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Modelos de Avaliação de Ações

Os riscos podem ser sistemáticos ou não sistemáticos. O risco sistemático é também


chamado de risco de mercado e afetam grande parte dos investimentos, um exemplo
deste risco são as incertezas econômicas.

O risco não sistemático também é conhecido como risco específico e afeta pequena
parte dos investimentos. À exemplo, uma empresa que descobrir um novo poço de
petróleo será afetada juntamente com alguns clientes ou fornecedores próximos. Mas,
se o preço do petróleo sofrer um aumento, todos os envolvidos serão afetados.

O Beta (β) mede a sensibilidade de um ativo em relação aos movimentos de mercado.


O Beta pode assumir vários valores, como:

• Se β > 1, reflete um risco sistêmico mais alto que o mercado, sendo por isso
considerado um investimento agressivo. Em outras palavras, carteira de ativos oscila
mais que a carteira de mercado.

• Se β = 1, a carteira de ativos tem o mesmo risco que a carteira de mercado,


movimentando-se na mesma direção.

• Se 0 <β > 1, a carteira de ativos é menos arriscada do que a carteira de mercado


e o ativo se caracteriza por ser mais defensivo.

• Se β < 0, ativo move-se na direção oposta a do mercado.

• O coeficiente β é usado para medir o risco não diversificável.

O modelo Capital Asset Pricing Model (CAPM) é um modelo de formação de preços de


ativos que equaciona a relação básica entre risco e retorno, presente em todos os tipos
de decisões financeiras.

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O modelo CAPM permite estimar a taxa de retorno exigida pelos investidores, ou seja,
a taxa mínima de atratividade pelo capital próprio. EPL = R f + β s (Rm – Rf)

Em que: EPL é o retorno esperado do patrimônio líquido; R f é o retorno esperado da


taxa livre de risco; β s é a sensibilidade ao risco de mercado; Rm é o retorno histórico
do mercado de ações; e (Rm – Rf) é o prêmio de risco dos ativos de mercado sobre os
ativos livres de risco.

O risco da carteira é dado pelo risco do ativo multiplicado pela sua participação na
carteira, em que σ é o risco da carteira.

O risco desse portfólio (σ) pode ser calculado, assim como para um ativo individual, com
base na mensuração da variância dos investimentos e, também, por um coeficiente de
covariância dos investimentos.

Destaca-se que, a covariância é uma medida de interdependência entre os ativos que


compõem esse portfólio de investimentos.

Considerando uma carteira de investimentos composta apenas pelos investimentos W


e Z, o retorno e o risco da carteira podem ser representados respectivamente pelas
equações a seguir:

Ri = wRw + zRz

EXEMPLO: Suponha os investimentos W e Z, para montar uma carteira que utilize ambos
os investimentos. Sendo assim, considere as definições seguintes:

• O termo Ri é o retorno da carteira i, σi é a variância da carteira i;

• Os termos we z são as proporções dos investimentos W e Z na carteira, como a


carteira é composta por apenas os dois investimentos, a soma de ambos deve totalizar
100%;

• Os termos Rwe Rz representam os retornos das carteiras W e Z respectivamente;

2
• O termo σ2yé a variância do investimento Z, que iremos assumir como 79,28;

• O termo σx2é a variância do investimento W que, que iremos assumir como 1,78;
e

• O termo p é um coeficiente de correlação que vamos assumir ser 0,8.

Nessa sequência, se considerar uma proporção de 40% de investimento para cada W e


60% de investimento para Z, é possível substituir as informações da equação de retorno
e encontrarmos:

O retorno ainda será 5%, pois ambos investimentos tem o mesmo retorno. No entanto,
o risco irá se alterar:

De acordo com o APT, a relação entre o risco e o retorno de um ativo é dada por:

Sendo R 1 ,…..R f , os fatores. Os fatores podem sem, por exemplo, o câmbio, a produção
industrial, a inflação. Os coeficientes vão medir a sensibilidade dos ativos a estes fatores.

Considere a seguinte equação para o cálculo da variância de portfólio:

Em que: w1 = porcentagem do ativo 1 no portfólio; w2 = porcentagem do ativo 2 no


portfólio; = covariância entre os ativos 1 e 2; = variância do ativo 1; =
variância do ativo 2.

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EXEMPLO: Considere este exemplo prático: Suponhamos que nosso portfólio tenha
investido R$1.000,00, sendo 50% do capital investido em ações e 50% em renda fixa.
Supondo que a variância da renda fixa seja de 1,5% e das ações de 3,5% e que esses
ativos tenham uma covariância de -0,8%, podemos calcular a variância do portfólio
como se segue:

Variância Portfólio = 0,50 * 0,015 + 0,50 * 0,035 + 2 *0,5*0,5 * (-0,08) =

0,0075 + 0,0175 – 0,04 = 0,065 = 2,5%.

Passivo Operacional (PO): compreende todos os financiamentos (recursos) oferecidos


pela própria operação. Capital de terceiros e capital próprio são os recursos obtidos fora
da operação.

Ativo Operacional Líquido (AOL): Compreende a soma do Capital de giro liquido e com
o Capital Fixo.

Capital de Terceiros (CT): As despesas financeiras destes financiamentos estruturais


representam o chamado custo do capital de terceiros. Déficits temporários geram
financiamentos de curtíssimo prazo, nitidamente associados ao capital de giro e que
podem ser assumidos como passivo operacional. As despesas financeiras destes
financiamentos emergenciais deverão ser tratadas como despesa operacional.

Custo do Capital de Terceiros (CCT): O CCT costumeiramente está representado na


figura do que chamamos juros ou despesas financeiras, logo, é explícito e formal
(documentado). A amortização do principal faz parte do serviço da dívida, mas não é
considerado parte do custo do financiamento. Usualmente, os juros do CT são devidos
independentemente da capacidade financeira do tomador, estando na maioria dos
casos protegidos por garantias. Portanto, quanto maior é o endividamento com
terceiros, mais arriscada a dívida para a empresa.

Custo do Capital Próprio (CCP): é a expectativa de retorno desejada pelos acionistas


em cima do seu capital investido no negócio (Patrimônio Líquido), sendo assim, é
implícito e, em geral, não documentado. É representado pelo desejo dos acionistas de
receberem dividendos (dinheiro) mais a obtenção de crescimento no valor de suas

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ações (ganho de capital associado a lucros obtidos, mas não distribuídos, que ficam
retidos para financiar projetos que contribuirão para elevar dividendos futuros).

O retorno do capital (ROC) é pago quando um fundo faz uma distribuição que veio de
uma fonte que não seja a juros ou dividendos que foram ganhos pelo fundo.

Valor presente da Perpetuidade (VP):

O Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC), conhecido também como Weighted


Average Capital Cost (WACC), como segue na fórmula:

Onde Ke é o Custo de Capital dos Acionistas; Kd é o Custo da Dívida; E é o Total do


Patrimônio Líquido (equity); D é o Total do endividamento com terceiros (debt).

Considere,

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O Market Value Added (MVA) objetiva elevar o valor da empresa para seus acionistas,
deixá-los mais ricos. O MVA é o impacto do EVA no valor da empresa, mostrando o
quanto o investidor ficou mais rico. Ou seja, o MVA é o EVA futuro trazido a valor
presente pela taxa de retorno mínima esperada pelos acionistas. Tanto o EVA quanto o
MVA são medidas de avaliação de desempenho de um negócio.

CFROI = FCOB / Capital Empregado

No qual, FCOB é o fluxo de caixa operacional bruto, isto é, o fluxo de caixa antes de juros
e impostos; já o Capital Empregado compreende os ativos operacionais menos o Capital
Sem Juros.

Uma perpetuidade é uma série constante e infinita de fluxo de caixa. Em se tratando


do modelo de dividendo descontado ficaria assim:

Modelo de Crescimento Constante (modelo de Gordon), onde: ; no


qual DPS representa os dividendos esperados daqui a um ano; r é a taxa exigida de

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retorno do patrimônio líquido (ou custo do capital próprio = Taxa livre de risco +
[prêmio]) e g é a taxa de crescimento perpétua para os dividendos.

Modelo em 2 estágios

Onde:

DPSt = Dividendos por ação esperados para o ano t;


Ke = Custo de oportunidade (hg: high growth ou alto crescimento; st: stable growth
ou crescimento estável);
Pn = Preço no final do ano n;
g = Crescimento extraordinário para os anos iniciais; e
gn = Crescimento constante até o infinito, após o ano n.

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Análise das Operações da Empresa

Passivo Operacional, Passivo Espontâneo ou Passivo de Funcionamento são exemplos


de capitais que se originam de dentro da operação e são fornecidos pela própria
dinâmica operacional. Os exemplos mais comuns são: Salários e Encargos a Pagar
recolhidos entre o final e início do mês seguinte, etc.

Capital de bancos, operações assemelhadas e capitais do acionista são exemplos de


capitais que se originam de fora da operação e representam todos os financiamentos
associados aos investimentos de curto e longo prazo. Tratam-se de financiamentos
contratados junto ao BNDES e outros bancos ou instituições de fomento ao
desenvolvimento.

A análise horizontal é uma técnica que parte da comparação do valor de cada item do
demonstrativo, em cada período, com o valor correspondente em um determinado
período anterior, considerado como base. Essa análise tem como objetivo mostrar a
evolução de cada conta (ou grupo de contas), quando considerada de forma isolada.

A análise vertical, considerado um dos principais instrumentos de análise de estrutura


patrimonial, consiste na determinação dos percentuais de cada conta ou cada grupo de
contas do balanço patrimonial, em relação ao valor total do Ativo ou Passivo.

Ademais, a análise vertical determina a proporcionalidade das contas do demonstrativo


de resultado em relação à Receita Líquida de Vendas, considerado como sua base. Em
relação ao balanço patrimonial, ela procura sempre mostrar, de um lado, a proporção
de cada uma das fontes de recursos e, de outro, a expressão percentual de cada uma
das várias aplicações de recursos efetuadas pela empresa.

Considere as seguintes equações possivelmente úteis: Giro de estoque, PME, Giro de


duplicatas a receber, PMR, Giro do pagamento aos fornecedores, PMP, PCT, GE, Ciclo
Operacional e Ciclo Financeiro.

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, ,

, ,

, ,

, ,

Assuma a seguinte equação para Retorno sobre Investimento ROI = LL / (AC + ANC). No
qual ROI é o Retorno sobre Investimento, LL representa o Lucro líquido, AC
representa Ativo Circulante, ANC é o Ativo Não Circulante.

O Ciclo Operacional (CO) pode ser representado através da seguinte fórmula CO =


PME+PMR. A seguir, está exposta sua representação gráfica:

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Figura – Representação do Ciclo Operacional (CO) graficamente.

Figura – CO = PME + PMR.

O Ciclo financeiro (CF) pode ser representado pela seguinte equação CF = CO-PMP. A
seguir, está exposta a representação gráfica do CF:

Figura – Representação gráfica do CF.

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Análise Setorial

Na relação entre preço e quantidade demandada, dois elementos definem


conjuntamente as mudanças nas quantidades demandadas graças as mudanças de
preço, são eles: Efeito substituição, que retrata o fato de que sempre trocaremos bens
caros por bens mais baratos; e o Efeito renda, que retrata que mudanças nos preços
alteram o poder de compra dos consumidores.

Considere a equação da Elasticidade preço da demanda (Ed):

Assuma a seguinte equação para a variação na quantidade demandada:

Considere a seguinte equação para a Variação no percentual do preço:

Dizemos que a demanda por um bem é elástica se a variação de 1% nos preços causar
uma variação percentual maior do que 1% na quantidade demandada (Ed > 1).

Por outro lado, uma demanda é inelástica quando, diante de uma variação de 1% no
preço (Ed< 1), a variação da quantidade é menor que 1%.

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A demanda possui uma elasticidade-preço igual a unidade (elasticidade
unitária) quando as variações percentuais no preço e na quantidade ocorrem na
mesma proporção.

Com base na experiência, é possível relacionar algumas regras relativas aos fatores que
a influenciam:

• Necessidades versus supérfluos: os bens necessários tendem a ser menos


elásticos ao preço. A demanda por um remédio de uso contínuo tende a ser menos
elástica ao preço do que a demanda por sorvetes;

• Disponibilidades de substitutos próximos: bens que dispõem de substitutos


próximos tendem a ter uma demanda mais elástica;

• Horizonte temporal: em geral, a demanda é mais elástica ao preço quanto maior


o horizonte temporal considerado. Isso ocorre porque ao longo do tempo podemos
adaptar nosso consumo ou pode surgir um maior número de substitutos aos bens, de
modo que a demanda tenderá a ser mais sensível às elevações de preço.

A Elasticidade renda da demanda é definida pela relação entre a variação percentual


da quantidade demandada e a variação percentual da renda.

Gasto fixo: trata-se do custo ou despesa que permanece inalterado em função do


comportamento das vendas/produção, dentro de uma certa unidade de tempo (um
mês, por exemplo). Portanto, o gasto fixo não tem seu comportamento ditado
diretamente pelas vendas.

Gasto semi-variável: Todo custo ou despesa que numa unidade de tempo (mês por
exemplo) se altera em função das vendas/produção, mas não na mesma proporção
destes. O gasto semi-variável tem uma parcela fixa e outra variável. Exemplos: energia,
mão-de-obra, etc.

Margem de contribuição: A margem de contribuição de um produto é seu preço de


venda menos os gastos variáveis. Exemplo: se o preço de uma refeição é de $4,50 e o

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custo variável com gêneros alimentícios é de $3,00, a margem de contribuição desta
refeição é de $1,50, valor que a refeição “contribui” para absorção dos gastos fixos.

Custo Marginal: é definido como acréscimo dos custos totais de produção quando se
aumenta a quantidade produzida em uma unidade, isto é, trata-se do o custo de se
adquirir uma unidade adicional desse item. Por exemplo, o custo marginal da mão-de-
obra é o custo de se acrescentar um outro trabalhador.

Concorrência perfeita: em um mercado competitivo, quem determina o preço de


equilíbrio são as condições de oferta e demanda. Todos os vendedores recebem o
mesmo preço pela venda do produto (denominado preço de mercado). Os compradores
não irão adquirir um produto mais caro, sabendo que poderão adquiri-lo a um preço
menor.

Monopólio: estrutura de mercado que ocorre no mercado vendedor quando estão


presentes as seguintes circunstâncias: presença de uma única empresa atuando;
inexistência de substitutos próximos para os bens que o monopolista produz; e
existência de elevadas barreiras à entrada de novas empresas decorrentes dos
seguintes fatores: controle de um insumo ou recurso escasso; domínio tecnológico; e
economias de escala.

Oligopólios: representa uma estrutura de mercado intermediária entre a concorrência


perfeita e o monopólio. É formado por poucos vendedores que competem entre si e
que detém algum poder de mercado, ou seja, capacidade de afetar o preço por meio de
ações individuais. Trata-se da única estrutura de mercado em que as firmas levam em
conta as ações dos concorrentes na tomada de decisões.

Coalizão: trata-se de um acordo entre produtores de uma mercadoria, visando restringir


a concorrência e elevar os preços dos bens ou serviços.

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Fusões e aquisições

Fusão: é o processo através do qual ocorre a aquisição de uma companhia pela outra,
sendo que uma delas deixa de existir enquanto pessoa jurídica. Denomina-se
consolidação o evento em que as duas empresas são dissolvidas formando uma terceira
entidade completamente nova. Ressalta-se que a aquisição pode contemplar a compra
de participação acionária.

Dependendo da estratégia a ser adotada, a fusão poderá ser classificada em:

• Horizontal: Quando a aquisição ocorre entre empresas que possuem o mesmo


foco de atuação. Visa, basicamente, aumento de participação de mercado.

• Vertical: Como o próprio nome designa, refere-se a uma aquisição ocorrida entre
empresas que se encontram em estágios distintos no processo produtivo. Busca
sobretudo, ganho de competitividade;

• Congênere: As empresas envolvidas não atuam no mesmo ramo. Porém pode


haver alguma complementaridade em suas linhas a médio e longo prazo. (Ex: Empresa
de produtos higiênicos que adquire uma companhia de papel visando uma linha de
lenços descartáveis, fraldas, etc.)

• Conglomerado: Envolve a aquisição de participação em companhias com foco de


atividades completamente diferentes, objetivando a diversificação das atividades.

• Diluição do risco: muitas empresas alegam que diversificando seus negócios


estão diluindo os potenciais riscos oferecendo aos seus acionistas maior segurança.

Elementos de análise e formas de avaliação

Num cenário cada vez mais competitivo, as empresas buscam associar-se a outras
companhias objetivando:

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• Ganhos de escala: No que se refere ao nível extra de produção capaz de
promover uma diluição expressiva dos custos fixos da companhia;

• Economias operacionais: Visando aproveitamento de centros de distribuição,


redução da estrutura administrativa bem como maior poder de barganha junto aos
fornecedores;

• Economias Financeiras: Uma vez que a nova companhia pode obter recursos de
terceiros a custos mais atrativos;

• Melhor gestão: E consequente melhor utilização dos recursos, fazendo com que
a companhia apresente bons níveis de rentabilidade; e

• Redução da competição: Este item é considerável até determinado ponto, visto


que a maioria dos países possuem órgãos que disciplinam tais negociações, evitando a
formação de monopólios.

As sinergias ou ganhos para a companhia, são os aspectos supracitados.


As sinergias são os benefícios gerados pela operação conjunta e que adicionam valor
aos fluxos de caixa da companhia adquirida e seus acionistas. Pode ser traduzida pela
seguinte fórmula:

Onde, Vab representa o valor da empresa combinada, Va é o Valor da empresa “A” é o


Vb o valor da empresa “B”.

A partir desse conceito, pode-se inferir que o valor de uma fusão é determinado a partir
da precificação das companhias envolvidas em sua atual situação adicionado ao valor

presente das sinergias que o processo poderá gerar.

Ágio – Goodwill: Determina-se o ágio ou “goodwill” quando uma participação em uma


empresa é adquirida acima de seu valor justo. Este procedimento se justifica quando o
processo está fundamentado em alguma razão estratégica, principalmente em função

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de razões competitivas. Vale mencionar que no caso brasileiro, o ágio pode ser
amortizado por um período de 10 anos.

O CADE tem como missão zelar pela livre concorrência no mercado, sendo a entidade
responsável, no âmbito do Poder Executivo, não só por investigar e decidir, em última
instância, sobre a matéria concorrencial, como também fomentar e disseminar a cultura
da livre concorrência. Esta entidade exerce três funções:

• Preventiva: analisar e posteriormente decidir sobre as fusões, aquisições de


controle, incorporações e outros atos de concentração econômica entre grandes
empresas que possam colocar em risco a livre concorrência.

• Repressiva: investigar, em todo o território nacional, e posteriormente julgar


cartéis e outras condutas nocivas à livre concorrência.

• Educacional ou pedagógica: instruir o público em geral sobre as diversas


condutas que possam prejudicar a livre concorrência; incentivar e estimular estudos e
pesquisas acadêmicas sobre o tema; realizar ou apoiar cursos, palestras, seminários e
eventos relacionados ao assunto; editar publicações.

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Fundamentos de Finanças Corporativas

• Orçamento de Capital: processo de realização e gestão de investimentos em


ativos de longo prazo.

• Estrutura de Capital: proporções do financiamento da empresa em capital de


terceiros (curto e longo prazo) e capital próprio.

• Capital de Giro Líquido: diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante

• Governança corporativa: é um sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e


monitoradas, envolvendo os acionistas e os cotistas, Conselho de Administração,
Diretoria, Auditoria Independente e Conselho Fiscal. As boas práticas de governança
corporativa têm a finalidade de aumentar o valor da sociedade, facilitar seu acesso ao
capital e contribuir para a sua perenidade.

• Conflito de agência ou conflito agente-principal: na circunstância em que o


proprietário (acionista) delega a um agente especializado (executivo) o poder de decisão
sobre sua propriedade, o conflito de agente-principal ocorre quando os interesses do
gestor nem sempre estarão alinhados com os do proprietário.

Os administradores, principalmente quando são remunerados em função do seu


desempenho, tendem a orientar as suas ações para resultados financeiros a curto prazo.

Os acionistas, por seu lado, se focam no investimento e dele esperam resultados


sustentáveis ao longo de longo prazo. O capital dos acionistas é determinado pela
diferença entre os ativos menos os passivos.

A saúde do Fluxo de Caixa Financeiro exibida pela demonstração do fluxo de caixa ajuda
a explicar a variação dos saldos de caixa e aplicações financeiras. O fluxo de caixa
recebido pelos ativos FC(A), deve ser igual aos fluxos de caixa pagos aos credores FC(B),
somado aos fluxos de caixa pagos aos acionistas FC(S).

17
FC(A) = FC(B) + FC(S)

Por fim, o aspecto mais importante, é que o Lucro é determinado pela receita menos as
despesas.

• Custos de agência: Quando uma empresa usa capital de terceiros, surgem


conflitos de interesse entre os acionistas e os credores. Esses conflitos de interesses
impõe o custo de agência, quando em tempos de dificuldades financeiras, que são
acarretadas por estratégias ‘egoístas’ dos acionistas, guiados por incentivos a assumir
riscos, são eles:

• Incentivo ao subinvestimento: O acionista que descobre um investimento com


valor presente líquido positivo não usaria o capital próprio para beneficiar os credores.

• Esvaziamento da propriedade: Inclui pagar dividendos extraordinários ou outras


distribuições para deixar menos ativos aos credores.

O valor presente líquido (VPL) é representado pela seguinte equação:

onde i é a taxa de desconto que, nesse caso, será a Taxa Mínima de Atratividade; FC é
o fluxo de caixa; n é número de vezes e t é o período de tempo utilizado.

Considere que:

se VPL > 0, o retorno positivo, pois seu benefício supera o custo, logo o investimento é
viável economicamente;

se VPL< 0, o retorno negativo, pois seu custo supera o benefício gerado, logo o
investimento não é viável economicamente;

se VPL = 0, o retorno neutro, o valor do benefício gerado é igual ao custo.

Considere que:

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se a TIR > TMA, o investimento é viável economicamente, pois o retorno gerado é maior
que a taxa mínima de atratividade;

se a TIR < TMA, o investimento não é viável economicamente, porque seu retorno é
menor que o mínimo desejado; e

se a TIR = TMA, o investimento está em uma zona de indiferença de retorno, mas ainda
é viável, pois gera o mínimo desejado, que é a taxa mínima de atratividade.

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Decisões Financeiras a Curto e Longo
Prazo

• Bonds e Bills: títulos negociados no mercado internacional. Os prazos dos títulos


variam conforme o emissor, alguns deles são de curto prazo.

• Commercial papers: (notas promissórias): são títulos de dívida para a obtenção


de capital no curto prazo.

• Empréstimos de capital de giro: empréstimos de rápido acesso e disponíveis no


mercado de crédito, são geralmente ofertados por bancos através de linhas de crédito.

• Factoring (fomento mercantil): empréstimo vinculado ao pagamento de


recebíveis futuros, ou seja, é um adiantamento de pagamentos que a empresa irá
receber em um futuro, conforme a produção e níveis de estoques. É geralmente
efetuado por uma empresa de factoring.

Método Tipo de técnica Critério


Taxa Interna de Analítica, que calcula a taxa de juros Entre duas opções, a que apresenta a
Retorno (TIR) que irá zerar o valor presente do fluxo maior taxa representa aquela que irá
de caixa do projeto. proporcionar maior retorno.
Valor Presente Bastante difundida na área de tomada O retorno esperado deve ser igual ou
Líquido de decisão e de fácil elaboração. maior ao custo de capital da empresa.
(VPL ou NPV)
Modelo de Considerada uma das mais O retorno esperado deve ser igual ou
Precificação de importantes ideias surgidas na área maior ao retorno exigido pelo mercado.
Ativos (CAPM) financeira nas últimas décadas.

A seguir, estão expostas as equações do Índice de rentabilidade, ciclo de caixa e outras


fórmulas que podem ser úteis:

20
• Custo afundado (sunk-cost): refere-se a dinheiro que foi gasto num projeto e
nunca mais será recuperado. Pode ser chamado de custos irrecuperáveis. A considerar
pelo fato de alguns resistirem em abandonar um projeto graças aos recursos financeiros
já investidos nele, o que pode tornar os prejuízos ainda maiores.

• Depreciação: trata-se do encargo periódico que determinados bens sofrem, por


uso, obsolescência ou desgaste natural.

• Empréstimos sem garantia: no momento em que empresas que pedem dinheiro


emprestado ao banco, avaliam as seguintes linhas de crédito:
✓ Linha de crédito incondicional, que permite a empresa captar recursos por
um limite estipulado, sem a necessidade de procedimentos burocráticos.
✓ Linha de crédito condicional, com acordos formais que geralmente exigem
que a empresa pague uma taxa de abertura ao banco.

Empréstimos com garantia

• Em geral, bancos e financeiras exigem garantias para empréstimos e, para


empréstimos de curto prazo, essas garantias envolvem, principalmente, contas a
receber e estoques.

21
✓ Para estes casos, são oferecidos a modalidade de factoring ou vinculação,
onde a empresa assume o risco de inadimplência e fica responsável por
cobrar as contas a receber.

• Para os empréstimos com garantias de estoques, as modalidades mais comuns


são:
✓ Empréstimos com garantia ampla: dando direitos ao credor sobre todos os
estoques do devedor.
✓ Recibo de depósito: o devedor armazena os estoques em nome do credor,
gerando o recibo de depósito como garantia.
✓ Financiamento com uso de uma companhia de armazenamento: o
estoque é supervisionado por uma empresa terceirizada.

• Outras fontes
✓ Notas promissórias ou Commercial Pappers: são títulos com prazos curtos
de vencimento (No Brasil, até 360 dias. Nos EUA, até 270 dias) concedidos
a investidores.
✓ Aceites bancários: Contrato que determina que um banco concorde em
pagar uma determinada quantia em uma data futura, transformando a
conta a pagar em uma obrigação do banco, garantindo o pagamento ao
fornecedor pelo banco, que cobra comissão por esse serviço.

Modelo de Política Financeira Quanto a Magnitude do Investimento em


Ativos Circulantes

• Flexível: Mantem um nível alto de ativos circulantes em relação às vendas.

• Restritiva: Mantem um nível baixo de ativos circulantes em relação às vendas.

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Modelo de Política Financeira Quanto ao Financiamento de Ativos
Circulantes

• Flexível: Financiamento de longo prazo mais do que cobre a necessidade total de


ativos, mesmo nos picos sazonais. Consequentemente a empresa terá saldos
excedentes de caixa disponíveis, podendo aplicá-los em momentos não de picos. A
empresa manteria um nível baixo de endividamento de curto prazo em relação ao
endividamento de longo prazo.

• Restritiva: não cobre a necessidade total de ativos, consequentemente a


empresa é obrigada a tomar emprestado a curto prazo para compensar o déficit. A
empresa manteria um nível alto de endividamento de curto prazo em relação ao
endividamento de longo prazo.

• Custo de carregamento: são os custos que crescem com o nível de investimento


em ativos circulantes.

• Custo de falta: custos que reduzem com acréscimos do nível de investimentos em


ativo circulante. Como:
✓ Custos de negociação ou pedido: custos de obtenção de mais caixa ou
estoque.
✓ Custos relacionados a reservas de segurança: custos relacionados a
vendas perdidas, insatisfação de clientes e interrupção da produção.

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Estrutura de Capital e Política de
Dividendos

Os custos diretos de falências são os custos legais e administrativos de liquidação ou


reorganização. Alguns exemplos de custos diretos de falência são: custos com
advogados, Peritos (em caso de ação judicial), custos contábeis e administrativos.

Os dividendos são a parcela do lucro da empresa que serão distribuídos aos acionistas
no exercício social, após o anúncio do balanço. Os dividendos têm frequência de
distribuição variada, seja mensal, ou trimestral, ou semestral, ou, às vezes, anual. O
importante é que conste no estatuto da empresa as datas exatas que serão realizados
os pagamentos.

A Assembleia Geral Ordinária (AGO) é quem determina o percentual a ser distribuído


na forma de dividendos, isso irá variar de acordo com os interesses da empresa.

O valor do dividendo a ser distribuído tem que ser dividido pelo número de ações
emitidas pela empresa na bolsa, assim, ficará garantida a proporcionalidade na
distribuição. Até o momento, a recepção de dividendos não é tributada na fonte.

O juro sobre o capital próprio os juros sobre capital próprio levam em consideração as
reservas de lucros, isto é, os resultados de exercícios anteriores que foram seguros na
empresa e, portanto, não usam como base os resultados do período. Ademais:

• O pagamento dos juros sobre o capital próprio representa algumas vantagens


para as empresas, pois esse valor é descontado sob a forma de despesa
financeira.

• Sobre os juros sobre o capital próprio incidem uma tributação de 15%, que é
inferior ao que seria cobrado caso o montante tivesse sido caído na conta lucro e
fosse tributado via imposto de renda como tal.

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O dividendo em caixa é o tipo mais comum de dividendos que é feito pelo pagamento
em dinheiro aos acionistas. O dividendo pago em ações é chamado de bonificações:

✓ A bonificação aumenta o número de ações existente, reduzindo assim o valor de


cada ação e é expressa em porcentagem. À exemplo, numa bonificação de 1%,
um acionista recebe uma nova ação para cada 100 ações que ele possua
atualmente.
✓ As bonificações geram uma incorporação de reserva aos seus acionistas,
geralmente são realizadas pelas empresas quando da necessidade de distribuição
de resultados da empresa aos seus acionistas

O desdobramento, em contraparte, é a simples divisão de uma ação em outras menores


cuja soma resultam no mesmo valor. Quando uma ação tem um valor muito alto, a sua
negociação no mercado se torna mais complicada, por isso o desdobramento é
realizado.

A subscrição representa um aumento de capital da empresa que é realizado via


lançamento, emissão e venda, de novas ações. Considere alguns fatos sobre a
subscrição:
✓ A subscrição é um direito, não uma obrigação;
✓ Os acionistas atuais recebem de forma proporcional uma quantidade de direitos
de subscrições proporcionais à quantidade possuída por cada um;
✓ No caso em que todos os acionistas exercem o direito de subscrição, as proporções
societárias mantêm-se inalteradas;
✓ Contudo, caso o acionista não deseja aportar mais recursos na empresa, o que
significa que provocará uma redução de sua participação no capital social da
empresa, após o processo ele terá uma fatia menor da empresa.

O desdobramento, ou split é método pelo qual a empresa aumenta a quantidade de


ações em circulação, sempre de forma proporcional, não alterando o seu capital social.
Tem-se que:

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• A intenção do split é provocar uma maior liquidez dos papéis, sendo assim,
objetiva aumentar a quantidade de ações em circulação, o que leva a uma redução no
preço das ações no mercado;

• Quando uma empresa anuncia um desdobramento (Split), ela aumenta o número


de ações existentes. Sendo que o preço da ação deve cair na mesma proporção.

• À exemplo, se uma ação vale $180, porém teve um desdobramento de 3 por 1, o


preço da ação deve cair para $60, porém, a quantidade de ações em posse do acionista
aumenta de uma para três.

O grupamento, ou inplit é o inverso da situação anterior, através desse mecanismo a


empresa reduz a quantidade de ações em circulação. O objetivo é ajustar o valor das
ações que podem estar em patamar muito baixo. Um inplit pode ser realizado pelo
agrupamento de lotes de 1.000 ações, ou outra quantidade qualquer, em uma única
ação.

Recompra dirigida: Quando a recompra de ações é dirigida a um acionista ou grupo de


acionistas específicos.

Recompra como investimento: Nesse caso as empresas recompram suas ações no


mercado, acreditando que o preço das suas ações está muito baixo.

Prós e contras do pagamento de dividendos:

Prós:

➢ Dividendos em dinheiro podem sublinhar bons resultados e reforçar o preço da


ação.

➢ Dividendos podem atrair investidores institucionais que preferem receber algum


rendimento.

➢ O preço da ação geralmente sobe com o anúncio de um dividendo inicial ou


maior.

➢ Dividendos absorvem fluxo de caixa excedente e podem reduzir custos de agencia


resultantes de conflitos entre administradores e acionistas.

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Contras:

➢ Dividendos são tributados como rendimento ordinário.

➢ Dividendos podem reduzir a capacidade de financiamento interno.

➢ Uma vez iniciados os dividendos, é difícil reduzi-los sem afetar desfavoravelmente


o preço da ação da empresa.

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Fusões e Aquisições

• Fusão: é a absorção de uma empresa por outra. A empresa que procede a


absorção preserva seu nome e identidade, e adquire os ativos e passivos da empresa
absorvida.

• Consolidação: é igual uma fusão, exceto pelo fato de que cria uma empresa
totalmente nova.

• Aquisição de Ações: outra forma de adquirir uma empresa é comprar as ações


com direito a voto dessa empresa, com pagamento em dinheiro, ações ou títulos. Isso
pode ser feito por uma oferta geral de compra, que é uma oferta pública de compra de
ações. A aquisição pode ser feita em sua totalidade ou parcialmente.

• Aquisição de Ativos: Uma empresa pode adquirir outra empresa comprando


todos os seus ativos. Exige-se, nesse caso, a aprovação formal dos acionistas da empresa
vendedora. Com esse método evita o problema de acionistas resistentes, comum no
método de aquisição de ações.

• Takeover: é um termo que se refere à transferência de controle de uma empresa


de um grupo de acionistas a outra. Os takeovers podem acontecem por meio de
aquisições, disputas por procurações e operações de fechamento de capital.

Estratégias para o Comprador

As estratégias de compra são divididas em: estratégia agressiva, negociada, condicional


ou incondicional.

• Keiretsu: é um termo japonês que envolve um grupo de empresas com


participação acionárias recíprocas e acordos mercantis.

• Comitê de Investimentos: tem por objetivo assessorar, em caráter consultivo, a


Diretoria Executiva nas decisões relacionadas à gestão dos ativos do Plano administrado
pela entidade, observadas a segurança, rentabilidade, solvência e liquidez dos

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investimentos a serem realizados, de acordo com a legislação vigente e a Política de
Investimentos da entidade.

Estratégias Defensivas

As Estratégias Defensivas podem ser divididas no grupo de estratégias pró-ativas e


estratégias reativas.

As estratégias pró-ativas, conhecida também como preventivas ou pré-proposta, são


utilizadas antes de uma proposta ser recebida pela empresa-alvo.

As estratégias reativas: Conhecida também como ativas ou pós-proposta, são utilizadas,


pela empresa-alvo, após a recepção de uma oferta não solicitada ou quando se prevê
que seja alvo de uma proposta de takeover.

Estratégias Pró-ativas

Estatuto (Shark Repellents): No estatuto é estabelecido normas de como a empresa é


constituída e gerida. Também estipula as condições de um takeover. Dessa forma, é
possível inserir emendas para dificultar aquisições. Exemplo: necessidade de aprovação
de 3/4 dos acionistas para uma fusão (geralmente é necessário 2/3).

A estratégia defensiva tem como objetivo desincentivar a aquisição da empresa alvo


por uma determinada empresa adquirente, para tanto, a empresa alvo adquire novos
ativos, de modo a estimular sua taxa de crescimento e o valor da instituição, ainda que,
simultaneamente, seus ativos líquidos estejam diminuindo.

Pílula envenenada

Envolve fazer com que as ações da companhia sejam desinteressantes para outros
investidores. Geralmente esta estratégia permite a criação de títulos de direitos

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especiais, que permite que o detentor desses direitos possa comprar ações a um preço
baixo, aguardando uma proposta takeover.

Estratégias reativas

• Acordos de recompra e limitação: outra forma de tentar retardar ou eliminar um


takeover, é direcionar uma recompra de ações de um comprador em potencial com um
prêmio elevado. Os administradores também podem negociar acordos de limitações,
em que são contratos que condiciona o comprador a limitar sua participação acionária
em outra organização.

• Auto-ofertas de compra excludentes: Esse caso é o oposto da recompra


direcionada. Dessa vez é realizado uma oferta pública de certa quantidade de ações,
excluindo os acionistas visados. Muitas vezes a oferta é feita por preço bem acima do
valor de mercado, assim é transferido riqueza dos acionistas visados aos demais
acionistas.

Fechamento de capital e Leveraged Buyouts (LBOs): fechamento de capital é quando


um grupo de investidores adquirem ações públicas de uma companhia com ações
negociadas na bolsa de valores. Um mecanismo que pode ser utilizado para adquirir
essas ações é o Leveraged Buyouts (LBO). LBO é quando o preço da oferta em dinheiro
é financiado com grande volume de capital de terceiros.

• Jóias da Coroa ou Terra arrasada: Nesse caso as empresas geralmente vendem


ativos importantes quando ameaçada de takeover.

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Demonstrações Contábeis

As Demonstrações Contábeis são uma representação estruturada da posição


patrimonial, seja da posição financeira da situação do saldo financeiro, ou do
desempenho da entidade em determinada data.

O objetivo das demonstrações contábeis é apresentar resultados dos deveres e


responsabilidades da entidade e gerar informação a respeito da posição patrimonial e
financeira, do desempenho e dos fluxos de caixa da entidade de forma útil aos usuários
na tomada de decisões econômicas.

O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui demonstrações: do resultado


do exercício, do resultado abrangente do exercício, das mutações do patrimônio líquido
do período; do valor adicionado do período e dos fluxos de caixa do período; bem como,
inclui o balanço patrimonial do início e do final do período, notas explicativas e
informações comparativas com o período anterior.

Algumas informações devem ser divulgadas de forma destacada/repetida sempre que


necessário para a devida compreensão das informações: o nome da entidade e/ou
possíveis alterações na nomenclatura; se pertence a um grupo ou entidade individual;
a moeda de apresentação; o nível de arredondamento usado nas demonstrações e data
de encerramento do período coberto, ou de reporte ou notas explicativas.

A demonstração do resultado e demonstração do resultado abrangente deve


apresentar: total do resultado (do exercício); total de outros resultados abrangentes;
resultado abrangente do período, sendo o total do resultado e de outros resultados
abrangentes.

A demonstração do Resultado do Exercício (Período) deve, no mínimo, incluir as


seguintes rubricas, obedecidas também as determinações legais:

• Lucro bruto e Receitas: ganhos e perdas decorrentes de baixa de ativos


financeiros mensurados pelo custo amortizado;

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• Custos de financiamento e dos produtos, das mercadorias e dos serviços
vendidos;

• Despesas com vendas, gerais, administrativas e outras despesas e receitas


operacionais;

• Parcela dos resultados de empresas investidas reconhecida por meio do método


da equivalência patrimonial;

• Resultado Líquido operações descontinuadas; líquido do período resultado antes


das receitas e despesas financeiras e, resultado antes dos tributos sobre o lucro;

• Tributos sobre o lucro; Resultado líquido do período.

A entidade deve apresentar todos os itens de receita e despesa reconhecidos no período


em uma das duas seguintes formas: i) Demonstração do Resultado Abrangente ou; em
duas demonstrações ii) uma demonstração do resultado e uma segunda começando
pelo lucro ou prejuízo seguido dos componentes do resultado abrangente.

• A demonstração do Resultado Abrangente Única inclui resultados de receitas,


despesas, resultado do Período, itens de Outros Resultados Abrangentes e resultado
Abrangente Total.

• Dentre as duas demonstrações, tem-se a demonstração do Resultado que inclui


receita, despesas, resultado do período; e a demonstração do Resultado Abrangente:
que inclui o resultado do período, itens de outros resultados abrangentes, e resultado
abrangente total.

Apresentação de despesa

A apresentação das despesas de uma firma pode ser feita de duas formas distintas:

• i) com base no método da natureza das despesas e;

• ii) com base no método da função das despesas.

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O método da natureza das despesas consiste em agregar as despesas na demonstração
do resultado de acordo com a sua natureza. À exemplo, despesas com transporte,
consumo de matérias primas e materiais, resultados antes dos tributos, receitas,
despesas com benefícios a empregados, total de despesas.

O método da função das despesas consiste em classificar as despesas de acordo com a


sua função, tal como: parte do custo dos produtos ou serviços vendidos; despesas de
distribuição ou das atividades administrativas, lucro bruto, custos de produtos e
serviços vendidos.

Demonstração de Resultados – Formato de Apresentação Típica

Em uma demonstração de resultados, tipicamente os seguintes lançamentos:

• (+) Faturamento da empresa.

• Receita Bruta, que inclui: (-) Devoluções; (-) Descontos concedidos; (-) Impostos
incidentes sobre a mercadoria (ISS, ICMS, PIS/COFINS).

• Receita Líquida, que abrange: (-) Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos (inclui
frete e seguros sobre compras de insumos.

• Lucro Bruto, que trata das: (-) Despesa com vendas; (-) Despesas gerais
administrativa; (-) Pesquisa e desenvolvimento; (-) Outras despesas operacionais; e (+)
Outras receitas operacionais.

• Lucro operacional, que inclui: (-) Resultado de equivalência patrimonial; (-)


Resultado não operacional.

• Lucro Antes dos Juros e dos Impostos (EBIT ou LAJIR) que abrange: (-) Despesas
financeiras; e (+) Receitas financeiras.

• Lucro Antes dos Impostos sobre o Lucro (LAIR) que trata de (-) impostos.

• E por fim, o que resultado do Lucro líquido.

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Agora acompanhe a definição de alguns conceitos supracitados na demonstração de
resultado:

• Lucro Bruto: É a Receita líquida deduzida dos custos de produção. O conceito


objetiva mostrar a lucratividade das operações da empresa, sem ainda considerar as
despesas administrativas, comerciais e operacionais.

• Lucro Operacional: Objetiva mostrar a capacidade de gerar riqueza em


decorrência de suas características operacionais, independentemente de suas fontes de
financiamento. Ressalta-se que o lucro operacional é um tipo de “Lucro antes de
Impostos” e pode ser apresentado como LAIR, LAJIR e NOPLAT, como veremos adiante.

• Lucro antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (LAJIDA ou EBITDA):


O Lucro antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (LAJIDA), representa a
geração operacional de caixa da companhia, trata-se da receita menos os custos e as
despesas, sem levar em consideração ainda a depreciação ou a amortização, o que o
torna fortemente correlacionado com o fluxo de caixa livre da empresa.

• Lucro antes de Juros e Impostos (LAJIR ou EBIT): trata-se do lucro LAJIDA menos
a depreciação e a amortização. É um tipo de “Lucro antes de Impostos”, porém, não
considera os juros pagos à terceiros (despesas e receitas financeiras).

• Lucro antes de Impostos (LAIR): é o lucro antes de Imposto de Renda e


Contribuição Social.

• Lucro Líquido: trata-se do lucro operacional mais as receitas financeiras, menos:


despesas financeiras – saldo das receitas financeiras menos as despesas financeiras,
despesas não operacionais -que ocorrem raramente e não participam das atividades
operacionais da empresa-, o imposto de renda e a contribuição social.

A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) é facultativa e a


Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) pode ser incluída nessa
demonstração.

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A DMPL é uma demonstração mais completa, pois evidencia a movimentação de todas
as contas do Patrimônio Líquido durante um exercício social.

• Alterações que afetam o total do patrimônio:

As contas que formam o Patrimônio Líquido (PL) podem sofrer variações por inúmeros
motivos, são eles: acréscimo pelo lucro ou redução pelo prejuízo líquido do exercício;
redução por dividendos; acréscimo ou redução por ajuste de exercícios anteriores;
acréscimo pelo valor da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição, e
redução por ações próprias adquiridas ou acréscimo por sua venda.

Para além, o Patrimônio total pode ser alterado em casos de acréscimo por: reavaliação
de ativos (quando o resultado for credor); por doações e subvenções para investimentos
recebidos; por subscrição e integralização de capital; pelo recebimento de valor que
exceda o valor nominal das ações integralizadas ou o preço de emissão das ações sem
valor nominal; por prêmio recebido na emissão de debêntures.

• Variações que não afetam o total do patrimônio:

Dentre as variações que não afetam o total do patrimônio estão: apropriações do lucro
líquido do exercício reduzindo a conta Lucros Acumulados para formação de reservas,
como Reserva Legal, Reserva de Lucros a Realizar, Reservas para Contingências e outras.

Outras variações que mantém o capital inalterado estão: aumento de capital com
utilização de lucros e reservas, reversões de reservas patrimoniais para a conta de
Lucros ou Prejuízos acumulados e compensação de Prejuízos com Reservas.

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Elaboração de Relatórios

A sigla inglesa International Financial Reporting Standards (IFRS) significa Normas


Internacionais de Informação Financeira. A IFRS é um conjunto de normas
internacionais de contabilidade, emitidas e revisadas pelo International Accounting
Standards Board (IASB), ou em português, Conselho de Normas Internacionais de
Contabilidade.

As normas da IFRS objetivam uniformizar os procedimentos contábeis e as políticas


existentes entre os países, melhorando a estrutura conceitual e proporcionando a
mesma interpretação das demonstrações financeiras.

Para que a análise dos relatórios financeiros sustente interpretações uniformes de seus
usuários (os gestores, os investidores, os analistas e as instituições) é preciso que as
características qualitativas (clareza, confiabilidade, relevância, e o equilíbrio entre custo
e benefício na preparação das demonstrações financeiras) tenham os mesmos critérios.

O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) foi criado através da Resolução CFC nº


1.055/05 com o objetivo de emitir pronunciamentos técnicos visando a convergência
da contabilidade brasileira aos padrões internacionais.

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Estrutura Conceitual Básica

Administração do capital de giro ou do capital circulante: preocupa-se com a forma


que é executada a gestão dos recebimentos e pagamentos da empresa, no que tange
ao curto prazo.

Estrutura de capital (ou estrutura financeira): trata da combinação das fontes de


recursos – seja de capital próprio ou de terceiros – utilizadas pela empresa para financiar
suas operações.

Orçamento de capital: voltado para o planejamento e a gestão dos investimentos da


empresa, considerando o longo prazo. Buscam-se oportunidades de investimentos que
oferecem bom custo-benefício na decisão de longo prazo.

Firma individual – é uma empresa com um único dono, ou seja, não há sócios. Apesar
de esta se apresentar como uma das formas menos burocráticas de se abrir uma
empresa, caso haja dívidas em aberto, os credores poderão recorrer aos bens do
proprietário a fim de receber o montante que lhes é devido.

Sociedade por cotas – possui mais de um proprietário, sendo que os lucros e os


prejuízos são divididos entre eles, de acordo com a participação de cada um na
sociedade. Nesse contexto, podem existir sócios gerais e sócios com responsabilidade
limitada.

Sociedade por ações ou Sociedade Anônima (S.A.) – Possui personalidade jurídica,


permitindo à empresa contrair dívidas, firmar contratos, possuir ações de outras S.A. ou
adquirir bens. Uma S.A. deve possuir um estatuto social que regulamente sua existência.
Ademais, os gestores que irão administrar a empresa são escolhidos através de um
conselho administrativo.

Análise, planejamento e controle financeiro: Coordena, monitora e avalia todas as


atividades da empresa por meio de relatórios financeiros.

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Decisões de investimentos: leva em conta a adequação de risco e retorno ao destinar
os recursos financeiros para aplicação na empresa.

Decisões de financiamentos: consideram a adequação dos financiamentos a curto e


longo prazos para captar recursos financeiros que financiarão os ativos adquiridos pela
empresa.

A finalidade da Estrutura Conceitual pode ser subdividida em:

• Dar suporte ao desenvolvimento de novos pronunciamentos técnicos,


permitindo interpretações, orientações e revisão dos pronunciamentos técnicos já
existentes;

• Promoção da harmonia entre regulações, normas contábeis e procedimentos


relacionados às demonstrações contábeis, de modo a redução do número de
tratamentos contábeis alternativos permitidos;

• Dar suporte aos órgãos reguladores nacionais;

• Auxiliar os responsáveis pela elaboração das demonstrações contábeis na


aplicação dos pronunciamentos técnicos, interpretações e orientações e no
tratamento de assuntos que ainda não tenham sido objeto desses documentos;

• Auxiliar os auditores independentes a formar sua opinião sobre a conformidade


das demonstrações contábeis com os pronunciamentos técnicos, interpretações e
orientações;

• Auxiliar os usuários das demonstrações contábeis na interpretação de


informações nelas contidas, elaboradas em conformidade com pronunciamentos
técnicos, interpretações e orientações;

• Proporcionar aos interessados informações sobre o enfoque adotado na


formulação dos pronunciamentos técnicos, interpretações e orientações.

Princípio da Entidade: Evidencia o patrimônio como instrumento da contabilidade e


confirma a soberania do patrimônio, em separado de relacionar-se com um indivíduo,

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sócios ou uma sociedade com ou sem finalidade lucrativa. Assim sendo, o patrimônio
da empresa não se mistura com o patrimônio dos sócios ou investidores

Princípio da Continuidade: Esse princípio supõe que a entidade preservará no futuro e


logo, à medida que o patrimônio seja fragmentado. Nesse princípio, as demonstrações
geralmente são organizadas na hipótese de que a entidade permanecerá em conta
num futuro próximo e que não possui o plano nem tem o dever de entrar em liquidação.

Princípio da Oportunidade: O princípio trata do processo de medir e demonstrar os


fragmentos do patrimônio para gerar dados íntegros. A vista de que, a falta de
integridade na geração de dados contábeis pode gerar perda de sua importância.

Princípio do Registro pelo Valor Original: Esse princípio dispõe dos fragmentos do
patrimônio que inicialmente são registrados por valores de origem das transações,
todos explícitos em moeda nacional.

Relevância: dados e informações de qualidade técnica e real devem ser relevantes na


tomada de decisões, colaborando na avaliação de ocorrências passadas, presentes e até
futuras, com vistas às correções de processos.

Compreensibilidade: As informações devem ser compreensíveis àqueles que irão


analisá-las e devem estar à disposição de forma razoável ao entendimento, não
suprimindo a relevância ou omissão de dados.

Verificabilidade: A verificabilidade ajuda a assegurar aos usuários que a informação


representa fidedignamente o fenômeno econômico que se propõe representar. O que
permite que diferentes observadores independentes, possam verificar as informações
e chegar, eventualmente, a um consenso.

Confiabilidade ou Representação Fidedigna: Para ser útil, a informação contábil-


financeira deve ser relevante, e representar com fidedignidade o fenômeno que se
propõe representar, para tanto, a informação deve deter três atributos: completa,
neutra e livre de erro.

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Comparabilidade: Os usuários devem ter condições de diferenciar as demonstrações e
realizar comparativos do desempenho da empresa num determinado período de
tempo, a fim de apontar direções em sua estrutura de patrimônio e em sua
performance.

Tempestividade: Os tomadores de decisão devem ter a informação disponível a tempo


de poder influenciá-los em suas decisões. Ainda que, em geral, informações antigas
tenham menos utilidade, é possível que certas informações detenham tempestividade
prologada, sendo útil para que o usuário identifique tendências.

Custo histórico (ativos): São os valores originais das transações, por exemplo, se um
carro foi adquirido por R$ 35.000,00, esse valor será o custo histórico desse ativo. Sendo
assim, os ativos são registrados por qualquer um desses valores: pagos, valores a serem
pagos em caixa, equivalentes de caixa ou pelo valor dos recursos que são entregues para
adquirir esses ativos na data da aquisição.

Custo histórico (passivos): Os passivos são registrados pelos seguintes valores: valores
dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação e pelos valores em caixa ou
equivalentes de caixa que serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das
operações (à exemplo, o imposto de renda).

Custo corrente: É o valor na data das demonstrações contábeis, isto é, os ativos são
reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa que teriam de ser pagos
se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data do balanço (por
exemplo: avaliação do estoque pelo valor de reposição se este for menor do que o custo
de aquisição).

Valor realizável: É o valor praticado efetivamente pela empresa caso ela deseje realizar
uma transação no momento. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou
equivalentes de caixa que poderiam ser obtidos pela venda numa forma ordenada. Os
passivos são mantidos pelos seus valores de liquidação, isto é, pelos valores em caixa e
equivalentes de caixa, não descontado.

Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado, do fluxo futuro
de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das

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operações da entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado, do
fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o
passivo no curso normal das operações da entidade.

Usuários externos: são os bancos, fornecedores, governos, que objetivam o retorno dos
recursos investidos ou facilitar o funcionamento operacional das empresas. Estes
usuários necessitam de informações relacionadas a rentabilidade e garantia de retorno
dos capitais investidos.

Usuários externos utilizam as informações para diversos fins, à exemplo, o governo para
fonte de financiamento, desenvolvimento de setores, políticas e áreas geográficas;
sindicatos, pela produtividade do setor e aumentos salariais; credores, como bancos,
para calcular o risco da concessão de crédito e estipular prazos, etc.

Usuários internos: sãos os sócios, acionistas e investidores, que objetivam o retorno


dos investimentos e a segurança da aplicação. À exemplo, administradores e outros
responsáveis pelas decisões, usam informações para planejamento e controle do lucro
e principalmente orçamento.

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Demonstração dos Fluxos de Caixa

Os fluxos de caixa nada mais são que as entradas e saídas de uma empresa em um
período do tempo. Objetivo da análise do fluxo é visualizar da capacidade de pagamento
das dívidas da empresa, remunerar sócios e credores, responder a imprevistos, dentre
outros fatores.

A análise de fluxo de caixa permite perceber quais empresas são mais rentáveis ou
improdutivas, o que pode ser utilizado como critério de investimento.

O demonstrativo de fluxo de caixa é o transporte das receitas e despesas da empresa


para sua posição correta no tempo. Sendo assim, o fluxo de caixa é composto pelos
seguintes itens:
✓ Receitas de vendas: trata-se do valor recebido de clientes reconhecido no período
em que efetivamente entrou na conta da empresa;
✓ Custos e Despesas: trata-se dos valores pagos a fornecedores, empregados,
reconhecidos no período em que efetivamente saíram da conta da empresa;
✓ Investimentos: trata-se dos valores de aquisição de equipamentos ou
investimentos em projetos, também reconhecidos no momento em que saíram da
conta da empresa;
✓ Financiamentos: trata-se do ingresso e saída de recursos oriundos de bancos; e
✓ Dividendos: trata-se do retorno do capital ao investidor.

No processo de análise do balanço de pagamento há a necessidade de avaliar o capital


circulante líquido, que nada mais é que a diferença os ativos circulantes e passivos
circulantes de uma empresa.

O ciclo operacional (CO) corresponde ao tempo entre o recebimento da matéria-prima


e o momento do recebimento pela venda, ou seja, é tempo médio que a empresa
necessita para realizar a sua atividade.

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No ciclo operacional (CO) estão incluídos o Prazo Médio de Estoque (PME) e o Prazo
Médio de Recebimento (PMR). Logo, a soma desses dois períodos, PME e PMR, formam
o ciclo operacional da empresa.

O ciclo de caixa (CC) representa o tempo entre o pagamento dos fornecedores e o


recebimento pelas vendas, isto é, o período em que os recursos da empresa ficam
comprometidos.

O ciclo de caixa (CC) é calculado subtraindo do ciclo operacional o prazo médio de


pagamento ou prazo médio de fornecedores (PMP ou PMF).

O processo de análise do capital circulante líquido exige o gerenciamento das contas


correntes, como dinheiro em caixa, recebíveis e estoques.

Dentre os diversos tipos de fluxo de caixa estão:

Fluxo de Caixa Incremental: é entendido como o fluxo de caixa adicional ao fluxo de


caixa inicial;

Fluxo de Caixa Livre: representa a quantidade de dinheiro que entrou e saiu de uma
empresa em um terminado período de tempo. Os fluxos de caixa livre (FCL) podem ser
divididos em fluxos de caixa operacional, gastos líquidos de capital e variações do
capital de giro líquido.

Fluxo de Caixa Operacional: trata-se dos fluxos obtidos pela rotina de entrada e saída
de recursos da empresa em resultado de operações corriqueiras. A forma de análise de
fluxo de caixa operacional mais comum é o Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation
and Amortization (EBITDA).

O EBITDA que nada mais é que o lucro operacional mais a depreciação e, entre outras
funções, serve para a comparação entre empresas independentemente das regras de
depreciação e de imposto de renda dos países.

Logo, considere: EBITDA = LUCRO OPERACIONAL ((+) Receita Líquida, (-) Custo dos
Produtos Vendidos, (-) Despesas da Atividade) + DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO (valor
correspondente ao período sob análise)

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Gastos Líquidos de Capital (CAPEX): são os desembolsos líquidos com os ativos
permanentes da empresa e podem ser representados pela Equação:

Gastos líquidos de capital = saldo final do ativo permanente – saldo inicial do ativo
permanente + depreciação.

Variações do Capital de Giro Líquido

Administração do capital de giro (capital circulante): Trata-se da análise da gestão dos


recebimentos e pagamentos da empresa numa perspectiva de curto prazo. São as ações
diárias que garantem à empresa os recursos suficientes para a manutenção de suas
operações e prevenção de interrupções a custos elevados.

Ressalta-se que o capital de giro está ligado às entradas e saídas de dinheiro no caixa
da empresa e seu conceito está relacionado ao ativo circulante (AC), que é composto
por caixa, contas bancárias, valores a receber dos clientes e estoques.

As variações do capital de giro líquido são dada pela pelo Capital de Giro liquido (CGL),
que nada mais é que o resultado da divergência entre os ativos e os passivos circulantes,
logo, considere a seguinte equação: Variações no capital de giro líquido = CGL final –
CGL inicial.

De volta ao Fluxo de Caixa Livre

O Fluxo de caixa livre é o fluxo de caixa operacional deduzido dos gastos líquidos de
capital e das variações do capital de giro líquido. Logo:

Fluxo de caixa livre = Fluxo de Caixa operacional – Gasto líquido de capital – Variações
no Capital de giro líquido.

O Fluxo de caixa operacional (FCO) pode ser representada pela seguinte equação:

FCO = Lucro operacional – IR + Depreciação.

44
O Gasto líquido de capital (CAPEX) diz respeito aos desembolsos líquidos com ativo
permanente. Onde;

CAPEX = Saldo final do ativo permanente – Saldo inicial do ativo permanente +


Depreciação

O Valor da empresa é representado pela seguinte equação:

Indicadores de Liquidez

• Cobertura de juros com caixa: trata-se do FCL divididos pelos juros. Esse
indicador demonstra o período necessário para que os juros sejam cobertos pelos fluxos
de caixa operacional.

• Cobertura de dívidas com caixa: trata-se do (FCO – dividendos) divididos pelo


exigível, demonstra o período de tempo necessário para que os fluxos de caixa
operacional quitem o exigível

• Cobertura de dividendos com caixa: trata-se do FCO dividido o pelos dividendos


totais, que demonstra a capacidade de remuneração dos dividendos com base nos
fluxos de caixa operacionais conhecidos.

Indicadores de Qualidade do resultado

• Qualidade das vendas: trata-se do caixa das vendas dividido pelas vendas, que
demonstra a qualidade das vendas, ou seja, a proporção das receitas advindas das
vendas.

45
• Qualidade do resultado: trata-se do FCO dividido pelo resultado operacional, que
demonstra a proporção do resultado operacional explicado pelo fluxo de caixa
operacional.

Indicadores de Quocientes de Dispêndios de Capital

• Aquisições de capital: trata-se do (FCO – dividendo total) dividido pelo caixa pago
por investimentos de capital. Demonstra a capacidade do fluxo de caixa em atender a
necessidade de recursos para aquisição.

• Relação Investimento x Financiamento: trata-se do fluxo de caixa líquido para


investimentos dividido pelo fluxo de caixa líquido de financiamentos. Demonstra a
relação de fluxos de caixa de financiamento necessários para cobrir os fluxos de caixa
de investimento.

Retornos do Fluxo de Caixa

• Fluxo de caixa por ação: trata-se do (FCO – dividendos) divididos pela quantidade
de ações ordinárias. Permite perceber os fluxos de caixa gerados para cada ação
ordinária.

• Retorno do caixa sobre os ativos: trata-se do FCL dividido pelos ativos totais que
é, basicamente, o retorno sobre o investimento total.

• Retorno sobre passivo e patrimônio líquido: trata-se do FCO dividido pelo


patrimônio líquidos e o exigível de longo prazo. Demonstra a capacidade de recuperar
o investimento total feito por sócios e terceiros.

46
Quadro – Exemplo de demonstrativo de fluxo de caixa

Conta operacional
Recebimento de Vendas
(-) Pagamentos de Fornecedores
(-) Pagamentos de Custos e Despesas
(-) Pagamentos de Impostos
(+/-) Pagamentos e Recebimentos Diversos
(+) Resultado Financeiro (Receitas – Despesas Financeiras)
Conta de investimentos
Venda de Ativo Imobilizado
(-) Aquisição de Imobilizado
(-) Aplicações em Diferido
(-) Aplicações em Realizável Longo Prazo
Conta financeira
Resgate de Títulos
(-) Aplicação em Títulos
(+/-) Recursos/Empréstimos de Longo Prazo
(-) Amortização de Empréstimos
(-) Pagamento de Dividendos

Considere:

FCO = lucro líquido + depreciação e outras despesas não-desembolsáveis

LAJIR = Lucro Antes de Juros e Imposto de Renda; e

T = taxa de Imposto de Renda.

Temos que: NOPAT = EBIT - (EBIT x T)

NOPAT = LAJIR x (1 – T)
FCO = NOPAT + depreciação
FCO = [LAJIR x (1 – T)] + depreciação FCO = [LAJIR x (1 – T)] + depreciação
Tem-se que: FCL = FCO – IAFL – IACL

Antes de entender a aplicação da FCL, precisamos saber como chegar ao IAFL. Para isso,
temos o seguinte cálculo: IAFL = variação do ativo imobilizado líquido + depreciação.

47
Ativos, Exigíveis e Patrimônio Líquido

Os Ativos são os bens e direitos que a empresa tem num determinado momento, tais
como:

• Caixa: valores monetários existentes, como, por exemplo dinheiro, cheques,


ticket, saldo em conta corrente bancária, ou aplicação financeira.

• Duplicatas a receber: duplicatas que a empresa tem a receber, decorrentes das


suas vendas a prazo. Trata-se do quanto um determinado cliente compra e obtém o
produto ainda sem ter pago o valor total do produto (compra a crédito com cartão ou
com cheque pré-datado, compra parcelada a curto prazo).

• Estoques: mercadorias/produtos destinados à venda, pelo custo de aquisição.

• Imobilizado: ativos fixos que a empresa utiliza para a realização de suas


atividades, menos o valor da depreciação.

Ao passo que, os Passivos ou Exigíveis são as dívidas que a empresa tem num
determinado momento, tais como:

• Empréstimos: valores que a empresa está devendo para as instituições


financeiras, como, por exemplo empréstimos, ou financiamentos.

• Duplicatas a pagar: valores das duplicatas que a empresa está devendo,


decorrente da aquisição de mercadorias/produtos a prazo.

• Contas a pagar: valores que a empresa está devendo, sejam impostos sobre as
vendas, salários/encargos, etc.

Passivo contingente é uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja
existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos
futuros incertos não totalmente sob controle da entidade. Aliás, passivo contingente
pode ser uma obrigação presente que resulta de eventos passados, mas que não é

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reconhecida porque: não é provável que uma saída de recursos que incorporam
benefícios econômicos seja exigida para liquidar a obrigação; ou o valor da obrigação
não pode ser mensurado com suficiente confiabilidade.

Ativo contingente é um ativo possível que resulta de eventos passados e cuja existência
será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos
não totalmente sob controle da entidade.

Contrato oneroso é um contrato em que os custos inevitáveis de satisfazer as


obrigações do contrato excedem os benefícios econômicos que se esperam sejam
recebidos ao longo do mesmo contrato.

Reestruturação é um programa planejado e controlado pela administração e que altera


materialmente o âmbito de um negócio empreendido por entidade, ou a maneira como
o negócio é conduzido.

Mercado ativo é um mercado no qual se verificam as seguintes condições: os itens


transacionados no mercado são homogêneos; os compradores e vendedores dispostos
a negociar podem ser encontrados a qualquer momento; os preços estão disponíveis
para o público.

Combinação de negócios é o resultado de transações ou outros eventos em que um


adquirente obtém o controle de uma ou mais atividades empresariais diferentes. A
obtenção do controle pode ser alcançada de diversas formas.

Data de aquisição de uma combinação de negócios é a data em que a adquirente obtém


efetivamente o controle sobre a adquirida.

Amortização é a alocação sistemática do valor amortizável de ativo intangível ao longo


da sua vida útil.

Valor amortizável é o custo de um ativo ou outro valor que substitua o custo, menos o
seu valor residual.

49
Valor específico para a entidade é o valor presente dos fluxos de caixa que uma
entidade espera (i) obter com o uso contínuo de um ativo e com a alienação ao final da
sua vida útil ou (ii) incorrer para a liquidação de um passivo.

Valor justo de um ativo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado entre partes
interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com ausência de
fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma
transação compulsória.

Perda por desvalorização é o valor pelo qual o valor contábil de um ativo ou de uma
unidade geradora de caixa excede seu valor recuperável (Pronunciamento Técnico CPC
01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos).

Ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem substância física.

Ativo monetário é aquele representado por dinheiro ou por direitos a serem recebidos
em dinheiro.

Valor residual de um ativo intangível é o valor estimado que uma entidade obteria com
a venda do ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse
a idade e a condição esperadas para o fim de sua vida útil.

Vida útil é o período de tempo no qual a entidade espera utilizar um ativo, ou o número
de unidades de produção que a entidade espera obter pela utilização do ativo.

Classe de ativo imobilizado é um agrupamento de ativos de natureza e uso semelhantes


nas operações da entidade. São exemplos de classes individuais: terrenos, edifícios,
máquinas, navios, aviões, veículos a motor, móveis e utensílios, entre outros.

Um ativo satisfaz o critério de identificação, em termos de definição de um ativo


intangível, quando:

1. for separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, transferido,


licenciado, alugado ou trocado, individualmente ou junto com um contrato, ativo
ou passivo relacionado, independente da intenção de uso pela entidade; ou

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2. resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais, independentemente de
tais direitos serem transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros direitos
e obrigações.

Um ativo intangível deve ser reconhecido apenas se for provável que os benefícios
econômicos futuros esperados atribuíveis ao ativo serão gerados em favor da entidade;
e quando o custo do ativo possa ser mensurado com segurança.

A propriedade para investimento deve ser reconhecida como ativo quando, e apenas
quando for provável que os benefícios econômicos futuros associados à propriedade
para investimento fluirão para a entidade; e o custo da propriedade para investimento
possa ser mensurado confiavelmente.

Demonstrações consolidadas são as demonstrações contábeis de um grupo econômico,


em que ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da
controladora e de suas controladas são apresentados como se fossem uma única
entidade econômica.

Método da equivalência patrimonial: é o método de contabilização em que o


investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e, a partir daí, é ajustado para
refletir a alteração pós-aquisição na participação do investidor sobre os ativos líquidos
da investida.

Negócio em conjunto: é um negócio do qual duas ou mais partes têm controle conjunto.

Controle conjunto é o compartilhamento, contratualmente convencionado, do controle


de negócio, que existe somente quando decisões sobre as atividades relevantes exigem
o consentimento unânime das partes que compartilham o controle.

Empreendimento controlado em conjunto (joint venture) é um acordo conjunto por


meio do qual as partes, que detêm o controle em conjunto do acordo contratual, têm
direitos sobre os ativos líquidos desse acordo.

Investidor conjunto (joint venture) é uma parceria entre duas ou mais empresas para a
realização de um investimento em conjunto.

51
Influência significativa é o poder de participar das decisões sobre políticas financeiras
e operacionais de uma investida, mas sem que haja o controle individual ou conjunto
dessas políticas.

Os estoques compreendem bens adquiridos e destinados à venda, produtos acabados


e produtos em processo de produção. Além disso, os estoques devem ser mensurados
pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido.

• Custos de Estoque: O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de


aquisição e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os
estoques à sua condição e localização atuais.

• Valor realizável líquido: O custo dos estoques pode não ser recuperável se esses
estoques estiverem danificados, se se tornarem total ou parcialmente obsoletos ou se
os seus preços de venda tiverem diminuído. A prática de reduzir o valor de custo dos
estoques (write down) para o valor realizável líquido é consistente, dado que os ativos
não devem ser escriturados por quantias superiores àquelas que se espera que sejam
realizadas com a sua venda ou uso.

O Ativo/passivo financeiro mensurado pelo valor justo por meio do resultado é um


ativo/passivo financeiro que satisfaz qualquer das seguintes condições:

• É classificado como mantido para negociação. Para ser classificado assim, ele
deve:
✓ Ser adquirido ou incorrido principalmente para a finalidade de venda ou de
recompra em prazo muito curto;
✓ No reconhecimento inicial, ser parte de carteira de instrumentos financeiros
identificados que são gerenciados em conjunto e para os quais existe
evidência de modelo real recente de tomada de lucros a curto prazo;
✓ Ser um derivativo (exceto no caso de derivativo que seja contrato de
garantia financeira ou um instrumento de hedge designado e eficaz);

• No momento do reconhecimento inicial, ele é designado pela entidade pelo valor


justo por meio do resultado.

52
Os investimentos mantidos até o vencimento são ativos financeiros não derivativos com
pagamentos fixos ou determináveis com vencimentos definidos para os quais a entidade
tem a intenção positiva e a capacidade de manter até o vencimento.

Empréstimos e recebíveis são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos
ou determináveis que não estão cotados em mercado ativo.

Ativos financeiros disponíveis para venda são aqueles ativos financeiros não derivativos
que são designados como disponíveis para venda.

Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera entradas
de caixa. Exemplo: Quando eu tenho uma máquina ou mais que seja para fabricação de
um produto especifico, é uma unidade geradora de caixa.

Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros estimados, que devem
resultar do uso de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa.

Valor líquido de venda é o valor a ser obtido pela venda de um ativo ou de uma unidade
geradora de caixa em transações em bases comutativas, entre partes conhecedoras e
interessadas, menos as despesas estimadas de venda.

Valor depreciável, amortizável e exaurível é o custo de um ativo, ou outra base que


substitua o custo nas demonstrações contábeis, menos seu valor residual.

Ativos corporativos são ativos, exceto ágio por expectativa de rentabilidade futura
(goodwill), que contribuem, mesmo que indiretamente, para os fluxos de caixa futuros,
tanto da unidade geradora de caixa sob revisão, quanto da de outras unidades
geradoras de caixa.

Despesas de venda ou de baixa são despesas incrementais diretamente atribuíveis à


venda ou à baixa de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa, excluindo as
despesas financeiras e de impostos sobre o resultado gerado.

Perda por desvalorização é o valor pelo qual o valor contábil de um ativo ou de uma
unidade geradora de caixa excede seu valor recuperável.

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Valor contábil é o valor pelo qual um ativo está reconhecido no balanço depois da
dedução da respectiva depreciação, amortização ou exaustão acumulada e provisão
para perdas.

Depreciação, amortização e exaustão é a alocação sistemática do valor depreciável,


amortizável e exaurível de ativos durante sua vida útil.

Ajustes de Avaliação Patrimonial: tem a função de receber os valores que pertencem


ao patrimônio da entidade e que tiveram seus valores revistos.

Reservas de Lucros: as reservas de lucros são constituídas pelos lucros obtidos pela
empresa, retidos com finalidade específica.

Ações em Tesouraria: as ações em tesouraria são aquelas adquiridas pela própria


companhia.

Prejuízos Acumulados: os lucros ou prejuízos representam resultados acumulados


obtidos, que foram retidos sem finalidade específica (quando lucros) ou estão à espera
de absorção futura (quando prejuízos).

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Conversão das Demonstrações Contábeis
em Moeda Estrangeira

Taxa de fechamento: é a taxa de câmbio à vista vigente ao término do período de


reporte.

Variação cambial: é a diferença resultante da conversão de um número específico de


unidades em uma moeda para outra moeda, a diferentes taxas cambiais.

Taxa de câmbio: é a relação de troca entre duas moedas.

Moeda estrangeira: é qualquer moeda diferente da moeda funcional da entidade.

Entidade no exterior: é uma entidade que pode ser controlada, coligada,


empreendimento controlado em conjunto ou filial, por meio da qual são desenvolvidas
atividades que estão baseadas ou são conduzidas em um país ou em moeda diferente
daquelas da entidade que reporta a informação.

Moeda funcional: é a moeda do ambiente econômico principal no qual a entidade


opera.

Grupo econômico: é uma entidade controladora e todas as suas controladas.

Itens monetários: são unidades de moeda mantidas em caixa, ativos e passivos a serem
recebidos ou pagos em um número determinado de unidades monetárias.

Investimento líquido em entidade no exterior: é o montante que representa a


participação da entidade em ativos líquidos de outra entidade no exterior.

Moeda de apresentação é a moeda na qual as demonstrações contábeis são


apresentadas.

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Taxa de câmbio à vista é a taxa de câmbio normalmente utilizada para liquidação
imediata das operações de câmbio. No Brasil, a taxa a ser utilizada é a divulgada pelo
Banco Central do Brasil.

Taxa de conversão

• Histórica: Utilizada no momento da ocorrência. A compra de um equipamento


seria contabilizada pela taxa do dólar no momento da transação.

• Corrente: Utilizada quando uma operação está sendo realizada. Todas as


operações de pagamentos e recebimentos são convertidas pela taxa corrente.

• Fechamento: Taxa vigente na data de encerramento das demonstrações


contábeis. O caixa no encerramento do balanço será convertido pela taxa de câmbio na
data de fechamento.

• Média: Média das taxas vigentes em determinado período. Normalmente


utilizada para a conversão de itens de demonstração do resultado (vendas, custos, etc.).

• Projetada: Utilizada em economias com hiperinflação. Converte itens de


vencimento futuro.

Os métodos de conversão de demonstrações contábeis são três:

• Taxa de câmbio de corrente: neste método todos os itens são convertidos pela
taxa de câmbio vigente na data de encerramento das demonstrações contábeis, isto é,
pela taxa corrente. Normalmente o câmbio de fechamento é utilizado onde a economia
é estável e com baixa taxa de inflação.

• Monetário e não monetário: neste caso, os itens das demonstrações contábeis


são classificados em:
✓ Monetários: Disponibilidades ou obrigações que serão realizadas ou exigidas em
dinheiro (caixa, duplicatas, PDD, etc.) – itens convertidos pela taxa corrente (veja
mais adiante definição acerca de taxas de conversão); e

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✓ Não monetários: São os direitos e obrigações que serão exigidos em bens ou
serviços (estoques, adiantamentos a fornecedores, investimentos permanentes,
PL, etc.) – itens convertidos pela taxa histórica.

• Temporal: neste, os itens patrimoniais são classificados de acordo com a base de


valor adotada para avaliação, que pode ser: a valor passado, valor presente ou valor
futuro. Os itens patrimoniais são classificados em:
✓ Itens monetários pré-fixados: convertidos pela taxa já conhecida na conversão
(duplicatas, etc.);
✓ Itens monetários pós-fixados: convertidos por uma taxa que ainda será
conhecida (contas a receber e a pagar, aplicações financeiras indexadas, etc.);
✓ Itens não monetários realizáveis: taxas históricas (estoques, avaliados ao custo
histórico, etc.); e
✓ Itens não monetários permanentes e Patrimônio Líquido (PL): taxas históricas.

Moedas

• Moeda local: é a moeda do país onde a empresa se localiza, em nosso caso, é o


Real.

• Moeda funcional: é a moeda do principal sistema econômico em que o


conglomerado opera, neste caso, pode ser o dólar ou outra moeda estrangeira.
Ressalta-se que não se recomenda utilizar como moeda funcional moeda de economias
que tenham alta inflação.

• Moeda do relatório: é a moeda para a qual iremos converter os demonstrativos


contábeis (dólar, por exemplo). O procedimento para a conversão das demonstrações
contábeis é o seguinte: converte-se o relatório de moeda local para funcional e, em
seguida, converte-se o relatório em moeda funcional para moeda do relatório. Se a
moeda do relatório e a funcional forem as mesmas, nada se faz.

Uma transação em moeda estrangeira é a transação que é fixada ou requer sua


liquidação em moeda estrangeira, incluindo transações que são originadas quando a

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entidade: compra ou vende bens ou serviços, obtém ou concede empréstimos, adquire
ou desfaz-se de ativos fixados em moeda estrangeira.

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Relatórios Contábeis e Análise das
Demonstrações Contábeis

Indicador de Preço/Lucro (P/L): É uma relação entre o preço do título e o lucro total da
empresa dividido por ação. Conforme esse indicador quanto menor a relação, melhor,
pois indica que o título está com cotação baixa em relação a lucratividade da companhia.

Relação Cash/Yield (C/Y): Análogo ao indicador P/L, é a correlação entre o preço do


título e os dividendos distribuídos por ação. Quanto maior a quantidade de dividendos
por ação mais o investidor estará ganhando.

Relação Cotação/Valor Patrimonial: É a proporção do preço da ação em relação ao


valor do patrimônio líquido total da empresa por ação. Quanto menor o índice melhor,
pois indica a distorção da cotação em relação ao real valor da empresa, se a cotação
está muito maior que o valor patrimonial é esperado que a cotação abaixe, se estiver
muito abaixo do valor patrimonial, é esperado que aumente.

Indicador de Margem Liquida: É a divisão do lucro líquido pelo faturamento líquido.


Reflete é importância dada pela empresa pela distribuição do lucro para os acionistas,
quanto maior, melhor é o investimento de longo prazo nessa empresa, pois é esperado
que se distribua mais resultados no futuro.

Indicador de Liquidez Corrente: É a proporção entre o ativo e passivo circulante, essa


relação demonstra a capacidade da empresa de honrar os pagamentos no curto prazo.

Indicador de Rentabilidade do Patrimônio: Mede o pagamento de lucro líquido em


relação ao patrimônio líquido. Representa o retorno das aplicações dos acionistas e o
tempo necessário para o retorno do capital.

Indicador de Endividamento: Semelhante ao indicador de liquide corrente, demonstra


a relação entre o passivo circulante e o exigível de longo prazo. Essa relação permite ao

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investidor a mensuração da necessidade de capital de terceiros para o financiamento
dos pagamentos.

Considere a seguinte equação para o Índice de Cobertura de Juros:

Assuma a seguinte equação para a Margem Bruta:

Considere a seguinte equação para a Margem operacional:

Assuma a seguinte formula para o Retorno do Patrimônio Líquido (RPL):

Políticas contábeis: são os princípios, as bases, as convenções, as regras e as práticas


específicas aplicados pela entidade na elaboração e na apresentação de demonstrações
contábeis.

Mudança na estimativa contábil: é um ajuste nos saldos contábeis de ativo ou de


passivo, ou nos montantes relativos ao consumo periódico de ativo, que decorre da
avaliação da situação atual e das obrigações e dos benefícios futuros esperados
associados aos ativos e passivos. As alterações nas estimativas contábeis decorrem de
nova informação ou inovações e, portanto, não são retificações de erros.

Omissão/incorreção material: é a omissão ou a informação incorreta que pode


(individual ou coletivamente) influenciar as decisões econômicas que os usuários das
demonstrações contábeis tomam.

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Erros de períodos anteriores são omissões e incorreções nas demonstrações contábeis
da entidade de um ou mais períodos anteriores decorrentes da falta de uso, ou uso
incorreto, de informação confiável que:

• Estava disponível quando da autorização para divulgação das demonstrações


contábeis desses períodos;

• Pudesse ter sido razoavelmente obtida e levada em consideração na elaboração


e na apresentação dessas demonstrações contábeis. Tais erros incluem os efeitos de
erros matemáticos, erros na aplicação de políticas contábeis, descuidos ou
interpretações incorretas de fatos e fraudes.

Aplicação retrospectiva: é a aplicação de nova política contábil a transações, a outros


eventos e a condições, como se essa política tivesse sido sempre aplicada.

Reapresentação retrospectiva: é a correção do reconhecimento, da mensuração e da


divulgação de valores de elementos das demonstrações contábeis, como se um erro de
períodos anteriores nunca tivesse ocorrido.

Aplicação prospectiva de mudança em política contábil: aplicação da nova política


contábil a transações, a outros eventos e a condições que ocorram após a data em que
a política é alterada;

Aplicação prospectiva de reconhecimento do efeito de mudança em estimativa


contábil: representa o reconhecimento do efeito da mudança na estimativa contábil nos
períodos corrente e futuro afetados pela mudança;

Aplicação impraticável: ocorre quando a entidade não pode aplicar um requisito depois
de ter feito/considerado todos os esforços razoáveis nesse sentido.

O uso de estimativas é parte essencial da preparação de demonstrações contábeis,


não fazendo diminuir a sua confiabilidade.

Anti-diluição: é o aumento no lucro por ação ou a redução no prejuízo por ação, em


decorrência de: conversão de instrumentos conversíveis; exercício de opções ou os
bônus de subscrição; emissão de ações.

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Diluição: é a redução no lucro por ação ou o aumento no prejuízo por ação resultante
de: conversão de instrumentos conversíveis; exercício de opções ou os bônus de
subscrição; emissão de ações.

Contrato de emissão contingente de ações (ou acordo de ações contingente): é um


acordo para emitir ações que depende da satisfação de determinadas condições
especificadas.

Ações emissíveis sob condição (ou ações de emissão contingente): são ações ordinárias
emissíveis por pouco ou nenhum dinheiro (ou qualquer outra contrapartida) após a
satisfação das condições especificadas em contrato de emissão contingente de ações.

Opção, bônus de subscrição e seus equivalentes: são instrumentos financeiros que dão
ao titular o direito de adquirir ações.

Ação ordinária potencial: é o instrumento financeiro ou outro contrato que dá ao seu


titular o direito a ações ordinárias.

Opções put sobre ações ordinárias: são contratos que dão ao seu titular o direito de
vender ações ordinárias a um preço especificado durante determinado período.

62
Instrumentos Analíticos Para Estimar
Retornos e Riscos

Risco do negócio e risco financeiro

Risco do negócio ou econômico: definido como grau de incerteza dos Retornos futuros
sobre Ativos (RSA), depende de uma série de fatores, como: variabilidade da demanda,
do preço de venda, dos preços dos insumos, do montante dos custos fixos (alavancagem
operacional). Além do mais, o conceito está associado à projeção de retornos futuros
dos ativos.

Alguns exemplos de Risco do negócio/econômico retração da demanda do produto (ex.


produtos de moda), escassez de matéria prima (ex. quebra de safra), concorrência de
produtos importados, obsolescência tecnológica, impactos das ondas de fusões e
aquisições.

Risco financeiro: reflete o risco associado às decisões de financiamentos ou à


capacidade da empresa em liquidar os compromissos financeiros assumidos. Logo, é
afetado diretamente pela estrutura de capital da empresa e caracterizado pela variação
da taxa de juros.

Tipos de retornos

Estão expostos a seguir os tipos de retornos:

Retorno esperado: trata-se da remuneração solicitada para que as aplicações sejam


mantidas.

Retorno exigido: trata-se do retorno esperado só no caso de um mercado eficiente.

Retorno real: trata-se do retorno efetivo obtido com o investimento.

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Figura – Comportamento dos investidores em relação ao risco.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Conservador: são aqueles investidores que desejam manter o seu patrimônio. Eles
desejam realizar investimentos que não são arriscados, de curto prazo.

Moderado: São os investidores que estão dispostos a correr risco, desde que este não
seja muito levado. Eles possuem como objetivo auferir um retorno mais elevado no
médio prazo, que lhes permita aumentar o seu patrimônio e a realizar investimentos
que levem um período um pouco mais longo para maturar.

Arrojado: Esses clientes possuem perfil mais agressivo. Eles desejam obter retornos
mais elevados e estão dispostos a adquirir ativos que apresentam grandes oscilações
em seus retornos e que podem resultar em perdas consideráveis no curto prazo. Além
do mais, possuem um horizonte de planejamento de longo prazo;

Os riscos podem ser sistemáticos ou não sistemáticos. O risco sistemático afeta um


grande número de investimentos e, por tal motivo, também é chamado de risco de
mercado. À exemplo, têm-se as incertezas econômicas gerais que afetam a economia
como um todo.

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O risco não sistemático afeta um único investimento, ou um número pequeno de
investimentos, e também é conhecido como risco específico. Á exemplo, uma empresa
que descobrir um novo poço de petróleo, serão afetados a firma, os clientes e
fornecedores próximos. Mas, se o preço do petróleo sofrer aumentos, todos os
envolvidos serão afetados.

Para relacionar risco e retorno de todos os ativos, uma teoria básica utilizada é o modelo
de formação de preço de ativo, conhecido como modelo CAPM, sigla do inglês Capital
Asset Pricing Model. O CAPM relaciona o risco diversificável ao retorno de qualquer
ativo.

Risco Político: em geral, ocorre devido a questões legais que podem ser
premeditadamente restritivas, com o intuito de proteger a economia local, ou não
premeditados, decorrentes de entraves devido a uma legislação ultrapassada ou mal
formada.

Risco Extraordinário: são os de maior dificuldade de previsão, e estão, geralmente,


ligados a eventos naturais: terremotos, excesso de chuvas, vulcões, furacões,
epidemias, tsunamis entre outros. Eles também estão ligados a acidentes de grandes
proporções como vazamentos de usinas termonucleares, rompimento de uma
barragem, entre outros.

Risco Comercial: se refere ao risco de perdas geradas por escolhas comerciais erradas
decorrentes da falta de conhecimento e pode ser resultado do fracasso da empresa
resultante de estratégias mal formuladas e processos mal desenvolvidos ou falha moral.

Risco Econômico e Financeiro: se refere a possibilidade de que fatores de mercado


impactem os investimentos realizados. Também conhecido como risco mercadológico,

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envolve agregados macroeconômicos como a taxa de câmbio, taxas de juros do
mercado, balança comercial, etc.

Risco-País: é a junção de todos os riscos que envolvem o país em específico, logo, como
o risco país envolve uma série de riscos e especificidades dos mesmos, é um risco de
difícil mensuração, mas envolve o mercado como um todo e, portanto, são riscos
sistêmicos.

Risco de Variação das Taxas de juros: o comportamento da taxa de juros influencia no


valor dos ativos em renda fixa. Quando a taxa de juros sobe a instituição observa
prejuízo se possuir um ativo e um ganho se ela possuir um passivo.

Os instrumentos utilizados para fazer a gestão do risco de taxa de juros são derivativos:
contratos futuros, swaps, opções.

Risco de crédito: Esse risco é observado quando a instituição financeira não recebe os
pagamentos prometidos por suas aplicações.

Risco de mercado: esse risco decorre da variação observada no preço dos ativos e pode
ser formalmente definido como a probabilidade de uma instituição financeira observar
prejuízo em determinada transação, provocado por comportamento inesperado da
bolsa de valores, preço de commodities, inflação, etc.

Risco operacional: esse risco mostra a probabilidade de a instituição financeira registrar


perdas oriundas de erros humanos, falhas em sistemas de informação, computadores,
eventos externos, fraudes, etc. Ele decorre de uma gestão inadequada dos riscos.

Risco de variação cambial: se encontra presente principalmente em países que


possuem moeda mais volátil, esse risco ocorre quando uma instituição financeira realiza
transações no exterior, converte os seus recursos para outra moeda, e ocorrem
variações cambiais adversas que reduzem os ganhos obtidos ou que a fazem ter
prejuízos.

Risco soberano: esse risco também é observado quando as instituições financeiras


trabalham com ativos internacionais, que envolvem a transação com diferentes

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moedas. Os países estrangeiros podem limitar, ou até dar o calote, o fluxo de
pagamentos externos, fazendo com que a instituição não consiga trazer o dinheiro de
volta.

Risco de liquidez: esse risco evidencia a disponibilidade imediata de caixa das entidades
financeiras. Quando um banco mantém uma quantidade limitada de recursos em caixa
existe o risco de muitos investidores sacarem ao mesmo tempo, fazendo com que esses
recursos não consigam cobrir todos os saques.

Risco legal: esse risco é observado quando a legislação vigente não regulamenta as
transações financeiras de modo eficiente. Ele também é observado na presença de
desconhecimento sobre todos os aspectos e dispositivos jurídicos que envolvem a
transação.

Risco de Compliance: o risco de Compliance representa as sanções legais ou regulatórias


que podem ser aplicadas a uma instituição quando ela não segue as leis, regulamentos
e códigos de conduta.

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