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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
1 - Sistema Financeiro Nacional: Estrutura do Sistema Financeiro Nacional;
Órgãos normativos e instituições supervisoras, executoras e operadoras.
SFN (Sistema Financeiro Nacional) – É estrutura de forma a promover o desenvolvimento
equilibrado do país e a servir interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem,
abrangendo as cooperativas de crédito, sendo regulado por leis complementares que disporão,
inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram. Seu objetivo é
a circulação de recursos. Possui o Subsistema Normativo (CMN, Conselho de Recursos do SFN,
BACEN, CVM, Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), Superintendência de Seguros
Privados, Conselho Nacional da Previdência Complementar (CNPC) e Superintendência da
Previdência Complementar) e o Subsistema Operativo (Instituições Bancárias, Sistema de
Poupança e Empréstimo, Sistema de Pagamentos, Instituições Financeiras Não Bancárias, Agentes
Especiais, Sistema de Distribuição da TÊM). Autoridades Monetárias são o BACEN e o CMN.
Autoridades de Apoio são o Banco do Brasil e a CVM. O BACEN hoje tem o poder de autorizar o
funcionamento de instituições financeiras estrangeiras no país (delegação).
Exerce de maneira exclusiva a competência para emitir moeda. Está vedado de conceder
empréstimos ao Tesouro Nacional (TN) ou a entidades que não sejam financeiras. Pode comprar
(para refinanciar a dívida mobiliária federal) e vender títulos de emissão do TN para regular a oferta
de moeda ou a taxa de juros. Também é vedado ao Bacen: emitir títulos da dívida pública; comprar
títulos da dívida dos entes na data de sua colocação no mercado; permutar título de dívida; conceder
garantia.
Funções: emitir moeda papel e metálica; executar os serviços do meio-circulante; determinar
recolhimento e receber depósitos compulsórios (até 100 % dos depósitos à vista; 60 % de outros
títulos contábeis; podem ser adotados percentuais diferentes por região, prioridade e natureza das
instituições); realizar operações de Redesconto e empréstimos a IFB; controlar o crédito e capitais
estrangeiros; ser depositário das reservas de ouro, moeda estrangeira e direitos especiais de saque;
fiscalizar as IF; conceder autorização de funcionamento para IF (para instituições financeiras
estrangeiras têm que ter prévia autorização do Bacen ou Decreto do PE); estabelecer as condições
para posse e exercício para qualquer cargo de administração de instituições financeiras privadas e
funções em órgãos consultivos e fiscais; efetuar compra e venda de títulos públicos federais; efetuar
compra e venda de moeda estrangeira; atuar para o funcionamento regular do mercado cambial;
regular a execução dos serviços de compensação; prover os serviços de Secretaria do CMN.
Denominações: Banco dos Bancos; Executor da política monetária do Governo; Instituição
emissora de moeda; Fiscal do Sistema Financeiro; Banco do Governo.
Possui uma Diretoria Colegiada com 9 membros (um deles o Presidente) indicados pelo Presidente
da República e aprovados pelo Senado. O mandato será de 4 anos, admitida uma recondução
(mandatos não se iniciam em conjunto, sendo que o Presidente começa em 1ª de janeiro do 3ª ano
do mandato do Presidente da República).
Pode intervir nas instituições financeiras através dos seguintes regimes de resolução:
Liquidação Extrajudicial (insolvência irrecuperável); Intervenção (possibilidade de recuperação;
dura até 12 meses; cessa com a retomada da normalidade; Regime de Administração Especial
Temporária – RAET (não afeta as atividades normais da IF; IF desempenha funções críticas para a
economia).
COPOM – (Comitê de Políticas Monetárias) Órgão do Bacen formado pelo Presidente e seus
diretores. Define a cada 45 dias a Selic (8 reuniões por ano). Objetiva implementar a política
monetária, definir a meta da Selic e analisar o relatório da inflação (IPCA). Leva em consideração a
inflação, contas públicas, atividade econômica e cenário externo. Se a meta da inflação não for
cumprida, o Presidente do Bacen divulgará carta ao Ministro da Economia com as razões e
providências. Ao final de cada trimestre divulga a análise do Relatório de Inflação.
Taxa Selic – Taxa média cobrada em negociações com títulos emitidos pelo Tesouro Nacional,
registradas no sistema especial de liquidação e custódia. Taxa de juros de referência para as
operações de um dia com títulos públicos.
COMEF (Comitê de Estabilidade Financeira) Diretrizes para a estabilidade financeira e a
prevenção da materialização do risco sistêmico. Decide trimestralmente o valor do adicional
contracíclico de capital principal (reserva acumulada pelos bancos para o ciclo de crédito).
Autonomia do Bacen (LC 179/2021) – Seu objetivo fundamental é “assegurar a estabilidade de
preços”.
b) Comissão de Valores Mobiliários – (CVM) Pertence ao CMN. Voltado para o mercado de
valores mobiliários (Mercado de Balcão e Bolsa de Valores ou Mercado de Capitais):
desenvolvimento do mercado; eficiência e funcionamento; proteção de investidores; acesso à
informação adequada; fiscalização e punição. Tem 5 diretores aprovados pelo senado com mandato
de 5 anos, renováveis 1/5 por ano. Valores Mobiliários são: ações, debêntures, bônus de
subscrição, cotas de fundos de investimentos, commercial papers, fundos de investimentos,
derivativos, contratos futuros e opções
Penalidades aplicáveis – advertência; multa (não pode exceder o maior dos valores entre 50
milhões, o dobro do valor da emissão ou operação irregular, 3 vezes o montante da vantagem
obtida; ou o dobro do prejuízo causado aos investidores – na reincidência pode ser aplicado até o
triplo desses valores); inabilitação temporária (máximo de 20 anos); proibição temporária (casos de
até 10 ou 20 anos).
Valores Mobiliários – ações; debêntures; bônus de subscrição; cupons; direitos de subscrição;
certificados de desdobramentos relativos a ações; certificados de depósito de valores mobiliários;
cotas de fundos de investimento em valores imobiliários ou de clubes de investimentos em
quaisquer ativos; notas comerciais; contratos futuros, de opções ou derivativos; títulos ou contratos
de investimento coletivo. (Não são Valores Mobiliários para a CVM – títulos da dívida pública;
títulos cambiais de responsabilidade de IF).
c) Superintendência de Seguros Privados – (Susep) Pertence ao CNSP. Autarquia que o auxilia
no controle e fiscalização dos mercados de seguros. Tem como Instituições subordinadas:
a) Sociedades de Capitalização (títulos de capitalização); b) Entidades Abertas de Previdência
Complementar (objetivo instituir e operar planos de benefício de caráter previdenciário,
concedidos em forma de renda continuada); c) Seguradoras e Resseguradoras (Seguradora é o
tipo de entidade constituída, sob a forma de S/A, que assume a obrigação de pagar o contratante
segurado, uma indenização, no caso de acontecer o risco indicado, recebendo um prêmio pago
mensalmente pelo segurado. Resseguradora são as entidades constituídas sob a forma de S/A, que
tem por objeto exclusivo a realização de operações de resseguro e retrocessão. É o seguro das
seguradoras).
Planos de Previdência Privada: PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre; pode ser deduzido do
IR); VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre; indicado para quem faz a declaração simplificada do
IR e não é tributado na fonte). São cobrados 2 tipos de taxas: a) Taxa de Administração Financeira;
b) Taxa de Carregamento (incide sobre cada depósito feito).
d) Superintendência Nacional de Previdência Complementar – (Previc) Pertence ao CNPC.
Autarquia de natureza especial, que fiscaliza e supervisiona as atividades dessas entidades. Estão
sujeitas aqui as Entidades Fechadas de Previdência Complementar sem fins lucrativos. A aplicação
das reservas é orientada pelo CMN.
Órgãos Operadores
Instituições que lidam diretamente com o público no papel de intermediário financeiro com as
seguintes supervisões: Bancos e Caixas Econômicas – (CMN/Bacen); Administradoras de
Consórcios – (CMN/Bacen); Cooperativas de Crédito – (CMN/Bacen); Corretoras e
Distribuidoras – (CMN/Bacen); Instituições de Pagamento – (CMN/Bacen) Não compõem o
SFN, mas são reguladas e fiscalizadas pelo Bacen; Demais instituições não bancárias –
(CMN/Bacen); Bolsa de Valores – (CMN/CVM); Bolsa de Mercadorias e Futuros –
(CMN/CVM); Seguradoras e Resseguradoras – (CNSP/Susep); Entidades Abertas de
Previdência – (CNSP/Susep); Sociedades de Capitalização – (CNSP/Susep); Entidades
Fechadas de Previdência Complementar (Fundos de Pensão) – (CNPC/Previc).
Instituições Financeiras – Públicas ou privadas, assim como pessoas físicas que exerçam as
atividades a elas dispostas. Dependem de prévia autorização do BACEN (as IF estrangeiras também
dependem de acordo com o Decreto 10.029/2019, não sendo mais necessário Decreto do PE). As
Instituições Financeiras podem ser Monetárias/Bancárias ou Não Monetárias/Não Bancárias:
operações de redesconto; adquirir imóveis não destinados ao uso próprio; financiar loteamentos de
terrenos e construção de imóveis para revenda ou incorporação (salva a implantação de distritos
industriais).
BNDES – Não se classifica como um banco de desenvolvimento (cuidado). Empresa pública
federal de direito privado. Instrumento da política de investimento do Governo. Apoia programas,
projetos, obras e serviços que se relacionem ao desenvolvimento econômico e social do país. Tem
como subsidiárias o BNDESPAR (fomento por meio de investimentos em valores mobiliários) e
FINAME (financiamento à produção e comercialização de máquinas e equipamentos). Operações
remuneradas pela Taxa de Longo Prazo (TLP = Variação do IPCA + taxa de juros prefixada).
Agências de Fomento – Financiar o capital fixo e de giro para empreendimentos previstos em
programas de desenvolvimento na unidade da Federação onde estiver sediada. É uma S/A de capital
fechado. Cada Estado e o DF podem constituir uma única agência. Pode abrir linhas de crédito para
municípios de seu Estado. É vedada a captação de recursos junto ao público.
IV) Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento (Financeiras) – Instituições privadas
que fornecem empréstimo e financiamento para a aquisição de bens, serviços e capital de giro, sob a
forma de S/A. Não tem conta corrente. Formas de captação de recursos: Letras de Câmbio; RDB;
Depósitos Interfinanceiros; Cessão de créditos; Depósitos a prazo com FGC (até 250 mil).
Podem ser independentes, ligadas a conglomerados financeiros, ligadas a grandes estabelecimentos
comerciais e ligadas a grandes grupos industriais.
V) Sociedades de Arrendamento Mercantil – Realiza arredamento de bens móveis e imóveis
adquiridos por ela para fins de uso do arrendatário (cliente). Operam na forma ativa de Leasing e
Captação. Não tem incidência do IOF, mas sim ISS.
VI) Associações de Poupança e Empréstimo – Sociedade civil sem fins lucrativos direcionada ao
mercado imobiliário e ao SFH. Criadas para facilitar aos associados a aquisição de casa própria e
captar, incentivar e disseminar a poupança. (Ex: Poupex)
VII) Sociedades de Crédito Imobiliário – Concedem financiamento para a construção de
habitações, assim como para distribuidoras de material de construção. Não captam de recursos do
público, atuam somente na condição de repassadoras de recursos captados por instituições
depositantes. São constituídas sob a forma de S/A.
VIII) Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários e Sociedades Distribuidoras de
Títulos de Valores Mobiliários – Intermedeiam a negociação de títulos e valores mobiliários entre
investidores e tomadores de recursos. Oferecem serviços de: Home Broker (sistema que conecta
usuários ao pregão eletrônico); consultoria financeira; clubes de investimentos; financiamento para
compra de ações (conta margem); administração e custódia dos títulos e valores mobiliários dos
clientes. São constituídas sob a forma de S/A ou por quotas de responsabilidade limitada.
Supervisionadas pelo BACEN e pela CVM. São também Underwriters. Como a DTVM passou a
operar na Bolsa de Valores, acabou a grande diferença que tinha com a CTVM.
IX) Bolsa de Valores e de Mercadorias e Futuros – São organizações que mantêm um local onde
são negociados títulos e valores mobiliários de pessoas jurídicas públicas e privadas. Viabilizam a
negociação de contratos futuros, opções de compra, derivativos e o mercado a termo. Aqui operam
os investidores interessados nas variações futuras de preços. No Brasil hoje só existe a B3 (Brasil,
Bolsa, Balcão). Cetip – É a Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos Privados
(paralelo com a Selic que é para títulos públicos).
X) Sociedades de Crédito ao Microempreendedor e à Empresa de Pequeno Porte – Criada para
ampliar o acesso ao crédito a estes empreendedores. Não podem captar recursos do público; emitir
títulos e valores mobiliários; conceder empréstimos para fins de consumo; e ter participação
societária em IF e outras autorizadas a funcionar pelo BACEN. Instituídas sob a forma de
companhia fechada ou de sociedade limitada.
XI) Companhias Hipotecárias – Concede financiamentos destinados à aquisição, produção,
reforma ou comercialização de imóveis residenciais ou comerciais, e lotes urbanos (garantidos por
hipoteca ou alienação fiduciária). Requer autorização da CVM.
Obs.1: Operação passiva é quando a IF busca captar dinheiro; operação ativa é quando a IF
empresta dinheiro (existe ainda a Operação acessória, onde o banco é só intermediário, como
arrecadar tributos do contribuinte para a Fazenda).
Obs.2: O Fundo Garantidor de Créditos (FGC – entidade privada sem fins lucrativos) administra
o mecanismo de proteção aos depositantes e investidores no âmbito do Sistema Financeiro Nacional
e, sob certas condições, garante cobertura ordinária sobre depósitos sacáveis mediante aviso
prévio e letras de câmbio. Ressarce nos casos de intervenção, liquidação ou falência.
Obs.3: Intermediários Financeiros são aqueles que existem para que o Sistema Financeiro
Nacional (SFN) e o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) funcionem corretamente. Existem os
Intermediários Financeiros que são a ponte entre os investidores (Agentes Superavitários) e os
tomadores de empréstimo (Agentes Deficitários).
Obs1: Acordos de Basileia definem requerimentos de capital mínimo e de gestão de risco para as
instituições financeiras.
Obs.2: Deflação ocorre quando os preços dos produtos começam a cair de forma generalizada e
persistente, gerando desconforto econômico para os produtores, que podem até chegar a desistir de
produzir o produto. Recessão é a estagnação completa ou quase total da economia de um país. A
inflação oficial é calculada através do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) pelo IBGE
(para quem ganha até 40 salários mínimos).
Obs.3: Tipos de aplicações disponíveis no mercado financeiro brasileiro: renda fixa em títulos
privados; renda fixa em títulos públicos; e aplicações em renda variável. Tipos de Juros são os
prefixados e pós-fixados.
Obs.4: EVA (Valor Econômica Agregado) é igual lucro líquido menos custo de capital no período.
Obs.5: O mercado ideal para que uma empresa financie seus projetos de investimento de longo
prazo é o mercado de capitais, pois representa um custo inferior ao mercado de crédito.
Obs.6: Derivativos são instrumentos negociados a partir de um ativo referência, o qual dá origem
para negociação dos mesmos. Exemplos: contratos futuros de dólar e índice, os quais são
derivativos da cotação do dólar a vista, e do índice IBOVESPA.
Obs.7: American Depositary Receipts (ADRs) são recibos que representam ações de empresas
estrangeiras (não estadunidenses) que estão depositadas em um banco no seu país de origem e que
são negociadas nos Estados Unidos.
Obs.8. C’s do Crédito: Caráter; Condições, Capacidade; Caixa; Colateral.
mais pessoas. Isso levou também a diminuição de agências e ficando menor o custo dos bancos,
pois partes dos serviços estariam no modelo digital, o qual só tende a crescer daqui para frente (a
consolidação digital). Os Desafios que os bancos enfrentarão será a entrada de novos players
(concorrentes menores – fintechs), assim como lá na frente as Big Techs (grandes empresas como
Facebook, Google, Amazon, ou seja, empresas com grande capacidade de investimentos globais)
Banco Digital – Processo de abertura de conta totalmente digital, com captura digital de
documentos e informações e coleta eletrônica de assinatura. Sem agências físicas.
Banco Digitalizado – Processo de abertura de conta ainda possui fluxo físico de documentos e
assinaturas. Possui agências físicas.
4 - Internet banking.
Internet Banking está relacionado ao site do banco, tendo seu acesso pela internet por meio de
desktop ou notebook. Um ponto importante é a instalação do módulo de segurança para evitar
possíveis fraudes. Entre as vantagens do Internet Banking temos a facilidade (não precisa se
deslocar até a agência), economia de tempo e segurança. Conforme pesquisa da FEBRABAN foram
realizadas 59,2 bilhões de transações em 2020 pelo Internet Banking e Mobile Banking (foram 37
bilhões em 2019). Ainda se obteve dessa pesquisa que os canais digitais (Internet e Mobile)
concentram 67 % de todas as transações e são responsáveis por 8 em cada 10 pagamentos de contas
e por 9 em cada 10 contratações de crédito. Entre os 21 bancos que participaram do levantamento, 8
responderam que foram aberta 7,6 milhões de contas pelos canais digitais, uma alta de 90 % em
comparação com 2019.
5 - Mobile banking.
Banco Móvel. Acesso ao banco por meio de dispositivos móveis, como smartphones e tablets. Seus
investimentos em tecnologia têm priorizado a inteligência artificial, segurança cibernética e trabalho
remoto. São ferramentas que disponibilizam alguns serviços tipicamente bancários através de
dispositivos móveis, como o celular. São usados Interfaces de Programação de Aplicativos (API)
que permitem terceiros acessarem informações financeiras com eficiência. Conforme pesquisa da
FEBRABAN em 2020, o Mobile Banking (junto com o Internet Banking) passou a ser o canal mais
utilizado com 67 % das operações (19 % em agências, ATM, correspondentes e contact center; e 14
% POS – Pontos de Serviço).
6 - Open banking.
Sistema financeiro aberto que possibilita aos clientes de produtos ou serviços financeiros
permitirem o compartilhamento de informações entre diferentes instituições e a movimentação
de suas contas a partir de outras plataformas, e não apenas pelo aplicativo do site ou banco. É um
compartilhamento padronizado de dados, produtos e serviços por meio de abertura e integração de
sistemas, com o uso de interface própria para essa finalidade.
Objetivos: incentivar a inovação; promover a concorrência; aumentar a eficiência do SFN e do
SPB; promover a cidadania financeira.
O compartilhamento dos dados entre as instituições participantes se dará por meio dos APIs
(Aplication Programing Interface). Terá que ter a permissão do correntista, e com essa as
instituições se conectam diretamente às plataformas de outras instituições participantes e acessam
exatamente os dados autorizados pelos clientes, em um ambiente seguro (a permissão dada pelo
cliente pode ser cancelada a qualquer momento). É vedada a cobrança dos clientes pelo
compartilhamento de dados. O Brasil está no Open Banking na frente da maioria dos países (nosso
sistema bancário é de vanguarda – modernizado). Podem participar do Open Banking apenas as IF
e demais instituições autorizadas pelo BACEN. Os maiores bancos têm participação obrigatória.
Para que sejam compartilhados os dados do cliente a solicitação dele deve passar pelas seguintes
etapas: 1 – consentimento; 2 – autenticação; 3 – confirmação (realizadas exclusivamente por canais
eletrônicos).
Fases de implementação: Iniciou em 01/02/2021 e o BACEN estabeleceu 4 fases:
a) Fase 1 (01/02/2021): O Open Banking começa com as instituições participantes disponibilizando
ao público informações padronizadas sobre os seus canais de atendimento e as características de
produtos e serviços bancários tradicionais que oferecem. Nessa fase, não será compartilhado
nenhum dado de cliente.
b) Fase 2 (13/08/2021): A partir dessa fase, os clientes se quiserem, poderão solicitar o
compartilhamento entre instituições participantes de seus dados cadastrais, de informações sobre
transações em suas contas, cartão de crédito e produtos de crédito contratados. É preciso reforçar
que o compartilhamento ocorre apenas se a pessoa autorizar, sempre para finalidades determinadas
e por um prazo específico. Será possível para o cliente cancelar essa autorização a qualquer
momento, em qualquer das instituições envolvidas no compartilhamento. Poderá haver a
portabilidade de empréstimos de uma instituição para outra.
c) Fase 3 (31/08/2021): Nessa fase, surge a possibilidade de compartilhamento dos serviços de
iniciação de transações de pagamento e de encaminhamento de proposta de operação de
crédito. Isso abre caminho para o surgimento de novas soluções e ambientes para a realização de
pagamentos e para recepção de propostas de operações de crédito, possibilitando o acesso a serviços
financeiros de forma mais fácil, célere e por meio de canais mais convenientes para o cliente,
preservando a segurança do processo. Vale lembrar que também nesses casos o compartilhamento
só acontece com a autorização prévia e específica do cliente (contratar um crédito do Itaú dentro
do aplicativo no Banco do Brasil, mas estamos apenas no início dessa fase).
d) Fase 4 (15/12/2021): Dados sobre outros serviços financeiros passam a fazer parte do escopo
do Open Banking. Os clientes – sempre que quiserem e autorizarem – poderão compartilhar suas
informações de operações de câmbio, investimentos, seguros, previdência complementar aberta e
contas salário, bem como acessar informações sobre as características dos produtos e serviços com
essa natureza disponíveis para contratação no mercado.
Real Backed Digital Currency – Busca trazer experimentos práticos quanto à viabilidade de
representação de moeda eletrônica em redes blockchain, bem como analisar a interoperabilidade
entre o PIX e redes blockchains.
Marketplace – É uma plataforma onde diferentes lojas podem anunciar seus produtos, dando ao
cliente um leque de opções (Ex.: Mercado Livre, Amazon, etc.). Vantagem para o consumidor:
praticidade Vantagem para o vendedor: visibilidade
Seu limite máximo é de 21 milhões de bitcoins, sendo estimado que será atingido em 2040.
Atualmente a quantidade é de 18,6 milhões.
Riscos do Bitcoin: Volatilidade (variação, sobe e cai muito), Perseguição Governamental,
Impacto Ambiental (influencia no meio ambiente, pois supercomputadores demandam uma grande
quantidade de energia elétrica), Fraudes.
Altcoins – É como são chamadas as demais criptomoedas. Exemplos: Ethereum (2ª mais popular),
Binance Coin, XRP, Chiliz, Dogecoin, etc.
CBDC – Central Bank Digital Currencies – Criptomoedas emitidas pelos Bancos Centrais.
Lastreadas na moeda fiduciária, sendo uma stablecoin da moeda do próprio país.
11 - Correspondentes bancários.
São empresas que não são bancos, mas atuam como canais de atendimento destes para a execução
de determinados serviços bancários. (Ex: Lotéricas). Vantagens – promoção da bancarização com
acesso dos serviços das instituições financeiras em diversas regiões; aumento dos canais de
atendimento com custo reduzido; maior atratividade de clientes para seu estabelecimento.
Resolução CMN nº 3.954/2011 – normatização da atuação dos correspondentes bancários.
Autorização do BACEN: Não. A contratação do correspondente é de responsabilidade da
instituição financeira contratante. A contratação de empresa para a prestação dos serviços acima
referidos deve ser comunicada ao BACEN pela instituição contratante (Exceção – depende de
prévia autorização do BACEN a celebração de contrato de correspondente com entidade não
integrante do SFN). Não é permitido a celebração de contrato que configure contrato de franquia.
Tarifas: O correspondente não pode efetuar qualquer cobrança por sua iniciativa. Somente as
tarifas previstas na tabela da instituição contratante, elaborada de acordo com a regulamentação em
vigor, podem ser cobradas. Não pode ser cobrado do cliente qualquer outro valor pelo serviço
prestado.
Serviços dentro dessas instituições: A prestação de serviços por correspondente não pode ser
realizada no recinto de dependências da instituição financeira.
O que se pode pagar com PIX: transferência entre pessoas; pagamento em estabelecimentos
comerciais, incluindo lojas físicas e comércio eletrônico; pagamento de prestadores de serviço;
pagamento entre empresas, como pagamento de fornecedores; recolhimento de receitas de órgãos
públicos federais como taxas (custas judiciais, emissão de passaporte, etc.), aluguéis de imóveis
públicos, serviços administrativos e educacionais, multas, entre outros (esses recolhimentos poderão
ser feitos por meio do PagTesouro); pagamentos de cobranças; pagamento de faturas de serviços
públicos, como energia elétrica, telecomunicações (telefone celular, internet, TV à cabo, telefone
fixo) e abastecimento de água; recolhimento de contribuições do FGTS e da Contribuição Social (a
partir de 2021).
Participação nas Plataformas Operacionais – a) Participação na plataforma de liquidação –
Utiliza o Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI), sendo uma infraestrutura centralizada de
liquidação bruta em tempo real das transações realizadas (pagamentos diretos e indiretos); b)
Participação no diretório de informações de contas transacionais para iniciação de pagamento
(DICT – componente do PIX que armazena chavex PIX vinculadas às informações sobre os
usuários finais e suas correspondentes contas transacionais).
PIX – Agenda Evolutiva:
2021 – 2ª Trimestre – PIX Cobrança: pagamentos imediatos (concluído); pagamentos com
vencimentos para pagamento em data futura, podendo incluir juros, multas, acréscimos, descontos e
outros abatimentos (concluído); padronização de arquivo de remessa e retorno para viabilizar de
gestão de cobranças em lote (a concluir no 4º trimestre de 2021); duplicata no PIX que permitirá a
antecipação de cobranças no PIX (a concluir no 2º trimestre de 2022).
2021 – 3º Trimestre – PIX Conta Salário.
2021 – 3º Trimestre – PIX Saque e PIX Troco.
2021 – 3º Trimestre – INICIADOR PIX: Iniciador como nova modalidade de participação no
PIX, agregando ainda mais competição ao arranjo e possibilidade de instituições detentoras de
conta transacional que sejam autorizadas pelo BACEN e certificadas no Open Banking possam
oferecer o serviço de iniciação no PIX.
2021 – 4º Trimestre – MECANISMO ESPECIAL DE DEVOLUÇÃO: Possibilidade de
devolução ágil de recursos pela instituição recebedora, em casos de fundada suspeita de fraude ou
falha operacional nos sistemas das instituições participantes (concluído no 2º Trimestre/21,
Vigência: 16/11/2021)
2021 – 4º Trimestre – PIX POR APROXIMAÇÃO.
2021 – 4º Trimestre – PIX OFFLINE.
2022 – 2º Trimestre – PIX GARANTIDO. (o PIX parcelado)
2022 – 2º Trimestre – PIX DÉBITO AUTIMÁTICO.
Participantes do PIX:
a) Provedor de Conta Transacional: Instituição Financeira ou Instituição de Pagamento que
oferte conta de depósito ou conta de pagamento pré-paga a usuário final, inclusive Instituição de
Pagamento não sujeita a autorização de funcionamento pelo BACEN.
b) Liquidante Especial: A instituição financeira ou a instituição de pagamento autorizada a
funcionar pelo BACEN que, no âmbito do PIX, tenha como objetivo exclusivo prestar serviço de
liquidação para outros participantes, não ofertando envio ou recebimento de um PIX a usuários
finais; que atenda aos requisitos para atuar como participante liquidante no SPI; e que não se
enquadre no critério de obrigatoriedade de participação no PIX.
c) Iniciador de Transação de Pagamento: A instituição de pagamento que prestará serviço de
iniciação de transação de pagamento sem gerenciar conta de pagamento e sem deter em momento
algum os fundos transferidos na prestação do serviço (a prestação desse serviço ainda carece de
regulamentação pelo BACEN).
d) BACEN: Responsável por desenvolver e gerenciar a base única e centralizada de endereçamento
(DICT) e a infraestrutura única e centralizada de liquidação das transações (SPI), que funcionará
24 horas por dia, todos os dias do ano.
Funções da Moeda – meio de troca; unidade de conta (padrão de valor de preços); reserva de valor
(guarda-se hoje para suprir gastos futuros).
Agregados Monetários – (M1 – meios de pagamento em sentido estrito, maior liquidez;
M2,M3,M4 – meios de pagamento em sentido amplo) M1 = Papel Moeda em Poder do Público +
Depósitos à Vista; M2 = M1 + Depósitos de Poupança + Títulos emitidos por instituições
depositárias + Depósitos especiais remunerados; M3 = M2 + Cotas de Fundos de Investimentos de
Renda Fixa + Operações Compromissadas registradas no Selic M4 = M3 + Títulos Públicos
Federais de Alta Liquidez
Criação e Destruição da Moeda – Criação (Exs: resgate de CDB, Depósito em dólares para
exportadores; BC compra do público de títulos públicos). Destruição (Exs: aplicação em CDB;
venda de dólares para importadores; BC vende ao público, títulos públicos em sua posse). As
transações entre as instituições bancárias e o BACEN são neutras, pois não criam, nem destroem
moeda. Os bancos comerciais têm capacidade de criar moeda (deposita-se 10 mil em conta corrente;
o banco empresta esses 10 mil para outro cliente; circula, então, na economia o valor de 20 mil –
isso se chama multiplicador monetário, o qual é controlado pelo BACEN através das reservas que
os bancos devem fazer junto a ele).
Base Monetária = Moeda em poder do público + Moeda nos bancos comerciais
Alteração da Base Monetária = ocorre quando um dos lados da transação é o BACEN (aumenta a
base monetária a moeda vai para os bancos e público; diminui quando a moeda vai para o BACEN)
Política Monetária – Expansionista (aumenta a base monetária; estimula-se os gastos e o
consumo). Contracionista (Reduz a base monetária; desaceleração da economia).
Instrumentos da Política Monetária – Convencionais: a) Redesconto (linha de crédito que o
BACEN concede aos bancos para fins de suprimento de liquidez cobrando uma taxa de redesconto);
b) Depósitos Compulsórios (feitos obrigatoriamente pelos bancos ao BACEN a fim de conter a
expansão monetária, o qual paga uma taxa sobre esse valor; as operações podem ser de intradia –
dentro do mesmo dia chamado de Redesconto a Juro Zero, um dia útil, até 15 dias úteis, até 90 dias
corridos); c) Operações de Mercado Aberto – Open Market (é o mais utilizado, onde o BACEN
compra e venda títulos públicos no mercado secundário; serve para equilibrar a oferta de moeda e
regular a taxa de juros curto prazo, onde o BACEN faz leilões formais pelos dealers ou líderes de
mercado ou informais pelo Go Around)
Taxa Selic – Sistema Especial de Liquidação e Custódia. É onde são custodiados e transacionados
os títulos emitidos pelo Tesouro Nacional. Trata-se da taxa básica de juros da economia. É a média
das taxas de juros praticada nas operações compromissadas com prazo de um dia útil com lastro em
títulos públicos federais. A meta é fixada pelo COPOM.
Operações Compromissadas – compras e vendas de títulos com a assunção do compromisso de
revenda pelo comprador ou do compromisso de recompra pelo vendedor. Na Selic ao menos uma
das partes deve ser um Banco, Caixa Econômica, Corretoras e Distribuidoras de títulos e valores
mobiliários e sociedades de crédito, financiamento e investimento. A taxa é anualizada com base em
252 dias úteis.
Inflação – IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) medido pelo IBGE. O CMN determina a
metas de inflaçã; o Copom determina a Selic meta; o Bacen executa a política monetária para
atingir essas metas. O intervalo de Tolerância é tanto para cima como para baixo (de 2021 a 2024 é
1,5 % - meta de inflação para 2021 foi decidida pelo CMN até 30 de junho de 2018, sempre no mês
de junho, 3 anos antes.
Mecanismos de transmissão da política monetária – Canais por meio dos quais as mudanças na
Selic afetam o comportamento de outras variáveis econômicas, como os preços e o produto (preços
da economia; taxas de câmbio; preço dos ativos; do crédito; das expectativas.
Políticas monetárias não convencionais (Quantitative Easing) – Afrouxamento monetário, ou
seja, política monetária expansionista. BACEN adquire títulos públicos ou privados de longo prazo
no mercado aberto, objetivando injetar dinheiro na economia. A emissão de moeda de forma apenas
escritural (eletrônica) é chamada flexibilização quantitativa. Resumindo, o Quantitative Easing é
uma transação de compras de ativos, tanto públicos quanto privados, em larga escala, executados
pelo BACEN com o objetivo de estimular a demanda agregada, seja por meio de ampliação das
reservas bancárias, seja por meio da injeção de liquidez direta no setor privado. Atua sobre a taxa de
juros de longo prazo (Função Estabilizadora)
Obs.1: Quando o BACEN quer reduzir a taxa de juros Selic, ele deve colocar mais moeda em
circulação de forma que a quantidade de moeda no mercado seja maior, e, fique mais barata, assim
sendo, ele compra títulos públicos no mercado. Caso queira aumentar a taxa de juros Selic a
lógica é inversa, ou seja, ele venda títulos públicos para o mercado, tirando moeda de circulação do
mercado (Operações de Mercado Aberto).
despesas não efetivas). Obs.: Receitas também são classificadas em Correntes e de Capital e
seguem a mesma lógica.
Resultados da Execução Orçamentária – Resultado Primário (considera apenas as receitas e as
despesas não financeiras; o recebimento e pagamento de juros não entram na conta); Resultado
Nominal (inclui todas as receitas e despesas, inclusive com juros, mas sem corrigir pela inflação);
Resultado Operacional (deduz dos resultados os efeitos da inflação no pagamento dos juros, ou
seja, considera apenas os juros reais da dívida). Resultado Nominal = Resultado Primário +/-
Juros.
Resultado Fiscal – Acima da Linha (calcula o resultado a partir da comparação entre as receitas e
as despesas), Abaixo da Linha (calcula o resultado a partir da variação da dívida líquida). Os
resultados primário, nominal e operacional são calculados pela metodologia Acima da Linha; o
cálculo das necessidades de financiamento do setor público (NFSP) pelo Bacen utiliza o método
Abaixo da Linha.
Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) – abrange o total dos débitos de responsabilidade do
Governo Federal, Estaduais e Municipais junto ao setor privado, setor público financeiro e ao resto
do mundo. Inclui as operações compromissadas. As empresas estatais não são abrangidas.
Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) – abrange a dívida do setor público não financeiro mais
o Bacen. Balanceamento entre dívidas e créditos do setor público não financeiro e Bacen.
Debate sobre os depósitos remunerados no BACEN – Diz respeito aos depósitos remunerados
voluntários feitos pelos bancos no BACEN. Seria um instrumento mais eficaz de executar a
política monetária. Com o recebimento de reservas remuneradas voluntárias como instrumento de
política monetária, o BACEN ajusta a taxa de juros da remuneração dos depósitos, podendo as IF e
de pagamentos realizarem depósitos diretamente no BACEN, de forma que o ajuste de liquidez na
economia não cause impactos no nível de endividamento público. É um instrumento adicional.
Dívida Pública: consiste no estoque total de recursos de terceiros utilizados para financiar o deficit
público.
Crédito Direto ao Consumidor com Interveniência (CDCI) – a empresa que vende o produto
oferece a linha de crédito ao cliente e vende seus direitos de recebimento para uma IF. Em caso de
inadimplência, a IF cobra o prejuízo do vendedor do produto. É quando o vendedor é o avalista
(com interveniência).
Seguro Prestamista – objetiva garantir o pagamento de uma dívida contraída pelo segurado.
Crédito Consignado – prestações são descontadas diretamente na folha de pagamento ou benefício
previdenciário. Limite da prestação é 35 % da renda disponível (remuneração após o desconto de
impostos e contribuição previdenciária). Para os benefícios do INSS foi autorizado o desconto de
até 40 % nas operações realizadas até 31/12/2021 (5 % para as operações de cartão de crédito e 35
% para as demais). O empregador que deixar de repassar os valores devidos por sua culpa responde
como devedor principal e solidário.
Crédito Rural – Financia o custeio de despesas normais dos ciclos produtivos, investimento em
bens ou serviços, comercialização ou industrialização. Estão incluídas as atividades florestais e
pesqueiras. Os bancos têm de destinar percentuais mínimos das suas captações para as operações de
crédito rural. A Cédula Rural para valer contra terceiros deve ser registrada no Cartório. Taxa de
juros máxima é de 6 % ao ano. Investimento fixo (12 anos) e semifixo (6 anos). Nota Promissória
Rural é para vendas efetuadas diretamente por produtores rurais ou cooperativas. Duplicata Rural.
Proagro garante o pagametno de financiamentos rurais de custeio agrícola.
Fontes do custeio – BNDES e fundos constitucionais; 60 % da poupança rural; 35 % da LCA
(Letras de Crédito Agronegócio); 30 % dos depósitos a vista nos bancos.
Beneficiários – produtores rurais; cooperativas de produtores rurais; agentes envolvidos com
pesquisa e outros serviços agropecuários; serviços de escoamento da produção.
Tipos de finalidades desse crédito – a) Créditos de custeio (cobrir despesas habituais dos ciclos
produtivos dos insumos à colheita); b) Créditos de investimento (aplicados em bens ou serviços
como tratores, colheitadeiras, etc.); c) Créditos de comercialização (fim de garantir aos produtores
preços remuneradores para a colocação de suas safras e industrialização dos produtos
agropecuários); d) Créditos de industrialização (visam agregar valor a produção).
Exigências para a concessão do crédito – apresentação de orçamento, plano ou projeto (salvo em
operações de desconto); oportunidade, suficiência e adequação dos recursos; observância de
cronograma de utilização e de reembolso; fiscalização pelo financiador; observâncias das
recomendações e restrições do zoneamento agroecológico e do zoneamento ecológico-econômico.
Pronaf – Financia ações que geram renda a agricultores familiares e assentados da reforma agrária.
Pronamp – Financiamento para custeio e investimento dos médios produtos rurais.
Plano Safra – ajuda a custear a safra e a investir; lançado anualmente coincidindo com o período
da safra agrícola; reúne um conjunto de políticas nas áreas de assistência técnica, extensão rural,
crédito, produção, preço, comercialização e organização econômica.
Poupança – Dividida em remuneração básica (TR) e adicional (0,5 % ao mês, quando a Selic for
superior a 8,5 % ao ano ou 70 % da Selic, em base mensal, quando ela for até 8,5 % ao ano). Os
depósitos realizados nos dias 29,30 e 31 fazem aniversário no dia 01. É mensal para PF e entidades
sem fins lucrativos (isentos do IR) ou trimestral para as demais PJ com fins lucrativos (tributa IR
em 22,5 %). Tais depósitos têm percentuais mínimos destinados a financiamento imobiliários e
encaixes do BACEN (Funding de captação do crédito imobiliário). Não apresenta outros custos
(tarifas bancárias).
Capitalização – O órgão supervisor é a SUSEP (normativo CNSP). Parte dos pagamentos
realizados é usado para formar um capital que será devolvido em moeda corrente num prazo
estabelecido. Outra parte dos pagamentos é destinada ao custeio de sorteios. Proibida a cobrança de
taxas. É possível a cessão total ou parcial do título. Os valores podem ser atualizados em títulos
com vigência superior a 12 meses. A Sociedade de Capitalização pode se utilizar dos resultados de
loterias federais (caso contrário deverá haver ampla divulgação). Pode ter prazo de carência. Há 3
tipos de estrutura: pagamento mensal; pagamento periódico; pagamento único.
Modalidades: a) Tradicional (objetivo de restituir o valor total dos pagamentos); b) Compra-
Programada (garante ao titular ao final o recebimento do valor de resgate ou do recebimento de
devem ser investidos em ações, cotas de fundos de ações ou BDRs); c) Fundo Cambial (variação
de preço de moeda estrangeira ou cupom cambial; mínimo de 80 % composto por esses ativos); d)
Fundo Multimercado (envolvem vários fatores de risco).
Tributação dos Fundos – Come-cotas Semestral (antecipação semestral do recolhimento do IR
cobrado em cotas do Fundo – alíquota de 20 % para curto prazo e 15 % para os demais; não é
cobrado no Fundo de Ações).
Estilo de Gestão pode ser Ativo (superar o Benchmarking, o índice) ou Passivo (acompanhar o
Benchmarking, acompanhar o índice).
Alguns tipos de Investimentos:
I) Certificado de Depósito Bancário – (CDB) Títulos nominativos de renda fixa destinados a PF e
PJ. Podem emiti-lo as IF que captem recursos sob a modalidade de depósito a prazo. O rendimento
pode ser prefixado, pós-fixado ou híbrido. Vedada a prorrogação do seu prazo (admitida a
renovação). Sujeito a tabela regressiva do IOF (cobrado somente nas operações até 30 dias, sendo
96 % no 1º dia e 3 % para o 29º dia) e do IR (180 dias – 22,5 %; 181 a 360 – 20 %; 361 a 720 –
17,5 %; acima de 720 – 15 %).
II) Recibo de Depósito Bancário – (RDB) Não se pode emitir o certificado, não sendo possível
endossar e não tem liquidez diária. Diferença do CDB que é inegociável e intransferível.
III) Letras de Câmbio Imobiliário – (LCI) Rendimento prefixado, pós-fixado ou híbrido.
Lastreado em operações de crédito do setor imobiliário. Não pode ter prazo de vencimento superior
aos créditos que lhe servem de lastro. Isento de IR e IOF para PF (PJ tem isenção só do IOF).
Prazos mínimos: 36 meses (atualizada mensalmente por índice de preços); 12 meses (atualizada
anualmente); 90 dias (não atualizada por índice de preços).
IV) Letras de Crédito do Agronegócio – (LCA) emissão exclusiva de IF. Rendimento pode ser
prefixado, pós-fixado ou híbrido. Isento de IR e IOF para PF (PJ tem isenção só do IOF). Prazos
mínimos: 12 meses (atualizada anualmente por índice de preços); 90 dias (não atualizada por índice
de preços).
V) Letra de Câmbio (LC) – Captação de recursos oferecida por sociedades de crédito,
financiamento e investimentos (financeiras). Temos o emitente (devedor), o beneficiário
(investidor) e o aceitante (financeira). A financeira realiza uma operação de crédito com um
devedor, o qual emite a letra de câmbio, sendo um título lastreado na operação. Mesmo sistema de
tributação do CDB e RDB.
VI) Letras Financeira (LF) – Título de renda fixa. Captar recursos a longo prazo. O prazo de
vencimento mínimo é de 24 meses, vedado o resgate total ou parcial antes do prazo pactuado (antes
somente para substituição de outra LF). Valor mínimo é de 50.000 (sem cláusula de subordinação) e
300.000 com cláusula). Cláusula de Subordinação – direito de crédito dos detentores é
condicionado ao pagamento de outras dívidas da instituição emissora em caso de falência ou
inadimplência, mas tende a proporcionar maior remuneração. É admitido o pagamento periódico de
rendimentos desde que em intervalos não inferiores a 180 dias. Não é admitida a atualização com
base em variação cambial (exceto com cláusula de subordinação).
Plano de Seguros – Controlados pela CNSP e Susep. Podem ser: a) Automóvel – vedada franquia
nos casos de incêndio; raio; explosão, indenização integral – sinistro superior 75 %. Modalidades –
valor de mercado referenciado (cotação do veículo) ou valor determinado (definido na apólice). É
feito um questionário de avaliação de risco. b) De Pessoas – pagamento de indenização ao segurado
e beneficiários. Exemplos: Morte; Invalidez permanente; Invalidez laborativa; Diária por
incapacidade; Doenças graves; Perda de Renda (perda do emprego). c) Seguro Viagem/Turismo –
garante aos segurados durante o período de viagem previamente determinado, o pagamento de
indenização quando da ocorrência de riscos previamente previstos e cobertos. d) Seguros
Compreensivos – residencial, condominial e empresarial. e) Seguro Rural – protege perdas
decorrentes de fenômenos climáticos adversos.
Espécies: Seguros, Resseguros (Seguros dos Seguros), Cosseguros (seguros coordenados, mais de
uma seguradora), Retrocessão (resseguro do resseguro).
Obs.1: Hot Money: Crédito de curto prazo (1 a 29 dias, mas geralmente 10) para pessoas jurídicas
com o objetivo de sanar problemas momentâneos de fluxo de caixa.
Obs.2: Vendor Finance: Financiamento de vendas que permite a uma empresa vender seu produto
a prazo e receber o pagamento à vista. A vantagem para o vendedor é que paga menos impostos.
Quem contrata o crédito é o vendedor do bem, mas quem paga o crédito é o comprador.
Obs.3: Compror Finance: Inversa ao Vendor. Ocorre quando pequenas indústrias vendem para
grandes lojas comerciais, em vez de o vendedor ser o fiador do contrato, o próprio comprador é que
funciona como tal.
Obs.4: No leasing financeiro tem a intenção de ficar com o bem e no leasing operacional não (no
caso paga o VRG – Valor Residual Garantido). Se o leasing é quitado antes do prazo definido no
contrato passa a ser classificado como uma compra e venda a prazo. Sale and Leaseback: Para
imóveis no leasing financeiro de PJ – dono vende para uma Sociedade Arrendadora, a qual arrenda
para o vendedor.
Obs.5: Fundo Garantidor do Crédito: (FGC) Entidade privada sem fins lucrativos destinada a
administrar mecanismos de proteção a titulares de créditos contra instituições financeiras. A adesão
ao FGC é de forma compulsória. As instituições fazem contribuições mensais ao FGC (as ordinárias
0,01 %, com garantias reais 0,2 % e sem garantias reais 0,03 %). Letras Imobiliárias não são
garantidas.
Obs.6: FGCOOP (Fundo Garantidor de Cooperativismo): Objetiva prestar garantia de créditos
nos casos de decretação de intervenção ou de liquidação extrajudicial de instituição associada, bem
como contratar operações de assistência de suporte financeiro e de liquidez (cooperativas).
Obs.7: Conta Garantida: Conta de não livre movimentação, onde o cliente só pode movimentá-la
por cheque ou transferência.
Obs.8: Cheque Especial: Não há necessidade de amortização mensal do saldo devedor, bastando
pagar os juros e o IOF do período utilizado. Limitado a juros de 8 %.
Obs.9: Cartão BNDES: Visa financiar os investimentos dos microempreendedores individuais
(MEI), micro empresas e das pequenas e médias empresas. Faturamento de até 300 milhões. A
compra é feito de fornecedores credenciados no Portal de Operações do Cartão BNDES. A TAC
(Taxa de Abertura de Crédito) não pode exceder a 2 % do limite do crédito.
Obs.10. Letra de Câmbio: Ordem de pagamento em que uma pessoa ordena que uma 2ª pessoa
pague um determinado valor para uma 3ª.
emitidas – se forem negociadas no mercado de valores mobiliários devem oferecer ao menos uma
das seguintes condições: direito de participar do dividendo a ser distribuído a pelo menos 25 % do
lucro; direito de recebimento de dividendo por ação preferencial pelo menos 10 % superior a cada
ação ordinária; direito a tag along de 80 %). De Fruição (amortização das ações comuns ou
preferenciais; não são negociadas no mercado de valores mobiliários).
Split e Inplit – Split (desdobramento) divide ações em uma quantidade maior com objetivo de
reduzir seu preço e conferir maior liquidez (diminui preço para aumentar número de quotas). Inplit
(grupamento) é o processo inverso, reúne-se várias ações em uma.
Processo de capitalização das companhias no mercado – Emissão (ato que cria valores
mobiliários); Distribuição (venda no mercado); Subscrição (aquisição do valor mobiliário pelo
investidor); Integralização (liquidação da aquisição do valor mobiliário); Aquisição de controle
(takeover bid – aquisição do controle de uma empresa por outra de forma amigável ou hostil); Tag
Along (mecanismo de proteção a acionistas minoritários; no mínimo 80% do valor pago por ação
ao acionista majoritário; obrigatório para ações ON); Golden Share (nos casos de desestatização;
ação preferencial de classe especial para poderes específicos).
Segmentos de listagem Bovespa – Cada segmento criado pela B3 possui regras diferenciadas de
governança corporativa. Os segmentos especiais são Novo Mercado (mais significativo), Nível 1,
Nível 2, Bovespa Mais e Bovespa Mais Nível 2. Novo Mercado – negociação de ações de
emrpresas que adotam práticas de governança corporativa; só podem emitir ações ordinárias;
garantido Tag Along de 100 %; possuir de 2 a 20 % de conselheiros independentes; ter no mínimo
25 % ações em circulação ou 15 % para aquelas que tenham volume diário superior a 25 milhões na
bolsa.
Brazilian Depositary Receipts (BDR) – valor mobiliário emitido no Brasil que representa outro
valor mobiliário emitido por companhias abertas com sede no exterior. Não é emitido diretamente
pela empresa no Brasil, mas im por uma instituição depositária.
Mercado Primário e Secundário – a) Mercado Primário – valores mobiliários são emitidos de
forma que os adquirentes dos papéis passam a ter direitos sobre a companhia (ações); b) Mercado
Secundário – confere liquidez aos valores mobiliários emitidos no mercado primário; a negociação
é feita entre os investidos, sem há capitalização da companhia emissora.
Emissão de Ações – Como S/A podem ser Abertas (negociam ações na bolsa de valores ou
mercados de balcão) ou Fechadas (papéis não são negociados na bolsa). Os emissores têm que estar
registrados na CVM. A oferta primária são as ações emitidas no mercado e vendidas aos
investidores (recurso vão para o caixa da empresa). Oferta secundária são ações que pertenciam a
algum sócio e são vendidas para investidores (recursos vão para os sócios). Oferta inicial (IPO)
quando a empresa abre o capital realizando sua 1ª oferta pública (Initial Public Offering). Oferta
secundária (follow on) são novas emissões quando a empresa já possui capital aberto. As ofertas
públicas são intermediadas por instituições integrantes do sistema de distribuição de valores
mobiliários, como bancos de investimentos, corretoras e distribuidoras.
Underwriting (Subscrição) – Processo de oferta pública dos títulos e das ações. Underwriter
(agentes subscritores) é a instituição que coordena a oferta. Podem realizar essa operação os bancos
múltiplos, de investimento e corretoras/distribuidoras de valores.
Formas de Subscrição – Garantia Firme (underwriter adquire valores mobiliários da ofertante e
os revende aos investidores); Garantia Stand-by (underwriter não se responsabiliza pela venda do
total das ações emitidas, mas se compromete a negociá-las por um tempo); Melhores Esforços
(underwriter se compromete a realizar o melhor trabalho possível para a venda dos valores
mobiliários, mas não garante a aquisição).
Debêntures – Emitidos por Sociedades Anônimas de capital aberto e fechado representativos de
dívidas que asseguram a seus detentores o direito de crédito contra a companhia emissora. Título de
crédito de renda fixa. É vedada a sua emissão por IF (exceção para aquelas que não recebem
depósito do público desde que autorizadas pelo BACEN). Garantias – Real (envolve o
comprometimento de bens ou direitos); Flutuante (privilégio geral sobre o ativo da emissora, mas
não impede a negociação); Quirografária (não oferece nenhum privilégio sobre os ativos);
Subordinada (só possuem precedência sobre os acionistas no reembolso dos valores).
Classificação – Simples (não podem ser convertidas em ações) ou Conversíveis (podem).
Debêntures Incentivadas – relacionadas à infraestrutura, possuindo alíquotas reduzidas de IR.
Formas de Remuneração – juros fixos ou variáves; participação no lucro; prêmio de reembolso.
Commercial Papers – Nota promissória que confere ao titular o direito de crédito contra o
emitente. Isenta de IOF e tem o prazo máximo de vencimento de 360 dias (com exceção das de
objeto de oferta pública de distribuição e que tenham presença de agente contratado).
Mercado à Vista – Abrange a maioria das negociações da bolsa ou balcão. A transação deve ser
liquidada em D+2 (2 dias úteis, a partir 05/2019). Operação de Day Trade – operação em que a
compra e venda de uma ação ocorrem no mesmo dia e pela mesma corretora (valor líquido com IR
de 20 %). Imposto de Renda em operações normais é de isenção até 20.000 de vendas no mês, e
acima disso tem-se alíquota de 15 % sobre o ganho líquido.
Mercado de Balcão – Mercado em que as instituições realizam operações diretamente entre si, sem
o mecanismo de proteção ao investidor presente na Bolsa. Inexiste um espaço físico de negociação,
sendo menos transparente que a Bolsa. Pode ser organizado ou não organizado, onde nesse último
não há necessidade de registro.
Obs.1: Securitização – títulos emitidos no merado que são representativos dos créditos recebíveis
pela instituição.
Obs.2: Bookbulding – mecanismo de consulta prévia ao mercado para definição da remuneração
das debêntures ou do ágio/ deságio no preço de subscrição, tendo em vista a quantidade
de debêntures, para diferentes níveis de taxa, que cada investidor tem disposição de
adquirir.
Obs.3. Renda Fixa pactuado na emissão do título, pré ou pós-fixado, rentabilidade definida
(Poupança, Tesouro Direto, CDB, LCI, LCA, Debêntures). Renda Variável quando a taxa de
rentabilidade não pode ser avaliada na emissão. (Multimercados, Ações, Cambial, Fundos,
Derivativos). Curto Prazo são fundos com prazo médio até 365 dias, e Longo Prazo acima de 365
dias.
Obs.4. Chinese Wall: Separar os recursos do administrador daqueles do investidor.
Obs.5: Marcação a Mercado: Atualizar o preço para o valor do dia.
Obs.6. Blue Chips: Ações de 1ª linha de grandes empresas que possuem muita segurança e
tradição. Servem de referência para índices econômicos.
Obs.7: Tag Along: Visa proteger o pequeno investidor em negociações nas quais existe uma
mudança no controle acionário de uma companhia negociada na Bolsa de Valores.
Obs.8. Os negócios feitos na B3 devem ser divulgados em D+1. A liquidação física das compras e
vendas de ações deve ser até D+2, a qual ocorre quando o vendedor entrega as ações a Câmara de
Liquidação de Ações. A liquidação financeira das ações compradas ou vendidas é também em D+2.
Obs.9: Insider Trading: Negociações de valores mobiliários baseada no conhecimento de
informações relevantes que ainda não são de conhecimento público (pessoas que trabalham
diretamente em uma companhia listada na BV). Já Front Runnig é uma prática ilegal de obtenção
de informações antecipadas sobre a realização de operações no mercado de bolsa ou balcão, feita
pelo corretor ou intermediário financeiro.
Obs.10. Opções Dentro, Fora e No Dinheiro: ITM na compra (dentro) ativo objeto superior ao
preço de exercício da opção (na venda é abaixo). OTM na compra (fora) ativo objeto é abaixo do
preço de exercício do contrato (na venda é superior). ATM (no) é aquele em que o preço do ativo
objeto é igual ao preço de seu ativo é igual ao preço de exercício.
Obs.11. Stock Picking: Seleção de ações para ganhar com a sua valorização.
Obs.12. Linha D’Água: Metodologia utilizada no cálculo e limitação da cobrança de taxa de
performance de um fundo, considerando-se seu benchmark.
Obs.13. Call e Puts: Ocorrem no mercado de opções. Call é quando o comprador exerce seu direito
de compra e se é obrigado a vender a ação. Puts é quando se dá direito de vender a ação por um
preço determinado no vencimento da opção.
Mercado Primário (fluxo de entrada ou saída de moeda estrangeiro do país através das operações
exportadores, importadores, viajantes). Mercado Secundário (negociada entre as instituições
integrantes do sistema financeiro, não havendo fluxo de entrada ou de saída de moeda estrangeira).
Tipos de Contrato de Câmbio – a) Compra (pelas IF); b) Venda (pelas IF); c) Arbitragem
(instituição troca com outras moedas internacionais; negocia-se ativos em mercados diferentes
aproveitando o preço diferente dos mesmos).
Posição de Câmbio – Saldo das operações de câmbio prontas ou para liquidação futura. Pode ser:
Posição comprada (compra de instrumentos cambiais em valores superiores às vendas); Posição
vendida (venda de instrumentos cambiais em valores superiores às compras).
Operação de câmbio pronta – liquidada em até 2 dias úteis da data da contratação.
Operação de câmbio para liquidação futura – liquidada em prazo maior que 2 dias úteis.
Câmbio Manual/Câmbio Turismo – compra e venda de moedas em espécie; enquadram-se aqui
os traveller checks e as compras via cartão; sua cotação é por meio da taxa de câmbio turismo.
Câmbio Sacado/Câmbio Comercial – Envolve documentos ou títulos representativos de moeda;
movimentação diretamente na conta; sua cotação é por meio da taxa de câmbio comercial; a taxa
PTAX é a correspondente a média das taxas das transações informadas pelas instituições
autorizadas. A cotação do câmbio turismo é sempre superior ao câmbio comercial, visto que nela
estão incluídos os custos e os lucros dos operadores de câmbio.
Câmbio Paralelo – é ilegal. Transações de moedas realizadas fora das instituições autorizadas.
Operações – Podem ser: a) Manuais – realizadas através da troca de moeda doméstica por dólar
turismo ou traveller checks; b) De Remessa – realizadas por meio de ordens nas quais um banco
nacional vende divisas internacionais a outro banco situado no exterior; modalidade de banco
sacado.
Contrato de Câmbio – Entrega de moeda estrangeira corresponde à liquidação de um contrato,
principalmente utilizado em importações e exportações. São formas de adiantamento de receitas de
exportação: a) Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC) – (pré-embarque) antecipação
de recursos em moeda nacional ao exportador, relacionada a uma exportação a ser realizada no
futuro; b) Adiantamento sobre Cambiais Entregues (ACE) – (pós-embarque) antecipação de
recursos em moeda nacional ao exportador após o embarque da mercadoria para o exterior mediante
transferência ao banco dos direitos sobre a venda a prazo.
Taxa Spot e Forward – Taxa Spot (à vista) e Taxa Forward (futuro).
Na B3 é possível negociar o dólar futuro. O mini contrato de dólar futuro americano, por exemplo, é
negociado pelo ticket WDO+ mês de vencimento + ano de vencimento.
Swap Cambial – Tipo de derivativo em que ocorre a troca de rentabilidades de ativos financeiros
entre agentes econômicos. Os objetivos principais da operação são a proteção contra variações
excessivas do câmbio e prover liquidez ao mercado cambial doméstico. As operações de proteção
da carteira são chamadas de Hedge (cobertura). O BACEN se compromete a pagar ao agente a
variação do dólar acrescida de uma taxa de juros, recebendo em troca a variação da Taxa Selic
acumulada no mesmo período (evitando utilizar suas reservas cambiais e procurando conter a
valorização/alta do dólar). No Swap Tradicional o Bacen fica vendido em dólar e comprado em
taxa Selic, com o objetivo de conter a valorização do dólar (o Bacen paga aos investidores a
variação da taxa de câmbio e recebe em troca os juros do período).
Swap Cambial Reverso – É o contrário do swap tradicional. BACEN ganha com a alta do dólar, o
objetivo é conter a desvalorização do dólar. O Bacen fica comprado em dólar e vendido em taxa
Selic, com o objetivo de conter a desvalorização do dólar o Bacen paga aos investidores os juros do
período e recebe em troca a variação da taxa de câmbio).
Modalidade de Financiamento de Exportação do BNDES – Pré-embarque (linhas destinadas à
produção de bens e serviços destinados ao mercado externo – BNDES Exim Pré embarque via
parceiros, direto ou por empresa âncora). Pós-embarque (linhas destinadas à comercialização dos
bens e serviços no exterior).
Prêmio de Risco: É a relação entre o risco e o rendimento dos investimentos. Ele é expresso por
meio da diferença entre o retorno de um investimento em comparação com o rendimento de alguma
outra aplicação, que seja considerada sem risco.
* Se o Prêmio de Risco subir, a Taxa de Câmbio desce.
Fluxo de Capital: É a movimentação financeira de recursos, isto é, de valores monetários, de
dinheiro. Os fluxos de capitais podem ocorrer dentro de um país ou a nível internacional.
Se o fluxo de capital for direcionado para o Brasil, tendemos a ter mais dólares em caixa e real mais
forte. Se o fluxo de capital for saindo do Brasil, teremos menos dólares em caixa e real mais fraco.
* Dólar entra no BR – Taxa de Câmbio cai; Dólar sai do BR – Taxa de Câmbio sobe.
Recuperação de Crédito – Nem todos os empréstimos concedidos são pagos, devendo os bancos
constituírem provisões para eventuais perdas com inadimplência (PCLD, ou, ainda, PDD –
Perda para Devedores Duvidosos). Classificação das operações de crédito em ordem crescente de
risco: AA (0%), A (0,5 %), B (1 %), C (3 %), D (10 %), E (30 %), F (50 %), G (70 %), H (100
%). Em regra a partir de 15 dias de atraso já se deve começar a constituir provisões e sendo
superior a 180 dias já se classifica no nível H. Quando essas operações lançadas como perdas são
renegociadas, elas são reconhecidas como recuperação de crédito.
25 - Taxas de juros de curto prazo e a curva de juros; taxas de juros nominais e reais.
O Mercado Financeiro tenta prever o futuro e negocia com isso. Essas previsões é que levam a
curva de juros. Curva de Juros é a disposição das taxas negociadas pelo seu vencimento ao longo
de um gráfico E um cenário de alta de taxa de juros, títulos pós-fixados tendem a ser mais
atrativos e, em um cenário de queda de taxa de juros, os prefixados tendem a ser mais interessantes.
Cabe observar que isso é só uma tendência, pois para a decisão de investimentos diversos outros
fatores devem ser analisados. Tem-se, ainda, a taxa híbrida que tem parte indexada e outra
prefixada. A oscilação no valor do título ao longo do seu período chama-se marcação a mercado.
TR – Taxa Referencial. Utilizada na correção da poupança, FGTS, crédito imobiliário. Não pode
ter valores negativos. Desde 2018 é calculada a partir da Tarifa Básica Financeira (TBF), a qual é
divulgada diariamente pelo BACEN (desde essa época vem sendo 0 %).
TLP – Taxa de Longo Prazo. TLP = IPCA + Taxa Fixa + Spread. Divulgada mensalmente pelo
BACEN. O Spread inclui o risco de crédito e a remuneração básica do BNDES.
Taxa Livre de Risco – No Brasil é a Selic. Taxa de Risco da Operação – considera diversos
fatores relacionados ao crédito, inadimplência, garantias, prazo de pagamento.
Os fatores básicos que formam a taxa de juros são a taxa de risco da operação, a taxa livre de risco
da economia e a inflação.
Teoria da Preferência pela Liquidez – Um dos fatores que afeta a taxa de juros de uma operação é
o seu prazo. Quanto mais longo o vencimento, maior a taxa de juros oferecida.
Taxa Nominal – (Aparente) é a taxa de juros da operação, a que aparece na operação de
investimento. É aquela informada no contrato.
Taxa Real – taxa nominal deduzida da inflação.
Cálculo da Taxa Real = (1 + Taxa Nominal) / (1 + Taxa da Inflação) – 1 x 100
dado em contratos. É uma obrigação subsidiária e permite o benefício de ordem (a não ser que
tenha cláusula específica). Pode haver mais de um fiador. Pode ser estipulada mesmo sem o
consentimento do devedor ou contra sua vontade. Fiador é responsável pela obrigação principal e
acessórias. Pode ser parcial. Nenhum dos cônjuges pode prestar fiança sem autorização do outro.
Não há cobrança de IOF. O credor pode pleitear a substituição do fiador.
Fiança Bancária: Contrato por meio do qual o banco é o fiador, garantindo o cumprimento da
obrigação de seus clientes. Obrigação escrita e acessória, isenta do IOF.
Penhor Mercantil: (Real) Contrato acessório e formal, em que o devedor pignoratício entrega ao
credor pignoratício um bem móvel e suscetível de alienação como garantia de obrigação. O bem
fica na posse do credor, mas a propriedade do devedor. Registrado no Cartório de Títulos e
Documentos. Existe o Penhor Industrial e Mercantil (onde são penhorados máquinas, aparelhos,
animais, produtos, matéria-prima, etc.).
Alienação Fiduciária: (Real) Transferência da propriedade resolúvel (nasce com data de
encerramento) do bem móvel ou imóvel para o credor fiduciário, ficando o devedor fiduciante na
posse direta do bem, na condição de fiel depositário. O credor pode pedir no caso de não
pagamento a busca e apreensão do bem alienado. Havendo sobra na venda do produto por não
pagamento da dívida, o saldo será entregue ao devedor. O devedor continua obrigado ao pagamento
do residual (diferença não coberta pela venda)
Para bens imóveis – Deve estar no Registro de Imóveis. Principal exemplo é o financiamento
imobiliário. Com a tomada e venda do imóvel, a dívida é extinta.
Para bens móveis – Registro de Títulos e Documentos. Exemplo comum é de veículos.
Obs.: Posse e Propriedade são coisas diferentes.
Hipoteca: (Real) Sobre imóvel do devedor (ou bens móveis considerados imóveis, como aviões,
estradas de ferro, jazidas e navios), não havendo transferência de propriedade do devedor para o
credor. Obrigatória a averbação no Registro de Imóveis. O bem hipotecado pode ser vendido pelo
devedor, mas o comprador leva a hipoteca junto (Direito de Sequela). Abrange todas as acessões
(faixas de terra juntas). Pode ser hipotecado bem de terceiro.
FGC (Fundo Garantidor de Crédito) – Associação civil sem fins lucrativos com personalidade
privada, não exercendo função pública. Normatizado pelo CMN. Tem adesão compulsória da
Caixa, bancos e sociedades. O valor garantido é de 250 mil por pessoa física ou jurídica contra a
mesma instituição associada (para o conjunto de instituições associadas o valor garantido é de até 1
milhão para cada período de 4 anos). No DPGE (Depósito a Prazo com Garantia Especial) o valor
será 400 milhões.
FGC Garante – depósitos à vista; depósitos de aviso prévio; letras de câmbio; depósitos a prazo;
letras de crédito do agronegócio; depósitos de poupança.
Não há garantia do FGC – depósitos captados no exterior; depósitos judiciais; cotas de fundos de
investimentos; créditos de titularidade de instituições financeiras; títulos públicos; debêntures;
ações; VGBL e PGBL.
Lei 9.613/98 - Dispõe sobre os crimes de "lavagem" ou ocultação de bens, direitos e valores; a
prevenção da utilização do sistema financeiro para os ilícitos previstos nesta Lei; cria o Conselho de
Controle de Atividades Financeiras - COAF, e dá outras providências.
provenientes de infração penal; e participa de grupos cuja atividade é dirigida à prática de crimes).
A pena pode ser reduzida se o autor, coautor ou partícipe colaborar espontaneamente com as
autoridades. Admite-se a utilização da ação controlada e da infiltração de agentes.
Os instrumentos do crime sem valor econômico cuja perda em favor da União ou do Estado for
decretada serão inutilizados ou doados a museu criminal ou a entidade pública, se houver
interesse na sua conservação.
Da Responsabilidade Administrativa
Art. 12. Às pessoas sujeitas aos mecanismos de controle, bem como aos administradores das
pessoas jurídicas, que deixem de cumprir as obrigações previstas nessa lei serão aplicadas,
cumulativamente ou não, pelas autoridades competentes, as seguintes sanções: I – advertência
(por irregularidade no cumprimento das instruções); II - multa pecuniária variável não superior
(por culpa ou dolo): a) ao dobro do valor da operação; b) ao dobro do lucro real obtido ou que
presumivelmente seria obtido pela realização da operação; ou c) ao valor de R$ 20.000.000,00; III -
inabilitação temporária (infrações graves ou reincidência específica), pelo prazo de até 10 anos,
para o exercício do cargo de administrador; IV - cassação ou suspensão da autorização para o
exercício de atividade, operação ou funcionamento (reincidência específica de infrações
anteriormente já punidas).
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 17-A. Aplica-se aqui subsidiariamente o Código de Processo Penal.
Art. 17-B. A autoridade policial e o Ministério Público terão acesso, exclusivamente, aos dados
cadastrais do investigado que informam qualificação pessoal, filiação e endereço,
independentemente de autorização judicial, mantidos pela Justiça Eleitoral, pelas empresas
telefônicas, pelas instituições financeiras, pelos provedores de internet e pelas administradoras de
cartão de crédito.
cooperativas, para as quais as informações coletadas devem abranger as informações das pessoas
naturais autorizadas a representá-las, bem como seus controladores, administradores e diretores, se
houver. Deve ser estabelecido valor mínimo de referência de participação societária (o qual será
documentado e justificado no manual de procedimentos) para a identificação de beneficiário final (o
qual não pode ser superior a 25 %).
operações ou situações passíveis de comunicação. Essas instituições devem estar habilitadas para
realizar as comunicações no Sistema de Controle de Atividades Financeiras (Siscoaf), do Coaf.
DA AVALIAÇÃO DE EFETIVIDADE
As instituições devem avaliar a efetividade da política, dos procedimentos e dos controles
internos. A avaliação deve ser documentada em relatório específico (elaborado anualmente até
31/12 e encaminhado para ciência do comitê de auditoria, conselho de administração ou diretoria
até 31/03). O relatório deve conter a metodologia adotada avaliação da efetividade, testes aplicados,
a qualificação dos avaliadores; e as deficiências identificadas (com plano de ação para solucioná-las
de acordo com relatório de acompanhamento, o qual tem que ser encaminhado até 30/06).
Admite-se a elaboração de um único relatório de avaliação de efetividade relativo às instituições do
conglomerado prudencial e do sistema cooperativo de crédito. A forma de realização do relatório
deve ter a opção formalizada em reunião do conselho de administração ou, se inexistente, da
diretoria da instituição.
DISPOSIÇÕES FINAIS
As instituições devem manter à disposição do Banco Central do Brasil os documentos que essa lei
determinar pelo período mínimo de 10 anos.
Relação de operações e situações que podem configurar indícios de ocorrência dos crimes de
"lavagem" ou ocultação de bens, direitos e valores, e de financiamento ao terrorismo, passíveis de
comunicação ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
atividade comercial de negociação de bens de luxo e alto valor; saque de conta que receba diversos
depósitos de várias origens por curto período de tempo; depósitos ou aporte com cédulas úmidas,
mofadas; depósitos e aportes com grandes quantidades de cédulas de pequeno valor; saques no
período de 5 dias em valores inferiores aos limites estabelecidos; 2 ou mais saques em espécie no
caixa no mesmo dia para evitar a identificação do sacador; 2 ou mais depósitos em espécie em
terminais no período de 5 dias para evitar a identificação do depositante; depósitos relevantes em
contas de servidores públicos ou pessoas expostas politicamente (familiares também).
II - Situações relacionadas com operações em espécie e cartões pré-pagos em moeda
estrangeira e cheques de viagem: movimentações em moeda estrangeira ou cheques de viagem
atípicas; negociações em moedas estrangeiras incompatíveis ou realizadas por diferentes pessoas
naturais que informem o mesmo endereço; negociação com taxas de câmbio com variação
significativa em relação às praticadas no mercado; moedas estrangeiras úmidas, mofadas;
negociações em moeda estrangeira em que a pessoa natural ou jurídica não tenha como
característica o recebimento desse tipo de recurso; cartões pré-pagos em valores não compatíveis;
utilização de diversas fontes de recursos para cartões pré-pagos; carga em cartões pré-pagos
seguidos de saques em caixas eletrônicos.
III - Situações relacionadas com a identificação e qualificação de clientes: resistência ao
fornecimento de informações; informações falsas; informações de difícil ou onerosa verificação;
abertura de contas por detentor de procuração; ocorrência de irregularidades nos procedimentos de
identificação; cadastramento de várias contas em curto período de tempo; operações em que não se
identifique o beneficiário final; representação de diferentes pessoas jurídicas pelos mesmos
procuradores ou representantes legais; mesmo endereço residencial ou comercial para pessoas
naturais; incompatibilidade da atividade econômica ou faturamento; registro do mesmo endereçõ de
e-mail e IP por diferentes pessoas jurídicas; informações e documentos conflitantes; sócios de
empresa sem aparente capacidade financeira.
IV - Situações relacionadas com a movimentação de contas de depósito e de contas de
pagamento em moeda nacional, que digam respeito a: movimentação de recursos incompatíveis;
transferência de valores arredondados pouco abaixo do limite; movimentação de recursos de alto
valor de forma contumaz; manutenção de numerosas contas; movimentação significativa em conta
pouco movimentada; ausência repentina de movimentação em conta anteriormente bem
movimentada; utilização de cofres de aluguel de forma atípica; dispensa da faculdade de
recebimento de créditos e juros; mudança repentina e injustificada na forma de movimentação de
recursos; induzir funcionários a não seguir os procedimentos regulamentares ou formais;
recebimento de recursos com imediata compra de instrumentos para pagamentos; burlas na
identificação das operações; contas com créditos e débitos não característicos; recebimento de
depósitos provenientes de diversas origens sem fundamentação; pagamentos habituais a
fornecedores ou beneficiários, dos quais não tenha ligação; pagamento ou transferência para
fornecedor distante do seu local de atuação; cheques endossados de valores significativos; saldos ou
movimentações financeiras de organizações sem fins lucrativos que não apresentem fundamentação
econômica ou legal; movimentação habitual de recursos financeiros para qualquer tipo de PEP;
contas em nomes de menores ou incapazes com valores relevantes; transações significativas e
incomuns de investidores não residentes; recebimento de valores relevantes atípicos no mesmo
terminal de pagamento; desvios frequentes em padrões adotados em cartões de crédito; transações
em horários considerados incompatíveis; transações em terminal de localização geográfica distante;
operações atípicas com negociações de bens de luxo ou de alto valor; utilização de instrumento
financeiro para ocultar patrimônio; movimentação incompatível com o faturamento mensal;
recebimento de créditos com o imediato débito dos valores; movimentação de valores com
empresas sem atividade.
V - Situações relacionadas com operações de investimento no País: operações de compra e
venda de ativos financeiros a preços incompatíveis; operações atípicas com elevados ganhos;
investimentos significativos em produtos de baixa rentabilidade e liquidez; investimentos
28 - Autorregulação bancária.
Ocorre quando os próprios participantes do mercado instituem regras de conduta e fiscalizam a sua
aplicação. Possui caráter complementar à regulação oficial. A entidade de autorregulação dos
bancos é a FEBRABAN (associação civil sem fins lucrativos que representa os bancos).
Código de Autorregulação bancária – É de livre adesão. Principais Éticos (integridade,
equidade, respeito ao consumidor, transferência, excelência, sustentabilidade, confiança). Abrange
todos os produtos e serviços disponibilizados a pessoas físicas, ou quando expressamente definido,
a pessoas jurídicas.
Tem 4 Pilares: Ética e legalidade; respeito ao consumidor; comunicação eficiente; melhoria
contínua.
VII - operador: pessoa natural ou jurídica, de direito público ou privado, que realiza o tratamento
de dados pessoais em nome do controlador;
VIII - encarregado: pessoa indicada pelo controlador e operador para atuar como canal de
comunicação entre o controlador, os titulares dos dados e a Autoridade Nacional de Proteção de
Dados (ANPD);
IX - agentes de tratamento: o controlador e o operador;
X - tratamento: toda operação realizada com dados pessoais, como as que se referem a coleta,
produção, classificação, utilização, reprodução, distribuição, arquivamento, eliminação, avaliação
ou controle da informação, modificação, comunicação, transferência, difusão, extração, etc.;
XI - anonimização: utilização de meios técnicos razoáveis e disponíveis no momento do
tratamento, por meio dos quais um dado perde a possibilidade de associação a um indivíduo;
XII - consentimento: manifestação livre, informada e inequívoca pela qual o titular concorda com
o tratamento de seus dados pessoais para uma finalidade determinada;
XIII - bloqueio: suspensão temporária de qualquer operação de tratamento, mediante guarda do
dado pessoal ou do banco de dados;
XIV - eliminação: exclusão de dado ou de conjunto de dados armazenados em banco de dados,
independentemente do procedimento empregado;
XV - transferência internacional de dados: transferência de dados pessoais para país estrangeiro
ou organismo internacional do qual o país seja membro;
XVI - uso compartilhado de dados: comunicação, difusão, transferência internacional,
interconexão de dados pessoais ou tratamento compartilhado de bancos de dados pessoais por
órgãos e entidades públicos no cumprimento de suas competências legais, ou entre esses e entes
privados, reciprocamente, com autorização específica;
XVII - relatório de impacto à proteção de dados pessoais: documentação do controlador que
contém a descrição dos processos de tratamento de dados pessoais que podem gerar riscos às
liberdades civis e aos direitos fundamentais, bem como medidas, salvaguardas e mecanismos de
mitigação de risco;
XVIII - órgão de pesquisa: órgão ou entidade da administração pública direta ou indireta ou
pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos legalmente constituída sob as leis brasileiras,
com sede e foro no País, que inclua em sua missão institucional ou em seu objetivo social ou
estatutário a pesquisa básica ou aplicada de caráter histórico, científico, tecnológico ou estatístico;
XIX - autoridade nacional: órgão da administração pública responsável por zelar, implementar e
fiscalizar o cumprimento desta Lei em todo o território nacional.
As atividades de tratamento de dados pessoais devem observar a boa-fé e os seguintes
princípios:
I - finalidade: realização do tratamento para propósitos legítimos, específicos, explícitos e
informados ao titular, sem possibilidade de tratamento posterior de forma incompatível com essas
finalidades;
II - adequação: compatibilidade do tratamento com as finalidades informadas ao titular, de acordo
com o contexto do tratamento;
III - necessidade: limitação do tratamento ao mínimo necessário para a realização de suas
finalidades, com abrangência dos dados pertinentes, proporcionais e não excessivos em relação às
finalidades do tratamento de dados;
IV - livre acesso: garantia, aos titulares, de consulta facilitada e gratuita sobre a forma e a duração
do tratamento, bem como sobre a integralidade de seus dados pessoais;
V - qualidade dos dados: garantia, aos titulares, de exatidão, clareza, relevância e atualização dos
dados, de acordo com a necessidade e para o cumprimento da finalidade de seu tratamento;
VI - transparência: garantia, aos titulares, de informações claras, precisas e facilmente acessíveis
sobre a realização do tratamento e os respectivos agentes de tratamento, observados os segredos
comercial e industrial;
O consentimento deverá ser fornecido por escrito ou por outro meio que demonstre a manifestação
de vontade do titular (cabe ao controlador provar que foi dado o consentimento). É vedado o
tratamento de dados pessoais mediante vício de consentimento. O consentimento deverá referir-se
a finalidades determinadas, e as autorizações genéricas para o tratamento de dados pessoais serão
nulas. O consentimento pode ser revogado a qualquer momento mediante manifestação expressa
do titular.
O titular tem direito ao acesso facilitado às informações sobre o tratamento de seus dados, que
deverão ser disponibilizadas de forma clara, adequada e ostensiva acerca de, entre outras
características previstas em regulamentação para o atendimento do princípio do livre acesso:
finalidade específica; forma e duração; identificação do controlador e informações de contato;
informações acerca do uso compartilhado de dados; e responsabilidades dos agentes que realizarão
o tratamento.
O controlador deverá informar previamente o titular sobre mudanças de finalidade. Quando o
tratamento for baseado no legítimo interesse do controlador, somente os dados pessoais
estritamente necessários para a finalidade pretendida poderão ser tratados. O controlador deverá
adotar medidas para garantir a transparência do tratamento de dados baseado em seu legítimo
interesse. A autoridade nacional poderá solicitar ao controlador relatório de impacto à proteção de
dados pessoais, observados os segredos comercial e industrial.
personalidade. Os dados pessoais referentes ao exercício regular de direitos pelo titular não podem
ser utilizados em seu prejuízo.
Da Responsabilidade
Quando houver infração a esta Lei em decorrência do tratamento de dados pessoais por órgãos
públicos, a autoridade nacional poderá enviar informe com medidas cabíveis para fazer cessar a
violação. Poderão ser publicados relatórios de impacto.
brasileiros que tenham reputação ilibada, nível superior de educação e elevado conceito no campo
de especialidade dos cargos para os quais serão nomeados. Somente perderão seus cargos em
virtude de renúncia, condenação judicial transitada em julgado ou pena de demissão decorrente de
processo administrativo disciplinar (instaurado pelo Ministro da Casa Civil). Infrações cometidas
caracterizarão ato de improbidade administrativa. A Casa Civil dará apoio técnico e administrativo.
Compete à ANPD: zelar pela proteção dos dados pessoais e pela observância dos segredos
comerciais e industriais; elaborar diretrizes para a Política Nacional de Proteção de Dados Pessoais
e da Privacidade; fiscalizar e aplicar sanções em caso de tratamento de dados realizado em
descumprimento à legislação, mediante processo administrativo; apreciar petições de titular contra
controlador após comprovada pelo titular a apresentação de reclamação ao controlador não
solucionada; promover na população o conhecimento das normas e das políticas públicas sobre
proteção de dados pessoais e das medidas de segurança; promover e elaborar estudos sobre as
práticas nacionais e internacionais de proteção de dados pessoais e privacidade; estimular a adoção
de padrões para serviços e produtos que facilitem o exercício de controle dos titulares sobre seus
dados pessoais; promover ações de cooperação com autoridades de proteção de dados pessoais de
outros países, de natureza internacional ou transnacional; dispor sobre as formas de publicidade das
operações de tratamento de dados pessoais; solicitar, a qualquer momento, às entidades do poder
público que realizem operações de tratamento de dados pessoais informe específico sobre o âmbito,
a natureza dos dados e os demais detalhes do tratamento realizado, com a possibilidade de emitir
parecer técnico complementar para garantir o cumprimento desta Lei; elaborar relatórios de gestão
anuais acerca de suas atividades; editar regulamentos e procedimentos sobre proteção de dados
pessoais e privacidade; ouvir os agentes de tratamento e a sociedade em matérias de interesse
relevante e prestar contas sobre suas atividades e planejamento; arrecadar e aplicar suas receitas e
publicar, no relatório de gestão o detalhamento de suas receitas e despesas; realizar auditorias, ou
determinar sua realização; celebrar, a qualquer momento, compromisso com agentes de tratamento
para eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situação contenciosa no âmbito de processos
administrativos; editar normas, orientações e procedimentos simplificados e diferenciados,
inclusive quanto aos prazos, para que microempresas e empresas de pequeno porte; garantir que o
tratamento de dados de idosos seja efetuado de maneira simples, clara, acessível e adequada ao seu
entendimento; deliberar, na esfera administrativa, em caráter terminativo, sobre a interpretação
desta Lei, as suas competências e os casos omissos; comunicar às autoridades competentes as
infrações penais das quais tiver conhecimento; comunicar aos órgãos de controle interno o
descumprimento do disposto nesta Lei por órgãos e entidades da administração pública federal;
articular-se com as autoridades reguladoras públicas para exercer suas competências em setores
específicos de atividades econômicas e governamentais sujeitas à regulação; implementar
mecanismos simplificados, inclusive por meio eletrônico, para o registro de reclamações sobre o
tratamento de dados pessoais em desconformidade com esta Lei.
Os regulamentos e as normas editados pela ANPD devem ser precedidos de consulta e audiência
públicas, bem como de análises de impacto regulatório. Será, também, mantido um fórum
permanente de comunicação.
DISPOSIÇÕES GERAIS
Esta Lei dispõe sobre a responsabilização objetiva administrativa e civil de pessoas jurídicas pela
prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira. A responsabilização da
pessoa jurídica não exclui a responsabilidade individual de seus dirigentes ou administradores ou
de qualquer pessoa natural, autora, coautora ou partícipe do ato ilícito. A pessoa jurídica será
responsabilizada independentemente da responsabilização individual das pessoas. Subsiste a
responsabilidade da pessoa jurídica na hipótese de alteração contratual, transformação,
incorporação, fusão ou cisão societária.
As sociedades controladoras, controladas, coligadas ou, no âmbito do respectivo contrato, as
consorciadas serão solidariamente responsáveis pela prática dos atos previstos nesta Lei,
restringindo-se tal responsabilidade à obrigação de pagamento de multa e reparação integral do
dano causado.
Considera-se agente público estrangeiro quem, ainda que transitoriamente ou sem remuneração,
exerça cargo, emprego ou função pública em órgãos, entidades estatais ou em representações
diplomáticas de país estrangeiro, assim como em pessoas jurídicas controladas, direta ou
indiretamente, pelo poder público de país estrangeiro ou em organizações públicas internacionais.
DA RESPONSABILIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
Na esfera administrativa, serão aplicadas às pessoas jurídicas consideradas responsáveis pelos atos
lesivos as seguintes sanções: I - multa, no valor de 0,1% a 20% do faturamento bruto do último
exercício anterior ao da instauração do processo administrativo, excluídos os tributos, a qual nunca
será inferior à vantagem auferida, quando for possível sua estimação; II - publicação extraordinária
da decisão condenatória.
A aplicação das sanções previstas neste artigo será precedida da manifestação jurídica elaborada
pela Advocacia Pública ou pelo órgão de assistência jurídica, ou equivalente, do ente público. As
sanções não excluem a obrigação da reparação integral do dano causado.
Caso não seja possível utilizar o critério do valor do faturamento bruto da pessoa jurídica, a multa
será de R$ 6.000,00 a R$ 60.000.000,00.
A publicação extraordinária da decisão condenatória ocorrerá na forma de extrato de sentença, em
meios de comunicação de grande circulação ou, na sua falta, em publicação de circulação nacional,
bem como por meio de afixação de edital, pelo prazo mínimo de 30 dias.
Serão levados em consideração na aplicação das sanções: a gravidade da infração; a vantagem
auferida ou pretendida; a consumação ou não da infração; o grau de lesão ou perigo de lesão; o
efeito negativo produzido pela infração; a situação econômica do infrator; a cooperação da pessoa
jurídica para a apuração das infrações; a existência de mecanismos e procedimentos internos de
integridade, auditoria e incentivo à denúncia de irregularidades e a aplicação efetiva de códigos de
ética e de conduta no âmbito da pessoa jurídica; o valor dos contratos mantidos pela pessoa jurídica
com o órgão ou entidade pública lesados.
DO ACORDO DE LENIÊNCIA
A autoridade máxima de cada órgão ou entidade pública poderá celebrar acordo de leniência com
as pessoas jurídicas responsáveis pela prática dos atos previstos nesta Lei que colaborem
efetivamente com as investigações e o processo administrativo.
O acordo somente poderá ser celebrado se preenchidos, cumulativamente, os seguintes requisitos:
I - a pessoa jurídica seja a 1ª a se manifestar sobre seu interesse em cooperar para a apuração do ato
ilícito; II - a pessoa jurídica cesse completamente seu envolvimento na infração investigada a partir
da data de propositura do acordo; III - a pessoa jurídica admita sua participação no ilícito e coopere
plena e permanentemente com as investigações e o processo administrativo, comparecendo, sob
suas expensas, sempre que solicitada, a todos os atos processuais, até seu encerramento.
A celebração do acordo de leniência isentará a pessoa jurídica das sanções e reduzirá em até 2/3 o
valor da multa aplicável. O acordo de leniência não exime a pessoa jurídica da obrigação de reparar
integralmente o dano causado. Em caso de descumprimento do acordo de leniência, a pessoa
jurídica ficará impedida de celebrar novo acordo pelo prazo de 3 anos contados do conhecimento
pela administração pública do referido descumprimento. A celebração do acordo de leniência
interrompe o prazo prescricional dos atos ilícitos previstos nesta Lei.
A CGU é o órgão competente para celebrar os acordos de leniência no âmbito do Poder Executivo
federal, bem como no caso de atos lesivos praticados contra a administração pública estrangeira.
DA RESPONSABILIZAÇÃO JUDICIAL
Na esfera administrativa, a responsabilidade da pessoa jurídica não afasta a possibilidade de sua
responsabilização na esfera judicial.
Poderá se ajuizar ação com vistas à aplicação das seguintes sanções às pessoas jurídicas
infratoras (aplicadas de forma isolada ou cumulativa): I - perdimento dos bens, direitos ou
valores que representem vantagem ou proveito direta ou indiretamente obtidos da infração,
ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé; II - suspensão ou interdição parcial de
suas atividades; III - dissolução compulsória da pessoa jurídica; IV - proibição de receber
incentivos, subsídios, subvenções, doações ou empréstimos de órgãos ou entidades públicas e de
instituições financeiras públicas ou controladas pelo poder público, pelo prazo mínimo de 1 e
máximo de 5 anos.
A dissolução compulsória da pessoa jurídica será determinada quando comprovado: I - ter sido a
personalidade jurídica utilizada de forma habitual para facilitar ou promover a prática de atos
ilícitos; II - ter sido constituída para ocultar ou dissimular interesses ilícitos ou a identidade dos
beneficiários dos atos praticados.
O Ministério Público ou a Advocacia Pública ou órgão de representação judicial, ou equivalente,
do ente público poderá requerer a indisponibilidade de bens, direitos ou valores necessários à
garantia do pagamento da multa ou da reparação integral do dano causado, ressalvado o direito do
terceiro de boa-fé.
DISPOSIÇÕES FINAIS
Fica criado no âmbito do Poder Executivo federal o Cadastro Nacional de Empresas Punidas
(CNEP), que reunirá e dará publicidade às sanções aplicadas pelos órgãos ou entidades dos Poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário de todas as esferas de governo com base nesta Lei.
As autoridades competentes, para celebrarem acordos de leniência previstos nesta Lei, também
deverão prestar e manter atualizadas no Cnep, após a efetivação do respectivo acordo, as
informações acerca do acordo de leniência celebrado, salvo se esse procedimento vier a causar
prejuízo às investigações e ao processo administrativo.
Os órgãos ou entidades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de todas as esferas de
governo deverão informar e manter atualizados, para fins de publicidade, no Cadastro Nacional de
Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS), de caráter público, instituído no âmbito do Poder
Executivo federal, os dados relativos às sanções por eles aplicadas.
A multa e o perdimento de bens, direitos ou valores aplicados com fundamento nesta Lei serão
destinados preferencialmente aos órgãos ou entidades públicas lesadas.
Prescrevem em 5 anos as infrações previstas nesta Lei, contados da data da ciência da infração ou,
no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado (a prescrição é
interrompida com a instauração do processo de apuração).
A pessoa jurídica será representada no processo administrativo na forma do seu estatuto ou
contrato social.
A autoridade competente que, tendo conhecimento das infrações previstas nesta Lei, não adotar
providências para a apuração dos fatos será responsabilizada penal, civil e administrativamente.
Esta Lei aplica-se aos atos lesivos praticados por pessoa jurídica brasileira contra a administração
pública estrangeira, ainda que cometidos no exterior.
O aqui disposto não exclui as competências do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, do
Ministério da Justiça e do Ministério da Fazenda para processar e julgar fato que constitua infração
à ordem econômica.
DA RESPONSABILIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
A apuração da responsabilidade administrativa de pessoa jurídica que possa resultar na aplicação
das sanções será efetuada por meio de Processo Administrativo de Responsabilização (PAR). A
competência para a instauração e para o julgamento do PAR é da autoridade máxima da entidade
ou, em caso de órgão da administração direta, do seu Ministro de Estado. A investigação
preliminar será conduzida por comissão composta por 2 ou mais servidores efetivos com prazo de
60 dias prorrogáveis, tendo ao final que se fazer um relatório conclusivo (onde não houver, serão
empregados públicos). A pessoa jurídica terá um prazo de 30 dias para apresentar defesa escrita.
Quando de provas novas, a pessoa jurídica poderá apresentar alegações finais no prazo de 10 dias,
contado da data do deferimento ou da intimação de juntada das provas pela comissão. A pessoa
jurídica quando não encontrada terá feita a intimação por meio de edital. É vedada a retirada dos
autos da repartição pública, sendo autorizada a obtenção de cópias mediante requerimento.
O prazo para a conclusão do PAR não excederá 180 dias, admitida prorrogação por meio de
solicitação do presidente da comissão à autoridade instauradora, que decidirá de forma
fundamentada. O relatório final do PAR será encaminhado à autoridade competente para
julgamento, o qual será precedido de manifestação jurídica, elaborada pelo órgão de assistência
jurídica competente.
No caso de eventuais ilícios o relatório da comissão deverá ser encaminhado pela autoridade
julgadora: I - ao Ministério Público; II - à AGU e seus órgãos vinculados, no caso de órgãos da
administração pública direta, autarquias e fundações públicas federais; III - ao órgão de
representação judicial ou equivalente no caso de órgãos ou entidades da administração pública.
Na hipótese de decisão contrária ao relatório da comissão, esta deverá ser fundamentada com base
nas provas produzidas no PAR. Da decisão administrativa sancionadora cabe pedido de
reconsideração com efeito suspensivo, no prazo de 10 dias, contado da data de publicação da
decisão, tendo a autoridade julgadora 30 dias para apreciá-lo (não apresentado tal pedido, a PJ
deverá cumprir a sanção no prazo de 30 dias).
A CGU possui, no âmbito do Poder Executivo federal, competência concorrente para instaurar e
julgar PAR, e exclusiva para avocar processos. Compete à Controladoria-Geral da União instaurar,
apurar e julgar PAR pela prática de atos lesivos à administração pública estrangeira, o qual seguirá,
no que couber, o rito procedimental aqui previsto.
DO ACORDO DE LENIÊNCIA
O acordo de leniência será celebrado com as pessoas jurídicas responsáveis pela prática dos atos
lesivos, e dos ilícitos administrativos, e em outras normas de licitações e contratos, com vistas à
isenção ou à atenuação das respectivas sanções, desde que colaborem efetivamente com as
investigações e o processo administrativo, devendo resultar dessa colaboração: I - a identificação
dos demais envolvidos na infração administrativa, quando couber; II - a obtenção célere de
informações e documentos que comprovem a infração sob apuração.
Uma vez cumprido o acordo de leniência pela pessoa jurídica colaboradora, serão declarados em
favor da pessoa jurídica signatária, nos termos previamente firmados no acordo, isenção da
publicação extraordinária da decisão administrativa sancionadora; isenção da proibição de receber
incentivos (entre outros); redução do valor final da multa aplicável; isenção ou atenuação das
sanções administrativas (isso é estendido as demais PJs do grupo econômico).
DO PROGRAMA DE INTEGRIDADE
Para fins do disposto neste Decreto, programa de integridade consiste, no âmbito de uma pessoa
jurídica, no conjunto de mecanismos e procedimentos internos de integridade, auditoria e incentivo
à denúncia de irregularidades e na aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta, políticas e
diretrizes com objetivo de detectar e sanar desvios, fraudes, irregularidades e atos ilícitos
praticados contra a administração pública, nacional ou estrangeira.
Caberá ao Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da União expedir orientações, normas e
procedimentos complementares referentes à avaliação do programa de integridade.
A redução dos parâmetros de avaliação para as microempresas e empresas de pequeno porte
poderá ser objeto de regulamentação por ato conjunto do Ministro de Estado Chefe da Secretaria da
Micro e Pequena Empresa e do Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da União.
DISPOSIÇÕES FINAIS
As informações referentes ao PAR instaurado no âmbito dos órgãos e entidades do Poder Executivo
federal serão registradas no sistema de gerenciamento eletrônico de processos administrativos
sancionadores mantido pela Controladoria-Geral da União, conforme ato do Ministro de Estado
Chefe da Controladoria-Geral da União.
O processamento do PAR não interfere no seguimento regular dos processos administrativos
específicos para apuração da ocorrência de danos e prejuízos à administração pública federal
resultantes de ato lesivo cometido por pessoa jurídica, com ou sem a participação de agente público.
Caberá ao Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da União expedir orientações e
procedimentos complementares para a execução deste Decreto.
32 - Ética aplicada: ética, moral, valores e virtudes; noções de ética empresarial e profissional.
A gestão da ética nas empresas públicas e privadas. Código de Ética da Caixa Econômica
Federal (disponível no sítio da CEF na internet); Código de Conduta da Caixa Econômica
Federal (disponível no sítio da CEF na internet).
Ética e Moral são conceitos bastante próximos e costumam ser associados. Pontuemos suas
diferenças: a) Ética – caráter científico, filosófico e teórico; estuda os comportamentos, costumes e
condutas; relacionada à reflexão; trata do estudo do comportamento humano; tende a ser
permanente e universal; b) Moral – caráter normativo e prescritivo; analiso comportamentos,
hábitos e condutas, mas voltada às regras de convivência; relacionada à ação; ocupa-se de atribuir
um valor à ação; vaira no tempo e no espaço (a moral de uma sociedade, pode não ser a de outra).
Valores e Virtudes – Os valores formam a base do comportamento de um indivíduo (cada pessoa
tem os seus próprios valores). Virtudes dizem respeito às qualidades desejadas do ser humano.
Código de Ética da CEF –
a) Missão – Promover o desenvolvimento sustentável do Brasil, gerando valor aos clientes e
sociedade como instituição financeira pública e agente de políticas de Estado.
b) Valores Institucionais – trabalhar pela satisfação dos clientes; trabalhar para elevar a riqueza e o
bem estar da sociedade brasileira; ter orgulho e paixão pelo trabalho; agir pautado na ética; acreditar
que a liderança se faz pelo exemplo; ser inovador; respeitar todas ideias, opções e diferenças; ser
responsável pelo desempenho eficiente e sustentável; promover a meritocracia e o desenvolvimento
profissional; juntos podemos mais.
c) Valores do Código de Ética – respeito; honestidade; compromisso; transparência;
responsabilidade.
Código de Conduta – Princípios morais da dignidade, decoro, zelo, eficácia e consciência. O
exercício funcional na CEF é equiparado à função pública. Devem ser observados: conflito de
interesses; uso, divulgação e sigilo de informações; atividade profissional paralela (por exemplo,
funcionário da CEF não pode ser corretor de imóveis, nem consultor financeiro); redes sociais;
brindes e presentes; investimentos pessoais; nepotismo.
Vedação a diversos tipos de condutas – enriquecimento ilícito; prejuízo ao erário; atos contra
princípios da administração pública, e contra a administração pública nacional e estrangeira,
administrativa está ligada à ideia do “bom administrador” – aquele que atua não somente com
respeito aos preceitos vigentes, mas também à moral –, embora deva ser observada tanto pelos
agentes públicos quanto pelo particular ao se relacionar com a Administração. CF – os atos de
improbidade importarão em suspensão de direitos.
Publicidade – O princípio da publicidade impõe que a Administração confira a mais ampla
divulgação de seus atos aos interessados diretos e ao povo em geral, possibilitando-lhes, assim,
controlar a conduta dos agentes administrativos. CF – a lei só poderá restringir a publicidade dos
atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem.
Eficiência – O princípio da eficiência impõe que a Administração exerça sua atividade com
presteza, perfeição, rendimento funcional, produtividade, qualidade, desburocratização, de forma a
obter o melhor resultado possível no atendimento do interesse público. Preceitua a adequação dos
meios empregados aos fins vislumbrados, a ponderação da relação custo/benefício da ação.
Obs.1: Eficiência – execução da melhor maneira possível. Eficácia – alcançar os resultados a que
se busca. Efetividade – a atividade alcança a finalidade a que se busca.
Obs.1: Caso a instituição financeira não apresente saldo suficiente no momento da liquidação, a
ordem irá para fila de espera, sendo liquidada, por exemplo, quando houver ingresso de recursos na
conta.