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Modulo 1 - Sistema financeiro nacional e par cipantes do

mercado – Apos la Silvio Barbosa Cursos e Consultoria

1. Órgãos de regulação, autorregulação e fiscalização O Sistema


Financeiro Nacional tem o importante papel de fazer a intermediação
de recursos entre os agentes econômicos superavitários e os
deficitários de recursos, tendo como resultado um crescimento da
a vidade produ va.
a. Agente superavitário: possui recurso disponível, aplica seu dinheiro
em IF
b. SFN – Sistema financeiro nacional. Ins tuições que viabilizam
transferência de recursos, regulamentação que dá garan e solidez
aos negócios realizados
c. Agentes deficitários: é tomador de recursos, possui dificuldades
financeiras ou falta de capital para inves mentos.
Para que alguém receba juros em um inves mento, alguém precisa pagar
juros na outra ponta seja o cliente final ou o governo através de tulos da
dívida. O governo por mais que gerencie um orçamento gigante é
normalmente deficitário no sistema financeiro, pois ao emi r tulos ele
está trazendo dinheiro para efetuar seus pagamentos.
Ser deficitário não significa não ter dinheiro, significa precisar de mais
recursos do que tem disponível.

Mercado Moedas, Capitais Seguro, Previdência


crédito e previdência fechada (fundos
cambio aberta, de pensão
capitalização,
resseguros
Norma vo Conselho Conselho Conselho Conselho
monetário monetário Nacional de Nacional de
nacional nacional seguros privados Previdência
(CMN) (CMN) (CNSP) Complementar
(CNPC)
Supervisor Banco Banco Central Superintendência Superintendência
Central do do Brasil (BCB) e de seguros nacional de
Comissão de
Brasil (BCB) Valores
privados (SUSEP) previdência
Mobiliarios complementar
(CVM) (Previc)

1.1 Conselho Monetário Nacional (CMN) Órgão Máximo do Sistema


Financeiro Nacional. Composição: ministro da Economia (presidente
do Conselho); secretário especial de Fazenda do Ministério da
Economia e presidente do Banco Central do Brasil.
Principal atribuição: fixar as diretrizes e normas da Polí ca Cambial,
Monetária e de Crédito.
Demais obje vos e competências:
 Autorizar as emissões de papel-moeda;
 Fixar as diretrizes e normas da Polí ca Cambial, Monetária e de
Crédito, inclusive quanto à compra e venda de ouro;
 Disciplinar o crédito em todas as modalidades;
 Limitar, sempre que necessário, taxas de juros, descontos,
comissões, entre outros;
 Regulamentar as operações de redesconto; (emprés mo que o
Banco Central faz aos bancos para eventuais problemas de
dificuldades financeiras enfrentados por estes.)
 Regular a cons tuição, o funcionamento e a fiscalização de
todas as ins tuições financeiras que operam no País.
1.2Banco Central do Brasil (BACEN)
Autarquia vinculada ao Ministério da Economia. Composição: diretoria
colegiada de até 9 membros (presidente + 8 diretores), todos nomeados
pelo presidente da República, sujeito à aprovação no Senado.
Principal atribuição: principal órgão execu vo do sistema financeiro. Faz
cumprir todas as determinações do CMN.
 Principais atribuições e competências do Bacen:
 Formular e executar as polí cas monetárias e cambiais, de acordo
com as diretrizes do governo federal;
 Executar as diretrizes e normas do CMN;
 Regular e administrar o Sistema Financeiro Nacional;
 Conduzir a Polí ca Monetária;
 Administrar o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e o meio
circulante;
 Emi r papel-moeda;
 Receber os recolhimentos compulsórios dos bancos;
 Autorizar e fiscalizar o funcionamento das ins tuições financeiras,
punindo-as, se for o caso;
 Controlar o fluxo de capitais estrangeiros;
 Exercer o controle do crédito.
O Comitê de Polí ca Monetária (Copom) foi ins tuído em 20 de junho de 1996, com o
obje vo de estabelecer as diretrizes da polí ca monetária e de definir a taxa de juros. A
criação do Comitê buscou proporcionar maior transparência e ritual adequado ao
processo decisório, a exemplo do que já era adotado pelo Federal Open Market
Commi ee (FOMC), do Banco Central dos Estados Unidos, e pelo Central Bank Council,
do Banco Central da Alemanha. Em junho de 1998, o Banco da Inglaterra também
ins tuiu o seu Monetary Policy Commi ee (MPC), assim como o Banco Central Europeu,
desde a criação da moeda única em janeiro de 1999. Atualmente, uma vasta gama de
autoridades monetárias em todo o mundo adota prá ca semelhante, facilitando o
processo decisório, a transparência e a comunicação com o público em geral.

Formalmente, as competências do Copom são definir a meta da Taxa Selic e divulgar o


Relatório de Inflação. A taxa de juros fixada na reunião do Copom é a meta para a Taxa
Selic (taxa média dos financiamentos diários, com lastro em tulos federais, apurados
no Sistema Especial de Liquidação e Custódia), a qual vigora por todo o período entre
reuniões ordinárias do Comitê.

1.3 Comissão de Valores Mobiliários (CVM)


Órgão norma vo voltado para o desenvolvimento do mercado de tulos
e valores mobiliários.
Composição: en dade autárquica, vinculada ao governo por meio do
Ministério da Economia. O presidente e seus diretores são nomeados
pelo presidente da República, depois de aprovados pelo Senado Federal.
Principais tulos e valores mobiliários: ações, debêntures, fundos de
inves mentos, CRI, CRA, bônus de subscrição e opções de compra e
venda de mercadorias.
Ações, também chamadas simplesmente de "papéis", são as parcelas que compõem
o capital social de uma empresa, ou seja, são as unidades de tulos emi das por
sociedades anônimas. Quando as ações são emi das por companhias abertas ou
assemelhadas, são negociados em bolsa de valores ou no mercado de balcão.
Debênture é um tulo de crédito representa vo de um emprés mo que uma
companhia realiza junto a terceiros e que assegura a seus detentores direito contra
a emissora, estabelecidos na escritura de emissão.
Um fundo de inves mento é uma forma de aplicação financeira, formada pela união
de vários inves dores que se juntam para a realização de um inves mento
financeiro.
Cer ficado de Recebíveis Imobiliários (CRI) -Tratam-se de tulos lastreados em
créditos imobiliários, representa vos de parcelas de um direito creditório. Neste
caso, o inves dor de CRI ajuda a financiar o mercado imobiliário ao antecipar os
créditos que serão recebidos pelo setor.
O CRA (Cer ficado de Recebimento do Agronegócio) é um tulo de renda fixa que
pode fazer parte da sua carteira. Igual CRI, porém lastreado no crédito agrícola
Bônus de subscrição são tulos negociáveis emi dos por empresa de capital aberto,
que conferem aos seus tulares, nas condições constantes do cer ficado, o direito
de subscrever ações do capital social dela, respeitando o limite de capital autorizado
no estatuto. Subscrição É um evento que ocorre quando uma empresa/fundo
imobiliário deseja aumentar seu capital e concede a seus acionistas/co stas atuais a
preferência de compra das novas ações/cotas, chamada de direito de Subscrição.
Opção de compra (Call)1: direito de compra de um a vo em uma data futura, a um
preço predeterminado. Opção de venda (Put) 2: direito de venda de um a vo em
uma data futura, a um preço predeterminado.
Obje vos da CVM:
 Es mular inves mentos no mercado acionário;
 Fixar e implementar as diretrizes e normas do mercado de valores
mobiliários;
 Assegurar o funcionamento das Bolsas de Valores e Mercado de
Balcão Organizado;
 Proteger os tulares contra a emissão fraudulenta, manipulação
de preços e outros atos ilegais;
 Fiscalizar a emissão, o registro, a distribuição e a negociação dos
tulos emi dos pelas sociedades anônimas de capital aberto;
 Fortalecer o Mercado de Ações.

1.4 Superintendência de Seguros Privados (Susep)


A Superintendência de Seguros Privados (Susep) é uma autarquia
federal, vinculada ao Ministério da Economia, órgão responsável pelo
controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada
aberta, capitalização e resseguro. Apesar de ser uma en dade
supervisora, a Susep também é responsável por regular os mercados em
que está inserida, sempre respeitando as diretrizes do órgão norma vo
– neste caso, o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP).
Compete também à Susep:
I. Fiscalizar a cons tuição, organização, funcionamento e operação das
Sociedades Seguradoras, de Capitalização, En dades de Previdência
Privada Aberta e Resseguradores, na qualidade de executora da polí ca
traçada pelo CNSP;
II. Atuar no sen do de proteger a captação de poupança popular que se
efetua por meio das operações de seguro, previdência privada aberta,
de capitalização e resseguro (é o seguro das seguradoras. É um contrato
em que o ressegurador assume o compromisso de indenizar a
companhia seguradora (cedente) pelos danos que possam vir a ocorrer
em decorrência de suas apólices de seguro);
III. Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados
supervisionados;
IV. Promover o aperfeiçoamento das ins tuições e dos instrumentos
operacionais a elas vinculados, com vistas à maior eficiência do Sistema
Nacional de Seguros Privados e do Sistema Nacional de Capitalização;
V. Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição,
assegurando sua expansão e o funcionamento das en dades que neles
operem;
VI. Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o
mercado;
VII. Disciplinar e acompanhar os inves mentos daquelas en dades, em
especial os efetuados em bens garan dores de provisões técnicas;
VIII. Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as
a vidades que por este forem delegadas;
IX. Prover os serviços de Secretaria Execu va do CNSP.

1.5 Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc)


A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) é uma
en dade governamental autônoma, cons tuída sob a forma de autarquia
especial vinculada ao Ministério da Economia. Tem como finalidade
fiscalizar e supervisionar as en dades fechadas de previdência
complementar (popularmente conhecidas como fundos de pensão) e
executar polí cas para o regime de previdência complementar.
As suas principais competências estão definidas na Lei nº 12.154, de 2009,
em seu ar go 2º, e são:
I. proceder à fiscalização das a vidades das en dades fechadas de
previdência complementar e suas operações;
II. apurar e julgar as infrações, aplicando as penalidades cabíveis;
III. expedir instruções e estabelecer procedimentos para a aplicação
das normas rela vas à sua área de competência, de acordo com
as diretrizes do Conselho Nacional de Previdência Complementar
– CNPC;
IV. autorizar: a cons tuição e o funcionamento das en dades
fechadas de previdência complementar, bem como a aplicação
dos respec vos estatutos e regulamentos de planos de bene cios;
as operações de fusão, de cisão, de incorporação ou de qualquer
outra forma de reorganização societária, rela vas às en dades
fechadas de previdência complementar; a celebração de
convênios e termos de adesão por patrocinadores e ins tuidores,
bem como as re radas de patrocinadores e ins tuidores; e as
transferências de patrocínio, grupos de par cipantes e assis dos,
planos de bene cios e reservas entre en dades fechadas de
previdência complementar;
V. harmonizar as a vidades das en dades fechadas de previdência
complementar com as normas e polí cas estabelecidas para o
segmento;
VI. decretar intervenção e liquidação extrajudicial das en dades
fechadas de previdência complementar, bem como nomear
interventor ou liquidante, nos termos da lei;
VII. promover a mediação e a conciliação entre en dades fechadas de
previdência complementar e entre estas e seus par cipantes,
assis dos, patrocinadores ou ins tuidores, bem como dirimir os
li gios que lhe forem subme dos na forma da lei nº 9.307, de 23
de setembro de 1996.

1.6 Anbima
Anbima é a Associação Brasileira das En dades dos Mercados Financeiro e
de Capitais. É uma associação de ins tuições como bancos, gestoras,
corretoras, distribuidoras e administradoras. Reúne diversas empresas
diferentes entre si, com o obje vo de reproduzir dentro de casa a
pluralidade dos mercados. A Anbima nasceu em 2009, a par r da união de
duas en dades (Andima+Anbid), mas representa os mercados há quatro
décadas. O seu modelo de atuação é organizado em torno de quatro
compromissos: representar, autorregular, informar e educar.

A vidades desenvolvidas:
Informação
A Anbima é a principal provedora de informações sobre os segmentos de
mercado que representamos. A construção de uma base de dados
consistente é parte do seu esforço para dar mais transparência e segurança
aos mercados e, consequentemente, fomentar negócios. Responsável por
divulgar desde referências de preços e índices que refletem o
comportamento de carteiras de a vos até estudos específicos, que auxiliam
no acompanhamento dos temas de interesse dos associados.
Representação
São duas maneiras de representação da Anbima:
 Promover o diálogo para construir propostas de aprimoramento do
mercado, que são apresentadas e discu das com o governo e com
outras en dades do setor privado;
 Propor boas prá cas de negócios, que os associados seguem de
forma voluntária.
Autorregulação
Sua autorregulação é baseada em regras criadas pelo mercado, para o
mercado e em favor dele. Essas regras estão nos Códigos de Autorregulação
e Melhores Prá cas, que são de adesão voluntária. O cumprimento das
normas é acompanhado de perto pela nossa equipe técnica, que
supervisiona as ins tuições e dá orientações de caráter educa vo.
Educação
As ações da Anbima em educação se dividem em três vertentes:
 Capacitação dos profissionais por meio de cer ficações;
 Qualificação dos profissionais cer ficados por meio de educação
con nuada;
 Disseminação de conteúdo sobre educação financeira.

Código Anbima de Regulação e Melhores Prá cas para o Programa de


Cer ficação Con nuada

Obje vo:
Estabelecer princípios e regras que deverão ser observados pelas
ins tuições par cipantes, que atuam nos mercados financeiro e de capitais,
de maneira a buscar a permanente elevação da capacitação técnica de seus
profissionais, bem como a observância de padrões de conduta no
desempenho de suas respec vas a vidades. Obrigatoriedade Ins tuições
par cipantes, assim entendidas as ins tuições filiadas à Anbima, bem como
as ins tuições que, embora não associadas, expressamente aderirem a este
Código mediante a assinatura do competente termo de adesão. Legislação
O código não se sobrepõe à legislação e à regulamentação vigentes, ainda
que venham a ser editadas normas, após o início de sua vigência, que sejam
contrárias às disposições ora trazidas. Caso haja contradição entre regras
estabelecidas neste Código e normas legais ou regulamentares, a disposição
deste Código deverá ser desconsiderada, sem prejuízo de suas demais
regras.
Principais padrões de conduta a serem seguidos pelos profissionais
cer ficados (em relação ao Mercado)
 Manter elevados padrões é cos na condução de todas as a vidades.
 Conhecer e observar todas as normas, leis e regulamentos, inclusive
as normas de regulação e melhores prá cas da Anbima.
 Assegurar a observância de prá cas negociais equita vas.
 Recusar a intermediação de inves mentos ilícitos.
 Não contribuir para a veiculação ou circulação de no cias ou de
informações inverídicas.
 Manter sigilo a respeito de informações confidenciais a que tenha
acesso em razão de sua a vidade profissional.

Principais padrões de conduta a serem seguidos pelos profissionais


cer ficados (em relação à Ins tuição Par cipante)

 Não par cipar de a vidades independentes que compitam direta ou


indiretamente com seu empregador.
 Informar seu empregador sobre a propriedade de quaisquer valores
mobiliários ou outros inves mentos que possam influenciar ou ser
influenciados por sua a vidade profissional.
 Informar seu empregador sobre quaisquer valores ou bene cios
adicionais que receba.
 Não manifestar opinião que possa prejudicar a imagem do seu
empregador.
 Evitar pronunciamentos a respeito de inves mentos sob a
responsabilidade de outras ins tuições.
Principais padrões de conduta a serem seguidos pelos profissionais
cer ficados (em relação ao Inves dor)
 Manter independência e obje vidade no aconselhamento de
inves mentos.
 Dis nguir fatos de opiniões, pessoais ou de mercado, com relação aos
inves mentos aconselhados.
 Agir com é ca e transparência quando houver situação de conflito de
interesse com seus clientes.
 Informar ao cliente sobre a possibilidade de recebimento de
remuneração ou bene cio pela ins tuição par cipante em razão da
indicação de inves mentos.
 Orientar o cliente sobre o inves mento que pretende realizar,
evitando prá cas capazes de induzi-lo ao erro.

2. Bancos Múl plos Os bancos múl plos surgiram a fim de racionalizar


a administração das ins tuições financeiras. Suas principais
a vidades são: underwri ng (No mercado financeiro, o underwri ng ou subscrição
ocorre quando uma companhia seleciona e contrata um intermediário financeiro, que será
responsável pela colocação de uma subscrição pública de ações ou obrigações no mercado),
negociação e distribuição de tulos e valores mobiliários;
administração de recursos de terceiros; intermediação de câmbio e
intermediação de deriva vos.
Banco múl plo:
Banco comercial (BC),
Banco de Inves mento (BI),
Banco de Desenvolvimento (BD),
Sociedade de Crédito Imobiliário (SCI),
Sociedade de Arrendamento Mercan l (SAM),
Sociedade de Crédito, Financiamento e Inves mento (SCFI) [financeiras]
3. Distribuidoras e Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários e de
Futuros
Cons tuídas sob a forma de S.A, dependem da autorização do CVM para
funcionar;
Típicas do mercado acionário, operando na compra, venda e distribuição
de tulos e valores mobiliários.
Não existe mais diferença na área de atuação entre as Corretoras de
Títulos e Valores Mobiliários (CTVM) e as Distribuidoras de Títulos e
Valores Mobiliários(DTVM) desde a decisão conjunta BACEN-CVM 17
de 02/03/2009.
Principais atribuições:
Especializadas em compra, venda e distribuição de tulos e valores
mobiliários por conta e ordem de terceiros. Os inves dores não operam
diretamente nas bolsas. O inves dor abre uma conta-corrente na
corretora, que atua nas bolsas a seu pedido, mediante cobrança de
comissão (também chamada de corretagem, de onde obtém seus
ganhos).
Uma corretora pode atuar também por conta própria.
Têm a função de dar maior liquidez e segurança ao mercado acionário.
Podem administrar fundos e Clubes de Inves mento.
Podem intermediar operações de câmbio.

Para configurar a existência do banco múl plo, ele deve possuir pelo menos
duas das carteiras mencionadas, sendo uma delas comercial ou de
inves mentos.
As Sociedades de Crédito, Financiamento e Inves mento podem conceder
emprés mos para financiamento de capital de giro e capital fixo.
Um banco múl plo deve ser cons tuído com um CNPJ para cada carteira,
podendo publicar um único balanço.
A carteira de desenvolvimento somente poderá ser operada por banco
público.

4. Inves dores Qualificados, Inves dores Profissionais e Inves dores Não


Residentes
4.1 Inves dores Qualificados
Inves dores Qualificados são aqueles que, segundo o órgão regulador, tem
mais condições do que o inves dor comum de entender o mercado
financeiro. A vantagem de se tornar um Inves dor Qualificado é a
possibilidade de ingressar em fundos restritos, como, por exemplo, Fundos
de Direitos Creditórios (FIDC) (Exclusivo para Inves dores Qualificados).
São considerados INVESTIDORES QUALIFICADOS:
I. Inves dores Profissionais;
II. Pessoas sicas ou jurídicas que possuam inves mentos
financeiros em valor superior a R$ 1.000.000,00 e que,
adicionalmente, atestem por escrito sua condição de inves dor
qualificado mediante termo próprio; III.
III. Pessoas naturais, que tenham sido aprovadas em exames de
qualificação técnica ou possuam cer ficações aprovadas pela
CVM, como requisitos para o registro de agentes autônomos de
inves mento, administradores de carteira, analistas e consultores
de valores mobiliários, em relação a seus recursos próprios.
4.2 Inves dores Profissionais
Inves dores Profissionais são os únicos que podem cons tuir Fundos
Exclusivos, um po de fundo que possui um único co sta, que
necessariamente deve ser um po de Inves dor Profissional.
São considerados INVESTIDORES PROFISSIONAIS:
I. Pessoas sicas ou jurídicas que possuam inves mentos
financeiros em valor superior a R$ 10.000.000,00 e que,
adicionalmente, atestem por escrito sua condição de inves dor
qualificado mediante termo próprio;
II. Ins tuições financeiras, companhias seguradoras e sociedades de
capitalização;
III. Fundos de Inves mento;
IV. En dades abertas e fechadas de previdência complementar;
V. Administradores de carteira e consultores de valores mobiliários
autorizados pela CVM em relação a seus recursos próprios.

Todo Inves dor Profissional é Qualificado, porém nem todo Inves dor
Qualificado é também Profissional.
4.3 Inves dor Não Residente
Inves dores Não Residentes (“INRs”) são pessoas sicas ou jurídicas,
inclusive fundos ou outras en dades de inves mento cole vo, com
residência, sede ou domicílio no exterior e que investem no Brasil. Tais
inves dores estão sujeitos a registro prévio na CVM.

5. En dades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC)


Sociedade limitada ou fundação, sem fins lucra vos, com objeto social de
ins tuir planos privados de concessão de pecúlios ou de rendas, de
bene cios complementares ou assemelhados aos da Previdência Social,
mediante contribuição de seus par cipantes, dos respec vos
empregadores ou de ambos.
São acessíveis exclusivamente aos empregados de uma só empresa ou de
um grupo de empresas, as quais são denominadas patrocinadoras.
A cons tuição, organização e funcionamento dependem de prévia
autorização do governo federal, por meio da Superintendência Nacional de
Previdência Complementar (Previc).
Os recursos garan dores dos planos de bene cios da en dade fechada de
previdência complementar devem ser alocados em quaisquer dos seguintes
segmentos de aplicação: I. segmento de renda fixa; II. segmento de renda
variável; III. segmento de imóveis; ou IV. segmento de emprés mos e
financiamentos.
Elas são um exemplo de Inves dor Profissional: podem cobrar taxa de
performance
índices
Os índices de referência admi dos para as carteiras de renda fixa são a
taxa Selic e a taxa DI-Ce p.
Os índices de referência admi dos para as carteiras de renda variável são
o Ibovespa, o IBrX, o IBrX-50, o FGV-100, o IGC, o ITAG, o ISE ou outros
índices aprovados por decisão conjunta da Secretaria de Previdência
Complementar do Ministério da Previdência Social e da Comissão de
Valores Mobiliários.
O IBrX - Índice Brasil ou IBrX100 é um dos índices da B3 que avalia o
retorno de uma carteira teoricamente composta pelas cem ações mais
negociadas na B3. Estas ações são selecionadas em função do número
de negócios e do volume financeiro.
O Índice Brasil 50 (IBrX50) é o indicador do desempenho médio dos 50
a vos mais negociados e mais representa vos do mercado de ações
brasileiro.
FGV100 índice composto pelas 100 ações mais negociadas, excluindo as
estatais e bancos ou seja, a carteira teórica é composta apenas por ações
de empresas privadas, levando se em consideração os critérios de
qualidade da empresa e de liquidez ou volume financeiro negociados em
Bolsas de Valores.
IGC - Índice de Governança Corpora va (IGC) tem como obje vo ser o
indicador do desempenho médio das cotações dos a vos. Porém, não é
de qualquer a vo, mas sim das empresas listadas no segmentos de
governança corpora va do Novo Mercado ou nos Níveis 1 ou 2.
ITAG - indicador do desempenho médio das cotações dos a vos de
emissão de empresas que ofereçam melhores condições aos acionistas
minoritários, no caso de alienação do controle.
- Tag along é um mecanismo de proteção a acionistas minoritários de
uma companhia que garante a eles o direito de deixarem uma sociedade,
caso o controle da companhia seja adquirido por um inves dor que até
então não fazia parte da mesma.
ISE B3 - Índice de Sustentabilidade Empresarial: indicador do
desempenho médio das cotações dos a vos de empresas selecionadas
pelo seu reconhecido comprome mento com a sustentabilidade
empresarial. Apoiando os inves dores na tomada de decisão de
inves mento e induzindo as empresas a adotarem as melhores prá cas
de sustentabilidade, uma vez que as prá cas ESG (Ambiental, Social e de
Governança Corpora va, na sigla em inglês) contribuem para a
perenidade dos negócios.

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