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VARIÁVEIS QUE AFETAM O PREÇO

Ao se investir em ações trabalha-se com duas variáveis (bidirecional): preço e tempo. Por outro lado, ao se investir em opções
trabalha-se com um leque maior de variáveis (multidirecional) o que permite um número maior de estratégias de acordo com a
movimentação do mercado.

Ganhar dinheiro com opções é compreender a relação entre as variáveis e das variáveis com o preço das opções.

PREÇO DA AÇÃO – (mantidas as outras variáveis estáveis, fixas) Quanto mais subir o preço do ativo, mais cara será a CALL (quanto
mais descer, mais cara será a PUT).

STRIKE – quanto mais distante do valor do ativo for o preço do exercício [para cima (CALL) ou para baixo (PUT)], mais barata vai custar
a opção.

O prêmio da Opção se divide em Valor Intrínseco (VI) e Valor Extrínseco (ou de expectativa, de esperança, VE) → PRÊMIO = VI + VE.

VI: equivale à diferença entre o valor de mercado do ativo e o valor do Strike.


VE: equivale às demais variáveis (tempo, juros e volatilidade).

EX: PETR4 cotada a R$ 9,75


Opção da PETR com Strike R$ 9,00 com preço a R$ 1,35 (então: VI: 9,75 – 9 = 0,75 // VE: 1,35 – 0,75 = 0,60).

OBS: Opções OTM só têm VE (não têm VI) e, por isso, tendem a virar pó.

TEMPO – quanto mais dias úteis tiver até o vencimento, mais cara será a opção, pois maior será o valor da expectativa, maior será,
então, o VE (há mais oportunidade de variação no preço).

OBS: (mantidas as outras variáveis estáveis, fixas) à medida em que o tempo passa, o valor das opções diminui, cai.

TAXA DE JUROS – quanto maior for a taxa de juros, maior será o VE, maior será o preço da opção.

OBS: Não é um vetor tão importante, já que acaba por significar um valor ínfimo do prêmio, mas não pode ser esquecido.

VOLATILIDADE – (é a mais complexa e mais subjetiva) é a força que faz com que o preço da opção suba ou caia de acordo com o
aumento do risco. Trata-se de uma tentativa matemática de medir o risco, a incerteza concernente às variações futuras de preço. Se
baseia no estudo de variações passadas de um ativo e sua série histórica, sendo a medida padrão anualizada. Ativos de empresas mais
estáveis apresentam menos volatilidade. Medo e Euforia aumentam a volatilidade do ativo base e, quanto maior for esta, maior será
o preço da opção.

OBS: A Falácia da confirmação: a vida toda da empresa não nos prepara para um evento extremo. O mercado deve ser encarado de
hoje para frente. A volatilidade muda a todo estante. Portanto, as estratégias devem se basear na volatilidade, que é o epicentro do
risco e a única certeza é que este vai subir, pois novos governos se elegem, a gestão das empresas mudam, novas crises surgirão,
novas bolhas estourarão.
BLACK AND SCHOLES (cálculo do valor das opções)
Traz indicadores identificados por letras gregas, que indicam características das opções decorrentes do cálculo das variáveis já vistas,
que apuram um suposto preço justo do prêmio de uma opção.

DELTA (δ) – é a sensibilidade de variação do prêmio de uma opção em relação à variação do preço do ativo base (se todos os demais
indicadores se mantiverem estáveis), ou seja, equivaleria ao indicador da velocidade de uma opção - [EX: Delta 40% - papel sobe R$
1,00 → a opção sobe R$ 0,40 - idem para baixo] – e tem relação direta com a posição de investimento no papel, pois indica
ganho/perda monetária se houver mudança no preço do ativo base. Útil para trades rápidos com opções, pois é a variação imediata
no valor da opção. Também pode ser entendido como probabilidade de a opção ser exercida dentro do dinheiro na data do exercício.

IMPORTANTE: Quanto mais fora do dinheiro e mais barata for a opção, menor será o DELTA, de maneira que este pode chegar a zero.
Por outro lado, opções muito dentro do dinheiro e quanto mais próximo do vencimento, o DELTA pode ser 100% e tudo o que o papel
movimentar ela acompanhará, pois essa opção não tem VE, só VI, não há mais prêmio de risco (quanto mais tempo falta para o
vencimento, mas lento o DELTA se descola, pois não terá a impulsão do GAMMA, que vai ficando mais sensível quanto mais próximo
do vencimento).
GAMMA (ϒ) – indica capacidade de aceleração da opção, o quanto a velocidade (delta) aumentará ou diminuirá, ou seja, indica taxa
de variação do Delta para a taxa de variação do ativo base. Normalmente opera em curva exponencial se houver continuidade no
movimento do ativo base (para cima ou para baixo) – [EX: opção com Delta 40% e Gamma 10% - papel sobe mais R$ 1,00 → o Delta
sobe para 0,50] – útil para trades longos, lentos, de tendência.

OBS: Uma opção ATM costuma ter um Delta por volta de 50% (ou R$ 0,50 – se faltar bastante tempo para o vencimento talvez um
pouco mais), pois essa opção ela está com um pé no dinheiro e outro fora dele. É a opção que costuma ter mais aceleração, pois é a
que tem mais VE e nenhum VI (já que está no dinheiro). Se o mercado sobre ela acelera, vai para dentro do dinheiro e seu valor sobe,
enquanto que, se o mercado cai, ela desacelera rapidamente também ao ir para fora do dinheiro. Por isso, costumam ter mais Gamma
(aceleração) também.

IMPORTANTE: Opções OTM têm muito pouco DELTA e GAMMA, mas se o mercado se movimentar rápido, elas podem também
adquirir aceleração nesses indicadores. Já as opções ITM, têm muita velocidade (Delta), mas quase não têm aceleração (Gamma), pois
já estão na aceleração máxima. O GAMMA é maior quando a opção está no dinheiro (ATM), e é mais sensível (maior) quanto mais
curto estiver para o vencimento.
OBS: SHADOW GAMMA: é o efeito que ocorre no GAMMA e, consequentemente, no DELTA, pelo aumento da VOLATILIDADE em
opções OTM (EX: pozinho), principalmente PUTs. Quando o mercado afunda, o prêmio da opção sobe muito mais rápido do que se
imagina, não só pelo seu próprio efeito GAMA, mas também pelo efeito que a VOLATILIDADE exercerá no GAMA (aumento do VEGA).

THETA (ϴ) – indicador ligado ao tempo. Corresponde a uma expectativa que vai se deteriorando conforme passam os dias. Quanto
mais o tempo passa (mantidas as outras variáveis estáveis), o valor do VE vai diminuindo à medida que a expectativa de volatilidade
do ativo vai igualmente diminuindo. É a taxa de desvalorização do preço de uma opção para a variação de um dia (quanto cai o valor
de uma opção a cada dia em centavos) – [EX: THETA a - 0,04 → de hoje para amanhã o valor da opção vai cair R$ 0,04].

Significa perda para quem está comprado numa opção e ganho para quem está vendido. Operações de taxa (que se valorizam com o
passar do tempo) usam o THETA a seu favor (estar vendido em mais THETA do que comprado). Via de regra operações de venda de
volatilidade e/ou apostando que o ativo base vai ficar parado.
IMPORTANTE: As opções no dinheiro (ATM) são as que apresentam THETA mais elevado, pois são as que possuem mais VE. As opções
mais dentro e fora do dinheiro têm THETA menor, devido ao menor VE e é mais sensível (maior) quanto mais perto estiver o
vencimento. O THETA é o inverso do GAMMA, ou seja, quando o GAMMA se encontra muito positivo (ATM), o THETA estará muito
negativo/prejudicial (não existe almoço grátis...rs), mas a força do GAMMA é muito maior.

EFEITO HOLE: geralmente na quarta/quinta-feira antes da opção entrar no seu ciclo final de vencimento (22/23 dias úteis antes do
vencimento), as opções sofrem o EFEITO HOLE PRIMÁRIO, que consiste na primeira queda significativa nos valores do prêmio por
entrar na liquidez (decorrente do tempo e não da movimentação do preço no ativo base). Depois, faltando 12/11 dias úteis para o
vencimento ocorre o EFEITO HOLE SECUNDÁRIO, sofrendo nova perda significativa no valor do prêmio e, por fim, faltando 6/5 (alguns
papéis 4/3) dias úteis para o vencimento final, ocorre o EFEITO HOLE FINAL, quando o prêmio da opção sofre nova queda significativa
pela perda de esperança de dar exercício no vencimento (Se o vencimento da opção for semanal o Efeito Hole Primário - mais forte -
se dará na quinta-feira da semana anterior ao vencimento, que será na sexta-feira da semana seguinte, e Efeito Hole Secundário na
quarta-feira antes do vencimento – 2 dias antes, e mais um Efeito Hole Final na 3ª hora do pregão da sexta-feira do vencimento. Pode-
se fazer rolagem semanal ou prazo maior – EX: opção do EWZ) – isso muda com o tempo, é preciso observar.
Podemos observar no comportamento do gráfico acima que o valor do THETA decai bem suavemente em datas longe do vencimento.
Porém quando se aproxima da data de vencimento o valor do THETA se acentua bem destacadamente.

Para operações de compra a seco, o THETA é mais um fator que pesará negativamente para o lucro da operação. É mais um fator que
colocará as probabilidades contra o investidor, uma vez que quanto mais tempo o investidor possuir a posição comprada, mais valor
devido ao THETA ele perderá. Para posições próximas a data de vencimento, podemos ver pelo gráfico que o problema será agravado.

RHO (Ρ) - Mede a sensibilidade do prêmio da opção em relação à variação da taxa de juros.

VEGA (V) - Mede a sensibilidade do prêmio da opção em relação à variação de volatilidade no preço do papel [EX: VEGA 0,004 →
variação de 1% na volatilidade – o preço do papel vai subir/cair R$ 0,004], o quanto a opção está exposta à variação da volatilidade.

As opções no dinheiro (ATM) possuem maior VEGA, são as que têm maior expectativa em seu valor, têm mais VE.

Opção longa têm VEGA alto e tende a perder bastante valor se o papel não se mexer, pois a volatilidade vai cair, puxando o preço
para baixo rapidamente.

IMPORTANTE: O VEGA é maior quando a opção está no dinheiro (ATM), pois são as que têm maior expectativa em seu valor, têm mais
VE, e o VEGA fica mais sensível (maior) quanto mais longo estiver para o vencimento. Opções próximas ao vencimento têm pouco
VEGA. O indicador de volatilidade histórica e volatilidade implícita é muito útil para observação do VEGA.

O VEGA é mais uma variável importante e que é frequentemente desprezada por alguns investidores que realizam compras a seco. O
Vega é a taxa de variação que mede o quanto uma variação em 1 ponto percentual na volatilidade implícita da opção modifica o valor
do prêmio da opção.

Uma queda na volatilidade implícita causa uma queda no preço de uma opção comprada a seco. É por isso que muitos investidores
perdem dinheiro, mesmo quando conseguem acompanhar o ritmo no mercado! Ou seja, é possível que um investidor acerte o
momento em que o preço da ação seja favorável, então ele compra uma CALL no momento em que o preço da ação sofrerá um
aumento, porém, se houver uma diminuição na volatilidade implícita pode acontecer de o investidor obter prejuízos, uma vez que
diminuição da volatilidade implica diminuição do preço da opção!

Assim, é necessário avaliar o nível de volatilidade implícita da opção. Deve-se comprar opções no momento em que a volatilidade
está "baixa". E deve-se vender opções no momento em que a volatilidade está "alta". Dessa forma existe uma probabilidade maior
de utilizar as mudanças de volatilidade em favor do investidor.
Podemos ver pelo gráfico abaixo que quanto mais longe do vencimento e mais ATM a opção, maior será o valor do VEGA.

Observe-se que o VEGA é o inverso do GAMMA, ou seja, quanto mais próximo do vencimento menor será, pois tem ligação direta
com a VE, mas, por outro lado, é maior quando a opção está ATM.

IMPORTANTE: Uma opção longa tem muito VEGA e não se mexe muito em função da mudança do preço do papel porque, como ainda
tem muito VE, o DELTA e o GAMMA não estão acentuados, mas se mexe muito por conta da mudança na volatilidade (EX: se o preço
do ativo cai rápido, mas a volatilidade se mantém alta, o preço da CALL não cai tanto porque o VEGA segura essa queda de preço. Já
se fosse uma PUT, a queda rápida no preço do ativo faria com que o VEGA impulsionasse o preço da opção, porque o aumento da
volatilidade operaria a favor do preço do PUT.
VOLATILIDADE
É a tentativa matemática de medir a incerteza e a expectativa de variação do ativo base, de forma anualizada. Quanto mais incerteza,
mais volatilidade.

O VE é composto da taxa de juros + prêmio de risco, sendo este último uma medida da volatilidade e, como se sabe, quanto mais
longo for o vencimento de uma opção, mais VE ela terá e, assim, maior será o impacto da volatilidade sobre o prêmio dessa opção.

VOLATILIDADE IMPLÍCITA: é uma das métricas mais importantes para entender quando operamos opções, pois queremos prever o
movimento que irá acontecer e antecipar o movimento futuro de um ativo e calcular esse movimento durante um período de tempo
futuro.

Para cada série em aberto será obtida uma volatilidade implícita, que normalmente serão diversas entre elas e também diferente da
volatilidade histórica.

É obtida por meio da utilização do preço dos prêmios negociados no mercado e indica qual a estimação que o mercado está utilizando
em seus modelos, ou seja, qual volatilidade o mercado está estimando para determinado ativo base e suas opções. A VI normalmente
aumenta na medida da demanda por opções, ou seja, quanto mais alto o VI, maior é a demanda por opções. Consegue-se por meio
do cálculo inverso do Black & Sholes. É expectativa de futuro (EX: um ativo com preço a R$ 100,00 com VI a 20%, representa um
movimento esperado de R$ 20,00 para mais ou para menos durante o ano).
Trata-se de uma probabilidade (normalmente de 68% - alguns estudos chegam a 80%) e não significa volatilidade realizada!

Entre o preço do ativo base (especialmente índices e ações) e a volatilidade existe uma correlação negativa, ou seja, por ser uma
medida de risco, quando o ativo base sobe, a volatilidade costuma cair e vice-versa.
Outra característica interessante é que a volatilidade implícita tende sempre a reverter à média após uma expansão, daí muitos
venderem volatilidade quando ela está alta.

É possível ter uma estimativa de um período desejado pelo operador por meio da fórmula:

Movimento Esperado = preço do ativo x volatilidade implícita x

IMPORTANTE: Outra forma interessante de calcular a VI é olhar o valor do DELTA 16 (ou valor mais próximo), ou seja, o DELTA
representa a probabilidade de uma opção expirar ITM e, consequentemente, a probabilidade “reversa” de expirar OTM ]EX: uma
opção que possui um DELTA de 16 tem uma probabilidade de 16% de expirar ITM e de 84% (100 – 16) de expirar OTM]. Assim, pelo
DELTA de CALLs e de PUTs do mesmo ativo, é possível perceber qual é a “aposta” do mercado para o movimento, pois se esse mesmo
DELTA 16 está mais distante nas PUTS, significa que as PUTs estão mais caras, o que nos faz concluir que o mercado pode estar
esperando mais uma queda do que uma alta do ativo base, o que seria chamado de PUT Skill.

[há operadores que utilizam o DELTA 16 para montar Strangles longos vendidos zerado no DELTA nesse patamar de 16,
justamente para ficar fora dos 68% e probabilidade de movimento do ativo expresso pela VI – Muitos desmontam (recompram) o
Strangle vendido quando a estrutura atinge 50% do lucro máximo (ou seja, recebeu R$ 1,00 na montagem e vendeu quando atingiu
R$ 0,50, com rating de 90% de acerto, enquanto outros desmontam no vencimento com cerca de 75% de rating de acerto, porém
correndo mais riscos)].

A volatilidade implícita da opção ATM é menor e este fenômeno se chama SMILE (quanto mais ITM ou OTM mais alta é a volatilidade).
Contudo, esse efeito SMILE é criado pelo modelo Black & Sholes (é fictício), pois esse modelo faz um cálculo de probabilidade
equivocado e o gráfico deveria ser uma linha reta, pois a volatilidade diz respeito ao ativo base e não à opção. Por outro lado, gera
oportunidade de realizar arbitragem com essa distorção.

Quando a volatilidade implícita está muito alta, é um indício de que os operadores estão esperando grande variação (muitas vezes
pânico – EX: indicador VIX na NYSE). A volatilidade costuma subir rápido (especialmente quando o mercado afunda) e cair devagar
(geralmente quando o mercado sobe).

VOLATILIDADE HISTÓRICA: se utiliza da variação do passado e serve de parâmetro para interpretação da volatilidade implícita (a
implícita é mais sensível e a histórica costuma ser mais lenta).

IMPORTANTE: deve-se utilizar a volatilidade implícita para o cálculo das operações. De todas as volatilidades implícitas, a mais
representativa é a da opção ATM.

IV RANK: é o percentual da VI em relação à volatilidade mínima e máxima do último ano (EX: acima de 50% estaria alta e abaixo de
50% estaria baixa).
PATAMARES DE VOLATILIDADE
5% a 10% Vol. Baixa Ideal para OPERAÇÕES DIRECIONAIS e para DELTA HEDGE pois proporcionam bom ganho
com o GAMMA (operações baratas de explosão //operações de compra de volatilidade).
10% a 20% Vol. Baixa Não são tão recomendadas para estratégias perpétuas com THETA (EX: TCH), pois as
rolagens não são tão boas e só engloba variações sobre o strike de 2%.
Faixa mais perigosa para estratégias com THETA, pois as operações custam mais caro e
não há garantia de que haverá explosão na vol, podendo gerar prejuízo com sua queda
em função do VEGA alto (Faixa de imponderabilidade). OPERAÇÕES DIRECIONAIS podem
20% a 30% Vol. Intermediária
ser interessantes (EX: set up de retorno à média). Não são tão recomendadas para
estratégias perpétuas com THETA (EX: TCH), pois as rolagens não são tão boas e só
engloba variações sobre o strike de 4%.
Faixa boa para estratégias com THETA em países com juros altos/médios (EX: TCH
30% a 50% Vol. Intermediária
mensal). Rolagens englobam variações sobre o strike de 6%.
50% a 80% Vol. Intermediária Idem acima.
Faixa boa para estratégias perpétuas com THETA permitindo rolagens com variações de
80% a 100% Vol. Alta
até -30% a 40% sobre o strike, podendo inclusive fazer rolagens de 2/3 meses.
Acima de 100% Vol. muito alta Também garante boas rolagens em estratégias perpétuas com THETA.

OBS: Quanto menor a volatilidade, melhor a realização de operações direcionais, pois mais barato o prêmio da opção. Quanto maior
a volatilidade, melhor para operações que explorem estratégias perpétuas com THETA, pois permitem montagens baratas com boas
rolagens, inclusive englobando variações maiores em relação ao strike.

AÇÕES - via de regra, há aumento da volatilidade quando as cotações caem;

COMMODITIES - via de regra, há aumento da volatilidade quando as cotações sobem.


COMPRA DE UMA OPÇÃO A SECO
Trabalha-se com o DELTA e o GAMMA a favor.

EX: PETR4 a R$ 14,30

CALL ITM com Strike a R$ 13,62, com prêmio a R$ 1,61.

1000 Opções: R$ 1610,00 [que é o prejuízo máximo ao virar pó (o stop é automático) – se comprasse 100 ações, teria que desembolsar
R$ 14.300,00].

PONTO DE EQUILÍBRIO: R$ 13,62 (strike) + R$ 1,61 (prêmio) = 15,23 [acima dá lucro (ilimitado), abaixo dá prejuízo limitado ao
investimento realizado].

DESVANTAGENS: o ponto de equilíbrio é mais alto, a opção perde valor no tempo (o Theta é negativo)

OBS: muito interessante em casos de aceleração do ativo base, tais como retorno à média, sobrecomprado/sobrevendido, BB,
rompimentos e tendências (análise técnica).

INÍCIO (1ª e 2ª semanas) MEIO (3ª semana) FINAL (4ª semana)


ITM acima de R$ 1,50 entre R$ 1,00 e R$ 1,50 entre R$ 0,50 e R$ 1,00
ATM acima de R$ 1,00 entre R$ 0,50 e R$ 1,00 entre R$ 0,20 e R$ 0,50
OTM acima de R$ 0,50 entre R$ 0,20 e R$ 0,50 entre R$ 0,10 e R$ 0,20

IMPORTANTE:

(I) Dar preferência do meio para o final do exercício, principalmente última semana quando estão mais baratas (THETA baixo) e uma
chance proporcional de ganho percentual maior;

(II) Dependendo do seu alvo, as vantagens encontram-se nas ATM e OTM (mas OTM nas duas primeiras semanas somente para
movimentos explosivos do ativo base, pois perdem valor muito rápido por causa do THETA);

(III) Tentar identificar operações de velocidade.


OBS: No dia do vencimento, a opção só tem valor se estiver ITM.

EX: PETR 4 a R$ 14,00 no dia do vencimento, a Call A13 vai ter o preço de R$ 1,00 no dia do vencimento, pois esse preço é determinado
pela diferença entre o strike ITM e o preço da ação. [a Call A14 (strike 14,00), e todas com strike acima, virarão pó].

Uma opção R$ 1,00 dentro do dinheiro (ITM) sempre vai custar no mínimo R$ 1,00, pois ela tem R$ 1,00 de VI, mas pode custar mais
por causa do VE (prêmio = VI + VE) a depender de quantos dias faltem para o vencimento. E assim sucessivamente.
OPERAÇÕES ESTRUTURADAS
São operações que combinam opções com opções ou ações com opções, que potencializam os ganhos ou minimizam o risco e (para
o professor Su) devem ter o fator tempo a favor (tempo esse que é finito, sobretudo para as opções, que têm vencimento, daí a
importância de montar operações que o tempo corra a favor).

TEMPO CRONOLÓGICO E KAYROLÓGICO (em operações estruturadas com opções)

Tempo Cronológico – é caracterizado pelo instante, pelo momento. O momento seguinte procede o momento anterior. É o olhar
momento a momento de um fenômeno.

Tempo Kayrológico – é caracterizado pelo todo. É o olhar do fenômeno como um todo. Isso é muito importante no investimento com
opções por meio de operações estruturadas, pois é muito importante aguardar o tempo de maturação da operação e não ficar olhando
a todo o momento o andamento das coisas.
TRAVA DE ALTA (com CALL)
Deve-se aguardar uma correção da alta (3 a 4 dias de baixa – equivalente a uma queda entre 5% e 7%).

Útil para reduzir o custo de investimento em opções quando a análise indica que o preço do ativo vai subir, tendo em vista que a
compra de uma CALL a seco seria bem mais cara, pois, como a possibilidade de lucro é infinita, você estará pagando por essa
possibilidade, que é muito difícil de acontecer.

Assim, ao travar a possibilidade de lucro infinito, reduz-se o investimento a ser realizado e ainda dá um retorno superior em relação
a própria compra da CALL a seco.

Desse modo, compra-se uma certa quantidade de um CALL ATM (strike menor), mais cara, e vende-se a mesma quantidade de uma
CALL OTM no alvo almejado (strike maior), mais barata.

EX: PETR4 cotada a R$ 9,29, com 17 dias úteis para o vencimento e Volatilidade a 70% aa.

(i) Opções bem dentro do dinheiro:


C PETR E7 – Strike 7,00 – R$ 2,45
V PETR E8 – Strike 8,00 – R$ 1,64
Custo da Trava: R$ 0,81
Ponto de Equilíbrio: R$ 7,81 (abaixo desse valor começa a perder dinheiro, pois R$ 7,00 é o strike da opção que foi comprada mais R$
0,81, que é o valor da montagem da trava – acima, recupera o valor da montagem e tem ganho).
→ Se o papel permanecer acima de R$ 8,00, recebe no exercício R$ 1,00 (Lucro R$ 0,19 – retorno de 23,46%).
(ii) Opções não tão dentro do dinheiro:
C PETR E90 – Strike 9,00 – R$ 0,99
V PETR E92 – Strike 9,20 – R$ 0,88
Custo da Trava: R$ 0,11
Ponto de Equilíbrio: R$ 9,11 (abaixo desse valor começa a perder dinheiro, pois R$ 9,00 é o strike da opção que foi comprada mais R$
0,11, que é o valor da montagem da trava – acima, recupera o valor da montagem e tem ganho).
→ Se o pape permanecer acima de R$ 9,20, recebe no exercício R$ 0,20 (Lucro R$ 0,09 – retorno de 81,00%).

(iii) Opções levemente fora do dinheiro:


C PETR E92 – Strike 9,20 – R$ 0,88
V PETR E46 – Strike 10,00 – R$ 0,57
Custo da Trava: R$ 0,31
Ponto de Equilíbrio: R$ 9,51 (abaixo desse valor começa a perder dinheiro, pois R$ 9,20 é o strike da opção que foi comprada mais R$
0,31, que é o valor da montagem da trava – acima, recupera o valor da montagem e tem ganho).
→ Se o pape permanecer acima de R$ 10,00, recebe no exercício R$ 0,80 (Lucro R$ 0,49 – retorno de 158%).

(iv) Opções fora do dinheiro:


C PETR E46 – Strike 10,00 – R$ 0,57
V PETR E48 – Strike 10,50 – R$ 0,42
Custo da Trava: R$ 0,15
Ponto de Equilíbrio: R$ 10,15 (abaixo desse valor começa a perder dinheiro, pois R$ 10,15 é o strike da opção que foi comprada mais
R$0,15, que é o valor da montagem da trava – acima, recupera o valor da montagem e tem ganho).
→ Se o pape permanecer acima de R$ 10,50, recebe no exercício R$ 0,50 (Lucro R$ 0,35 – retorno de 233%).

TRAVA DE ALTA EXPLOSIVA: travas de alta dentro do dinheiro são muito caras e a rentabilidade não é tão abundante. Quanto mais
distante o strike (mais OTM e com spread de R$ 1,00), menos custará a trava e, consequentemente, maior será o lucro, mas há risco
da trava virar pó, pois o THETA exercerá forte influência negativa. Assim, o timing é muito importante e não se deve entrar numa
trava explosiva no topo (ou na máxima histórica), tendo em vista o alto risco de uma correção, nem com o ativo parado (congestão,
lateralização) ou com 12 dias ou menos para o vencimento (THETA em forte desfavor – pode-se montar para o vencimento seguinte
e se já estiver montado deve desmontar nesse limite temporal). Por outro lado, deve-se preferir a montagem depois de correções
(dificilmente duram mais que 4/5 pregões), de grandes quedas, portanto, deve-se aguardar uma correção da alta (3 a 4 dias de baixa
– equivalente a uma queda entre 5% e 7%).
Existe um cálculo muito interessando para que saibamos quanto o ativo base tem de subir para que a trava se mantenha com o mesmo
valor (a variação ocasionada pelo DELTA para compensar a perda causada pelo THETA):

Preço do Stirke da Opção compara - Preço atual do ativo base = valor que o ativo base precisa subir para que a trava não perca valor
Nº de dias úteis para o vencimento

EX: PERT4 R$ 25,50 e Trava de alta [(c) A27 e (v) A28 com custo de R$ 0,15]

27 – 25,50 = 0,075 (nesse caso arrendondaremos para R$ 0,8)


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OPARACIONAL:

1) Aguardar correção da tendência de alta (cair 3 a 4 dias – 5% a 7%);


2) montar estrutura com diferença de R$ 1,00 entre os strikes e custo baixo (< 0,10);
3) determinar um stop;
TRAVA DE BAIXA (com CALL)
Útil quando se espera a baixa do ativo base. Trata-se de uma estratégia de venda de volatilidade.

Inversamente à Trava de Alta, utiliza-se essa estratégia como financiamento, pois, ao invés de pôr dinheiro, recebe-se dinheiro (por
isso alguns chama de reversão). Desse modo, vende-se uma certa quantidade de uma CALL ATM (strike maior), mais cara, e compra-
se a mesma quantidade de uma CALL OTM no alvo almejado (strike menor), mais barata, que vai servir de garantia para a CALL
comprada (proteção).

Sendo a trava bem ATM pode-se ganhar dinheiro até com leves altas, desde que não ultrapasse o strike da opção comprada (barata).

Essa trava só deve ser utilizada quando há hipótese de perda de suporte relevante, mas, por outro lado, conta com a queda do THETA
a seu favor.

OBS: A escolha do par de CALLs é feita de acordo com a expectativa. Essa trava é muito útil no lugar de um lançamento coberto
principalmente se o mercado já teve uma queda e não se sabe se haverá rápida recuperação (espera que fique parado ou caia mais).

EX: PETR4 cotada a R$ 9,29, com 17 dias úteis para o vencimento e Volatilidade a 70% aa.

(i) Opções dentro do dinheiro:


V PETR E7 – Strike 7,00 – R$ 2,45
C PETR E8 – Strike 8,00 – R$ 1,64
Crédito da Trava: R$ - 0,81 (recebe dinheiro)
Ponto de Equilíbrio: R$ 7,81 (acima desse valor começa a perder dinheiro, pois R$ 7,00 é o strike da opção que foi vendida mais R$
0,81, que é o valor da montagem da trava – abaixo, mantém o valor recebido na montagem e tem ganho).
→ Se o papel permanecer abaixo de R$ 7,00, as opções viram pó e há ganho de R$ 0,81 [como o risco máximo é de R$ 0,19 (papel
subindo acima de R$ 8,00, perderia R$ 1,00 – os R$ 0,81 recebidos), o retorno é de 305,9%].

(ii) Opções fora do dinheiro:


V PETR E46 – Strike 10,00 – R$ 0,57
C PETR E48 – Strike 10,50 – R$ 0,42
Crédito da Trava: R$ - 0,15 (recebe dinheiro)
Ponto de Equilíbrio: R$ 10,15 (acima desse valor começa a perder dinheiro, pois R$ 10,00 é o strike da opção que foi vendida mais R$
0,15, que é o valor da montagem da trava – abaixo, mantém o valor recebido na montagem e tem ganho).
→ Se o papel permanecer abaixo de R$ 10,00, as opções viram pó e há ganho de R$ 0,15 [como o risco máximo é de R$ 0,35 (papel
subindo acima de R$ 10,50, perderia R$ 0,50 – os R$ 0,15 recebidos), o retorno é de 42,85%].

(iii) Opções bem fora do dinheiro:


V PETR E48 – Strike 10,50 – R$ 0,42
C PETR E48 – Strike 11,00 – R$ 0,33
Crédito da Trava: R$ - 0,09 (recebe dinheiro)
Ponto de Equilíbrio: R$ 10,59 (acima desse valor começa a perder dinheiro, pois R$ 10,50 é o strike da opção que foi vendida mais R$
0,11, que é o valor da montagem da trava – abaixo, mantém o valor recebido na montagem e tem ganho).
→ Se o papel permanecer abaixo de R$ 10,50, as opções viram pó e há ganho de R$ 0,09 [como o risco máximo é de R$ 0,41 (papel
subindo acima de R$ 11,00, perderia R$ 0,50 – os R$ 0,09 recebidos), o retorno é de 21,95%].

TRAVA DE BAIXA (com PUT)


Deve-se aguardar uma correção da baixa (3 a 4 dias de baixa – equivalente a uma queda entre 5% e 7%).

Útil quando se espera a baixa do ativo base.

Neste caso, investe-se dinheiro para sua montagem. Desse modo, compra-se uma certa quantidade de uma PUT ATM (strike maior),
mais cara, e vende-se a mesma quantidade de uma PUT OTM no alvo almejado (strike menor), mais barata.

A grande vantagem seria reduzir o custo de uma operação com o intuito de lucrar com a baixa do ativo base.

OBS: pode usar aqui os mesmos fundamentos e montar uma trava de baixa explosiva.
STRADDLE e STRANGLE
STRADDLE: é uma compra de volatilidade tradicional. Compra-se CALL e PUT ao mesmo tempo, ATM.

STRANGLE: é uma compra de volatilidade tradicional. Compra-se CALL e PUT ao mesmo tempo, OTM ou pozinho (montagem mais
barata, mas exige uma movimentação maior do ativo base).

GUTS: é uma compra de volatilidade tradicional. Compra-se CALL e PUT ao mesmo tempo, ITM.

Estratégia de direção neutra, por meio da qual espera-se em grande movimentação em uma das direções (explosão), em especial,
decorrente de uma acumulação que ocasiona queda da volatilidade (EX: BB fechando, evento econômico para acontecer, próximo de
divulgação de balanço etc). O THETA aqui opera em desfavor (mais ainda no Straddle, que trabalha ATM), enquanto que operam a
favor o VEGA e o GAMMA (pois a opção que valorizar, vai fazê-lo mais do que a desvalorização do lado oposto).

OBS: os papéis têm características de volatilidade implícita próprias, a análise deve ser individualizada (EX: 35% de volatilidade pode
ser alta para AMBEV e baixa para PETROBRÁS), por isso é importante observar esse histórico de volatilidade implícita.
É possível fazer de uma maneira diversa: faz-se com quantidades diferentes, seja adquirindo-se mais CALLs (Strape), esperando mais
uma alta, ou mais PUTs (Strips), confiando mais numa queda.
Pode-se montar essa estratégia tanto com vencimentos curtos ou mais longos, aposta-se mais no GAMMA (mas o THETA também
será bastante sensível). As mais longas (mais de 20 dias), terá GAMMA e THETA menos sensíveis e o VEGA mais sensível. Do lado que
valorizar, o acréscimo DELTA, GAMMA e VEGA tendem a impulsionar o preço da opção, enquanto que do lado que desvalorizar, DELTA,
GAMMA tendem a decrescer, “freando” a desvalorização do preço da opção. Quanto menor a VI, mais longo deve ser feito o straddle.

POLIFACE: estratégia holística, ou seja, que leva em consideração todas as características que compõem uma opção coletivamente
consideradas. Assim, há duas estruturas: (i) cashcall: venda de volatilidade (os ratios), que propicia um retorno mais constante e mais
baixo (como se fosse uma renda fixa turbinada) e (ii) compra de volatilidade: levando em consideração a multidirecionalidade do
mercado de opções, a volatilidade e o tempo são muito importantes para o trade com straddle (EX: comprando muito tempo e
volatilidade alta certamente condenará a operação). A simples observação do preço do papel não nos permite avaliar a volatilidade
implícita, que é o principal componente do VE de uma opção, sendo o VEGA importante nessa equação. Outra variável importante no
straddle é o THETA, pois ao montar essa estrutura, estar-se-á comprando duas vezes a volatilidade e duas vezes o tempo. Ao se montar
um straddle deve buscar um equilíbrio entre as duas pontas, especialmente equilibrando o DELTA comprando mais opções na perna
com DELTA menor.

OBS: Não seria recomendado manter straddle durante o último mês para o vencimento, tendo em vista que, como o THETA opera
dobrado em desfavor, é nesse período que a estrutura desidrataria com mais intensidade, sendo recomendável, então, a montagem
de straddle com vencimentos mais longos, com rolagem ou desmontagem com antecedência (EX: 60 ou 50 dias antes do vencimento
até o último dia antes de entrar no mês do vencimento).

OBS: Então, se quiser aproveitar somente o aumento do VEGA (da volatilidade), monta-se stradlles com vencimentos longos; se quiser
aproveitar a volatilidade e o deslocamento lateral de preço, monta-se straddles com vencimentos intermediários; se quiser aproveitar
somente o deslocamento de preço, monta-se straddles com vencimentos curtos para investir no aumento do DELTA e do GAMMA da
perna que vai valorizar (é possível até na sexta anterior ao vencimento, que o GAMMA fica muito alto).

VALE/PETR: nessa estratégia, a venda das opções é feita bem antes do vencimento, com ambas ainda tendo VE, ou seja, ainda tendo
valor, mesmo aquela que ficou fora do dinheiro em função do ativo base ter isso para o outro lado, desse modo, devem ser opções
que ostentem muita liquidez e, no mercado brasileiro, somente VALE e PETR vão fornecer essa liquidez tão antes do vencimento.

PADRÕES GRÁFICOS: retângulos, bandeiras, flâmulas e, principalmente, triângulos // EVENTOS: divulgação de balanços e outros
eventos relativos à empresa, políticos ou econômicos etc.

OBS: Sugere-se ir entrando aos poucos, pois não se sabe quando a volatilidade irá expandir e, enquanto isso não acontecer, tanto o
THETA quanto a queda na volatilidade vão fazer as opções desvalorizar. Cabendo, inclusive, fazer rolagem da posição, se for o caso.
BORBOLETA (Butterfly)
Indicada quando o investidor almeja acertar o valor específico do ativo base. É uma estratégia de venda de volatilidade, quando se
espera que o mercado permaneça estável e que não ocorram grandes oscilações.

Essa operação tem por característica ser lucrativa quando o preço do ativo objeto permanece na faixa dos strikes utilizados para
montar a estrutura e deixa de dar lucro quando o preço do ativo se afasta desses strikes (para cima ou para baixo) e trabalha com o
THETA a seu favor, ou seja, quanto mais passar o tempo e o preço do ativo base permanecer dentro da faixa de preço previsto na
estrutura, mais a borboleta vai se valorizar (THETA a favor, GAMMA e VEGA em desfavor).

FORMAÇÃO REGRA: compra-se uma certa quantidade de uma CALL ATM (ou mais cara e mais dentro do dinheiro) e vende-se o dobro
dessa quantidade de uma CALL OTM no alvo almejado (ou com preço “intermediário) e compra-se a mesma quantidade inicial de
CALL mais OTM (ou mais barata). Contudo, essa estrutura deve ser simétrica, ou seja, o valor das CALLS deve ser equidistante entre
as pontas compradas e vendidas (é a junção de duas travas: uma trava e alta com CALL e uma trava de baixa com CALL).

MOMENTO ADEQUADO: muito útil após quedas acentuadas com elevação da volatilidade.

DICA OPERACIONAL: o ideal é que haja uma distância de 5,5% a 7% entre as pernas comprada e a perna vendida (o centro), levando-
se em consideração para o cálculo o valor do strike da perna vendida.

EX: PETR4 a R$ 14,00


(c) A13 (strike 13,00) = prêmio 1,50
(v) 2x A14 (strike 14,00) = prêmio 0,90
(c) A15 (strike 15,00) = prêmio 0,50
A montagem da estrutura custou R$ 0,20. Se, no dia do vencimento o papel estiver:

(i) menor ou igual a R$ 13,00: a borboleta vira pó;


(ii) em R$ 13,00: recebe 0,50.
(iii) em R$ 14,00: recebe 1,00
(iv) em R$ 14,50: recebe 0,50
(v) em R$ 15,00 ou mais: a borboleta vira pó.

OBS: (i) escolher os pares de acordo com a expectativa de preço futuro do papel; (ii) montar as travas que não sejam tão longas a
ponto de prejudicar a liquidez e deixar o spread pouco sensível a movimentos direcionais; (iii) jamais carregar posições para a semana
do vencimento; (iv) recomenda-se realização parcial [a melhor hipótese, então, seria a montagem bem longe do strike e do
vencimento, com a volatilidade alta, para que o ativo ande na direção desejada, com a redução da volatilidade e o passar do tempo
valorizem a estrutura].

OBS: quanto mais próximo o preço do ativo base estiver do miolo, mais caro custará a borboleta e menos retorno dará e quanto
menos tempo faltar para o vencimento e mais próxima do miolo mais probabilidade de lucro a estrutura gerará (e mais caro custará).

OBS: quanto mais alta a volatilidade, mais barato custará a montagem da borboleta (quanto mais fora do dinheiro mais barata será a
montagem e quanto mais no dinheiro mais cara).

OBS: a desvantagem da borboleta em relação às travas de alta com Calls é que se o papel sofrer uma explosão para cima a estrutura
vira pó, enquanto que a trava de alta preserva o ganho máximo.

OBS: estudos demonstram que é possível alcançar 80% do ganho máximo da estrutura, pois estando no miolo, aconselha-se a
desmontagem. Não é aconselhável esperar o dia do vencimento e somente nesse dia, nos minutos finais de negociação, seria possível
se extrair o ganho máximo.

OBS: se o papel ficar parado, dentro do range da estrutura, como o THETA atua favoravelmente nesse caso, dá lucro, pois a ponta
vendida desvaloriza e está dobrada.

IMPORTANTE: o INVERSO também pode ser feito com a venda das opções nas pontas e a compra dobrada da opção do meio - será
caso de COMPRA DE VOLATILIDADE – inversamente, no miolo dá prejuízo e o lucro é limitado nas “asas” (alguns chamam de condor).

BORBOLETAS ASSIMÉTRICAS: uma das asas vai ser mais comprida e a outra mais curta, aumentando a amplitude da asa mais comprida
ou aberta por meio da assimetria nas quantidades e na distância entre os strikes (EX: 1-3-2 // 14 – 17 – 18,50). Muito útil para
mercados mais direcionais com pernas mais fora do dinheiro.
A assimetria também pode se dar apenas nas quantidades com a mesma distância entre os strikes, mantendo a distância simétrica
entre os strikes (2-3-1 – segunda asa pequena), de forma que o tamanho das asas fique diferente com redução/eliminação na
expectativa de prejuízo também, ou mesmo recebendo dinheiro na montagem, apostando na queda do papel (1-3-2 – primeira asa
pequena)
EX: Ativo cotado a R$ 13,08 e preço alvo a R$ 15,00 (investimento R$ 1.308,00).
CALL com strike a 14,00 = R$ 0,32 (será comprada)
CALL com strike a 15,00 = R$ 0,16 (será vendida) – 2x
CALL com strike a 16,00 = R$ 0,08 (será comprada)

Custo da Estrutura: R$ 0,08 (é o lucro que se deixa de ganhar, ao abrir mão do custo do custo infinito // // QUANTO MAIOR É O SPREAD
MAIS CARA FICA PARA SER MONTADA A ESTRUTURA).
→ R$ 1.308,00 ÷ 0,086 = 16350 lotes da BORBOLETA (comprará 16350 lotes da CALL 14,00 e venderá 32700 lotes da CALL 15,00 e
comprará 16350 lotes da CALL 16,00).
Atingido o objetivo: o lucro se dará na diferença entre os strikes das CALLS ATM compradas e as CALLS OTM vendidas ( = 15,00 – 14,00
= 1,00 x 16350 = R$ 16.350,00).
Lucro Final: de R$ 15.042,00 ou 1150% (R$ 16.350,00 – 1.308,00).

OBS: a borboleta par, se estiver exatamente no centro, 55% da asa no dia do vencimento (só vai pagar 100$ da asa no último minuto
do dia do vencimento – o que é quase impossível de executar).

BORBOLETA EXPLOSIVA: o timing é muito relevante para o sucesso dessa estrutura, pois a borboleta é uma estratégia de intervalo e
de tempo. Assim, a depender da volatilidade do papel, quanto mais próximo do vencimento mais rentável estará a borboleta caso o
preço esteja no alvo. Desse modo, as borboletas OTM (com asas de R$ 1,00 e valor de montagem de poucos centavos) são muito
explosivas se preço começa a se aproximar da primeira asa (do contrário pode virar pó).

MOMENTO ADEQUADO: muito útil após quedas acentuadas com elevação da volatilidade.
DICA OPERACIONAL: o ideal é que haja uma distância de 5,5% a 7% entre as pernas comprada e a perna vendida (o centro), levando-
se em consideração para o cálculo o valor do strike da perna vendida (EX: PETR a R$ 29,00 – asas de R$ 2,00).

Asas de R$ 1,00 – custo entre R$ 0,03 a 0,05;


Asas de R$ 2,00 – custo entre R$ 0,10 a 0,11;
CONDOR (Bull Spread, mesa)
Indicada quando o investidor almeja acertar um intervalo de preços do ativo base. Trata-se de uma venda de volatilidade.

Assim, essa estrutura permite reduzir o investimento e alavancar o retorno, desde que se acerte o valor alvo, reduzindo o risco
somente ao montante empregado para montar a estrutura.

Consiste numa trava de alta com uma trava de baixa com Calls, sendo que há um espaçamento entre as pontas vendidas das travas
(bastando desarmar a trava de alta).

Desse modo, compra-se uma certa quantidade de uma CALL ATM, vende-se a mesma quantidade de uma CALL OTM no início do
intervalo almejado, vende-se a mesma quantidade de outra CALL OTM no final do intervalo almejado e compra-se a mesma
quantidade inicial de CALL mais OTM. Contudo, essa estrutura deve ser simétrica, ou seja, o valor das CALLS deve ser equidistante
entre as pontas compradas e vendidas.

EX: Ativo cotado a R$ 13,08 e preço alvo no intervalo entre R$ 15,00 e 16,00 (investimento R$ 1.308,00).
CALL com strike a 14,00 = R$ 0,32 (será comprada)
CALL com strike a 15,00 = R$ 0,16 (será vendida)
CALL com strike a 16,00 = R$ 0,08 (será vendida)
CALL com strike a 17,00 = R$ 0,02 (será comprada)

Custo da Estrutura: R$ 0,10 (é o lucro que se deixa de ganhar, ao abrir mão do custo do custo infinito // // QUANTO MAIOR É O
SPREAD MAIS CARA FICA PARA SER MONTADA A ESTRUTURA).
→ R$ 1.308,00 ÷ 0,10 = 13080 lotes do CONDOR (comprará 13080 de cada CALL comprada ou vendida).
Atingido o objetivo: 13080 – 1308 = 11,772,00.
Lucro: 900%.

OBS: O interessante é que o preço do ativo fique entre a primeira e a segunda ponta no dia do vencimento, pois assim as opções das
outras pontas virariam pó.

OBS: a vantagem dessa estrutura sobre a borboleta é que na borboleta exige-se que o preço esteja num ponto específico, no dia do
vencimento, para dar ganho máximo (e a diferença para montagem de ambas não é significativa, principalmente se o papel tiver uma
volatilidade alta, se for significativa a diferença, pode-se fazer a borboleta).
SEAGULL
Útil para as seguintes situações: você quer entrar na bolsa, mas a bolsa já subiu bastante e você não quer comprar a ação, mas você
acredita que uma realização não vai ser muito grande e depois continua a subir (ou nem corrige).

Nesse caso, faz-se uma trava de alta ATM com Calls e vende-se uma Put, na mesma quantidade, num strike que se aceite comprar o
papel em caso de queda, de forma que não se gaste nada para montar a estrutura (ou seja, a PuT tem deve ter o mesmo valor da
trava de alta).

EX: PETR4 a R$ 22,00


(c)Petr A23 = 0,70
(v)Petr A24 = 0,40
(v)Petr M19 = 0,30 (vende no strike que se aceite comprar o papel em caso de queda)

No exemplo, se cair abaixo de 19,00, você é exercido e compra a ação a 19,00; se, por outro lado, o papel ficar entre R$ 23 e 24, é
como se estivesse com a ação, o ganho será idêntico; e, por fim, subir acima de 24, você ganha 1,00 (pois a Put vendida vira pó).
OBS: pode-se espaçar mais a Put vendida, o risco vai diminuir, mas a estrutura terá um custo de montagem.

OBS: é interessante notar que se a ação cair um determinado patamar, a Seagull protege o investidor (no exemplo acima, se cair até
19).

OBS: o gráfico da Seagull e da Fence são muito parecidos, a diferença é que a Fence é uma estrutura de proteção e pressupõe já se
ter o papel.
TRAVA CALENDÁRIO HORIZONTAL
(Calendar Spread ou Trava Horizontal de Linha)
É um misto de compra e de venda de volatilidade (o saldo acaba sendo uma compra de volatilidade em função da opção longa).

Vende-se uma CALL com vencimento mais curto e compra-se uma CALL com vencimento mais longo (vencimento seguinte, mas o
ideal seria a diferença de dois vencimentos entre a curta e a longa – Nos EUA talvez três), ambas com o mesmo strike ATM (ou
levemente OTM) e mesma quantidade [(EX: ativo base a R$ 26,72 e as CALLs com strike a 28,92 – a vendida sempre vai ser mais
barata), pode ser strike bem próximo também]. Assim, paga-se para montar essa estrutura, sendo o objetivo aguardar que o spread
aumente para desmontar a estrutura.

A mais longa tem mais VEGA e menos THETA (tem mais VE) e a mais curta tem mais GAMMA e THETA e menos VEGA. Com o tempo
passando e o mercado não disparar, a corrosão da opção vendida (vencimento mais curto) é maior e vai gerar o ganho (VEGA e THETA
a favor). Pode ser carregado até o vencimento da CALL curta (o ideal é que a perna vendida vire pó e lucremos o valor da perna
comprada). Por isso essa estratégia é mais recomendada para mercado em consolidação.

→ 8ª dia antes do vencimento: o preço da opção do exercício em andamento com strike na linha do papel é um parâmetro para o
preço razoável da montagem da TCH para o exercício seguinte (se o papel não estiver em preço exato, fazer uma média das opções
com strike imediatamente acima e abaixo).
→ 19/20º dia: (ou seja, na quinta/sexta-feira anterior ao vencimento anterior) o preço da opção do exercício em andamento com
strike na linha do papel é um parâmetro para o preço razoável de saída da TCH para o exercício seguinte.

O ideal é que o ativo fique consolidado ou mesmo que apresente altas/baixas contidas. Pode ser interessante também se o ativo subir
e depois cair, pois gera aumento de volatilidade implícita, aumentando o spread.

Se o ativo base cair muito há perda, pois o preço das duas CALLs vai cair (a CALL vendida vira pó e o da comprada também cairia,
diminuindo o spread pago). Se subir muito também é prejudicial.

Cuidado! Como é uma compra de volatilidade, há um risco quando se monta essa estrutura com a volatilidade implícita muito alta (e
a perna comprada muito longa), pois quanto mais longa a CALL, mais VEGA terá, e será prejudicial essa queda na volatilidade,
reduzindo o spread dando prejuízo (o preço da longa cairá mais rápido que a CALL curta).
OBS: devido ao Efeito Hole, se as opções utilizadas para a estrutura foram de meses contíguos, é interessante desmontar/rolar a
estrutura até a terça-feira anterior ao vencimento da opção curta, para evitar a desvalorização do valor da opção longa (efeito hole
primário).

OBS: Normalmente essa estrutura costuma dar lucro se o preço do ativo estiver dentro de um range de 6% do strike montado (ou
seja, 6% para cima ou para baixo). Se fugir desse range, deve-se estudar a possibilidade de desmontar a estrutura e montar outra.
TRAVA CALENDÁRIO HORIZONTAL TURBINADA
É um TCH ATM em conjunto com um Straddle com opções longas ATM. Só que a CALL comprada longa da TCH é comprada a mais
que a CALL vendida curta e a diferença compra-se PUT longa no mesmo strike da CALL comprada longa. Muito útil para momentos
de acumulação e/ou de volatilidade implícita baixa.

Nessa estratégia, pode-se neutraliza-se o THETA ou mantê-lo positivo, sendo o GAMMA e VEGA positivos.

Essa estratégia permite obter ganho se o mercado continuar parado (se a diferença de opções da TCH não for muito grande), ou
neutralizar o THETA (diferença de opções da TCH um pouco maior), ou se houver uma explosão (para cima ou para baixo).
HEDGE ASSIMÉTRICO
Inicialmente essa estratégia foi criada para proteger uma posição. Posteriormente passou a ser usada como uma estratégia de compra
de volatilidade com THETA a favor, por meio da qual vende-se num strike mais próximo CALLs curtas (exercício mais próximo) numa
proporção menor que as CALLs longas (exercício posterior), que serão compradas num strike mais distante, com os DELTAs (B&S)
zerados.

Trata-se de uma estratégia mais direcional que o calendário, mas permite ganho ilimitado. Se a volatilidade cair muito a estratégia
sofre ou se o preço cair bastante também (abaixo do strike da CALL vendida).

Essa diferença de quantidade é determinada pelo DELTA, mas para um cenário ATM ou levemente OTM indica-se uma proporção:

EX: Ativo base a R$ 22,00 15/16/17/18: proporção 1 – 1,5


19/20/21/22: proporção 1 – 1,4
23/24/25/26: proporção 1 – 1,3

TIMING: funciona bem depois que o ativo objeto fica parado 3/4 dias quando a opção longa perde muito valor com a queda da
volatilidade , barateando a estrutura.

ESTRUTURA: a distância de 1,00 1,50 ou 2,00 entre a opção curta e a longa depende do valor do ativo objeto. Em geral o DELTA do
B&S é uma referência de parametrização . Tem que sair barato, perto de ZCC (Zero Cost Call).
TRANSLOCAÇÃO (turbina a estratégia): se o ativo começar a subir dando um bom lucro, ultrapassando o pico da primeira curva
convexa, pode-se zerar entre 30 e 40% e com o lucro montar outra estrutura mais acima, que ainda não tenha ultrapassado o pico da
primeira curva convexa.

EX: Ativo base a R$ 22,00 (v) 10k da A25 e (c) 13k da A26
Depois → (v) 10k da A26 e (c) 13k da A27 (pode continuar fazendo se continuar subindo)
RATIO SPREAD (com CALL)
Operação de venda de volatilidade, onde o THETA atua a nosso favor (e vendido no GAMMA e no VEGA). Compra-se CALL mais cara
(talvez ATM, mas também OTM) e vende-se uma quantidade maior (EX: 1-2) de CALL mais barata (bem OTM).

Pode-se tanto gastar ou receber alguns centavos na montagem dessa estrutura. Mas geralmente é bem barata a montagem (poucos
centavos tipo 0,01 ou 0,02), caso pague, especialmente com opções com vencimentos longos (pois está operando com o VEGA
vendido, que é maior quanto mais longo é o vencimento).

Se o ativo base subir (de preferência devagar), valoriza rápido a CALL comprada, mas não a vendida, dando tempo de desmontar a
operação com bom lucro. Se cair, a estrutura vira pó e se subir demais, pode dar prejuízo (que é ilimitado), por isso a importância de
desmontar no momento certo.

Na medida em que o tempo passar, e o ativo base subir lentamente, será perceptível a relação das gregas vai mudar, ficando menos
importante/menor o VEGA, e mais importantes/maiores o GAMMA e o THETA e é nesse momento que a estratégia começa a se
valorizar.

Não se deve montar próximo à (ou na) semana do vencimento, porque vai ficar vendido em GAMMA e nesse período ele fica muito
sensível e explosivo).

OBS: a relação entre GAMMA e VEGA é muito importante e favorece essa estratégia, pois, à medida em que o mercado sobre
lentamente, há queda da volatilidade, fazendo com que a estrutura se valorize com base no VEGA, que é mais sensível no início e a
queda no GAMMA não é tão relevante, porque ele estará ainda pouco sensível e, por outro lado, passando o tempo e aumentando a
volatilidade o VEGA fica menos sensível e o GAMMA fica mais sensível, podendo valorizá-la.
No exemplo acima, a partir de 14,50 começa a dar lucro, sendo o ponto máximo de lucro a R$ 16,50.

Mas é possível incluir alguma proteção para impedir a possibilidade prejuízo infinito, por exemplo, comprando pozinho mais fora do
dinheiro (montando, mais ou menos, uma borboleta bem assimétrica), ou mesmo marcar um STOP seja com base no preço do ativo
ou no preço de desmontagem da estrutura.
INVERSE RATIO SPREAD (com CALL)
É o inverso do ratio spread. Compra-se numa quantidade maior uma opção mais barata e vende-se numa quantidade menor uma
opção mais cara (1,5-1, 2-1, 3-1 etc).

Por ser uma compra de volatilidade, aposta-se numa subida do DELTA, GAMMA e do VEGA, mas o THETA opera em desfavor. É uma
estratégia útil para explosões de mercado, de rápida subida (momentos de volatilidade extremamente baixa e de eventos). O ideal é
que seja montado com vencimento curto. É uma alternativa ao stradle.

Exige margem, pois, como no exemplo acima, entre R$ 14,50 e 16,50 a estrutura daria prejuízo e o lucro só viria a partir de 18,87.
ESTRUTURAS QUE UTILIZAM AÇÕES E OPÇÕES

LANÇAMENTO COBERTO (Financiamento)


Trata-se de uma estrutura razoavelmente simples e o tempo está sempre a favor. É uma venda de volatilidade.

Compra-se a ação e vende-se Calls (EX: DELTA a 30).

O ideal é fazer essa estratégia após uma alta, mesmo que a volatilidade não esteja tão alta.

Três cenários possíveis:

(1) Alta: pode-se entregar ou rolar: recebe os R$ 360,00 (3% de ganho)


(2) Mercado Lateral (preço entre o custo e o Strike): [melhor cenário] recebe os R$ 360,00 e fica com o papel, podendo rolar ou vender
nova opção.
(3) Baixa (abaixo do ponto de equilíbrio): tem prejuízo (mas permite efetuar novo lançamento coberto).

EX: (c) PETR4 a R$ 15,00 e (v) PETR A15 = prêmio a 0,90 na mesma quantidade das ações.
A montagem da estrutura custou R$ 14,10 (esse é o ponto de equilíbrio... a partir desse ponto há lucro. Se, no dia do vencimento o
papel estiver:
(i) em R$ 14,00: a operação passa a valer R$ 14,00 (perda de 0,10, ou seja, mesmo a ação caindo 1,00, a estrutura forneceu
uma proteção e teve perda bem menor);
(ii) em R$ 15,00: a operação passa a valer R$ 15,00 (ganho de 0,90);
(iii) em R$ 16,00 ou mais: a operação passa a valer R$ 15,00 (ganho de 0,90, ou seja, trava o ganho);

OBS: em resumo, apesar de travar o ganho, essa estrutura minimiza perdas e tende a gerar resultados muito positivos a longo prazo
desde que o ativo tenha consistência (empresa bem administrada, sólidas, cujo papel não vai desabar, pode subir ou cair pouco).
ROLAGEM: a longo prazo pode ser interessante, principalmente se a Call vendida estiver OTM (recompra da opção vendida para a
venda de uma nova opção do exercício seguinte), apesar de a proteção e a taxa de retorno ser menor (se for ITM a proteção e a taxa
são maiores, mas o risco também é).

OBS: na prática essa estratégia tem se revelado bem positiva e há dois pontos de vista: (i) especulação - busca de taxa de juros
diferenciada acima do CDI (vende uma CALL mais ITM) para ser exercido – não quer ficar com o papel da empresa – visão de curto
prazo; (ii) investidor - quer apenas se aproveitar da opção e manter o papel da empresa (vende uma CALL ATM ou OTM) – não quer
ser exercido (Opção mais barata: taxa maior // Opção mais cara: proteção maior).

LANÇAMENTO COBERTO TURBINADO:

(i) venda (CALL) de apenas parte da posição que se tem no papel (EX: metade), pois assim se permite ganhar com a alta do papel. Se
o papel subir acima do strike da CALL vendida, será exercido apenas nessa parte da posição do papel e lucra com a valorização da
outra parte que não será entregue.
(ii) pode-se ainda vender a mesma quantidade do papel e comprar uma CALL mais fora a do dinheiro que a vendida (EX: DELTA a
metade ou um terço da anterior), ou seja, faz-se uma trava de baixa com CALL OTM. Se o papel não atingir o strike da perna vendida,
embolsa-se integralmente o valor recebido. Se o papel subir, paga o prejuízo com a trava de baixa (desmonta), mas embolsa o ganho
com alta do papel.
CALL SINTÉTICA
Trata-se de uma estrutura compra-se o papel e vende-se uma PUT (num strike que, se atingido, você aceite comprar o papel). Tem
que ter caixa para comprar o papel.

O ideal é fazer essa estratégia após uma queda com a volatilidade alta.

OBS: as PUts têm menos liquidez no Brasil.

OBS: a desvantagem é que, se o papel afundar, você será obrigado a compra-lo no strike da PUT.
DIVIDENDO SINTÉTICO
Compra-se uma ação e monta-se uma trava de baixa com Calls OTM na mesma quantidade das ações.

EX: PETR4 a R$ 15,00


(v) Petr A19 = prêmio 0,20
(c) Petr A20 = prêmio 0,10 (recebe-se 0,10 na montagem dessa trava).

OBS: assim, limita-se a perda em caso de explosão da ação, mas fica-se com o papel valorizado. Por outro lado, se vendêssemos a Call
Petr A20, teria que entregar as ações em caso de explosão em seu preço.
COLLAR
Trata-se da estrutura montada para limitar as perdas em caso de queda do preço da ação, por meio da qual compra-se a ação, vende-
se uma Call ATM e compra-se uma Put ATM (ambas na mesma quantidade das ações).

EX: PETR4 a R$ 15,00


(v) Petr A16 = prêmio 1,00
(c) Petr M14 = prêmio 0,50 [paga-se -14,50 (-15 + 1 – 0,50) na montagem dessa trava).

Se, no dia do vencimento, o valor da ação estiver:


R$ 13 = há prejuízo de 0,50 (pois 13 – 0 + 1 = 14, ou seja, a Call viraria pó, mas a Put estaria ITM)
R$ 15 = fica no zero a zero (pois 15 – 0 – 0 = 15, ou seja, as opções virariam pó)
R$ 17 = há ganho de 1,00 (pois 17 – 1 – 0 = 16, ou seja, a Call estaria ITM e a Put viraria pó)

OBS: quanto maior a distância dos strikes das opções, maior pode ser o lucro, porém, menor seria a proteção.
FENCE
É uma estratégia usada em fundos de pensão e fundos muito grandes, que principalmente operam na base do “by and hold”. Permite
dar uma certa proteção (é estrutura de proteção, não de alavancagem) a parte da carteira sem abrir mão de um ganho futuro, depois
que o ativo já teve boa alta (se cair pouco). Porém, se o ativo cair muito, essa proteção não será muito útil (talvez a melhor estrutura
para proteger de uma grande queda seja o Collar).

Compra-se a ação, compra-se uma Put na mesma quantidade da ação com strike idêntico ao preço da ação e vende-se, na mesma
quantidade, outra Put mais fora do dinheiro (o que significaria uma trava de baixa com Put) e, ainda, vende-se uma Call ATM que
tenha o mesmo custo da traba de baixa com Put, assim o custo da estrutura é zero para sua montagem.

EX: PETR4 a R$ 20,00


(c)Petr M20 = 0,60
(v)Petr M17 = 0,10
(v)Petr A21 = 0,50

→ Se no dia do vencimento o preço da ação tiver subido:


(i) se o preço da ação estiver entre 20 e 21, tanto as Puts, quanto a Call vendida viram pó (tudo ocorre como se tivesse o papel a seco,
ou seja, o lucro será esse valor em que o papel se valorizou – EX: 20,50 = lucro de 0,50);
(ii) a partir do preço da ação a 21,00, será obrigado a vender a ação por 21,00, pois está vendido na Call com strike 21 (lucro de R$
1,00);

→ Se no dia do vencimento o preço da ação tiver caído:


(i) se cair até 17,00 (de acordo com exemplo acima), recebe-se 20,00 (pois a Put comprada vai dar exercício – pode vender essa Put
ou exercer – e a Put vendida vira pó).
(ii) se cair abaixo de 17,00 as duas Puts dão exercício, pode se desfazer delas, o que reduzirá o prejuízo com a perda do papel, ou ir
para o vencimento, que também vai gerar uma diminuição das perdas.

EX:
PETR4 M20 (comprado) M17 (vendido) Resultado
20,00 --- --- 20,00
19,00 1,00 --- 20,00
18,00 2,00 --- 20,00
17,00 3,00 --- 20,00
16,00*** 4,00 1,00 19,00

*** Veja que o papel caiu 20% (ou 4,00), mas a perda real foi de apenas 5% (ou 1,00).

OBS: a longo prazo, se não houver quedas bruscas, há ganho significativo, podendo usar o lucro para comprar mais ações.

OBS: se o mercado subiu muito antes da montagem da Fence, as Puts podem estar baratas o suficiente para ser melhor montar uma
trava de baixa com Put, o que significaria uma perda melhor eu a Fence.

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