguro O mercado de capitais é cons tuído por:
de pessoas e de previdência complementar aberta, respec vamen-
te) que, após um período de acumulação de recursos (período de
diferimento), proporcionam aos inves dores (segurados e par ci-

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205
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Bolsa de Valores – Local onde as companhias são listadas. sil, os fornecedores precisam receber em Real. Já, os importadores
Corretoras – Responsáveis pelo intermédio entre Bolsas e in- compram mercadorias no exterior e trazem para o país, vendem
ves dores. e recebem em Real; porém, os fornecedores estrangeiros querem
Bancos – Responsáveis pelos estudos de viabilidade das em- levar dólares para o exterior. Temos assim, a relação de oferta e de-
presas. manda, com exportadores ofertando dólares e precisando de reais
e importadores oferecendo reais e precisando de dólares. Assim de-
CVM – Comissão de Valores Mobiliários, órgão regulador desse
manda e oferta se igualam, criando um equilíbrio, a chamada taxa
mercado.
de câmbio.
O mercado de capitais está dividido em outros dois mercados:
Taxa de câmbio alta deses mula importações, pois produtos
Mercado primário –Quando uma empresa lança pela primeira e insumos importados cam mais caros e com isso, uma possível
vez um tulo. redução da oferta de produtos no mercado interno. A in ação ten-
de a se elevar e as demandas internacionais por bens e serviços
Mercado secundário – Quando um tulo já está em poder de aumentam.
um inves dor, porém, este o oferece no mercado, devido a neces- Quando a taxa de câmbio está baixa, há um es mulo as impor-
sidade de liquidez. tações de produtos e insumos importados mais baratos. Ocorre au-
mento da compe vidade entre produtos nacionais e estrangeiros.
A tendência da in ação é diminuir demandas internacionais por
NOÇÕES DE MERCADO DE CÂMBIO: INSTITUIÇÕES AUTO bens e serviços.
RIZADAS A OPERAR E OPERAÇÕES BÁSICAS Remessas
Representam uma forma segura do envio de dinheiro para fora
do país, sendo muito semelhante a uma transferência entre contas.
Ins tuições Autorizadas a operar Por ocorrer entre países diferentes, possuem regras especí cas, por
As ins tuições que operam neste mercado são os bancos múl - exemplo, na compra é necessário a comprovação de uma fatura pró
plos, bancos comerciais, caixas econômicas, bancos de inves men- forma, documento que registra e formaliza a intenção da compra e
to, bancos de câmbio (realizam todas as operações previstas para o venda; com o obje vo de rastrear a origem das transações, evitan-
mercado de câmbio). do fraudes e evasão de divisas de um país para outro.
Os bancos de desenvolvimento, agências de fomento e as so- Dados pessoais e bancários são necessários para ajudar os go-
ciedades de crédito, nanciamento e inves mento; podem execu- vernos dos países envolvidos na transação e iden car origem da
tar apenas algumas operações autorizadas pelo BACEN. saída e des no desse envio.
As sociedades corretoras de tulos e valores mobiliários, socie- É preciso contar com uma ins tuição nanceira para interme-
dades distribuidoras de tulos e valores mobiliários e sociedades diar esse processo.
de câmbio; realizam operações de câmbio com clientes para liqui- O mo vo do envio também deve ser explicado, para que se
dação de até US$ 100 mil ou em moedas de outras nacionalidades e adeque ao enquadramento de câmbio do BACEN do Brasil.
operações no mercado interbancário, arbitragens no país e através A remessa internacional é uma operação sujeita ao IOF e tam-
de banco autorizado a operar no mercado de câmbio e arbitragem bém outros impostos sobre o valor, dependendo do enquadramen-
com o exterior. to do BACEN. Os enquadramentos mais comuns são: pagamento de
Operações Básicas cursos, manutenção de residências e compra de imóveis no exterior.
Qualquer modalidade de pagamentos ou recebimentos em Além disso, uma taxa de envio deve ser paga a ins tuição que
moeda estrangeira, inclusive, aplicações no mercado nanceiro ex- viabiliza a transação; o valor muda de ins tuição para ins tuição.
terno, transferências. SISCOMEX
Todas as operações de câmbio são formalizadas e registradas Programa integrado de comércio exterior que possibilita as
no sistema de câmbio – Sistema Integrado de Registro de Opera- operações de compra e venda no mercado internacional.
ções de Câmbio. Foi criado em 1992, iniciando suas operações na exportação no
Caracterís cas de Contratos de Câmbio ano seguinte; e em 1997 foi implantado seu módulo de importação.
Operações que envolvem a movimentação de valores para o Integra todo o país na área de comércio exterior, sendo ope-
exterior. Implica uma negociação de troca de moedas, regulamen- racionalizado pela rede SERPRO. Para sua u lização, é necessário o
tado pelo BACEN, através da circular nº 3591, de 16/12/2013. Nesse cadastro da empresa na Receita Federal, para os processamentos
contrato, devem constar as partes interessadas, ou seja, a ins tui- de registros na importação e exportação.
ção que está autorizada a operar o câmbio, a parte que está no Bra- Seu obje vo é simpli car e padronizar as operações de comér-
sil e a parte que se encontra no exterior. cio exterior, agilizando as operações de embarque de mercadoria,
É necessário, discriminar no documento; o custo da operação, diminuindo o período de liberação dos importados, dispondo de
a taxa de câmbio, o prazo para liquidação da operação, o intermedi- controle automá co, gerando dados con áveis, inibindo possíveis
ário (casa de câmbio) e a taxa da comissão de corretagem. fraudes, ampliando atendimentos, mo vando a entrada de novas
empresas do comércio exterior.
Taxas de Câmbio
Processo da relação de troca entre moedas. É possível quan-
car como o montante de Real necessário para trocar por dólar,
euro, etc.
A relação entre a taxa de Câmbio surge entre a demanda e a
oferta pelas demais moedas em relação ao Real.
Exemplo: Os exportadores compram produtos no Brasil e ven-
dem para o resto do mundo, logo, recebem dos compradores em
dólar que entram na economia brasileira. Enquanto isso, no Bra-

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
tal para a polí ca monetária interna. Os juros altos atraíam capitais
REGIMES DE TAXAS DE CÂMBIO FIXAS, FLUTUANTES E RE estrangeiros e man nham o câmbio xo, suportando também a in-
GIMES INTERMEDIÁRIOS ação.
Ao ser adotado regime de metas de in ação, em 1999, os ju-
ros internos passaram ser xos apenas com o obje vo controlar a
Regimes de taxas de câmbio xas in ação.
Quando o governo do país estabelece uma paridade xa entre Atualmente a diferença entre os juros internos e externos ain-
sua moeda e a moeda estrangeira. da é importante para o equilíbrio da economia e para o câmbio,
pois quando os juros internos estão baixos, os capitais buscam in-
Regime de câmbio utuante
ves mentos fora do país, e quando os juros internos estão altos,
Quando o preço da moeda é estabelecido pela compe ção capitais nacionais permanecem e entram recursos estrangeiros bus-
ente a oferta e a demanda da mesma no mercado domés co. cando rendimentos.
Regimes intermediários Prêmio de risco
Também chamada de utuante suja, pois o Banco Central tem É a relação entre o risco e o rendimento que se espera de um
interferência frequente nesta cotação, ou seja, se entrou muito dó- inves mento. Pode ser considerado como a diferença entre o re-
lar no país e a taxa de câmbio tende a cair muito, o Banco Cen- torno de um inves mento com risco comparado a um inves mento
tral faz a compra dessa moeda, para assim, rá-la da economia, sem risco.
mantendo seu preço. A situação contrária também ocorre, quando Por exemplo, ao comparar duas aplicações nanceiras, a pri-
saem muitos dólares da economia, fazendo com que o preço que meira tem o rendimento de 10% a.a. garan do e a segunda, pode
muito elevado, o Banco Central normalmente vende a quan dade dar 15%a.a., porém, sem garan as. Nesse caso, o prêmio de risco é
dessa moeda que tem em caixa, para segurar seu preço. representado através dos 5% de expecta va de retorno, em função
Banda cambiais, nesse caso a taxa de câmbio pode variar den- do risco que se corre, por não haver garan as desse recebimento.
tro de um limite pré-estabelecido pelo Banco Central. Foi adotado
durante um período no Plano Real. Fluxo de capitais e seus impactos sobre as taxas de câmbio
As taxas de câmbio sofrem in uências de diversas variáveis,
mas o uxo de capitais é o principal deles. Quanto mais inves men-
TAXAS DE CÂMBIO NOMINAIS E REAIS tos, mais recursos de diversas transações circularão na economia.
Esse aumento de dinheiro, incluindo moedas estrangeiras permite
que o câmbio diminua e o real seja valorizado.
No entanto, essa economia deve estar fortalecida e ter atra -
Taxas de câmbio nominais vos para atrair e manter internamente capital externo. Juros altos
Conceito mais frequente e u lizado entre as taxas de câmbio. É são atra vos, mas também impedimento ao desenvolvimento pro-
o valor da moeda em referência a outra. du vo interno, e muitas vezes trazem apenas capitais especula vos.
Taxas de câmbio reais Essa vola lidade dos uxos de capital representa instabilidade
É a taxa de câmbio nominal corrigida pela diferença de in ação e afeta diretamente a taxa de câmbio que permanece elevada, cola-
entre os dois países. Quando referência ao dólar, será uma correção borando para a desvalorização do real
de in ação entre Brasil e Estados Unidos, por exemplo.
DINÂMICA DO MERCADO: OPERAÇÕES NO MERCADO IN
IMPACTOS DAS TAXAS DE CÂMBIO SOBRE AS EXPORTA TERBANCÁRIO
ÇÕES E IMPORTAÇÕES

Quando a taxa de câmbio está alta e o real desvalorizado, são Operações no mercado interbancário
necessários muitos reais para comprar um dólar. As operações no mercado interbancário ou mercado secundá-
Por exemplo, no caso de um produtor de soja que exportará rio, fazem parte da estrutura do mercado cambial. As negociações
sua mercadoria que é cotada em dólar, por se tratar de uma com- são realizadas entre bancos e demais agentes autorizados pelo Ban-
modi e; haverá necessidade de mul plicar o preço em dólar por co Central.
muitos reais. Assim, será uma ó ma oportunidade para essa ex- Não há necessidade do registro de entrada e saída de moeda
portação. As exportações então, estarão es muladas, com isso o estrangeira, já que esse uxo ocorre entre ins tuições nanceiras
produtor brasileiro ganhará dinheiro. No entanto, as importações apenas; excluindo assim, turismo e importações por exemplo.
serão deses muladas, pois será necessário comprar em dólares, Conforme o Regulamento do Mercado de câmbio e Capitais In-
nessa conversão, mul plicar o valor em dólar por uma taxa de câm- ternacionais do Banco Central do Brasil:
bio muito alta, pagando muito caro pela mercadoria importada.
O contrário ocorrerá quando o real es ver valorizado. As expor- As operações no mercado interbancário podem ser celebradas
tações serão deses muladas e as importações es muladas. para liquidação pronta, futura ou a termo, vedados o cancelamen-
to, a baixa, a prorrogação ou a liquidação antecipada delas.
DIFERENCIAL DE JUROS INTERNO E EXTERNO, PRÊMIOS As operações de câmbio interbancárias a termo têm as seguin-
DE RISCO, FLUXO DE CAPITAIS E SEUS IMPACTOS SOBRE AS tes caracterís cas: a) a taxa de câmbio é livremente pactuada entre
TAXAS DE CÂMBIO as partes e deve espelhar o preço negociado da moeda estrangeira
para a data da liquidação da operação de câmbio; b) possuem códi-
Houve um certo momento no Brasil, que o regime de câmbio go de natureza de operação especí co;
foi pra camente xo. Isso aconteceu na década de 90, quando a c) são celebradas para liquidação em data futura, com entrega
diferença de juros interno e externo era uma variável fundamen- efe va e simultânea das moedas, nacional e estrangeira, na data da
liquidação das operações de câmbio;

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
d) não são admi dos adiantamentos das moedas. Curva de juros
A curva de juros representa os diversos pos de taxas de juros
As operações no mercado interbancário são realizadas com ou para os diversos vencimentos. É a expecta va da taxa SELIC para os
sem intermediação de câmara ou prestador de serviços de com- próximos anos.
pensação e de liquidação cujo sistema tenha sido autorizado pelo Supondo que a expecta va da SELIC para o nal de 2022 seja
Banco Central do Brasil para liquidação de operações de câmbio. de 6,5%; para nal de 2023 seja 7%. Caso esses valores sejam colo-
cados num grá co, será formada uma curva. Isto signi ca que se um
emprés mo for solicitado para 2022.
MERCADO BANCÁRIO: OPERAÇÕES DE TESOURARIA, VA
Como a curva é apenas uma expecta va par aos próximos anos,
REJO BANCÁRIO E RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO
então não é xa, podendo ser alterada de acordo com questões que
podem ser de eventos econômicos e até de cenários polí cos.
As ações de abertura e fechamento da curva se devem exata-
Operações de tesouraria mente a mudanças de expecta vas. Abertura é para situações de
A equipe de tesouraria das ins tuições nanceiras auxilia os aumento e fechamento para casos de redução da taxa de juros.
clientes na redução de riscos nanceiros resultantes de suas a vi- Taxa de juros nominais e reais
dades. Após uma análise detalhada, são oferecidos produtos que
Para conceituar as taxas nominais e reais, é necessário antes
controlam e reduzem riscos para os clientes, focando principalmen-
conhecer as duas situações, de devedor e de credor.
te a exposição de moeda, taxa de juros etc.; sempre protegendo
as nanças. Os produtos u lizados para maior proteção são swaps, Taxa de juros nominal Taxa de juros real
hedge, termo de moedas, opções, combinação de deriva vos etc.
Devedor Devedor
Varejo bancário
Caracteriza-se pelo atendimento de muitos clientes, ou seja, o É a taxa que as instituições É a taxa que considera o
público em geral, composto por pessoas sicas e jurídicas, com si- nanceiras divulgam. custo efe vo total (CET), in-
tuações nanceiras diversi cadas. Oferece produtos, independente cluindo impostos, taxas, etc.
A taxa que considera ape-
da necessidade do cliente, visando o lucro.
nas o custo básico do dinheiro. A taxa de juros real é > que
Não há sele vidade entre os clientes, o atendimento é geral,
a taxa de juros nominal.
sem gerente especí co para as contas; os clientes podem ser aten-
didos por quem es ver disponível. Credor Credor
Os serviços oferecidos são diversos, incluindo abertura de con- É a taxa que se recebe ao É a taxa de retorno real
tas, pagamento de contas e tulos, transferências etc. aplicar o dinheiro em do dinheiro, já que a taxa
Recuperação de crédito de juros menos os custos
É um processo realizado por empresas especializadas no recebi- determinado inves men- administrativos, inflação, im-
mento de dívidas, que são contratadas por ins tuições nanceiras. to. A taxa que considera postos, etc.
Em muitos casos, as empresas recuperadoras de crédito compram
as dívidas das ins tuições, cando responsáveis pela cobrança e re- apenas o retorno do di- Taxa de juros nominal >
cebimento das contas atrasadas. nheiro inves do. que a Taxa de juros real.
Quando a dívida passa para a empresa recuperadora, o valor Segue exemplo:
não muda; porém, as formas de negociação podem ser alteradas,
através de desconto ou parcelamento. Para a recuperação de crédi- Taxa de juros nominal Taxa de juros real
to, a empresa responsável contata o cliente para negociar somente Devedor Devedor
dívidas nega vadas, incluindo um valor que que confortável ao
cliente quitar. Pois além de receber, a empresa quer que o cliente Emprés mo: 4,5% a.m. Emprés mo: 4,5% a.m. +
tenha o nome “limpo” com crédito recuperado. IOF + Tx. Adm. = 5 % a.m.

Taxa de juros nominal >


TAXAS DE JUROS DE CURTO PRAZO E A CURVA DE JUROS; que a Taxa de juros real
TAXAS DE JUROS NOMINAIS E REAIS Credor Credor
Fundo de R.F.: 1,7% a.m. Fundo de R.F.: 1,7% - IR –
IP – Tx. Adm. = 1,1% a.m.
Taxa de juros de curto prazo
Apesar da grandeza tempo ser a grande diferença entre uma Taxa de juros nominal >
taxa de juros de curto e longo prazo, para as ins tuições nanceiras, que a Taxa de juros real
quanto menor o prazo, menores serão os juros; principalmente pelo
seu fator risco.
Ao projetar cenários futuros, ca mais viável prever juros que
serão menos afetados por decisões diversas, no caso, os de curto
prazo; pois a economia é in uenciada no curto prazo de maneiras
dis ntas do que no longo prazo.
Polí cas monetárias u lizam os juros de curto prazo para gerar
resultados rápidos (quase que imediatos) na economia.
As partes interessadas, tomadoras e credoras, tem consciência
de quanto menor tempo o valor car emprestado, menor será o
custo desse dinheiro.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

GARANTIAS DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL: AVAL; Teto de R$ 1 milhão


FIANÇA; PENHOR MERCANTIL; ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA; Não havia teto para garan a por CPF ou CNPJ, a cada
HIPOTECA; FIANÇAS BANCÁRIAS paga pelo FGC por CPF ou CNPJ em período de 4 anos, para
qualquer período. a garan a paga pelo
São obrigações assumidas por meio do oferecimento do patri- FGC.
mônio para garan r uma dívida.
Aval: Declaração unilateral através da qual o avalista assume as Inves dores não-re-
obrigações previstas no tulo. Inves dores não-residentes não sidentes passam a con-
contavam com a garan a do FGC. tar com a garan a, para
Fiança: O ador garante sa sfazer o credor através da quitação inves mentos elegíveis.
da dívida, caso o devedor não o faça.
Penhor mercan l: Válido para as negociações comerciais. Ga- Fonte: h ps://www.fgc.org.br/garan a-fgc/fgc-nova-garan a
ran a real sobre bens móveis. Estabelecido em favor do credor para
que haja mais certeza que o seu direito será realizado. O devedor CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO: CONCEITO E ETAPAS;
transfere para o credor a posse de um bem (estoque, veículos, joias) PREVENÇÃO E COMBATE AO CRIME DE LAVAGEM DE DI
móvel até que sua dívida seja quitada, desta forma o se devolve a NHEIRO: LEI Nº 9.613/98 E SUAS ALTERAÇÕES
posse do bem para seu dono.
Alienação duciária: Transferência da posse de um bem à ins-
tuição nanceira. É realizado principalmente, nos contratos de - LEI Nº 9.613, DE 3 DE MARÇO DE 1998.
nanciamento de veículos e imóveis. A informação de que o compa-
rador tem direito de usufruir do bem, mas juridicamente pertence a
ins tuição que concedeu o crédito até seu pagamento total. Dispõe sobre os crimes de “lavagem” ou ocultação de bens,
direitos e valores; a prevenção da u lização do sistema nanceiro
Hipoteca: Na contratação de um crédito se oferece um bem
para os ilícitos previstos nesta Lei; cria o Conselho de Controle de
imóvel de sua propriedade que cará e caso não ocorra o pagamen-
A vidades Financeiras - COAF, e dá outras providências.
to, o bem poderá ser tomado pelo credor.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na-
Fiança bancária: Garan a concedida pela ins tuição nanceira
cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
quando o cliente não possui outro po de ador.
Fundo Garan dor de Crédito (FGC): Ins tuição sem ns lucra-
vos, criada em 1995, com a nalidade de proteger o inves dor CAPÍTULO I
em eventuais riscos nas empresas administradores desses recursos. DOS CRIMES DE “LAVAGEM” OU OCULTAÇÃO DE BENS,
Alguns produtos são cobertos pelas garan as de até R$ 250.000,00, DIREITOS E VALORES
como depósitos a vista, depósitos de poupança, Letras de Câmbio, Art. 1oOcultar ou dissimular a natureza, origem, localização,
Letras hipotecárias, depósitos a prazo, com ou sem emissão de CDB disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou
e RDB, etc. valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal.
Segundo o FGC, quanto ao limite da garan a de até R$ 1 mi- (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
lhão: I - (revogado);(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
II - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
“O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, em 21 de de- III - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
zembro de 2017, a alteração promovida no Regulamento do Fundo IV - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
Garan dor de Créditos (FGC), que estabelece teto de R$ 1 milhão, V - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
a cada período de 4 anos, para garan as pagas para cada CPF ou VI - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
CNPJ. VII - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
Teto para inves dor vale para cada período de 4 anos, por CPF VIII - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
ou CNPJ. Após 4 anos, o teto é restabelecido. Pena: reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e multa.(Redação
A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liqui- dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
dação ou intervenção em ins tuição nanceira onde o inves dor § 1oIncorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular
detenha valor garan do pelo FGC. a u lização de bens, direitos ou valores provenientes de infração
Permanece inalterado o limite de R$ 250 mil por CPF ou CNPJ e penal: (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
conglomerado nanceiro. I - os converte em a vos lícitos;
Aos inves mentos contratados ou repactuados até 21 de de- II - os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garan-
zembro de 2017 não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período a, guarda, tem em depósito, movimenta ou transfere;
de 4 anos”. III - importa ou exporta bens com valores não correspondentes
aos verdadeiros.
COMO ERA COMO FICOU § 2oIncorre, ainda, na mesma pena quem:(Redação dada pela
Garan a de até R$ 250 mil por Lei nº 12.683, de 2012)
CPF/CNPJ e conglomerado nan- I - u liza, na a vidade econômica ou nanceira, bens, direitos
ceiro, em depósitos cobertos pelo Limite permanece ou valores provenientes de infração penal;(Redação dada pela Lei
Fundo Garan dor de Créditos e emi- inalterado. nº 12.683, de 2012)
dos por ins tuições associadas à II - par cipa de grupo, associação ou escritório tendo conhe-
en dade. cimento de que sua a vidade principal ou secundária é dirigida à
prá ca de crimes previstos nesta Lei.
§ 3º A tenta va é punida nos termos do parágrafo único do art.
14 do Código Penal.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
§ 4oA pena será aumentada de um a dois terços, se os crimes § 3oNenhum pedido de liberação será conhecido sem o com-
de nidos nesta Lei forem come dos de forma reiterada ou por parecimento pessoal do acusado ou de interposta pessoa a que se
intermédio de organização criminosa. (Redação dada pela Lei nº refere o caput deste ar go, podendo o juiz determinar a prá ca de
12.683, de 2012) atos necessários à conservação de bens, direitos ou valores, sem
§ 5oA pena poderá ser reduzida de um a dois terços e ser cum- prejuízo do disposto no § 1o. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de
prida em regime aberto ou semiaberto, facultando-se ao juiz deixar 2012)
de aplicá-la ou subs tuí-la, a qualquer tempo, por pena restri va § 4oPoderão ser decretadas medidas assecuratórias sobre
de direitos, se o autor, coautor ou par cipe colaborar espontanea- bens, direitos ou valores para reparação do dano decorrente da
mente com as autoridades, prestando esclarecimentos que condu- infração penal antecedente ou da prevista nesta Lei ou para paga-
zam à apuração das infrações penais, à iden cação dos autores, mento de prestação pecuniária, multa e custas. (Redação dada pela
coautores e par cipes, ou à localização dos bens, direitos ou va- Lei nº 12.683, de 2012)
lores objeto do crime. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) Art. 4o-A.A alienação antecipada para preservação de valor de
§ 6º Para a apuração do crime de que trata este ar go, admi- bens sob constrição será decretada pelo juiz, de o cio, a requeri-
te-se a u lização da ação controlada e da in ltração de agentes. mento do Ministério Público ou por solicitação da parte interessa-
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) da, mediante pe ção autônoma, que será autuada em apartado e
cujos autos terão tramitação em separado em relação ao processo
CAPÍTULO II principal.(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
§ 1oO requerimento de alienação deverá conter a relação de
DISPOSIÇÕES PROCESSUAIS ESPECIAIS
todos os demais bens, com a descrição e a especi cação de cada
Art. 2º O processo e julgamento dos crimes previstos nesta Lei: um deles, e informações sobre quem os detém e local onde se en-
I – obedecem às disposições rela vas ao procedimento comum contram. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
dos crimes punidos com reclusão, da competência do juiz singular; § 2oO juiz determinará a avaliação dos bens, nos autos apar-
II - independem do processo e julgamento das infrações pe- tados, e in mará o Ministério Público.(Incluído pela Lei nº 12.683,
nais antecedentes, ainda que pra cados em outro país, cabendo de 2012)
ao juiz competente para os crimes previstos nesta Lei a decisão so- § 3oFeita a avaliação e dirimidas eventuais divergências sobre
bre a unidade de processo e julgamento;(Redação dada pela Lei nº o respec vo laudo, o juiz, por sentença, homologará o valor atribu-
12.683, de 2012) ído aos bens e determinará sejam alienados em leilão ou pregão,
III - são da competência da Jus ça Federal: preferencialmente eletrônico, por valor não inferior a 75% (seten-
a) quando pra cados contra o sistema nanceiro e a ordem ta e cinco por cento) da avaliação. (Incluído pela Lei nº 12.683, de
econômico- nanceira, ou em detrimento de bens, serviços ou in- 2012)
teresses da União, ou de suas en dades autárquicas ou empresas § 4oRealizado o leilão, a quan a apurada será depositada em
públicas; conta judicial remunerada, adotando-se a seguinte disciplina:(In-
b) quando a infração penal antecedente for de competência da cluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
Jus ça Federal. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) I - nos processos de competência da Jus ça Federal e da Jus ça
§ 1oA denúncia será instruída com indícios su cientes da exis- do Distrito Federal: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
tência da infração penal antecedente, sendo puníveis os fatos pre- a) os depósitos serão efetuados na Caixa Econômica Federal ou
vistos nesta Lei, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor, em ins tuição nanceira pública, mediante documento adequado
ou ex nta a punibilidade da infração penal antecedente. (Redação para essa nalidade; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)
dada pela Lei nº 12.683, de 2012) b) os depósitos serão repassados pela Caixa Econômica Federal
§ 2oNo processo por crime previsto nesta Lei, não se aplica o ou por outra ins tuição nanceira pública para a Conta Única do
disposto no art. 366 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de Tesouro Nacional, independentemente de qualquer formalidade,
1941 (Código de Processo Penal), devendo o acusado que não com- no prazo de 24 (vinte e quatro) horas; e(Incluída pela Lei nº 12.683,
parecer nem cons tuir advogado ser citado por edital, prosseguin- de 2012)
do o feito até o julgamento, com a nomeação de defensor da vo. c) os valores devolvidos pela Caixa Econômica Federal ou por
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) ins tuição nanceira pública serão debitados à Conta Única do Te-
Art. 3º(Revogado pela Lei nº 12.683, de 2012) souro Nacional, em subconta de res tuição; (Incluída pela Lei nº
Art. 4oO juiz, de o cio, a requerimento do Ministério Público 12.683, de 2012)
ou mediante representação do delegado de polícia, ouvido o Minis- II - nos processos de competência da Jus ça dos Estados: (In-
tério Público em 24 (vinte e quatro) horas, havendo indícios su - cluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
cientes de infração penal, poderá decretar medidas assecuratórias a) os depósitos serão efetuados em ins tuição nanceira de-
de bens, direitos ou valores do inves gado ou acusado, ou exis- signada em lei, preferencialmente pública, de cada Estado ou, na
tentes em nome de interpostas pessoas, que sejam instrumento, sua ausência, em ins tuição nanceira pública da União;(Incluída
produto ou proveito dos crimes previstos nesta Lei ou das infrações pela Lei nº 12.683, de 2012)
penais antecedentes. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) b) os depósitos serão repassados para a conta única de cada
§ 1oProceder-se-á à alienação antecipada para preservação do Estado, na forma da respec va legislação. (Incluída pela Lei nº
valor dos bens sempre que es verem sujeitos a qualquer grau de 12.683, de 2012)
deterioração ou depreciação, ou quando houver di culdade para § 5oMediante ordem da autoridade judicial, o valor do depósi-
sua manutenção. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) to, após o trânsito em julgado da sentença proferida na ação penal,
§ 2oO juiz determinará a liberação total ou parcial dos bens, será: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
direitos e valores quando comprovada a licitude de sua origem, I - em caso de sentença condenatória, nos processos de com-
mantendo-se a constrição dos bens, direitos e valores necessários petência da Jus ça Federal e da Jus ça do Distrito Federal, incor-
e su cientes à reparação dos danos e ao pagamento de prestações porado de ni vamente ao patrimônio da União, e, nos processos
pecuniárias, multas e custas decorrentes da infração penal. (Reda- de competência da Jus ça Estadual, incorporado ao patrimônio do
ção dada pela Lei nº 12.683, de 2012) Estado respec vo; (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
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II - em caso de sentença absolutória ex n va de punibilidade, CAPÍTULO III
colocado à disposição do réu pela ins tuição nanceira, acrescido DOS EFEITOS DA CONDENAÇÃO
da remuneração da conta judicial. (Incluído pela Lei nº 12.683, de
2012) Art. 7º São efeitos da condenação, além dos previstos no Có-
§ 6oA ins tuição nanceira depositária manterá controle dos digo Penal:
valores depositados ou devolvidos. (Incluído pela Lei nº 12.683, de I - a perda, em favor da União - e dos Estados, nos casos de
2012) competência da Jus ça Estadual -, de todos os bens, direitos e valo-
§ 7oSerão deduzidos da quan a apurada no leilão todos os tri- res relacionados, direta ou indiretamente, à prá ca dos crimes pre-
butos e multas incidentes sobre o bem alienado, sem prejuízo de vistos nesta Lei, inclusive aqueles u lizados para prestar a ança,
inicia vas que, no âmbito da competência de cada ente da Fede- ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé;(Redação
ração, venham a desonerar bens sob constrição judicial daqueles dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
ônus. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) II - a interdição do exercício de cargo ou função pública de
§ 8oFeito o depósito a que se refere o § 4o deste ar go, os qualquer natureza e de diretor, de membro de conselho de admi-
autos da alienação serão apensados aos do processo principal. (In- nistração ou de gerência das pessoas jurídicas referidas no art. 9º,
cluído pela Lei nº 12.683, de 2012) pelo dobro do tempo da pena priva va de liberdade aplicada.
§ 9oTerão apenas efeito devolu vo os recursos interpostos § 1oA União e os Estados, no âmbito de suas competências,
contra as decisões proferidas no curso do procedimento previsto regulamentarão a forma de des nação dos bens, direitos e valores
neste ar go. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) cuja perda houver sido declarada, assegurada, quanto aos proces-
§ 10.Sobrevindo o trânsito em julgado de sentença penal con- sos de competência da Jus ça Federal, a sua u lização pelos órgãos
denatória, o juiz decretará, em favor, conforme o caso, da União ou federais encarregados da prevenção, do combate, da ação penal e
do Estado: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) do julgamento dos crimes previstos nesta Lei, e, quanto aos proces-
I - a perda dos valores depositados na conta remunerada e da sos de competência da Jus ça Estadual, a preferência dos órgãos
ança; (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) locais com idên ca função. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
II - a perda dos bens não alienados antecipadamente e daque- § 2oOs instrumentos do crime sem valor econômico cuja perda
les aos quais não foi dada des nação prévia; e(Incluído pela Lei nº em favor da União ou do Estado for decretada serão inu lizados ou
12.683, de 2012) doados a museu criminal ou a en dade pública, se houver interesse
III - a perda dos bens não reclamados no prazo de 90 (noventa) na sua conservação. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
dias após o trânsito em julgado da sentença condenatória, ressal-
vado o direito de lesado ou terceiro de boa-fé.(Incluído pela Lei nº CAPÍTULO IV
12.683, de 2012) DOS BENS, DIREITOS OU VALORES ORIUNDOS DE CRIMES
§ 11.Os bens a que se referem os incisos II e III do § 10 deste PRATICADOS NO ESTRANGEIRO
ar go serão adjudicados ou levados a leilão, depositando-se o sal-
do na conta única do respec vo ente. (Incluído pela Lei nº 12.683, Art. 8oO juiz determinará, na hipótese de existência de tratado
de 2012) ou convenção internacional e por solicitação de autoridade estran-
§ 12.O juiz determinará ao registro público competente que geira competente, medidas assecuratórias sobre bens, direitos ou
emita documento de habilitação à circulação e u lização dos bens valores oriundos de crimes descritos no art. 1o pra cados no es-
colocados sob o uso e custódia das en dades a que se refere o trangeiro.(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
caput deste ar go. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) § 1º Aplica-se o disposto neste ar go, independentemente de
§ 13.Os recursos decorrentes da alienação antecipada de bens, tratado ou convenção internacional, quando o governo do país da
direitos e valores oriundos do crime de trá co ilícito de drogas e autoridade solicitante prometer reciprocidade ao Brasil.
que tenham sido objeto de dissimulação e ocultação nos termos § 2oNa falta de tratado ou convenção, os bens, direitos ou va-
desta Lei permanecem subme dos à disciplina de nida em lei es- lores privados sujeitos a medidas assecuratórias por solicitação de
pecí ca. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) autoridade estrangeira competente ou os recursos provenientes da
Art. 4o-B.A ordem de prisão de pessoas ou as medidas asse- sua alienação serão repar dos entre o Estado requerente e o Brasil,
curatórias de bens, direitos ou valores poderão ser suspensas pelo na proporção de metade, ressalvado o direito do lesado ou de ter-
juiz, ouvido o Ministério Público, quando a sua execução imediata ceiro de boa-fé. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
puder comprometer as inves gações.(Incluído pela Lei nº 12.683,
de 2012) CAPÍTULO V
Art. 5oQuando as circunstâncias o aconselharem, o juiz, ouvido REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 12.683, DE 2012
o Ministério Público, nomeará pessoa sica ou jurídica quali cada DAS PESSOAS SUJEITAS AO MECANISMO DE CONTROLE
para a administração dos bens, direitos ou valores sujeitos a me- REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 12.683, DE 2012
didas assecuratórias, mediante termo de compromisso.(Redação
dada pela Lei nº 12.683, de 2012) Art. 9oSujeitam-se às obrigações referidas nos arts. 10 e 11 as
Art. 6oA pessoa responsável pela administração dos bens:(Re- pessoas sicas e jurídicas que tenham, em caráter permanente ou
dação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) eventual, como a vidade principal ou acessória, cumula vamente
I - fará jus a uma remuneração, xada pelo juiz, que será sa s- ou não: (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
feita com o produto dos bens objeto da administração; I - a captação, intermediação e aplicação de recursos nancei-
II - prestará, por determinação judicial, informações periódicas ros de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira;
da situação dos bens sob sua administração, bem como explicações II – a compra e venda de moeda estrangeira ou ouro como a -
e detalhamentos sobre inves mentos e reinves mentos realizados. vo nanceiro ou instrumento cambial;
Parágrafo único.Os atos rela vos à administração dos bens su- III - a custódia, emissão, distribuição, liqüidação, negociação,
jeitos a medidas assecuratórias serão levados ao conhecimento do intermediação ou administração de tulos ou valores mobiliários.
Ministério Público, que requererá o que entender cabível.(Redação Parágrafo único. Sujeitam-se às mesmas obrigações:
dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
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I – as bolsas de valores, as bolsas de mercadorias ou futuros e XV - pessoas sicas ou jurídicas que atuem na promoção, in-
os sistemas de negociação do mercado de balcão organizado; (Re- termediação, comercialização, agenciamento ou negociação de di-
dação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) reitos de transferência de atletas, ar stas ou feiras, exposições ou
II - as seguradoras, as corretoras de seguros e as en dades de eventos similares; (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
previdência complementar ou de capitalização; XVI - as empresas de transporte e guarda de valores; (Incluído
III - as administradoras de cartões de credenciamento ou car- pela Lei nº 12.683, de 2012)
tões de crédito, bem como as administradoras de consórcios para XVII - as pessoas sicas ou jurídicas que comercializem bens de
aquisição de bens ou serviços; alto valor de origem rural ou animal ou intermedeiem a sua comer-
IV - as administradoras ou empresas que se u lizem de cartão cialização; e (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
ou qualquer outro meio eletrônico, magné co ou equivalente, que XVIII - as dependências no exterior das en dades mencionadas
permita a transferência de fundos; neste ar go, por meio de sua matriz no Brasil, rela vamente a resi-
V - as empresas de arrendamento mercan l (leasing), as em- dentes no País. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
presas de fomento comercial (factoring) e as Empresas Simples de
Crédito (ESC); (Redação dada pela Lei Complementar nº 167, de CAPÍTULO VI
2019)
DA IDENTIFICAÇÃO DOS CLIENTES
VI - as sociedades que, mediante sorteio, método assemelha-
do, exploração de loterias, inclusive de apostas de quota xa, ou E MANUTENÇÃO DE REGISTROS
outras sistemá cas de captação de apostas com pagamento de prê- Art. 10. As pessoas referidas no art. 9º:
mios, realizem distribuição de dinheiro, de bens móveis, de bens I - iden carão seus clientes e manterão cadastro atualizado,
imóveis e de outras mercadorias ou serviços, bem como concedam nos termos de instruções emanadas das autoridades competentes;
descontos na sua aquisição ou contratação; (Redação dada pela II - manterão registro de toda transação em moeda nacional ou
Lei nº 14.183, de 2021) estrangeira, tulos e valores mobiliários, tulos de crédito, metais,
VII - as liais ou representações de entes estrangeiros que ou qualquer a vo passível de ser conver do em dinheiro, que ultra-
exerçam no Brasil qualquer das a vidades listadas neste ar go, ain- passar limite xado pela autoridade competente e nos termos de
da que de forma eventual; instruções por esta expedidas;
VIII - as demais en dades cujo funcionamento dependa de au- III - deverão adotar polí cas, procedimentos e controles inter-
torização de órgão regulador dos mercados nanceiro, de câmbio, nos, compa veis com seu porte e volume de operações, que lhes
de capitais e de seguros; permitam atender ao disposto neste ar go e no art. 11, na forma
IX - as pessoas sicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, disciplinada pelos órgãos competentes;(Redação dada pela Lei nº
que operem no Brasil como agentes, dirigentes, procuradoras, 12.683, de 2012)
comissionárias ou por qualquer forma representem interesses de IV - deverão cadastrar-se e manter seu cadastro atualizado no
ente estrangeiro que exerça qualquer das a vidades referidas nes- órgão regulador ou scalizador e, na falta deste, no Conselho de
te ar go; Controle de A vidades Financeiras (Coaf), na forma e condições por
X - as pessoas sicas ou jurídicas que exerçam a vidades de eles estabelecidas; (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
promoção imobiliária ou compra e venda de imóveis; (Redação V - deverão atender às requisições formuladas pelo Coaf na pe-
dada pela Lei nº 12.683, de 2012) riodicidade, forma e condições por ele estabelecidas, cabendo-lhe
XI - as pessoas sicas ou jurídicas que comercializem jóias, pe- preservar, nos termos da lei, o sigilo das informações prestadas.
dras e metais preciosos, objetos de arte e an güidades. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
XII - as pessoas sicas ou jurídicas que comercializem bens de § 1º Na hipótese de o cliente cons tuir-se em pessoa jurídica,
luxo ou de alto valor, intermedeiem a sua comercialização ou exer- a iden cação referida no inciso I deste ar go deverá abranger as
çam a vidades que envolvam grande volume de recursos em espé- pessoas sicas autorizadas a representá-la, bem como seus pro-
cie; (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) prietários.
XIII - as juntas comerciais e os registros públicos;(Incluído pela § 2º Os cadastros e registros referidos nos incisos I e II deste
Lei nº 12.683, de 2012) ar go deverão ser conservados durante o período mínimo de cinco
XIV - as pessoas sicas ou jurídicas que prestem, mesmo que anos a par r do encerramento da conta ou da conclusão da tran-
eventualmente, serviços de assessoria, consultoria, contadoria, au- sação, prazo este que poderá ser ampliado pela autoridade com-
ditoria, aconselhamento ou assistência, de qualquer natureza, em petente.
operações: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) § 3º O registro referido no inciso II deste ar go será efetuado
a) de compra e venda de imóveis, estabelecimentos comerciais também quando a pessoa sica ou jurídica, seus entes ligados, hou-
ou industriais ou par cipações societárias de qualquer natureza; ver realizado, em um mesmo mês-calendário, operações com uma
(Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) mesma pessoa, conglomerado ou grupo que, em seu conjunto, ul-
b) de gestão de fundos, valores mobiliários ou outros a vos; trapassem o limite xado pela autoridade competente.
(Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) Art. 10A. O Banco Central manterá registro centralizado for-
c) de abertura ou gestão de contas bancárias, de poupança, mando o cadastro geral de corren stas e clientes de ins tuições
inves mento ou de valores mobiliários; (Incluída pela Lei nº 12.683, nanceiras, bem como de seus procuradores. (Incluído pela Lei nº
de 2012) 10.701, de 2003)
d) de criação, exploração ou gestão de sociedades de qualquer
natureza, fundações, fundos duciários ou estruturas análogas; (In-
cluída pela Lei nº 12.683, de 2012)
e) nanceiras, societárias ou imobiliárias; e (Incluída pela Lei nº
12.683, de 2012)
f) de alienação ou aquisição de direitos sobre contratos relacio-
nados a a vidades despor vas ou ar s cas pro ssionais; (Incluída
pela Lei nº 12.683, de 2012)
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CAPÍTULO VII § 2oA multa será aplicada sempre que as pessoas referidas
DA COMUNICAÇÃO DE OPERAÇÕES FINANCEIRAS no art. 9o, por culpa ou dolo:(Redação dada pela Lei nº 12.683, de
2012)
Art. 11. As pessoas referidas no art. 9º: I – deixarem de sanar as irregularidades objeto de advertência,
I - dispensarão especial atenção às operações que, nos termos no prazo assinalado pela autoridade competente;
de instruções emanadas das autoridades competentes, possam II - não cumprirem o disposto nos incisos I a IV do art. 10;(Re-
cons tuir-se em sérios indícios dos crimes previstos nesta Lei, ou dação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
com eles relacionar-se; III - deixarem de atender, no prazo estabelecido, a requisição
II - deverão comunicar ao Coaf, abstendo-se de dar ciência de formulada nos termos do inciso V do art. 10;(Redação dada pela Lei
tal ato a qualquer pessoa, inclusive àquela à qual se re ra a infor- nº 12.683, de 2012)
mação, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a proposta ou reali- IV - descumprirem a vedação ou deixarem de fazer a comunica-
zação: (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) ção a que se refere o art. 11.
a) de todas as transações referidas no inciso II do art. 10, acom- § 3º A inabilitação temporária será aplicada quando forem ve-
panhadas da iden cação de que trata o inciso I do mencionado ri cadas infrações graves quanto ao cumprimento das obrigações
ar go; e(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) constantes desta Lei ou quando ocorrer reincidência especí ca, de-
b) das operações referidas no inciso I;(Redação dada pela Lei vidamente caracterizada em transgressões anteriormente punidas
nº 12.683, de 2012) com multa.
III - deverão comunicar ao órgão regulador ou scalizador da § 4º A cassação da autorização será aplicada nos casos de rein-
sua a vidade ou, na sua falta, ao Coaf, na periodicidade, forma e cidência especí ca de infrações anteriormente punidas com a pena
condições por eles estabelecidas, a não ocorrência de propostas, prevista no inciso III do caput deste ar go.
transações ou operações passíveis de serem comunicadas nos ter- Art. 13. (Revogado pela Lei nº 13.974, de 2020)
mos do inciso II.(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
§ 1º As autoridades competentes, nas instruções referidas
no inciso I deste ar go, elaborarão relação de operações que, por CAPÍTULO IX
suas caracterís cas, no que se refere às partes envolvidas, valores, DO CONSELHO DE CONTROLE
forma de realização, instrumentos u lizados, ou pela falta de fun- DE ATIVIDADES FINANCEIRAS
damento econômico ou legal, possam con gurar a hipótese nele
Art. 14.Fica criado, no âmbito do Ministério da Economia, o
prevista.
Conselho de Controle de A vidades Financeiras - Coaf, com a na-
§ 2º As comunicações de boa-fé, feitas na forma prevista neste
lidade de disciplinar, aplicar penas administra vas, receber, exami-
ar go, não acarretarão responsabilidade civil ou administra va.
nar e iden car as ocorrências suspeitas de a vidades ilícitas pre-
§ 3oO Coaf disponibilizará as comunicações recebidas com
vistas nesta Lei, sem prejuízo das competências de outros órgãos e
base no inciso II do caput aos respec vos órgãos responsáveis pela
en dades. (Redação dada pela Medida Provisória nº 886, de 2019)
regulação ou scalização das pessoas a que se refere o art. 9o. (Re-
§ 1º As instruções referidas no art. 10 des nadas às pessoas
dação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
mencionadas no art. 9º, para as quais não exista órgão próprio s-
Art. 11-A.As transferências internacionais e os saques em espé-
calizador ou regulador, serão expedidas pelo COAF, compe ndo-
cie deverão ser previamente comunicados à ins tuição nanceira,
-lhe, para esses casos, a de nição das pessoas abrangidas e a apli-
nos termos, limites, prazos e condições xados pelo Banco Central
cação das sanções enumeradas no art. 12.
do Brasil. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
§ 2º O COAF deverá, ainda, coordenar e propor mecanismos
de cooperação e de troca de informações que viabilizem ações rá-
CAPÍTULO VIII pidas e e cientes no combate à ocultação ou dissimulação de bens,
DA RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA direitos e valores.
§ 3o O COAF poderá requerer aos órgãos da Administração Pú-
Art. 12. Às pessoas referidas no art. 9º, bem como aos admi-
blica as informações cadastrais bancárias e nanceiras de pessoas
nistradores das pessoas jurídicas, que deixem de cumprir as obriga-
envolvidas em a vidades suspeitas. (Incluído pela Lei nº 10.701, de
ções previstas nos arts. 10 e 11 serão aplicadas, cumula vamente
2003)
ou não, pelas autoridades competentes, as seguintes sanções:
Art. 15. O COAF comunicará às autoridades competentes para
I - advertência;
a instauração dos procedimentos cabíveis, quando concluir pela
II - multa pecuniária variável não superior: (Redação dada pela
existência de crimes previstos nesta Lei, de fundados indícios de
Lei nº 12.683, de 2012)
sua prá ca, ou de qualquer outro ilícito.
a) ao dobro do valor da operação; (Incluída pela Lei nº 12.683,
Art. 16. (Revogado pela Lei nº 13.974, de 2020)
de 2012)
Art. 17. (Revogado pela Lei nº 13.974, de 2020)
b) ao dobro do lucro real ob do ou que presumivelmente seria
ob do pela realização da operação; ou(Incluída pela Lei nº 12.683,
de 2012) CAPÍTULO X
c) ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais); (Inclu- INCLUÍDO PELA LEI Nº 12.683, DE 2012
ída pela Lei nº 12.683, de 2012) DISPOSIÇÕES GERAIS
III - inabilitação temporária, pelo prazo de até dez anos, para o INCLUÍDO PELA LEI Nº 12.683, DE 2012
exercício do cargo de administrador das pessoas jurídicas referidas
no art. 9º; Art. 17-A.Aplicam-se, subsidiariamente, as disposições do De-
IV - cassação ou suspensão da autorização para o exercício de creto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo
a vidade, operação ou funcionamento.(Redação dada pela Lei nº Penal), no que não forem incompa veis com esta Lei. (Incluído pela
12.683, de 2012) Lei nº 12.683, de 2012)
§ 1º A pena de advertência será aplicada por irregularidade no
cumprimento das instruções referidas nos incisos I e II do art. 10.

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Art. 17-B.A autoridade policial e o Ministério Público terão vagem” ou ocultação de bens, direitos e valores, de que trata a Lei
acesso, exclusivamente, aos dados cadastrais do inves gado que nº 9.613, de 3 de março de 1998, e de nanciamento do terrorismo,
informam quali cação pessoal, liação e endereço, independente- previsto na Lei nº 13.260, de 16 de março de 2016.
mente de autorização judicial, man dos pela Jus ça Eleitoral, pelas Parágrafo único. Para os ns desta Circular, os crimes referidos
empresas telefônicas, pelas ins tuições nanceiras, pelos provedo- no caput serão denominados genericamente “lavagem de dinhei-
res de internet e pelas administradoras de cartão de crédito. (Inclu- ro” e “ nanciamento do terrorismo”.
ído pela Lei nº 12.683, de 2012)
Art. 17-C.Os encaminhamentos das ins tuições nanceiras e CAPÍTULO II
tributárias em resposta às ordens judiciais de quebra ou transfe-
DA POLÍTICA DE PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO E
rência de sigilo deverão ser, sempre que determinado, em meio in-
AO FINANCIAMENTO DO TERRORISMO
formá co, e apresentados em arquivos que possibilitem a migração
de informações para os autos do processo sem redigitação. (Incluí- Art. 2º As ins tuições mencionadas no art. 1º devem imple-
do pela Lei nº 12.683, de 2012) mentar e manter polí ca formulada com base em princípios e di-
Art. 17-D.Em caso de indiciamento de servidor público, este retrizes que busquem prevenir a sua u lização para as prá cas de
será afastado, sem prejuízo de remuneração e demais direitos pre- lavagem de dinheiro e de nanciamento do terrorismo.
vistos em lei, até que o juiz competente autorize, em decisão fun- Parágrafo único. A polí ca de que trata o caput deve ser com-
damentada, o seu retorno. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) pa vel com os per s de risco:
Art. 17-E.A Secretaria da Receita Federal do Brasil conservará I - dos clientes;
os dados scais dos contribuintes pelo prazo mínimo de 5 (cinco) II - da ins tuição;
anos, contado a par r do início do exercício seguinte ao da declara- III - das operações, transações, produtos e serviços; e
ção de renda respec va ou ao do pagamento do tributo. (Incluído IV - dos funcionários, parceiros e prestadores de serviços ter-
pela Lei nº 12.683, de 2012) ceirizados.
Art. 18. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3º A polí ca referida no art. 2º deve contemplar, no mí-
nimo:
I - as diretrizes para:
CIRCULAR Nº 3.978, DE 23 DE JANEIRO DE 2020 a) a de nição de papéis e responsabilidades para o cumpri-
mento das obrigações de que trata esta Circular;
b) a de nição de procedimentos voltados à avaliação e à análi-
se prévia de novos produtos e serviços, bem como da u lização de
CIRCULAR Nº 3.978, DE 23 DE JANEIRO DE 2020 novas tecnologias, tendo em vista o risco de lavagem de dinheiro e
de nanciamento do terrorismo;
Dispõe sobre a polí ca, os procedimentos e os controles in- c) a avaliação interna de risco e a avaliação de efe vidade de
ternos a serem adotados pelas ins tuições autorizadas a funcio- que tratam os arts. 10 e 62;
nar pelo Banco Central do Brasil visando à prevenção da u lização d) a veri cação do cumprimento da polí ca, dos procedimen-
do sistema nanceiro para a prá ca dos crimes de “lavagem” ou tos e dos controles internos de que trata esta Circular, bem como a
ocultação de bens, direitos e valores, de que trata a Lei nº 9.613, iden cação e a correção das de ciências veri cadas;
de 3 de março de 1998, e de nanciamento do terrorismo, previs- e) a promoção de cultura organizacional de prevenção à lava-
to na Lei nº 13.260, de 16 de março de 2016. gem de dinheiro e ao nanciamento do terrorismo, contemplando,
A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil, em sessão inclusive, os funcionários, os parceiros e os prestadores de serviços
realizada em 22 de janeiro de 2020, com base nos arts. 9º da Lei nº terceirizados;
4.595, de 31 de dezembro de 1964, 10, 11 e 11-A da Lei nº 9.613, f) a seleção e a contratação de funcionários e de prestadores
de 3 de março de 1998, 6º e 7º, inciso III, da Lei nº 11.795, de 8 de serviços terceirizados, tendo em vista o risco de lavagem de di-
de outubro de 2008, e 15 da Lei nº 12.865, de 9 de outubro de nheiro e de nanciamento do terrorismo; e
2013, e tendo em vista o disposto na Lei nº 13.260, de 16 de março g) a capacitação dos funcionários sobre o tema da prevenção
de 2016, na Convenção contra o Trá co Ilícito de Entorpecentes e à lavagem de dinheiro e ao nanciamento do terrorismo, incluindo
Substâncias Psicotrópicas, promulgada pelo Decreto nº 154, de 26 os funcionários dos correspondentes no País que prestem atendi-
de junho de 1991, na Convenção das Nações Unidas contra o Cri- mento em nome das ins tuições mencionadas no art. 1º;
me Organizado Transnacional, promulgada pelo Decreto nº 5.015, II - as diretrizes para implementação de procedimentos:
de 12 de março de 2004, na Convenção Interamericana contra o a) de coleta, veri cação, validação e atualização de informa-
Terrorismo, promulgada pelo Decreto nº 5.639, de 26 de dezembro ções cadastrais, visando a conhecer os clientes, os funcionários, os
de 2005, na Convenção Internacional para Supressão do Financia- parceiros e os prestadores de serviços terceirizados;
mento do Terrorismo, promulgada pelo Decreto nº 5.640, de 26 b) de registro de operações e de serviços nanceiros;
de dezembro de 2005, e na Convenção das Nações Unidas contra c) de monitoramento, seleção e análise de operações e situa-
a Corrupção, promulgada pelo Decreto nº 5.687, de 31 de janeiro ções suspeitas; e
de 2006, resolve: d) de comunicação de operações ao Conselho de Controle de
A vidades Financeiras (Coaf); e
CAPÍTULO I III - o comprome mento da alta administração com a efe vi-
dade e a melhoria con nua da polí ca, dos procedimentos e dos
DO OBJETO E DO ÂMBITO DE APLICAÇÃO
controles internos relacionados com a prevenção à lavagem de di-
Art. 1º Esta Circular dispõe sobre a polí ca, os procedimentos nheiro e ao nanciamento do terrorismo.
e os controles internos a serem adotados pelas ins tuições autori- Art. 4º Admite-se a adoção de polí ca de prevenção à lavagem
zadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil visando à prevenção de dinheiro e ao nanciamento do terrorismo única por conglome-
da u lização do sistema nanceiro para a prá ca dos crimes de “la- rado prudencial e por sistema coopera vo de crédito.

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Parágrafo único. As ins tuições que não cons tuírem polí ca § 4º Devem ser u lizadas como subsídio à avaliação interna
própria, em decorrência do disposto no caput, devem formalizar a de risco, quando disponíveis, avaliações realizadas por en dades
opção por essa faculdade em reunião do conselho de administra- públicas do País rela vas ao risco de lavagem de dinheiro e de -
ção ou, se inexistente, da diretoria da ins tuição. nanciamento do terrorismo.
Art. 5º As ins tuições mencionadas no art. 1º devem assegurar Art. 11. A avaliação interna de risco pode ser realizada de for-
a aplicação da polí ca referida no art. 2º em suas unidades situadas ma centralizada em ins tuição do conglomerado prudencial e do
no exterior. sistema coopera vo de crédito.
Parágrafo único. Na hipótese de impedimento ou limitação le- Parágrafo único. As ins tuições que optarem por realizar a ava-
gal à aplicação da polí ca referida no caput à unidade da ins tuição liação interna de risco na forma do caput devem formalizar essa
situada no exterior, deverá ser elaborado relatório jus cando o opção em reunião do conselho de administração ou, se inexistente,
impedimento ou a limitação. da diretoria da ins tuição.
Art. 6º A polí ca referida no art. 2º deve ser divulgada aos Art. 12. A avaliação interna de risco deve ser:
funcionários da ins tuição, parceiros e prestadores de serviços ter- I - documentada e aprovada pelo diretor referido no art. 9º;
ceirizados, mediante linguagem clara e acessível, em nível de de- II - encaminhada para ciência:
talhamento compa vel com as funções desempenhadas e com a a) ao comitê de risco, quando houver;
sensibilidade das informações. b) ao comitê de auditoria, quando houver; e
Art. 7º A polí ca referida no art. 2º deve ser: c) ao conselho de administração ou, se inexistente, à diretoria
I - documentada; da ins tuição; e
II - aprovada pelo conselho de administração ou, se inexisten- III - revisada a cada dois anos, bem como quando ocorrerem
te, pela diretoria da ins tuição; e alterações signi ca vas nos per s de risco mencionados no art. 10,
III - man da atualizada. § 1º.

CAPÍTULO III CAPÍTULO V


DA GOVERNANÇA DA POLÍTICA DE PREVENÇÃO À LAVA DOS PROCEDIMENTOS DESTINADOS
GEM DE DINHEIRO E AO FINANCIAMENTO DO TERRORISMO A CONHECER OS CLIENTES
Art. 8º As ins tuições mencionadas no art. 1º devem dispor de SEÇÃO I
estrutura de governança visando a assegurar o cumprimento da po- DOS PROCEDIMENTOS
lí ca referida no art. 2º e dos procedimentos e controles internos
Art. 13. As ins tuições mencionadas no art. 1º devem imple-
de prevenção à lavagem de dinheiro e ao nanciamento do terro-
mentar procedimentos des nados a conhecer seus clientes, in-
rismo previstos nesta Circular.
cluindo procedimentos que assegurem a devida diligência na sua
Art. 9º As ins tuições referidas no art. 1º devem indicar for-
iden cação, quali cação e classi cação.
malmente ao Banco Central do Brasil diretor responsável pelo cum-
§ 1º Os procedimentos referidos no caput devem ser compa-
primento das obrigações previstas nesta Circular.
veis com:
§ 1º O diretor mencionado no caput pode desempenhar outras
I - o per l de risco do cliente, contemplando medidas refor-
funções na ins tuição, desde que não haja con ito de interesses.
çadas para clientes classi cados em categorias de maior risco, de
§ 2º A responsabilidade mencionada no caput deve ser obser-
acordo com a avaliação interna de risco referida no art. 10;
vada em cada ins tuição, mesmo no caso de opção pela faculdade
II - a polí ca de prevenção à lavagem de dinheiro e ao nancia-
estabelecida nos arts. 4º, 11, 42, 46 e 52.
mento do terrorismo de que trata o art. 2º; e
III - a avaliação interna de risco de que trata o art. 10.
CAPÍTULO IV § 2º Os procedimentos mencionados no caput devem ser for-
DA AVALIAÇÃO INTERNA DE RISCO malizados em manual especí co.
§ 3º O manual referido no § 2º deve ser aprovado pela direto-
Art. 10. As ins tuições referidas no art. 1º devem realizar ava-
ria da ins tuição e man do atualizado.
liação interna com o obje vo de iden car e mensurar o risco de
Art. 14. As informações ob das e u lizadas nos procedimentos
u lização de seus produtos e serviços na prá ca da lavagem de di-
referidos no art. 13 devem ser armazenadas em sistemas informa-
nheiro e do nanciamento do terrorismo.
zados e u lizadas nos procedimentos de que trata o Capítulo VII.
§ 1º Para iden cação do risco de que trata o caput, a avalia-
Art. 15. Os procedimentos previstos neste Capítulo devem ser
ção interna deve considerar, no mínimo, os per s de risco:
observados sem prejuízo do disposto na regulamentação que disci-
I - dos clientes;
plina produtos e serviços especí cos.
II - da ins tuição, incluindo o modelo de negócio e a área geo-
grá ca de atuação;
III - das operações, transações, produtos e serviços, abrangen- SEÇÃO II
do todos os canais de distribuição e a u lização de novas tecnolo- DA IDENTIFICAÇÃO DOS CLIENTES
gias; e
Art. 16. As ins tuições referidas no art. 1º devem adotar proce-
IV - das a vidades exercidas pelos funcionários, parceiros e
dimentos de iden cação que permitam veri car e validar a iden-
prestadores de serviços terceirizados.
dade do cliente.
§ 2º O risco iden cado deve ser avaliado quanto à sua pro-
§ 1º Os procedimentos referidos no caput devem incluir a ob-
babilidade de ocorrência e à magnitude dos impactos nanceiro,
tenção, a veri cação e a validação da auten cidade de informações
jurídico, reputacional e socioambiental para a ins tuição.
de iden cação do cliente, inclusive, se necessário, mediante con-
§ 3º Devem ser de nidas categorias de risco que possibilitem
frontação dessas informações com as disponíveis em bancos de da-
a adoção de controles de gerenciamento e de mi gação reforçados
dos de caráter público e privado.
para as situações de maior risco e a adoção de controles simpli ca-
§ 2º No processo de iden cação do cliente devem ser coleta-
dos nas situações de menor risco.
dos, no mínimo:
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I - o nome completo e o número de registro no Cadastro de I - familiar, os parentes, na linha reta ou colateral, até o segun-
Pessoas Físicas (CPF), no caso de pessoa natural; e (Redação dada, do grau, o cônjuge, o companheiro, a companheira, o enteado e a
a par r de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.) enteada; e
II - a rma ou denominação social e o número de registro no II - estreito colaborador:
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), no caso de pessoa jurí- a) pessoa natural conhecida por ter qualquer po de estreita
dica. (Redação dada, a par r de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº relação com pessoa exposta poli camente, inclusive por:
119, de 27/7/2021.) 1. ter par cipação conjunta em pessoa jurídica de direito pri-
§ 3º No caso de cliente pessoa natural residente no exterior vado;
desobrigada de inscrição no CPF, na forma de nida pela Secretaria 2. gurar como mandatária, ainda que por instrumento par -
da Receita Federal do Brasil, admite-se a u lização de documento cular da pessoa mencionada no item 1; ou
de viagem na forma da Lei, devendo ser coletados, no mínimo, o 3. ter par cipação conjunta em arranjos sem personalidade
país emissor, o número e o po do documento. jurídica; e
§ 4º No caso de cliente pessoa jurídica com domicílio ou sede b) pessoa natural que tem o controle de pessoas jurídicas ou
no exterior desobrigada de inscrição no CNPJ, na forma de nida de arranjos sem personalidade jurídica, conhecidos por terem sido
pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, as ins tuições devem criados para o bene cio de pessoa exposta poli camente.
coletar, no mínimo, o nome da empresa, o endereço da sede e o § 2º Para os clientes quali cados como pessoa exposta poli -
número de iden cação ou de registro da empresa no respec vo camente ou como representante, familiar ou estreito colaborador
país de origem. dessas pessoas, as ins tuições mencionadas no art. 1º devem:
Art. 17. As informações referidas no art. 16 devem ser man - I - adotar procedimentos e controles internos compa veis com
das atualizadas. essa quali cação;
II - considerar essa quali cação na classi cação do cliente nas
SEÇÃO III categorias de risco referidas no art. 20; e
III - avaliar o interesse no início ou na manutenção do relacio-
DA QUALIFICAÇÃO DOS CLIENTES
namento com o cliente.
Art. 18. As ins tuições mencionadas no art. 1º devem adotar § 3º A avaliação mencionada no § 2º, inciso III, deve ser realiza-
procedimentos que permitam quali car seus clientes por meio da da por detentor de cargo ou função de nível hierárquico superior ao
coleta, veri cação e validação de informações, compa veis com o do responsável pela autorização do relacionamento com o cliente.
per l de risco do cliente e com a natureza da relação de negócio.
§ 1º Os procedimentos de quali cação referidos no caput de- SEÇÃO IV
vem incluir a coleta de informações que permitam: (Redação dada,
DA CLASSIFICAÇÃO DOS CLIENTES
a par r de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.)
I - iden car o local de residência, no caso de pessoa natural; Art. 20. As ins tuições mencionadas no art. 1º devem classi -
(Incluído, a par r de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de car seus clientes nas categorias de risco de nidas na avaliação in-
27/7/2021.) terna de risco mencionada no art. 10, com base nas informações
II - iden car o local da sede ou lial, no caso de pessoa jurídi- ob das nos procedimentos de quali cação do cliente referidos no
ca; e (Incluído, a par r de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, art. 18.
de 27/7/2021.) Parágrafo único. A classi cação mencionada no caput deve ser:
III - avaliar a capacidade nanceira do cliente, incluindo a ren- I - realizada com base no per l de risco do cliente e na natureza
da, no caso de pessoa natural, ou o faturamento, no caso de pes- da relação de negócio; e
soa jurídica. (Incluído, a par r de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº II - revista sempre que houver alterações no per l de risco do
119, de 27/7/2021.) cliente e na natureza da relação de negócio.
§ 2º A necessidade de veri cação e de validação das informa-
ções referidas no § 1º deve ser avaliada pelas ins tuições de acordo SEÇÃO V
com o per l de risco do cliente e com a natureza da relação de
DISPOSIÇÕES COMUNS À IDENTIFICAÇÃO, À QUALIFICA
negócio.
ÇÃO E À CLASSIFICAÇÃO DOS CLIENTES
§ 3º Nos procedimentos de que trata o caput, devem ser cole-
tadas informações adicionais do cliente compa veis com o risco de Art. 21. As ins tuições referidas no art. 1º devem adotar os
u lização de produtos e serviços na prá ca da lavagem de dinheiro procedimentos de iden cação, de quali cação e de classi cação
e do nanciamento do terrorismo. previstos neste Capítulo para os administradores de clientes pesso-
§ 4º A quali cação do cliente deve ser reavaliada de forma per- as jurídicas e para os representantes de clientes.
manente, de acordo com a evolução da relação de negócio e do Parágrafo único. Os procedimentos referidos no caput devem
per l de risco. ser compa veis com a função exercida pelo administrador e com a
§ 5º As informações coletadas na quali cação do cliente de- abrangência da representação.
vem ser man das atualizadas. Art. 22. Os critérios u lizados para a de nição das informações
§ 6º O Banco Central do Brasil poderá divulgar rol de informa- necessárias e dos procedimentos de veri cação, validação e atu-
ções a serem coletadas, veri cadas e validadas em procedimentos alização das informações para cada categoria de risco devem ser
especí cos de quali cação de clientes. previstos no manual de que trata o art. 13, § 2º.
Art. 19. Os procedimentos de quali cação referidos no art. 18 Art. 23. É vedado às ins tuições referidas no art. 1º iniciar re-
devem incluir a veri cação da condição do cliente como pessoa ex- lação de negócios sem que os procedimentos de iden cação e de
posta poli camente, nos termos do art. 27, bem como a veri ca- quali cação do cliente estejam concluídos.
ção da condição de representante, familiar ou estreito colaborador
dessas pessoas.
§ 1º Para os ns desta Circular, considera-se:

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Parágrafo único. Admite-se, por um período máximo de trinta d) ins tuições nanceiras ou similares, operando por conta
dias, o início da relação de negócios em caso de insu ciência de própria; (Incluída, a par r de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº
informações rela vas à quali cação do cliente, desde que não haja 119, de 27/7/2021.)
prejuízo aos procedimentos de monitoramento e seleção de que e) administradores de carteiras, operando por conta própria;
trata o art. 39. (Incluída, a par r de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de
27/7/2021.)
SEÇÃO VI f) sociedades seguradoras e en dades de previdência privada;
e (Incluída, a par r de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de
DA IDENTIFICAÇÃO E DA QUALIFICAÇÃO DO BENEFICIÁ
27/7/2021.)
RIO FINAL
g) fundos de inves mento, desde que, cumula vamente:
Art. 24. Os procedimentos de quali cação do cliente pessoa (Incluída, a par r de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de
jurídica devem incluir a análise da cadeia de par cipação societária 27/7/2021.)
até a iden cação da pessoa natural caracterizada como seu bene- 1. o número de co stas seja igual ou superior a cem e nenhum
ciário nal, observado o disposto no art. 25. deles detenha mais de 25% (vinte e cinco por cento) das cotas; e
§ 1º Devem ser aplicados à pessoa natural referida no caput, (Incluído, a par r de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de
no mínimo, os procedimentos de quali cação de nidos para a cate- 27/7/2021.)
goria de risco do cliente pessoa jurídica na qual o bene ciário nal 2. a administração da carteira de a vos seja feita de forma dis-
detenha par cipação societária. cricionária por administrador pro ssional sujeito à scalização de
§ 2º É também considerado bene ciário nal o representante, autoridade supervisora com a qual o Banco Central do Brasil man-
inclusive o procurador e o preposto, que exerça o comando de fato tenha convênio para a troca de informações rela vas à prevenção
sobre as a vidades da pessoa jurídica. da u lização do sistema nanceiro para a prá ca dos crimes de la-
§ 3º Excetuam-se do disposto no caput: (Redação dada, a par r vagem de dinheiro e de nanciamento do terrorismo. (Incluído, a
de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.) par r de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.)
I - as pessoas jurídicas caracterizadas como companhia aber- § 4º No caso das en dades relacionadas no § 3º, as informa-
ta; (Incluído, a par r de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de ções coletadas devem abranger as das pessoas naturais autoriza-
27/7/2021.) das a representá-las, bem como as de seus controladores, adminis-
II - as en dade sem ns lucra vos; (Incluído, a par r de tradores ou gestores, e diretores, se houver. (Incluído, a par r de
1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.) 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.)
III - as coopera vas; (Incluído, a par r de 1º/9/2021, pela Reso- Art. 25. As ins tuições mencionadas no art. 1º devem estabe-
lução BCB nº 119, de 27/7/2021.) lecer valor mínimo de referência de par cipação societária para a
IV - os fundos e clubes de inves mento registrados na Comis- iden cação de bene ciário nal.
são de Valores Mobiliários, desde que, cumula vamente: (Incluído, § 1º O valor mínimo de referência de par cipação societária
a par r de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.) de que trata o caput deve ser estabelecido com base no risco e não
a) não sejam fundos exclusivos; (Incluída, a par r de 1º/9/2021, pode ser superior a 25% (vinte e cinco por cento), considerada, em
pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.) qualquer caso, a par cipação direta e a indireta.
b) obtenham recursos de inves dores com o propósito de atri- § 2º O valor de referência de que trata o caput deve ser jus -
buir o desenvolvimento e a gestão de uma carteira de inves mento cado e documentado no manual de procedimentos referido no
a um gestor quali cado que deve ter plena discricionariedade na art. 13, § 2º.
representação e na tomada de decisão perante as en dades inves - Art. 26. No caso de relação de negócio com cliente residente
das, não sendo obrigado a consultar os co stas para essas decisões no exterior, que também seja cliente de ins tuição do mesmo gru-
e tampouco indicar os co stas ou partes a eles ligadas para atuar po no exterior, scalizada por autoridade supervisora com a qual o
nas en dades inves das; e (Incluída, a par r de 1º/9/2021, pela Re- Banco Central do Brasil mantenha convênio para a troca de infor-
solução BCB nº 119, de 27/7/2021.) mações, admite-se que as informações rela vas ao bene ciário -
c) seja informado o número de registro no CPF, no caso de pes- nal sejam ob das da ins tuição no exterior, desde que assegurado
soa natural, ou do número de registro no CNPJ, no caso de pessoa ao Banco Central do Brasil o acesso às informações e aos procedi-
jurídica, de todos os co stas para a Secretaria Especial da Receita mentos adotados.
Federal do Brasil (RFB), na forma por esta de nida em regulamenta-
ção especí ca; (Incluída, a par r de 1º/9/2021, pela Resolução BCB SEÇÃO VII
nº 119, de 27/7/2021.)
DA QUALIFICAÇÃO COMO PESSOA EXPOSTA POLITICA
V - os fundos de inves mento registrados na Comissão de Va-
MENTE
lores Mobiliários, cons tuídos na forma de condomínio fechado,
cujas cotas sejam negociadas em mercado organizado; e (Incluído, Art. 27. As ins tuições mencionadas no art. 1º devem imple-
a par r de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.) mentar procedimentos que permitam quali car seus clientes como
VI - os inves dores não residentes classi cados como: (Incluído, pessoa exposta poli camente.
a par r de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.) § 1º Consideram-se pessoas expostas poli camente:
a) governos, en dades governamentais e bancos centrais, as- I - os detentores de mandatos ele vos dos Poderes Execu vo
sim como fundos soberanos ou companhias de inves mento con- e Legisla vo da União;
troladas por fundos soberanos e similares; (Incluída, a par r de II - os ocupantes de cargo, no Poder Execu vo da União, de:
1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.) a) Ministro de Estado ou equiparado;
b) organismos mul laterais; (Incluída, a par r de 1º/9/2021, b) Natureza Especial ou equivalente;
pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.) c) presidente, vice-presidente e diretor, ou equivalentes, de
c) companhias abertas ou equivalentes; (Incluída, a par r de en dades da administração pública indireta; e
1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.) d) Grupo Direção e Assessoramento Superiores (DAS), nível 6,
ou equivalente;
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III - os membros do Conselho Nacional de Jus ça, do Supremo CAPÍTULO VI
Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores, dos Tribunais Regionais DO REGISTRO DE OPERAÇÕES
Federais, dos Tribunais Regionais do Trabalho, dos Tribunais Regio- SEÇÃO I
nais Eleitorais, do Conselho Superior da Jus ça do Trabalho e do
DISPOSIÇÕES GERAIS
Conselho da Jus ça Federal;
IV - os membros do Conselho Nacional do Ministério Público, o Art. 28. As ins tuições referidas no art. 1º devem manter regis-
Procurador-Geral da República, o Vice-Procurador-Geral da Repú- tros de todas as operações realizadas, produtos e serviços contrata-
blica, o Procurador-Geral do Trabalho, o Procurador-Geral da Jus - dos, inclusive saques, depósitos, aportes, pagamentos, recebimen-
ça Militar, os Subprocuradores-Gerais da República e os Procurado- tos e transferências de recursos.
res-Gerais de Jus ça dos Estados e do Distrito Federal; § 1º Os registros referidos no caput devem conter, no mínimo,
V - os membros do Tribunal de Contas da União, o Procurador- as seguintes informações sobre cada operação:
-Geral e os Subprocuradores-Gerais do Ministério Público junto ao I - po;
Tribunal de Contas da União; II - valor, quando aplicável;
VI - os presidentes e os tesoureiros nacionais, ou equivalentes, III - data de realização;
de par dos polí cos; IV - nome e número de inscrição no CPF ou no CNPJ do tular
VII - os Governadores e os Secretários de Estado e do Distri- e do bene ciário da operação, no caso de pessoa residente ou se-
to Federal, os Deputados Estaduais e Distritais, os presidentes, ou diada no País; e
equivalentes, de en dades da administração pública indireta esta- V - canal u lizado.
dual e distrital e os presidentes de Tribunais de Jus ça, Tribunais § 2º No caso de operações envolvendo pessoa natural residen-
Militares, Tribunais de Contas ou equivalentes dos Estados e do te no exterior desobrigada de inscrição no CPF, na forma de nida
Distrito Federal; e pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, as ins tuições devem
VIII - os Prefeitos, os Vereadores, os Secretários Municipais, os incluir no registro as seguintes informações:
presidentes, ou equivalentes, de en dades da administração pú- I - nome;
blica indireta municipal e os Presidentes de Tribunais de Contas ou II - po e número do documento de viagem e respec vo país
equivalentes dos Municípios. emissor; e
§ 2º São também consideradas expostas poli camente as pes- III - organismo internacional de que seja representante para o
soas que, no exterior, sejam: exercício de funções especí cas no País, quando for o caso.
I - chefes de estado ou de governo; § 3º No caso de operações envolvendo pessoa jurídica com do-
II - polí cos de escalões superiores; micílio ou sede no exterior desobrigada de inscrição no CNPJ, na
III - ocupantes de cargos governamentais de escalões superio- forma de nida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, as ins -
res; tuições devem incluir no registro as seguintes informações:
IV - o ciais-generais e membros de escalões superiores do Po- I - nome da empresa; e
der Judiciário; II - número de iden cação ou de registro da empresa no res-
V - execu vos de escalões superiores de empresas públicas; ou pec vo país de origem.
VI - dirigentes de par dos polí cos. Art. 29. Os registros de que trata este Capítulo devem ser reali-
§ 3º São também consideradas pessoas expostas poli camente zados inclusive nas situações em que a operação ocorrer no âmbito
os dirigentes de escalões superiores de en dades de direito inter- da mesma ins tuição.
nacional público ou privado.
§ 4º No caso de clientes residentes no exterior, para ns do SEÇÃO II
disposto no caput, as ins tuições mencionadas no art. 1º devem DO REGISTRO DE OPERAÇÕES DE PAGAMENTO, DE RECE
adotar pelo menos duas das seguintes providências: BIMENTO E DE TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS
I - solicitar declaração expressa do cliente a respeito da sua
quali cação; Art. 30. No caso de operações rela vas a pagamentos, rece-
II - recorrer a informações públicas disponíveis; e bimentos e transferências de recursos, por meio de qualquer ins-
III - consultar bases de dados públicas ou privadas sobre pesso- trumento, as ins tuições referidas no art. 1º devem incluir nos
as expostas poli camente. registros mencionados no art. 28 as informações necessárias à
§ 5º A condição de pessoa exposta poli camente deve ser apli- iden cação da origem e do des no dos recursos.
cada pelos cinco anos seguintes à data em que a pessoa deixou de § 1º A origem mencionada no caput refere-se à ins tuição pa-
se enquadrar nas categorias previstas nos §§ 1º, 2º, e 3º. gadora, sacada ou remetente e à pessoa sacada ou remetente dos
§ 6º No caso de relação de negócio com cliente residente no recursos, bem como ao instrumento de transferência ou de paga-
exterior que também seja cliente de ins tuição do mesmo grupo no mento u lizado na transação.
exterior, scalizada por autoridade supervisora com a qual o Banco § 2º O des no mencionado no caput refere-se à ins tuição re-
Central do Brasil mantenha convênio para troca de informações, cebedora ou des natária e à pessoa recebedora ou des natária dos
admite-se que as informações de quali cação de pessoa exposta recursos, bem como ao instrumento de transferência ou de paga-
poli camente sejam ob das da ins tuição no exterior, desde que mento u lizado na transação.
assegurado ao Banco Central do Brasil o acesso aos respec vos da- § 3º Para ns do cumprimento do disposto no caput, devem
dos e procedimentos adotados. ser incluídas no registro das operações, no mínimo, as seguintes
informações, quando couber:
I - nome e número de inscrição no CPF ou no CNPJ do reme-
tente ou sacado;
II - nome e número de inscrição no CPF ou no CNPJ do recebe-
dor ou bene ciário;

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
III - códigos de iden cação, no sistema de liquidação de paga- II - o nome e o respec vo número de inscrição no CPF do por-
mentos ou de transferência de fundos, das ins tuições envolvidas tador dos recursos;
na operação; e III - a nalidade do saque; e
IV - números das dependências e das contas envolvidas na ope- IV - o número do protocolo referido no art. 36, § 2º, inciso II.
ração. Parágrafo único. Na hipótese de recusa do cliente ou do porta-
§ 4º No caso de transferência de recursos por meio de cheque, dor dos recursos em prestar a informação referida no inciso III do
as ins tuições mencionadas no art. 1º devem incluir no registro da caput, a ins tuição deve registrar o fato e u lizar essa informação
operação, além das informações referidas no § 3º, o número do nos procedimentos de monitoramento, seleção e análise de que
cheque. tratam os art. 38 a 47.
Art. 31. Caso as ins tuições referidas no art. 1º estabeleçam Art. 36. As ins tuições mencionadas no art. 1º devem requerer
relação de negócio com terceiros não sujeitos a autorização para dos sacadores clientes e não clientes solicitação de provisionamen-
funcionar do Banco Central do Brasil, par cipantes de arranjo de to com, no mínimo, três dias úteis de antecedência, das operações
pagamento do qual a ins tuição também par cipe, deve ser es - de saque, inclusive as realizadas por meio de cheque ou ordem de
pulado em contrato o acesso da ins tuição à iden cação dos des- pagamento, de valor igual ou superior a R$50.000,00 (cinquenta
natários nais dos recursos, para ns de prevenção à lavagem de mil reais).
dinheiro e do nanciamento do terrorismo. § 1º As operações de saque de que trata o caput devem ser
Parágrafo único. O disposto no caput se aplica inclusive no caso consideradas individualmente, para efeitos de observação do limite
de relação de negócio que envolva a interoperabilidade com arran- previsto no caput.
jo de pagamento não sujeito a autorização pelo Banco Central do § 2º As ins tuições referidas no caput devem:
Brasil, do qual as ins tuições referidas no art. 1º não par cipem. I - possibilitar a solicitação de provisionamento por meio do
Art. 32. No caso de transferência de recursos por meio da sí o eletrônico da ins tuição na internet e das agências ou Postos
compensação interbancária de cheque, a ins tuição sacada deve de Atendimento;
informar à ins tuição depositária, e a ins tuição depositária deve II - emi r protocolo de atendimento ao cliente ou ao sacador
informar à ins tuição sacada, os números de inscrição no CPF ou não cliente, no qual devem ser informados o valor da operação, a
no CNPJ dos tulares da conta sacada e da conta depositária, res- dependência na qual deverá ser efetuado o saque e a data progra-
pec vamente. mada para o saque; e
III - registrar, no ato da solicitação de provisionamento, as in-
SEÇÃO III formações indicadas no art. 35, conforme o caso.
§ 3º No caso de saque em espécie a ser realizado por meio de
DO REGISTRO DAS OPERAÇÕES EM ESPÉCIE
cheque por sacador não cliente, a solicitação de provisionamento
Art. 33. No caso de operações com u lização de recursos em de que trata o caput deve ser realizada exclusivamente em agências
espécie de valor individual superior a R$2.000,00 (dois mil reais), ou em Postos de Atendimento.
as ins tuições referidas no art. 1º devem incluir no registro, além § 4º O disposto neste ar go deve ser observado sem prejuízo
das informações previstas nos arts. 28 e 30, o nome e o respec vo do art. 2º da Resolução nº 3.695, de 26 de março de 2009.
número de inscrição no CPF do portador dos recursos. Art. 37. As ins tuições referidas no art. 1º devem manter regis-
Parágrafo único. Nas operações de que trata o caput, realizadas tro especí co de recebimentos de boleto de pagamento pagos com
por empresa de transporte de valores devidamente autorizada e recursos em espécie.
registrada na autoridade competente, nos termos da legislação em Parágrafo único. A ins tuição que receber boleto de pagamen-
vigor, considera-se essa empresa como a portadora dos recursos, a to que não seja de sua emissão deve remeter à ins tuição emissora
qual será iden cada por meio do registro do número de inscrição a informação de que o boleto foi pago em espécie.
no CNPJ e da rma ou denominação social. (Incluído, a par r de
1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.) CAPÍTULO VII
Art. 34. No caso de operações de depósito ou aporte em espé-
DO MONITORAMENTO, DA SELEÇÃO E DA ANÁLISE DE
cie de valor individual igual ou superior a R$50.000,00 (cinquenta
OPERAÇÕES E SITUAÇÕES SUSPEITAS
mil reais), as ins tuições referidas no art. 1º devem incluir no regis-
tro, além das informações previstas nos arts. 28 e 30: SEÇÃO I
I - o nome e o respec vo número de inscrição no CPF ou no DOS PROCEDIMENTOS DE MONITORAMENTO, SELEÇÃO E
CNPJ, conforme o caso, do proprietário dos recursos; ANÁLISE DE OPERAÇÕES E SITUAÇÕES SUSPEITAS
II - o nome e o respec vo número de inscrição no CPF do por- Art. 38. As ins tuições referidas no art. 1º devem implemen-
tador dos recursos; e tar procedimentos de monitoramento, seleção e análise de opera-
III - a origem dos recursos depositados ou aportados. ções e situações com o obje vo de iden car e dispensar especial
Parágrafo único. Na hipótese de recusa do cliente ou do porta- atenção às suspeitas de lavagem de dinheiro e de nanciamento
dor dos recursos em prestar a informação referida no inciso III do do terrorismo.
caput, a ins tuição deve registrar o fato e u lizar essa informação § 1º Para os ns desta Circular, operações e situações suspeitas
nos procedimentos de monitoramento, seleção e análise de que referem-se a qualquer operação ou situação que apresente indícios
tratam os art. 38 a 47. de u lização da ins tuição para a prá ca dos crimes de lavagem de
Art. 35. No caso de operações de saque, inclusive as realizadas dinheiro e de nanciamento do terrorismo.
por meio de cheque ou ordem de pagamento, de valor individual § 2º Os procedimentos de que trata o caput devem ser aplica-
igual ou superior a R$50.000,00 (cinquenta mil reais), as ins tui- dos, inclusive, às propostas de operações.
ções referidas no art. 1º devem incluir no registro, além das infor- § 3º Os procedimentos mencionados no caput devem:
mações previstas nos arts. 28 e 30: I - ser compa veis com a polí ca de prevenção à lavagem de
I - o nome e o respec vo número de inscrição no CPF ou no dinheiro e ao nanciamento do terrorismo de que trata o art. 2º;
CNPJ, conforme o caso, do des natário dos recursos; II - ser de nidos com base na avaliação interna de risco de que
trata o art. 10;
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III - considerar a condição de pessoa exposta poli camente, Art. 41. Devem ser incluídos no manual referido no art. 38, §
nos termos do art. 27, bem como a condição de representante, 3º, inciso IV:
familiar ou estreito colaborador da pessoa exposta poli camente, I - os critérios de de nição da periodicidade de execução dos
nos termos do art. 19; e procedimentos de monitoramento e seleção para os diferentes -
IV - estar descritos em manual especí co, aprovado pela dire- pos de operações e situações monitoradas; e
toria da ins tuição. II - os parâmetros, as variáveis, as regras e os cenários u liza-
dos no monitoramento e seleção para os diferentes pos de ope-
SEÇÃO II rações e situações.
Art. 42. Os procedimentos de monitoramento e seleção referi-
DO MONITORAMENTO E DA SELEÇÃO DE OPERAÇÕES E
dos no art. 39 podem ser realizados de forma centralizada em ins-
SITUAÇÕES SUSPEITAS
tuição do conglomerado prudencial e do sistema coopera vo de
Art. 39. As ins tuições referidas no art. 1º devem implementar crédito.
procedimentos de monitoramento e seleção que permitam iden - Parágrafo único. As ins tuições que optarem por realizar os
car operações e situações que possam indicar suspeitas de lava- procedimentos de monitoramento e seleção na forma do caput de-
gem de dinheiro e de nanciamento do terrorismo, especialmente: vem formalizar essa opção em reunião do conselho de administra-
I - as operações realizadas e os produtos e serviços contrata- ção ou, se inexistente, da diretoria da ins tuição.
dos que, considerando as partes envolvidas, os valores, as formas
de realização, os instrumentos u lizados ou a falta de fundamento SEÇÃO III
econômico ou legal, possam con gurar a existência de indícios de
DOS PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE DE OPERAÇÕES E
lavagem de dinheiro ou de nanciamento do terrorismo, inclusive:
SITUAÇÕES SUSPEITAS
a) as operações realizadas ou os serviços prestados que, por
sua habitualidade, valor ou forma, con gurem ar cio que obje - Art. 43. As ins tuições referidas no art. 1º devem implementar
ve burlar os procedimentos de iden cação, quali cação, registro, procedimentos de análise das operações e situações selecionadas
monitoramento e seleção previstos nesta Circular; por meio dos procedimentos de monitoramento e seleção de que
b) as operações de depósito ou aporte em espécie, saque em trata o art. 39, com o obje vo de caracterizá-las ou não como sus-
espécie, ou pedido de provisionamento para saque que apresen- peitas de lavagem de dinheiro e de nanciamento do terrorismo.
tem indícios de ocultação ou dissimulação da natureza, da origem, § 1º O período para a execução dos procedimentos de análise
da localização, da disposição, da movimentação ou da propriedade das operações e situações selecionadas não pode exceder o prazo
de bens, direitos e valores; de quarenta e cinco dias, contados a par r da data da seleção da
c) as operações realizadas e os produtos e serviços contratados operação ou situação.
que, considerando as partes e os valores envolvidos, apresentem § 2º A análise mencionada no caput deve ser formalizada em
incompa bilidade com a capacidade nanceira do cliente, incluin- dossiê, independentemente da comunicação ao Coaf referida no
do a renda, no caso de pessoa natural, ou o faturamento, no caso art. 48.
de pessoa jurídica, e o patrimônio; Art. 44. É vedada:
d) as operações com pessoas expostas poli camente de nacio- I - a contratação de terceiros para a realização da análise refe-
nalidade brasileira e com representantes, familiares ou estreitos rida no art. 43; e
colaboradores de pessoas expostas poli camente; II - a realização da análise referida no art. 43 no exterior.
e) as operações com pessoas expostas poli camente estran- Parágrafo único. A vedação mencionada no caput não inclui a
geiras; contratação de terceiros para a prestação de serviços auxiliares à
f) os clientes e as operações em relação aos quais não seja pos- análise referida no art. 43.
sível iden car o bene ciário nal; Art. 45. As ins tuições referidas no art. 1º devem dispor, no
g) as operações oriundas ou des nadas a países ou territórios País, de recursos e competências necessários à análise de opera-
com de ciências estratégicas na implementação das recomenda- ções e situações suspeitas referida no art. 43.
ções do Grupo de Ação Financeira (Ga ); e Art. 46. Os procedimentos de análise referidos no art. 43 po-
h) as situações em que não seja possível manter atualizadas as dem ser realizados de forma centralizada em ins tuição do conglo-
informações cadastrais de seus clientes; e merado prudencial e do sistema coopera vo de crédito.
II - as operações e situações que possam indicar suspeitas de Parágrafo único. As ins tuições que optarem por realizar os
nanciamento do terrorismo. procedimentos de análise na forma do caput devem formalizar a
Parágrafo único. O período para a execução dos procedimen- opção em reunião do conselho de administração ou, se inexistente,
tos de monitoramento e de seleção das operações e situações sus- da diretoria da ins tuição.
peitas não pode exceder o prazo de quarenta e cinco dias, contados
a par r da data de ocorrência da operação ou da situação. SEÇÃO IV
Art. 40. As ins tuições referidas no art. 1º devem assegurar
DISPOSIÇÕES GERAIS
que os sistemas u lizados no monitoramento e na seleção de ope-
rações e situações suspeitas contenham informações detalhadas Art. 47. No caso de contratação de serviços de processamento
das operações realizadas e das situações ocorridas, inclusive infor- e armazenamento de dados e de computação em nuvem u lizados
mações sobre a iden cação e a quali cação dos envolvidos. para monitoramento e seleção de operações e situações suspeitas,
§ 1º As ins tuições devem manter documentação detalhada bem como de serviços auxiliares à análise dessas operações e situa-
dos parâmetros, variáveis, regras e cenários u lizados no monitora- ções, as ins tuições referidas no art. 1º devem observar:
mento e seleção de operações e situações que possam indicar sus- I - o disposto no Capítulo III da Circular nº 3.909, de 16 de agos-
peitas de lavagem de dinheiro e de nanciamento do terrorismo. to de 2018, e, no que couber, nos Capítulos IV e V da referida Circu-
§ 2º Os sistemas e os procedimentos u lizados no monitora- lar, no caso de ins tuições de pagamento; e
mento e na seleção de operações e situações suspeitas devem ser
passíveis de veri cação quanto à sua adequação e efe vidade.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
II - o disposto no Capítulo III da Resolução nº 4.658, de 26 de I - é pessoa exposta poli camente ou representante, familiar
abril de 2018, e, no que couber, nos Capítulos IV e V da referida ou estreito colaborador dessa pessoa;
Resolução, no caso de ins tuições nanceiras e demais ins tuições II - é pessoa que, reconhecidamente, pra cou ou tenha inten-
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil. tado pra car atos terroristas ou deles par cipado ou facilitado o
seu come mento; e
CAPÍTULO VIII III - é pessoa que possui ou controla, direta ou indiretamente,
recursos na ins tuição, no caso do inciso II.
DOS PROCEDIMENTOS DE COMUNICAÇÃO AO COAF
Art. 54. As ins tuições de que trata o art. 1º que não verem
SEÇÃO I efetuado comunicações ao Coaf em cada ano civil deverão pres-
DA COMUNICAÇÃO DE OPERAÇÕES E SITUAÇÕES SUSPEI tar declaração, até dez dias úteis após o encerramento do referido
TAS ano, atestando a não ocorrência de operações ou situações passí-
Art. 48. As ins tuições referidas no art. 1º devem comunicar ao veis de comunicação.
Coaf as operações ou situações suspeitas de lavagem de dinheiro e Art. 55. As ins tuições referidas no art. 1º devem se habilitar
de nanciamento do terrorismo. para realizar as comunicações no Sistema de Controle de A vida-
§ 1º A decisão de comunicação da operação ou situação ao des Financeiras (Siscoaf), do Coaf.
Coaf deve:
I - ser fundamentada com base nas informações con das no CAPÍTULO IX
dossiê mencionado no art. 43, § 2º; DOS PROCEDIMENTOS DESTINADOS A CONHECER FUN
II - ser registrada de forma detalhada no dossiê mencionado CIONÁRIOS, PARCEIROS E PRESTADORES DE SERVIÇOS TER
no art. 43, § 2º; e CEIRIZADOS
III - ocorrer até o nal do prazo de análise referido no art. 43,
§ 1º. Art. 56. As ins tuições mencionadas no art. 1º devem imple-
§ 2º A comunicação da operação ou situação suspeita ao Coaf mentar procedimentos des nados a conhecer seus funcionários,
deve ser realizada até o dia ú l seguinte ao da decisão de comuni- parceiros e prestadores de serviços terceirizados, incluindo proce-
cação. dimentos de iden cação e quali cação.
Parágrafo único. Os procedimentos referidos no caput devem
ser compa veis com a polí ca de prevenção à lavagem de dinheiro
SEÇÃO II e ao nanciamento do terrorismo de que trata o art. 2º e com a
DA COMUNICAÇÃO DE OPERAÇÕES EM ESPÉCIE avaliação interna de risco de que trata o art. 10.
Art. 49. As ins tuições mencionadas no art. 1º devem comu- Art. 57. Os procedimentos referidos no art. 56 devem ser for-
nicar ao Coaf: malizados em documento especí co aprovado pela diretoria da
I - as operações de depósito ou aporte em espécie ou saque ins tuição.
em espécie de valor igual ou superior a R$50.000,00 (cinquenta mil Parágrafo único. O documento mencionado no caput deve ser
reais); man do atualizado.
II - as operações rela vas a pagamentos, recebimentos e trans- Art. 58. As ins tuições referidas no art. 1º devem classi car as
ferências de recursos, por meio de qualquer instrumento, contra a vidades exercidas por seus funcionários, parceiros e prestadores
pagamento em espécie, de valor igual ou superior a R$50.000,00 de serviços terceirizados nas categorias de risco de nidas na avalia-
(cinquenta mil reais); e ção interna de risco, nos termos do art. 10.
III - a solicitação de provisionamento de saques em espécie de § 1º A classi cação em categorias de risco mencionada no
valor igual ou superior a R$50.000,00 (cinquenta mil reais) de que caput deve ser man da atualizada.
trata o art. 36. § 2º Os critérios para a classi cação em categorias de risco re-
Parágrafo único. A comunicação mencionada no caput deve ferida no caput devem estar previstos no documento mencionado
ser realizada até o dia ú l seguinte ao da ocorrência da operação no art. 57.
ou do provisionamento. § 3º As informações rela vas aos funcionários, parceiros e
prestadores de serviços terceirizados devem ser man das atuali-
zadas, considerando inclusive eventuais alterações que impliquem
SEÇÃO III
mudança de classi cação nas categorias de risco.
DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 59. As ins tuições referidas no art. 1º, na celebração de
Art. 50. As ins tuições referidas no art. 1º devem realizar as contratos com ins tuições nanceiras sediadas no exterior, devem:
comunicações mencionadas nos arts. 48 e 49 sem dar ciência aos I - obter informações sobre o contratado que permitam com-
envolvidos ou a terceiros. preender a natureza de sua a vidade e a sua reputação;
Art. 51. As comunicações alteradas ou canceladas após o quin- II - veri car se o contratado foi objeto de inves gação ou de
to dia ú l seguinte ao da sua realização devem ser acompanhadas ação de autoridade supervisora relacionada com lavagem de di-
de jus ca va da ocorrência. nheiro ou com nanciamento do terrorismo;
Art. 52. As comunicações podem ser realizadas de forma cen- III - cer car que o contratado tem presença sica no país onde
tralizada por meio de ins tuição do conglomerado prudencial e de está cons tuído ou licenciado;
sistema coopera vo de crédito, em nome da ins tuição na qual IV - conhecer os controles adotados pelo contratado rela vos
ocorreu a operação ou a situação. à prevenção à lavagem de dinheiro e ao nanciamento do terro-
Parágrafo único. As ins tuições que optarem por realizar as rismo;
comunicações de forma centralizada, nos termos do caput, devem V - obter a aprovação do detentor de cargo ou função de nível
formalizar a opção em reunião do conselho de administração ou, se hierárquico superior ao do responsável pela contratação; e
inexistente, da diretoria da ins tuição. VI - dar ciência do contrato de parceria ao diretor mencionado
Art. 53. As comunicações referidas nos arts. 48 e 49 devem es- no art. 9º.
peci car, quando for o caso, se a pessoa objeto da comunicação:
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Parágrafo único. O disposto no caput aplica-se inclusive às re- d) das medidas de desenvolvimento da cultura organizacional
lações de parceria estabelecidas com bancos correspondentes no voltadas à prevenção da lavagem de dinheiro e ao nanciamento
exterior. do terrorismo;
Art. 60. As ins tuições referidas no art. 1º, na celebração de e) dos programas de capacitação periódica de pessoal;
contratos com terceiros não sujeitos a autorização para funcionar f) dos procedimentos des nados a conhecer os funcionários,
do Banco Central do Brasil, par cipantes de arranjo de pagamento parceiros e prestadores de serviços terceirizados; e
do qual a ins tuição também par cipe, devem: g) das ações de regularização dos apontamentos oriundos da
I - obter informações sobre o terceiro que permitam compre- auditoria interna e da supervisão do Banco Central do Brasil.
ender a natureza de sua a vidade e a sua reputação; Art. 64. Admite-se a elaboração de um único relatório de ava-
II - veri car se o terceiro foi objeto de inves gação ou de ação liação de efe vidade nos termos do art. 62, § 1º, rela vo às ins -
de autoridade supervisora relacionada com lavagem de dinheiro ou tuições do conglomerado prudencial e do sistema coopera vo de
com nanciamento do terrorismo; crédito.
III - cer car que o terceiro tem licença do ins tuidor do arran- Parágrafo único. As ins tuições que optarem por realizar o re-
jo para operar, quando for o caso; latório de avaliação de efe vidade na forma do caput devem for-
IV - conhecer os controles adotados pelo terceiro rela vos à malizar a opção em reunião do conselho de administração ou, se
prevenção à lavagem de dinheiro e ao nanciamento do terroris- inexistente, da diretoria da ins tuição.
mo; e Art. 65. As ins tuições referidas no art. 1º devem elaborar pla-
V - dar ciência do contrato ao diretor mencionado no art. 9º. no de ação des nado a solucionar as de ciências iden cadas por
meio da avaliação de efe vidade de que trata o art. 62.
CAPÍTULO X § 1º O acompanhamento da implementação do plano de ação
referido no caput deve ser documentado por meio de relatório de
DOS MECANISMOS DE ACOMPANHAMENTO E DE CON
acompanhamento.
TROLE
§ 2º O plano de ação e o respec vo relatório de acompanha-
Art. 61. As ins tuições mencionadas no art. 1º devem ins tuir mento devem ser encaminhados para ciência e avaliação, até 30 de
mecanismos de acompanhamento e de controle de modo a assegu- junho do ano seguinte ao da data-base do relatório de que trata o
rar a implementação e a adequação da polí ca, dos procedimentos art. 62, § 1º:
e dos controles internos de que trata esta Circular, incluindo: I - do comitê de auditoria, quando houver;
I - a de nição de processos, testes e trilhas de auditoria; II - da diretoria da ins tuição; e
II - a de nição de métricas e indicadores adequados; e III - do conselho de administração, quando existente.
III - a iden cação e a correção de eventuais de ciências.
Parágrafo único. Os mecanismos de que trata o caput devem CAPÍTULO XII
ser subme dos a testes periódicos pela auditoria interna, quando
DISPOSIÇÕES FINAIS
aplicáveis, compa veis com os controles internos da ins tuição.
Art. 66. Devem permanecer à disposição do Banco Central do
CAPÍTULO XI Brasil:
I - o documento de que trata o art. 7º, inciso I, rela vo à polí ca
DA AVALIAÇÃO DE EFETIVIDADE
de prevenção à lavagem de dinheiro e ao nanciamento do terro-
Art. 62. As ins tuições referidas no art. 1º devem avaliar a efe- rismo de que trata o art. 2º;
vidade da polí ca, dos procedimentos e dos controles internos de II - a ata de reunião do conselho de administração ou, na sua
que trata esta Circular. inexistência, da diretoria da ins tuição, no caso de ser formalizada
§ 1º A avaliação referida no caput deve ser documentada em a opção de que trata o caput do art. 4º;
relatório especí co. III - o relatório de que trata o art. 5º, parágrafo único, se exis-
§ 2º O relatório de que trata o § 1º deve ser: tente;
I - elaborado anualmente, com data-base de 31 de dezembro; e IV - o documento rela vo à avaliação interna de risco de que
II - encaminhado, para ciência, até 31 de março do ano seguin- trata o art. 12, inciso I, juntamente com a documentação de supor-
te ao da data-base: te à sua elaboração;
a) ao comitê de auditoria, quando houver; e V - o contrato referido no art. 31;
b) ao conselho de administração ou, se inexistente, à diretoria VI - a ata de reunião do conselho de administração ou, na sua
da ins tuição. inexistência, da diretoria da ins tuição, no caso de serem formali-
Art. 63. O relatório referido no art. 62, § 1º, deve: zadas as opções mencionadas nos arts. 11, 42, 46, 52 e 64;
I - conter informações que descrevam: VII - o relatório de avaliação de efe vidade de que trata o art.
a) a metodologia adotada na avaliação de efe vidade; 62, § 1º;
b) os testes aplicados; VIII - as versões anteriores da avaliação interna de risco de que
c) a quali cação dos avaliadores; e trata o art. 10;
d) as de ciências iden cadas; e IX - o manual rela vo aos procedimentos des nados a conhe-
II - conter, no mínimo, a avaliação: cer os clientes referido no art. 13, § 2º;
a) dos procedimentos des nados a conhecer clientes, incluin- X - o manual rela vo aos procedimentos de monitoramento,
do a veri cação e a validação das informações dos clientes e a ade- seleção e análise de operações e situações suspeitas mencionado
quação dos dados cadastrais; no art. 38, § 3º, inciso IV;
b) dos procedimentos de monitoramento, seleção, análise e XI - o documento rela vo aos procedimentos des nados a co-
comunicação ao Coaf, incluindo a avaliação de efe vidade dos pa- nhecer os funcionários, parceiros e prestadores de serviços tercei-
râmetros de seleção de operações e de situações suspeitas; rizados mencionado no art. 57;
c) da governança da polí ca de prevenção à lavagem de dinhei- XII - as versões anteriores do relatório de avaliação de efe vi-
ro e ao nanciamento do terrorismo; dade de que trata o art. 62, § 1º;
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
XIII - os dados, os registros e as informações rela vas aos me- XVI - o art. 2º da Circular nº 3.727, de 6 de novembro de 2014;
canismos de acompanhamento e de controle de que trata o art. XVII - o art. 3º da Circular nº 3.780, de 21 de janeiro de 2016; e
61; e XVIII - o art. 18 da Circular nº 3.858, de 14 de novembro de
XIV - os documentos rela vos ao plano de ação e ao respec vo 2017.
relatório de acompanhamento mencionados no art. 65. Art. 70. Esta Circular entra em vigor em 1º de julho de 2020.
§ 1º O contrato referido no inciso V do caput deve permanecer
à disposição do Banco Central do Brasil pelo prazo mínimo de cinco
anos após o encerramento da relação contratual. CARTA CIRCULAR Nº 4.001, DE 29 DE JANEIRO DE 2020 E
§ 2º Os documentos e informações referidos nos incisos VIII a SUAS ALTERAÇÕES.
XIV do caput devem permanecer à disposição do Banco Central do
Brasil pelo prazo mínimo de cinco anos.
Art. 67. As ins tuições referidas no art. 1º devem manter à dis- CARTA CIRCULAR Nº 4.001, DE 29 DE JANEIRO DE 2020
posição do Banco Central do Brasil e conservar pelo período míni-
mo de dez anos: Documento norma vo revogado pela Resolução BCB nº 145, de
I - as informações coletadas nos procedimentos des nados a 24/9/2021, após a produção de seus efeitos no período de cálculo
conhecer os clientes de que tratam os arts. 13, 16 e 18, contado o com início em 1º de novembro de 2021 e término em 5 de novembro
prazo referido no caput a par r do primeiro dia do ano seguinte ao de 2021, cujo ajuste ocorrerá em 16 de novembro de 2021.
término do relacionamento com o cliente;
II - as informações coletadas nos procedimentos des nados a
RESOLUÇÃO BCB Nº 145, DE 24 DE SETEMBRO DE 2021
conhecer os funcionários, parceiros e prestadores de serviços ter-
ceirizados de que trata o art. 56, contado o prazo referido no caput
a par r da data de encerramento da relação contratual; De ne e consolida as regras do recolhimento compulsório
III - as informações e registros de que tratam os arts. 28 a 37, sobre recursos a prazo.
contado o prazo referido no caput a par r do primeiro dia do ano A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil, em sessão re-
seguinte ao da realização da operação; e alizada em 23 de setembro de 2021, com base no art. 10, incisos III
IV - o dossiê referido no art. 43, § 2º. e IV, da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, e no art. 66 da Lei
Art. 68. A Circular nº 3.691, de 16 de dezembro de 2013, passa nº 9.069, de 29 de junho de 1995,
a vigorar com as seguintes alterações: RESOLVE:
“Art. 18. Os agentes autorizados a operar no mercado de
câmbio devem veri car a legalidade das operações, as responsa- CAPÍTULO I
bilidades das partes envolvidas, bem como iden car seus clientes DAS REGRAS GERAIS
previamente à realização das operações no mercado de câmbio na
forma prevista pela regulamentação sobre a polí ca, os procedi- Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre o recolhimento compulsó-
mentos e os controles internos na prevenção à prá ca dos crimes rio sobre recursos a prazo.
de ‘lavagem’ ou ocultação de bens, direitos e valores, previstos na Art. 2º Sujeitam-se ao recolhimento compulsório sobre recur-
Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998, e de nanciamento do terro- sos a prazo os bancos comerciais, bancos múl plos, bancos de de-
rismo, de que trata a Lei nº 13.260, de 16 de março de 2016.” (NR) senvolvimento, bancos de inves mento, bancos de câmbio, caixas
“Art. 135. As ins tuições autorizadas a operar no mercado de econômicas e sociedades de crédito, nanciamento e inves mento.
câmbio devem desenvolver mecanismos que permitam evitar a Art. 3º Cons tui Valor Sujeito a Recolhimento (VSR) a soma dos
prá ca de operações que visem a burlar os limites e outros reque- saldos inscritos nas seguintes rubricas contábeis do Plano Contábil
rimentos estabelecidos nesta Circular.” (NR) das Ins tuições do Sistema Financeiro Nacional (Cosif):
“Art. 139. As ins tuições autorizadas a operar no mercado de I - 4.1.5.10.00-9 Depósitos a Prazo;
câmbio devem cer car-se da quali cação de seus clientes, me- II - 4.3.1.00.00-8 Recursos de Aceites Cambiais;
diante documentação em meio sico ou eletrônico e mediante a III - 4.3.4.50.00-2 Cédulas Pignora cias de Debêntures;
realização, entre outras providências per nentes, de avaliação de IV - 4.2.1.10.80-0 Títulos de Emissão Própria; e
desempenho, de procedimentos comerciais e de capacidade nan- V - 4.9.9.12.20-7 Contratos de Assunção de Obrigações - Vincu-
ceira.” (NR) lados a Operações Realizadas no Exterior.
Art. 69. Ficam revogados: Parágrafo único. Não integram o VSR os depósitos a prazo
I - a Circular nº 3.461, de 24 de julho de 2009; resultantes de operações de assistência ou de suporte nanceiro
II - a Circular nº 3.517, de 7 de dezembro de 2010; contratadas com fundos ou outros mecanismos cons tuídos pelas
III - a Circular nº 3.583, de 12 de março de 2012; ins tuições do Sistema Financeiro Nacional na forma do § 1º do art.
IV - a Circular nº 3.654, de 27 de março de 2013; 28 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, inclusive
V - a Circular nº 3.839, de 28 de junho de 2017; com aqueles de que trata o art. 12, inciso IV, da Lei Complementar
VI - a Circular nº 3.889, de 28 de março de 2018; nº 130, de 17 de abril de 2009.
VII - os arts. 6º, 6º-A e 6º-B da Circular nº 3.680, de 4 de no- Art. 4º A base de cálculo da exigibilidade de recolhimento com-
vembro de 2013; pulsório sobre recursos a prazo corresponde à média aritmé ca dos
VIII - o § 2º do art. 11 da Circular nº 3.691, de 2013; VSR apurados nos dias úteis do período de cálculo, deduzida de
IX - o parágrafo único do art. 19 da Circular nº 3.691, de 2013; R$30.000.000,00 (trinta milhões de reais).
X - o art. 32 da Circular nº 3.691, de 2013; Parágrafo único. O período de cálculo compreende os dias
XI - o inciso IV do art. 32-A da Circular nº 3.691, de 2013; úteis de uma semana, com início na segunda-feira e término na sex-
XII - os incisos I e II do art. 139 da Circular nº 3.691, de 2013; ta-feira.
XIII - o art. 166 da Circular nº 3.691, de 2013; Art. 5º A exigibilidade do recolhimento compulsório é apurada
XIV - o art. 170 da Circular nº 3.691, de 2013; aplicando-se, sobre a base de cálculo de que trata o art. 4º, a alí-
XV - o art. 213 da Circular nº 3.691, de 2013; quota de 20% (vinte por cento).
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
CAPÍTULO II nominal constante de 2% (dois por cento) do valor de base a cada
DAS DEDUÇÕES E ISENÇÕES período de cálculo a par r do período com início em 21 de junho de
2021 e término em 25 de junho de 2021, até sua ex nção.
Art. 6º A exigibilidade, calculada na forma do art. 5º, será de-
duzida pela média, no período de cálculo, do valor do Limite Finan-
ceiro Total para operações da Linha de Liquidez a Termo (LLT) de CAPÍTULO III
que trata o art. 44 do Regulamento anexo à Resolução BCB nº 110, DO RECOLHIMENTO
de 1º de julho de 2021. Art. 10. A exigibilidade apurada vigora da segunda-feira da se-
§ 1º A dedução de que trata o caput é limitada ao valor de 3% gunda semana posterior ao encerramento do período de cálculo,
(três por cento) da base de cálculo, na forma do art. 4º. ou dia ú l seguinte, se a segunda-feira não for dia ú l, até a sexta-
§ 2º O valor do limite nanceiro total da LLT, usado no cálculo -feira subsequente, devendo ser cumprida em espécie, mediante
da média, é o informado na abertura diária do sistema de Linha recolhimento em conta especí ca.
Financeira de Liquidez (LFL). § 1º O saldo de encerramento diário da respec va conta de
Art. 7º A exigibilidade, calculada na forma do art. 5º, será de- recolhimento deve corresponder a 100% (cem por cento) da exigi-
duzida das seguintes parcelas: bilidade.
I - R$3.600.000.000,00 (três bilhões e seiscentos milhões de re- § 2º As ins tuições nanceiras cujas exigibilidades sejam iguais
ais), para ins tuições nanceiras independentes ou integrantes de ou inferiores a R$500.000,00 (quinhentos mil reais) estão isentas do
conglomerado nanceiro cujo Nível I do Patrimônio de Referência recolhimento compulsório de que trata esta Resolução, devendo,
(PR) seja inferior a R$3.000.000.000,00 (três bilhões de reais); no entanto, prestar as informações conforme estabelecido no art.
II - R$2.400.000.000,00 (dois bilhões e quatrocentos milhões 12 desta Resolução.
de reais), para ins tuições nanceiras independentes ou integran- § 3º O recolhimento da exigibilidade deve ser efetuado exclu-
tes de conglomerado nanceiro cujo Nível I do PR seja igual ou sivamente por ins tuição tular de conta Reservas Bancárias ou de
superior a R$3.000.000.000,00 (três bilhões de reais) e inferior a Conta de Liquidação, que comandará a respec va transferência a
R$10.000.000.000,00 (dez bilhões de reais); crédito da conta de recolhimento.
III - R$1.200.000.000,00 (um bilhão e duzentos milhões de § 4º A conta de recolhimento pode ser livremente movimen-
reais), para ins tuições nanceiras independentes ou integrantes tada pela ins tuição tular, a crédito de sua conta Reservas Bancá-
de conglomerado nanceiro cujo Nível I do PR seja igual ou su- rias ou Conta de Liquidação, durante o horário estabelecido para o
perior a R$10.000.000.000,00 (dez bilhões de reais) e inferior a funcionamento do Sistema de Transferência de Reservas (STR) do
R$15.000.000.000,00 (quinze bilhões de reais); e Banco Central do Brasil.
IV - 0 (zero), para ins tuições nanceiras independentes ou in- § 5º A ins tuição não tular de conta Reservas Bancárias nem
tegrantes de conglomerado nanceiro cujo Nível I do PR seja igual de Conta de Liquidação pode movimentar sua conta de recolhimen-
ou superior a R$15.000.000.000,00 (quinze bilhões de reais). to a crédito de conta Reservas Bancárias de sua livre escolha a cada
§ 1º Para ns da dedução de que trata este ar go, será consi- movimentação.
derado, para as ins tuições nanceiras independentes ou integran-
tes de conglomerado nanceiro, o Nível I do PR rela vo a 30 de
junho de 2018, apurado na forma estabelecida pela Resolução BCB CAPÍTULO IV
que dispõe sobre a metodologia para apuração do PR. DO CUSTO FINANCEIRO
§ 2º Em caso de ausência da informação do Nível I do PR rela-
vo a 30 de junho de 2018, será considerada, como critério para a Art. 11. A ins tuição nanceira que não observar as normas
dedução de que trata este ar go, a informação do úl mo Nível I do rela vas à manutenção de saldo na conta de recolhimento compul-
PR anterior a 30 de junho de 2018 prestada pela ins tuição. sório sobre recursos a prazo incorre no pagamento de custo nan-
§ 3º Para as ins tuições nanceiras em início de a vidade, o ceiro, que é devido no dia ú l seguinte à data em que for veri cada
valor de dedução será calculado conforme a primeira posição in- a de ciência e calculado com a u lização da seguinte fórmula:
formada ao Banco Central do Brasil do Nível I do PR ou 0 (zero),
enquanto ela não for informada.
Art. 8º Sobre a exigibilidade, calculada na forma dos arts. 5º,
6º e 7º, incidirá dedução do valor equivalente a 15% (quinze por Cvt = custo nanceiro sobre a de ciência na posição diária ve-
cento) do saldo devedor atualizado, veri cados no úl mo dia ú l ri cada no dia “t”, expresso com 2 (duas) casas decimais, com arre-
do período de cálculo, dos nanciamentos concedidos no âmbito dondamento matemá co;
do Programa Emergencial de Suporte a Empregos, ins tuído pela s = Taxa Selic da data da de ciência (“t”), expressa de forma
Lei nº 14.043, de 19 de agosto de 2020. unitária, com 4 (quatro) casas decimais;
Parágrafo único. A dedução de que trata o caput poderá ser r = acréscimo à Taxa Selic, correspondendo a 4% (quatro por
efetuada pela ins tuição nanceira enquanto os referidos nancia- cento) ao ano, expresso com 4 (quatro) casas decimais;
mentos es verem contabilizados em seu a vo. dvt = de ciência na posição diária do recolhimento compulsó-
Art. 9º Sobre a exigibilidade, calculada na forma dos arts. 5º, rio no dia “t”, em que dvt = E -St, para todo St < E, sendo:
6º, 7º e 8º, incidirá a dedução remanescente rela va ao saldo de St = posição do dia “t” ou saldo de encerramento da respec va
Letras Financeiras de emissão própria recompradas pela ins tuição conta de recolhimento no dia ú l “t”; e
nanceira emissora na forma do § 6º do art. 10 da Resolução nº E = exigibilidade apurada na forma dos arts. 5º ao 9º para o
4.733, de 27 de junho de 2019, apurado na forma dos arts. 5º-B e respec vo período de movimentação.
5º-C da Circular nº 3.916, de 22 de novembro de 2018, na data de § 1º Os resultados parciais de mul plicação, divisão e poten-
referência de 30 de abril de 2020. ciação u lizados nas expressões algébricas do cálculo dos custos
Parágrafo único. O valor remanescente u lizado para a dedu- nanceiros de que trata esta Resolução devem conter 8 (oito) casas
ção de que trata o caput é o valor de base apurado na data de refe- decimais, com arredondamento matemá co.
rência de 30 de abril de 2020, progressivamente reduzido pelo valor

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
§ 2º Os custos nanceiros de que trata esta Resolução, quando Selic = Taxa Selic anual, no formato unitário, expressa com 4
pagos em data posterior à data em que devidos, serão atualizados (quatro) casas decimais, referente à data do saldo a ser remune-
desde a data em que devidos até a data do pagamento, com base rado.
na Taxa Selic. § 1º A remuneração de que trata o caput é creditada na res-
§ 3º A devolução de custo previsto nesta Resolução, em decor- pec va conta de recolhimento até as 16h30 do dia ú l seguinte.
rência de pagamento indevido, será feita com atualização do valor, § 2º Os resultados parciais de mul plicação, divisão e poten-
desde a data do pagamento até a data de devolução, com base na ciação u lizados na expressão algébrica do cálculo da remuneração
Taxa Selic. devem conter 8 (oito) casas decimais, com arredondamento mate-
§ 4º Toda a movimentação rela va à cobrança ou à devolução má co.
dos custos nanceiros de que trata esta Resolução será efetuada
por meio do Sistema de Lançamentos do Banco Central (SLB). CAPÍTULO VII
§ 5º A ins tuição nanceira que apresentar de ciência na posi-
DISPOSIÇÕES FINAIS
ção diária do recolhimento compulsório sobre recursos a prazo por
3 (três) dias úteis, consecu vos ou não, no período de 10 (dez) dias Art. 15. O disposto nesta Resolução deverá ser observado a
úteis, deverá encaminhar, imediatamente, ao Departamento de par r do período de cálculo com início em 8 de novembro e tér-
Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos do Banco Central mino em 12 de novembro de 2021, cujo ajuste ocorrerá em 22 no-
do Brasil (Deban) onde jurisdicionada, jus ca vas para a ocorrên- vembro de 2021.
cia, independentemente do pagamento do custo nanceiro. Art. 16. Fica o Deban autorizado a adotar as medidas necessá-
rias à execução do disposto nesta Resolução.
CAPÍTULO V Art. 17. Ficam revogadas, após a produção de seus efeitos no
período de cálculo com início em 1º de novembro de 2021 e tér-
DO ENVIO DA INFORMAÇÃO
mino em 5 de novembro de 2021, cujo ajuste ocorrerá em 16 de
Art. 12. A ins tuição deve fornecer, até o dia ú l imediatamen- novembro de 2021:
te anterior à data em que se inicia a vigência da respec va exigibili- I - a Circular nº 3.916, de 22 de novembro de 2018;
dade, os dados diários rela vos ao VSR do período de cálculo. II - a Circular nº 3.943, de 23 de maio de 2019;
§ 1º A ins tuição nanceira está dispensada de prestar as in- III - a Circular nº 3.997, de 6 de abril de 2020;
formações de que trata este ar go caso os valores sujeitos a re- IV - a Circular nº 4.001, de 13 de abril de 2020; e
colhimento e outros rela vos ao cumprimento da exigibilidade e V - a Resolução BCB nº 78, de 10 de março de 2021.
deduções de recolhimento permaneçam inalterados em relação à Art. 18. Esta Resolução entra em vigor em 1º de novembro de
úl ma posição informada. 2021.
§ 2º Na hipótese de ausência de informações rela vas a um Bruno Serra Fernandes
ou mais dias do período de cálculo até o nal do prazo xado no Diretor de Polí ca Monetária
caput, será atribuído a cada posição não informada o valor rela vo
à úl ma posição informada.
§ 3º A ins tuição nanceira que informar ou alterar os dados AUTORREGULAÇÃO BANCÁRIA E NORMATIVOS SARB.
após o prazo xado neste ar go sujeita-se às penalidades previstas
na regulamentação em vigor.
Art. 13. A ins tuição nanceira sujeita ao recolhimento com- A Autorregulação bancária é um conjunto de normas criado
pulsório de que trata esta Resolução, não tular de conta Reservas em 2007 pela FEBRABAN, com aprovação e publicação em 2008,
Bancárias ou de Conta de Liquidação, deverá indicar a ins tuição para que o setor tenha serviços prestados com mais qualidade e
nanceira tular de conta Reservas Bancárias à qual serão enca- sa sfação para os clientes e também a redução de reclamações nos
minhadas as cobranças per nentes a custos nanceiros, creditadas órgãos de proteção ao consumidor, incluindo ações judiciais.
eventuais devoluções e realizadas as transferências de recursos en- Desde sua aprovação, a Autorregulação incluiu em seu siste-
tre a conta Reservas Bancárias da liquidante e a conta de recolhi- ma de atuação, temas como Prevenção e Combate à Lavagem de
mento da ins tuição nanceira. Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo e a Responsabilidade
Socioambiental.
A úl ma alteração na Autorregulação bancária, ocorreu a par r
CAPÍTULO VI
de 23/03/2021, em que todos os contratos novos e re nanciamen-
DA REMUNERAÇÃO tos com agregação de margem, serão consultados no sistema do
SRCC (Serviço de Registro de Crédito Consignado) após a averbação
Art. 14. O saldo de encerramento diário da conta de recolhi- do contrato. Realizada a consulta, o sistema retorna ao banco com
mento no Banco Central do Brasil, limitado ao valor da exigibilidade, a informação se a comissão sobre a operação pode ou não ser paga.
receberá remuneração calculada com base na Taxa Selic, mediante A nalidade principal da Autorregulação é promover a padro-
u lização da seguinte fórmula: nização nas ações de todas as ins tuições nanceiras par cipantes.

R = remuneração a ser creditada, expressa com 2 (duas) casas


decimais, com arredondamento matemá co;
S = saldo de encerramento da conta de recolhimento, limitado
ao valor da exigibilidade calculada na forma dos arts. 5º ao 9º;

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
I – de terrorismo;
SIGILO BANCÁRIO: LEI COMPLEMENTAR Nº 105/2001 E II – de trá co ilícito de substâncias entorpecentes ou drogas
SUAS ALTERAÇÕES a ns;
III – de contrabando ou trá co de armas, munições ou material
des nado a sua produção;
LEI COMPLEMENTAR Nº 105, DE 10 DE JANEIRO DE 2001. IV – de extorsão mediante seqüestro;
V – contra o sistema nanceiro nacional;
Dispõe sobre o sigilo das operações de ins tuições nancei- VI – contra a Administração Pública;
ras e dá outras providências. VII – contra a ordem tributária e a previdência social;
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na- VIII – lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e va-
cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: lores;
Art. 1o As ins tuições nanceiras conservarão sigilo em suas IX – pra cado por organização criminosa.
operações a vas e passivas e serviços prestados. Art. 2 O dever de sigilo é extensivo ao Banco Central do Brasil,
§ 1o São consideradas ins tuições nanceiras, para os efeitos em relação às operações que realizar e às informações que ob ver
desta Lei Complementar: no exercício de suas atribuições.
I – os bancos de qualquer espécie; § 1o O sigilo, inclusive quanto a contas de depósitos, aplicações
II – distribuidoras de valores mobiliários; e inves mentos man dos em ins tuições nanceiras, não pode ser
III – corretoras de câmbio e de valores mobiliários; oposto ao Banco Central do Brasil:
IV – sociedades de crédito, nanciamento e inves mentos; I – no desempenho de suas funções de scalização, compre-
V – sociedades de crédito imobiliário; endendo a apuração, a qualquer tempo, de ilícitos pra cados por
VI – administradoras de cartões de crédito; controladores, administradores, membros de conselhos estatutá-
VII – sociedades de arrendamento mercan l; rios, gerentes, mandatários e prepostos de ins tuições nanceiras;
VIII – administradoras de mercado de balcão organizado; II – ao proceder a inquérito em ins tuição nanceira subme -
IX – coopera vas de crédito; da a regime especial.
X – associações de poupança e emprés mo; § 2 As comissões encarregadas dos inquéritos a que se refere
XI – bolsas de valores e de mercadorias e futuros; o inciso II do § 1o poderão examinar quaisquer documentos rela-
XII – en dades de liquidação e compensação; vos a bens, direitos e obrigações das ins tuições nanceiras, de
XIII – outras sociedades que, em razão da natureza de suas seus controladores, administradores, membros de conselhos esta-
operações, assim venham a ser consideradas pelo Conselho Mo- tutários, gerentes, mandatários e prepostos, inclusive contas cor-
netário Nacional. rentes e operações com outras ins tuições nanceiras.
§ 2 As empresas de fomento comercial ou factoring, para os § 3o O disposto neste ar go aplica-se à Comissão de Valores
efeitos desta Lei Complementar, obedecerão às normas aplicáveis Mobiliários, quando se tratar de scalização de operações e ser-
às ins tuições nanceiras previstas no § 1o. viços no mercado de valores mobiliários, inclusive nas ins tuições
§ 3 Não cons tui violação do dever de sigilo: nanceiras que sejam companhias abertas.
I – a troca de informações entre ins tuições nanceiras, para § 4o O Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobi-
ns cadastrais, inclusive por intermédio de centrais de risco, obser- liários, em suas áreas de competência, poderão rmar convênios:
vadas as normas baixadas pelo Conselho Monetário Nacional e pelo I - com outros órgãos públicos scalizadores de ins tuições -
Banco Central do Brasil; nanceiras, obje vando a realização de scalizações conjuntas, ob-
II - o fornecimento de informações constantes de cadastro servadas as respec vas competências;
de emitentes de cheques sem provisão de fundos e de devedores II - com bancos centrais ou en dades scalizadoras de outros
inadimplentes, a en dades de proteção ao crédito, observadas as países, obje vando:
normas baixadas pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Banco a) a scalização de liais e subsidiárias de ins tuições nancei-
Central do Brasil; ras estrangeiras, em funcionamento no Brasil e de liais e subsidiá-
III – o fornecimento das informações de que trata o § 2o do art. rias, no exterior, de ins tuições nanceiras brasileiras;
11 da Lei no 9.311, de 24 de outubro de 1996; b) a cooperação mútua e o intercâmbio de informações para a
IV – a comunicação, às autoridades competentes, da prá ca de inves gação de a vidades ou operações que impliquem aplicação,
ilícitos penais ou administra vos, abrangendo o fornecimento de negociação, ocultação ou transferência de a vos nanceiros e de
informações sobre operações que envolvam recursos provenientes valores mobiliários relacionados com a prá ca de condutas ilícitas.
de qualquer prá ca criminosa; § 5o O dever de sigilo de que trata esta Lei Complementar es-
V – a revelação de informações sigilosas com o consen mento tende-se aos órgãos scalizadores mencionados no § 4o e a seus
expresso dos interessados; agentes.
VI – a prestação de informações nos termos e condições esta- § 6o O Banco Central do Brasil, a Comissão de Valores Mobili-
belecidos nos ar gos 2o, 3o, 4o, 5o, 6o, 7o e 9 desta Lei Comple- ários e os demais órgãos de scalização, nas áreas de suas atribui-
mentar. ções, fornecerão ao Conselho de Controle de A vidades Financei-
VII - o fornecimento de dados nanceiros e de pagamentos, ras – COAF, de que trata o art. 14 da Lei no 9.613, de 3 de março
rela vos a operações de crédito e obrigações de pagamento adim- de 1998, as informações cadastrais e de movimento de valores re-
plidas ou em andamento de pessoas naturais ou jurídicas, a gesto- la vos às operações previstas no inciso I do art. 11 da referida Lei.
res de bancos de dados, para formação de histórico de crédito, nos Art. 3o Serão prestadas pelo Banco Central do Brasil, pela Co-
termos de lei especí ca. (Incluído pela Lei Complementar nº 166, missão de Valores Mobiliários e pelas ins tuições nanceiras as
de 2019) (Vigência) informações ordenadas pelo Poder Judiciário, preservado o seu
§ 4 A quebra de sigilo poderá ser decretada, quando neces- caráter sigiloso mediante acesso restrito às partes, que delas não
sária para apuração de ocorrência de qualquer ilícito, em qualquer poderão servir-se para ns estranhos à lide.
fase do inquérito ou do processo judicial, e especialmente nos se-
guintes crimes:
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
§ 1o Dependem de prévia autorização do Poder Judiciário a § 4o Recebidas as informações de que trata este ar go, se de-
prestação de informações e o fornecimento de documentos sigilo- tectados indícios de falhas, incorreções ou omissões, ou de come-
sos solicitados por comissão de inquérito administra vo des nada mento de ilícito scal, a autoridade interessada poderá requisitar
a apurar responsabilidade de servidor público por infração pra ca- as informações e os documentos de que necessitar, bem como rea-
da no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação com as lizar scalização ou auditoria para a adequada apuração dos fatos.
atribuições do cargo em que se encontre inves do. § 5o As informações a que refere este ar go serão conservadas
§ 2o Nas hipóteses do § 1o, o requerimento de quebra de sigilo sob sigilo scal, na forma da legislação em vigor.
independe da existência de processo judicial em curso. Art. 6o As autoridades e os agentes scais tributários da União,
§ 3o Além dos casos previstos neste ar go o Banco Central do dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios somente pode-
Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários fornecerão à Advoca- rão examinar documentos, livros e registros de ins tuições nan-
cia-Geral da União as informações e os documentos necessários à ceiras, inclusive os referentes a contas de depósitos e aplicações
defesa da União nas ações em que seja parte. nanceiras, quando houver processo administra vo instaurado ou
Art. 4o O Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mo- procedimento scal em curso e tais exames sejam considerados in-
biliários, nas áreas de suas atribuições, e as ins tuições nanceiras dispensáveis pela autoridade administra va competente. (Re-
fornecerão ao Poder Legisla vo Federal as informações e os docu- gulamento)
mentos sigilosos que, fundamentadamente, se zerem necessários Parágrafo único. O resultado dos exames, as informações e os
ao exercício de suas respec vas competências cons tucionais e documentos a que se refere este ar go serão conservados em sigi-
legais. lo, observada a legislação tributária.
§ 1o As comissões parlamentares de inquérito, no exercício Art. 7o Sem prejuízo do disposto no § 3o do art. 2o, a Comissão
de sua competência cons tucional e legal de ampla inves gação, de Valores Mobiliários, instaurado inquérito administra vo, poderá
obterão as informações e documentos sigilosos de que necessita- solicitar à autoridade judiciária competente o levantamento do si-
rem, diretamente das ins tuições nanceiras, ou por intermédio gilo junto às ins tuições nanceiras de informações e documentos
do Banco Central do Brasil ou da Comissão de Valores Mobiliários. rela vos a bens, direitos e obrigações de pessoa sica ou jurídica
§ 2o As solicitações de que trata este ar go deverão ser pre- subme da ao seu poder disciplinar.
viamente aprovadas pelo Plenário da Câmara dos Deputados, do Parágrafo único. O Banco Central do Brasil e a Comissão de
Senado Federal, ou do plenário de suas respec vas comissões par- Valores Mobiliários, manterão permanente intercâmbio de infor-
lamentares de inquérito. mações acerca dos resultados das inspeções que realizarem, dos
Art. 5o O Poder Execu vo disciplinará, inclusive quanto à pe- inquéritos que instaurarem e das penalidades que aplicarem, sem-
riodicidade e aos limites de valor, os critérios segundo os quais as pre que as informações forem necessárias ao desempenho de suas
ins tuições nanceiras informarão à administração tributária da a vidades.
União, as operações nanceiras efetuadas pelos usuários de seus Art. 8o O cumprimento das exigências e formalidades previs-
serviços. (Regulamento) tas nos ar gos 4o, 6o e 7o, será expressamente declarado pelas
§ 1o Consideram-se operações nanceiras, para os efeitos des- autoridades competentes nas solicitações dirigidas ao Banco Cen-
te ar go: tral do Brasil, à Comissão de Valores Mobiliários ou às ins tuições
I – depósitos à vista e a prazo, inclusive em conta de poupança; nanceiras.
II – pagamentos efetuados em moeda corrente ou em cheques; Art. 9o Quando, no exercício de suas atribuições, o Banco
III – emissão de ordens de crédito ou documentos assemelha- Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários veri carem
dos; a ocorrência de crime de nido em lei como de ação pública, ou
IV – resgates em contas de depósitos à vista ou a prazo, inclu- indícios da prá ca de tais crimes, informarão ao Ministério Público,
sive de poupança; juntando à comunicação os documentos necessários à apuração ou
V – contratos de mútuo; comprovação dos fatos.
VI – descontos de duplicatas, notas promissórias e outros tu- § 1o A comunicação de que trata este ar go será efetuada pe-
los de crédito; los Presidentes do Banco Central do Brasil e da Comissão de Valores
VII – aquisições e vendas de tulos de renda xa ou variável; Mobiliários, admi da delegação de competência, no prazo máximo
VIII – aplicações em fundos de inves mentos; de quinze dias, a contar do recebimento do processo, com manifes-
IX – aquisições de moeda estrangeira; tação dos respec vos serviços jurídicos.
X – conversões de moeda estrangeira em moeda nacional; § 2o Independentemente do disposto no caput deste ar go, o
XI – transferências de moeda e outros valores para o exterior; Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários comu-
XII – operações com ouro, a vo nanceiro; nicarão aos órgãos públicos competentes as irregularidades e os
XIII - operações com cartão de crédito; ilícitos administra vos de que tenham conhecimento, ou indícios
XIV - operações de arrendamento mercan l; e de sua prá ca, anexando os documentos per nentes.
XV – quaisquer outras operações de natureza semelhante que Art. 10. A quebra de sigilo, fora das hipóteses autorizadas nesta
venham a ser autorizadas pelo Banco Central do Brasil, Comissão Lei Complementar, cons tui crime e sujeita os responsáveis à pena
de Valores Mobiliários ou outro órgão competente. de reclusão, de um a quatro anos, e multa, aplicando-se, no que
§ 2o As informações transferidas na forma do caput deste ar- couber, o Código Penal, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.
go restringir-se-ão a informes relacionados com a iden cação Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem omi r, re-
dos tulares das operações e os montantes globais mensalmente tardar injus cadamente ou prestar falsamente as informações
movimentados, vedada a inserção de qualquer elemento que per- requeridas nos termos desta Lei Complementar.
mita iden car a sua origem ou a natureza dos gastos a par r deles Art. 11. O servidor público que u lizar ou viabilizar a u lização
efetuados. de qualquer informação ob da em decorrência da quebra de sigilo
§ 3o Não se incluem entre as informações de que trata este de que trata esta Lei Complementar responde pessoal e diretamen-
ar go as operações nanceiras efetuadas pelas administrações te pelos danos decorrentes, sem prejuízo da responsabilidade ob-
direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos je va da en dade pública, quando comprovado que o servidor agiu
Municípios. de acordo com orientação o cial.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Art. 12. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua III - realizado para ns exclusivos de:
publicação. a) segurança pública;
Art. 13. Revoga-se o art. 38 da Lei no 4.595, de 31 de dezembro b) defesa nacional;
de 1964. c) segurança do Estado; ou
d) a vidades de inves gação e repressão de infrações penais;
ou
LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS LGPD : LEI Nº 13.709,
IV - provenientes de fora do território nacional e que não sejam
DE 14 DE AGOSTO DE 2018 E SUAS ALTERAÇÕES
objeto de comunicação, uso compar lhado de dados com agentes
de tratamento brasileiros ou objeto de transferência internacional
LEI Nº 13.709, DE 14 DE AGOSTO DE 2018. de dados com outro país que não o de proveniência, desde que o
país de proveniência proporcione grau de proteção de dados pes-
soais adequado ao previsto nesta Lei.
Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). (Redação § 1º O tratamento de dados pessoais previsto no inciso III será
dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência regido por legislação especí ca, que deverá prever medidas pro-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na- porcionais e estritamente necessárias ao atendimento do interesse
cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: público, observados o devido processo legal, os princípios gerais de
proteção e os direitos do tular previstos nesta Lei.
CAPÍTULO I § 2º É vedado o tratamento dos dados a que se refere o inciso
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES III do caput deste ar go por pessoa de direito privado, exceto em
procedimentos sob tutela de pessoa jurídica de direito público, que
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, serão objeto de informe especí co à autoridade nacional e que de-
inclusive nos meios digitais, por pessoa natural ou por pessoa jurí- verão observar a limitação imposta no § 4º deste ar go.
dica de direito público ou privado, com o obje vo de proteger os § 3º A autoridade nacional emi rá opiniões técnicas ou reco-
direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desen- mendações referentes às exceções previstas no inciso III do caput
volvimento da personalidade da pessoa natural. deste ar go e deverá solicitar aos responsáveis relatórios de impac-
Parágrafo único. As normas gerais con das nesta Lei são de to à proteção de dados pessoais.
interesse nacional e devem ser observadas pela União, Estados, § 4º Em nenhum caso a totalidade dos dados pessoais de ban-
Distrito Federal e Municípios. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) co de dados de que trata o inciso III do caput deste ar go poderá
Vigência ser tratada por pessoa de direito privado, salvo por aquela que pos-
Art. 2º A disciplina da proteção de dados pessoais tem como sua capital integralmente cons tuído pelo poder público. (Redação
fundamentos: dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
I - o respeito à privacidade; Art. 5º Para os ns desta Lei, considera-se:
II - a autodeterminação informa va; I - dado pessoal: informação relacionada a pessoa natural iden-
III - a liberdade de expressão, de informação, de comunicação cada ou iden cável;
e de opinião; II - dado pessoal sensível: dado pessoal sobre origem racial ou
IV - a inviolabilidade da in midade, da honra e da imagem; étnica, convicção religiosa, opinião polí ca, liação a sindicato ou
V - o desenvolvimento econômico e tecnológico e a inovação; a organização de caráter religioso, losó co ou polí co, dado refe-
VI - a livre inicia va, a livre concorrência e a defesa do consu- rente à saúde ou à vida sexual, dado gené co ou biométrico, quan-
midor; e do vinculado a uma pessoa natural;
VII - os direitos humanos, o livre desenvolvimento da personali- III - dado anonimizado: dado rela vo a tular que não possa ser
dade, a dignidade e o exercício da cidadania pelas pessoas naturais. iden cado, considerando a u lização de meios técnicos razoáveis
Art. 3º Esta Lei aplica-se a qualquer operação de tratamento e disponíveis na ocasião de seu tratamento;
realizada por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito públi- IV - banco de dados: conjunto estruturado de dados pessoais,
co ou privado, independentemente do meio, do país de sua sede ou estabelecido em um ou em vários locais, em suporte eletrônico ou
do país onde estejam localizados os dados, desde que: sico;
I - a operação de tratamento seja realizada no território na- V - tular: pessoa natural a quem se referem os dados pessoais
cional; que são objeto de tratamento;
II - a a vidade de tratamento tenha por obje vo a oferta ou VI - controlador: pessoa natural ou jurídica, de direito público
o fornecimento de bens ou serviços ou o tratamento de dados de ou privado, a quem competem as decisões referentes ao tratamen-
indivíduos localizados no território nacional; ou (Redação dada pela to de dados pessoais;
Lei nº 13.853, de 2019) Vigência VII - operador: pessoa natural ou jurídica, de direito público ou
III - os dados pessoais objeto do tratamento tenham sido cole- privado, que realiza o tratamento de dados pessoais em nome do
tados no território nacional. controlador;
§ 1º Consideram-se coletados no território nacional os dados VIII - encarregado: pessoa indicada pelo controlador e opera-
pessoais cujo tular nele se encontre no momento da coleta. dor para atuar como canal de comunicação entre o controlador, os
§ 2º Excetua-se do disposto no inciso I deste ar go o tratamen- tulares dos dados e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados
to de dados previsto no inciso IV do caput do art. 4º desta Lei. (ANPD); (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
Art. 4º Esta Lei não se aplica ao tratamento de dados pessoais: IX - agentes de tratamento: o controlador e o operador;
I - realizado por pessoa natural para ns exclusivamente par - X - tratamento: toda operação realizada com dados pessoais,
culares e não econômicos; como as que se referem a coleta, produção, recepção, classi cação,
II - realizado para ns exclusivamente: u lização, acesso, reprodução, transmissão, distribuição, processa-
a) jornalís co e ar s cos; ou mento, arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação ou
b) acadêmicos, aplicando-se a esta hipótese os arts. 7º e 11 controle da informação, modi cação, comunicação, transferência,
desta Lei; difusão ou extração;
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
XI - anonimização: u lização de meios técnicos razoáveis e VII - segurança: u lização de medidas técnicas e administra -
disponíveis no momento do tratamento, por meio dos quais um vas aptas a proteger os dados pessoais de acessos não autorizados
dado perde a possibilidade de associação, direta ou indireta, a um e de situações acidentais ou ilícitas de destruição, perda, alteração,
indivíduo; comunicação ou difusão;
XII - consen mento: manifestação livre, informada e inequívo- VIII - prevenção: adoção de medidas para prevenir a ocorrência
ca pela qual o tular concorda com o tratamento de seus dados de danos em virtude do tratamento de dados pessoais;
pessoais para uma nalidade determinada; IX - não discriminação: impossibilidade de realização do trata-
XIII - bloqueio: suspensão temporária de qualquer operação mento para ns discriminatórios ilícitos ou abusivos;
de tratamento, mediante guarda do dado pessoal ou do banco de X - responsabilização e prestação de contas: demonstração,
dados; pelo agente, da adoção de medidas e cazes e capazes de compro-
XIV - eliminação: exclusão de dado ou de conjunto de dados var a observância e o cumprimento das normas de proteção de da-
armazenados em banco de dados, independentemente do proce- dos pessoais e, inclusive, da e cácia dessas medidas.
dimento empregado;
XV - transferência internacional de dados: transferência de da- CAPÍTULO II
dos pessoais para país estrangeiro ou organismo internacional do
DO TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS
qual o país seja membro;
XVI - uso compar lhado de dados: comunicação, difusão, SEÇÃO I
transferência internacional, interconexão de dados pessoais ou tra- DOS REQUISITOS PARA O TRATAMENTO DE DADOS PES
tamento compar lhado de bancos de dados pessoais por órgãos e SOAIS
en dades públicos no cumprimento de suas competências legais, Art. 7º O tratamento de dados pessoais somente poderá ser
ou entre esses e entes privados, reciprocamente, com autorização realizado nas seguintes hipóteses:
especí ca, para uma ou mais modalidades de tratamento permi - I - mediante o fornecimento de consen mento pelo tular;
das por esses entes públicos, ou entre entes privados; II - para o cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo
XVII - relatório de impacto à proteção de dados pessoais: do- controlador;
cumentação do controlador que contém a descrição dos proces- III - pela administração pública, para o tratamento e uso com-
sos de tratamento de dados pessoais que podem gerar riscos às par lhado de dados necessários à execução de polí cas públicas
liberdades civis e aos direitos fundamentais, bem como medidas, previstas em leis e regulamentos ou respaldadas em contratos,
salvaguardas e mecanismos de mi gação de risco; convênios ou instrumentos congêneres, observadas as disposições
XVIII - órgão de pesquisa: órgão ou en dade da administração do Capítulo IV desta Lei;
pública direta ou indireta ou pessoa jurídica de direito privado sem IV - para a realização de estudos por órgão de pesquisa, ga-
ns lucra vos legalmente cons tuída sob as leis brasileiras, com ran da, sempre que possível, a anonimização dos dados pessoais;
sede e foro no País, que inclua em sua missão ins tucional ou em V - quando necessário para a execução de contrato ou de pro-
seu obje vo social ou estatutário a pesquisa básica ou aplicada de cedimentos preliminares relacionados a contrato do qual seja parte
caráter histórico, cien co, tecnológico ou esta s co; e (Redação o tular, a pedido do tular dos dados;
dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência VI - para o exercício regular de direitos em processo judicial,
XIX - autoridade nacional: órgão da administração pública res- administra vo ou arbitral, esse úl mo nos termos da Lei nº 9.307,
ponsável por zelar, implementar e scalizar o cumprimento desta de 23 de setembro de 1996 (Lei de Arbitragem) ;
Lei em todo o território nacional. (Redação dada pela Lei nº 13.853, VII - para a proteção da vida ou da incolumidade sica do tu-
de 2019) Vigência lar ou de terceiro;
Art. 6º As a vidades de tratamento de dados pessoais deverão VIII - para a tutela da saúde, exclusivamente, em procedimento
observar a boa-fé e os seguintes princípios: realizado por pro ssionais de saúde, serviços de saúde ou autorida-
I - nalidade: realização do tratamento para propósitos legí- de sanitária; (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
mos, especí cos, explícitos e informados ao tular, sem possibi- IX - quando necessário para atender aos interesses legí mos
lidade de tratamento posterior de forma incompa vel com essas do controlador ou de terceiro, exceto no caso de prevalecerem di-
nalidades; reitos e liberdades fundamentais do tular que exijam a proteção
II - adequação: compa bilidade do tratamento com as nali- dos dados pessoais; ou
dades informadas ao tular, de acordo com o contexto do trata- X - para a proteção do crédito, inclusive quanto ao disposto na
mento; legislação per nente.
III - necessidade: limitação do tratamento ao mínimo neces- § 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019)
sário para a realização de suas nalidades, com abrangência dos Vigência
dados per nentes, proporcionais e não excessivos em relação às § 2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019)
nalidades do tratamento de dados; Vigência
IV - livre acesso: garan a, aos tulares, de consulta facilitada e § 3º O tratamento de dados pessoais cujo acesso é público
gratuita sobre a forma e a duração do tratamento, bem como sobre deve considerar a nalidade, a boa-fé e o interesse público que jus-
a integralidade de seus dados pessoais; caram sua disponibilização.
V - qualidade dos dados: garan a, aos tulares, de exa dão, § 4º É dispensada a exigência do consen mento previsto no
clareza, relevância e atualização dos dados, de acordo com a ne- caput deste ar go para os dados tornados manifestamente públi-
cessidade e para o cumprimento da nalidade de seu tratamento; cos pelo tular, resguardados os direitos do tular e os princípios
VI - transparência: garan a, aos tulares, de informações previstos nesta Lei.
claras, precisas e facilmente acessíveis sobre a realização do tra- § 5º O controlador que obteve o consen mento referido no
tamento e os respec vos agentes de tratamento, observados os inciso I do caput deste ar go que necessitar comunicar ou com-
segredos comercial e industrial; par lhar dados pessoais com outros controladores deverá obter
consen mento especí co do tular para esse m, ressalvadas as
hipóteses de dispensa do consen mento previstas nesta Lei.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
§ 6º A eventual dispensa da exigência do consen mento não § 3º Quando o tratamento de dados pessoais for condição
desobriga os agentes de tratamento das demais obrigações previs- para o fornecimento de produto ou de serviço ou para o exercício
tas nesta Lei, especialmente da observância dos princípios gerais e de direito, o tular será informado com destaque sobre esse fato
da garan a dos direitos do tular. e sobre os meios pelos quais poderá exercer os direitos do tular
§ 7º O tratamento posterior dos dados pessoais a que se re- elencados no art. 18 desta Lei.
ferem os §§ 3º e 4º deste ar go poderá ser realizado para novas Art. 10. O legí mo interesse do controlador somente poderá
nalidades, desde que observados os propósitos legí mos e espe- fundamentar tratamento de dados pessoais para nalidades legí-
cí cos para o novo tratamento e a preservação dos direitos do tu- mas, consideradas a par r de situações concretas, que incluem,
lar, assim como os fundamentos e os princípios previstos nesta Lei. mas não se limitam a:
(Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência I - apoio e promoção de a vidades do controlador; e
Art. 8º O consen mento previsto no inciso I do art. 7º desta Lei II - proteção, em relação ao tular, do exercício regular de seus
deverá ser fornecido por escrito ou por outro meio que demonstre direitos ou prestação de serviços que o bene ciem, respeitadas as
a manifestação de vontade do tular. legí mas expecta vas dele e os direitos e liberdades fundamentais,
§ 1º Caso o consen mento seja fornecido por escrito, esse de- nos termos desta Lei.
verá constar de cláusula destacada das demais cláusulas contratu- § 1º Quando o tratamento for baseado no legí mo interesse
ais. do controlador, somente os dados pessoais estritamente necessá-
§ 2º Cabe ao controlador o ônus da prova de que o consen - rios para a nalidade pretendida poderão ser tratados.
mento foi ob do em conformidade com o disposto nesta Lei. § 2º O controlador deverá adotar medidas para garan r a
§ 3º É vedado o tratamento de dados pessoais mediante vício transparência do tratamento de dados baseado em seu legí mo
de consen mento. interesse.
§ 4º O consen mento deverá referir-se a nalidades determi- § 3º A autoridade nacional poderá solicitar ao controlador re-
nadas, e as autorizações genéricas para o tratamento de dados pes- latório de impacto à proteção de dados pessoais, quando o trata-
soais serão nulas. mento ver como fundamento seu interesse legí mo, observados
§ 5º O consen mento pode ser revogado a qualquer momento os segredos comercial e industrial.
mediante manifestação expressa do tular, por procedimento gra-
tuito e facilitado, ra cados os tratamentos realizados sob amparo SEÇÃO II
do consen mento anteriormente manifestado enquanto não hou-
DO TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS SENSÍVEIS
ver requerimento de eliminação, nos termos do inciso VI do caput
do art. 18 desta Lei. Art. 11. O tratamento de dados pessoais sensíveis somente po-
§ 6º Em caso de alteração de informação referida nos incisos derá ocorrer nas seguintes hipóteses:
I, II, III ou V do art. 9º desta Lei, o controlador deverá informar ao I - quando o tular ou seu responsável legal consen r, de for-
tular, com destaque de forma especí ca do teor das alterações, ma especí ca e destacada, para nalidades especí cas;
podendo o tular, nos casos em que o seu consen mento é exigido, II - sem fornecimento de consen mento do tular, nas hipóte-
revogá-lo caso discorde da alteração. ses em que for indispensável para:
Art. 9º O tular tem direito ao acesso facilitado às informações a) cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo contro-
sobre o tratamento de seus dados, que deverão ser disponibiliza- lador;
das de forma clara, adequada e ostensiva acerca de, entre outras b) tratamento compar lhado de dados necessários à execu-
caracterís cas previstas em regulamentação para o atendimento ção, pela administração pública, de polí cas públicas previstas em
do princípio do livre acesso: leis ou regulamentos;
I - nalidade especí ca do tratamento; c) realização de estudos por órgão de pesquisa, garan da, sem-
II - forma e duração do tratamento, observados os segredos pre que possível, a anonimização dos dados pessoais sensíveis;
comercial e industrial; d) exercício regular de direitos, inclusive em contrato e em pro-
III - iden cação do controlador; cesso judicial, administra vo e arbitral, este úl mo nos termos da
IV - informações de contato do controlador; Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996 (Lei de Arbitragem) ;
V - informações acerca do uso compar lhado de dados pelo e) proteção da vida ou da incolumidade sica do tular ou de
controlador e a nalidade; terceiro;
VI - responsabilidades dos agentes que realizarão o tratamen- f) tutela da saúde, exclusivamente, em procedimento realizado
to; e por pro ssionais de saúde, serviços de saúde ou autoridade sanitá-
VII - direitos do tular, com menção explícita aos direitos con- ria; ou (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
dos no art. 18 desta Lei. g) garan a da prevenção à fraude e à segurança do tular, nos
§ 1º Na hipótese em que o consen mento é requerido, esse processos de iden cação e auten cação de cadastro em sistemas
será considerado nulo caso as informações fornecidas ao tular te- eletrônicos, resguardados os direitos mencionados no art. 9º desta
nham conteúdo enganoso ou abusivo ou não tenham sido apresen- Lei e exceto no caso de prevalecerem direitos e liberdades funda-
tadas previamente com transparência, de forma clara e inequívoca. mentais do tular que exijam a proteção dos dados pessoais.
§ 2º Na hipótese em que o consen mento é requerido, se hou- § 1º Aplica-se o disposto neste ar go a qualquer tratamento
ver mudanças da nalidade para o tratamento de dados pessoais de dados pessoais que revele dados pessoais sensíveis e que possa
não compa veis com o consen mento original, o controlador de- causar dano ao tular, ressalvado o disposto em legislação especí-
verá informar previamente o tular sobre as mudanças de nalida- ca.
de, podendo o tular revogar o consen mento, caso discorde das § 2º Nos casos de aplicação do disposto nas alíneas “a” e “b”
alterações. do inciso II do caput deste ar go pelos órgãos e pelas en dades pú-
blicas, será dada publicidade à referida dispensa de consen mento,
nos termos do inciso I do caput do art. 23 desta Lei.

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§ 3º A comunicação ou o uso compar lhado de dados pessoais SEÇÃO III
sensíveis entre controladores com obje vo de obter vantagem eco- DO TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS DE CRIANÇAS E
nômica poderá ser objeto de vedação ou de regulamentação por DE ADOLESCENTES
parte da autoridade nacional, ouvidos os órgãos setoriais do Poder
Público, no âmbito de suas competências. Art. 14. O tratamento de dados pessoais de crianças e de ado-
§ 4º É vedada a comunicação ou o uso compar lhado entre lescentes deverá ser realizado em seu melhor interesse, nos termos
controladores de dados pessoais sensíveis referentes à saúde com deste ar go e da legislação per nente.
obje vo de obter vantagem econômica, exceto nas hipóteses rela- § 1º O tratamento de dados pessoais de crianças deverá ser
vas a prestação de serviços de saúde, de assistência farmacêu ca realizado com o consen mento especí co e em destaque dado por
e de assistência à saúde, desde que observado o § 5º deste ar go, pelo menos um dos pais ou pelo responsável legal.
incluídos os serviços auxiliares de diagnose e terapia, em bene - § 2º No tratamento de dados de que trata o § 1º deste ar go,
cio dos interesses dos tulares de dados, e para permi r: (Redação os controladores deverão manter pública a informação sobre os -
dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência pos de dados coletados, a forma de sua u lização e os procedimen-
I - a portabilidade de dados quando solicitada pelo tular; ou tos para o exercício dos direitos a que se refere o art. 18 desta Lei.
(Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência § 3º Poderão ser coletados dados pessoais de crianças sem o
II - as transações nanceiras e administra vas resultantes do consen mento a que se refere o § 1º deste ar go quando a coleta
uso e da prestação dos serviços de que trata este parágrafo. (Inclu- for necessária para contatar os pais ou o responsável legal, u liza-
ído pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência dos uma única vez e sem armazenamento, ou para sua proteção, e
§ 5º É vedado às operadoras de planos privados de assistência em nenhum caso poderão ser repassados a terceiro sem o consen-
à saúde o tratamento de dados de saúde para a prá ca de sele- mento de que trata o § 1º deste ar go.
ção de riscos na contratação de qualquer modalidade, assim como § 4º Os controladores não deverão condicionar a par cipação
na contratação e exclusão de bene ciários. (Incluído pela Lei nº dos tulares de que trata o § 1º deste ar go em jogos, aplicações
13.853, de 2019) Vigência de internet ou outras a vidades ao fornecimento de informações
Art. 12. Os dados anonimizados não serão considerados dados pessoais além das estritamente necessárias à a vidade.
pessoais para os ns desta Lei, salvo quando o processo de ano- § 5º O controlador deve realizar todos os esforços razoáveis
nimização ao qual foram subme dos for rever do, u lizando ex- para veri car que o consen mento a que se refere o § 1º deste
clusivamente meios próprios, ou quando, com esforços razoáveis, ar go foi dado pelo responsável pela criança, consideradas as tec-
puder ser rever do. nologias disponíveis.
§ 1º A determinação do que seja razoável deve levar em con- § 6º As informações sobre o tratamento de dados referidas
sideração fatores obje vos, tais como custo e tempo necessários neste ar go deverão ser fornecidas de maneira simples, clara e
para reverter o processo de anonimização, de acordo com as tecno- acessível, consideradas as caracterís cas sico-motoras, percep -
logias disponíveis, e a u lização exclusiva de meios próprios. vas, sensoriais, intelectuais e mentais do usuário, com uso de re-
§ 2º Poderão ser igualmente considerados como dados pesso- cursos audiovisuais quando adequado, de forma a proporcionar a
ais, para os ns desta Lei, aqueles u lizados para formação do per l informação necessária aos pais ou ao responsável legal e adequada
comportamental de determinada pessoa natural, se iden cada. ao entendimento da criança.
§ 3º A autoridade nacional poderá dispor sobre padrões e
técnicas u lizados em processos de anonimização e realizar veri- SEÇÃO IV
cações acerca de sua segurança, ouvido o Conselho Nacional de DO TÉRMINO DO TRATAMENTO DE DADOS
Proteção de Dados Pessoais.
Art. 13. Na realização de estudos em saúde pública, os órgãos Art. 15. O término do tratamento de dados pessoais ocorrerá
de pesquisa poderão ter acesso a bases de dados pessoais, que se- nas seguintes hipóteses:
rão tratados exclusivamente dentro do órgão e estritamente para I - veri cação de que a nalidade foi alcançada ou de que os
a nalidade de realização de estudos e pesquisas e man dos em dados deixaram de ser necessários ou per nentes ao alcance da
ambiente controlado e seguro, conforme prá cas de segurança nalidade especí ca almejada;
previstas em regulamento especí co e que incluam, sempre que II - m do período de tratamento;
possível, a anonimização ou pseudonimização dos dados, bem III - comunicação do tular, inclusive no exercício de seu direito
como considerem os devidos padrões é cos relacionados a estu- de revogação do consen mento conforme disposto no § 5º do art.
dos e pesquisas. 8º desta Lei, resguardado o interesse público; ou
§ 1º A divulgação dos resultados ou de qualquer excerto do es- IV - determinação da autoridade nacional, quando houver vio-
tudo ou da pesquisa de que trata o caput deste ar go em nenhuma lação ao disposto nesta Lei.
hipótese poderá revelar dados pessoais. Art. 16. Os dados pessoais serão eliminados após o término de
§ 2º O órgão de pesquisa será o responsável pela segurança seu tratamento, no âmbito e nos limites técnicos das a vidades,
da informação prevista no caput deste ar go, não permi da, em autorizada a conservação para as seguintes nalidades:
circunstância alguma, a transferência dos dados a terceiro. I - cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo contro-
§ 3º O acesso aos dados de que trata este ar go será objeto de lador;
regulamentação por parte da autoridade nacional e das autorida- II - estudo por órgão de pesquisa, garan da, sempre que possí-
des da área de saúde e sanitárias, no âmbito de suas competências. vel, a anonimização dos dados pessoais;
§ 4º Para os efeitos deste ar go, a pseudonimização é o tra- III - transferência a terceiro, desde que respeitados os requisi-
tamento por meio do qual um dado perde a possibilidade de as- tos de tratamento de dados dispostos nesta Lei; ou
sociação, direta ou indireta, a um indivíduo, senão pelo uso de in- IV - uso exclusivo do controlador, vedado seu acesso por tercei-
formação adicional man da separadamente pelo controlador em ro, e desde que anonimizados os dados.
ambiente controlado e seguro.

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CAPÍTULO III II - por meio de declaração clara e completa, que indique a
DOS DIREITOS DO TITULAR origem dos dados, a inexistência de registro, os critérios u lizados
e a nalidade do tratamento, observados os segredos comercial e
Art. 17. Toda pessoa natural tem assegurada a tularidade de industrial, fornecida no prazo de até 15 (quinze) dias, contado da
seus dados pessoais e garan dos os direitos fundamentais de liber- data do requerimento do tular.
dade, de in midade e de privacidade, nos termos desta Lei. § 1º Os dados pessoais serão armazenados em formato que
Art. 18. O tular dos dados pessoais tem direito a obter do con- favoreça o exercício do direito de acesso.
trolador, em relação aos dados do tular por ele tratados, a qual- § 2º As informações e os dados poderão ser fornecidos, a cri-
quer momento e mediante requisição: tério do tular:
I - con rmação da existência de tratamento; I - por meio eletrônico, seguro e idôneo para esse m; ou
II - acesso aos dados; II - sob forma impressa.
III - correção de dados incompletos, inexatos ou desatualiza- § 3º Quando o tratamento ver origem no consen mento do
dos; tular ou em contrato, o tular poderá solicitar cópia eletrônica
IV - anonimização, bloqueio ou eliminação de dados desneces- integral de seus dados pessoais, observados os segredos comercial
sários, excessivos ou tratados em desconformidade com o disposto e industrial, nos termos de regulamentação da autoridade nacional,
nesta Lei; em formato que permita a sua u lização subsequente, inclusive em
V - portabilidade dos dados a outro fornecedor de serviço ou outras operações de tratamento.
produto, mediante requisição expressa, de acordo com a regula- § 4º A autoridade nacional poderá dispor de forma diferencia-
mentação da autoridade nacional, observados os segredos comer- da acerca dos prazos previstos nos incisos I e II do caput deste ar -
cial e industrial; (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigên- go para os setores especí cos.
cia Art. 20. O tular dos dados tem direito a solicitar a revisão de
VI - eliminação dos dados pessoais tratados com o consen - decisões tomadas unicamente com base em tratamento automa-
mento do tular, exceto nas hipóteses previstas no art. 16 desta zado de dados pessoais que afetem seus interesses, incluídas as
Lei; decisões des nadas a de nir o seu per l pessoal, pro ssional, de
VII - informação das en dades públicas e privadas com as quais consumo e de crédito ou os aspectos de sua personalidade. (Reda-
o controlador realizou uso compar lhado de dados; ção dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
VIII - informação sobre a possibilidade de não fornecer consen- § 1º O controlador deverá fornecer, sempre que solicitadas,
mento e sobre as consequências da nega va; informações claras e adequadas a respeito dos critérios e dos pro-
IX - revogação do consen mento, nos termos do § 5º do art. cedimentos u lizados para a decisão automa zada, observados os
8º desta Lei. segredos comercial e industrial.
§ 1º O tular dos dados pessoais tem o direito de pe cionar em § 2º Em caso de não oferecimento de informações de que trata
relação aos seus dados contra o controlador perante a autoridade o § 1º deste ar go baseado na observância de segredo comercial e
nacional. industrial, a autoridade nacional poderá realizar auditoria para veri-
§ 2º O tular pode opor-se a tratamento realizado com funda- cação de aspectos discriminatórios em tratamento automa zado
mento em uma das hipóteses de dispensa de consen mento, em de dados pessoais.
caso de descumprimento ao disposto nesta Lei. § 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
§ 3º Os direitos previstos neste ar go serão exercidos median- Art. 21. Os dados pessoais referentes ao exercício regular de
te requerimento expresso do tular ou de representante legalmen- direitos pelo tular não podem ser u lizados em seu prejuízo.
te cons tuído, a agente de tratamento. Art. 22. A defesa dos interesses e dos direitos dos tulares de
§ 4º Em caso de impossibilidade de adoção imediata da pro- dados poderá ser exercida em juízo, individual ou cole vamente,
vidência de que trata o § 3º deste ar go, o controlador enviará ao na forma do disposto na legislação per nente, acerca dos instru-
tular resposta em que poderá: mentos de tutela individual e cole va.
I - comunicar que não é agente de tratamento dos dados e in-
dicar, sempre que possível, o agente; ou
II - indicar as razões de fato ou de direito que impedem a ado- CAPÍTULO IV
ção imediata da providência. DO TRATAMENTO DE DADOS
§ 5º O requerimento referido no § 3º deste ar go será atendi- PESSOAIS PELO PODER PÚBLICO
do sem custos para o tular, nos prazos e nos termos previstos em SEÇÃO I
regulamento. DAS REGRAS
§ 6º O responsável deverá informar, de maneira imediata, aos
agentes de tratamento com os quais tenha realizado uso compar - Art. 23. O tratamento de dados pessoais pelas pessoas jurídicas
lhado de dados a correção, a eliminação, a anonimização ou o blo- de direito público referidas no parágrafo único do art. 1º da Lei nº
queio dos dados, para que repitam idên co procedimento, exceto 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação) ,
nos casos em que esta comunicação seja comprovadamente impos- deverá ser realizado para o atendimento de sua nalidade pública,
sível ou implique esforço desproporcional. (Redação dada pela Lei na persecução do interesse público, com o obje vo de executar as
nº 13.853, de 2019) Vigência competências legais ou cumprir as atribuições legais do serviço pú-
§ 7º A portabilidade dos dados pessoais a que se refere o inciso blico, desde que:
V do caput deste ar go não inclui dados que já tenham sido anoni- I - sejam informadas as hipóteses em que, no exercício de suas
mizados pelo controlador. competências, realizam o tratamento de dados pessoais, fornecen-
§ 8º O direito a que se refere o § 1º deste ar go também po- do informações claras e atualizadas sobre a previsão legal, a na-
derá ser exercido perante os organismos de defesa do consumidor. lidade, os procedimentos e as prá cas u lizadas para a execução
Art. 19. A con rmação de existência ou o acesso a dados pesso- dessas a vidades, em veículos de fácil acesso, preferencialmente
ais serão providenciados, mediante requisição do tular: em seus sí os eletrônicos;
I - em formato simpli cado, imediatamente; ou II - (VETADO); e

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III - seja indicado um encarregado quando realizarem opera- Art. 27. A comunicação ou o uso compar lhado de dados pes-
ções de tratamento de dados pessoais, nos termos do art. 39 desta soais de pessoa jurídica de direito público a pessoa de direito priva-
Lei; e (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência do será informado à autoridade nacional e dependerá de consen -
IV - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência mento do tular, exceto:
§ 1º A autoridade nacional poderá dispor sobre as formas de I - nas hipóteses de dispensa de consen mento previstas nesta
publicidade das operações de tratamento. Lei;
§ 2º O disposto nesta Lei não dispensa as pessoas jurídicas II - nos casos de uso compar lhado de dados, em que será dada
mencionadas no caput deste ar go de ins tuir as autoridades de publicidade nos termos do inciso I do caput do art. 23 desta Lei; ou
que trata a Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Aces- III - nas exceções constantes do § 1º do art. 26 desta Lei.
so à Informação) . Parágrafo único. A informação à autoridade nacional de que
§ 3º Os prazos e procedimentos para exercício dos direitos do trata o caput deste ar go será objeto de regulamentação. (Incluído
tular perante o Poder Público observarão o disposto em legislação pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
especí ca, em especial as disposições constantes da Lei nº 9.507, Art. 28. (VETADO).
de 12 de novembro de 1997 (Lei do Habeas Data) , da Lei nº 9.784, Art. 29. A autoridade nacional poderá solicitar, a qualquer mo-
de 29 de janeiro de 1999 (Lei Geral do Processo Administra vo) , mento, aos órgãos e às en dades do poder público a realização de
e da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à operações de tratamento de dados pessoais, informações especí -
Informação) . cas sobre o âmbito e a natureza dos dados e outros detalhes do tra-
§ 4º Os serviços notariais e de registro exercidos em caráter tamento realizado e poderá emi r parecer técnico complementar
privado, por delegação do Poder Público, terão o mesmo tratamen- para garan r o cumprimento desta Lei. (Redação dada pela Lei nº
to dispensado às pessoas jurídicas referidas no caput deste ar go, 13.853, de 2019) Vigência
nos termos desta Lei. Art. 30. A autoridade nacional poderá estabelecer normas
§ 5º Os órgãos notariais e de registro devem fornecer acesso complementares para as a vidades de comunicação e de uso com-
aos dados por meio eletrônico para a administração pública, tendo par lhado de dados pessoais.
em vista as nalidades de que trata o caput deste ar go.
Art. 24. As empresas públicas e as sociedades de economia SEÇÃO II
mista que atuam em regime de concorrência, sujeitas ao disposto
DA RESPONSABILIDADE
no art. 173 da Cons tuição Federal , terão o mesmo tratamento
dispensado às pessoas jurídicas de direito privado par culares, nos Art. 31. Quando houver infração a esta Lei em decorrência do
termos desta Lei. tratamento de dados pessoais por órgãos públicos, a autoridade
Parágrafo único. As empresas públicas e as sociedades de eco- nacional poderá enviar informe com medidas cabíveis para fazer
nomia mista, quando es verem operacionalizando polí cas pú- cessar a violação.
blicas e no âmbito da execução delas, terão o mesmo tratamento Art. 32. A autoridade nacional poderá solicitar a agentes do
dispensado aos órgãos e às en dades do Poder Público, nos termos Poder Público a publicação de relatórios de impacto à proteção de
deste Capítulo. dados pessoais e sugerir a adoção de padrões e de boas prá cas
Art. 25. Os dados deverão ser man dos em formato interope- para os tratamentos de dados pessoais pelo Poder Público.
rável e estruturado para o uso compar lhado, com vistas à execu-
ção de polí cas públicas, à prestação de serviços públicos, à des- CAPÍTULO V
centralização da a vidade pública e à disseminação e ao acesso das DA TRANSFERÊNCIA INTERNACIONAL DE DADOS
informações pelo público em geral.
Art. 26. O uso compar lhado de dados pessoais pelo Poder Art. 33. A transferência internacional de dados pessoais so-
Público deve atender a nalidades especí cas de execução de po- mente é permi da nos seguintes casos:
lí cas públicas e atribuição legal pelos órgãos e pelas en dades I - para países ou organismos internacionais que proporcionem
públicas, respeitados os princípios de proteção de dados pessoais grau de proteção de dados pessoais adequado ao previsto nesta
elencados no art. 6º desta Lei. Lei;
§ 1º É vedado ao Poder Público transferir a en dades privadas II - quando o controlador oferecer e comprovar garan as de
dados pessoais constantes de bases de dados a que tenha acesso, cumprimento dos princípios, dos direitos do tular e do regime de
exceto: proteção de dados previstos nesta Lei, na forma de:
I - em casos de execução descentralizada de a vidade pública a) cláusulas contratuais especí cas para determinada transfe-
que exija a transferência, exclusivamente para esse m especí co rência;
e determinado, observado o disposto na Lei nº 12.527, de 18 de b) cláusulas-padrão contratuais;
novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação) ; c) normas corpora vas globais;
II - (VETADO); d) selos, cer cados e códigos de conduta regularmente emi-
III - nos casos em que os dados forem acessíveis publicamente, dos;
observadas as disposições desta Lei. III - quando a transferência for necessária para a cooperação
IV - quando houver previsão legal ou a transferência for res- jurídica internacional entre órgãos públicos de inteligência, de in-
paldada em contratos, convênios ou instrumentos congêneres; ou ves gação e de persecução, de acordo com os instrumentos de di-
(Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência reito internacional;
V - na hipótese de a transferência dos dados obje var exclusi- IV - quando a transferência for necessária para a proteção da
vamente a prevenção de fraudes e irregularidades, ou proteger e vida ou da incolumidade sica do tular ou de terceiro;
resguardar a segurança e a integridade do tular dos dados, desde V - quando a autoridade nacional autorizar a transferência;
que vedado o tratamento para outras nalidades. (Incluído pela Lei VI - quando a transferência resultar em compromisso assumido
nº 13.853, de 2019) Vigência em acordo de cooperação internacional;
§ 2º Os contratos e convênios de que trata o § 1º deste ar go
deverão ser comunicados à autoridade nacional.
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VII - quando a transferência for necessária para a execução de CAPÍTULO VI
polí ca pública ou atribuição legal do serviço público, sendo dada DOS AGENTES DE TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS
publicidade nos termos do inciso I do caput do art. 23 desta Lei; SEÇÃO I
VIII - quando o tular ver fornecido o seu consen mento es-
DO CONTROLADOR E DO OPERADOR
pecí co e em destaque para a transferência, com informação pré-
via sobre o caráter internacional da operação, dis nguindo clara- Art. 37. O controlador e o operador devem manter registro das
mente esta de outras nalidades; ou operações de tratamento de dados pessoais que realizarem, espe-
IX - quando necessário para atender as hipóteses previstas nos cialmente quando baseado no legí mo interesse.
incisos II, V e VI do art. 7º desta Lei. Art. 38. A autoridade nacional poderá determinar ao contro-
Parágrafo único. Para os ns do inciso I deste ar go, as pessoas lador que elabore relatório de impacto à proteção de dados pes-
jurídicas de direito público referidas no parágrafo único do art. 1º soais, inclusive de dados sensíveis, referente a suas operações de
da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à Infor- tratamento de dados, nos termos de regulamento, observados os
mação) , no âmbito de suas competências legais, e responsáveis, no segredos comercial e industrial.
âmbito de suas a vidades, poderão requerer à autoridade nacional Parágrafo único. Observado o disposto no caput deste ar go, o
a avaliação do nível de proteção a dados pessoais conferido por relatório deverá conter, no mínimo, a descrição dos pos de dados
país ou organismo internacional. coletados, a metodologia u lizada para a coleta e para a garan a
Art. 34. O nível de proteção de dados do país estrangeiro ou da segurança das informações e a análise do controlador com re-
do organismo internacional mencionado no inciso I do caput do art. lação a medidas, salvaguardas e mecanismos de mi gação de risco
33 desta Lei será avaliado pela autoridade nacional, que levará em adotados.
consideração: Art. 39. O operador deverá realizar o tratamento segundo as
I - as normas gerais e setoriais da legislação em vigor no país de instruções fornecidas pelo controlador, que veri cará a observân-
des no ou no organismo internacional; cia das próprias instruções e das normas sobre a matéria.
II - a natureza dos dados; Art. 40. A autoridade nacional poderá dispor sobre padrões
III - a observância dos princípios gerais de proteção de dados de interoperabilidade para ns de portabilidade, livre acesso aos
pessoais e direitos dos tulares previstos nesta Lei; dados e segurança, assim como sobre o tempo de guarda dos re-
IV - a adoção de medidas de segurança previstas em regula- gistros, tendo em vista especialmente a necessidade e a transpa-
mento; rência.
V - a existência de garan as judiciais e ins tucionais para o res-
peito aos direitos de proteção de dados pessoais; e SEÇÃO II
VI - outras circunstâncias especí cas rela vas à transferência. DO ENCARREGADO PELO TRATAMENTO DE DADOS PES
Art. 35. A de nição do conteúdo de cláusulas-padrão contra- SOAIS
tuais, bem como a veri cação de cláusulas contratuais especí cas
para uma determinada transferência, normas corpora vas globais Art. 41. O controlador deverá indicar encarregado pelo trata-
ou selos, cer cados e códigos de conduta, a que se refere o inci- mento de dados pessoais.
so II do caput do art. 33 desta Lei, será realizada pela autoridade § 1º A iden dade e as informações de contato do encarrega-
nacional. do deverão ser divulgadas publicamente, de forma clara e obje va,
§ 1º Para a veri cação do disposto no caput deste ar go, deve- preferencialmente no sí o eletrônico do controlador.
rão ser considerados os requisitos, as condições e as garan as mí- § 2º As a vidades do encarregado consistem em:
nimas para a transferência que observem os direitos, as garan as e I - aceitar reclamações e comunicações dos tulares, prestar
os princípios desta Lei. esclarecimentos e adotar providências;
§ 2º Na análise de cláusulas contratuais, de documentos ou de II - receber comunicações da autoridade nacional e adotar pro-
normas corpora vas globais subme das à aprovação da autorida- vidências;
de nacional, poderão ser requeridas informações suplementares ou III - orientar os funcionários e os contratados da en dade a res-
realizadas diligências de veri cação quanto às operações de trata- peito das prá cas a serem tomadas em relação à proteção de dados
mento, quando necessário. pessoais; e
§ 3º A autoridade nacional poderá designar organismos de cer- IV - executar as demais atribuições determinadas pelo contro-
cação para a realização do previsto no caput deste ar go, que lador ou estabelecidas em normas complementares.
permanecerão sob sua scalização nos termos de nidos em regu- § 3º A autoridade nacional poderá estabelecer normas com-
lamento. plementares sobre a de nição e as atribuições do encarregado,
§ 4º Os atos realizados por organismo de cer cação poderão inclusive hipóteses de dispensa da necessidade de sua indicação,
ser revistos pela autoridade nacional e, caso em desconformidade conforme a natureza e o porte da en dade ou o volume de opera-
com esta Lei, subme dos a revisão ou anulados. ções de tratamento de dados.
§ 5º As garan as su cientes de observância dos princípios ge- § 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
rais de proteção e dos direitos do tular referidas no caput deste
ar go serão também analisadas de acordo com as medidas técnicas SEÇÃO III
e organizacionais adotadas pelo operador, de acordo com o previs- DA RESPONSABILIDADE E DO RESSARCIMENTO DE DA
to nos §§ 1º e 2º do art. 46 desta Lei. NOS
Art. 36. As alterações nas garan as apresentadas como su -
cientes de observância dos princípios gerais de proteção e dos di- Art. 42. O controlador ou o operador que, em razão do exercí-
reitos do tular referidas no inciso II do art. 33 desta Lei deverão ser cio de a vidade de tratamento de dados pessoais, causar a outrem
comunicadas à autoridade nacional. dano patrimonial, moral, individual ou cole vo, em violação à legis-
lação de proteção de dados pessoais, é obrigado a repará-lo.
§ 1º A m de assegurar a efe va indenização ao tular dos da-
dos:
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
I - o operador responde solidariamente pelos danos causados § 2º As medidas de que trata o caput deste ar go deverão ser
pelo tratamento quando descumprir as obrigações da legislação de observadas desde a fase de concepção do produto ou do serviço
proteção de dados ou quando não ver seguido as instruções lícitas até a sua execução.
do controlador, hipótese em que o operador equipara-se ao con- Art. 47. Os agentes de tratamento ou qualquer outra pessoa
trolador, salvo nos casos de exclusão previstos no art. 43 desta Lei; que intervenha em uma das fases do tratamento obriga-se a ga-
II - os controladores que es verem diretamente envolvidos no ran r a segurança da informação prevista nesta Lei em relação aos
tratamento do qual decorreram danos ao tular dos dados respon- dados pessoais, mesmo após o seu término.
dem solidariamente, salvo nos casos de exclusão previstos no art. Art. 48. O controlador deverá comunicar à autoridade nacional
43 desta Lei. e ao tular a ocorrência de incidente de segurança que possa acar-
§ 2º O juiz, no processo civil, poderá inverter o ônus da prova retar risco ou dano relevante aos tulares.
a favor do tular dos dados quando, a seu juízo, for verossímil a § 1º A comunicação será feita em prazo razoável, conforme
alegação, houver hipossu ciência para ns de produção de prova de nido pela autoridade nacional, e deverá mencionar, no mínimo:
ou quando a produção de prova pelo tular resultar-lhe excessiva- I - a descrição da natureza dos dados pessoais afetados;
mente onerosa. II - as informações sobre os tulares envolvidos;
§ 3º As ações de reparação por danos cole vos que tenham III - a indicação das medidas técnicas e de segurança u lizadas
por objeto a responsabilização nos termos do caput deste ar go para a proteção dos dados, observados os segredos comercial e in-
podem ser exercidas cole vamente em juízo, observado o disposto dustrial;
na legislação per nente. IV - os riscos relacionados ao incidente;
§ 4º Aquele que reparar o dano ao tular tem direito de regres- V - os mo vos da demora, no caso de a comunicação não ter
so contra os demais responsáveis, na medida de sua par cipação sido imediata; e
no evento danoso. VI - as medidas que foram ou que serão adotadas para reverter
Art. 43. Os agentes de tratamento só não serão responsabiliza- ou mi gar os efeitos do prejuízo.
dos quando provarem: § 2º A autoridade nacional veri cará a gravidade do incidente
I - que não realizaram o tratamento de dados pessoais que lhes e poderá, caso necessário para a salvaguarda dos direitos dos -
é atribuído; tulares, determinar ao controlador a adoção de providências, tais
II - que, embora tenham realizado o tratamento de dados pes- como:
soais que lhes é atribuído, não houve violação à legislação de pro- I - ampla divulgação do fato em meios de comunicação; e
teção de dados; ou II - medidas para reverter ou mi gar os efeitos do incidente.
III - que o dano é decorrente de culpa exclusiva do tular dos § 3º No juízo de gravidade do incidente, será avaliada eventual
dados ou de terceiro. comprovação de que foram adotadas medidas técnicas adequadas
Art. 44. O tratamento de dados pessoais será irregular quando que tornem os dados pessoais afetados ininteligíveis, no âmbito e
deixar de observar a legislação ou quando não fornecer a seguran- nos limites técnicos de seus serviços, para terceiros não autoriza-
ça que o tular dele pode esperar, consideradas as circunstâncias dos a acessá-los.
relevantes, entre as quais: Art. 49. Os sistemas u lizados para o tratamento de dados
I - o modo pelo qual é realizado; pessoais devem ser estruturados de forma a atender aos requisitos
II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam; de segurança, aos padrões de boas prá cas e de governança e aos
III - as técnicas de tratamento de dados pessoais disponíveis à princípios gerais previstos nesta Lei e às demais normas regulamen-
época em que foi realizado. tares.
Parágrafo único. Responde pelos danos decorrentes da viola-
ção da segurança dos dados o controlador ou o operador que, ao SEÇÃO II
deixar de adotar as medidas de segurança previstas no art. 46 desta
DAS BOAS PRÁTICAS E DA GOVERNANÇA
Lei, der causa ao dano.
Art. 45. As hipóteses de violação do direito do tular no âmbito Art. 50. Os controladores e operadores, no âmbito de suas
das relações de consumo permanecem sujeitas às regras de res- competências, pelo tratamento de dados pessoais, individualmen-
ponsabilidade previstas na legislação per nente. te ou por meio de associações, poderão formular regras de boas
prá cas e de governança que estabeleçam as condições de orga-
CAPÍTULO VII nização, o regime de funcionamento, os procedimentos, incluindo
reclamações e pe ções de tulares, as normas de segurança, os
DA SEGURANÇA E DAS BOAS PRÁTICAS
padrões técnicos, as obrigações especí cas para os diversos envol-
SEÇÃO I vidos no tratamento, as ações educa vas, os mecanismos internos
DA SEGURANÇA E DO SIGILO DE DADOS de supervisão e de mi gação de riscos e outros aspectos relaciona-
Art. 46. Os agentes de tratamento devem adotar medidas de dos ao tratamento de dados pessoais.
segurança, técnicas e administra vas aptas a proteger os dados § 1º Ao estabelecer regras de boas prá cas, o controlador e
pessoais de acessos não autorizados e de situações acidentais ou o operador levarão em consideração, em relação ao tratamento e
ilícitas de destruição, perda, alteração, comunicação ou qualquer aos dados, a natureza, o escopo, a nalidade e a probabilidade e a
forma de tratamento inadequado ou ilícito. gravidade dos riscos e dos bene cios decorrentes de tratamento de
§ 1º A autoridade nacional poderá dispor sobre padrões técni- dados do tular.
cos mínimos para tornar aplicável o disposto no caput deste ar go, § 2º Na aplicação dos princípios indicados nos incisos VII e VIII
considerados a natureza das informações tratadas, as caracterís - do caput do art. 6º desta Lei, o controlador, observados a estrutura,
cas especí cas do tratamento e o estado atual da tecnologia, es- a escala e o volume de suas operações, bem como a sensibilidade
pecialmente no caso de dados pessoais sensíveis, assim como os dos dados tratados e a probabilidade e a gravidade dos danos para
princípios previstos no caput do art. 6º desta Lei. os tulares dos dados, poderá:
I - implementar programa de governança em privacidade que,
no mínimo:
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a) demonstre o comprome mento do controlador em adotar XI - suspensão do exercício da a vidade de tratamento dos da-
processos e polí cas internas que assegurem o cumprimento, de dos pessoais a que se refere a infração pelo período máximo de
forma abrangente, de normas e boas prá cas rela vas à proteção 6 (seis) meses, prorrogável por igual período; (Incluído pela Lei nº
de dados pessoais; 13.853, de 2019)
b) seja aplicável a todo o conjunto de dados pessoais que es- XII - proibição parcial ou total do exercício de a vidades rela-
tejam sob seu controle, independentemente do modo como se re- cionadas a tratamento de dados. (Incluído pela Lei nº 13.853, de
alizou sua coleta; 2019)
c) seja adaptado à estrutura, à escala e ao volume de suas ope- § 1º As sanções serão aplicadas após procedimento adminis-
rações, bem como à sensibilidade dos dados tratados; tra vo que possibilite a oportunidade da ampla defesa, de forma
d) estabeleça polí cas e salvaguardas adequadas com base em grada va, isolada ou cumula va, de acordo com as peculiaridades
processo de avaliação sistemá ca de impactos e riscos à privaci- do caso concreto e considerados os seguintes parâmetros e crité-
dade; rios:
e) tenha o obje vo de estabelecer relação de con ança com o I - a gravidade e a natureza das infrações e dos direitos pessoais
tular, por meio de atuação transparente e que assegure mecanis- afetados;
mos de par cipação do tular; II - a boa-fé do infrator;
f) esteja integrado a sua estrutura geral de governança e es- III - a vantagem auferida ou pretendida pelo infrator;
tabeleça e aplique mecanismos de supervisão internos e externos; IV - a condição econômica do infrator;
g) conte com planos de resposta a incidentes e remediação; e V - a reincidência;
h) seja atualizado constantemente com base em informações VI - o grau do dano;
ob das a par r de monitoramento con nuo e avaliações periódi- VII - a cooperação do infrator;
cas; VIII - a adoção reiterada e demonstrada de mecanismos e pro-
II - demonstrar a efe vidade de seu programa de governança cedimentos internos capazes de minimizar o dano, voltados ao
em privacidade quando apropriado e, em especial, a pedido da au- tratamento seguro e adequado de dados, em consonância com o
toridade nacional ou de outra en dade responsável por promover disposto no inciso II do § 2º do art. 48 desta Lei;
o cumprimento de boas prá cas ou códigos de conduta, os quais, IX - a adoção de polí ca de boas prá cas e governança;
de forma independente, promovam o cumprimento desta Lei. X - a pronta adoção de medidas corre vas; e
§ 3º As regras de boas prá cas e de governança deverão ser XI - a proporcionalidade entre a gravidade da falta e a intensi-
publicadas e atualizadas periodicamente e poderão ser reconheci- dade da sanção.
das e divulgadas pela autoridade nacional. § 2º O disposto neste ar go não subs tui a aplicação de san-
Art. 51. A autoridade nacional es mulará a adoção de padrões ções administra vas, civis ou penais de nidas na Lei nº 8.078, de
técnicos que facilitem o controle pelos tulares dos seus dados pes- 11 de setembro de 1990, e em legislação especí ca. (Redação dada
soais. pela Lei nº 13.853, de 2019)
§ 3º O disposto nos incisos I, IV, V, VI, X, XI e XII do caput deste
CAPÍTULO VIII ar go poderá ser aplicado às en dades e aos órgãos públicos, sem
prejuízo do disposto na Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990,
DA FISCALIZAÇÃO
na Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, e na Lei nº 12.527, de 18 de
SEÇÃO I novembro de 2011. (Promulgação partes vetadas)
DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS § 4º No cálculo do valor da multa de que trata o inciso II do
Art. 52. Os agentes de tratamento de dados, em razão das in- caput deste ar go, a autoridade nacional poderá considerar o fa-
frações come das às normas previstas nesta Lei, cam sujeitos às turamento total da empresa ou grupo de empresas, quando não
seguintes sanções administra vas aplicáveis pela autoridade nacio- dispuser do valor do faturamento no ramo de a vidade empresa-
nal: (Vigência) rial em que ocorreu a infração, de nido pela autoridade nacional,
I - advertência, com indicação de prazo para adoção de medi- ou quando o valor for apresentado de forma incompleta ou não for
das corre vas; demonstrado de forma inequívoca e idônea.
II - multa simples, de até 2% (dois por cento) do faturamento § 5º O produto da arrecadação das multas aplicadas pela
da pessoa jurídica de direito privado, grupo ou conglomerado no ANPD, inscritas ou não em dívida a va, será des nado ao Fundo de
Brasil no seu úl mo exercício, excluídos os tributos, limitada, no Defesa de Direitos Difusos de que tratam o art. 13 da Lei nº 7.347,
total, a R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais) por infração; de 24 de julho de 1985, e a Lei nº 9.008, de 21 de março de 1995.
III - multa diária, observado o limite total a que se refere o in- (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
ciso II; § 6º As sanções previstas nos incisos X, XI e XII do caput deste
IV - publicização da infração após devidamente apurada e con- ar go serão aplicadas: (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
rmada a sua ocorrência; I - somente após já ter sido imposta ao menos 1 (uma) das
V - bloqueio dos dados pessoais a que se refere a infração até sanções de que tratam os incisos II, III, IV, V e VI do caput deste
a sua regularização; ar go para o mesmo caso concreto; e (Incluído pela Lei nº 13.853,
VI - eliminação dos dados pessoais a que se refere a infração; de 2019)
VII - (VETADO); II - em caso de controladores subme dos a outros órgãos e
VIII - (VETADO); en dades com competências sancionatórias, ouvidos esses órgãos.
IX - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
X - suspensão parcial do funcionamento do banco de dados a § 7º Os vazamentos individuais ou os acessos não autorizados
que se refere a infração pelo período máximo de 6 (seis) meses, de que trata o caput do art. 46 desta Lei poderão ser objeto de con-
prorrogável por igual período, até a regularização da a vidade de ciliação direta entre controlador e tular e, caso não haja acordo, o
tratamento pelo controlador; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) controlador estará sujeito à aplicação das penalidades de que trata
este ar go. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)

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Art. 53. A autoridade nacional de nirá, por meio de regula- § 2º Os membros do Conselho Diretor serão escolhidos dentre
mento próprio sobre sanções administra vas a infrações a esta Lei, brasileiros que tenham reputação ilibada, nível superior de educa-
que deverá ser objeto de consulta pública, as metodologias que ção e elevado conceito no campo de especialidade dos cargos para
orientarão o cálculo do valor-base das sanções de multa. (Vigência) os quais serão nomeados. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
§ 1º As metodologias a que se refere o caput deste ar go de- § 3º O mandato dos membros do Conselho Diretor será de 4
vem ser previamente publicadas, para ciência dos agentes de trata- (quatro) anos. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
mento, e devem apresentar obje vamente as formas e dosimetrias § 4º Os mandatos dos primeiros membros do Conselho Diretor
para o cálculo do valor-base das sanções de multa, que deverão nomeados serão de 2 (dois), de 3 (três), de 4 (quatro), de 5 (cinco)
conter fundamentação detalhada de todos os seus elementos, de- e de 6 (seis) anos, conforme estabelecido no ato de nomeação. (In-
monstrando a observância dos critérios previstos nesta Lei. cluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
§ 2º O regulamento de sanções e metodologias corresponden- § 5º Na hipótese de vacância do cargo no curso do mandato de
tes deve estabelecer as circunstâncias e as condições para a adoção membro do Conselho Diretor, o prazo remanescente será comple-
de multa simples ou diária. tado pelo sucessor. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
Art. 54. O valor da sanção de multa diária aplicável às infrações Art. 55-E. Os membros do Conselho Diretor somente perderão
a esta Lei deve observar a gravidade da falta e a extensão do dano seus cargos em virtude de renúncia, condenação judicial transitada
ou prejuízo causado e ser fundamentado pela autoridade nacional. em julgado ou pena de demissão decorrente de processo adminis-
(Vigência) tra vo disciplinar. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
Parágrafo único. A in mação da sanção de multa diária deverá § 1º Nos termos do caput deste ar go, cabe ao Ministro de
conter, no mínimo, a descrição da obrigação imposta, o prazo razo- Estado Chefe da Casa Civil da Presidência da República instaurar o
ável e es pulado pelo órgão para o seu cumprimento e o valor da processo administra vo disciplinar, que será conduzido por comis-
multa diária a ser aplicada pelo seu descumprimento. são especial cons tuída por servidores públicos federais estáveis.
(Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
CAPÍTULO IX § 2º Compete ao Presidente da República determinar o afas-
tamento preven vo, somente quando assim recomendado pela
DA AUTORIDADE NACIONAL DE PROTEÇÃO DE DADOS
comissão especial de que trata o § 1º deste ar go, e proferir o jul-
ANPD E DO CONSELHO NACIONAL DE PROTEÇÃO DE DADOS
gamento. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
PESSOAIS E DA PRIVACIDADE
Art. 55-F. Aplica-se aos membros do Conselho Diretor, após o
SEÇÃO I exercício do cargo, o disposto no art. 6º da Lei nº 12.813, de 16 de
DA AUTORIDADE NACIONAL DE PROTEÇÃO DE DADOS maio de 2013. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
ANPD Parágrafo único. A infração ao disposto no caput deste ar go
Art. 55. (VETADO). caracteriza ato de improbidade administra va. (Incluído pela Lei nº
Art. 55-A. Fica criada a Autoridade Nacional de Proteção de Da- 13.853, de 2019)
dos (ANPD), autarquia de natureza especial, dotada de autonomia Art. 55-G. Ato do Presidente da República disporá sobre a es-
técnica e decisória, com patrimônio próprio e com sede e foro no trutura regimental da ANPD. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
Distrito Federal. (Redação dada pela Lei nº 14.460, de 2022) § 1º Até a data de entrada em vigor de sua estrutura regimen-
§ 1º (Revogado pela Lei nº 14.460, de 2022) tal, a ANPD receberá o apoio técnico e administra vo da Casa Civil
§ 2º (Revogado pela Lei nº 14.460, de 2022) da Presidência da República para o exercício de suas a vidades. (In-
§ 3º (Revogado pela Lei nº 14.460, de 2022) cluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
Art. 55-B. (Revogado pela Lei nº 14.460, de 2022) § 2º O Conselho Diretor disporá sobre o regimento interno da
Art. 55-C. A ANPD é composta de: (Incluído pela Lei nº 13.853, ANPD. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
de 2019) Art. 55-H. Os cargos em comissão e as funções de con ança da
I - Conselho Diretor, órgão máximo de direção; (Incluído pela ANPD serão remanejados de outros órgãos e en dades do Poder
Lei nº 13.853, de 2019) Execu vo federal. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
II - Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Pri- Art. 55-I. Os ocupantes dos cargos em comissão e das funções
vacidade; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) de con ança da ANPD serão indicados pelo Conselho Diretor e no-
III - Corregedoria; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) meados ou designados pelo Diretor-Presidente. (Incluído pela Lei
IV - Ouvidoria; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) nº 13.853, de 2019)
V - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.460, de 2022) Art. 55-J. Compete à ANPD: (Incluído pela Lei nº 13.853, de
V-A - Procuradoria; e (Incluído pela Lei nº 14.460, de 2022) 2019)
VI - unidades administra vas e unidades especializadas neces- I - zelar pela proteção dos dados pessoais, nos termos da legis-
sárias à aplicação do disposto nesta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.853, lação; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
de 2019) II - zelar pela observância dos segredos comercial e industrial,
Art. 55-D. O Conselho Diretor da ANPD será composto de 5 observada a proteção de dados pessoais e do sigilo das informa-
(cinco) diretores, incluído o Diretor-Presidente. (Incluído pela Lei ções quando protegido por lei ou quando a quebra do sigilo violar
nº 13.853, de 2019) os fundamentos do art. 2º desta Lei; (Incluído pela Lei nº 13.853,
§ 1º Os membros do Conselho Diretor da ANPD serão escolhi- de 2019)
dos pelo Presidente da República e por ele nomeados, após apro- III - elaborar diretrizes para a Polí ca Nacional de Proteção de
vação pelo Senado Federal, nos termos da alínea ‘f’ do inciso III do Dados Pessoais e da Privacidade; (Incluído pela Lei nº 13.853, de
art. 52 da Cons tuição Federal, e ocuparão cargo em comissão do 2019)
Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, no mínimo, de IV - scalizar e aplicar sanções em caso de tratamento de da-
nível 5. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) dos realizado em descumprimento à legislação, mediante processo
administra vo que assegure o contraditório, a ampla defesa e o di-
reito de recurso; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)

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V - apreciar pe ções de tular contra controlador após com- XX - deliberar, na esfera administra va, em caráter termina -
provada pelo tular a apresentação de reclamação ao controlador vo, sobre a interpretação desta Lei, as suas competências e os casos
não solucionada no prazo estabelecido em regulamentação; (Inclu- omissos; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
ído pela Lei nº 13.853, de 2019) XXI - comunicar às autoridades competentes as infrações pe-
VI - promover na população o conhecimento das normas e das nais das quais ver conhecimento; (Incluído pela Lei nº 13.853, de
polí cas públicas sobre proteção de dados pessoais e das medidas 2019)
de segurança; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) XXII - comunicar aos órgãos de controle interno o descumpri-
VII - promover e elaborar estudos sobre as prá cas nacionais e mento do disposto nesta Lei por órgãos e en dades da administra-
internacionais de proteção de dados pessoais e privacidade; (Inclu- ção pública federal; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
ído pela Lei nº 13.853, de 2019) XXIII - ar cular-se com as autoridades reguladoras públicas
VIII - es mular a adoção de padrões para serviços e produtos para exercer suas competências em setores especí cos de a vida-
que facilitem o exercício de controle dos tulares sobre seus dados des econômicas e governamentais sujeitas à regulação; e (Incluído
pessoais, os quais deverão levar em consideração as especi cida- pela Lei nº 13.853, de 2019)
des das a vidades e o porte dos responsáveis; (Incluído pela Lei nº XXIV - implementar mecanismos simpli cados, inclusive por
13.853, de 2019) meio eletrônico, para o registro de reclamações sobre o tratamen-
IX - promover ações de cooperação com autoridades de prote- to de dados pessoais em desconformidade com esta Lei. (Incluído
ção de dados pessoais de outros países, de natureza internacional pela Lei nº 13.853, de 2019)
ou transnacional; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) § 1º Ao impor condicionantes administra vas ao tratamento
X - dispor sobre as formas de publicidade das operações de de dados pessoais por agente de tratamento privado, sejam eles
tratamento de dados pessoais, respeitados os segredos comercial e limites, encargos ou sujeições, a ANPD deve observar a exigência de
industrial; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) mínima intervenção, assegurados os fundamentos, os princípios e
XI - solicitar, a qualquer momento, às en dades do poder pú- os direitos dos tulares previstos no art. 170 da Cons tuição Fede-
blico que realizem operações de tratamento de dados pessoais in- ral e nesta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
forme especí co sobre o âmbito, a natureza dos dados e os demais § 2º Os regulamentos e as normas editados pela ANPD devem
detalhes do tratamento realizado, com a possibilidade de emi r ser precedidos de consulta e audiência públicas, bem como de aná-
parecer técnico complementar para garan r o cumprimento desta lises de impacto regulatório. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
Lei; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) § 3º A ANPD e os órgãos e en dades públicos responsáveis
XII - elaborar relatórios de gestão anuais acerca de suas a vida- pela regulação de setores especí cos da a vidade econômica e
des; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) governamental devem coordenar suas a vidades, nas correspon-
XIII - editar regulamentos e procedimentos sobre proteção de dentes esferas de atuação, com vistas a assegurar o cumprimento
dados pessoais e privacidade, bem como sobre relatórios de impac- de suas atribuições com a maior e ciência e promover o adequado
to à proteção de dados pessoais para os casos em que o tratamento funcionamento dos setores regulados, conforme legislação especí-
representar alto risco à garan a dos princípios gerais de proteção ca, e o tratamento de dados pessoais, na forma desta Lei. (Incluído
de dados pessoais previstos nesta Lei; (Incluído pela Lei nº 13.853, pela Lei nº 13.853, de 2019)
de 2019) § 4º A ANPD manterá fórum permanente de comunicação, in-
XIV - ouvir os agentes de tratamento e a sociedade em maté- clusive por meio de cooperação técnica, com órgãos e en dades
rias de interesse relevante e prestar contas sobre suas a vidades e da administração pública responsáveis pela regulação de setores
planejamento; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) especí cos da a vidade econômica e governamental, a m de faci-
XV - arrecadar e aplicar suas receitas e publicar, no relatório litar as competências regulatória, scalizatória e puni va da ANPD.
de gestão a que se refere o inciso XII do caput deste ar go, o deta- (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
lhamento de suas receitas e despesas; (Incluído pela Lei nº 13.853, § 5º No exercício das competências de que trata o caput deste
de 2019) ar go, a autoridade competente deverá zelar pela preservação do
XVI - realizar auditorias, ou determinar sua realização, no âm- segredo empresarial e do sigilo das informações, nos termos da lei.
bito da a vidade de scalização de que trata o inciso IV e com a (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
devida observância do disposto no inciso II do caput deste ar go, § 6º As reclamações colhidas conforme o disposto no inciso V
sobre o tratamento de dados pessoais efetuado pelos agentes de do caput deste ar go poderão ser analisadas de forma agregada, e
tratamento, incluído o poder público; (Incluído pela Lei nº 13.853, as eventuais providências delas decorrentes poderão ser adotadas
de 2019) de forma padronizada. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
XVII - celebrar, a qualquer momento, compromisso com agen- Art. 55-K. A aplicação das sanções previstas nesta Lei compe-
tes de tratamento para eliminar irregularidade, incerteza jurídica te exclusivamente à ANPD, e suas competências prevalecerão, no
ou situação contenciosa no âmbito de processos administra vos, que se refere à proteção de dados pessoais, sobre as competências
de acordo com o previsto no Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setem- correlatas de outras en dades ou órgãos da administração pública.
bro de 1942; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
XVIII - editar normas, orientações e procedimentos simpli - Parágrafo único. A ANPD ar culará sua atuação com outros ór-
cados e diferenciados, inclusive quanto aos prazos, para que mi- gãos e en dades com competências sancionatórias e norma vas
croempresas e empresas de pequeno porte, bem como inicia vas afetas ao tema de proteção de dados pessoais e será o órgão cen-
empresariais de caráter incremental ou disrup vo que se autode- tral de interpretação desta Lei e do estabelecimento de normas e
clarem startups ou empresas de inovação, possam adequar-se a diretrizes para a sua implementação. (Incluído pela Lei nº 13.853,
esta Lei; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) de 2019)
XIX - garan r que o tratamento de dados de idosos seja efetu- Art. 55-L. Cons tuem receitas da ANPD: (Incluído pela Lei nº
ado de maneira simples, clara, acessível e adequada ao seu enten- 13.853, de 2019)
dimento, nos termos desta Lei e da Lei nº 10.741, de 1º de outubro
de 2003 (Estatuto do Idoso); (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)

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I - as dotações, consignadas no orçamento geral da União, os § 1º Os representantes serão designados por ato do Presidente
créditos especiais, os créditos adicionais, as transferências e os re- da República, permi da a delegação. (Incluído pela Lei nº 13.853,
passes que lhe forem conferidos; (Incluído pela Lei nº 13.853, de de 2019)
2019) § 2º Os representantes de que tratam os incisos I, II, III, IV, V e
II - as doações, os legados, as subvenções e outros recursos que VI do caput deste ar go e seus suplentes serão indicados pelos tu-
lhe forem des nados; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) lares dos respec vos órgãos e en dades da administração pública.
III - os valores apurados na venda ou aluguel de bens móveis e (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
imóveis de sua propriedade; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) § 3º Os representantes de que tratam os incisos VII, VIII, IX,
IV - os valores apurados em aplicações no mercado nanceiro X e XI do caput deste ar go e seus suplentes: (Incluído pela Lei nº
das receitas previstas neste ar go; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 13.853, de 2019)
2019) I - serão indicados na forma de regulamento; (Incluído pela Lei
V - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) nº 13.853, de 2019)
VI - os recursos provenientes de acordos, convênios ou con- II - não poderão ser membros do Comitê Gestor da Internet no
tratos celebrados com en dades, organismos ou empresas, públi- Brasil; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
cos ou privados, nacionais ou internacionais; (Incluído pela Lei nº III - terão mandato de 2 (dois) anos, permi da 1 (uma) recon-
13.853, de 2019) dução. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
VII - o produto da venda de publicações, material técnico, da- § 4º A par cipação no Conselho Nacional de Proteção de Da-
dos e informações, inclusive para ns de licitação pública. (Incluído dos Pessoais e da Privacidade será considerada prestação de servi-
pela Lei nº 13.853, de 2019) ço público relevante, não remunerada. (Incluído pela Lei nº 13.853,
Art. 55-M. Cons tuem o patrimônio da ANPD os bens e os di- de 2019)
reitos: (Incluído pela Lei nº 14.460, de 2022) Art. 58-B. Compete ao Conselho Nacional de Proteção de Da-
I - que lhe forem transferidos pelos órgãos da Presidência da dos Pessoais e da Privacidade: (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
República; e (Incluído pela Lei nº 14.460, de 2022) I - propor diretrizes estratégicas e fornecer subsídios para a
II - que venha a adquirir ou a incorporar. (Incluído pela Lei nº elaboração da Polí ca Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da
14.460, de 2022) Privacidade e para a atuação da ANPD; (Incluído pela Lei nº 13.853,
Art. 56. (VETADO). de 2019)
Art. 57. (VETADO). II - elaborar relatórios anuais de avaliação da execução das
ações da Polí ca Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Pri-
SEÇÃO II vacidade; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
III - sugerir ações a serem realizadas pela ANPD; (Incluído pela
DO CONSELHO NACIONAL DE PROTEÇÃO DE DADOS PES
Lei nº 13.853, de 2019)
SOAIS E DA PRIVACIDADE
IV - elaborar estudos e realizar debates e audiências públicas
Art. 58. (VETADO). sobre a proteção de dados pessoais e da privacidade; e (Incluído
Art. 58-A. O Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais pela Lei nº 13.853, de 2019)
e da Privacidade será composto de 23 (vinte e três) representan- V - disseminar o conhecimento sobre a proteção de dados pes-
tes, tulares e suplentes, dos seguintes órgãos: (Incluído pela Lei soais e da privacidade à população. (Incluído pela Lei nº 13.853, de
nº 13.853, de 2019) 2019)
I - 5 (cinco) do Poder Execu vo federal; (Incluído pela Lei nº Art. 59. (VETADO).
13.853, de 2019)
II - 1 (um) do Senado Federal; (Incluído pela Lei nº 13.853, de CAPÍTULO X
2019)
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
III - 1 (um) da Câmara dos Deputados; (Incluído pela Lei nº
13.853, de 2019) Art. 60. A Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014 (Marco Civil da
IV - 1 (um) do Conselho Nacional de Jus ça; (Incluído pela Lei Internet) , passa a vigorar com as seguintes alterações:
nº 13.853, de 2019) “Art. 7º ..................................................................
V - 1 (um) do Conselho Nacional do Ministério Público; (Incluí- .......................................................................................
do pela Lei nº 13.853, de 2019) X - exclusão de ni va dos dados pessoais que ver fornecido a
VI - 1 (um) do Comitê Gestor da Internet no Brasil; (Incluído determinada aplicação de internet, a seu requerimento, ao térmi-
pela Lei nº 13.853, de 2019) no da relação entre as partes, ressalvadas as hipóteses de guarda
VII - 3 (três) de en dades da sociedade civil com atuação rela- obrigatória de registros previstas nesta Lei e na que dispõe sobre a
cionada a proteção de dados pessoais; (Incluído pela Lei nº 13.853, proteção de dados pessoais;
de 2019) ..............................................................................” (NR)
VIII - 3 (três) de ins tuições cien cas, tecnológicas e de inova- “Art. 16. .................................................................
ção; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) .......................................................................................
IX - 3 (três) de confederações sindicais representa vas das II - de dados pessoais que sejam excessivos em relação à na-
categorias econômicas do setor produ vo; (Incluído pela Lei nº lidade para a qual foi dado consen mento pelo seu tular, exceto
13.853, de 2019) nas hipóteses previstas na Lei que dispõe sobre a proteção de da-
X - 2 (dois) de en dades representa vas do setor empresarial dos pessoais.” (NR)
relacionado à área de tratamento de dados pessoais; e (Incluído Art. 61. A empresa estrangeira será no cada e in mada de to-
pela Lei nº 13.853, de 2019) dos os atos processuais previstos nesta Lei, independentemente de
XI - 2 (dois) de en dades representa vas do setor laboral. (In- procuração ou de disposição contratual ou estatutária, na pessoa
cluído pela Lei nº 13.853, de 2019) do agente ou representante ou pessoa responsável por sua lial,
agência, sucursal, estabelecimento ou escritório instalado no Brasil.

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Art. 62. A autoridade nacional e o Ins tuto Nacional de Estudos § 2º Os dirigentes ou administradores somente serão respon-
e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), no âmbito de suas sabilizados por atos ilícitos na medida da sua culpabilidade.
competências, editarão regulamentos especí cos para o acesso a Art. 4º Subsiste a responsabilidade da pessoa jurídica na hipó-
dados tratados pela União para o cumprimento do disposto no § 2º tese de alteração contratual, transformação, incorporação, fusão
do art. 9º da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Dire- ou cisão societária.
trizes e Bases da Educação Nacional) , e aos referentes ao Sistema § 1º Nas hipóteses de fusão e incorporação, a responsabilida-
Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), de que trata de da sucessora será restrita à obrigação de pagamento de multa
a Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004 . e reparação integral do dano causado, até o limite do patrimônio
Art. 63. A autoridade nacional estabelecerá normas sobre a transferido, não lhe sendo aplicáveis as demais sanções previstas
adequação progressiva de bancos de dados cons tuídos até a data nesta Lei decorrentes de atos e fatos ocorridos antes da data da
de entrada em vigor desta Lei, consideradas a complexidade das fusão ou incorporação, exceto no caso de simulação ou evidente
operações de tratamento e a natureza dos dados. intuito de fraude, devidamente comprovados.
Art. 64. Os direitos e princípios expressos nesta Lei não ex- § 2º As sociedades controladoras, controladas, coligadas ou,
cluem outros previstos no ordenamento jurídico pátrio relaciona- no âmbito do respec vo contrato, as consorciadas serão solida-
dos à matéria ou nos tratados internacionais em que a República riamente responsáveis pela prá ca dos atos previstos nesta Lei,
Federa va do Brasil seja parte. restringindo-se tal responsabilidade à obrigação de pagamento de
Art. 65. Esta Lei entra em vigor: (Redação dada pela Lei nº multa e reparação integral do dano causado.
13.853, de 2019)
I - dia 28 de dezembro de 2018, quanto aos arts. 55-A, 55-B, 55- CAPÍTULO II
C, 55-D, 55-E, 55-F, 55-G, 55-H, 55-I, 55-J, 55-K, 55-L, 58-A e 58-B; e
DOS ATOS LESIVOS À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NACIO
(Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
NAL OU ESTRANGEIRA
I-A – dia 1º de agosto de 2021, quanto aos arts. 52, 53 e 54;
(Incluído pela Lei nº 14.010, de 2020) Art. 5º Cons tuem atos lesivos à administração pública, nacio-
II - 24 (vinte e quatro) meses após a data de sua publicação, nal ou estrangeira, para os ns desta Lei, todos aqueles pra cados
quanto aos demais ar gos. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) pelas pessoas jurídicas mencionadas no parágrafo único do art. 1º ,
que atentem contra o patrimônio público nacional ou estrangeiro,
contra princípios da administração pública ou contra os compro-
LEGISLAÇÃO ANTICORRUPÇÃO: LEI Nº 12.846/2013 missos internacionais assumidos pelo Brasil, assim de nidos:
I - prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vanta-
gem indevida a agente público, ou a terceira pessoa a ele relacio-
LEI Nº 12.846, DE 1º DE AGOSTO DE 2013. nada;
II - comprovadamente, nanciar, custear, patrocinar ou de
qualquer modo subvencionar a prá ca dos atos ilícitos previstos
Dispõe sobre a responsabilização administra va e civil de nesta Lei;
pessoas jurídicas pela prá ca de atos contra a administração pú- III - comprovadamente, u lizar-se de interposta pessoa sica
blica, nacional ou estrangeira, e dá outras providências. ou jurídica para ocultar ou dissimular seus reais interesses ou a
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na- iden dade dos bene ciários dos atos pra cados;
cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: IV - no tocante a licitações e contratos:
a) frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qual-
CAPÍTULO I quer outro expediente, o caráter compe vo de procedimento li-
DISPOSIÇÕES GERAIS citatório público;
b) impedir, perturbar ou fraudar a realização de qualquer ato
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a responsabilização obje va admi- de procedimento licitatório público;
nistra va e civil de pessoas jurídicas pela prá ca de atos contra a c) afastar ou procurar afastar licitante, por meio de fraude ou
administração pública, nacional ou estrangeira. oferecimento de vantagem de qualquer po;
Parágrafo único. Aplica-se o disposto nesta Lei às sociedades d) fraudar licitação pública ou contrato dela decorrente;
empresárias e às sociedades simples, personi cadas ou não, in- e) criar, de modo fraudulento ou irregular, pessoa jurídica para
dependentemente da forma de organização ou modelo societário par cipar de licitação pública ou celebrar contrato administra vo;
adotado, bem como a quaisquer fundações, associações de en da- f) obter vantagem ou bene cio indevido, de modo fraudulen-
des ou pessoas, ou sociedades estrangeiras, que tenham sede, lial to, de modi cações ou prorrogações de contratos celebrados com
ou representação no território brasileiro, cons tuídas de fato ou de a administração pública, sem autorização em lei, no ato convoca-
direito, ainda que temporariamente. tório da licitação pública ou nos respec vos instrumentos contra-
Art. 2º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas obje va- tuais; ou
mente, nos âmbitos administra vo e civil, pelos atos lesivos pre- g) manipular ou fraudar o equilíbrio econômico- nanceiro dos
vistos nesta Lei pra cados em seu interesse ou bene cio, exclusivo contratos celebrados com a administração pública;
ou não. V - di cultar a vidade de inves gação ou scalização de ór-
Art. 3º A responsabilização da pessoa jurídica não exclui a res- gãos, en dades ou agentes públicos, ou intervir em sua atuação,
ponsabilidade individual de seus dirigentes ou administradores ou inclusive no âmbito das agências reguladoras e dos órgãos de sca-
de qualquer pessoa natural, autora, coautora ou par cipe do ato lização do sistema nanceiro nacional.
ilícito. § 1º Considera-se administração pública estrangeira os órgãos
§ 1º A pessoa jurídica será responsabilizada independente- e en dades estatais ou representações diplomá cas de país es-
mente da responsabilização individual das pessoas naturais refe- trangeiro, de qualquer nível ou esfera de governo, bem como as
ridas no caput . pessoas jurídicas controladas, direta ou indiretamente, pelo poder
público de país estrangeiro.
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§ 2º Para os efeitos desta Lei, equiparam-se à administração CAPÍTULO IV
pública estrangeira as organizações públicas internacionais. DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DE RESPONSABILIZA
§ 3º Considera-se agente público estrangeiro, para os ns des- ÇÃO
ta Lei, quem, ainda que transitoriamente ou sem remuneração,
exerça cargo, emprego ou função pública em órgãos, en dades Art. 8º A instauração e o julgamento de processo administra -
estatais ou em representações diplomá cas de país estrangeiro, vo para apuração da responsabilidade de pessoa jurídica cabem à
assim como em pessoas jurídicas controladas, direta ou indireta- autoridade máxima de cada órgão ou en dade dos Poderes Execu-
mente, pelo poder público de país estrangeiro ou em organizações vo, Legisla vo e Judiciário, que agirá de o cio ou mediante provo-
públicas internacionais. cação, observados o contraditório e a ampla defesa.
§ 1º A competência para a instauração e o julgamento do pro-
cesso administra vo de apuração de responsabilidade da pessoa
CAPÍTULO III jurídica poderá ser delegada, vedada a subdelegação.
DA RESPONSABILIZAÇÃO ADMINISTRATIVA § 2º No âmbito do Poder Execu vo federal, a Controladoria-
Art. 6º Na esfera administra va, serão aplicadas às pessoas ju- -Geral da União - CGU terá competência concorrente para instau-
rídicas consideradas responsáveis pelos atos lesivos previstos nesta rar processos administra vos de responsabilização de pessoas ju-
Lei as seguintes sanções: rídicas ou para avocar os processos instaurados com fundamento
I - multa, no valor de 0,1% (um décimo por cento) a 20% (vinte nesta Lei, para exame de sua regularidade ou para corrigir-lhes o
por cento) do faturamento bruto do úl mo exercício anterior ao andamento.
da instauração do processo administra vo, excluídos os tributos, a Art. 9º Competem à Controladoria-Geral da União - CGU a apu-
qual nunca será inferior à vantagem auferida, quando for possível ração, o processo e o julgamento dos atos ilícitos previstos nesta
sua es mação; e Lei, pra cados contra a administração pública estrangeira, obser-
II - publicação extraordinária da decisão condenatória. vado o disposto no Ar go 4 da Convenção sobre o Combate da
§ 1º As sanções serão aplicadas fundamentadamente, isolada Corrupção de Funcionários Públicos Estrangeiros em Transações
ou cumula vamente, de acordo com as peculiaridades do caso con- Comerciais Internacionais, promulgada pelo Decreto nº 3.678, de
creto e com a gravidade e natureza das infrações. 30 de novembro de 2000.
§ 2º A aplicação das sanções previstas neste ar go será prece- Art. 10. O processo administra vo para apuração da responsa-
dida da manifestação jurídica elaborada pela Advocacia Pública ou bilidade de pessoa jurídica será conduzido por comissão designada
pelo órgão de assistência jurídica, ou equivalente, do ente público. pela autoridade instauradora e composta por 2 (dois) ou mais ser-
§ 3º A aplicação das sanções previstas neste ar go não exclui, vidores estáveis.
em qualquer hipótese, a obrigação da reparação integral do dano § 1º O ente público, por meio do seu órgão de representação
causado. judicial, ou equivalente, a pedido da comissão a que se refere o
§ 4º Na hipótese do inciso I do caput , caso não seja possível caput , poderá requerer as medidas judiciais necessárias para a in-
u lizar o critério do valor do faturamento bruto da pessoa jurídica, ves gação e o processamento das infrações, inclusive de busca e
a multa será de R$ 6.000,00 (seis mil reais) a R$ 60.000.000,00 (ses- apreensão.
senta milhões de reais). § 2º A comissão poderá, cautelarmente, propor à autoridade
§ 5º A publicação extraordinária da decisão condenatória ocor- instauradora que suspenda os efeitos do ato ou processo objeto da
rerá na forma de extrato de sentença, a expensas da pessoa jurídi- inves gação.
ca, em meios de comunicação de grande circulação na área da prá- § 3º A comissão deverá concluir o processo no prazo de 180
ca da infração e de atuação da pessoa jurídica ou, na sua falta, em (cento e oitenta) dias contados da data da publicação do ato que a
publicação de circulação nacional, bem como por meio de a xação ins tuir e, ao nal, apresentar relatórios sobre os fatos apurados e
de edital, pelo prazo mínimo de 30 (trinta) dias, no próprio estabe- eventual responsabilidade da pessoa jurídica, sugerindo de forma
lecimento ou no local de exercício da a vidade, de modo visível ao mo vada as sanções a serem aplicadas.
público, e no sí o eletrônico na rede mundial de computadores. § 4º O prazo previsto no § 3º poderá ser prorrogado, mediante
§ 6º (VETADO). ato fundamentado da autoridade instauradora.
Art. 7º Serão levados em consideração na aplicação das san- Art. 11. No processo administra vo para apuração de respon-
ções: sabilidade, será concedido à pessoa jurídica prazo de 30 (trinta)
I - a gravidade da infração; dias para defesa, contados a par r da in mação.
II - a vantagem auferida ou pretendida pelo infrator; Art. 12. O processo administra vo, com o relatório da comis-
III - a consumação ou não da infração; são, será reme do à autoridade instauradora, na forma do art. 10,
IV - o grau de lesão ou perigo de lesão; para julgamento.
V - o efeito nega vo produzido pela infração; Art. 13. A instauração de processo administra vo especí co de
VI - a situação econômica do infrator; reparação integral do dano não prejudica a aplicação imediata das
VII - a cooperação da pessoa jurídica para a apuração das in- sanções estabelecidas nesta Lei.
frações; Parágrafo único. Concluído o processo e não havendo paga-
VIII - a existência de mecanismos e procedimentos internos de mento, o crédito apurado será inscrito em dívida a va da fazenda
integridade, auditoria e incen vo à denúncia de irregularidades e pública.
a aplicação efe va de códigos de é ca e de conduta no âmbito da Art. 14. A personalidade jurídica poderá ser desconsiderada
pessoa jurídica; sempre que u lizada com abuso do direito para facilitar, encobrir
IX - o valor dos contratos man dos pela pessoa jurídica com o ou dissimular a prá ca dos atos ilícitos previstos nesta Lei ou para
órgão ou en dade pública lesados; e provocar confusão patrimonial, sendo estendidos todos os efeitos
X - (VETADO). das sanções aplicadas à pessoa jurídica aos seus administradores e
Parágrafo único. Os parâmetros de avaliação de mecanismos e sócios com poderes de administração, observados o contraditório
procedimentos previstos no inciso VIII do caput serão estabelecidos e a ampla defesa.
em regulamento do Poder Execu vo federal.
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Art. 15. A comissão designada para apuração da responsabili- CAPÍTULO VI
dade de pessoa jurídica, após a conclusão do procedimento admi- DA RESPONSABILIZAÇÃO JUDICIAL
nistra vo, dará conhecimento ao Ministério Público de sua existên-
cia, para apuração de eventuais delitos. Art. 18. Na esfera administra va, a responsabilidade da pessoa
jurídica não afasta a possibilidade de sua responsabilização na es-
fera judicial.
CAPÍTULO V Art. 19. Em razão da prá ca de atos previstos no art. 5º des-
DO ACORDO DE LENIÊNCIA ta Lei, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por
Art. 16. A autoridade máxima de cada órgão ou en dade pú- meio das respec vas Advocacias Públicas ou órgãos de representa-
blica poderá celebrar acordo de leniência com as pessoas jurídicas ção judicial, ou equivalentes, e o Ministério Público, poderão ajui-
responsáveis pela prá ca dos atos previstos nesta Lei que colabo- zar ação com vistas à aplicação das seguintes sanções às pessoas
rem efe vamente com as inves gações e o processo administra - jurídicas infratoras:
vo, sendo que dessa colaboração resulte: I - perdimento dos bens, direitos ou valores que representem
I - a iden cação dos demais envolvidos na infração, quando vantagem ou proveito direta ou indiretamente ob dos da infração,
couber; e ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé;
II - a obtenção célere de informações e documentos que com- II - suspensão ou interdição parcial de suas a vidades;
provem o ilícito sob apuração. III - dissolução compulsória da pessoa jurídica;
§ 1º O acordo de que trata o caput somente poderá ser cele- IV - proibição de receber incen vos, subsídios, subvenções,
brado se preenchidos, cumula vamente, os seguintes requisitos: doações ou emprés mos de órgãos ou en dades públicas e de ins-
I - a pessoa jurídica seja a primeira a se manifestar sobre seu tuições nanceiras públicas ou controladas pelo poder público,
interesse em cooperar para a apuração do ato ilícito; pelo prazo mínimo de 1 (um) e máximo de 5 (cinco) anos.
II - a pessoa jurídica cesse completamente seu envolvimento § 1º A dissolução compulsória da pessoa jurídica será determi-
na infração inves gada a par r da data de propositura do acordo; nada quando comprovado:
III - a pessoa jurídica admita sua par cipação no ilícito e coo- I - ter sido a personalidade jurídica u lizada de forma habitual
pere plena e permanentemente com as inves gações e o processo para facilitar ou promover a prá ca de atos ilícitos; ou
administra vo, comparecendo, sob suas expensas, sempre que so- II - ter sido cons tuída para ocultar ou dissimular interesses
licitada, a todos os atos processuais, até seu encerramento. ilícitos ou a iden dade dos bene ciários dos atos pra cados.
2º A celebração do acordo de leniência isentará a pessoa jurídi- § 2º (VETADO).
ca das sanções previstas no inciso II do art. 6º e no inciso IV do art. § 3º As sanções poderão ser aplicadas de forma isolada ou
19 e reduzirá em até 2/3 (dois terços) o valor da multa aplicável. cumula va.
§ 3º O acordo de leniência não exime a pessoa jurídica da obri- § 4º O Ministério Público ou a Advocacia Pública ou órgão de
gação de reparar integralmente o dano causado. representação judicial, ou equivalente, do ente público poderá re-
§ 4º O acordo de leniência es pulará as condições necessárias querer a indisponibilidade de bens, direitos ou valores necessários
para assegurar a efe vidade da colaboração e o resultado ú l do à garan a do pagamento da multa ou da reparação integral do
processo. dano causado, conforme previsto no art. 7º , ressalvado o direito
§ 5º Os efeitos do acordo de leniência serão estendidos às pes- do terceiro de boa-fé.
soas jurídicas que integram o mesmo grupo econômico, de fato e Art. 20. Nas ações ajuizadas pelo Ministério Público, poderão
de direito, desde que rmem o acordo em conjunto, respeitadas as ser aplicadas as sanções previstas no art. 6º , sem prejuízo daque-
condições nele estabelecidas. las previstas neste Capítulo, desde que constatada a omissão das
§ 6º A proposta de acordo de leniência somente se tornará pú- autoridades competentes para promover a responsabilização ad-
blica após a efe vação do respec vo acordo, salvo no interesse das ministra va.
inves gações e do processo administra vo. Art. 21. Nas ações de responsabilização judicial, será adotado o
§ 7º Não importará em reconhecimento da prá ca do ato ilícito rito previsto na Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985.
inves gado a proposta de acordo de leniência rejeitada. Parágrafo único. A condenação torna certa a obrigação de re-
§ 8º Em caso de descumprimento do acordo de leniência, a parar, integralmente, o dano causado pelo ilícito, cujo valor será
pessoa jurídica cará impedida de celebrar novo acordo pelo prazo apurado em posterior liquidação, se não constar expressamente da
de 3 (três) anos contados do conhecimento pela administração pú- sentença.
blica do referido descumprimento.
§ 9º A celebração do acordo de leniência interrompe o prazo CAPÍTULO VII
prescricional dos atos ilícitos previstos nesta Lei. DISPOSIÇÕES FINAIS
§ 10. A Controladoria-Geral da União - CGU é o órgão compe-
tente para celebrar os acordos de leniência no âmbito do Poder Art. 22. Fica criado no âmbito do Poder Execu vo federal o Ca-
Execu vo federal, bem como no caso de atos lesivos pra cados dastro Nacional de Empresas Punidas - CNEP, que reunirá e dará
contra a administração pública estrangeira. publicidade às sanções aplicadas pelos órgãos ou en dades dos
Art. 17. A administração pública poderá também celebrar acor- Poderes Execu vo, Legisla vo e Judiciário de todas as esferas de
do de leniência com a pessoa jurídica responsável pela prá ca de governo com base nesta Lei.
ilícitos previstos na Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, com vistas § 1º Os órgãos e en dades referidos no caput deverão infor-
à isenção ou atenuação das sanções administra vas estabelecidas mar e manter atualizados, no Cnep, os dados rela vos às sanções
em seus arts. 86 a 88. por eles aplicadas.
§ 2º O Cnep conterá, entre outras, as seguintes informações
acerca das sanções aplicadas:
I - razão social e número de inscrição da pessoa jurídica ou en-
dade no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ;
II - po de sanção; e

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III - data de aplicação e data nal da vigência do efeito limita-
dor ou impedi vo da sanção, quando for o caso. DECRETO Nº 11.129, DE 11/07/2022
§ 3º As autoridades competentes, para celebrarem acordos
de leniência previstos nesta Lei, também deverão prestar e man-
ter atualizadas no Cnep, após a efe vação do respec vo acordo, as
informações acerca do acordo de leniência celebrado, salvo se esse DECRETO Nº 11.129, DE 11 DE JULHO DE 2022
procedimento vier a causar prejuízo às inves gações e ao processo Regulamenta a Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013, que
administra vo. dispõe sobre a responsabilização administra va e civil de pesso-
§ 4º Caso a pessoa jurídica não cumpra os termos do acordo as jurídicas pela prá ca de atos contra a administração pública,
de leniência, além das informações previstas no § 3º , deverá ser nacional ou estrangeira.
incluída no Cnep referência ao respec vo descumprimento. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe
§ 5º Os registros das sanções e acordos de leniência serão ex- confere o art. 84, caput, inciso IV, da Cons tuição, e tendo em vista
cluídos depois de decorrido o prazo previamente estabelecido no o disposto na Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013,
ato sancionador ou do cumprimento integral do acordo de leniên- DECRETA:
cia e da reparação do eventual dano causado, mediante solicitação CAPÍTULO I
do órgão ou en dade sancionadora. DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 23. Os órgãos ou en dades dos Poderes Execu vo, Legisla-
Art. 1º Este Decreto regulamenta a responsabilização obje va
vo e Judiciário de todas as esferas de governo deverão informar e
administra va e civil de pessoas jurídicas pela prá ca de atos contra
manter atualizados, para ns de publicidade, no Cadastro Nacional
a administração pública, nacional ou estrangeira, de que trata a Lei
de Empresas Inidôneas e Suspensas - CEIS, de caráter público, ins-
nº 12.846, de 1º de agosto de 2013.
tuído no âmbito do Poder Execu vo federal, os dados rela vos às
§ 1º A Lei nº 12.846, de 2013, aplica-se aos atos lesivos pra -
sanções por eles aplicadas, nos termos do disposto nos arts. 87 e 88
cados:
da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993.
I - por pessoa jurídica brasileira contra administração pública
Art. 24. A multa e o perdimento de bens, direitos ou valores
estrangeira, ainda que come dos no exterior;
aplicados com fundamento nesta Lei serão des nados preferencial-
II - no todo ou em parte no território nacional ou que nele pro-
mente aos órgãos ou en dades públicas lesadas.
duzam ou possam produzir efeitos; ou
Art. 25. Prescrevem em 5 (cinco) anos as infrações previstas
III - no exterior, quando pra cados contra a administração pú-
nesta Lei, contados da data da ciência da infração ou, no caso de
blica nacional.
infração permanente ou con nuada, do dia em que ver cessado.
§ 2º São passíveis de responsabilização nos termos do disposto
Parágrafo único. Na esfera administra va ou judicial, a pres-
na Lei nº 12.846, de 2013, as pessoas jurídicas que tenham sede,
crição será interrompida com a instauração de processo que tenha
lial ou representação no território brasileiro, cons tuídas de fato
por objeto a apuração da infração.
ou de direito.
Art. 26. A pessoa jurídica será representada no processo admi-
Art. 2º A apuração da responsabilidade administra va de pes-
nistra vo na forma do seu estatuto ou contrato social.
soa jurídica, decorrente do exercício do poder sancionador da ad-
§ 1º As sociedades sem personalidade jurídica serão represen-
ministração pública, será efetuada por meio de Processo Adminis-
tadas pela pessoa a quem couber a administração de seus bens.
tra vo de Responsabilização - PAR ou de acordo de leniência.
§ 2º A pessoa jurídica estrangeira será representada pelo ge-
rente, representante ou administrador de sua lial, agência ou su- CAPÍTULO II
cursal aberta ou instalada no Brasil. DA RESPONSABILIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
Art. 27. A autoridade competente que, tendo conhecimento SEÇÃO I
das infrações previstas nesta Lei, não adotar providências para a DA INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR
apuração dos fatos será responsabilizada penal, civil e administra - Art. 3º O tular da corregedoria da en dade ou da unidade
vamente nos termos da legislação especí ca aplicável. competente, ao tomar ciência da possível ocorrência de ato lesivo à
Art. 28. Esta Lei aplica-se aos atos lesivos pra cados por pessoa administração pública federal, em sede de juízo de admissibilidade
jurídica brasileira contra a administração pública estrangeira, ainda e mediante despacho fundamentado, decidirá:
que come dos no exterior. I - pela abertura de inves gação preliminar;
Art. 29. O disposto nesta Lei não exclui as competências do II - pela recomendação de instauração de PAR; ou
Conselho Administra vo de Defesa Econômica, do Ministério da III - pela recomendação de arquivamento da matéria.
Jus ça e do Ministério da Fazenda para processar e julgar fato que § 1º A inves gação de que trata o inciso I do caput terá cará-
cons tua infração à ordem econômica. ter sigiloso e não puni vo e será des nada à apuração de indícios
Art. 30. A aplicação das sanções previstas nesta Lei não afeta de autoria e materialidade de atos lesivos à administração pública
os processos de responsabilização e aplicação de penalidades de- federal.
correntes de: § 2º A inves gação preliminar será conduzida diretamente
I - ato de improbidade administra va nos termos da Lei nº pela corregedoria da en dade ou unidade competente, na forma
8.429, de 2 de junho de 1992 ; e estabelecida em regulamento, ou por comissão composta por dois
II - atos ilícitos alcançados pela Lei nº 8.666, de 21 de junho de ou mais membros, designados entre servidores efe vos ou empre-
1993, ou outras normas de licitações e contratos da administração gados públicos.
pública, inclusive no tocante ao Regime Diferenciado de Contrata- § 3º Na inves gação preliminar, serão pra cados os atos ne-
ções Públicas - RDC ins tuído pela Lei nº 12.462, de 4 de agosto de cessários à elucidação dos fatos sob apuração, compreendidas to-
2011. das as diligências admi das em lei, notadamente:
Art. 31. Esta Lei entra em vigor 180 (cento e oitenta) dias após I - proposição à autoridade instauradora da suspensão cautelar
a data de sua publicação. dos efeitos do ato ou do processo objeto da inves gação;

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II - solicitação de atuação de especialistas com conhecimentos II - solicitará a apresentação de informações e documentos,
técnicos ou operacionais, de órgãos e en dades públicos ou de ou- nos termos estabelecidos pela Controladoria-Geral da União, que
tras organizações, para auxiliar na análise da matéria sob exame; permitam a análise do programa de integridade da pessoa jurídica.
III - solicitação de informações bancárias sobre movimentação § 2º O ato de indiciação conterá, no mínimo:
de recursos públicos, ainda que sigilosas, nesta hipótese, em sede I - a descrição clara e obje va do ato lesivo imputado à pessoa
de compar lhamento do sigilo com órgãos de controle; jurídica, com a descrição das circunstâncias relevantes;
IV - requisição, por meio da autoridade competente, do com- II - o apontamento das provas que sustentam o entendimento
par lhamento de informações tributárias da pessoa jurídica inves- da comissão pela ocorrência do ato lesivo imputado; e
gada, conforme previsto no inciso II do § 1º do art. 198 da Lei nº III - o enquadramento legal do ato lesivo imputado à pessoa
5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional; jurídica processada.
V - solicitação, ao órgão de representação judicial ou equiva- § 3º Caso a in mação prevista no caput não tenha êxito, será
lente dos órgãos ou das en dades lesadas, das medidas judiciais feita nova in mação por meio de edital publicado na imprensa o -
necessárias para a inves gação e para o processamento dos atos cial e no sí o eletrônico do órgão ou da en dade pública respon-
lesivos, inclusive de busca e apreensão, no Brasil ou no exterior; ou sável pela condução do PAR, hipótese em que o prazo para apre-
VI - solicitação de documentos ou informações a pessoas sicas sentação de defesa escrita será contado a par r da úl ma data de
ou jurídicas, de direito público ou privado, nacionais ou estrangei- publicação do edital.
ras, ou a organizações públicas internacionais. § 4º Caso a pessoa jurídica processada não apresente sua de-
§ 4º O prazo para a conclusão da inves gação preliminar não fesa escrita no prazo estabelecido no caput, contra ela correrão os
excederá cento e oitenta dias, admi da a prorrogação, mediante demais prazos, independentemente de no cação ou in mação,
ato da autoridade a que se refere o caput. podendo intervir em qualquer fase do processo, sem direito à repe-
§ 5º Ao nal da inves gação preliminar, serão enviadas à auto- ção de qualquer ato processual já pra cado.
ridade competente as peças de informação ob das, acompanhadas Art. 7º As in mações serão feitas por qualquer meio sico ou
de relatório conclusivo acerca da existência de indícios de autoria e eletrônico que assegure a certeza de ciência da pessoa jurídica pro-
materialidade de atos lesivos à administração pública federal, para cessada.
decisão sobre a instauração do PAR. § 1º Os prazos começam a correr a par r da data da cien ca-
SEÇÃO II ção o cial, excluindo-se da contagem o dia do começo e incluindo-
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DE RESPONSABILIZA -se o dia do vencimento, observado o disposto no Capítulo XVI da
ÇÃO Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999.
§ 2º Na hipótese prevista no § 4º do art. 6º, dispensam-se as
Art. 4º A competência para a instauração e para o julgamento demais in mações processuais, até que a pessoa jurídica interessa-
do PAR é da autoridade máxima da en dade em face da qual foi da se manifeste nos autos.
pra cado o ato lesivo ou, em caso de órgão da administração públi- § 3º A pessoa jurídica estrangeira poderá ser no cada e in-
ca federal direta, do respec vo Ministro de Estado. mada de todos os atos processuais, independentemente de pro-
Parágrafo único. A competência de que trata o caput será exer-
curação ou de disposição contratual ou estatutária, na pessoa do
cida de o cio ou mediante provocação e poderá ser delegada, ve- gerente, representante ou administrador de sua lial, agência, su-
dada a subdelegação. cursal, estabelecimento ou escritório instalado no Brasil.
Art. 5º No ato de instauração do PAR, a autoridade designará Art. 8º Recebida a defesa escrita, a comissão avaliará a per -
comissão, composta por dois ou mais servidores estáveis. nência de produzir as provas eventualmente requeridas pela pes-
§ 1º Em en dades da administração pública federal cujos qua-
soa jurídica processada, podendo indeferir de forma mo vada os
dros funcionais não sejam formados por servidores estatutários, a pedidos de produção de provas que sejam ilícitas, imper nentes,
comissão a que se refere o caput será composta por dois ou mais
desnecessárias, protelatórias ou intempes vas.
empregados permanentes, preferencialmente com, no mínimo, § 1º Caso sejam produzidas provas após a nota de indiciação,
três anos de tempo de serviço na en dade. a comissão poderá:
§ 2º A comissão a que se refere o caput exercerá suas a vida-
I - in mar a pessoa jurídica para se manifestar, no prazo de dez
des com imparcialidade e observará a legislação, os regulamentos e dias, sobre as novas provas juntadas aos autos, caso tais provas não
as orientações técnicas vigentes.
jus quem a alteração da nota de indiciação; ou
§ 3º Será assegurado o sigilo do PAR, sempre que necessário II - lavrar nova indiciação ou indiciação complementar, caso as
à elucidação do fato ou quando exigido pelo interesse da adminis- novas provas juntadas aos autos jus quem alterações na nota de
tração pública, garan do à pessoa jurídica processada o direito à indiciação inicial, devendo ser observado o disposto no caput do
ampla defesa e ao contraditório. art. 6º.
§ 4º O prazo para a conclusão dos trabalhos da comissão de
§ 2º Caso a pessoa jurídica apresente em sua defesa informa-
PAR não excederá cento e oitenta dias, admi da a prorrogação, me- ções e documentos referentes à existência e ao funcionamento de
diante solicitação jus cada do presidente da comissão à autorida-
programa de integridade, a comissão processante deverá examiná-
de instauradora, que decidirá de maneira fundamentada. -lo segundo os parâmetros indicados no Capítulo V, para a dosime-
Art. 6º Instaurado o PAR, a comissão avaliará os fatos e as cir- tria das sanções a serem aplicadas.
cunstâncias conhecidas e indiciará e in mará a pessoa jurídica pro-
Art. 9º A pessoa jurídica poderá acompanhar o PAR por meio
cessada para, no prazo de trinta dias, apresentar defesa escrita e de seus representantes legais ou procuradores, sendo-lhes assegu-
especi car eventuais provas que pretenda produzir.
rado amplo acesso aos autos.
§ 1º A in mação prevista no caput:
I - facultará expressamente à pessoa jurídica a possibilidade de Parágrafo único. É vedada a re rada de autos sicos da repar-
apresentar informações e provas que subsidiem a análise da comis- ção pública, sendo autorizada a obtenção de cópias, preferencial-
são de PAR no que se refere aos elementos que atenuam o valor da mente em meio digital, mediante requerimento.
multa, previstos no art. 23; e

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Art. 10. A comissão, para o devido e regular exercício de suas § 1º Concluída a apuração de que trata o caput e havendo au-
funções, poderá pra car os atos necessários à elucidação dos fatos toridades dis ntas competentes para o julgamento, o processo será
sob apuração, compreendidos todos os meios probatórios admi - encaminhado primeiramente àquela de nível mais elevado, para
dos em lei, inclusive os previstos no § 3º do art. 3º. que julgue no âmbito de sua competência, tendo precedência o jul-
Art. 11. Concluídos os trabalhos de apuração e análise, a co- gamento pelo Ministro de Estado competente.
missão elaborará relatório a respeito dos fatos apurados e da even- § 2º Para ns do disposto no caput, o chefe da unidade res-
tual responsabilidade administra va da pessoa jurídica, no qual su- ponsável no órgão ou na en dade pela gestão de licitações e con-
gerirá, de forma mo vada: tratos deve comunicar à autoridade a que se refere o caput do art.
I - as sanções a serem aplicadas, com a respec va indicação da 3º eventuais fatos que con gurem atos lesivos previstos no art. 5º
dosimetria, ou o arquivamento do processo; da Lei nº 12.846, de 2013.
II - o encaminhamento do relatório nal à autoridade compe- Art. 17. A Controladoria-Geral da União possui, no âmbito do
tente para instrução de processo administra vo especí co para Poder Execu vo federal, competência:
reparação de danos, quando houver indícios de que do ato lesivo I - concorrente para instaurar e julgar PAR; e
tenha resultado dano ao erário; II - exclusiva para avocar os processos instaurados para exame
III - o encaminhamento do relatório nal à Advocacia-Geral da de sua regularidade ou para lhes corrigir o andamento, inclusive
União, para ajuizamento da ação de que trata o art. 19 da Lei nº promovendo a aplicação da penalidade administra va cabível.
12.846, de 2013, com sugestão, de acordo com o caso concreto, § 1º A Controladoria-Geral da União poderá exercer, a qual-
da aplicação das sanções previstas naquele ar go, como retribuição quer tempo, a competência prevista no caput, se presentes quais-
complementar às do PAR ou para a prevenção de novos ilícitos; quer das seguintes circunstâncias:
IV - o encaminhamento do processo ao Ministério Público, nos I - caracterização de omissão da autoridade originariamente
termos do disposto no art. 15 da Lei nº 12.846, de 2013; e competente;
V - as condições necessárias para a concessão da reabilitação, II - inexistência de condições obje vas para sua realização no
quando cabível. órgão ou na en dade de origem;
Art. 12. Concluído o relatório nal, a comissão lavrará ata de III - complexidade, repercussão e relevância da matéria;
encerramento dos seus trabalhos, que formalizará sua descons - IV - valor dos contratos man dos pela pessoa jurídica com o
tuição, e encaminhará o PAR à autoridade instauradora, que deter- órgão ou com a en dade a ngida; ou
minará a in mação da pessoa jurídica processada do relatório nal V - apuração que envolva atos e fatos relacionados com mais de
para, querendo, manifestar-se no prazo máximo de dez dias. um órgão ou en dade da administração pública federal.
Parágrafo único. Transcorrido o prazo previsto no caput, a au- § 2º Ficam os órgãos e as en dades da administração pública
toridade instauradora determinará à corregedoria da en dade ou à obrigados a encaminhar à Controladoria-Geral da União todos os
unidade competente que analise a regularidade e o mérito do PAR. documentos e informações que lhes forem solicitados, incluídos os
Art. 13. Após a análise de regularidade e mérito, o PAR será autos originais dos processos que eventualmente estejam em cur-
encaminhado à autoridade competente para julgamento, o qual so.
será precedido de manifestação jurídica, elaborada pelo órgão de Art. 18. Compete à Controladoria-Geral da União instaurar,
assistência jurídica competente. apurar e julgar PAR pela prá ca de atos lesivos a administração pú-
Parágrafo único. Na hipótese de decisão contrária ao relatório blica estrangeira, o qual seguirá, no que couber, o rito procedimen-
da comissão, esta deverá ser fundamentada com base nas provas tal previsto neste Capítulo.
produzidas no PAR. Parágrafo único. Os órgãos e as en dades da administração
Art. 14. A decisão administra va proferida pela autoridade jul- pública federal direta e indireta deverão comunicar à Controlado-
gadora ao nal do PAR será publicada no Diário O cial da União e no ria-Geral da União os indícios da ocorrência de atos lesivos a ad-
sí o eletrônico do órgão ou da en dade pública responsável pelo ministração pública estrangeira, iden cados no exercício de suas
julgamento do PAR. atribuições, juntando à comunicação os documentos já disponíveis
Art. 15. Da decisão administra va sancionadora cabe pedido e necessários à apuração ou à comprovação dos fatos, sem prejuízo
de reconsideração com efeito suspensivo, no prazo de dez dias, con- do envio de documentação complementar, na hipótese de novas
tado da data de publicação da decisão. provas ou informações relevantes, sob pena de responsabilização. 
§ 1º A pessoa jurídica contra a qual foram impostas sanções no CAPÍTULO III
PAR e que não apresentar pedido de reconsideração deverá cumpri- DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS E DOS ENCAMINHA
-las no prazo de trinta dias, contado do m do prazo para interposi- MENTOS JUDICIAIS
ção do pedido de reconsideração.
§ 2º A autoridade julgadora terá o prazo de trinta dias para SEÇÃO I
decidir sobre a matéria alegada no pedido de reconsideração e pu- DISPOSIÇÕES GERAIS
blicar nova decisão. Art. 19. As pessoas jurídicas estão sujeitas às seguintes san-
§ 3º Man da a decisão administra va sancionadora, será con- ções administra vas, nos termos do disposto no art. 6º da Lei nº
cedido à pessoa jurídica novo prazo de trinta dias para o cumpri- 12.846, de 2013:
mento das sanções que lhe foram impostas, contado da data de I - multa; e
publicação da nova decisão. II - publicação extraordinária da decisão administra va sancio-
Art. 16. Os atos previstos como infrações administra vas à Lei nadora.
nº 14.133, de 1º de abril de 2021, ou a outras normas de licitações Parágrafo único. Caso os atos lesivos apurados envolvam infra-
e contratos da administração pública que também sejam pi ca- ções administra vas à Lei nº 14.133, de 2021, ou a outras normas
dos como atos lesivos na Lei nº 12.846, de 2013, serão apurados de licitações e contratos da administração pública e tenha ocorrido
e julgados conjuntamente, nos mesmos autos, aplicando-se o rito a apuração conjunta prevista no art. 16, a pessoa jurídica também
procedimental previsto neste Capítulo. estará sujeita a sanções administra vas que tenham como efeito a
restrição ao direito de par cipar em licitações ou de celebrar con-
tratos com a administração pública, a serem aplicadas no PAR.
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SEÇÃO II c) três por cento, no caso de o somatório dos instrumentos to-
DA MULTA talizar valor superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais);
Art. 20. A multa prevista no inciso I do caput do art. 6º da Lei d) quatro por cento, no caso de o somatório dos instrumentos
nº 12.846, de 2013, terá como base de cálculo o faturamento bruto totalizar valor superior a R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de
da pessoa jurídica no úl mo exercício anterior ao da instauração do reais); ou
PAR, excluídos os tributos. e) cinco por cento, no caso de o somatório dos instrumentos
§ 1º Os valores que cons tuirão a base de cálculo de que trata totalizar valor superior a R$ 250.000.000,00 (duzentos e cinquenta
o caput poderão ser apurados, entre outras formas, por meio de: milhões de reais).
I - compar lhamento de informações tributárias, na forma do Parágrafo único. No caso de acordo de leniência, o prazo cons-
disposto no inciso II do § 1º do art. 198 da Lei nº 5.172, de 1966 - tante do inciso V do caput será contado a par r da data de celebra-
Código Tributário Nacional; ção até cinco anos após a declaração de seu cumprimento.
II - registros contábeis produzidos ou publicados pela pessoa Art. 23. Do resultado da soma dos fatores previstos no art. 22
jurídica acusada, no Brasil ou no exterior; serão subtraídos os valores correspondentes aos seguintes percen-
III - es ma va, levando em consideração quaisquer informa- tuais da base de cálculo:
ções sobre a sua situação econômica ou o estado de seus negócios, I - até meio por cento no caso de não consumação da infração;
tais como patrimônio, capital social, número de empregados, con- II - até um por cento no caso de:
tratos, entre outras; e a) comprovação da devolução espontânea pela pessoa jurídica
IV - iden cação do montante total de recursos recebidos pela da vantagem auferida e do ressarcimento dos danos resultantes do
pessoa jurídica sem ns lucra vos no ano anterior ao da instaura- ato lesivo; ou
ção do PAR, excluídos os tributos incidentes sobre vendas. b) inexistência ou falta de comprovação de vantagem auferida
§ 2º Os fatores previstos nos art. 22 e art. 23 deste Decreto se- e de danos resultantes do ato lesivo;
rão avaliados em conjunto para os atos lesivos apurados no mesmo III - até um e meio por cento para o grau de colaboração da
PAR, devendo-se considerar, para o cálculo da multa, a consolidação pessoa jurídica com a inves gação ou a apuração do ato lesivo, in-
dos faturamentos brutos de todas as pessoas jurídicas pertencentes dependentemente do acordo de leniência;
de fato ou de direito ao mesmo grupo econômico que tenham pra- IV - até dois por cento no caso de admissão voluntária pela pes-
cado os ilícitos previstos no art. 5º da Lei nº 12.846, de 2013, ou soa jurídica da responsabilidade obje va pelo ato lesivo; e
concorrido para a sua prá ca. V - até cinco por cento no caso de comprovação de a pessoa
Art. 21. Caso a pessoa jurídica comprovadamente não tenha jurídica possuir e aplicar um programa de integridade, conforme os
do faturamento no úl mo exercício anterior ao da instauração do parâmetros estabelecidos no Capítulo V.
PAR, deve-se considerar como base de cálculo da multa o valor do Parágrafo único. Somente poderão ser atribuídos os percentu-
úl mo faturamento bruto apurado pela pessoa jurídica, excluídos ais máximos, quando observadas as seguintes condições:
os tributos incidentes sobre vendas, que terá seu valor atualizado I - na hipótese prevista na alínea “a” do inciso II do caput, quan-
até o úl mo dia do exercício anterior ao da instauração do PAR. do ocorrer a devolução integral dos valores ali referidos;
Parágrafo único. Na hipótese prevista no caput, o valor da mul- II - na hipótese prevista no inciso IV do caput, quando a admis-
ta será es pulado observando-se o intervalo de R$ 6.000,00 (seis são ocorrer antes da instauração do PAR; e
mil reais) a R$ 60.000.000,00 (sessenta milhões de reais) e o limite III - na hipótese prevista no inciso V do caput, quando o plano
mínimo da vantagem auferida, quando for possível sua es mação. de integridade for anterior à prá ca do ato lesivo.
Art. 22. O cálculo da multa se inicia com a soma dos valores Art. 24. A existência e quan cação dos fatores previstos nos
correspondentes aos seguintes percentuais da base de cálculo: art. 22 e art. 23 deverá ser apurada no PAR e evidenciada no relató-
I - até quatro por cento, havendo concurso dos atos lesivos; rio nal da comissão, o qual também conterá a es ma va, sempre
II - até três por cento para tolerância ou ciência de pessoas do que possível, dos valores da vantagem auferida e da pretendida.
corpo dire vo ou gerencial da pessoa jurídica; Art. 25. Em qualquer hipótese, o valor nal da multa terá como
III - até quatro por cento no caso de interrupção no forneci- limite:
mento de serviço público, na execução de obra contratada ou na I - mínimo, o maior valor entre o da vantagem auferida, quando
entrega de bens ou serviços essenciais à prestação de serviços pú- for possível sua es ma va, e:
blicos ou no caso de descumprimento de requisitos regulatórios; a) um décimo por cento da base de cálculo; ou
IV - um por cento para a situação econômica do infrator que b) R$ 6.000,00 (seis mil reais), na hipótese prevista no art. 21; e
apresente índices de solvência geral e de liquidez geral superiores II - máximo, o menor valor entre:
a um e lucro líquido no úl mo exercício anterior ao da instauração a) três vezes o valor da vantagem pretendida ou auferida, o que
do PAR; for maior entre os dois valores;
V - três por cento no caso de reincidência, assim de nida a b) vinte por cento do faturamento bruto do úl mo exercício
ocorrência de nova infração, idên ca ou não à anterior, pi cada anterior ao da instauração do PAR, excluídos os tributos incidentes
como ato lesivo pelo art. 5º da Lei nº 12.846, de 2013, em menos sobre vendas; ou
de cinco anos, contados da publicação do julgamento da infração c) R$ 60.000.000,00 (sessenta milhões de reais), na hipótese
anterior; e prevista no art. 21, desde que não seja possível es mar o valor da
VI - no caso de contratos, convênios, acordos, ajustes e outros vantagem auferida.
instrumentos congêneres man dos ou pretendidos com o órgão ou § 1º O limite máximo não será observado, caso o valor resul-
com as en dades lesadas, nos anos da prá ca do ato lesivo, serão tante do cálculo desse parâmetro seja inferior ao resultado calcula-
considerados os seguintes percentuais: do para o limite mínimo.
a) um por cento, no caso de o somatório dos instrumentos to- § 2º Na ausência de todos os fatores previstos nos art. 22 e art.
talizar valor superior a R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais); 23 ou quando o resultado das operações de soma e subtração for
b) dois por cento, no caso de o somatório dos instrumentos igual ou menor que zero, o valor da multa corresponderá ao limite
totalizar valor superior a R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mínimo estabelecido no caput.
mil reais);
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Art. 26. O valor da vantagem auferida ou pretendida corres- § 2º Decorrido o prazo previsto no caput sem que a multa te-
ponde ao equivalente monetário do produto do ilícito, assim enten- nha sido recolhida ou não tendo ocorrido a comprovação de seu pa-
dido como os ganhos ou os proveitos ob dos ou pretendidos pela gamento integral, o órgão ou a en dade que a aplicou encaminhará
pessoa jurídica em decorrência direta ou indireta da prá ca do ato o débito para inscrição em Dívida A va da União ou das autarquias
lesivo. e fundações públicas federais.
§ 1º O valor da vantagem auferida ou pretendida poderá ser § 3º Caso a en dade que aplicou a multa não possua Dívida
es mado mediante a aplicação, conforme o caso, das seguintes me- A va, o valor será cobrado independentemente de prévia inscrição.
todologias: § 4º A multa aplicada pela Controladoria-Geral da União em
I - pelo valor total da receita auferida em contrato administra - acordos de leniência ou nas hipóteses previstas nos art.17 e art. 18
vo e seus adi vos, deduzidos os custos lícitos que a pessoa jurídica será des nada à União e recolhida à conta única do Tesouro Nacio-
comprove serem efe vamente atribuíveis ao objeto contratado, na nal.
hipótese de atos lesivos pra cados para ns de obtenção e execu- § 5º Os acordos de leniência poderão pactuar prazo dis nto do
ção dos respec vos contratos; previsto no caput para recolhimento da multa aplicada ou de qual-
II - pelo valor total de despesas ou custos evitados, inclusive quer outra obrigação nanceira imputada à pessoa jurídica.
os de natureza tributária ou regulatória, e que seriam imputáveis à SEÇÃO V
pessoa jurídica caso não houvesse sido pra cado o ato lesivo pela DOS ENCAMINHAMENTOS JUDICIAIS
pessoa jurídica infratora; ou
III - pelo valor do lucro adicional auferido pela pessoa jurídica Art. 30. As medidas judiciais, no Brasil ou no exterior, como a
decorrente de ação ou omissão na prá ca de ato do Poder Público cobrança da multa administra va aplicada no PAR, a promoção da
que não ocorreria sem a prá ca do ato lesivo pela pessoa jurídica publicação extraordinária, a persecução das sanções previstas no
infratora. caput do art. 19 da Lei nº 12.846, de 2013 , a reparação integral dos
danos e prejuízos, além de eventual atuação judicial para a nali-
§ 2º Os valores correspondentes às vantagens indevidas pro-
me das ou pagas a agente público ou a terceiros a ele relacionados dade de instrução ou garan a do processo judicial ou preservação
do acordo de leniência, serão solicitadas ao órgão de representação
não poderão ser deduzidos do cálculo es ma vo de que trata o §
1º. judicial ou equivalente dos órgãos ou das en dades lesadas.
Art. 27. Com a assinatura do acordo de leniência, a multa apli- Art. 31. No âmbito da administração pública federal direta, in-
clusive nas hipóteses de que tratam os art. 17 e art. 18, a atuação
cável será reduzida conforme a fração nele pactuada, observado o
limite previsto no § 2º do art. 16 da Lei nº 12.846, de 2013. judicial será exercida pela Procuradoria-Geral da União, observadas
as atribuições da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional para ins-
§ 1º O valor da multa prevista no caput poderá ser inferior ao
limite mínimo previsto no art. 6º da Lei nº 12.846, de 2013. crição e cobrança de créditos da União inscritos em Dívida A va.
§ 2º No caso de a autoridade signatária declarar o descumpri- Parágrafo único. No âmbito das autarquias e das fundações
mento do acordo de leniência por falta imputável à pessoa jurídica públicas federais, a atuação judicial será exercida pela Procurado-
colaboradora, o valor integral encontrado antes da redução de que ria-Geral Federal, inclusive no que se refere à cobrança da multa
administra va aplicada no PAR, respeitadas as competências da
trata o caput será cobrado na forma do disposto na Seção IV, des-
contando-se as frações da multa eventualmente já pagas. Procuradoria-Geral do Banco Central.
SEÇÃO III CAPÍTULO IV
DA PUBLICAÇÃO EXTRAORDINÁRIA DA DECISÃO ADMI DO ACORDO DE LENIÊNCIA
NISTRATIVA SANCIONADORA Art. 32. O acordo de leniência é ato administra vo negocial
Art. 28. A pessoa jurídica sancionada administra vamente pela decorrente do exercício do poder sancionador do Estado, que visa
prá ca de atos lesivos contra a administração pública, nos termos à responsabilização de pessoas jurídicas pela prá ca de atos lesivos
da Lei nº 12.846, de 2013, publicará a decisão administra va san- contra a administração pública nacional ou estrangeira.
Parágrafo único. O acordo de leniência buscará, nos termos
cionadora na forma de extrato de sentença, cumula vamente:
I - em meio de comunicação de grande circulação, sica ou ele- da lei:
I - o incremento da capacidade inves ga va da administração
trônica, na área da prá ca da infração e de atuação da pessoa jurídi-
ca ou, na sua falta, em publicação de circulação nacional; pública;
II - em edital a xado no próprio estabelecimento ou no local II - a potencialização da capacidade estatal de recuperação de
a vos; e
de exercício da a vidade, em localidade que permita a visibilidade
pelo público, pelo prazo mínimo de trinta dias; e III - o fomento da cultura de integridade no setor privado.
Art. 33. O acordo de leniência será celebrado com as pessoas
III - em seu sí o eletrônico, pelo prazo mínimo de trinta dias e
em destaque na página principal do referido sí o. jurídicas responsáveis pela prá ca dos atos lesivos previstos na Lei
Parágrafo único. A publicação a que se refere o caput será feita nº 12.846, de 2013, e dos ilícitos administra vos previstos na Lei nº
a expensas da pessoa jurídica sancionada. 14.133, de 2021, e em outras normas de licitações e contratos, com
vistas à isenção ou à atenuação das respec vas sanções, desde que
SEÇÃO IV colaborem efe vamente com as inves gações e o PAR, devendo re-
DA COBRANÇA DA MULTA APLICADA sultar dessa colaboração:
Art. 29. A multa aplicada será integralmente recolhida pela I - a iden cação dos demais envolvidos nos ilícitos, quando
pessoa jurídica sancionada no prazo de trinta dias, observado o dis- couber; e
posto no art. 15. II - a obtenção célere de informações e documentos que com-
§ 1º Feito o recolhimento, a pessoa jurídica sancionada apre- provem a infração sob apuração.
sentará ao órgão ou à en dade que aplicou a sanção documento Art. 34. Compete à Controladoria-Geral da União celebrar
que ateste o pagamento integral do valor da multa imposta. acordos de leniência no âmbito do Poder Execu vo federal e nos
casos de atos lesivos contra a administração pública estrangeira.
Art. 35. Ato conjunto do Ministro de Estado da Controladoria-
-Geral da União e do Advogado-Geral da União:
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I - disciplinará a par cipação de membros da Advocacia-Geral § 2º A proposta poderá ser feita até a conclusão do relatório a
da União nos processos de negociação e de acompanhamento do ser elaborado no PAR.
cumprimento dos acordos de leniência; e § 3º A proposta apresentada receberá tratamento sigiloso e o
II - disporá sobre a celebração de acordos de leniência pelo Mi- acesso ao seu conteúdo será restrito no âmbito da Controladoria-
nistro de Estado da Controladoria-Geral da União conjuntamente -Geral da União.
com o Advogado-Geral da União. § 4º A proponente poderá divulgar ou compar lhar a existên-
Parágrafo único. A par cipação da Advocacia-Geral da União cia da proposta ou de seu conteúdo, desde que haja prévia anuên-
nos acordos de leniência, consideradas as condições neles estabe- cia da Controladoria-Geral da União.
lecidas e observados os termos da Lei Complementar nº 73, de 10 § 5º A análise da proposta de acordo de leniência será instru-
de fevereiro de 1993, e da Lei nº 13.140, de 26 de junho de 2015, ída em processo administra vo especí co, que conterá o registro
poderá ensejar a resolução consensual das penalidades previstas dos atos pra cados na negociação.
no art. 19 da Lei nº 12.846, de 2013. Art. 39. A proposta de celebração de acordo de leniência será
Art. 36. A Controladoria-Geral da União poderá aceitar delega- subme da à análise de juízo de admissibilidade, para veri cação da
ção para negociar, celebrar e monitorar o cumprimento de acordos existência dos elementos mínimos que jus quem o início da ne-
de leniência rela vos a atos lesivos contra outros Poderes e entes gociação.
federa vos. § 1º Admi da a proposta, será rmado memorando de enten-
Art. 37. A pessoa jurídica que pretenda celebrar acordo de le- dimentos com a pessoa jurídica proponente, de nindo os parâme-
niência deverá: tros da negociação do acordo de leniência.
I - ser a primeira a manifestar interesse em cooperar para a § 2º O memorando de entendimentos poderá ser resilido a
apuração de ato lesivo especí co, quando tal circunstância for re- qualquer momento, a pedido da pessoa jurídica proponente ou a
levante; critério da administração pública federal.
II - ter cessado completamente seu envolvimento no ato lesivo § 3º A assinatura do memorando de entendimentos:
a par r da data da propositura do acordo; I - interrompe a prescrição; e
III - admi r sua responsabilidade obje va quanto aos atos le- II - suspende a prescrição pelo prazo da negociação, limitado,
sivos; em qualquer hipótese, a trezentos e sessenta dias.
IV - cooperar plena e permanentemente com as inves gações e Art. 40. A critério da Controladoria-Geral da União, o PAR ins-
o processo administra vo e comparecer, sob suas expensas e sem- taurado em face de pessoa jurídica que esteja negociando a cele-
pre que solicitada, aos atos processuais, até o seu encerramento; bração de acordo de leniência poderá ser suspenso.
V - fornecer informações, documentos e elementos que com- Parágrafo único. A suspensão ocorrerá sem prejuízo:
provem o ato ilícito; I - da con nuidade de medidas inves ga vas necessárias para
VI - reparar integralmente a parcela incontroversa do dano cau- o esclarecimento dos fatos; e
sado; e II - da adoção de medidas processuais cautelares e assecurató-
VII - perder, em favor do ente lesado ou da União, conforme o rias indispensáveis para se evitar perecimento de direito ou garan r
caso, os valores correspondentes ao acréscimo patrimonial indevi- a instrução processual.
do ou ao enriquecimento ilícito direta ou indiretamente ob do da Art. 41. A Controladoria-Geral da União poderá avocar os autos
infração, nos termos e nos montantes de nidos na negociação. de processos administra vos em curso em outros órgãos ou en -
§ 1º Os requisitos de que tratam os incisos III e IV do caput se- dades da administração pública federal relacionados com os fatos
rão avaliados em face da boa-fé da pessoa jurídica proponente em objeto do acordo em negociação.
reportar à administração a descrição e a comprovação da integrali- Art. 42. A negociação a respeito da proposta do acordo de leni-
dade dos atos ilícitos de que tenha ou venha a ter ciência, desde o ência deverá ser concluída no prazo de cento e oitenta dias, conta-
momento da propositura do acordo até o seu total cumprimento. do da data da assinatura do memorando de entendimentos.
§ 2º A parcela incontroversa do dano de que trata o inciso VI Parágrafo único. O prazo de que trata o caput poderá ser pror-
do caput corresponde aos valores dos danos admi dos pela pessoa rogado, caso presentes circunstâncias que o exijam.
jurídica ou àqueles decorrentes de decisão de ni va no âmbito do Art. 43. A desistência da proposta de acordo de leniência ou a
devido processo administra vo ou judicial. sua rejeição não importará em reconhecimento da prá ca do ato
§ 3º Nas hipóteses em que de determinado ato ilícito decor- lesivo.
ra, simultaneamente, dano ao ente lesado e acréscimo patrimonial § 1º Não se fará divulgação da desistência ou da rejeição da
indevido à pessoa jurídica responsável pela prá ca do ato, e haja proposta do acordo de leniência, ressalvado o disposto no § 4º do
iden dade entre ambos, os valores a eles correspondentes serão: art. 38.
I - computados uma única vez para ns de quan cação do va- § 2º Na hipótese prevista no caput, a administração pública
lor a ser adimplido a par r do acordo de leniência; e federal não poderá u lizar os documentos recebidos durante o pro-
II - classi cados como ressarcimento de danos para ns contá- cesso de negociação de acordo de leniência.
beis, orçamentários e de sua des nação para o ente lesado. § 3º O disposto no § 2º não impedirá a apuração dos fatos re-
Art. 38. A proposta de celebração de acordo de leniência deve- lacionados com a proposta de acordo de leniência, quando decorrer
rá ser feita de forma escrita, oportunidade em que a pessoa jurídica de indícios ou provas autônomas que sejam ob dos ou levados ao
proponente declarará expressamente que foi orientada a respeito conhecimento da autoridade por qualquer outro meio.
de seus direitos, garan as e deveres legais e de que o não atendi- Art. 44. O acordo de leniência es pulará as condições para as-
mento às determinações e às solicitações durante a etapa de nego- segurar a efe vidade da colaboração e o resultado ú l do processo
ciação importará a desistência da proposta. e conterá as cláusulas e obrigações que, diante das circunstâncias
§ 1º A proposta deverá ser apresentada pelos representantes do caso concreto, reputem-se necessárias.
da pessoa jurídica, na forma de seu estatuto ou contrato social, ou Art. 45. O acordo de leniência conterá, entre outras disposi-
por meio de procurador com poderes especí cos para tal ato, ob- ções, cláusulas que versem sobre:
servado o disposto no art. 26 da Lei nº 12.846, de 2013. I - o compromisso de cumprimento dos requisitos previstos nos
incisos II a VII do caput do art. 37;
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II - a perda dos bene cios pactuados, em caso de descumpri- § 1º No acordo de leniência poderá ser pactuada a resolução
mento do acordo; de ações judiciais que tenham por objeto os fatos que componham
III - a natureza de tulo execu vo extrajudicial do instrumento o escopo do acordo.
do acordo, nos termos do disposto no inciso II do caput do art. 784 § 2º Os efeitos do acordo de leniência serão estendidos às pes-
da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 - Código de Processo Civil; soas jurídicas que integrarem o mesmo grupo econômico, de fato
IV - a adoção, a aplicação ou o aperfeiçoamento de programa ou de direito, desde que tenham rmado o acordo em conjunto,
de integridade, conforme os parâmetros estabelecidos no Capítulo respeitadas as condições nele estabelecidas.
V, bem como o prazo e as condições de monitoramento; Art. 51. O monitoramento das obrigações de adoção, imple-
V - o pagamento das multas aplicáveis e da parcela a que se mentação e aperfeiçoamento do programa de integridade de que
refere o inciso VI do caput do art. 37; e trata o inciso IV do caput do art. 45 será realizado, direta ou indire-
VI - a possibilidade de u lização da parcela a que se refere o tamente, pela Controladoria-Geral da União, podendo ser dispen-
inciso VI do caput do art. 37 para compensação com outros valo- sado, a depender das caracterís cas do ato lesivo, das medidas de
res porventura apurados em outros processos sancionatórios ou de remediação adotadas pela pessoa jurídica e do interesse público.
prestação de contas, quando rela vos aos mesmos fatos que com- § 1º O monitoramento a que se refere o caput será realizado,
põem o escopo do acordo. dentre outras formas, pela análise de relatórios, documentos e in-
Art. 46. A Controladoria-Geral da União poderá conduzir e jul- formações fornecidos pela pessoa jurídica, ob dos de forma inde-
gar os processos administra vos que apurem infrações administra- pendente ou por meio de reuniões, entrevistas, testes de sistemas
vas previstas na Lei nº 12.846, de 2013, na Lei nº 14.133, de 2021, e de conformidade com as polí cas e visitas técnicas.
e em outras normas de licitações e contratos, cujos fatos tenham § 2º As informações rela vas às etapas do processo de monito-
sido no ciados por meio do acordo de leniência. ramento serão publicadas em transparência a va no sí o eletrônico
Art. 47. O percentual de redução do valor da multa aplicável da Controladoria-Geral da União, respeitados os sigilos legais e o
de que trata o § 2º do art. 16 da Lei nº 12.846, de 2013, levará em interesse das inves gações.
consideração os seguintes critérios: Art. 52. Cumprido o acordo de leniência pela pessoa jurídica
I - a tempes vidade da autodenúncia e o inedi smo dos atos colaboradora, a autoridade competente declarará:
lesivos; I - o cumprimento das obrigações nele constantes;
II - a efe vidade da colaboração da pessoa jurídica; e II - a isenção das sanções previstas no inciso II do caput do art.
III - o compromisso de assumir condições relevantes para o 6º e no inciso IV do caput do art. 19 da Lei nº 12.846, de 2013, bem
cumprimento do acordo. como das demais sanções aplicáveis ao caso;
Parágrafo único. Os critérios previstos no caput serão objeto III - o cumprimento da sanção prevista no inciso I do caput do
de ato norma vo a ser editado pelo Ministro de Estado da Contro- art. 6º da Lei nº 12.846, de 2013; e
ladoria-Geral da União. IV - o atendimento dos compromissos assumidos de que tra-
Art. 48. O acesso aos documentos e às informações comercial- tam os incisos II a VII do caput do art. 37 deste Decreto.
mente sensíveis da pessoa jurídica será man do restrito durante a Art. 53. Declarada a rescisão do acordo de leniência pela au-
negociação e após a celebração do acordo de leniência. toridade competente, decorrente do seu injus cado descumpri-
§ 1º Até a celebração do acordo de leniência, a iden dade da mento:
pessoa jurídica signatária do acordo não será divulgada ao público, I - a pessoa jurídica perderá os bene cios pactuados e cará
ressalvado o disposto no § 4º do art. 38. impedida de celebrar novo acordo pelo prazo de três anos, contado
§ 2º As informações e os documentos ob dos em decorrência da data em que se tornar de ni va a decisão administra va que
da celebração de acordos de leniência poderão ser compar lhados julgar rescindido o acordo;
com outras autoridades, mediante compromisso de sua não u liza- II - haverá o vencimento antecipado das parcelas não pagas e
ção para sancionar a própria pessoa jurídica em relação aos mes- serão executados:
mos fatos objeto do acordo de leniência, ou com concordância da a) o valor integral da multa, descontando-se as frações eventu-
própria pessoa jurídica. almente já pagas; e
Art. 49. A celebração do acordo de leniência interrompe o pra- b) os valores integrais referentes aos danos, ao enriquecimento
zo prescricional da pretensão puni va em relação aos atos ilícitos indevido e a outros valores porventura pactuados no acordo, des-
objeto do acordo, nos termos do disposto no § 9º do art. 16 da Lei contando-se as frações eventualmente já pagas; e
nº 12.846, de 2013, que permanecerá suspenso até o cumprimento III - serão aplicadas as demais sanções e as consequências pre-
dos compromissos rmados no acordo ou até a sua rescisão, nos vistas nos termos dos acordos de leniência e na legislação aplicável.
termos do disposto no art. 34 da Lei nº 13.140, de 2015. Parágrafo único. O descumprimento do acordo de leniência
Art. 50. Com a celebração do acordo de leniência, serão con- será registrado pela Controladoria-Geral da União, pelo prazo de
cedidos em favor da pessoa jurídica signatária, nos termos previa- três anos, no Cadastro Nacional de Empresas Punidas - CNEP.
mente rmados no acordo, um ou mais dos seguintes efeitos: Art. 54. Excepcionalmente, as autoridades signatárias poderão
I - isenção da publicação extraordinária da decisão administra- deferir pedido de alteração ou de subs tuição de obrigações pac-
va sancionadora; tuadas no acordo de leniência, desde que presentes os seguintes
II - isenção da proibição de receber incen vos, subsídios, sub- requisitos:
venções, doações ou emprés mos de órgãos ou en dades públicos I - manutenção dos resultados e requisitos originais que funda-
e de ins tuições nanceiras públicas ou controladas pelo Poder Pú- mentaram o acordo de leniência, nos termos do disposto no art. 16
blico; da Lei nº 12.846, de 2013;
III - redução do valor nal da multa aplicável, observado o dis- II - maior vantagem para a administração, de maneira que se-
posto no art. 27; ou jam alcançadas melhores consequências para o interesse público
IV - isenção ou atenuação das sanções administra vas previs- do que a declaração de descumprimento e a rescisão do acordo;
tas no art. 156 da Lei nº 14.133, de 2021, ou em outras normas de III - imprevisão da circunstância que dá causa ao pedido de
licitações e contratos. modi cação ou à impossibilidade de cumprimento das condições
originalmente pactuadas;
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IV - boa-fé da pessoa jurídica colaboradora em comunicar a X - canais de denúncia de irregularidades, abertos e amplamen-
impossibilidade do cumprimento de uma obrigação antes do ven- te divulgados a funcionários e terceiros, e mecanismos des nados
cimento do prazo para seu adimplemento; e ao tratamento das denúncias e à proteção de denunciantes de bo-
V - higidez das garan as apresentadas no acordo. a-fé;
Parágrafo único. A análise do pedido de que trata o caput con- XI - medidas disciplinares em caso de violação do programa de
siderará o grau de adimplência da pessoa jurídica com as demais integridade;
condições pactuadas, inclusive as de adoção ou de aperfeiçoamen- XII - procedimentos que assegurem a pronta interrupção de ir-
to do programa de integridade. regularidades ou infrações detectadas e a tempes va remediação
Art. 55. Os acordos de leniência celebrados serão publicados dos danos gerados;
em transparência a va no sí o eletrônico da Controladoria-Geral da XIII - diligências apropriadas, baseadas em risco, para:
União, respeitados os sigilos legais e o interesse das inves gações. a) contratação e, conforme o caso, supervisão de terceiros, tais
como fornecedores, prestadores de serviço, agentes intermediá-
CAPÍTULO V rios, despachantes, consultores, representantes comerciais e asso-
DO PROGRAMA DE INTEGRIDADE ciados;
b) contratação e, conforme o caso, supervisão de pessoas ex-
Art. 56. Para ns do disposto neste Decreto, programa de in-
postas poli camente, bem como de seus familiares, estreitos cola-
tegridade consiste, no âmbito de uma pessoa jurídica, no conjunto
boradores e pessoas jurídicas de que par cipem; e
de mecanismos e procedimentos internos de integridade, auditoria
c) realização e supervisão de patrocínios e doações;
e incen vo à denúncia de irregularidades e na aplicação efe va de
XIV - veri cação, durante os processos de fusões, aquisições e
códigos de é ca e de conduta, polí cas e diretrizes, com obje vo
reestruturações societárias, do come mento de irregularidades ou
de:
ilícitos ou da existência de vulnerabilidades nas pessoas jurídicas
I - prevenir, detectar e sanar desvios, fraudes, irregularidades e
envolvidas; e
atos ilícitos pra cados contra a administração pública, nacional ou
XV - monitoramento con nuo do programa de integridade
estrangeira; e
visando ao seu aperfeiçoamento na prevenção, na detecção e no
II - fomentar e manter uma cultura de integridade no ambiente
combate à ocorrência dos atos lesivos previstos no art. 5º da Lei nº
organizacional.
12.846, de 2013.
Parágrafo único. O programa de integridade deve ser estrutu-
§ 1º Na avaliação dos parâmetros de que trata o caput, serão
rado, aplicado e atualizado de acordo com as caracterís cas e os
considerados o porte e as especi cidades da pessoa jurídica, por
riscos atuais das a vidades de cada pessoa jurídica, a qual, por sua
meio de aspectos como:
vez, deve garan r o constante aprimoramento e a adaptação do re-
I - a quan dade de funcionários, empregados e colaboradores;
ferido programa, visando garan r sua efe vidade.
II - o faturamento, levando ainda em consideração o fato de
Art. 57. Para ns do disposto no inciso VIII do caput do art. 7º
ser quali cada como microempresa ou empresa de pequeno porte;
da Lei nº 12.846, de 2013, o programa de integridade será avaliado,
III - a estrutura de governança corpora va e a complexidade de
quanto a sua existência e aplicação, de acordo com os seguintes
unidades internas, tais como departamentos, diretorias ou setores,
parâmetros:
ou da estruturação de grupo econômico;
I - comprome mento da alta direção da pessoa jurídica, inclu-
IV - a u lização de agentes intermediários, como consultores
ídos os conselhos, evidenciado pelo apoio visível e inequívoco ao
ou representantes comerciais;
programa, bem como pela des nação de recursos adequados;
V - o setor do mercado em que atua;
II - padrões de conduta, código de é ca, polí cas e procedi-
VI - os países em que atua, direta ou indiretamente;
mentos de integridade, aplicáveis a todos os empregados e admi-
VII - o grau de interação com o setor público e a importância
nistradores, independentemente do cargo ou da função exercida;
de contratações, inves mentos e subsídios públicos, autorizações,
III - padrões de conduta, código de é ca e polí cas de integri-
licenças e permissões governamentais em suas operações; e
dade estendidas, quando necessário, a terceiros, tais como fornece-
VIII - a quan dade e a localização das pessoas jurídicas que in-
dores, prestadores de serviço, agentes intermediários e associados;
tegram o grupo econômico.
IV - treinamentos e ações de comunicação periódicos sobre o
§ 2º A efe vidade do programa de integridade em relação ao
programa de integridade;
ato lesivo objeto de apuração será considerada para ns da avalia-
V - gestão adequada de riscos, incluindo sua análise e reavalia-
ção de que trata o caput.
ção periódica, para a realização de adaptações necessárias ao pro-
grama de integridade e a alocação e ciente de recursos; CAPÍTULO VI
VI - registros contábeis que re itam de forma completa e preci-
DO CADASTRO NACIONAL DE EMPRESAS INIDÔNEAS E
sa as transações da pessoa jurídica;
SUSPENSAS E DO CADASTRO NACIONAL DE EMPRESAS PUNI
VII - controles internos que assegurem a pronta elaboração e a
DAS
con abilidade de relatórios e demonstrações nanceiras da pessoa
jurídica; Art. 58. O Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspen-
VIII - procedimentos especí cos para prevenir fraudes e ilícitos sas - CEIS conterá informações referentes às sanções administra -
no âmbito de processos licitatórios, na execução de contratos admi- vas impostas a pessoas sicas ou jurídicas que impliquem restrição
nistra vos ou em qualquer interação com o setor público, ainda que ao direito de par cipar de licitações ou de celebrar contratos com a
intermediada por terceiros, como pagamento de tributos, sujeição administração pública de qualquer esfera federa va, entre as quais:
a scalizações ou obtenção de autorizações, licenças, permissões e I - suspensão temporária de par cipação em licitação e impedi-
cer dões; mento de contratar com a administração pública, conforme dispos-
IX - independência, estrutura e autoridade da instância interna to no inciso III do caput do art. 87 da Lei nº 8.666, de 21 de junho
responsável pela aplicação do programa de integridade e pela sca- de 1993;
lização de seu cumprimento;

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II - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Art. 62. A exclusão dos dados e das informações constantes do
administração pública, conforme disposto no inciso IV do caput do CEIS ou do CNEP se dará:
art. 87 da Lei nº 8.666, de 1993, e no inciso IV do caput do art. 156 I - com o m do prazo do efeito limitador ou impedi vo da san-
da Lei nº 14.133, de 2021; ção ou depois de decorrido o prazo previamente estabelecido no
III - impedimento de licitar e contratar com a União, os Estados, ato sancionador; ou
o Distrito Federal ou os Municípios, conforme disposto no art. 7º da II - mediante requerimento da pessoa jurídica interessada,
Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002, no art. 47 da Lei nº 12.462, após cumpridos os seguintes requisitos, quando aplicáveis:
de 4 de agosto de 2011, e no inciso III do caput do art. 156 da Lei nº a) publicação da decisão de reabilitação da pessoa jurídica san-
14.133, de 2021; cionada;
IV - suspensão temporária de par cipação em licitação e im- b) cumprimento integral do acordo de leniência;
pedimento de contratar com a administração pública, conforme c) reparação do dano causado;
disposto no inciso IV do caput do art. 33 da Lei nº 12.527, de 18 de d) quitação da multa aplicada; e
novembro de 2011; e) cumprimento da pena de publicação extraordinária da deci-
V - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a são administra va sancionadora.
administração pública, conforme disposto no inciso V do caput do Art. 63. O fornecimento dos dados e das informações de que
art. 33 da Lei nº 12.527, de 2011; trata este Capítulo pelos órgãos e pelas en dades dos Poderes Exe-
VI - declaração de inidoneidade para par cipar de licitação com cu vo, Legisla vo e Judiciário de cada uma das esferas de governo
a administração pública federal, conforme disposto no art. 46 da Lei será disciplinado pela Controladoria-Geral da União.
nº 8.443, de 16 de julho de 1992; Parágrafo único. O registro e a exclusão dos registros no CEIS
VII - proibição de contratar com o Poder Público, conforme dis- e no CNEP são de competência e responsabilidade do órgão ou da
posto no art. 12 da Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992; en dade sancionadora.
VIII - proibição de contratar e par cipar de licitações com o Po-
der Público, conforme disposto no art. 10 da Lei nº 9.605, de 12 de CAPÍTULO VII
fevereiro de 1998; e DISPOSIÇÕES FINAIS
IX - declaração de inidoneidade, conforme disposto no inciso V
do caput do art. 78-A combinado com o art. 78-I da Lei nº 10.233, Art. 64. As informações referentes ao PAR instaurado no âm-
de 5 de junho de 2001. bito dos órgãos e das en dades do Poder Execu vo federal serão
Parágrafo único. Poderão ser registradas no CEIS outras san- registradas no sistema de gerenciamento eletrônico de processos
ções que impliquem restrição ao direito de par cipar em licitações administra vos sancionadores man do pela Controladoria-Geral
ou de celebrar contratos com a administração pública, ainda que da União, conforme ato do Ministro de Estado da Controladoria-
não sejam de natureza administra va. -Geral da União.
Art. 59. O CNEP conterá informações referentes: Art. 65. Os órgãos e as en dades da administração pública, no
I - às sanções impostas com fundamento na Lei nº 12.846, de exercício de suas competências regulatórias, disporão sobre os efei-
2013; e tos da Lei nº 12.846, de 2013, no âmbito das a vidades reguladas,
II - ao descumprimento de acordo de leniência celebrado com inclusive no caso de proposta e celebração de acordo de leniência.
fundamento na Lei nº 12.846, de 2013. Art. 66. O processamento do PAR ou a negociação de acordo
Parágrafo único. As informações sobre os acordos de leniên- de leniência não interfere no seguimento regular dos processos ad-
cia celebrados com fundamento na Lei nº 12.846, de 2013, serão ministra vos especí cos para apuração da ocorrência de danos e
registradas em relação especí ca no CNEP, após a celebração do prejuízos à administração pública federal resultantes de ato lesivo
acordo, exceto se sua divulgação causar prejuízos às inves gações come do por pessoa jurídica, com ou sem a par cipação de agente
ou ao processo administra vo. público.
Art. 60. Constarão do CEIS e do CNEP, sem prejuízo de outros Art. 67. Compete ao Ministro de Estado da Controladoria-Ge-
a serem estabelecidos pela Controladoria-Geral da União, dados e ral da União editar orientações, normas e procedimentos comple-
informações referentes a: mentares para a execução deste Decreto, notadamente no que diz
I - nome ou razão social da pessoa sica ou jurídica sancionada; respeito a:
II - número de inscrição da pessoa jurídica no Cadastro Nacio- I - xação da metodologia para a apuração do faturamento bru-
nal da Pessoa Jurídica - CNPJ ou da pessoa sica no Cadastro de to e dos tributos a serem excluídos para ns de cálculo da multa a
Pessoas Físicas - CPF; que se refere o art. 6º da Lei nº 12.846, de 2013;
III - po de sanção; II - forma e regras para o cumprimento da publicação extraordi-
IV - fundamentação legal da sanção; nária da decisão administra va sancionadora;
V - número do processo no qual foi fundamentada a sanção; III - avaliação do programa de integridade, inclusive sobre a for-
VI - data de início de vigência do efeito limitador ou impedi vo ma de avaliação simpli cada no caso de microempresas e empresas
da sanção ou data de aplicação da sanção; de pequeno porte; e
VII - data nal do efeito limitador ou impedi vo da sanção, IV - gestão e registro dos procedimentos e sanções aplicadas
quando couber; em face de pessoas jurídicas e entes privados.
VIII - nome do órgão ou da en dade sancionadora; Art. 68. O Ministério da Jus ça e Segurança Pública, a Advoca-
IX - valor da multa, quando couber; e cia-Geral da União e a Controladoria-Geral da União:
X - escopo de abrangência da sanção, quando couber. I - estabelecerão canais de comunicação ins tucional:
Art. 61. Os registros no CEIS e no CNEP deverão ser realizados a) para o encaminhamento de informações referentes à prá ca
imediatamente após o transcurso do prazo para apresentação do de atos lesivos contra a administração pública nacional ou estran-
pedido de reconsideração ou recurso cabível ou da publicação de geira ou derivadas de acordos de colaboração premiada e acordos
sua decisão nal, quando lhe for atribuído efeito suspensivo pela de leniência; e
autoridade competente. b) para a cooperação jurídica internacional e recuperação de
a vos; e

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II - poderão, por meio de acordos de colaboração técnica, ar- I - conglomerado prudencial; e
cular medidas para o enfrentamento da corrupção e de delitos II - sistema coopera vo de crédito.
conexos. § 3º As ins tuições que não cons tuírem polí ca de seguran-
Art. 69. As disposições deste Decreto se aplicam imediatamen- ça ciberné ca própria em decorrência do disposto no § 2º devem
te aos processos em curso, resguardados os atos pra cados antes formalizar a opção por essa faculdade em reunião do conselho de
de sua vigência. administração ou, na sua inexistência, da diretoria da ins tuição.
Art. 70. Fica revogado o Decreto nº 8.420, de 18 de março de Art. 3º A polí ca de segurança ciberné ca deve contemplar, no
2015. mínimo:
Art. 71. Este Decreto entra em vigor em 18 de julho de 2022. I - os obje vos de segurança ciberné ca da ins tuição;
Brasília, 11 de julho de 2022; 201º da Independência e 134º da II - os procedimentos e os controles adotados para reduzir a
República. vulnerabilidade da ins tuição a incidentes e atender aos demais ob-
je vos de segurança ciberné ca;
III - os controles especí cos, incluindo os voltados para a ras-
SEGURANÇA CIBERNÉTICA: RESOLUÇÃO CMN Nº 4.893, DE
treabilidade da informação, que busquem garan r a segurança das
26/02/2021
informações sensíveis;
IV - o registro, a análise da causa e do impacto, bem como o
RESOLUÇÃO CMN Nº 4.893, DE 26 DE FEVEREIRO DE 2021 controle dos efeitos de incidentes relevantes para as a vidades da
ins tuição;
Dispõe sobre a polí ca de segurança ciberné ca e sobre os
V - as diretrizes para:
requisitos para a contratação de serviços de processamento e
a) a elaboração de cenários de incidentes considerados nos tes-
armazenamento de dados e de computação em nuvem a serem
tes de con nuidade de negócios;
observados pelas ins tuições autorizadas a funcionar pelo Banco
b) a de nição de procedimentos e de controles voltados à pre-
Central do Brasil.
venção e ao tratamento dos incidentes a serem adotados por em-
O Banco Central do Brasil, na forma do art. 9º da Lei nº 4.595, presas prestadoras de serviços a terceiros que manuseiem dados ou
de 31 de dezembro de 1964, torna público que o Conselho Monetá- informações sensíveis ou que sejam relevantes para a condução das
rio Nacional, em sessão realizada em 25 de fevereiro de 2021, com a vidades operacionais da ins tuição;
base nos arts. 4º, inciso VIII, da referida Lei, 9º da Lei nº 4.728, de c) a classi cação dos dados e das informações quanto à rele-
14 de julho de 1965, 7º e 23, alínea “a”, da Lei nº 6.099, de 12 de vância; e
setembro de 1974, 1º, inciso II, da Lei nº 10.194, de 14 de fevereiro d) a de nição dos parâmetros a serem u lizados na avaliação
de 2001, e 1º, § 1º, da Lei Complementar nº 130, de 17 de abril de da relevância dos incidentes;
2009, resolve: VI - os mecanismos para disseminação da cultura de segurança
CAPÍTULO I ciberné ca na ins tuição, incluindo:
a) a implementação de programas de capacitação e de avalia-
DO OBJETO E DO ÂMBITO DE APLICAÇÃO
ção periódica de pessoal;
Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre a polí ca de segurança ci- b) a prestação de informações a clientes e usuários sobre pre-
berné ca e sobre os requisitos para a contratação de serviços de cauções na u lização de produtos e serviços nanceiros; e
processamento e armazenamento de dados e de computação em c) o comprome mento da alta administração com a melhoria
nuvem a serem observados pelas ins tuições autorizadas a funcio- con nua dos procedimentos relacionados com a segurança ciber-
nar pelo Banco Central do Brasil. né ca; e
Parágrafo único. O disposto nesta Resolução não se aplica às VII - as inicia vas para compar lhamento de informações sobre
ins tuições de pagamento, que devem observar a regulamentação os incidentes relevantes, mencionados no inciso IV, com as demais
emanada do Banco Central do Brasil, no exercício de suas atribui- ins tuições referidas no art. 1º.
ções legais. § 1º Na de nição dos obje vos de segurança ciberné ca re-
feridos no inciso I do caput, deve ser contemplada a capacidade
CAPÍTULO II da ins tuição para prevenir, detectar e reduzir a vulnerabilidade a
DA POLÍTICA DE SEGURANÇA CIBERNÉTICA incidentes relacionados com o ambiente ciberné co.
SEÇÃO I § 2º Os procedimentos e os controles de que trata o inciso II do
caput devem abranger, no mínimo, a auten cação, a criptogra a, a
DA IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA DE SEGURANÇA CI prevenção e a detecção de intrusão, a prevenção de vazamento de
BERNÉTICA informações, a realização periódica de testes e varreduras para de-
Art. 2º As ins tuições referidas no art. 1º devem implementar tecção de vulnerabilidades, a proteção contra so wares maliciosos,
e manter polí ca de segurança ciberné ca formulada com base em o estabelecimento de mecanismos de rastreabilidade, os controles
princípios e diretrizes que busquem assegurar a con dencialidade, de acesso e de segmentação da rede de computadores e a manu-
a integridade e a disponibilidade dos dados e dos sistemas de infor- tenção de cópias de segurança dos dados e das informações.
mação u lizados. § 3º Os procedimentos e os controles citados no inciso II do
§ 1º A polí ca mencionada no caput deve ser compa vel com: caput devem ser aplicados, inclusive, no desenvolvimento de siste-
I - o porte, o per l de risco e o modelo de negócio da ins tui- mas de informação seguros e na adoção de novas tecnologias em-
ção; pregadas nas a vidades da ins tuição.
II - a natureza das operações e a complexidade dos produtos, § 4º O registro, a análise da causa e do impacto, bem como o
serviços, a vidades e processos da ins tuição; e controle dos efeitos de incidentes, citados no inciso IV do caput,
III - a sensibilidade dos dados e das informações sob responsa- devem abranger inclusive informações recebidas de empresas pres-
bilidade da ins tuição. tadoras de serviços a terceiros.
§ 2º Admite-se a adoção de polí ca de segurança ciberné ca
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§ 5º As diretrizes de que trata o inciso V, alínea “b”, do caput, Art. 10. A polí ca de segurança ciberné ca e o plano de ação e
devem contemplar procedimentos e controles em níveis de com- de resposta a incidentes devem ser documentados e revisados, no
plexidade, abrangência e precisão compa veis com os u lizados mínimo, anualmente.
pela própria ins tuição.
CAPÍTULO III
SEÇÃO II
DA CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE PROCESSAMENTO E
DA DIVULGAÇÃO DA POLÍTICA DE SEGURANÇA CIBERNÉ ARMAZENAMENTO DE DADOS E DE COMPUTAÇÃO EM NU
TICA VEM
Art. 4º A polí ca de segurança ciberné ca deve ser divulgada
aos funcionários da ins tuição e às empresas prestadoras de servi- Art. 11. As ins tuições referidas no art. 1º devem assegurar
ços a terceiros, mediante linguagem clara, acessível e em nível de que suas polí cas, estratégias e estruturas para gerenciamento de
detalhamento compa vel com as funções desempenhadas e com a riscos previstas na regulamentação em vigor, especi camente no
sensibilidade das informações. tocante aos critérios de decisão quanto à terceirização de serviços,
Art. 5º As ins tuições devem divulgar ao público resumo con- contemplem a contratação de serviços relevantes de processamen-
tendo as linhas gerais da polí ca de segurança ciberné ca. to e armazenamento de dados e de computação em nuvem, no País
ou no exterior.
SEÇÃO III Art. 12. As ins tuições mencionadas no art. 1º, previamente à
contratação de serviços relevantes de processamento e armazena-
DO PLANO DE AÇÃO E DE RESPOSTA A INCIDENTES mento de dados e de computação em nuvem, devem adotar proce-
dimentos que contemplem:
Art. 6º As ins tuições referidas no art. 1º devem estabelecer I - a adoção de prá cas de governança corpora va e de gestão
plano de ação e de resposta a incidentes visando à implementação proporcionais à relevância do serviço a ser contratado e aos riscos a
da polí ca de segurança ciberné ca. que estejam expostas; e
Parágrafo único. O plano mencionado no caput deve abranger, II - a veri cação da capacidade do potencial prestador de ser-
no mínimo: viço de assegurar:
I - as ações a serem desenvolvidas pela ins tuição para ade- a) o cumprimento da legislação e da regulamentação em vigor;
quar suas estruturas organizacional e operacional aos princípios e b) o acesso da ins tuição aos dados e às informações a serem
às diretrizes da polí ca de segurança ciberné ca; processados ou armazenados pelo prestador de serviço;
II - as ro nas, os procedimentos, os controles e as tecnologias a c) a con dencialidade, a integridade, a disponibilidade e a recu-
serem u lizados na prevenção e na resposta a incidentes, em con- peração dos dados e das informações processados ou armazenados
formidade com as diretrizes da polí ca de segurança ciberné ca; e pelo prestador de serviço;
III - a área responsável pelo registro e controle dos efeitos de d) a sua aderência a cer cações exigidas pela ins tuição para
incidentes relevantes. a prestação do serviço a ser contratado;
Art. 7º As ins tuições referidas no art. 1º devem designar dire- e) o acesso da ins tuição contratante aos relatórios elaborados
tor responsável pela polí ca de segurança ciberné ca e pela execu- por empresa de auditoria especializada independente contratada
ção do plano de ação e de resposta a incidentes. pelo prestador de serviço, rela vos aos procedimentos e aos con-
Parágrafo único. O diretor mencionado no caput pode desem- troles u lizados na prestação dos serviços a serem contratados;
penhar outras funções na ins tuição, desde que não haja con ito f) o provimento de informações e de recursos de gestão ade-
de interesses. quados ao monitoramento dos serviços a serem prestados;
Art. 8º As ins tuições referidas no art. 1º devem elaborar rela- g) a iden cação e a segregação dos dados dos clientes da ins-
tório anual sobre a implementação do plano de ação e de resposta tuição por meio de controles sicos ou lógicos; e
a incidentes, mencionado no art. 6º, com data-base de 31 de de- h) a qualidade dos controles de acesso voltados à proteção dos
zembro. dados e das informações dos clientes da ins tuição.
§ 1º O relatório de que trata o caput deve abordar, no mínimo: § 1º Na avaliação da relevância do serviço a ser contratado,
I - a efe vidade da implementação das ações descritas no art. mencionada no inciso I do caput, a ins tuição contratante deve
6º, parágrafo único, inciso I; considerar a cri cidade do serviço e a sensibilidade dos dados e
II - o resumo dos resultados ob dos na implementação das ro- das informações a serem processados, armazenados e gerenciados
nas, dos procedimentos, dos controles e das tecnologias a serem pelo contratado, levando em conta, inclusive, a classi cação realiza-
u lizados na prevenção e na resposta a incidentes descritos no art. da nos termos do art. 3º, inciso V, alínea “c”.
6º, parágrafo único, inciso II; § 2º Os procedimentos de que trata o caput, inclusive as infor-
III - os incidentes relevantes relacionados com o ambiente ci- mações rela vas à veri cação mencionada no inciso II, devem ser
berné co ocorridos no período; e documentados.
IV - os resultados dos testes de con nuidade de negócios, con- § 3º No caso da execução de aplica vos por meio da internet,
siderando cenários de indisponibilidade ocasionada por incidentes. referidos no inciso III do art. 13, a ins tuição deve assegurar que o
§ 2º O relatório mencionado no caput deve ser: potencial prestador dos serviços adote controles que mi guem os
I - subme do ao comitê de risco, quando existente; e efeitos de eventuais vulnerabilidades na liberação de novas versões
II - apresentado ao conselho de administração ou, na sua ine- do aplica vo.
xistência, à diretoria da ins tuição até 31 de março do ano seguinte § 4º A ins tuição deve possuir recursos e competências neces-
ao da data-base. sários para a adequada gestão dos serviços a serem contratados,
Art. 9º A polí ca de segurança ciberné ca referida no art. 2º e inclusive para análise de informações e uso de recursos providos
o plano de ação e de resposta a incidentes mencionado no art. 6º nos termos da alínea “f” do inciso II do caput.
devem ser aprovados pelo conselho de administração ou, na sua
inexistência, pela diretoria da ins tuição.

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Art. 13. Para os ns do disposto nesta Resolução, os serviços § 2º Para atendimento aos incisos II e III do caput, as ins tuições
de computação em nuvem abrangem a disponibilidade à ins tuição deverão assegurar que a legislação e a regulamentação nos países
contratante, sob demanda e de maneira virtual, de ao menos um e nas regiões em cada país onde os serviços poderão ser prestados
dos seguintes serviços: não restringem nem impedem o acesso das ins tuições contratan-
I - processamento de dados, armazenamento de dados, infra- tes e do Banco Central do Brasil aos dados e às informações.
estrutura de redes e outros recursos computacionais que permitam § 3º A comprovação do atendimento aos requisitos de que tra-
à ins tuição contratante implantar ou executar so wares, que po- tam os incisos I a IV do caput e o cumprimento da exigência de que
dem incluir sistemas operacionais e aplica vos desenvolvidos pela trata o § 2º devem ser documentados.
ins tuição ou por ela adquiridos; Art. 17. Os contratos para prestação de serviços relevantes de
II - implantação ou execução de aplica vos desenvolvidos pela processamento, armazenamento de dados e computação em nu-
ins tuição contratante, ou por ela adquiridos, u lizando recursos vem devem prever:
computacionais do prestador de serviços; ou I - a indicação dos países e da região em cada país onde os ser-
III - execução, por meio da internet, de aplica vos implantados viços poderão ser prestados e os dados poderão ser armazenados,
ou desenvolvidos pelo prestador de serviço, com a u lização de re- processados e gerenciados;
cursos computacionais do próprio prestador de serviços. II - a adoção de medidas de segurança para a transmissão e
Art. 14. A ins tuição contratante dos serviços mencionados no armazenamento dos dados citados no inciso I do caput;
art. 12 é responsável pela con abilidade, pela integridade, pela dis- III - a manutenção, enquanto o contrato es ver vigente, da se-
ponibilidade, pela segurança e pelo sigilo em relação aos serviços gregação dos dados e dos controles de acesso para proteção das
contratados, bem como pelo cumprimento da legislação e da regu- informações dos clientes;
lamentação em vigor. IV - a obrigatoriedade, em caso de ex nção do contrato, de:
Art. 15. A contratação de serviços relevantes de processamen- a) transferência dos dados citados no inciso I do caput ao novo
to, armazenamento de dados e de computação em nuvem deve ser prestador de serviços ou à ins tuição contratante; e
comunicada pelas ins tuições referidas no art. 1º ao Banco Central b) exclusão dos dados citados no inciso I do caput pela empresa
do Brasil. contratada subs tuída, após a transferência dos dados prevista na
§ 1º A comunicação mencionada no caput deve conter as se- alínea “a” e a con rmação da integridade e da disponibilidade dos
guintes informações: dados recebidos;
I - a denominação da empresa contratada; V - o acesso da ins tuição contratante a:
II - os serviços relevantes contratados; e a) informações fornecidas pela empresa contratada, visando a
III - a indicação dos países e das regiões em cada país onde os veri car o cumprimento do disposto nos incisos I a III do caput;
serviços poderão ser prestados e os dados poderão ser armazena- b) informações rela vas às cer cações e aos relatórios de au-
dos, processados e gerenciados, de nida nos termos do inciso III do ditoria especializada, citados no art. 12, inciso II, alíneas “d” e “e”; e
art. 16, no caso de contratação no exterior. c) informações e recursos de gestão adequados ao monitora-
§ 2º A comunicação de que trata o caput deve ser realizada até mento dos serviços a serem prestados, citados no art. 12, inciso II,
dez dias após a contratação dos serviços. alínea “f”;
§ 3º As alterações contratuais que impliquem modi cação das VI - a obrigação de a empresa contratada no car a ins tuição
informações de que trata o § 1º devem ser comunicadas ao Banco contratante sobre a subcontratação de serviços relevantes para a
Central do Brasil até dez dias após a alteração contratual. ins tuição;
Art. 16. A contratação de serviços relevantes de processamen- VII - a permissão de acesso do Banco Central do Brasil aos con-
to, armazenamento de dados e de computação em nuvem presta- tratos e aos acordos rmados para a prestação de serviços, à docu-
dos no exterior deve observar os seguintes requisitos: mentação e às informações referentes aos serviços prestados, aos
I - a existência de convênio para troca de informações entre o dados armazenados e às informações sobre seus processamentos,
Banco Central do Brasil e as autoridades supervisoras dos países às cópias de segurança dos dados e das informações, bem como aos
onde os serviços poderão ser prestados; códigos de acesso aos dados e às informações;
II - a ins tuição contratante deve assegurar que a prestação dos VIII - a adoção de medidas pela ins tuição contratante, em de-
serviços referidos no caput não cause prejuízos ao seu regular fun- corrência de determinação do Banco Central do Brasil; e
cionamento nem embaraço à atuação do Banco Central do Brasil; IX - a obrigação de a empresa contratada manter a ins tuição
III - a ins tuição contratante deve de nir, previamente à con- contratante permanentemente informada sobre eventuais limita-
tratação, os países e as regiões em cada país onde os serviços po- ções que possam afetar a prestação dos serviços ou o cumprimento
derão ser prestados e os dados poderão ser armazenados, proces- da legislação e da regulamentação em vigor.
sados e gerenciados; e Parágrafo único. Os contratos mencionados no caput devem
IV - a ins tuição contratante deve prever alterna vas para a prever, para o caso da decretação de regime de resolução da ins -
con nuidade dos negócios, no caso de impossibilidade de manu- tuição contratante pelo Banco Central do Brasil:
tenção ou ex nção do contrato de prestação de serviços. I - a obrigação de a empresa contratada conceder pleno e ir-
§ 1º No caso de inexistência de convênio nos termos do inciso restrito acesso do responsável pelo regime de resolução aos con-
I do caput, a ins tuição contratante deverá solicitar autorização do tratos, aos acordos, à documentação e às informações referentes
Banco Central do Brasil para: aos serviços prestados, aos dados armazenados e às informações
I - a contratação do serviço, no prazo mínimo de sessenta dias sobre seus processamentos, às cópias de segurança dos dados e das
antes da contratação, observado o disposto no art. 15, § 1º, desta informações, bem como aos códigos de acesso citados no inciso VII
Resolução; e do caput que estejam em poder da empresa contratada; e
II - as alterações contratuais que impliquem modi cação das in- II - a obrigação de no cação prévia do responsável pelo re-
formações de que trata o art. 15, § 1º, observando o prazo mínimo gime de resolução sobre a intenção de a empresa contratada in-
de sessenta dias antes da alteração contratual. terromper a prestação de serviços, com pelo menos trinta dias de
antecedência da data prevista para a interrupção, observado que:

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a) a empresa contratada obriga-se a aceitar eventual pedido § 1º O compar lhamento de que trata o caput deve abranger
de prazo adicional de trinta dias para a interrupção do serviço, feito informações sobre incidentes relevantes recebidas de empresas
pelo responsável pelo regime de resolução; e prestadoras de serviços a terceiros.
b) a no cação prévia deverá ocorrer também na situação em § 2º As informações compar lhadas devem estar disponíveis
que a interrupção for mo vada por inadimplência da contratante. ao Banco Central do Brasil.
Art. 18. O disposto nos arts. 11 a 17 não se aplica à contratação
de sistemas operados por câmaras, por prestadores de serviços de CAPÍTULO V
compensação e de liquidação ou por en dades que exerçam a vi- DISPOSIÇÕES FINAIS
dades de registro ou de depósito centralizado.
Art. 23. Devem car à disposição do Banco Central do Brasil
CAPÍTULO IV pelo prazo de cinco anos:
DISPOSIÇÕES GERAIS I - o documento rela vo à polí ca de segurança ciberné ca, de
que trata o art. 2º;
Art. 19. As ins tuições referidas no art. 1º devem assegurar que II - a ata de reunião do conselho de administração ou, na sua
suas polí cas para gerenciamento de riscos previstas na regulamen- inexistência, da diretoria da ins tuição, no caso de ser formalizada
tação em vigor disponham, no tocante à con nuidade de negócios, a opção de que trata o art. 2º, § 2º;
sobre: III - o documento rela vo ao plano de ação e de resposta a inci-
I - o tratamento dos incidentes relevantes relacionados com o dentes, de que trata o art. 6º;
ambiente ciberné co de que trata o art. 3º, inciso IV; IV - o relatório anual, de que trata o art. 8º;
II - os procedimentos a serem seguidos no caso da interrupção V - a documentação sobre os procedimentos de que trata o art.
de serviços relevantes de processamento e armazenamento de da- 12, § 2º;
dos e de computação em nuvem contratados, abrangendo cenários VI - a documentação de que trata o art. 16, § 3º, no caso de
que considerem a subs tuição da empresa contratada e o reestabe- serviços prestados no exterior;
lecimento da operação normal da ins tuição; e VII - os contratos de que trata o art. 17, contado o prazo referi-
III - os cenários de incidentes considerados nos testes de con - do no caput a par r da ex nção do contrato;
nuidade de negócios de que trata o art. 3º, inciso V, alínea “a”. VIII - os dados, os registros e as informações rela vas aos me-
Art. 20. Os procedimentos adotados pelas ins tuições para ge- canismos de acompanhamento e de controle de que trata o art. 21,
renciamento de riscos previstos na regulamentação em vigor de- contado o prazo referido no caput a par r da implementação dos
vem contemplar, no tocante à con nuidade de negócios: citados mecanismos; e
I - o tratamento previsto para mi gar os efeitos dos incidentes IX - a documentação com os critérios que con gurem uma situ-
relevantes de que trata o inciso IV do art. 3º e da interrupção dos ação de crise de que trata o art. 20, Parágrafo único.
serviços relevantes de processamento, armazenamento de dados e Art. 24. O Banco Central do Brasil poderá adotar as medidas
de computação em nuvem contratados; necessárias para cumprimento do disposto nesta Resolução, bem
II - o prazo es pulado para reinício ou normalização das suas como estabelecer:
a vidades ou dos serviços relevantes interrompidos, citados no in- I - os requisitos e os procedimentos para o compar lhamento
ciso I do caput; e de informações, nos termos do art. 22;
III - a comunicação tempes va ao Banco Central do Brasil das II - a exigência de cer cações e outros requisitos técnicos a
ocorrências de incidentes relevantes e das interrupções dos ser- serem requeridos das empresas contratadas, pela ins tuição nan-
viços relevantes citados no inciso I do caput que con gurem uma ceira contratante, na prestação dos serviços de que trata o art. 12;
situação de crise pela ins tuição nanceira, bem como das provi- III - os prazos máximos de que trata o art. 20, inciso II para rei-
dências para o reinício das suas a vidades. nício ou normalização das a vidades ou dos serviços relevantes in-
Parágrafo único. As ins tuições devem estabelecer e documen- terrompidos; e
tar os critérios que con gurem uma situação de crise de que trata IV - os requisitos técnicos e procedimentos operacionais a se-
o inciso III do caput. rem observados pelas ins tuições para o cumprimento desta Re-
Art. 21. As ins tuições de que trata o art. 1º devem ins tuir solução.
mecanismos de acompanhamento e de controle com vistas a as- Art. 25. As ins tuições referidas no art. 1º que, em 26 de abril
segurar a implementação e a efe vidade da polí ca de segurança de 2018, já nham contratado a prestação de serviços relevantes
ciberné ca, do plano de ação e de resposta a incidentes e dos re- de processamento, armazenamento de dados e de computação em
quisitos para contratação de serviços de processamento e armaze- nuvem devem adequar o contrato para a prestação de tais serviços:
namento de dados e de computação em nuvem, incluindo: I - ao cumprimento do disposto no art. 16, incisos I, II, IV e § 2º,
I - a de nição de processos, testes e trilhas de auditoria; no caso de serviços prestados no exterior; e
II - a de nição de métricas e indicadores adequados; e II - ao disposto nos arts. 15, § 1º, e 17.
III - a iden cação e a correção de eventuais de ciências. Parágrafo único. O prazo previsto para adequação ao disposto
§ 1º As no cações recebidas sobre a subcontratação de servi- no caput não pode ultrapassar 31 de dezembro 2021.
ços relevantes descritas no art. 17, inciso VI, devem ser considera- Art. 26. O Banco Central do Brasil poderá vetar ou impor restri-
das na de nição dos mecanismos de que trata o caput. ções para a contratação de serviços de processamento e armazena-
§ 2º Os mecanismos de que trata o caput devem ser subme- mento de dados e de computação em nuvem quando constatar, a
dos a testes periódicos pela auditoria interna, quando aplicável, qualquer tempo, a inobservância do disposto nesta Resolução, bem
compa veis com os controles internos da ins tuição. como a limitação à atuação do Banco Central do Brasil, estabelecen-
Art. 22. Sem prejuízo do dever de sigilo e da livre concorrência, do prazo para a adequação dos referidos serviços.
as ins tuições mencionadas no art. 1º devem desenvolver inicia - Art. 27. Ficam revogadas:
vas para o compar lhamento de informações sobre os incidentes I - a Resolução nº 4.658, de 26 de abril de 2018; e
relevantes de que trata o art. 3º, inciso IV. II - a Resolução nº 4.752, de 26 de setembro de 2019.
Art. 28. Esta Resolução entra em vigor em 1º de julho de 2021.
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No mundo corpora vo não é diferente. Embora a convivên-
cia seja, por vezes, insuportável, deparamo-nos com pro ssionais
ÉTICA APLICADA: ÉTICA, MORAL, VALORES E VIRTUDES
que atropelam os princípios, como se isso fosse algo natural, um
meio de sobrevivência, e adotam valores que nada tem a ver com
duas grandes necessidades corpora vas: a convivência pací ca e
Princípios, Valores e Virtudes o espírito de equipe. Nesse caso, virtude é uma palavra que não
Princípios são preceitos, leis ou pressupostos considerados faz parte do seu vocabulário e, apesar da falta de escrúpulo, leva
universais que de nem as regras pela qual uma sociedade civiliza- tempo para des tuí-los do poder.
da deve se orientar. Valores e virtudes baseados em princípios universais são ine-
Em qualquer lugar do mundo, princípios são incontestáveis, gociáveis e, assim como a é ca e a lealdade, ou você tem, ou não
pois, quando adotados não oferecem resistência alguma. Enten- tem. Entretanto, conceitos como liberdade, felicidade ou riqueza
de-se que a adoção desses princípios está em consonância com o não podem ser de nidos com exa dão. Cada pessoa tem recorda-
pensamento da sociedade e vale tanto para a elaboração da cons- ções, experiências, imagens internas e sen mentos que dão um
tuição de um país quanto para acordos polí cos entre as nações sen do especial e par cular a esses conceitos.
ou estatutos de condomínio. O importante é que você não perca de vista esses conceitos
O princípios se aplicam em todas as esferas, pessoa, pro ssio- e tenha em mente que a sua contribuição, no universo pessoal
nal e social, eis alguns exemplos: amor, felicidade, liberdade, paz e pro ssional, depende da aplicação mais próxima possível do
e plenitude são exemplos de princípios considerados universais. senso de jus ça. E a jus ça é uma virtude tão di cil, e tão ne-
Como cidadãos – pessoas e pro ssionais -, esses princípios gligenciada, que a própria jus ça sente di culdades em aplicá-la,
fazem parte da nossa existência e durante uma vida estaremos portanto, lute pelos princípios que os valores e as virtudes uirão
lutando para torná-los inabaláveis. Temos direito a todos eles, naturalmente.
contudo, por razões diversas, eles não surgem de graça. A base
dos nossos princípios é construída no seio da família e, em muitos NOÇÕES DE ÉTICA EMPRESARIAL E PROFISSIONAL.
casos, eles se perdem no meio do caminho.
De maneira geral, os princípios regem a nossa existência e
são comuns a todos os povos, culturas, eras e religiões, queiramos
CONCEITO DE ÉTICA EMPRESARIAL
ou não. Quem age diferente ou em desacordo com os princípios
universais acaba sendo punido pela sociedade e sofre todas as A é ca empresarial envolve os valores de uma empresa e
consequências. seus princípios morais dentro da sociedade. Esse conceito é fun-
Valores são normas ou padrões sociais geralmente aceitos ou damental para uma organização que pretende construir uma boa
man dos por determinado indivíduo, classe ou sociedade, por- imagem perante seus clientes internos e externos, parceiros e
tanto, em geral, dependem basicamente da cultura relacionada concorrentes. Nesse sen do, uma empresa é ca é aquela que
com o ambiente onde estamos inseridos. É comum exis r certa pra ca os preceitos cole vos e se preocupa com as demandas da
confusão entre valores e princípios, todavia, os conceitos e as população, tendo sua conduta orientada pela responsabilidade
aplicações são diferentes. social e ambiental.
Diferente dos princípios, os valores são pessoais, subje vos Prezar pela é ca empresarial é importante para qualquer em-
e, acima de tudo, contestáveis. O que vale para você não vale ne- presa, independentemente do seu porte, se é do setor público ou
cessariamente para os demais colegas de trabalho. Sua aplicação privado. Ao demonstrar que é uma organização transparente, a
pode ou não ser é ca e depende muito do caráter ou da persona- organização será reconhecida por todos pela sua credibilidade e
lidade da pessoa que os adota. responsabilidade. Essa postura ajudará a companhia a ser apon-
Na prá ca, é muito mais simples ater-se aos valores do que tada como referência no mercado, atraindo clientes, inves dores
aos princípios, pois este úl mo exige muito de nós. Os valores e bons pro ssionais.
completamente equivocados da nossa sociedade – dinheiro, su- A é ca empresarial deve estar presente nas a vidades inter-
cesso, luxo e riqueza – estão na ordem do dia, infelizmente. Todos nas e externas de uma organização. As empresas devem prezar
os dias somos convidados a negligenciar os princípios e adotar os pela boa conduta de todos os seus funcionários. Quando o rela-
valores ditados pela sociedade. cionamento interpessoal é baseado em a tudes e valores posi -
Virtudes, segundo o Aurélio, são disposições constantes do vos, há a construção de um ambiente de trabalho agradável para
espírito, as quais, por um esforço da vontade, inclinam à prá ca todos. Os funcionários passam a respeitar as regras e normas da
do bem. Aristóteles a rmava que há duas espécies de virtudes: organização e cam mais abertos a cooperar uns com os outros.
a intelectual e a moral. A primeira deve, em grande parte, sua Todos esses fatores in uenciam no aumento da produ vidade.
geração e crescimento ao ensino, e por isso requer experiência e Mas, em nenhum outro campo a é ca empresarial está tão
tempo; ao passo que a virtude moral é adquirida com o resultado envolvida quanto na obtenção do lucro. Ter uma boa rentabili-
do hábito. dade é obje vo de pra camente todas as organizações, mas os
Segundo Aristóteles, nenhuma das virtudes morais surge em ganhos devem ser baseados em um trabalho honesto e que sa s-
nós por natureza, visto que nada que existe por natureza pode ser faça as necessidades dos clientes, sem prejudicar as pessoas ou o
alterado pela força do hábito, portanto, virtudes nada mais são do meio ambiente.
que hábitos profundamente arraigados que se originam do meio Além das a tudes morais que devem nortear todas as suas
onde somos criados e condicionados através de exemplos e com- a vidades, a empresa pode demonstrar que é é ca à sociedade
portamentos semelhantes. por meio de ações que promovam o bem-estar da comunidade
Uma pessoa pode ter valores e não ter princípios. Hitler, por em que está inserida ou que ajudem a preservar o meio ambiente.
exemplo, conhecia os princípios, mas preferiu ignorá-los e adotar Esse senso de responsabilidade social e ambiental revela que a
valores como a supremacia da raça ariana, a aniquilação da oposi- companhia não está alienada aos problemas que a rodeiam e se
ção e a dominação pela força.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
interessam em contribuir para combatê-los. Programas que be- Este, inclusive, é um dos principais mo vos para a cobrança
ne ciam a população em geral e de sustentabilidade são alguns do conhecimento em relação a este tema em concursos, pois co-
exemplos disso. nhecendo a é ca da empresa, você já entra preparado para seguir
DEFINIÇÃO DE ÉTICA PROFISSIONAL o que dita o código de é ca da mesma.
A de nição de é ca pro ssional, por sua vez, está associada Para você compreender ainda melhor o assunto, gostaria de
a um conjunto de preceitos é cos e morais que guiam as a tudes citar a seguir alguns dos principais alicerces da é ca:
e ações de colaboradores e determinam os princípios em que de- – Credibilidade;
vem pautar sua conduta durante o exercício da pro ssão. – Humildade;
Ter uma postura é ca como pro ssional é cumprir as suas – Transparência e coragem;
obrigações de acordo com os princípios determinados pelo seu – O exemplo sempre deve vir de cima;
grupo de trabalho. Cada categoria pro ssional tem seu próprio – O seu direito acaba quando começa o do outro;
Código de É ca, um conjunto de normas elaboradas pelos Con- – Nada de jei nho brasileiro;
selhos que representam e scalizam cada área de atuação. Para – Trate ao próximo assim como você gostaria de ser tratado
obter o diploma, o recém-formado precisa fazer um juramento de
que seguirá todas essas normas durante a sua carreira. Gestão é ca nas empresas públicas
Apesar disso, muitos elementos se repetem em Códigos de
É ca de variadas pro ssões. Em sua maioria, são princípios uni- Quando falamos em empresas públicas, estamos falando de
versais, que buscam valorizar as pessoas com as quais o pro s- empresas que u lizam nosso dinheiro de alguma forma em suas
sional se relacionará ao desempenhar suas a vidades. Entre eles a vidades. Tudo que vale para as empresas privadas, também
estão: hones dade, responsabilidade, competência, respeito, en- vale para as públicas, porém nestas, pelo mo vo já citado, a ges-
tre outros. tão é ca é incrementada por alguns princípios que procuram evi-
Em tempos em que os valores humanos estão cada vez mais tar o uso indevido dos valores.
sendo colocados de lado em nome de maiores lucros, a é ca no Polí cos eleitos são funcionários do povo ( regra da democra-
ambiente corpora vo tem se tornado, infelizmente, um diferen- cia ) em nosso País para defender nossos interesses, dirigentes in-
cial. As empresas referências de boa conduta no mercado conse- dicados para as estatais são funcionários do povo, eles devem sim
guem agregar valor à sua marca e imagem e usufruem de maior em suas ações preocuparem-se em oferecer o melhor que podem
credibilidade. Já os pro ssionais que têm uma conduta é ca des- para atender as necessidades da população.
tacam-se por ajudarem a construir bom relacionamento interpes- É ca pública signi ca responsabilidade em dobro aos respon-
soal em seu ambiente de trabalho. Eles sabem assumir seus erros sáveis pela condução da mesma, inclusive existem várias leis que
e têm uma postura exível, tolerante e humilde com seus colegas, regulamenta as ações é cas do servidor público ( lembram da his-
por isso, são muito procurados no mercado e fazem um bom net- tória da gestão pública só poder agir se exis r uma lei para tal
working. nalidade? eis um bom exemplo ). Aqui temos duas leis para você
Antes de tudo, é sempre bom compreender a é ca empre- ter uma ideia:
sarial e pro ssional como formas de manter a consciência limpa Lei nº 8.027/1990 que dispõe sobre normas de conduta dos
ao exercer suas a vidades sem prejudicar os outros. Esse fator é servidores públicos civis da União, das Autarquias e das Funda-
indispensável para o nosso desenvolvimento como pessoas. ções Públicas.
Decreto nº 1.171/1994 que aprova o Código de É ca Pro s-
A GESTÃO DA ÉTICA NAS EMPRESAS PÚBLICAS E PRIVA sional do Servidor Público Civil do Poder Execu vo Federal.
DAS. Diante disto, gostaria de transcrever a seguir os principais
princípios do serviço público e que norteiam a gestão de é ca pú-
blica de uma forma geral:
A gestão pública só toma ações se es ver previsto em lei e • Os servidores públicos devem ser leais as suas Cons tui-
a gestão privada pode tomar todas as ações que achar necessá- ções, leis e princípios é cos acima dos interesses privados;
rias para a empresa. As empresas que querem ter um programa • Os servidores não poderão ter interesses nanceiros que
de é ca tem que ter comprome mento, clareza e transparência causem con itos ao desempenho de sua a vidade;
e todos devem par cipar, principalmente a alta direção para que • Os servidores deverão usar de sigilo, não u lizando infor-
seja um sucesso. mações governamentais para seu próprio interesse. Além disso,
Mas porque as empresas criam um programa de é ca: não poderão fazer promessas não autorizadas que comprometam
– Sobrevivência; o governo;
– Aumentar os lucros; • Os servidores deverão ser honestos no cumprimento de
– Credibilidade; suas funções;
– Manutenção ( ou melhoria ) de uma boa imagem; •Os servidores não poderão aceitar presente ou item de valor
– Compe vidade; de qualquer pessoa ou ins tuição em busca de bene cios, nem
– Melhoria do ambiente de trabalho; fazer negócios ou a vidades reguladas pelo órgão do servidor ex-
– Aumento da produ vidade; ceto se permi do pelo responsável do órgão;
– Concorrência • Os servidores não poderão usar seu cargo para ganhos pri-
– Consumidores; etc vados;
• Os servidores devem agir com imparcialidade e não devem
A gestão deve ser baseada em recompensas e punições,
dar tratamento diferenciado a nenhuma organização individual ou
evitando moralismo, sendo coerente, con ando e apoiando as
privada;
pessoas, orientando em casos de dúvidas, permi ndo condições
• Os servidores deverão proteger e conservar o patrimônio
favoráveis, inclusive incen vando ações que promovam as prá -
do Estado, não os u lizando para ns não autorizados;
cas é cas e, principalmente, envolver o máximo de pessoas no
• Os servidores deverão confessar fraudes, corrupção, des-
programa de é ca.
perdícios e abusos as autoridades responsáveis.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
• Os servidores deverão de boa fé sa sfazer suas obrigações Para que tenhamos êxito, o documento corpora vo deve ser
de cidadãos, incluindo obrigações nanceiras; norteador de sua conduta. Pautar suas a vidades e comportamen-
• Os servidores deverão apoiar todos os regulamentos e leis tos pelos princípios é cos é fundamental.
que asseguram oportunidades iguais para todos;
• Os servidores deverão evitar toda a ação que crie a aparên- Portanto, a leitura e o registro de ciência do Código de É ca não
cia de que estão violando as leis ou normas é cas. é apenas um procedimento administra vo. Conhecer a é ca corpo-
• O Código de É ca dos Servidores Públicos Civil do Poder ra va e aplicá-la no dia a dia são ações que agregam valor à organi-
Execu vo Federal foi aprovado pelo decreto n° 1.171 de 22 de zação, à sua imagem e impacto na sociedade. O agir é co fortalece
junho de 1994 des nado aos servidores públicos federais. o BB enquanto empresa íntegra e con ável. Aos funcionários sugiro
que, em caso de dúvida, não hesitem em conversar com o seu ges-
tor ou consultar o Comitê de É ca do seu Estado. Todos somos res-
CÓDIGO DE ÉTICA DO BANCO DO BRASIL DISPONÍVEL NO ponsáveis pelo BB e somos protagonistas na sua perenidade.
SÍTIO DO BB NA INTERNET . “A CONFIANÇA, TÃO VALIOSA NA ATIVIDADE BANCÁRIA, É O
RESULTADO DA CONSTRUÇÃO DE UMA CULTURA DE ÉTICA NA EM-
PRESA, E O COMPROMISSO ÉTICO DO CORPO FUNCIONAL ENVOL-
O Código de É ca do Banco do Brasil é o instrumento de forma-
VE TANTO PEQUENAS ATITUDES NO DIA A DIA QUANTO DECISÕES
lização da visão, dos valores, do propósito e dos princípios da Or-
COMPLEXAS.”
ganização, o qual apresenta os compromissos e diretrizes do Banco
em relação ao seu público de relacionamento (clientes e usuários; Fausto de Andrade Ribeiro
alta administração, funcionários e colaboradores; fornecedores; Presidente
acionistas, inves dores e credores; parceiros; concorrentes; gover- PROPÓSITO, VISÃO E VALORES
no; comunidades e órgãos reguladores). Propósito: “Cuidar do que é valioso para as pessoas”.
Rege, também, os deveres e indica os comportamentos con- Visão: “Ser a empresa que proporciona a melhor experiência
siderados desejáveis no ambiente de trabalho. O documento con- para a vida das pessoas e promove o desenvolvimento da sociedade
templa diretrizes especí cas relacionadas a con ito de interesses; de forma inovadora, e ciente e sustentável.”
presentes e favores; ambiente de trabalho; boas prá cas de rela- Valores: Foco no Cliente: Estamos sempre atentos àquilo que é
cionamento; bens e recursos do Banco do Brasil; segurança e trata- valioso para nossos clientes. Inovação: Somos movidos pela inova-
mento da informação; envolvimento com a comunidade e susten- ção e agentes da transformação.
tabilidade; uso responsável das mídias digitais; tomada de decisão;
É ca: Adotamos a é ca como fundamento de nossa prá ca
responsabilidade do segmento gerencial e responsabilidade da alta
empresarial.
administração.
A principal função destes direcionadores é promover os prin- Senso de Dono: Assumimos a responsabilidade por empreen-
cípios é cos e orientar as ações da alta administração, dos funcio- der soluções de excelência e atuamos com protagonismo.
nários (no Brasil e no exterior), dos colaboradores, e daqueles que Con abilidade: Somos comprome dos com a transparência e
estejam atuando ou prestando serviços em nome ou para o Banco a solidez de nossas ações.
do Brasil cabendo-lhes conhecer e zelar pelos preceitos con dos E ciência: O mizamos os recursos disponíveis para criar valor
nos documentos. Tratam-se, portanto de referenciais que, obriga- aos nossos públicos de relacionamento.
toriamente, devem ser cumpridos por todos. Espírito Público: Consideramos o interesse cole vo na tomada
de nossas decisões.
O Código de É ca é revisado periodicamente para que forneça
PRINCÍPIOS DO CÓDIGO DE ÉTICA
as diretrizes sobre como a Empresa deve agir perante os desa os da
atualidade. Além disso, integra o conteúdo programá co das sele- • HONESTIDADE
ções externas, e os procedimentos pré-admissionais. O documento • RESPONSABILIDADE
possui versões em inglês, espanhol, alemão, japonês e mandarim. • TRANSPARÊNCIA
Todos os funcionários no Brasil e no exterior, estagiários e aprendi-
zes são incen vados a realizar sua leitura anualmente. • RESPEITO
MENSAGEM DO PRESIDENTE SÃO OS PRINCÍPIOS QUE DITAM A DIREÇÃO QUE DEVEMOS
TOMAR, PRINCIPALMENTE QUANDO VIVENCIAMOS DILEMAS ÉTI-
Olá, COS E PRECISAMOS TOMAR DECISÕES ADERENTES ÀS EXPECTATI-
Você está diante da nova versão do Código de É ca do Banco VAS DO BANCO, AINDA QUE NÃO TENHAM SIDO PREVISTAS EM
do Brasil. NORMAS ESPECÍFICAS.
A solidez e a perenidade do BB no mercado só são possíveis
PÚBLICO ALVO
com o comprome mento de seus colaboradores no cumprimento
dos padrões de conduta e princípios con dos nas suas Polí cas, no O CÓDIGO DE ÉTICA É APLICADO :
Código de Governança Corpora va, no Programa de Compliance e À ALTA ADMINISTRAÇÃO
nos norma vos e regulamentos internos. – Conselheiros, Presidente, VicePresidentes e Diretores, inclu-
O compromisso e o engajamento de cada um contribuem para sive de empresas controladas
o alcance do Propósito e Visão do Banco do Brasil, bem como dos AOS FUNCIONÁRIOS
pilares que cons tuem sua Estratégia. – lotados no Brasil e no exterior
O Código de É ca é um documento que consolida o que o BB
espera do seu corpo funcional. AOS COLABORADORES
Suas revisões periódicas visam torná-lo mais representa vo, – estagiários, aprendizes, dirigentes e empregados de empre-
reforçando conceitos e orientações para o relacionamento com co- sas contratadas
laboradores, clientes e fornecedores dentre outros públicos com os DEMAIS
quais o BB se relaciona.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
– Àqueles que estejam atuando ou prestando serviços em Exemplo Ilustra vo - Desrespeito no ambiente de trabalho:
nome do Banco do Brasil ou para o Banco do Brasil.
Um colega, no ambiente de trabalho, ro neiramente, faz pia-
PRINCÍPIOS do Código de É ca das inconvenientes diante dos colegas. Embora tenham conversa-
Cada um de nós tem o desa o de transformar princípios é cos do sobre isso, ele não cessa esse po de comportamento, gerando
em parte essencial de nossas responsabilidades. uma sensação de desconforto e constrangimento nos demais.
São princípios que ditam a direção que devemos tomar, prin-
Posicionamento do BB
cipalmente quando vivenciamos dilemas é cos e precisamos to-
mar decisões aderentes às expecta vas do Banco, ainda que não O Banco do Brasil não tolera atos de desrespeito ou discrimina-
tenham sido previstas em normas especí cas. ção. Se isso ocorrer, procure seu gestor e setores competentes para
manifestar seu desconforto.
Hones dade: O Banco espera que a conduta de seus funcio- ”PARA MIM, ÉTICA É A SEMENTE; RESPEITO À DIVERSIDADE É
nários tenha como padrão a hones dade. Devemos fazer somente O NOSSO FRUTO.”
aquilo que é correto, devemos agir de boa-fé, com integridade e
sinceridade nos assuntos que afetam deveres e interesses do Ban- Raysa Gonzaga - funcionária
co.
1.4 Devemos pautar nossas relações pelo respeito às diferen-
Responsabilidade: Cada membro do Banco é responsável por
ças, sendo elas sicas, raciais, culturais, religiosas, de orientação
suas ações e decisões. Devemos, independentemente da posição
sexual, sociais, linguís coregionais, etárias, de ideias, de origem, de
que ocupamos, ser responsáveis pela criação de um ambiente
capacidade, de aparência, de classe, de estado civil ou de iden da-
transparente, respeitoso e seguro, a m de que os negócios sejam
de de gênero.
é cos e sustentáveis. Também é nossa responsabilidade zelar para
1.5 Devemos respeitar as normas sociais e culturais da comu-
que atos irregulares não ocorram no Banco.
nidade em que atuamos, apresentando-nos e nos comportando de
Transparência: O Banco zela pela transparência de suas ações. maneira adequada e alinhada à posição exercida.
As informações devem ser completas, precisas e claras. A con ança 1.6 Devemos prevenir constrangimentos e prejuízos à imagem
de nossos parceiros está ligada ao livre acesso que o Banco dá às do Banco e de seus funcionários.
informações de seus relatórios, prestações de contas e tomadas de
decisão. O sigilo e a con dencialidade das informações permeiam e 1.7 Desautorizamos que se inicie ou divulgue, em qualquer
são exigidos em nossas ações no Banco. Entretanto, ações executa- meio - interno ou externo - crí cas ofensivas à honra ou calúnias
das deliberadamente às escondidas não são é cas. que exponham a imagem do BB ou de quaisquer de nossas áreas
Respeito: O Banco do Brasil não tolera desrespeito à dignidade, ou funcionários.
à igualdade, à diversidade e à privacidade das pessoas. O ambiente
de trabalho deve ser um local de pro ssionalismo, em que se res- CAPÍTULO 2
peitam as diferentes culturas e compreensões de mundo e onde o
BOAS PRÁTICAS DE RELACIONAMENTO
respeito às leis e aos regulamentos internos do BB são prioridade.
O que esses princípios signi cam na prá ca?
Ambiente de Trabalho Presencial, Remoto ou Con ngencial
• Respeito é um dever, é bom e todo mundo gosta.
• Faça o que é certo. 2.1 Primamos pela con ança, hones dade e é ca em nossas
• Você é responsável pelas consequências de suas a tudes. prá cas comerciais, atuando de forma transparente, imparcial e
• Cuide do Banco! O que afeta ele, afeta você. íntegra.
• Se você precisa esconder a sua ação, ela não é é ca. 2.2 Devemos oferecer produtos e serviços, bem como, prestar
• Não basta ser é co; é necessário também parecer é co. atendimento com hones dade, diligência e é ca.
2.3 Devemos nos comprometer com o bom clima de trabalho,
• Na dúvida sobre como agir, pare e procure ajuda pautando nossas condutas pelo respeito e tolerância.
2.4 Devemos manter a comunicação respeitosa e pro ssional
Quais são os ganhos e os bene cios de manter-se uma pos-
com nossos pares, gestores, subordinados, clientes internos e ex-
tura é ca?
ternos
A postura é ca de cada um colabora decisivamente para o de- 2.5 Desautorizamos a emissão ou reprodução de comentários
senvolvimento de uma cultura organizacional saudável. O ambiente que possam prejudicar a convivência harmoniosa no ambiente de
de trabalho se torna seguro e as pessoas se sentem engajadas. Com trabalho.
a postura é ca de seus funcionários, a Empresa ganha respeito nos 2.6 Devemos desenvolver a vidades com responsabilidade,
seus negócios e aprovação da comunidade. autonomia e comprome mento.
2.7 Devemos realizar as a vidades que nos são con adas, assu-
CAPÍTULO 1 mindo a responsabilidade pela tarefa.
RESPEITO AO INDIVÍDUO 2.8 Devemos desenvolver nosso trabalho diário observando as
orientações de segurança.
1.1. Respeitamos a diversidade das pessoas que formam o am-
2.9 Consideramos a segurança e a saúde no trabalho pilares
biente de trabalho e que mantêm relacionamento com o Banco do
ins tucionais.
Brasil.
2.10 Devemos cumprir as normas de segurança e saúde do tra-
1.2. Encorajamos a cultura de respeito e repudiamos a violên-
balho.
cia.
2.11 Proibimos que se trabalhe embriagado e/ou sob efeito de
1.3 Devemos zelar pelo estabelecimento de um ambiente de drogas ilícitas.
trabalho digno e saudável, pautando as relações pelo respeito e cor- 2.12 Devemos contribuir, nas nossas a vidades diárias, para a
dialidade, independentemente da posição exercida na organização. manutenção do caráter laico e apar dário da Empresa.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
2.13 Repudiamos condutas que possam caracterizar assédio de 2.20 Exigimos que os nossos líderes sejam éticos, referência
qualquer natureza de postura adequada e incentivadores do trabalho em equipe
“O trabalho remoto é, ao mesmo tempo, um privilégio e um como prática de colaboração e de compartilhamento de conhe-
desa o, pois o sucesso nessa modalidade de trabalho requer cimentos e experiências.
adaptar ro nas do funcionário e das pessoas que coabitam” LÍDERES
Céssia Freitas de Figueiredo - funcionária 2.21 Determinamos que a comunicação dos nossos líderes
TODA CONDUTA INADEQUADA QUE GERE DESENTENDIMEN- esteja alinhada à estratégia do Banco, buscando o equilíbrio en-
TO PODE SER CONSIDERADA ASSÉDIO MORAL? tre pessoas, processos e resultados, demonstrando cuidado com
Entende-se por assédio moral toda conduta abusiva, a exem- clientes, funcionários, sociedade e acionistas.
plo de gestos, palavras e a tudes que se repitam de forma siste- 2.22 Esperamos dos nossos líderes coragem para ousar e
má ca, a ngindo a dignidade ou integridade psíquica ou sica do que desenvolvam adaptabilidade, resiliência e sabedoria frente
trabalhador. a circunstâncias desafiadoras, fazendo constantemente a gestão
dos riscos.
Fonte: Car lha de Prevenção ao Assédio Moral - Pare e Repare 2.23 Recomendamos que os nossos líderes tenham empatia,
– Por um Ambiente de Trabalho mais Posi vo - Secretaria de Comu- controle emocional e respeito à individualidade dos liderados.
nicação Social do TST. 2.24 Esperamos que nossos líderes sejam promotores do di-
álogo com respeito, boa educação e assertividade, colocando em
O assédio moral é uma forma de violência grave e que tem prática a Comunicação Não Violenta e a escuta ativa.
como objetivo desestabilizar emocional e profissionalmente a 2.25 Esperamos que os nossos líderes contribuam para o de-
pessoa de forma direta – acusações, insultos, ofensas, hostili- senvolvimento dos liderados, incentivando a autonomia, a ino-
dade, gritos, humilhações públicas – ou indireta – propagação vação e a transformação cultural.
de boatos, isolamento, recusa na comunicação, exclusão social. 2.26 Desejamos que os nossos líderes valorizem vitórias e
O sofrimento gerado impacta a autoestima, gera desmotivação, conquistas da equipe como incentivo à continuidade dos bons
podendo evoluir para a incapacidade laboral e/ou quadros de resultados.
adoecimento. 2.27 Esperamos dos nossos líderes conhecimento de pro-
Condutas pontuais ou isoladas não caracterizam assédio cessos mais eficazes e eficientes, antecipando e adotando inicia-
moral. tivas inovadoras no desenvolvimento de soluções digitais para
obter resultados consistentes.
QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DO ASSÉDIO SEXUAL?
2.14 Repudiamos condutas que possam caracterizar discri- 2.28 Esperamos dos nossos líderes, além da conduta ética, a
minação ou sua indução; coação, perseguição ou constrangi- disseminação dos valores da organização e preceitos do Código
mento; desrespeito às atribuições funcionais; desqualificação de Ética, contribuindo para a aplicação deste documento.
pública, ofensa ou ameaça. LIDERADOS
2.15 Orientamos que funcionários mantenham situação
2.29 Exigimos que os nossos liderados respeitem o Código
econômicofinanceira compatível com a ocupação e a renda com-
de Ética e a Política de Relacionamento com Clientes e Usuários.
provadas.
2.30 Esperamos que os nossos liderados tenham respeito,
2.16 Devemos supervisionar e adotar medidas inibidoras de tolerância, controle emocional e maturidade, colocando em prá-
irregularidades. tica a Comunicação Não Violenta e a escuta ativa.
2.31 Esperamos que os nossos liderados sejam protagonis-
O assédio sexual no trabalho caracteriza-se, em regra, pela
tas da sua carreira e promovam seu autodesenvolvimento, de-
conduta que viola a liberdade sexual de alguém
monstrando iniciativa e comprometimento, além de capacidade
A definição está descrita no art. de adaptação a mudanças de cenário.
216-A do Código Penal: 2.32 Esperamos dos nossos liderados a parceria com a ges-
“Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou tão, com foco nas boas práticas de relacionamento e na condu-
favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição ção dos processos.
de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de
emprego, cargo ou função”. Também são considerados como as- 2.33 Esperamos que os nossos liderados desenvolvam o
sédio sexual: atos, insinuações, contatos físicos forçados, convi- pensamento estratégico, a destreza digital, a leitura de cenário,
tes impertinentes como condição clara para manter o emprego; a criatividade e inovação.
influir nas promoções da carreira do assediado ou prejudicar o MEU GESTOR ME MANDOU FAZER ALGO QUE FERE O CÓDI-
rendimento profissional, humilhar, insultar ou intimidar a vítima GO DE ÉTICA. O QUE EU FAÇO?
2.17 Esperamos que nossos líderes promovam o desenvol- Converse com seu gestor e verifique se não houve proble-
vimento e inspirem suas equipes, estimulando o engajamento e ma de comunicação. Se você perceber algo que fere o Código
buscando formar sucessores para desafios atuais e futuros. de Ética, busque ajuda na Ouvidoria Interna ou em outro canal
2.18 Esperamos que os nossos líderes construam uma relação do Banco. Você não pode ser conivente com atos que violam o
sólida com os clientes, fornecendo soluções adequadas para eles. Código de Ética.
2.19 Esperamos que nossos líderes atuem com visão e pro-
pósito, apresentando a estratégia do BB de uma perspectiva as- PARCEIROS
sertiva para obter o apoio e o comprometimento dos liderados. 2.34 Orientamos parcerias com agentes que assegurem va-
lores como: integridade, ética, idoneidade e respeito à comuni-
dade e ao meio ambiente.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
2.35 Exigimos que os impactos socioambientais sejam medi- 2.46 ADOTAMOS PROCEDIMENTOS E CONTROLES INTERNOS
dos e considerados na realização de parcerias, convênios, proto- PARA ASSEGURAR O DETALHAMENTO, A VERACIDADE E A TRANS-
colos de intenções e de cooperação técnicofinanceira com enti- PARÊNCIA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO BB.
dades externas privadas ou públicas. CONCORRENTES
2.36 Orientamos que contatos e negócios com clientes se-
jam pautados pelo respeito, idoneidade e profissionalismo e que 2.47 De nimos que a é ca, a integridade e a civilidade devem
os produtos e serviços oferecidos sejam adequados ao perfil dos ser princípios norteadores das nossas relações com a concorrência.
clientes e de acordo com a legislação. Trocas de informações só podem ocorrer de maneira lícita, trans-
2.37 Orientamos que entidades ligadas ao Banco do Brasil parente e dedigna, preservando os princípios do sigilo bancário e
pautem seus direcionamentos estratégicos e de negócios por os interesses da Empresa.
princípios éticos. 2.48 Desaprovamos a emissão de juízo de valor sobre a concor-
rência ou a depreciação de seus produtos e serviços.
2.38 Respeitamos a liberdade de associação sindical e bus-
camos conciliar, de forma transparente, interesses da empresa 2.49 Proibimos prá cas inadequadas na oferta de produtos e
com interesses de funcionários e de nossas entidades represen- serviços, inclusive a imposição na efe vação de negócios.
tativas tendo a negociação como prática permanente. GOVERNOS
FORNECEDORES 2.50 Somos parceiros do poder público na implementação de
SE VOCÊ PERCEBER IRREGULARIDADE OU INCONSISTÊNCIA polí cas, projetos e programas socioeconômicos voltados para o
POR PARTE DE FORNECEDORES, DEVE COMUNICAR O FATO A SEU desenvolvimento sustentável do Brasil e dos países em que atua-
SUPERIOR E À UNIDADE RESPONSÁVEL PELA ADMINISTRAÇÃO mos.
DE CONTRATOS PELO E-MAIL CESUP.ADCON@BB.COM.BR OU, SE 2.51 Ar culamos interesses e necessidades da Administração
PREFERIR, REGISTRAR DEMANDA NA OUVIDORIA INTERNA. Pública com segmentos econômicos das sociedades com as quais
2.39 Devemos conduzir processos de licitação, contratação e nos relacionamos.
formalização de acordos, convênios e parcerias com lisura, ética, 2.52 Devemos atuar nas relações com o poder público em
integridade e imparcialidade. conformidade com diretrizes internacionais no que diz respeito
2.40 Devemos adotar ações e procedimentos para prevenir prevenção e combate à evasão scal, à corrupção, à lavagem de
fraudes e ilícitos nos processos licitatórios, na execução e acom- dinheiro e ao nanciamento do terrorismo.
panhamento de contratos administrativos ou em interação com 2.53 Repudiamos atos de corrupção pra cados contra gover-
o setor público. nos e a administração pública brasileira ou estrangeira, como, por
2.41 Orientamos que critérios de seleção, contratação e ava- exemplo:
liação devem ser determinados de forma imparcial e transparen- • garan r, prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente,
te, permitindo pluralidade e concorrência entre fornecedores. qualquer vantagem indevida a agente público ou a terceiro a ele
2.42 Devemos exigir de fornecedores: relacionado;
•cumprimento da legislação trabalhista, previdenciária e • nanciar, custear, patrocinar ou de qualquer modo subven-
fiscal; cionar prá ca de ato ilícito;
• cumprimento da legislação e das regulamentações relati- • induzir a realizar ou deixar de realizar ação em violação às
vas à prevenção e ao combate à corrupção; obrigações legais;
• não utilização de trabalho infantil ou escravo; • obter, manter ou direcionar negócios de maneira indevida;
• adoção de boas práticas de preservação ambiental; • pra car sonegação de impostos, evasão de divisas e demais
crimes scais;
• não adoção de atos de corrupção contra governos e a ad- • afetar ou in uenciar ato ou decisão;
ministração pública brasileira ou estrangeira. • u lizar intermediário - pessoa sica ou jurídica - para ocul-
Exemplo ilustrativo tar ou dissimular interesse ou iden dade de bene ciários de atos
pra cados;
Relação com fornecedores • frustrar, fraudar, obter vantagem ou bene cio indevido, im-
No cafezinho, a copeira revela a um funcionário que não rece- pedir, perturbar ou manipular caráter compe vo de procedimen-
beu seu salário. to licitatório;

Posicionamento do BB • di cultar a vidade de inves gação ou scalização ou intervir


O Banco do Brasil deve zelar para que seus fornecedores cum- em nossa atuação.
pram a legislação, pois, além da questão é ca, o Banco poderá res- 2.54 Devemos estabelecer independentemente de convicções
ponder pelo descumprimento. ideológicas individuais, relacionamento cortês com o poder público
2.43 Orientamos os fornecedores a seguir as diretrizes deste brasileiro e com o dos países em que atuamos.
Código de É ca. 2.55 Proibimos o nanciamento de par dos polí cos ou can-
ACIONISTAS, INVESTIDORES E CREDORES didatos a cargos públicos no Brasil e nos países em que atuamos.

2.44 Somos transparentes e ágeis no fornecimento de informa- 2.56 Proibimos dar, oferecer, prometer ou autorizar que se
ções, observando regras de sigilo e con dencialidade. dê qualquer coisa de valor a funcionário do governo brasileiro ou
2.45 Elaboramos demonstrações nanceiras em conformidade estrangeiro, diretamente ou por meio de intermediário, a m de
com a lei, princípios e normas de contabilidade para representar in uenciar ação para obter vantagem indevida.
adequadamente o resultado das operações, os uxos de caixa e a
posição patrimonial e nanceira da Empresa.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
CAPÍTULO 3 3.10 Devemos assegurar informação legí ma, obje va, atual e
clara em divulgações públicas, relatórios e documentos disponibili-
NECESSIDADE DA OBEDIÊNCIA AO QUE É LEGAL zados aos órgãos reguladores de países onde atuamos.
3.1 Pautamos nossa atuação pelos princípios da legalidade, im- 3.11 Orientamos os funcionários e os membros da alta admi-
pessoalidade, moralidade, publicidade e e ciência. nistração a realizarem anualmente capacitação sobre é ca disse-
minando os preceitos con dos neste Código e na Trilha da É ca e
3.2 Repudiamos prá cas ilícitas, principalmente fraude, subor- sobre as Polí cas associadas à gestão de riscos.
no, extorsão, corrupção, propina, agiotagem, lavagem de dinheiro,
evasão de divisas e nanciamento do terrorismo. 3.12 Orientamos os funcionários, estagiários e aprendizes a re-
gistrar ciência do Código de É ca do BB a cada campanha de leitura.
EXEMPLO ILUSTRATIVO
ALTA ADMINISTRAÇÃO
CORRUPÇÃO
Um diretor do Banco recebeu uma proposta para assumir de
Uma funcionária que trabalhava com agricultores familiares e imediato o cargo de CEO de uma ntech de pagamentos digitais .
pequenos pecuaristas visitou a assistência técnica de um cliente,
Posicionamento BB
que lhe pediu que direcionasse as demandas por projetos rurais
para a empresa dele. A funcionária passou, então, a indicar a em- Nesse caso, o diretor deverá cumprir a quarentena que con-
presa do cliente e, em troca do “favor”, recebia depósitos em sua siste no período de interdição de quatro meses, a par r da data de
conta-corrente originados da empresa da assistência técnica. exoneração.
3.13 Orientamos a Alta Administração a observar normas jurí-
Posicionamento BB dicas que lhe são aplicáveis no exercício da função, inclusive as de
Nunca se deve direcionar negócios nem receber valor/presen- direito público.
te/ brinde/hospitalidade de terceiro como pagamento de “comis- 3.14 Orientamos os Estatutários a seguir, além deste Código de
são” pelos serviços prestados pelo Banco. É ca, o Código de Conduta da Alta Administração Federal, que dis-
CONFORMIDADE põe, entre outros assuntos, sobre:
• con ito de interesses;
3.3 Ra camos a necessidade de todos os funcionários e os • sigilo e comunicação de informações relevantes ob das em
membros da alta administração possuírem conhecimentos sobre as razão da função ocupada;
Polí cas do Banco, a legislação e a regulamentação em vigor ineren-
tes às suas a vidades. • quarentena estatutária
3.4 Devemos atuar em conformidade com os norma vos in- QUEM DEVE DECIDIR SOBRE O CUMPRIMENTO OU NÃO DA
ternos, as leis e normas de ordenamento jurídico brasileiro e dos QUARENTENA? COMO SE DEVE PROCEDER?
países onde atuamos. “Compete à Comissão de É ca Pública – CEP avaliar cada situ-
ATENÇÃO ação. O estatutário deverá consultar previamente a CEP sobre as
3.5 Vedamos o relacionamento negocial com pessoas e organi- a vidades e serviços que pretenda exercer ou prestar durante o pe-
zações envolvidas em a vidades ilícitas. ríodo de quarentena.”
ATENÇÃO Fonte: Código de Conduta da Alta Administração Federal
3.6 Desautorizamos a prá ca de ato que possa acarretar ação
cível ou trabalhista ou que cause prejuízo ao Banco. CAPÍTULO 4
3.7 Proibimos a formalização de decisões rela vas a operações CONFLITO DE INTERESSES
sem prévia e formal autorização do cliente.
3.8 Proibimos a comercialização e o consumo de drogas ilícitas 4.1 Compreendemos que há con ito quando um funcionário
no ambiente de trabalho. tem interesses privados que in uenciam no desempenho de seus
deveres e responsabilidades no Banco.
3.9 Devemos atender às solicitações de órgãos externos de re- 4.2 Entendemos que a forma correta de evitar o con ito de
gulamentação e scalização e de auditorias externa e interna nos interesses é buscando a imparcialidade. Agir de forma imparcial
prazos estabelecidos. signi ca, por vezes, declarar-se impedido de realizar determinadas
TUDO QUE NÃO ESTÁ ESCRITO NOS NORMATIVOS É PERMI- a vidades.
TIDO? 4.3 Devemos exercer nossa a vidade de forma isenta, eximin-
do-nos de usar a condição de funcionário para obter vantagens para
Os norma vos do Banco são bons condutores de nossas ações. nós ou para terceiros. É dever de cada um evitar a ocorrência de
Se você, porém, es ver diante de situação em que não encontra con ito de interesses
nos norma vos explicação clara de como deve agir, peça ajuda ao 4.4 Devemos comunicar, de forma imediata, casos de con ito
seu gestor e pelos canais de atendimento. Se determinada situação de interesses ou presunção de sua existência ao superior hierárqui-
não está prevista nos norma vos, não signi ca que é permi da. co ou à Ouvidoria Interna.
“É IMPORTANTE ZELAR PELA ÉTICA E DENUNCIAR ATOS IN- 4.5 Devemos apoiar e par cipar de estratégias de prevenção
CORRETOS, MESMO QUANDO NOS SENTIMOS PRESSIONADOS A organizadas pelo BB que busquem alertar a ocorrência de con ito
FAZER O CONTRÁRIO.” de interesses.
Duílio Benício e Silva - funcionário
ATENÇÃO

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
EXEMPLO ILUSTRATIVO CONFLITO DE INTERESSES Em função das a vidades desenvolvidas no BB, um funcioná-
rio obtém informações de determinada empresa listada em bolsa
Um funcionário do Banco monitora os leilões de imóveis reali-
de valores. Ciente da valorização de seus papéis, adquire elevada
zados pelo Banco e indica a compra desses imóveis para seus clien-
quan dade, a m de lucrar com o movimento.
tes, recebendo uma “comissão” pela indicação, atuando como um
“corretor de imóveis”. Posicionamento BB
Posicionamento BB Funcionários devem se abster de realizar negócios a par r de
informações ob das em função das a vidades desenvolvidas no
Não podemos u lizar informação interna para realizar negócios
Banco ainda não divulgadas ao mercado, além de mantê-las sob
pessoais com terceiros, como clientes, fornecedores, prestadores
sigilo até que sejam de conhecimento público.
de serviços, parceiros de negócios, correspondentes, etc.
Somente a alta administração tem acesso a informações pri-
4.6 Adver mos que as ações exempli cadas a seguir con gu- vilegiadas?
ram con ito de interesses:
•Deliberar sobre assuntos de interesse con itante com o do NÃO. Informação privilegiada envolve conhecimentos e dados
Banco. que todos nós possuímos dentro do Banco em decorrência das
•Celebrar contrato administra vo ou celebrar contrato em a vidades que desempenhamos - em maior ou menor grau. São
nome do Banco, excetuada contratação de operações bancárias, informações estratégicas ou que podem gerar algum impacto nos
desde que observados os limites dispostos nos termos da legisla- negócios e processos internos.
ção, regulamentações aplicáveis bem como nas Polí cas Especi cas Por exemplo:
de Transações com Partes Relacionadas (TPR) e Polí cas de Credito -orientar alguém a aguardar para fazer um inves mento por
do Banco, com pessoa que tenha relação de parentesco até o ter- saber que o Banco lançará um novo produto no mercado (ainda
ceiro grau com: não divulgado);
a) dirigente do BB; -desobedecer a quarentena estatutária e passar a atuar em
b) empregado do BB cujas atribuições envolvam atuação na empresa com a vidade concorrente ao Banco, u lizando-se de in-
área responsável pela licitação ou contratação; formações que de nha no BB;
c) autoridade de ente público a que o BB está vinculado. -usar acessos em ambientes corpora vos - sicos ou virtuais -
para obtenção de informações para uso par cular;
• Manter sob subordinação hierárquica direta cônjuge, compa- -compar lhar com terceiros informações, ainda não públicas,
nheiro(a) ou parente em linha reta ou colateral, por consanguinida- de clientes, as quais obteve em função da prestação de consultoria;
de ou a nidade, até o 3º grau. -divulgar informação sigilosa a respeito de estudos sobre even-
Exemplo Ilustra vo I tual parceria estratégica ou operação societária de par cipações do
Banco a terceiros.
A empresa promotora de eventos, que tem como sócia a es- • U lizar informação interna para realizar negócios pessoais
posa do diretor BB, demonstra interesse em fechar contrato com o com terceiros, como clientes, fornecedores, prestadores de servi-
Banco para a promoção dos eventos ins tucionais. ços, parceiros de negócios, correspondentes, etc.
• U lizar o nome do Banco do Brasil no exercício de seus direi-
Posicionamento BB tos polí cos.
Essa situação con gura con ito de interesses, porque é vedado • Conduzir carreira no Banco recorrendo à intermediação de
celebrar contrato administra vo com parente ate o terceiro grau terceiros.
de dirigente do BB. • Usar de sua posição e poder para nomear, contratar ou favo-
Exemplo Ilustra vo II recer um ou mais parentes em detrimento de pessoas e empresas
com per l e competências mais adequados, con gurando prá ca
A empresa promotora de eventos, que tem como sócia a es-
de nepo smo.
posa do diretor BB, pretende solicitar um nanciamento junto ao
Banco, para renovar a frota de automóveis da empresa. • Desempenhar a vidades externas que possam cons tuir pre-
juízo ou concorrência para o Banco.
Posicionamento BB
A celebração de contrato de operações com parente de diri- EXEMPLO ILUSTRATIVO INTERFERÊNCIA NO TAO
gente do BB, não con gura con ito de interesses, desde que ob- Funcionário tem uma trajetória exemplar no Banco, desempe-
servados os limites dispostos nos termos da legislação, regulamen- nho sa sfatório e é considerado apto para assumir novas funções
tações aplicáveis, bem como na Polí cas Especi cas de Transações na empresa.
com Partes Relacionadas (TPR) e Polí cas de Crédito do Banco. Entretanto, nas concorrências no TAO não gura entre os clas-
• Conduzir assuntos ou negócios com agente público com po- si cados.
der decisório no âmbito dos órgãos e en dades do governo com o Esse funcionário pode contatar os demais inscritos e solicitar-
qual tenha relação de parentesco, em linha reta ou colateral, por -lhes que re rem suas concorrências para que ele melhore sua clas-
consanguinidade ou a nidade, até 3º grau. si cação?
• Permi r que a vidades internas extrapolem o ambiente res- Posicionamento BB
trito, afetando interesses do Banco.
Não! O funcionário deve pesquisar os parâmetros das oportu-
• U lizar a condição de funcionário para obter emprés mo pe-
nidades em que está inscrito (Pessoal 43-05) e envidar esforços na
cuniário de cliente, fornecedor ou prestador de serviços.
melhoria de sua pontuação, por exemplo, fazendo os cursos UniBB
• U lizar informação privilegiada sobre ato ou fato relevante e cer cações indicados. Fazer contato com colega melhor pontua-
ainda não divulgado no mercado a que tenha do acesso em razão do é an é co, fragiliza o processo e pode ser analisado sob aspecto
de cargo ou função. disciplinar.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Funcionário deseja abrir empresa de consultoria nanceira. Posicionamento BB
Nunca se deve aceitar presentes que con gurem troca de fa-
Posicionamento BB vores, independentemente do valor. O Banco não autoriza ato que
Neste caso, con gura-se Con ito de Interesses, porque a a vi- possa ser entendido como suborno, propina ou vantagem indevida.
dade de consultoria nanceira concorre com a a vidade bancária.
“PARECER ÉTICO É TÃO IMPORTANTE QUANTO SER ÉTICO!”
4.7 Vedamos a realização de Transações com Partes Relaciona-
das (TPR) em condições diversas às de mercado. SYLVIA REJANE - FUNCIONÁRIA
ATENÇÃO
6.5 Autorizamos aceitar presente ou brinde avaliado em até
Casos de con ito de interesses envolvendo os integrantes da 100 reais, desde que não caracterize manipulação de processos de-
Diretoria Execu va (Presidente, Vice-presidentes e Diretores) deve- cisórios ou obtenção de vantagens indevidas.
rão ser encaminhados à análise da Comissão de É ca Pública da 6.6 Orientamos a doação à Fundação Banco do Brasil ou à ins-
Presidência da República. tuição bene cente sem ns lucra vos presentes recebidos em
desacordo com este Código cuja devolução não seja possível. A do-
CAPÍTULO 5 ação deve ser comunicada no Portal Pessoas (dipes.bb.com.br) >
TOMADA DE DECISÃO Crachá > Você > Atuação > Presentes/Brindes > Incluir Novo Item.

6.7Orientamos que, para oferecer brindes e presentes em


nome do BB para agente público, sejam observados os limites es-
tabelecidos na legislação local, na legislação que trata de suborno
transnacional e nas regras e polí cas da ins tuição daquele que re-
ceberá a cortesia.
Se você ainda es ver em dúvida se deve ou não receber pre-
sentes, consulte o seu gestor.
CAPÍTULO 7

BENS E RECURSOS DO BANCO DO BRASIL


7.1 Proibimos o uso de recursos sicos, tecnológicos, bens e
serviços exclusivos ao desempenho de nossas atribuições, para ns
A é ca atrapalha o lucro? par culares.
A é ca não atrapalha o lucro, ela traz con ança. A con abili- 7.2Devemos nos limitar a instalar, usar ou permi r o uso de
dade é um dos maiores bens do mercado. Empresa transparente programa de computador (so ware) licenciados ou autorizados.
e é ca atrai inves dores e clientes. A é ca cria senso de pertenci- 7.3 Devemos preservar a iden dade ins tucional, evitando
mento nos funcionários. Inves r em é ca é inves r no maior bem usar o nome da Empresa, marcas e símbolos priva vos sem auto-
da empresa: a con ança no seu nome. rização.
7.4 Devemos observar a competência restrita dos porta-vozes
“NUMA DECISÃO DE TRABALHO, SEMPRE QUE VOCÊ DER PRE- para atender demanda de informações pela mídia, conforme dire-
FERÊNCIA A UM INTERESSE PESSOAL, REPENSE, POIS PODE HAVER trizes do discurso ins tucional.
UM CONFLITO DE INTERESSES.” 7.5 Proibimos o uso de instalações, equipamentos, materiais
MÁRCIA DOSI - FUNCIONÁRIA de trabalho e rede eletrônica de comunicações para assuntos polí-
copar dários, religiosos ou de interesse comercial próprio ou Fon
CAPÍTULO 6 de terceiros.
PRESENTES,BRINDES, HOSPITALIDADE E FAVORES
7.6 Devemos zelar pelo patrimônio e imagem do BB e dissemi-
nar este cuidado
6.1 As regras a seguir referem-se ao relacionamento do Banco São porta-vozes do BB os gerentes gerais, superintendentes,
do Brasil com terceiros, como cliente, fornecedor, prestador de ser- gerentes execu vos, diretores e integrantes do Conselho Diretor
viço, parceiro de negócios, correspondente, etc Um funcionário usou a logo do Banco como foto de seu per l
6.2 Vedamos o recebimento pelo funcionário do BB de qual- em rede social.
quer valor em espécie como bene cio próprio. Frequentemente, ele se manifesta sobre questões polí co-par-
6.3 Proibimos o recebimento e solicitação de bene cio ou re- dárias atuais. Isso é correto?
muneração em retorno por serviço prestado na realização de nos-
sas a vidades na qualidade de funcionários do BB A u lização da logo do Banco exige, previamente, avaliação
criteriosa da área gestora da marca. Além disso, a vinculação da
6.4 Desaprovamos o recebimento ou a oferta de presentes ou marca a manifestações polí co-par dárias é vedada pelo Banco.
brindes que comprometam a percepção de pro ssionalismo e de
imparcialidade da empresa, independentemente do valor
CAPÍTULO 8
EXEMPLO ILUSTRATIVO -PRESENTES E BRINDES
PROPRIEDADE INTELECTUAL E PROPRIEDADE DA INFOR
Um cliente de uma agência trouxe uma garrafa de vinho de MAÇÃO
presente para seu gerente. Durante o atendimento, foi iden cado
8.1 Preservamos a segurança da informação, pois a informação
que ele gostaria de ter bene cios anteriormente negados, como,
corpora va é um a vo e possui valor para a organização.
por exemplo, o aumento de seu limite de crédito.

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
8.2 Devemos estar cientes da responsabilidade no tratamento CAPÍTULO 9
das informações corpora vas durante todo o seu ciclo de vida. ENVOLVIMENTO COM A COMUNIDADE E SUSTENTABILI
8.3 Devemos observar normas da propriedade intelectual de DADE
livros, textos, imagens e outros produtos protegidos por direito au-
toral. 9.1 Adotamos a responsabilidade socioambiental na de nição
8.4 Devemos observar diretrizes e polí cas de segurança da in- de polí cas, normas e procedimentos de prevenção e combate à
formação do BB, atentando-nos para a cri cidade das informações. corrupção, bem como à lavagem de dinheiro e ao nanciamento
8.5 Proibimos que funcionários tratem de assuntos sigilosos e do terrorismo.
de uso interno em salas de conversação, redes sociais e aplica vos 9.2 Es mulamos ações empreendedoras com parceiros que
com acesso pela internet não autorizados pelo Banco. abordam proa vamente impactos ambientais.
8.6 DEVEMOS PROTEGER INFORMAÇÕES DE PROPRIEDADE
9.3 Repudiamos o trabalho degradante: infan l, forçado e es-
DO BANCO DO BRASIL COMO FORMA DE GARANTIR INTEGRIDADE,
cravo.
CONFIDENCIALIDADE E DISPONIBILIDADE. NÃO PODERÃO SER DI-
VULGADOS SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO ESTUDOS, METODOLOGIAS, Sustentabilidade é uma questão de a tude e espírito público.
TÉCNICAS, MATERIAIS OU MODELOS DESENVOLVIDOS PARA O BAN- 9.4 Valorizamos vínculos estabelecidos com as comunidades
CO. nas quais atuamos e respeitamos seus valores culturais pois reco-
8.7 Devemos consultar o cadastro e as informações de produ- nhecemos a necessidade de retribuir à comunidade parcela do va-
tos e serviços de funcionários e corren stas apenas por necessida- lor agregado aos negócios.
de do serviço, preservando o sigilo cadastral, bancário, empresarial
e pro ssional. 9.5 Apoiamos inicia vas de desenvolvimento sustentável e par-
cipamos de empreendimentos voltados à melhoria das condições
8.8 Devemos resguardar o sigilo de informação do Banco do sociais da população.
Brasil, rela vas a ato ou fato relevante às quais tenham acesso pri-
Por que a sustentabilidade é ca é uma responsabilidade do
vilegiado em razão da posição ou função que ocupamos.
Banco?
ÉTICA A sustentabilidade é pautada por três aspectos indissociáveis:
8.9 Devemos prestar esclarecimentos dedignos e tempes vos ambiental, social e econômico. Esse tripé determina que os negó-
quando solicitados pelo Banco, mesmo quando es vermos em situ- cios do Banco causem o menor impacto ao meio ambiente e agre-
ação de disponibilidade para outra empresa ou cedido para órgão guem valor à sociedade.
externo. CAPÍTULO 10
8.10 Devemos assegurar que registros contábeis e demonstra- USO RESPONSÁVEL DAS MÍDIAS DIGITAIS
ções nanceiras sejam verdadeiros, completos, precisos, claros e
estejam em conformidade com a legislação, os princípios e as nor- 10.1 Entendemos que a comunicação interna deve contribuir
mas de contabilidade e controles internos para o fortalecimento
Uso É co dos Dados da relação entre a Empresa e os funcionários.
10.2 Primamos pela comunicação inclusiva e que cria condi-
8.11 Tratamos de maneira responsável e é ca os dados inter- ções favoráveis à ação negocial e à realização do trabalho, com foco
nos e externos coletados, de acordo com a legislação, durante todo na transparência, clareza e obje vidade.
o ciclo de vida da informação.
8.12 U lizamos mecanismos de segurança para proteção de 10.3 Devemos usar de forma responsável as mídias digitais e
dados e informações de clientes, fornecedores, parceiros e demais aplicar boas prá cas de comunicação alinhadas aos princípios de
intervenientes. integridade, transparência e respeito.
EXEMPLO ILUSTRATIVO - MÍDIAS DIGITAIS
8.13 Devemos realizar nossas a vidades respeitando a privaci-
dade do cliente e a legislação rela va ao assunto, inclusive no uso e Um colega faz comentários deprecia vos sobre um setor do
tratamento de bases de dados analí cas. Banco e colegas que lá trabalham. Mesmo que o tenha feito em
Exemplo ilustra vo - Propriedade da Informação grupo fechado, suas mensagens podem gerar prejuízos pessoais e
pro ssionais.
Um funcionário contou em uma reunião de família que o Banco
está desenvolvendo uma nova estratégia de captação de clientes. Posicionamento BB
Falou, inclusive, da metodologia a ser u lizada para impactar o mer- Em grupos fechados, mensagens são públicas. Elas se espa-
cado. lham rapidamente e de maneira fácil. O descontrole e a impossibi-
Somente mais tarde se deu conta de que um de seus parentes lidade de remoção das mensagens podem gerar danos irreparáveis
que estava presente tem amigos em banco concorrente. às pessoas e à ins tuição.
PROTAGONISMO E DEBATE COLABORATIVO
Posicionamento BB
Cada um de nós é responsável pelo sigilo e uso adequado das 10.4 Valorizamos manifestações no ambiente digital que res-
informações do Banco. Às vezes, o dano pode ser irreparável para peitem a diversidade de ideias e o posicionamento da Empresa.
a Ins tuição. 10.5 Proibimos a vinculação do Banco do Brasil a comentários
e postagens de informações ou imagens ofensivos e/ou que violem
a privacidade de funcionários e terceiros em mídias digitais e redes
sociais.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
10.6 Proibimos a emissão ou compar lhamento de informa- De cientes Audi vos: 0800 729 0088
ções de caráter discriminatório ou ofensivo que exponha a imagem COMO FAZER UMA DENÚNCIA ÀOUVIDORIA INTERNA?
do Banco, de seus funcionários e do Conglomerado. Toda denúncia deve ser formalizada. No registro, procure res-
#cuidardoqueévaliosoparaaspessoas ponder às seguintes perguntas: Quem está sendo denunciado? O
Antes de escrever nas redes sociais, lembre-se de que todo que ele fez? (se possível, iden que qual item do Código foi des-
conteúdo é público. Pense no impacto na sua vida pro ssional, na cumprido) Como aconteceu? Quando ocorreu o fato? Há testemu-
sua privacidade e na dos outros nhas ou provas? (indique-as)
Minhas ações na esfera privada podem gerar consequências 11.4 Orientamos comunicar à Diretoria de Controles Interno-
no Banco? -Dicoi/DF indício de corrupção, por meio do Canal de Denúncia de
Sempre que você, na vida privada, envolve o nome do Ban- Ilícitos, disponível no Portal BB, inclusive de maneira anônima.
co em ações ilegais e/ou não é cas, gera consequências danosas 11.5 Recomendamos que, em caso de dúvida quanto ao exer-
para o Banco e para si. Ações que suscitem repulsa ou reprovação, cício de a vidade laboral remunerada ou não, paralela ao Banco,
ainda que não vinculadas diretamente ao nome do BB, podem ser o funcionário encaminhe consulta por meio do Sistema Eletrônico
tratadas administra vamente – inclusive sob aspecto é co e/ou de Prevenção de Con ito de Interesses (SeCI), disponível no site da
disciplinar. Controladoria-Geral da União - CGU.
CAPÍTULO 11
11.6 Sugerimos que, em caso de dúvida quanto à aplicação do
DÚVIDAS E DENÚNCIAS
Código de É ca, converse com seu gestor ou consulte o Comitê Es-
11.1 Valorizamos sua manifestação. Se perceber algo que ra o tadual de É ca, por meio de registro no Portal da Ouvidoria Interna,
Código de É ca do Banco do Brasil, é seu dever denunciar na intranet.
Qual é a nalidade e a importância do Comitê de É ca?
11.2 Repudiamos qualquer po de retaliação ao autor de de-
núncias O Comitê de É ca atua principalmente na prevenção de pro-
blemas é cos e investe em ações de educação; responde a con-
Denúncias devem ser encaminhadas para a Ouvidoria Inter- sultas e dúvidas de funcionários sobre como se deve agir; busca
na, mesmo de forma anônima. O sigilo da fonte e a con denciali- minimizar con itos e também age quando há descumprimento do
dade são premissas da Ouvidoria Interna. Código de É ca. O Comitê de É ca é um parceiro do funcionário no
Casos desta natureza serão avaliados sob aspecto é co e po- seu dia a dia.
dem ser encaminhados para tratamento disciplinar. CARTA DE ENCERRAMENTO
11.3 Entendemos que o descumprimento das diretrizes deste
Código de É ca representa grave manifestação contra a é ca e con- Este Código de É ca foi elaborado pela Diretoria Gestão da Cul-
tra princípios administra vos do Banco do Brasil. Quem descumprir tura e de Pessoas com a par cipação de vários colegas, validado
o Código de É ca está sujeito às penalidades das instruções norma- por todas as Unidades Estratégicas do BB, pelo Comitê Execu vo
vas e poderá ser responsabilizado na Fon esfera judicial Pessoas e Cultura Organizacional, Conselho Diretor e Conselho de
Administração do BB. Essa construção colabora va retrata que a
Fazer uma denúncia é ser “dedo-duro”?
é ca faz parte da cultura do Banco do Brasil.
NÃO. O documento deve ser revisado a cada três anos ou, extraordi-
Fazer uma denúncia é cumprir com seu dever é co e repre- nariamente, a qualquer tempo.
senta cuidado com a nossa empresa. Deixar de denunciar com- A Diretoria Gestão da Cultura e de Pessoas é a área responsá-
portamento inadequado é ser conivente com o erro. A denúncia vel pela estruturação, atualização, disseminação e implementação
representa respeito aos princípios e condutas defendidas pelo Ban- deste Código.
co. Permanecer em silêncio pode ser considerado ato de honra em Para facilitar seu entendimento, u lizou-se linguagem simples
determinadas culturas, porém jamais poderá ser considerado ato e clara. Exemplos, perguntas e respostas foram construídos com
é co. Nem a honra está acima dos princípios é cos. É considerado o obje vo de ilustrar a aplicação da é ca no dia a dia de trabalho.
con ito de interesses defender, proteger ou acobertar pessoas ou Além de ser um instrumento que orienta os funcionários na to-
grupos em detrimento dos interesses do Banco. Lembre-se de que mada de decisões, o Código de É ca apresenta condutas esperadas
o sen mento de culpa não deve ser do denunciante, mas daquele pelo BB e as que são expressamente vedadas, indicando, de forma
que pra cou a ação incorreta. obje va e prá ca, as responsabilidades dos colaboradores, inclu-
As denúncias são conduzidas por instâncias autônomas e es- sive da Alta Administração, a m de contribuir para credibilidade,
pecializadas. idoneidade e perenidade de nossa Organização.
A OUVIDORIA INTERNA pode ser contatada pelos seguintes
canais: Os pressupostos e orientações constantes no Código de É ca
do Banco do Brasil devem ser observados com atenção, cuidado
E-mail: ouvidoriainterna@bb.com.br e visão de protagonismo, pois a responsabilidade pela aplicação e
Telefone: (61) 3108-7488 disseminação é de todos nós.
AFINAL, SOMOS TODOS RESPONSÁVEIS POR CUIDAR DO QUE
Intranet: aba “ouvidoria interna” Carta e Atendimento presen-
É VALIOSO PARA AS PESSOAS.
cial: SAUN Quadra 5, Bloco B, Torre Central, 5º andar, Asa Norte
- CEP: 70.040-912 Brasília-DF CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E CONSELHO DIRETOR
A OUVIDORIA EXTERNA pode ser contatada pelos seguintes Membros CA
canais: Presidente: Iêda Aparecida de Moura Cagni
SAC: 0800 729 0722 Vice-Presidente: Walter Eustáquio Ribeiro
Ouvidoria Externa: 0800 729 5678 Membro: Fausto de Andrade Ribeiro
Membro: Rachel de Oliveira Maia

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Membro: Débora Cris na Fonseca
Membro: Waldery Rodrigues Júnior
Membro: Paulo Roberto Evangelista de Lima

Membro: Aramis Sá de Andrade


Membros CD
Presidente: Fausto de Andrade Ribeiro
Vi n: José Ricardo Fagonde Forni
Vivar: Carlos Mo a dos Santos
Vicri: Ana Paula Teixeira
Vitec: Gustavo de Souza Fosse
Vigov: João Pinto Rabelo Júnior
Vicor: Ênio Mathias Ferreira

Vipat: João Carlos de Nobrega Pecego


GLOSSÁRIO
É ca: Palavra de origem grega. Signi ca costume ou hábito. É uma parte da loso a que se dedica a responder como deveríamos agir.
Moral: Tradução la na da palavra é ca, do grego. Com o passar do tempo, a literatura especializada optou por de nir como moral
todo sistema público de regras próprio de diferentes grupos sociais.
Código de É ca do Banco do Brasil: Conjunto de princípios e regras que orientam como devemos agir no ambiente de trabalho. É
ferramenta de educação para a É ca.
Cultura da É ca: Se caracteriza pela busca diária dos funcionários pelo desenvolvimento de bons hábitos de comportamento é co,
pensando sempre no outro e na ins tuição, antes de agir, colaborando pelo desenvolvimento de boas prá cas. Cons tui-se cultura por
tratar-se de preocupação comum, de algo que se torna valor de todos.
Compromisso com a É ca: Cada um tem uma parte de responsabilidade pela efe vação da é ca que é só sua. Compromisso é a res-
ponsabilidade individual que nos vincula com a necessidade de colocarmos os princípios da é ca como parte integrante da vida pessoal e
da vida ins tucional.
Educação para a É ca: É a formação de bons hábitos sob orientação de regras e princípios é cos, que oferece fundamentação neces-
sária para escolha correta de nossa conduta social.
Prevenção de Problemas É cos: Prevenir é a melhor estratégia de desenvolvimento de ambientes saudáveis. É o ato de sermos guar-
diões de nossas próprias ações, de zelarmos por todos e pela ins tuição.
Con ito de Interesses: O con ito de interesses surge quando uma pessoa se encontra envolvida em processo decisório em que ela
tenha o poder de in uenciar o resultado nal, assegurando ganho para si, algum familiar, ou terceiro com o qual esteja envolvido, ou ainda
que possa interferir na capacidade de julgamento, sem isenção. Há con ito de interesses quando alguém não é independente em relação
à matéria em discussão, e pode in uenciar ou tomar decisões mo vadas por interesses dis ntos daqueles da organização.
Quarentena estatutária: É o período de interdição, contados a par r da data de exoneração, no qual o estatutário ca impedido de
realizar a vidade incompa vel com o cargo anteriormente exercido.
Subordinação Hierárquica Direta: Caracteriza-se pela vinculação direta entre o funcionário e o seu superior hierárquico e materiali-
za-se pela sujeição do funcionário e ordens diretas, à avaliação de desempenho - GDP - validação de ponto eletrônico, despacho de férias,
autorizações e deferimentos diversos, entre outras situações.
O QUE MUDOU NO CÓDIGO DE ÉTICA?
Numeração das páginas do Código de É ca.
Alteração da numeração dos itens de acordo com o capítulo.
Atualização da mensagem do Presidente.
Alteração da imagem da contra-capa.
Alteração da imagem do verso da página da carta do Presidente.
Alteração da imagem (pág. 8).
Inclusão do item 2.4 (pág. 11).
Inclusão dos itens 2.6; 2.7 e 2.8 (pág. 11).
Inclusão dos itens 2.18, 2.19, 2.22 e 2.23 (pág 14).
Inclusão dos itens 2.25, 2.26, 2.27, 2.29, 2.30, 2.31, 2.32 e 2.33 (pág. 15).
Inclusão de exemplos (págs. 24 e 26).
Migração do item 2.38 do sub tulo “Governos” para “Parceiros” (pág. 37).
Inclusão do item 3.3 (pág. 23).
Inclusão no item 4.6 de exemplo do con ito de interesse (págs. 26 e 27)
Exclusão no texto do trecho: “Mais exemplos de con ito de interesses:”
Alteração das imagens das págs: 7, 8, 9, 11, 14, 17, 19, 20, 24, 25 e 37.
Alteração da citação da pág. 11.
Inclusão do sub tulo “Liderado” (pág. 15).

Inclusão no glossário o item “Subordinação Hierárquica Direta” (pág. 44).

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

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POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DO BANCO DO BRASIL DISPONÍVEL NO SÍTIO DO BB NA INTERNET

Polí ca de Responsabilidade Socioambiental *


Abrangência: Esta polí ca orienta o comportamento do Banco do Brasil, que pautado pelos princípios da relevância, proporcionali-
dade e da e ciência, se compromete a envidar esforços para colaborar com as empresas controladas, coligadas e simples par cipações,
a m de que de nam seus direcionamentos a par r destas orientações, considerando as necessidades especí cas e os aspectos legais e
regulamentares a que estão sujeitas.
Regulamentação: Resolução do Conselho Monetário Nacional 4.327, de 25/04/2014 e Norma vo SARB nº 14, de 28/08/2014 (Autor-
regulação FEBRABAN)
Introdução: Esta polí ca orienta o comportamento do Banco do Brasil em relação à responsabilidade socioambiental e seus princípios
também se encontram inseridos em polí cas especí cas.
1. Pautamos a atuação em responsabilidade socioambiental pelas nossas de nições estratégicas, alinhadas às leis e normas que dis-
ciplinam o assunto.
2. Adotamos e difundimos princípios de atuação em bases social e ambientalmente responsáveis, considerando:
a) a é ca, a promoção dos direitos humanos, dos direitos fundamentais do trabalho, meio ambiente e o desenvolvimento sustentável
e a contribuição para a universalização dos direitos sociais e da cidadania;
b) o respeito e a valorização da diversidade e da equidade nas relações;
c) a contribuição para que o potencial dos funcionários e demais colaboradores possa ser aproveitado pela sociedade;
d) o es mulo, a difusão e a implementação de prá cas de desenvolvimento sustentável;
e) a melhoria con nua de nosso desempenho socioambiental;

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f) o desenvolvimento de ações voltadas para a ecoe ciência e das Nações Unidas, Ko Annan, aos 50 maiores CEOs globais de ins-
para a prevenção da poluição e das emissões de carbono em produ- tuições nanceiras, sobre como integrar, no mercado de capitais,
tos, serviços e processos, bem como o zelo pela adequada des na- os fatores de governança, sociais e ambientais.
ção dos resíduos gerados.
g) o apoio a inicia vas que visem à redução da emissão ou à es- Em português, a sigla ASG norteia ações mais responsáveis
tabilização da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera. entre as organizações. As relações são cada vez mais pautadas por
3. Adotamos estrutura de governança da responsabilidade so- sustentabilidade, responsabilidade social e transparência nas suas
cioambiental e gestão de riscos socioambientais compa veis com o polí cas corpora vas.
nosso porte, a natureza do negócio, a complexidade dos produtos Relevância no mercado
e serviços, e as relações estabelecidas com os diversos públicos de
Apesar de terem sido criadas há quase duas décadas, as prá -
interesse.
cas ESG vêm se tornando cada vez mais relevantes. Tanto a socie-
4. Engajamos e capacitamos a alta administração e o nosso pú-
dade vem demandando cada vez mais atenção ao tema, quanto as
blico interno, em todos os seus níveis, para o cumprimento desta
empresas têm se adaptado e, com isso, obtendo ganhos e melho-
Polí ca.
rias nas suas a vidades.
5. Es mulamos a par cipação dos nossos públicos de interesse
A sustentabilidade da empresa não importa mais apenas para
no desenvolvimento desta Polí ca.
cumprir leis e novas regras ambientais. Hoje ela dita a imagem pe-
6. Atuamos em conjunto com empresas, governos e sociedade
rante o público, o valor diante de acionistas e até a capacidade de
na de nição de inicia vas voltadas à redução de riscos e ao aprovei-
se manter e prosperar no futuro.
tamento de oportunidades relacionadas às questões socioambien-
tais, inclusive às mudanças climá cas. No Brasil, uma pesquisa de 2019 da Union Webster mostrou
7. Buscamos, por meio da nossa atuação negocial, favorecer a que 87% das pessoas preferem comprar de negócios sustentáveis.
inclusão e a educação nanceira, a geração de emprego e renda e a Como você verá a seguir, essa preferência só foi aumentando.
melhoria con nua das condições de vida para clientes e sociedade.
8. Buscamos o alinhamento entre o inves mento social privado Impactos da pandemia
e a nossa atuação negocial, considerando prá cas ambientalmente Se essa já era uma demanda crescente de mercado, a pande-
corretas. mia acelerou ainda mais o interesse sobre o tema. Por conta da cri-
9. Adotamos estrutura de gerenciamento de riscos que tem por se sanitária e principalmente dos seus re exos sobre a economia,
obje vo iden car, classi car, avaliar, monitorar, mi gar e controlar aumentaram as cobranças em relação à postura socioambiental dos
o risco socioambiental. negócios.
As pesquisas da população pelo termo, em inglês, ESG na inter-
10. Avaliamos, atualizamos e publicamos sistema camente net quase triplicaram nos 12 meses anteriores a fevereiro de 2022.
nossos desa os e ações em sustentabilidade, bem como o reporte Em relação ao tema ASG como um todo, as buscas aumentaram
dos resultados alcançados, de acordo com padrões reconhecidos 150% no Brasil, segundo uma pesquisa do Google Trends.
pelo mercado.
Perspec vas de crescimento
Um estudo da McKinsey aponta como o mercado responde ra-
ASG AMBIENTAL, SOCIAL E GOVERNANÇA : ECONOMIA pidamente ao aumento da demanda por empresas ESG. De acordo
SUSTENTÁVEL; FINANCIAMENTOS; MERCADO PJ com a consultoria, 83% dos execu vos e inves dores esperam que
a adoção dessas prá cas esteja diretamente relacionada ao aumen-
Já ouviu falar em prá cas ASG ou ESG? A sigla em português, to de valor das organizações nos próximos cinco anos.
que signi ca Ambiental, Social e Governança Corpora va (ASG), Essa conscien zação maior e os consequentes ganhos da socie-
Environmental, Social and Corporate Governance (ESG), em inglês, dade com a adoção, por parte das empresas, dessas prá cas, tor-
ganhou um peso importante na estratégia de diversas empresas, de naram-nas fundamentais para os negócios. A adaptação é a melhor
todos os portes, ao redor do mundo. forma de prosperar.
Os consumidores passaram a cobrar condutas mais responsá-
veis e igualitárias das marcas e empresas. A sociedade agora de- Tendências de ASG para 2022
manda uma consciência maior dos empreendedores em relação
aos impactos no meio ambiente. A necessidade de maior demo- A m de aderir às novas demandas do mundo dos negócios
cra zação de acesso, além da inserção da diversidade de gênero no e fazer parte desse movimento de transformação, é fundamental
mundo corpora vo ser pauta fundamental. conhecer as suas tendências. Para 2022, alguns temas devem atrair
Com o mercado mais engajado nesses aspectos, as ins tuições os interesses dos inves dores que valorizam prá cas sustentáveis.
e os inves dores passaram a incorporar as prá cas ASG nos seus Segundo estudo realizado pela consultoria Deloi e, dentre
planejamentos de negócio. eles: redução dos gases do efeito estufa, regulamentação dos mer-
cados de crédito de carbono, diversidade e inclusão. O mesmo do-
Se você também preza pela sustentabilidade como consumidor cumento indica que 74% das organizações com ações na bolsa pla-
ou quer adotar uma governança corpora va mais responsável na nejam ampliar o seu orçamento direcionado à ASG ainda neste ano.
sua empresa, é bom conhecer o tema. E ainda descobrir as tendên-
cias e principais transformações. O ASG é uma mudança de modelo no capitalismo
PRÁTICAS ASG: COMO ESTÃO TRANSFORMANDO O MUN Quando se trata do tema de ASG no Brasil, o nome de Sônia
DO CORPORATIVO? Consiglio tende a ser imediatamente lembrado. Jornalista e espe-
Em 2004, a nomenclatura em inglês Environmental, Social and cialista em desenvolvimento sustentável, Sônia tem, na sua carrei-
Corporate Governance (ESG) foi usada pela primeira vez em um re- ra, passagem pelas diretorias de comunicação e sustentabilidade de
latório do Pacto Global da ONU. O documento, em parceria com o ins tuições nanceiras de peso, como o BankBoston, o Itaú Uniban-
Banco Mundial, surgiu de uma demanda do então secretário geral co e a Bolsa de Valores B3.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Em 2016, foi eleita SDG Pioneer pelo Pacto Global da ONU, por Originação de Títulos Sustentáveis
ter trabalhado para o desenvolvimento de um mercado de ações
mais transparente e sustentável na B3. A honraria é des nada Por meio da Originação de Títulos Sustentáveis, o Banco do
àqueles líderes empresariais que veram reconhecida atuação em Brasil atua na criação de inves mentos com impactos posi vos em
prol do desenvolvimento sustentável. diferentes âmbitos sociais e ambientais.
O grande obje vo é disponibilizar o equivalente a R$ 30 bilhões
Os dez compromissos do Banco do Brasil para um mundo mais
em recursos sustentáveis negociados no mercado de capitais. Dessa
sustentável
maneira, procura-se fazer com que os próprios inves dores reco-
Um dos maiores bancos brasileiros não poderia car de fora nheçam a sustentabilidade como um excelente negócio.
dessa, né? Tendo em vista esse aumento da demanda por uma nova Aumento do cuidado ambiental
economia mais sustentável, voltada para o meio ambiente e social,
sempre pensando na melhora da governança, o Banco do Brasil es- O banco amplia constantemente o seu foco nos princípios de
tabeleceu dez compromissos no tema ASG. preservação do meio ambiente, guiando-se por medidas especí -
Quer conhecer? Veja a seguir. cas. Elas incluem a aquisição de energia renovável além da redução
e compensação de emissões de gases do efeito estufa.
Fomento à Energia Renovável
Desde 2021, 100% das emissões indiretas desses gases são
O banco tem o compromisso de fomentar soluções que ajudem compensadas, e a meta é reduzir, até 2030, um total de 30% das
a melhorar a e ciência das fontes energé cas. Assim, ele contribui emissões diretas.
para reduzir o consumo de fontes não renováveis e agressivas ao Já para 2024, a meta é que 90% das fontes de energia da ins -
meio ambiente. tuição sejam renováveis.
Isso é feito por meio do incen vo de soluções nanceiras vol- Valorização da diversidade
tadas à aquisição de sistemas, como painéis solares, equipamentos
mais e cientes, entre outros. Tanto em casas e empresas quanto O Banco do Brasil realiza ações em prol da inclusão, principal-
no campo. mente voltadas à equidade de gênero e de raça em cargos de lide-
rança.
Incen vo à Agricultura Sustentável
Nesse quesito, os inves mentos mais signi ca vos atualmente
O Banco do Brasil presta apoio à agricultura familiar e preza por são na formação de futuros líderes. Até 2025, haverá ao menos um
incen vos para melhores prá cas agrícolas. terço de mulheres e 23% de pessoas pretas e pardas liderando a
As metas nesta área são ambiciosas. Até 2025, a ins tuição ins tuição.
pretende des nar R$ 125 bilhões para créditos contratados nesse Ampliação da maturidade digital
segmento. O foco são ações mais e cientes de plan o e colheita
e uma produção mais alinhada às demandas de desenvolvimento Quanto mais digitais são os serviços prestados, menores são os
do país. impactos para o meio ambiente. Ao mesmo tempo, isso permite,
aos clientes, ganhos em comodidade, tempo e sa sfação.
Fomento ao Empreendedorismo
Sabendo disso, o banco pretende ter 17 milhões de clientes
O apoio ao desenvolvimento dos brasileiros também possui mais conectados até 2025. O foco é atender às demandas de pra ci-
impactos diretos em termos socioambientais. Por isso, a ins tuição dade e inovação da sociedade, sem abrir mão da solidez nanceira.
auxilia empreendedores com crédito e conteúdos sobre educação
Contribuição à sociedade
nanceira.
Até 2025, o Banco do Brasil deseja ter 1 milhão de clientes em- Constantemente, a ins tuição promove projetos de educação,
preendedores. E assim, tornar-se fundamental com crédito para tecnologias sociais e sustentabilidade. Eles são criados e viabiliza-
geração de mais empregos e promoção de crescimento econômico. dos graças aos inves mentos na Fundação Banco do Brasil.
Ampliação da E ciência Estadual e Municipal Até 2030, a meta é inves r mais de R$ 1 bilhão em projetos
educa vos, ações de inclusão socioprodu va. Esta parte abrange
Estados e municípios também receberão ajuda em melhorias cuidados com o meio ambiente, incen vo ao voluntariado e desen-
administra vas, educa vas, de e ciência energé ca, entre outras. volvimento de novas tecnologias sociais.
Já há metas para até 2025 nesta área. Gostou de saber mais sobre esse assunto tão importante para
O principal obje vo é desembolsar R$ 20 bilhões em apoio ao a economia no futuro? Então entenda mais sobre ASG no Blog BB e
programa E ciência Estadual e Municipal. Ele engloba desde me- conheça as oportunidades de inves r em fundos com essas carac-
lhorias administra vas até nas áreas de educação, meio ambiente, terís cas.
mobilidade, entre outras.
Fonte: Disponível em: h ps://blog.bb.com.br/entenda-o-que-sao-as-
Ampliação dos Inves mentos ASG -pra cas-asg/ Acesso em: 23.dez.2022

A ins tuição direciona cada vez mais recursos a inves mentos


ESG. Com isso, desempenha um papel relevante para mo var ações
voltadas à adoção de prá cas com viés ambiental, social e de gover-
nança corpora va.
Há uma meta de chegar a 2025 com R$ 20 bilhões aplicados em
empresas alinhadas a essas causas. O banco também realizará uma
avaliação, até o nal de 2022, sobre os critérios ESG de 100% dos
a vos aplicáveis sob gestão da BB DTVM.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
6. (SETRABES – ADMINISTRADOR – SUPERIOR – UERR - 2018)
QUESTÕES Sobre o Plano Plurianual - PPA de que trata o art. 165 da Cons tui-
ção Federal marque a alterna va incorreta:
(A) A duração atual é de quatro anos.
1. (BANESTES – TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO – MÉ- (B) Estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, obje vos
DIO – FGV – 2018) O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é dividido e metas da Administração Pública para as despesas de capital.
em segmentos especializados e um dos ramos de maior importân- (C) A elaboração dá-se no primeiro ano do mandato do gover-
cia é o Mercado de Crédito, responsável por: nante.
(A) fornecer recursos para o consumo das pessoas em geral e (D) Estabelece um conjunto de metas de polí ca governamen-
para o funcionamento das empresas; tal que envolve programas de duração prolongada.
(B) fornecer à economia papel-moeda e moeda escritural, (E) O Plano Plurianual é a lei que de ne as prioridades do exe-
aquela depositada em conta-corrente; cu vo para o ano seguinte ao de sua aprovação, e que devem
(C) permi r às empresas em geral captar recursos de terceiros ser observadas na elaboração da lei Orçamentária Anual.
e, portanto, compar lhar os ganhos e os riscos; 7. (SETRABES – ADMINISTRADOR – SUPERIOR – UERR - 2018) So-
(D) facilitar a compra e a venda de moeda estrangeira; bre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (CF/1988 e Lei nº 4.320/1964),
(E) permi r operações em mercados futuros. analise as asser vas:
2. (BANESTES – TÉCNICO BANCÁRIO – MÉDIO – FGV – 2018) O I - A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remu-
mercado de capitais é um sistema de distribuição de valores mo- neração, pelos órgãos e en dades da administração direta ou in-
biliários que visa proporcionar liquidez aos tulos de emissão de direta, inclusive fundações ins tuídas e man das pelo poder pú-
empresas e viabilizar seu processo de capitalização. É cons tuído blico, só poderão ser feitas se houver prévia dotação orçamentária
pelas bolsas, corretoras e outras ins tuições nanceiras autoriza- su ciente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos
das, e seus produtos principais incluem: acréscimos dela decorrentes e, ressalvadas as empresas públicas e
(A) cer cados de depósitos bancários e letras nanceiras; as sociedades de economia mista, autorização especí ca presente.
(B) tulos emi dos pelo Tesouro Nacional; II- A proibição de aquisição de veículos de representação, cons-
(C) cartas de ança e garan as; tante na lei de diretrizes orçamentárias vigente, em face da auto-
(D) emprés mos-ponte e nanciamentos de projetos; nomia administra va e nanceira dos Poderes da República, não
(E) ações e debêntures. vincula o Poder Judiciário.
III- De acordo com a Cons tuição Federal, foi reservada à Lei
3. (TRANSPETRO – PROFISSIONAL DE COMUNICAÇÃO/JORNA- de Diretrizes Orçamentárias a função de dispor sobre alterações na
LISMO – SUPERIOR – CESGRANRIO – 2018) No contexto recente legislação tributária.
da economia brasileira a valorização cambial vem sendo u lizada Assinale a alterna va correta:
como instrumento no combate à in ação. Mas a conservação des- (A) se todas as a rma vas es verem corretas.
ta polí ca, contudo, tende a expor setores econômicos mais volta- (B) se apenas as a rma vas II e III es verem corretas.
dos ao mercado interno a um grau de concorrência crescente com (C) se apenas as a rma vas I e II es verem corretas.
empresas internacionais, o que pode vir a acarretar em queda do (D) se apenas a a rma va II es ver correta.
emprego e da renda internos. Um contexto de valorização cambial, (E) se apenas as a rma vas I e III es verem corretas.
no Brasil:
(A) Reduzirá a dívida externa em dólar. 8. (SETRABES – ADMINISTRADOR – SUPERIOR – UERR - 2018)
(B) Trará importações mais baratas. Marque a alterna va correta. Todas as receitas e despesas consta-
(C) Valorizará os termos de troca. rão pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções. Esta a rmação
(D) Propicia o acesso de capitais internacionais. refere-se à:
(A) LRF- Lei de Responsabilidade Fiscal.
4. (BANESTES – TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO – MÉ- (B) LOA- Lei Orçamentária Anual.
DIO – FGV – 2018) É competência do Comitê de Polí ca Monetária (C) LDO- Lei de Diretrizes Orçamentárias.
– Copom a xação: (D) LTF- Lei de Transparência Fiscal.
(A) da taxa do CDI; (E) PPA- Plano Plurianual
(B) da taxa Selic diária;
(C) da meta para a taxa Selic; 9. (BANESTES – TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO –
(D) da Taxa de Juros de Longo Prazo; MÉDIO – FGV – 2018) O Sistema Financeiro Nacional (SFN) possui
(E) do superávit primário. órgãos norma vos, supervisores e executores, com papéis bem de-
nidos. A supervisão do mercado de capitais é responsabilidade:
5. (BANESTES – TÉCNICO BANCÁRIO – MÉDIO – FGV – 2018) Em (A) do Conselho Monetário Nacional (CMN);
referência aos papéis exercidos pelo Copom e pela mesa de opera- (B) do Banco Central do Brasil;
ções do mercado aberto do Banco Central do Brasil, com relação à (C) da Bolsa de Valores;
taxa Selic, é estabelecido que: (D) do Ministério da Fazenda;
(A) a mesa de operações determina a meta para a Selic e o Co- (E) da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
pom é responsável por manter a taxa diária próxima da meta;
(B) o Copom determina a meta para a Selic e é também respon- 10. (CRO/AC – ANALISTA FINANCEIRO – SUPERIOR – QUADRIX –
sável por manter a taxa diária próxima da meta; 2019) Julgue os itens, rela vos à gestão nanceira das empre
(C) o Copom determina a meta para a Selic e a mesa de opera- sas. O mercado de capitais compreende todos os mercados de
ções é responsável por manter a taxa diária próxima da meta; recursos nanceiros edeintermediaçãodeoperações de crédito do
(D) a mesa de operações determina a meta para a Selic e é tam- sistema econômico
bém responsável por manter a taxa diária próxima da meta; ( ) CERTO
(E) o Copom persegue uma meta estabelecida pelo Conselho ( ) ERRADO
Monetário Nacional (CMN).
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
11. (BANPARÁ – TÉCNICO BANCÁRIO – MÉDIO – FADESP – (C) A taxa de câmbio nominal é o instrumento usado nas transa-
2018) O Mercado Secundário é onde ocorre a negociação con nua ções internacionais de troca de bens e serviços de uma nação por
dos papéis (ações) emi dos no passado. Sendo assim, um inves - bens e serviços de outra nação.
dor que queira operar nesse mercado deve (D) No regime puro de utuação das taxas de câmbio o Banco
(A) pedir autorização para Comissão de Valores Mobiliários Central não executa operações de compra e venda de moedas es-
(CVM). trangeiras.
(B) dirigir-se a uma sociedade corretora membro de uma bolsa
15. (BANCO DA AMAZÔNIA – TÉCNICO CIENTÍFICO – SUPERIOR –
de valores, na qual receberá orientações e esclarecimentos na
CESGRANRIO – 2021) De acordo com os dados do Banco Central do
seleção dos inves mentos.
Brasil, entre dezembro de 2019 e outubro de 2020, a taxa de câmbio
(C) procurar um banco, uma corretora ou uma distribuidora de
aumentou, em média, de R$4,11/US$ para R$5,63/US$, representan-
valores mobiliários, que par cipem do lançamento das ações
do uma depreciação de 37% da moeda brasileira, em termos nominais,
pretendidas.
e de 35%, em termos reais. Considerando os fatores que determinam
(D) solicitar autorização no Banco Central do Brasil, o qual é
as alterações na taxa de câmbio ao longo do tempo, a depreciação ob-
o responsável pela gestão nanceira do mercado de capitais
servada no período assinalado re e u a(o)
brasileiro.
(A) entrada líquida expressiva de dólares no Brasil.
(E) entrar em contato direto com a empresa da qual tenha inte-
(B) venda de reservas internacionais por parte do Banco Central
resse em adquirir ações.
do Brasil.
12. (AL/APA – ECONOMISTA – SUPERIOR – FCC – 2020) O com- (C) fuga de capitais, diante da incerteza com respeito aos impactos
portamento do balanço de pagamentos é sensível ao regime cam- da crise pandêmica.
bial adotado pelo país. Assim, em um regime de (D) aumento do diferencial entre as taxas de juros internas e ex-
(A) taxa de câmbio utuante, a polí ca monetária é e caz em ternas.
determinar a taxa de câmbio real, muito embora não tenha (E) aumento das posições compradas da moeda brasileira nos
controle sobre a taxa nominal de câmbio. (B) utuação suja ou mercados futuros de câmbio
controlada, a taxa de câmbio nominal é man da xa de sorte a
atrair capitais estrangeiros interessados em carry trade. 16. (CRQ/4ª. REGIÃO – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MÉDIO –
(C) câmbio xo, o crescimento sustentado da economia basea- QUADRIX – 2018) Julgue os itens, rela vos à aplicação da matemá ca
do em dé cits em transações correntes torna o equilíbrio das nanceira e ao nanciamento do sistema bancário. Os juros reais são
contas externas diretamente dependente da liquidez no mer- os juros resultantes, após a subtração da taxa de crescimento da eco-
cado nanceiro internacional. nomia, dos juros nominais.
(D) câmbio xo, aumenta a e cácia da polí ca monetária ao ( ) CERTO
isolar a economia de variações nos preços internacionais dos ( ) ERRADO
bens importados.
17.(BRB – ESCRITURÁRIO – MÉDIO – IADES – 2019) As en dades
(E) câmbio xo, é maior o espaço de decisão à polí ca mone-
representa vas das ins tuições nanceiras, a exemplo da Federação
tária domés ca, razão pela qual é preferível ao regime de u-
Brasileira de Bancos (Febraban), têm envidado esforços para a criação
tuação.
e o aprimoramento con nuo de sistemas de autorregulação des na-
13. (GASBRASILIANO – ECONOMISTA JR. – SUPERIOR – IESES dos a reforçar publicamente o compromisso do setor nanceiro com
– 2017) Quando a taxa de câmbio nominal é predominantemente a observância dos princípios da integridade, equidade, transparência,
determinada pela lei da oferta e da procura de mercado, estamos sustentabilidade e con ança, orientando, no relacionamento com o
diante de um regime cambial de taxas ___________. consumidor, o atendimento das necessidades e dos interesses deste
(A) Sujas. de forma justa, digna e cortês, a m de garan r a respec va liberdade
(B) Fixas. de escolha e a tomada de decisões conscientes, sem prejuízo da ado-
(C) Flutuantes. ção de polí cas e medidas voltadas à responsabilidade socioambien-
(D) Mistas. tal, prevenção de situações de con itos de interesse e de fraude, além
da prevenção e do combate à corrupção, à lavagem de dinheiro e ao
14. (PREFEITURA DE VIANA/ES – AUDITOR FISCAL DE TRIBU-
nanciamento do terrorismo. No que se refere aos sistemas de Autor-
TOS/ECONOMIA – SUPERIOR – CONSULPLAN – 2019) O regime
regulação mencionados, assinale a alterna va correta.
cambial de uma economia é a estrutura na qual a taxa de câmbio é
gerada. Dentro de um modelo simpli cado podemos dizer que um (A) Podem ser revogados por ato do Banco Central do Brasil.
regime cambial pode ser xo ou utuante. No primeiro caso, o Ban- (B) São aplicáveis a todas as ins tuições nanceiras e demais
co Central es pula um valor xo para a taxa de câmbio, vide início ins tuições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Bra-
do Plano Real no Brasil, já no segundo, regime utuante, a taxa de sil, independentemente de vínculo associa vo ou adesão vo-
câmbio variará de acordo com as conjunturas de mercado. Saindo luntária.
do modelo simpli cado, dentro desses dois regimes, existem ainda (C) Decorrem de lei.
pos especí cos. Sobre o comportamento dos regimes cambiais, (D) Cons tuem-se de recomendações sem força obrigatória,
NÃO podemos a rmar que: não havendo previsão de aplicação de sanções em caso de des-
(A) O regime utuante de moeda que apresenta mediações es- cumprimento.
porádicas por parte do Banco Central com a intenção de atenu- (E) A criação, a organização e o funcionamento desses sistemas
ar as oscilações especula vas da taxa de câmbio é conhecido não dependem de autorização do Banco Central do Brasil.
por utuação suja.
(B) O maior bene cio do regime xo de câmbio é o de ele sim- 18. Lei Complementar n.º 105/2001
pli car a tomada de decisão por parte dos agentes econômicos. Art. 6.º As autoridades e os agentes scais tributários da União,
dos estados, do Distrito Federal e dos municípios somente poderão
examinar documentos, livros e registros de ins tuições nanceiras,
inclusive os referentes a contas de depósitos e aplicações nancei-
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ras, quando houver processo administra vo instaurado ou procedi- (D) No que se refere à Lei 9.613/98 (Lavagem de Dinheiro), alte-
mento scal em curso e tais exames forem considerados indispen- rada pela Lei 12.683/12, é correto a rmar que atualmente não
sáveis pela autoridade administra va competente. é possível a prá ca de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos
Conforme o entendimento do STF, o disposi vo anteriormente e valores na modalidade tentada.
transcrito (E) É crime pra cado por funcionário público contra a admi-
nistração em geral, dar às verbas ou rendas públicas aplicação
(A) fere o direito à privacidade e à in midade. diversa da estabelecida em lei.
(B) é incons tucional, pois o acesso a dados bancários pelo s-
co depende de autorização judicial. 22. A lei que dispõe sobre o crime de lavagem ou ocultação de
(C) não ofende o direito ao sigilo bancário. bens, direitos e valores
(D) trata especi camente da quebra de sigilo bancário. (A) adotou o modelo legisla vo de segunda geração de comba-
(E) baseia-se no princípio da transparência dos tributos. te ao crime de lavagem de dinheiro, visto prever rol taxa vo de
crimes antecedentes.
19. Acerca da Lei Complementar nº 105/2001, que dispõe (B) permite ao Juiz reduzir ou deixar de aplicar a pena ao autor
quanto ao sigilo das operações de ins tuições nanceiras, assinale que colaborar espontaneamente, prestando esclarecimentos
a alterna va correta. que conduzam à iden cação de autores, coautores e par ci-
(A) O dever de sigilo não é aplicável à BRB Distribuidora de Tí- pes, a qualquer tempo.
tulos e Valores Mobiliários, tendo em vista que ela não é consi- (C) permite à Autoridade Policial e ao Ministério Público o aces-
derada ins tuição nanceira. so direto a documentos rela vos a movimentações bancárias
(B) O Fisco não pode requisitar diretamente ao BRB informa- de inves gados por crime de lavagem de dinheiro.
ções a respeito da movimentação bancária dos respec vos (D) estabelece ser de competência da Jus ça Federal a apura-
clientes, independentemente de autorização judicial. ção e julgamento do crime de lavagem de dinheiro.
(C) Mediante a decisão fundamentada do respec vo presiden- (E) prevê a modalidade da lavagem de dinheiro culposa.
te, uma CPI da Câmara Legisla va do Distrito Federal pode re-
quisitar ao BRB informações a respeito da movimentação ban- 23. A Lei Geral de Proteção de Dados considera como dados
cária de clientes da ins tuição nanceira. pessoais sensíveis os dados sobre
(D) As operações nanceiras que envolvam recursos públicos (A) contas bancárias.
não estão abrangidas pelo sigilo de que trata a referida lei com- (B) viagens realizadas.
plementar de acordo com jurisprudência do STJ. (C) formação acadêmica.
(E) O dever de sigilo não é aplicável às empresas de fomento (D) origem racial ou étnica.
mercan l (factoring), tendo em vista que elas não são conside- (E) numeração de documentos.
radas ins tuições nanceiras. 24. Nos termos da Lei Brasileira que trata da Proteção de Da-
20. De acordo com a Lei Complementar n.º 105/2001, as ins- dos, Lei nº 13.709/2018, a respeito da Autoridade Nacional de Pro-
tuições nanceiras devem conservar o sigilo de suas operações, teção de Dados (ANPD), assinale a alterna va correta.
sendo uma violação desse dever (A) A natureza jurídica da ANPD é permanente, podendo ser
(A) a revelação de informações sigilosas, ainda que com o con- transformada pelo Poder Execu vo em en dade da adminis-
sen mento expresso do interessado. tração pública federal indireta, subme da a regime autárquico
(B) a comunicação, às autoridades competentes, da prá ca de especial e vinculada à Presidência da República.
ilícitos penais ou administra vos, sem ordem judicial. (B) Ato do Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comu-
(C) a troca de informações entre ins tuições nanceiras, para nicações disporá sobre a estrutura regimental da ANPD.
ns cadastrais, ainda que observadas as normas do Banco Cen- (C) Não é da competência da ANDP apreciar pe ções de tular
tral e do Conselho Monetário Nacional. contra controlador após comprovada pelo tular a apresenta-
(D) o fornecimento, a gestores de bancos de dados, de informa- ção de reclamação ao controlador não solucionada no prazo
ções nanceiras rela vas a operações de crédito adimplidas, estabelecido em regulamentação.
para formação de histórico de crédito. (D) Os valores apurados na venda ou no aluguel de bens mó-
(E) a transferência, à autoridade tributária, de informações re- veis e imóveis de sua propriedade não cons tuem receitas da
la vas a operações com cartão de crédito que permitam iden- ANDP.
car a natureza dos gastos efetuados. (E) Os cargos em comissão e as funções de con ança da ANPD
serão remanejados de outros órgãos e en dades do Poder Exe-
21. Considerando os crimes pra cados contra a Administração cu vo federal.
Pública e a Lei 9.613/96, marque a alterna va CORRETA.
(A) Aquele que solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para 25. Em relação à responsabilização obje va, administra va e
outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de civil de pessoas jurídicas pela prá ca de atos contra a Administração
in uir em ato pra cado por funcionário público no exercício da Pública, de acordo com a Lei nº 12.846/13, assinale a a rma va
função, pra ca o crime de exploração de pres gio. correta.
(B) Aquele que solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra (A) A responsabilização da pessoa jurídica exclui a responsabili-
u lidade, a pretexto de in uir em juiz, jurado, órgão do Minis- dade individual de seus dirigentes e administradores.
tério Público, funcionário de jus ça, perito, tradutor, intérprete (B) Quando há cisão, as sucessoras serão responsabilizadas
ou testemunha, pra ca o crime de trá co de in uência. somente pelo pagamento da muita devida, na proporção do
(C) Aquele que patrocinar, direta ou indiretamente, interesse patrimônio líquido.
privado perante a administração pública, valendo-se da qua- (C) As pessoas jurídicas serão responsabilizadas pelos atos con-
lidade de funcionário, pra ca o crime de trá co de in uência. tra a Administração Pública apenas quando estes foram pra -
cados exclusivamente em seu bene cio.

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(D) Quando há fusão e incorporação, a sucessora será respon- (B) Caso ocorra a responsabilização da empresa na esfera ad-
sabilizada e sobre ela serão aplicadas as sanções previstas em ministra va, com a imposição de multa em percentual do fatu-
Lei e o pagamento da multa devida, quando aplicável. ramento, estará a empresa automa camente desobrigada com
(E) As sociedades controladoras, controladas e coligadas se- relação à reparação integral do dano causado.
rão solidariamente responsáveis pela prá ca dos atos contra (C) A responsabilização da empresa na esfera administra va
a Administração Pública, restringindo-se tal responsabilidade à afasta a possibilidade de responsabilização individual dos diri-
obrigação de pagamento de multa e à reparação integral do gentes ou administradores par cipes dos atos ilícitos.
dano causado. (D) A lei prevê a possibilidade de celebração de acordo de le-
niência, com iden cação dos envolvidos e obtenção de infor-
26. Assinale a alterna va correta de acordo com a Lei An cor-
mações, o que implica na isenção das sanções e exime a pessoa
rupção no 12.846, de 1o de agosto de 2013, que dispõe sobre a res-
jurídica da obrigação de reparação dos danos causados.
ponsabilização administra va e civil de pessoas jurídicas pela prá -
(E) É possível a propositura de ação judicial com vistas à apli-
ca de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira.
cação, dentre outras, das sanções de suspensão ou interdição
(A) Não será levada em consideração na aplicação das sanções
parcial das a vidades e dissolução compulsória da pessoa ju-
a consumação ou não da infração, nem a cooperação da pessoa
rídica.
jurídica para a apuração das infrações.
(B) As pessoas jurídicas somente serão responsabilizadas por 30. CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2021
atos ilícitos na medida da sua culpabilidade, enquanto os di- Assunto: Banco do Brasil
rigentes ou administradores serão responsabilizados obje va- O Banco do Brasil (BB) oferece diversas linhas de crédito des-
mente. nadas a custear os dispêndios realizados pelos produtores rurais.
(C) O acordo de leniência não exime a pessoa jurídica da obri- A modalidade de crédito rural, oferecida pelo BB, des nada ao
gação de reparar integralmente o dano causado. bene ciamento, custeio e industrialização da produção é denomi-
(D) Na esfera administra va, será aplicada multa à pessoa jurí- nada
dica considerada responsável pelas prá cas ilícitas, no valor de (A) Funcafé Custeio
1 a 50% do faturamento bruto. (B) Custeio Agropecuário
(E) A responsabilidade da pessoa jurídica na esfera administra- (C) Pronamp Custeio
va afasta a possibilidade de sua responsabilização na esfera (D) Pronaf Agroindústria
judicial. (E) Crédito Rural Pronaf Custeio
27. De acordo com o Decreto nº 8.420/2015, consiste, no âm- 31. CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2021
bito de uma pessoa jurídica, no conjunto de mecanismos e proce- Assunto: Banco do Brasil
dimentos internos de integridade, auditoria e incen vo à denúncia Um jovem atua em uma organização social com inúmeros pro-
de irregularidades e na aplicação efe va de códigos de é ca e de jetos em comunidades carentes situada em região metropolitana
conduta, polí cas e diretrizes com obje vo de detectar e sanar des- de uma grande capital brasileira. A organização possui vários em-
vios, fraudes, irregularidades e atos ilícitos pra cados contra a ad- pregados, recrutados diretamente nas comunidades, e conta com
ministração pública, nacional ou estrangeira. A que termo se refere nanciamento de pessoas sicas e jurídicas. Com o intuito de am-
a descrição acima? pliar sua base de colaboradores, agenda diversos compromissos
(A) Sistema de Controles Internos. com empreendedores que tenham interesse na região.
(B) Sistema de Combate a Atos Ilícitos Contra a Administração Nos termos da Polí ca de Responsabilidade Socioambiental do
Pública. Banco do Brasil, seria adequado que houvesse
(C) Programa de Integridade. (A) percentual de funcionários que exercesse a vidade remu-
(D) Polí ca de Governança Corpora va. nerada decorrente de atuação nas organizações sociais.
(E) Processo Administra vo de Responsabilização. (B) incen vo aos funcionários do banco para que desempe-
nhassem a vidades voluntárias no projeto.
28. De acordo com o Decreto no 8.420/2015, a apuração da
(C) colaboração não consistente em nanciamento a progra-
responsabilidade administra va de pessoa jurídica que possa resul-
mas e projetos sociais.
tar na aplicação das sanções previstas no art. 6o da Lei no 12.846,
(D) integração de outras ins tuições nanceiras como requisito
de 2013, será efetuada por meio de Processo Administra vo de
de par cipação.
(A) Especialização
(E) neutralidade na intervenção em projetos sociais em comu-
(B) Fixação
nidades carentes por ausência de recursos para todos.
(C) Contribuição
(D) Responsabilização 32. CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2021
(E) Proporcionalização Assunto: Banco do Brasil
Com o intuito de incen var o desenvolvimento de novos negó-
29. Certa pessoa jurídica privada é acusada de pra car ato
cios voltados às futuras gerações, determinada ins tuição nancei-
lesivo a autarquia municipal de Boituva consistente em fraudar o
ra estabeleceu convênio com duas renomadas ins tuições nacio-
caráter compe vo de procedimento licitatório público e oferecer
nais de ensino e pesquisa, possuidoras de organismos internos que
vantagem indevida a agente público. Levando em conta o caso hi-
incen vam empreendimentos inovadores. Ao nal de cada ano, os
poté co e considerado o disposto na Lei n° 12.846/2013, assinale a
projetos escolhidos devem receber aporte de recursos para desen-
alterna va correta:
volvimento dos seus produtos.
(A) É possível a responsabilização, na esfera administra va, da
Nos termos da Polí ca de Responsabilidade Socioambiental do
empresa em questão, o que afasta a possibilidade de responsa-
Banco do Brasil, o critério que deve ser preponderante na escolha
bilização na esfera judicial.
dos vencedores consiste em analisar o mais bem apresentado
(A) custo
(B) rendimento

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(C) bene cio ambiental
23 D
(D) in uxo geracional
(E) lucro 24 E
33. CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente de Tecnologia/2021 25 E
Assunto: Banco do Brasil 26 C
Sr. Z resolve empreender na área agrícola, estabelecendo sua
sede no interior do Brasil onde seus estudos iden caram uma 27 C
maior necessidade de empregos. Após realizar as contratações de 28 D
praxe, inicia suas a vidades, gerando um forte crescimento na re-
29 E
gião onde atua. Não desejando aumentar o número de emprega-
dos, diante dos custos xos da mão de obra, resolve ampliar sua 30 D
produção, negociando com pequenos empreendimentos locais. 31 B
Necessitando de aporte nanceiro, ele apresenta pedido de em-
prés mo ao Banco Y, que encaminha equipe de auditoria à sede do 32 C
pretendente. Para surpresa de todos, a auditoria constata em vários 33 B
pequenos empreendimentos, trabalho infan l não autorizado pela
legislação e, por força disso, propõe que o emprés mo seja negado. ANOTAÇÕES
Nos termos da Polí ca de Responsabilidade Socioambiental do
Banco do Brasil, constatado idên co ilícito por parte de fornecedor,
______________________________________________________
ocorreria a
(A) manutenção do vínculo contratual, por ser relação exterior. ______________________________________________________
(B) suspensão do vínculo até regularização dos atos.
(C) majoração dos juros do emprés mo, pelo risco aumentado. ______________________________________________________
(D) análise da relação temporal com o Banco e o valor dos in-
ves mentos. ______________________________________________________
(E) decisão de realizar o emprés mo, para bater as metas ge-
renciais. ______________________________________________________

______________________________________________________
GABARITO
______________________________________________________

______________________________________________________
1 A
2 E ______________________________________________________

3 B ______________________________________________________
4 C ______________________________________________________
5 C
______________________________________________________
6 E
7 E ______________________________________________________
8 B ______________________________________________________
9 E
______________________________________________________
10 E
______________________________________________________
11 B
12 C ______________________________________________________
13 C ______________________________________________________
14 C
_____________________________________________________
15 C
16 E ______________________________________________________
17 E ______________________________________________________
18 C
______________________________________________________
19 D
______________________________________________________
20 E
21 E ______________________________________________________
22 B ______________________________________________________

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