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Sistema financeiro nacional: é o conjunto de instituições que propiciam, de alguma forma, o fluxo de
recursos entre poupadores e investidores através de transações processadas no mercado financeiro
Sub-sistema normativo: estão todas as autoridades monetárias: CMN, Banco central, CVM
CMN: órgão normativo responsável pela fixação das diretrizes das políticas monetária, crediticia e cambial
do país
Compete ao CMN: regular o valor interno da moeda; regular o valor externo; coordenar a política monetária;
estabelecer a meta de inflação; fixar diretrizes e normas da política cambial; autorizar a emissão de papel
moeda
Banco central: é o órgão executivo central do sistema financeiro. Cabe-lhe cumprir e fazer cumprir as
disposições que regulam o funcionamento do sistema e as normas expedidas pelo CMN. É por meio do BC
que o estado intervém diretamente no sistema financeiro e, consequentemente na economia.
O BC pode ser considerado executor da política monetária; banco emissor; centralizador do fluxo cambial
Atribuições do BC:
Emitir papel moeda segundo autorizações do CMN; receber os recolhimentos compulsórios e realizar
operações de redesconto; controlar o fluxo de capital estrangeiro; comprar e vender títulos públicos federais
dentro da execução da política monetária; autorizar o funcionamento e exercer a fiscalização de todas as
instituições financeiras; determinar o nível da taxa básica de juros da economia (taxa Selic), via Copom
Banco do Brasil: banco comercial comum, embora responsável pela câmara de compensação brasileira
Caixa Econômica Federal: é o principal agente das políticas públicas do governo federal; é uma instituição
financeira sob a forma de empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda, podendo atuar no Brasil e no
exterior; auxiliar da execução da política de crédito do governo federal, sujeita as decisões e a disciplina
normativa do órgão competente (CMN) e a fiscalização do BC; atende não só aos seus clientes mas a todos
os trabalhares formais do Brasil; desenvolve parcerias com o poder público, especialmente o municipal para
a implantação de projetos de infra-estrutura e soluções de eficiência de gestão
Bancos Comerciais
Base do sistema monetário e tem como principal característica a criação da moeda, através da captação de
recursos em depósitos à vista que são repassados na forma de operações de crédito; são intermediadores
de recursos entre aplicadores (CDB e RDB) e tomadores (produtos de crédito)
Bancos comerciais - serviços: cobrança, ordens de pagamento, transferência de recursos, pagamento de
cheques, recebimento de impostos e tarifas públicas, custódia de valores, serviços de câmbio
Bancos de varejo: serviços de curto prazo
Bancos de Investimento: são os principais intermediadores de crédito de médio e longo prazo para
empresas; financiamento de capital fixo e de giro das empresas; fortalecem os processos de capitalização;
contribuem para melhorar a ordenação da economia e maior eficiência das empresas.
Não podem: manter contas correntes e destinar recursos a empreendimentos imobiliários
Funcionam com foco no médio e longo prazo e são serviços para PJ
Bancos de Investimento - serviços: operações de crédito, estruturação de subscrição pública de valores
mobiliários (underwriting de ações e debentures), fusões e aquisições, estruturação de securitizacao de
recebiveis, serviços de custódia, administração de carteiras de tít. e valores mobiliários e FI, intermediacao
de derivativos
Cooperativas e Sociedades de Crédito Imobiliário: são voltadas ao público dei maior renda. A captação
ocorre através de LCI, depósitos de poupança e repasses da CEF. Os recursos são destinados ao
financiamento imobiliário diretos ou indiretos
Companhias Hipotecárias: dependem de autorização do Bacen para funcionar. São constituídas sob a forma
de sociedade anônima, que tem por objeto social conceder financiamentos destinados a produção, reforma
ou comercialização de imóveis residenciais ou comercias aos quais não se aplicam as normas do SFH.
Seus objetivos são: financeiramente imobiliário, administração de crédito hipotecário e administração de
fundos de investimento imobiliário
Corretoras: operam com títulos e valores mobiliários por conta de terceiros (intermediacao nos pregões de
bolsa e mercados de balcão).
São instituições que dependem do Bacen para constituírem-se e da CVM para o exercício de suas
atividades
Podem: efetuar lançamento de ações; administrar e custodiar carteiras; administrar fundos e clubes de
investimento; intermediário operações de câmbio.
Distribuidoras: estão autorizadas a operar diretamente nos mercados organizados de bolsa de valores. Suas
principais funções são: subscrição de emissão de títulos e ações; intermediacão e operação no mercado
aberto. Estão sujeitas a aprovação do Bacen
Sociedades de arrendamento mercantil: operam com operações de leasing. Captam recursos através da
emissão de debentures com características de longo prazo
Clearings e sistemas
Clearings: são as câmaras de liquidação e de compensação. São entidades responsáveis pelo registro,
compensação e liquidação eletrônica de operações tais como derivativos, moedas, títulos, ações e
transferências financeiras
Cetip: é a depositária de títulos públicos estaduais e municipais emitidos após jan de 1992; títulos de renda
fixa privados (CDB, DI, LH, debentures e etc).
Processa a emissão, o resgate e a custódia dos títulos, bem como o pagamento dos juros e demais eventos
a eles relacionados. As operações são realizadas no mercado de balcão, incluindo apenas aquelas
realizadas no CetipNet (sistema eletrônico de negociação)
CBLC - Cia Brasileira de Liquidação e Custódia: sociedade anônima com fins lucrativos, de capital fechado.
É uma organização auto reguladora, supervisionada pela CVM. Provê serviços de compensação, liquidação,
controle de risco e liquidação física e financeira de operações realizadas nos mercados de bolsa.
Principais funções: custódia, liquidação (contraparte central para todos os agentes de compensação),
assume o risco das contrapartes até o fechamento do negócio e sua liquidação, operadora do mercado de
empréstimo de ações.
A BM&FBovespa mantém quatro sistemas distintos de compensação e liquidação: ações, derivativos,
câmbio e títulos públicos
Mercados da Bovespa:
Mercados a vista: operações de compra ou venda: liquidação D+3
Mercado de opções: operações de compra ou venda: liquidação D+1
Mercado a termo: venda ou compra de uma determinada quantidade de ações, a um preço e prazo de
liquidação estipulados entre as partes negociantes; prazo de liquidação entre 16 e 999 dias corridos; o preço
consiste no mercado a vista + taxa de juros negociada; a CBLC estabelece as garantias mínimas (margem
ou depósito inicial) que o cliente deverá dar; os proventos que ocorrerem durante a vigência do contrato
pertencem ao comprador
Margem de garantia: depósito de ativos a fim de assegurar liquidação financeira. Valor da margem varia de
acordo com variáveis envolvidas
Custos de operação:
Corretagem: taxa cobrada pelas corretoras pelo serviço de intermediacão
Emolumentos: taxa paga pela Bovespa pelo serviço de execução e controle das operações
Custódia: serviço de guarda das ações que a bolsa e corretoras prestam aos seus clientes; CBLC
depositária das ações das cias abertas
CIP (Câmara Interbancária de Pagamentos): processa a liquidação financeira interbancária dos produtos
TED, DOC, TEC e Bloqueto de cobrança.
Dispõe sobre a atuação das câmaras e dos prestadores de serviços de compensação e de liquidação.
CNPI - CB2
Bolsas de valores: o objetivo básico é proporcionar local ou sistema adequado para que seus membros
(corretoras de valores) possam efetuar operações de compra e venda de títulos e valores mobiliários
Função econômica principal: gerar liquidez para os títulos negociados
Canais de distribuição:
CTVM: operam com compra, venda e distribuição de títulos e valores mobiliários por conta de terceiros;
fazem a intermediação com as bolsas de valores e mercadorias e futuros
DTVM: tem acesso as bolsas de valores; efetuam subscrição da intermediacao da colocação de emissões
de títulos e valores mobiliários; podem também fazer operações no mercado aberto
Ações: menor fração do capital social de uma empresa (ou sociedade anônima). São conversíveis em
dinheiro a qualquer momento por negociação em bolsa de valores ou mercado de balcão
Classificação:
Espécie: ordinárias x preferenciais
Nominativas x "ao portador"
Escriturais x físicas
Classes de ações (tipo A ou B - PN)
Classificação das ações: nominativas (ON e PN) e escriturais (não há mais emissão de papel ou
movimentação física
Classes de ações:
Ações ordinárias (de cias fechadas) e as ações preferenciais (de cias abertas e fechadas) poderão ser de
uma ou mais classes
Classe significa uma divisão dentro da espécie (ON ou PN).
Características de cada classe: no estatuto social que determina as vantagens e restrições
Ações preferenciais: não dá direito a voto (há exceções); número de ações PN sem direito a voto não pode
ultrapassar 50% do total das ações emitidas; caso a cia não distribua resultados por três exercícios
consecutivos, as ações PN podem adquirir direito a voto, o qual será mantido até que se faça a distribuição
de dividendos
As vantagens podem consistir em: prioridade na distribuição de dividendo fixo ou mínimo; prioridade no
reembolso de capital, com ou sem prêmio
RCA (Recibo de Carteira de Ações): é um recibo representativo de uma carteira de ações depositadas na
CLC - Câmara de Liquidação e Custódia -, que é responsável pela emissão e controle dos certificados.
A carteira de RCA é composta por um conjunto pré determinado de ações de diferentes empresas e tipos.
Diferentes carteiras constituem diferentes classes de RCA.
Certificados de depósito (ADR, BDR): títulos negociados em país que tem como lastro ações de uma
empresa instalada fora deste país
ADR:
Nível I: não há emissão de ações; negociação em balcão; sem registro na SEC
Nível II: não há emissão de ações; negociação em balcão organizado e bolsa; com registro na SEC
Nível III: há emissão de ações; negociação em balcão organizado e bolsa; com registro na SEC; custo
elevado
144A: permite captação de novos recursos; negociação em balcão só para investidores institucionais
qualificados; sem registro na SEC
Programas de BDR
BDR Patrocinado Nível I: não há emissão de ações; negociados no mercado de balcão não organizado;
adquiridos por instituições financeiras e investidores institucionais
BDR Patrocinado Nível II: não há emissão de ações; negociação em balcão organizado: registro na CVM
BDR Patrocinado Nível III: há emissões de ações por IPO; negociado em balcão organizado ou bolsa;
registro na CVM; mais completo e oneroso
BDR não patrocinado: instituído por uma ou mais instituições depositarias ou emissoras de certificado, sem
acordo com a empresa emissora objeto do certificado; negociado em balcão; investidores institucionais
qualificados; sem registro na CVM
Dividendos: expresso em moeda corrente; percentual não pode ser inferior a 25% do LL anual (Lei das SA);
não são dedutiveis de IR e CSLL das empresas; não são tributados pelo IR para o investidor
Payout = dividendos pagos + JCP/LL
Direito de subscrição: confere o direito de adquirir, em caso de aumento de capital, preferencialmente, ações
da empresa ao acionista; efetivamente uma opção de compra; seu objetivo é preservar a proporção das
ações que possui; pode ser exercido pelo investidor ou vendido no mercado
Juros Sobre Capital Próprio: remuneram o capital do acionista investido na empresa até o valor da correção
da TJLP sobre o PL; representam os juros que incidem sobre os lucros não distribuídos pela empresa em
exercícios anteriores e mantidos sob a forma de reserva de lucro.
Vantagem para a empresa: despesa dedutível de IR na apuração do lucro real das empresas.
IR para o investidor: 15% recolhidos na fonte
JCP vs Dividendos
A economia tributária bruta (ETB) da empresa optante do JCP corresponde a soma algébrica das alíquotas
da CSLL, IRPJ, e adicional de IRPJ, multiplicada pelo montante dos juros (9%, 15% e 10%
respectivamente). ETB = 34% dos juros
Economia tributária líquida (ETL) = ETB - imposto retido na fonte do JCP a pagar (15%).
O montante pago ao acionista é o mesmo e a empresa obtém economia de 19%, que fica no caixa ou é
distribuído aos acionistas
Bonificação
Ocorre quando a empresa realiza um aumento de capital via emissão e distribuição de ações aos atuais
acionistas por incorporação de reservas de lucros ou de reservas de capital; participação dos acionistas é
proporcional a posição acionária existente no momento da assembleia concede a bonificação;
eventualmente pode ser realizada em dinheiro; a incorporação de reservas aumenta o valor do capital
social, mas não altera o valor do patrimônio líquido (capital social é uma das principais contas do PL)
Mercado primário: finalidade de dinamizar o fluxo de poupança em direção aos investimentos produtivos,
viabilizando o crescimento empresarial; empresa emite ações pela primeira vez ou está realizando uma
nova captação de recursos (novas ações); há entrada de recursos no caixa da empresa.
Mercado secundário: finalidade de dar liquidez as ações e títulos emitidos no mercado primário; onde ações
são negociadas após sua emissão (bolsa ou mercado de balcão); transferência de posse das ações entre
investidores; não há entrada de recursos no caixa da empresa
IPO: empresa com necessidade de captar recursos para financiar seus investimentos pode levantar capital
através de: empréstimos ou da venda de títulos de dívida (recursos de terceiros) ou emissão de ações
(recursos próprios).
Vantagens de emissão de ações: maior número de investidores potenciais, diluição do risco, maior
profissionalização de gestão, alta liquidez patrimonial, , maior visibilidade no mercado
Desvantagens de emissão de ações: diluição do lucro por acionista, divulgação obrigatória de informações
estratégicas da empresa ao público, aumento dos custos administrativos
Direitos dos acionistas: participação nos lucros; participação no acervo em caso de liquidação; preferência
de subscrição; preferência de retirada (em mudanças de objeto social, cisão, fusão ou incorporação e
alteração das classes de ações)
AGO e AGE
Assembleia Geral Ordinária: celebrada uma vez por ano e que tem obrigatoriamente que ter previsto entre
os pontos de discussão a prestação de contas anuais e a distribuição de resultados. Por lei ocorrerá até os
primeiros seis meses do ano seguinte ao que as contas dizem respeito
Assembleia Geral Extraordinária: reunião dos acionistas não previstas pela lei, que visa discutir temas de
interesse relevante que não poderiam aguardar pela AGO
Governança Corporativa: é o sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas envolvendo os
relacionamentos entre acionistas, credores, empregados e administradores.
Objetivos: aumentar o valor da empresa, facilitar seu acesso ao mercado de capitais, contribuir para o êxito
e perpetuação da empresa
Novo Mercado: a Bovespa criou em 2000 três segmentos especiais de listagem para as companhias. Segue
em ordem decrescente de exigência de práticas de governança corporativa: Novo Mercado, Nível 2 e Nível
1
Objetivos: incentivar e preparar gradativamente as cias para aderirem ao novo mercado, melhoria da relação
com investidores, fortalecer o mercado de capitais nacional, maior transparência de informações com
relação ao atos praticados pelos controladores e administradores da cia.
Nível 1:
comprometimento com melhorias na prestação de informações ao mercado e com a dispersão acionária
(liquidez);
manutenção a uma parcela mínima de ações representando 25% do capital; realização de ofertas públicas
de colocação de ações por meio de mecanismos que favoreçam a dispersão do capital;
melhoria nas informações prestadas trimestralmente;
divulgação de operações envolvendo ativos de emissão da cia por parte de acionistas controladores ou
administradores da empresa;
divulgação de informações sobre contratos com partes relacionadas
IRRF: Recolhimento
Day Trade: alíquota de 1,0% (valor mínimo: qualquer valor devido será retido e recolhido)
Operações normais: alíquota de 0,005% (valor mínimo: somente quando a soma dos valores devidos
superar R$1,00 haverá a retenção e o recolhimento)
Responsável pelo recolhimento: instituição financeira
Prazo para o recolhimento: até o 3 dia útil subsequente ao decendio do fato gerador
DARF: pagante de IR
Pagamento: último dia útil do mês subsequente a data da realização da operação
Base de apuração: mensal
DARF: valor mínimo de R$10,00
Isenção: somente para PF nas operações de venda com valor bruto até R$20 mil por mês nos mercados a
vista de ações. Não há isenção para a venda de ações no exercício de opções e ETF e muito menos em
Day Trade
Proventos:
JCP: 15% retido na fonte. A PJ, pagadora do dividendo, considera o JCP uma despesa do balanço
Dividendos: tributado diretamente na PJ
CNPI - CB3
Conceitos básicos:
Título: obrigação legal assumida entre um investidor e um emissor
Valor de face: quantia principal negociada
Juros ou coupon: pagamentos periódicos feitos ao credor
Principal: base para cálculo de juros
Maturidade ou vencimento: prazo final da obrigação
Tipos de títulos:
Zero coupon: não paga juros periódicos
Pré fixados: paga juros fixou periódicos e taxa de juros conhecida antecipadamente
Pós fixados: paga juros periódicos fixados em função de alguma taxa de mercado (flutuante) conhecida
postecipadamente
Indexados: valor do principal é corrigido de acordo com algum índice (IGP-M, Dólar)
Amortizados: parte do principal é paga antes da data de vencimento
Estrutura de negociação:
Títulos públicos: mercado de balcão, SISBEX (títulos públicos federais apenas), CetipNet, tesouro direto
(pessoas físicas)
Títulos privados: mercado de balcão, CetipNet, Bovespa Fix, soma Fix
Tesouro Direto:
Programa de venda de títulos públicos desenvolvido pelo tesouro nacional e CBLC; direcionado a pessoas
físicas; liquidez das aplicações é garantido pela recompra semanal
ETTJ (Estrutura a Termo de Taxa de Juros): taxa básica da economia é a taxa Selic e possui ano base com
252 dias úteis. A taxa overnight, anual efetiva com base n/252, realizada pelo governo em negociações de
seus títulos em mercado secundário
Taxa a vista (spot) ou a prazo (forward)
Taxa a vista Spot: taxa que refere-se a hoje; taxa de retorno equivalente a um título sem pagamento de
cupons para o mesmo período
Taxa a prazo ou forward: taxa que inicia-se em algum tempo futuro; taxa a vista que existirá em um
determinado momento no futuro; taxa spot n períodos, t períodos a frente
Taxa spot x taxa a termo: a partir da curva de taxas spot extrai-se as taxas a termo esperadas ou implícitas
Títulos públicos:
Emissor: tesouro nacional
Objetivo: cobertura de deficits do Tesouro Nacional, rolagem da dívida pública federal e troca de dívidas
renegociadas
Escriturais, nominativos e negociáveis
Principais títulos: LTN, LFT, NTN
CDB:
Emissores: bancos comerciais
Investidores: pessoas físicas ou jurídicas
Características: pré ou pós fixado, garantidos pelo FGC, prazo mínimo com base remuneração
Letras de câmbio: são títulos nominativos, com prazo de vencimento determinado; são emitidas (sacadas)
pelos financiados dos contratos de crédito, sendo aceitas pelas instituições financeiras participantes da
operação; posteriormente vendidas a investidores; é o principal funding para operações de financiamento de
bens duráveis realizadas pelas sociedades financeiras
Debentures: sujeito a registro na CVM para emissão; buscam obter recursos de médio e longo prazo para
financiar as suas atividades ou quitar dívidas; é pré ou pós fixado; podem ser conversíveis em ações da
emitente; e pode ou não possuir garantia
Vantagens: por ser um título de longo prazo, em geral apresenta custos de captações menores; empresas
podem incluir cláusulas que tornem a debenture mais atrativa para os compradores (ex:participação nos
lucros, conversibilidade, repactuações, etc...)
Garantias:
Garantia real: direitos do investidor são garantidos por um ativo da empresa; estes ativos não podem ser
negociados até que as obrigações sejam quitadas por completo; o valor da emissão está limitado a 80% do
valor do ativo que a garante
Garantia flutuante: investidor tem privilégio sobre os bens da empresa sem que com isso este deixe de ser
negociado; o valor da emissão da debenture está limitado a 70% do valor contábil do ativo dado em
garantia
Garantia sem preferência ou quirografaria: não há qualquer garantia real para o investidor; em caso de
falência concorre em igualdade com os demais credores; emissão está limitada ao valor do capital social da
empresa que emitiu
Garantia subordinada: debentures sem garantia podem contar com cláusulas de subordinação; garante a
preferência somente em relação aos acionistas; inexistência de limite para a emissão
Tipos de debentures:
Simples
Conversíveis: podem conter uma opção de conversão na data do exercício; através da qual é possível trocar
as debentures por ações da cia; o investidor deixa de ser um credor para ser um acionista da empresa; a
conversão não é obrigatória
Agente Fiduciário: é o representante dos debenturistas; deverá ser uma instituição financeira para as
debentures negociadas no mercado de valores mobiliários.
Entre os seus deveres: proteger os direitos e interesses dos debenturistas; renunciar a função, na hipótese
de conflito de interesses
Assembleia de debenturistas:
A assembleia pode ser convocada pelo agente fiduciário, pela cia emissora e por debenturistas que
representem 10%, no mínimo, dos títulos em circulação
Rating:
Conceitos: avaliação do risco de crédito; é uma estimativa de probabilidade de inadimplencia futura. As
agências de Ratings analisam as informações financeiras das emissoras e a fim de determinar uma
classificação de crédito para seus títulos
Processo de rating
Análise quantitativa: análise financeira; fundamenta-se nos relatórios financeiros da empresa (múltiplos)
Análise qualitativa: preocupa-se com a qualidade de gestão; competitividade da empresa com sua indústria;
crescimento esperado da indústria; vulnerabilidade a mudanças tecnológicas, regulatorias e de relações
trabalhistas.
Classificação:
Investment Grade: apresentam uma alta probabilidade de pagamento dos juros e devolução do valor
principal no vencimento
Non-investment grade (junk Bonds): apresentam um risco significativo de não pagamento dos juros ou do
valor principal no vencimento (ou ambos); tipicamente oferecem retornos maiores do que títulos
equivalentes que tenham uma classificação de crédito superior; cada agência de rating possui uma escala
própria
Agências de Rating
A relação de Ratings e preços dos papéis analisados é direta - quanto mais alta a qualidade do papel, mais
alto o seu preço
Quando há um downgrade no rating do papel, sua taxa de retorno exigida aumenta - para compensar os
investidores pelo elevado risco, e consequentemente seu preço cai
Medidas de retorno de RF
Taxa de cupom = juros pagos
Current yield = pagamento anual de cupom / preço do título
Yield to Maturity (YTM ou TIR)
Ágio e Desagio:
Ágio (prêmio): YTM < taxa de cupom do título e preço de mercado > valor nominal
Deságio (desconto): YTM > taxa de cupom do título e preço de mercado < valor nominal
Tipos de Duration:
Macaulay duration: informa sobre um prazo (em anos) - média ponderada dos fluxos em relação ao VP
Modified Duration: informa sobre sensibilidade, mas obtida analiticamente (fórmula). Considera em seu
cálculo a taxa de juros, cupons pagos e o valor do título
Effective Duration: informa sobre sensibilidade, mas obtida numericamente
Convexidade é utilizado como uma medida de correção em função da limitação da duration
Características de Duration: os títulos "zero-cupom" possuem duration = tempo de maturidade
Relação de Duration com:
Taxa de juros - inversa
Prazo do título - direta
YTM - inversa
Tamanho do cupom - inversa
Frequência de pagamento de cupons - inversa
Base de cálculo:
Diferença positiva entre o valor de venda e o valor da aplicação, líquido de IOF; os rendimentos periódicos
e/ou qualquer remuneração adicional são tributados na fonte por ocasião de seu pagamento / crédito,
aplicando-se as alíquotas previstas anteriormente, conforme a data de início da aplicação ou de aquisição
do título ou valor mobiliário
Tributação: ganho de capital: LCA, LH, CRI e outros títulos: paga-se sobre as operações que não forem
levadas a vencimento a alíquota de 15%
CNPI - CB4
Derivativos
É um instrumento financeiro, cujo preço deriva de um ativo ou instrumento financeiro de referência (ativo-
objeto). Seu mercado é de liquidação futura e podem ser segmentados em futuros, termo, swaps e opções
Derivativos
Futuro: foram desenvolvidos para satisfazer as necessidades de fixação dos preços dos produtores e
comerciantes de produtos agrícolas. Negociados em bolsa
Termo: contrato similar ao futuro quanto a existência de compromisso para comprar e vender um ativo por
determinado preço em data futura. Negociado em balcão, acordo privado.
Swap: acordo entre duas partes para trocar fluxos de caixa no futuro. Acordo define as datas que os fluxos
de caixa serão pagos e a forma de cálculo.
Opção: contrato que estabelece um direito de comprar ou vender um ativo a um preço estabelecido em data
futura. Negociados em bolsa ou balcão.
Características de contratos futuros: acordo entre vendedor e comprador para entregar e receber certa
quantidade de um ativo por determinado preço para liquidação em uma data futura; contratos são
padronizados negociados em bolsa; permite a reversão da posição a qualquer momento por meio de
operação inversa; os contratos futuros se encerram por liquidação financeira (mais comum) e liquidação
física (entrega do ativo).
Preço futuro e preço a vista: preço futuro (F) = preço a vista acrescido da taxa de juros livre de risco
(assumindo-se que a taxa de juros livre de risco é constante e igual para todos os vencimentos).
Conceito de base: há convergência do preço futuro ao preço a vista quando se aproxima o mês de
vencimento do contrato
Principais contratos futuros:
DI1: DI de 1 dia - valor do contrato: R$100 mil no vencimento
DÓL: dólar comercial - valor do contrato: US$50 mil
IND: Bovespa - valor do contrato: R$1 por ponto de índice
DDI e FRA: cupom cambial sujo e cupom cambial limpo - valor do contrato: PU multiplicado pelo valor do
ponto US$1,00.
Mercado a termo: acordo particular de compra e venda de um ativo em uma data futura, por preço
previamente estabelecido; as partes liquidarão a operação pela entrega física ou pela financeira na data do
vencimento; maior flexibilidade - partes negociam entre si o valor do contrato, características do ativo e
vencimento; possuem menor liquidez comparados aos contratos futuros; o preço de mercado a termo é
estabelecido adicionando-se ao preço a vista a expectativa de juros, ficada livremente no mercado, pelo
prazo de contrato (equivalente aos futuros).
Swap:
Contrato que estabelece a troca de fluxo de caixa e risco entre empresas/investidores;
O valor inicial e a data de vencimento são livremente pactuados entre as partes;
A liquidação pode ser feita no vencimento, com ajuste periódico ou antecipado;
Swap possui características semelhantes ao contrato a termo;
No vencimento, calcula-se a variação dos indexadores (ativo e passivo) e a liquidação se da pela diferença
dos fluxos;
O swap pode ser considerado uma carteira de contratos a termo;
Contrato a termo pode ser visto como exemplo simples de swap (única data de vencimento);
Swap compete e complementa outros instrumentos de gestão de risco, como futuros e opções;
Termo: taxa pré e uma data futura;
Swap: pode trocar dois fluxos de caixa com taxa pós (ex: CDI x IPCA) em várias datas futuras
Opções - características:
Contrato entre partes através do qual o comprador (titular) tem o direito de negociar uma determinada
quantidade de um ativo-objeto por um preço previamente estabelecido (preço de exercício ou strike) até (ou
numa) data no futuro (data de vencimento);
Para ter este direito, o comprador paga um valor (prêmio da opção) ao vendedor (lançador);
Em contrapartida, o vendedor recebe o prêmio e tem a obrigação de honrar os termos pré estabelecidos
caso lhe seja solicitado
Tipos de opções:
Call (opção de compra): proporciona a seu titular (o comprador) o direito de comprar um ativo por certo
preço até uma determinada data
Put (opção de venda): da a seu titular o direito de vender um ativo determinado preço até uma certa data
Tipos de opções:
Europeia: seu exercício é permitido somente na data do vencimento
Americana: seu exercício é permitido em qualquer período entre a sua compra e a data de vencimento
No Brasil (para ações) - puts são usualmente europeias e calls americanas
O preço de exercício é ajustado a pagamentos de dividendos
Tipos de opções:
Comprador (titular) - tem o direito de comprar call e o direito de vender put
Vendedor (lançador) - tem obrigação de vender call e obrigação de comprar put
Opção de compra coberta: É uma posição long em um determinado ativo, juntamente com uma short call.
O termo coberto significa que a ação cobre a obrigação inerente assumida quando se vende a opção de
compra
Motivação: investidor acha que o valor de uma ação não vai subir (no CP) e ele quer aumentar sua renda
coletando prêmios de opção de compra
Financiamento de um ativo: vender uma opção de compra do ativo na mesma quantidade que possui do
ativo; potencial de lucro limitado e o investidor espera que de exercício; preço do ativo fique acima do preço
de exercício da opção que foi vendida na data do exercício
Venda de volatilidade:
Venda de uma call + venda de uma put, ambas de mesmo exercício e mesmo vencimento;
O investidor espera que ativo mantenha-se estável até a data do exercício (baixa volatilidade);
Lucro limitado, prejuízo ilimitado
Box: objetiva ganhar taxa de juros, é considerado operação de renda fixa; compra call de exercício menor e
vende call de exercício maior, ambas do mesmo vencimento; compra put de exercício maior e vende put de
exercício menor; resultado: exerce ou será exercido de modo que comprara ativo 1 e exerce ou será
exercido de modo que venderá ativo 2.
Moneyness
Opções at-the-money: preço de exercício = preço a vista do ativo objeto
Opções in the money: opção de compra: preço exercício < preço a vista; opção de venda: preço exercício >
preço a vista; opção tem valor intrínseco
Opções out of the money: opção de compra: preço exercício > preço a vista; opção de venda: preço
exercício < preço a vista; opção não tem valor intrínseco
Hedge e alavancagem:
Hedge - proteção contra oscilações
Alavancagem - aumenta as possibilidade de lucro e de perdas numa posição
Riscos com derivativos: Risco de taxa de juros, risco de base, risco de financiamento, risco de crédito e
volatilidade
Margem de garantia:
Depósitos de ativos a fim de assegurar liquidação financeira, da garantias adicionais, valor da margem varia
de acordo com as variáveis envolvidas
Aceitação automática sem desagio, aceitação automática sujeita a desagio e aceitação sob consulta a
desagio
CNPI - CB5
Conceitos econômicos
PNB (Produto Nacional Bruto): acrescenta-se os rendimentos líquidos dos brasileiros residentes no resto do
mundo ao PIB; representa o total da produção de uma nacionalidade, independentemente do país que
ocorreu a produção
Produção industrial e agrícola: pesos aproximados: produção industrial 60%; serviços 30%; produção
agrícola 10%
Políticas econômicas:
Y = C + G + I + NX
Y = renda agregada como medida do PNB
C = consumo das famílias
G = gasto líquido dos governos
I = investimento das empresas
NX = exportações líquidas
Estas componentes são respectivamente definidos pelas políticas fiscal, monetária e cambial
Copom:
Objetivos: estabelecimento das diretrizes da política monetária e definição da taxa de juros
Composição: oito membros da diretoria colegiada do BC com direito a voto e presidida pelo presidente do
BC
Objetivos do Copom: formalmente, os objetivos são: implementar a política monetária, definir a meta da taxa
Selic, analisar o relatório de inflação
Política Fiscal
É a manipulação dos tributos e dos gastos do governo para regular a atividade econômica;
Política usada para neutralizar as tendências a depressão e a inflação;
A política fiscal pode ser um instrumento de política econômica para compensar os efeitos da política
monetária;
Tanto G (gastos do governo) quanto T (tributação) são consideradas variáveis exógenas a equação da
demanda agregada
Dívida pública:
É a dívida pública do Tesouro Nacional;
Representa a somatória dos débitos com entidades financeiras do próprio país (débitos são resultantes de
empréstimos e financiamentos contraídos por um governo)
Política cambial:
Atuação de autoridade monetária na administração dos ativos em moedas estrangeiras;
É fortemente associada a política monetária;
Em regime de flutuação suja o Banco Central intervém no mercado
Se a taxa de câmbio cai, o dólar aprecia;
Se a taxa de cambia sobe, o dólar deprecia;
A desvalorização torna o produto doméstico mais barato podendo estimular estimular as exportações e
restringir as importações
Dívida externa: soma dos débitos de um país: resultantes de empréstimo e financiamentos contraídos no
exterior pelo próprio governo, por empresas estatais ou privadas;
Recursos podem ser provenientes de: governos, entidades financeiras internacionais e bancos ou empresas
privadas
Reservas internacionais:
É o total de moeda estrangeira mantido pelo BC;
Representa a capacidade do país de pagar prontamente;
Permite aos países financiar deficits temporários em seus balanços de pagamento;
O BC classifica nossas reservas de duas maneiras: reservas de caixa e reservas de liquidez
Tipos de inflação:
Inflação de demanda: excesso de demanda agregada em relação a produção disponível de bens e serviços
na economia
Inflação de custos: condições de oferta de bens e serviços na economia
Inflação inercial: função da inflação passada
Inflação estrutural: causada por pressões de custos decorrentes de questões estruturais como agricultura,
infra-estrutura e comércio internacional
Taxa Referencial:
Seu cálculo tem como base o valor da TBF sobre o qual é aplicado um redutor definido pelo governo; define
o rendimento da poupança, alguns financiamentos rurais e contratos diversos
Taxa Selic:
Taxa básica da economia e referência para as demais taxas do mercado
Taxa CDI e o mercado interfinanceiro: CDI's são instrumentos financeiros, escriturais e nominativos que
possibilitam a troca de recursos entre instituições financeiras;
O CDI, como indexador, é a média das taxas das operações realizadas entre as instituições financeiras a
cada dia;
Pode ser calculada diariamente e sua taxa é expressa ao ano, considerando 252 dias úteis.
Ptax: taxa de câmbio calculada ao final de cada dia pelo BC. É a média das taxas de câmbio para venda, do
dia anterior no mercado interbancário de câmbio
IBX50 e IBX: rebalanceada a cada quatro meses; o peso na carteira é ponderado pelo valor de mercado das
empresas
CNPI - CB6
Ética e relacionamento
Objetivos do código:
1- o fortalecimento da profissão do analista, através do incentivo a:
Sua continuai capacitação técnica;
Seu comprometimento com a independência e objetividade das análises;
Seu compromisso com a condução de suas atividades sempre de forma diligente, buscando elevar o nível
de excelência nos mercados;
Seu respeito aos demais analistas, suas opiniões e análises;
Seu respeito ao investidor de forma a sempre privilegiar os interesses deste
2 - a aderência as normas, em especial as referentes a atividade do analista
3 - o fortalecimento da autoregulação
4 - a integridade dos mercado de capitais
Princípio gerais: no exercício de sua profissão, o analista deve aderir aos seguintes princípios gerais:
1 - honestidade, integridade e equidade
2 - prudência e diligência
3 - independência e objetividade
4 - competência profissional
5 - cumprimento das leis e normas
Art.4: demais situações nas quais surja um conflito ou aparência de conflito de interesses devem ser
claramente explicitadas para o investidor o analista deve incluir em seu relatório de possui assento em
conselho de cias abertas, se possui participação relevante em cias concorrentes de emissores por parte do
analista e instituição com a qual mantém vínculo e contratos relevantes firmados com as cias emissores
devem tb ser explicitados
Art.5: o analista deve zelar pela idoneidade e fidedignidade de suas informações estando pronto para
apresentar fontes e bases metodológicas das análises (arquivos que dêem suporte as conclusões em
relatórios devem ser disponibilizados a instituição empregadora para a guarda por período de 5 anos.
Art.6: no uso de fontes secundárias, o analista deve formar uma convicção de que tais fontes são seguras
Art.7: dentre outras ações, o analista que se utilizar do trabalho do outro analista, assume a plena
responsabilidade pelo cumprimento, nos relatórios de análise, do conjunto das exigências do presente
código.
Art.8: é vedada a utilização de trabalhos, conceitos, textos, números ou qualquer material produzido por
terceiros, sem a citação da fonte (plágio) (não se aplica quando o material utilizado for da própria instituição
com a qual o analista mantenha vínculo)
Art.9: o analista deve divulgar os resultados de suas análises e suas opiniões com clareza e precisão, sem
omissão de informações relevantes e com a separação entre fatos o opiniões, de forma a não induzir o
investidor a erro ou interpretação equivocada
Art.10: no caso específico dos relatórios de análise, deve haver especial diligência no atendimento as
exigências regulamentares.
Parágrafo único: o analista deve fixar critérios claros para as recomendações/ratings/preços alvo dos
relatórios de análise e mapas de ações, tais como o significado de compra, venda, manutenção e
assemelhados, assim como composição de taxas de desconto utilizadas
Art.11: em qualquer circunstância, cabe ao analista, o dever de resguardar sua independência e objetividade
frente a influências externas ou internas a instituição em que atue. (É comum que o analista se ache em
uma situação de discordância em relação a posição institucional. Nessas circunstâncias não há uma
obrigatoriedade de divulgação de posição discordante)
Art.12: o analista deve conhecer e manter-se atualizado acerca das normas, regulamentações e leis
aplicáveis a sua atividade. Deve ainda zelar pelo cumprimento de tais normas
Art.13: são condições necessárias para atestar o conhecimento normativo: aprovação no exame do CNPI e
a participação no programa de educação continuada.
Art.14: ao zelar pelo cumprimento da norma, o analista deve: abster-se de praticar atos em desconformidade
com as normas vigentes, desencorajar outros de fazê-lo e dissociar-se de quem o faça.
Parágrafo único: a ausência de políticas e procedimentos adequados ou o não cumprimento de
determinações da CVM ou da Apimec pela instituição a qual o analista mantém vínculo não exime o analista
de suas obrigações perante o presente código.
Art.15: a busca e o uso de informação privilegiada são vedados ao analista. (Consideram-se informações
privilegiadas aquelas que sejam relevantes e não tenham sido divulgadas para o público em geral)
Art.16: o analista deve distinguir entre a divulgação ao público em geral, feita por um canal público e a
disseminação para um conjunto determinado de pessoas, por exemplo, um conjunto de analistas em um
conference call, ou reunião restrita
Parágrafo único: caso uma informação relevante seja divulgada em ambiente restrito, o analista deve abster-
se de utilizar da informação e alertar o emissor da necessidade de proceder a uma divulgação pública.
Art.17: situações que possam dar margem a exposição a informações privilegiadas devem ser evitadas
Art.18: no curso de suas análises ou a partir de contatos com os emissores, os analistas podem chegar a
conclusões sobre a situação presente ou futura do emissor que tenham impacto sobre decisões de
investimento.
Tais conclusões não podem ser consideradas informação privilegiada, conquanto sejam fruto do julgamento
do analista
Art.19: o analista deve se abster de práticas que possam ferir a integridade dos mercados ou de seus
participantes.
Art.20: é vedado ao analista disseminar informação falsa, repercutir rumores, exagerar sobre fatos ou ainda
dar opinião diversa da constante do seu relatório de análise divulgado publicamente, acerca do mesmo
emissor e seus valores mobiliários
Art.21: é vedada ao analista a crítica sem bases reais ou a difamação de outros analistas e demais
profissionais de investimento, devendo as eventuais discordâncias ser tratadas de forma judiciosa e com o
devido respeito profissional
Art.22: o analista deve colocar o interesse do investidor acima de seus próprios interesses ou dos interesses
da instituição com a qual mantenha vínculo.
Art.25: o exercício pleno da condição de analista de valores mobiliários depende do prévio credenciamento
do profissional junto a Apimec
Art.27: para o credenciamento será necessário: a aprovação nos exames, o preenchimento de formulário de
cadastro próprio, a assinatura do termo de adesão ao presente código, a assinatura de documento
atestando que o postulante não foi condenado por uma série de crimes.
Art.28: o analista deve estar adimplente com suas obrigações frente a Apimec e as condições de
manutenção de sua certificação e credenciamento, inclusive com o pagamento de taxa de fiscalização para
o exercício de sua atividade.
Art.29: o analista pode suspender seu credenciamento por período de três anos, ficando livre do pagamento
das taxas e das demais responsabilidades previstas no presente código
Art.30: o analista que for designado como diretor responsável por pessoa jurídica administradora de carteira
de valores mobiliários, deverá solicitar a suspensão de seu credenciamento por tempo indeterminado
Art.31: a supervisão da atividade do analista e dos relatórios de análise, assim como a apuração de
eventuais descumprimentos ao presente código, seu julgamento e aplicação de penalidades seguirão o
disposto no código dos processos da Apimec.
Front Runner: determinação dada ao profissional que opera para benefício próprio (com acesso a novas
informações) antes de operar para seus clientes ou empregador; interesses pessoais acima de clientes -
violação do dever fiduciário
Relacionamento
Lavagem de dinheiro: lavar recursos é fazer com que produtos de crime pareçam ter sido adquiridos
legalmente
Processo dinâmico com três etapas: colocação ou omissão, cobertura ou ocultação e integração
CNPI - CB7
Governança Corporativa: é um sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas, envolvendo os
acionistas e cotistas, CA, diretoria, auditoria independente e conselho fiscal
A análise das práticas de governança corporativa aplicada ao mercado de capitais envolve, principalmente:
transparência, equidade de tratamento dos acionistas e prestação de contas
Estruturas dos segmentos diferenciados: requisitos adicionais - trinomio - aos exigidos por lei:
Dispersão acionária: liquidez e potencial representação no conselho de administração;
Transparência: fornecimento de informações para acompanhamento e fiscalização
Equidade: maior equilíbrio entre acionistas
IGC - índice de ações com governança corporativa: tem por objetivo medir o desempenho de uma carteira
teórica composta por ações de empresas negociadas no NM ou estar classificadas nos níveis 1 e 2.
Revisões a cada quadrimestre;
Ponderação: multiplicação de seu respectivo valor de mercado por um fator de governança
ITAG - índice de ações com tag along diferenciado: tem por objetivo medir o desempenho de uma carteira
teórica composta por ações de empresas que ofereçam melhores condições aos acionistas minoritários, no
caso de alienação de controle.
Ações para as quais a empresa concede tag along superior em relação a legislação aplicável: ações
ordinárias cujas cias oferecem um percentual maior que 80% de tag along ou ações PN cuja cia oferece tag
along em qualquer percentual
Acordos de acionistas: a cia deve tornar plenamente acessíveis a todos os acionistas quaisquer acordos de
seus acionistas de que tenha conhecimento, bem como aqueles em que a cia seja interveniente.
Relação de acionistas:
A cia deve adotar e dar publicidade a procedimento padrão que facilite ao acionista obter a relação dos
acionistas com suas respectivas quantidades de ações, e, no caso acionista detentor de pelo menos 0,5%
de seu capital social, de seus endereços de correspondência.