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Por,
Thiago Carrijo de Sousa
14/0170936
UNIVERSIDADE DE BRASILIA
FACULDADE DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
1
UNIVERSIDADE DE BRASILIA
Faculdade de Tecnologia
Departamento de Engenharia de Produção
PROJETO DE GRADUAÇÃO
Planejamento e Controle da Manutenção: estudo de
caso em uma usina fotovoltaica
Por,
Relatório submetido como requisito parcial para obtenção do grau de Engenheiro de Produção
Banca Examinadora
2
RESUMO
3
ABSTRACT
Keywords: Planning and Control of Maintenance, solar photovoltaic power plants, case study.
4
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 10
1.1. OBJETIVOS...................................................................................................................... 11
1.1.1. Objetivo Geral ............................................................................................................... 11
1.1.2. Objetivos específicos ..................................................................................................... 11
1.2. ESTRUTURA DOS CAPÍTULOS ................................................................................... 12
2. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................................. 13
2.1. Manutenção ....................................................................................................................... 13
2.1.1. Definição ....................................................................................................................... 13
2.1.2. Evolução da manutenção ............................................................................................... 14
2.1.2.1. Primeira geração ........................................................................................................ 14
2.1.2.2. Segunda geração ........................................................................................................ 15
2.1.2.3. Terceira geração ......................................................................................................... 15
2.1.2.4. Quarta Geração .......................................................................................................... 16
2.1.3. Tipos de manutenção ..................................................................................................... 18
2.1.3.1. Manutenção corretiva................................................................................................. 18
2.1.3.2. Manutenção preventiva .............................................................................................. 19
2.1.3.3. Manutenção preditiva................................................................................................. 20
2.1.3.4. Manutenção detectiva ................................................................................................ 21
2.2. Indicadores de manutenção ............................................................................................... 22
2.2.1. Confiabilidade ............................................................................................................... 22
2.2.2. Mantenabilidade ............................................................................................................ 24
2.2.3. Disponibilidade.............................................................................................................. 25
2.3. KPI’s (key performance indicators – indicadores chave de desempenho)........................ 25
2.3.1. Índice de retrabalho ....................................................................................................... 26
2.3.2. Distribuição de atividades por tipo de manutenção ....................................................... 26
2.3.3. Custo de manutenção por faturamento .......................................................................... 27
2.3.4. Custo de manutenção por valor de substituição estimado da planta ou ativos da
instalação ...................................................................................................................................... 27
2.3.5. Custo de manutenção por unidade processada .............................................................. 27
2.3.6. Custo de manutenção por valor de reposição (CPMV) ................................................. 27
3. PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO (PCM) ..................................... 29
3.1. Definição ........................................................................................................................... 29
3.2. Organização da manutenção.............................................................................................. 31
3.3. Funcionários atuantes na manutenção ............................................................................... 32
3.4. Sistemas informatizados para o PCM ............................................................................... 33
4. METODOLOGIA ................................................................................................................. 35
4.1. Classificação e escolha do método de pesquisa ................................................................ 35
4.2. Procedimentos do método de pesquisa.............................................................................. 36
5
5. ESTUDO DE CASO ............................................................................................................. 39
5.1. Descrição da Usina Fotovoltaica ....................................................................................... 39
5.2. Processo de manutenção na empresa ................................................................................ 41
5.3. Estrutura proposta de PCM para a empresa ...................................................................... 43
6. CONCLUSÃO E SUGESTÕES DE TRABALHOS FUTUROS ........................................ 49
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................... 51
APÊNDICES ................................................................................................................................ 54
6
LISTA DE FIGURAS
7
LISTA DE QUADROS
8
LISTA DE TABELAS
9
1. INTRODUÇÃO
10
Devido a importância desse assunto dentro da gestão da manutenção, este trabalho
busca propor um modelo de PCM, desenvolvido por meio de um estudo de caso, para
uma empresa que constrói e administra usinas fotovoltaicas (UFV’s) em Brasília.
1.1. OBJETIVOS
12
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. Manutenção
2.1.1. Definição
Seleme (2015) afirma que a manutenção é uma função geralmente realizada sob
circunstâncias adversas e de estresse, objetivando a restauração do equipamento no menor
tempo para que o mesmo retorne ao estado de disponível
Xenos (2014) afirma que ainda existem empresas que consideram a manutenção
sendo sinônimo de reparo, isto é, a manutenção seria feita apenas após uma quebra, falha
1
“Maintenance: Ensuring that physical assets continue to do what their users want them to do”
13
ou redução de desempenho, fazendo com que o termo seja visto como um mal necessário.
A mesma frase é citada por Nepomuceno (1989), evidenciando que, apesar da
predominância dessa ideia no século passado, atualmente ainda existem gerentes com
esse pensamento. Portanto, a não ser que ações concretas estejam sendo tomadas a fim de
evitar as falhas, o conserto dos equipamentos após a ocorrência da falha não pode ser
considerado como manutenção (XENOS, 2014).
O desejo de que todo o equipamento existente realize suas funções pelo maior
período de tempo possível, é atemporal. Porém, com o desenvolvimento da tecnologia e
dos objetivos estratégicos de produção, esse desejo foi representado principalmente pelos
donos de fábricas devido à queda do sistema feudal e o início do capitalismo, que obteve
grande impulso durante a Revolução Industrial (NETO & SCARPIM, 2013).
14
existência de pessoas capacitadas para consertar as máquinas surgiu com as criações que
visaram aumentar a produtividade, apesar do grande tamanho e simplicidade dessas
(MOUBRAY, 1997).
2
“Wartime pressures increased the demand for goods of all kinds while the supply of industrial
manpower dropped sharply. This led to increased mechanization” (Moubray, 1997).
15
conceito e uso da manutenção preditiva foi alavancado devido a necessidade de otimizar
o tempo em que a manutenção preventiva deva ser realizada (KARDEC e NASCIF,
2009).
16
Quadro 1 - Evolução da Manutenção
Fonte: Kardec & Nascif, 2009.
17
2.1.3. Tipos de manutenção
Apesar de ser considerada uma manutenção que somente ocorre após a falha, de
acordo com Kardec e Nascif (2009) e Xenos (2014), a manutenção corretiva pode ocorrer
sob duas condições: Desempenho deficiente ou perda da função.
O custo da manutenção preventiva tende a ser mais caro do que a anterior porque,
geralmente, as peças e componentes são trocados antes do fim da vida útil dos mesmos.
Porém, como as falhas tendem a diminuir e a disponibilidade aumentar, o custo total na
maioria das vezes é mais baixo. Xenos (2014) acredita que, se feita periodicamente, a
manutenção preventiva deve ser a atividade principal do setor de manutenção de todas as
empresas.
3
Bill of materials é uma lista de todos os materiais necessários a um fabricante contratado para produzir
peças/componentes de um produto para seus clientes (APICS Dictionary, 2016, tradução própria).
19
forçado, por perda ou circulação, ou; graxa, manual com pincel ou pistola, por exemplo
(GREGÓRIO E SILVEIRA, 2018).
Quanto às condições do óleo, é possível afirmar que a falha pode ocorrer pela falta
de lubrificação ou por problemas com o óleo em si. Na década de 70, o custo da troca
manual de óleo nos pontos de lubrificação era ligeiramente maior do que não fazê-la e, à
medida que o preço dos derivados de petróleo aumentava, a cautela de não usar óleo
deliberadamente crescia. Por isso, as consequências das falhas eram cada vez maiores e
um bom planejamento das inspeções periódicas do óleo tornou-se imprescindível. Os
problemas relacionados ao óleo em si se devem a fenômenos como a oxidação do óleo
base ou a presença de agentes contaminantes (MOUBRAY, 1997).
20
geram um valor de medição. Um exemplo dessa é o registro periódico da temperatura de
uma máquina através de termômetros industriais (GREGÓRIO E SILVEIRA, 2018).
Por ser mais nova e precisar de um investimento ainda maior que a manutenção
preditiva, é importante uma análise custo-benefício bem apurada. Para todos os tipos de
4
Falha oculta é aquela que será inevidente para os operadores em condições normais se ela ocorrer por
conta própria (MOUBRAY, 1997).
21
manutenção abordados, essa análise precisa ser feita para que a escolha seja ótima
(KARDEC e NASCIF, 2009).
Seja qual for o tipo ou o conjunto de tipos de manutenção que uma empresa adota,
é de suma importância a coleta e o processamento dos dados acerca de cada ordem de
serviço (OS) de manutenção. Alguns tipos de dados são: número da OS, data da OS, tipo
de manutenção, duração da atividade de manutenção e custo com materiais de cada
atividade de manutenção. Esses dados se transformam em informações indispensáveis no
momento em que são usados para construir indicadores de manutenção. Os indicadores
mais comumente utilizados são: Confiabilidade, mantenabilidade e disponibilidade
(JORDÁN, 2017).
2.2.1. Confiabilidade
22
O indicador de referência mais importante para a confiabilidade é o Tempo Médio
Entre Falhas (TMEF), traduzido por:
𝑁° 𝑑𝑒 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜
𝑇𝑀𝐸𝐹 = (1)
𝑁° 𝑑𝑒 𝑓𝑎𝑙ℎ𝑎𝑠 𝑜𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑑𝑎𝑠
1
λ= (2)
TMEF
Em geral, um item apresenta três períodos distintos ilustrados por uma curva da
taxa de falha pelo tempo denominada de Curva da Banheira conforme mostrado na Figura
2.
Sendo:
• t, tempo de operação
• λ, taxa de falha
2.2.2. Mantenabilidade
O indicador que auxilia nesse cálculo é o Tempo Médio para Reparo (TMPR), isto
é, qual é o tempo, em média, entre o acontecimento da falha até o retorno do uso normal
da máquina. O objetivo da mantenabilidade, portanto, é minimizar o TMPR.
De forma análoga à definição da taxa de falha (λ), a taxa de reparo é dada como:
𝑁° 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑝𝑎𝑟𝑜𝑠 𝑒𝑓𝑒𝑡𝑢𝑎𝑑𝑜𝑠
𝜇= (4)
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑝𝑎𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
24
𝑀(𝑡) = 1 − 𝑒 −𝜇𝑡
(5)
Sendo:
• µ, taxa de reparo
2.2.3. Disponibilidade
𝑇𝑀𝐸𝐹
𝐷𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = (6)
(𝑇𝑀𝐸𝐹) + (𝑇𝑀𝑃𝑅)
25
necessário que cada indicador seja acompanhado de perto e, como dito no parágrafo
anterior, se encaixe no perfil e objetivos da empresa. Para que isso seja possível, deve-se
adotar o uso de poucos indicadores, cuidadosamente estudados e definidos pela empresa.
Esses indicadores são chamados de Indicadores Chave de Sucesso 5(KPI’s – Key
Performance Indicators) (GREGÓRIO E SILVEIRA, 2018).
Σ𝐻𝑀𝐶 (8)
Í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 = ∗ 100%
Σ𝐻𝑀𝐶 + Σ𝐻𝑀𝑃
Sendo:
5
Confiabilidade, mantenabilidade e outros indicadores de manutenção também são considerados KPI’s.
Eles foram descritos anteriormente devido a necessidade de contextualizar o tema manutenção.
26
• HMP, horas de manutenção em preventiva
Σ𝐻𝑀𝑃 (9)
Í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑃𝑟𝑒𝑣𝑒𝑛𝑡𝑖𝑣𝑎 = ∗ 100%
Σ𝐻𝑀𝑃 + Σ𝐻𝑀𝐶
É importante ressaltar que um bom IC deve ser menor ou igual a 25% do total de
horas de manutenção. Logo, um bom IP deve ser pelo menos igual a 75%. Um índice de
corretiva maior que 50% significa que equipamentos são parados muitas vezes e que a
gestão de reclamações toma o lugar da gestão da manutenção (VIANA, 2002).
O uso desse indicador é comum, mas não deve ser o principal indicador financeiro
porque o volume de produção pode variar por questões externas ao departamento de
manutenção, ou seja, se esse indicador apresentar um aumento de um mês para o outro,
por exemplo, tanto o custo de manutenção pode ter aumentado quanto o volume de
produção pode ter reduzido por outros motivos não referentes à manutenção
(WIREMAN, 2005).
27
para equipamentos de alta criticidade, ou seja, equipamentos que apresentam fortes
consequências nos gastos da empresa caso o mesmo falhe. A Equação 11 mostra como
calcular o CPMV.
Essa primeira parte do referencial teórico é base para a seguinte, uma vez que é
necessário abordar conceitos básicos sobre manutenção para tratar a seguir sobre os
princípios da gestão da manutenção.
28
3. PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO (PCM)
3.1. Definição
29
execução dessas e corrigir um eventual desvio do que foi preestabelecido para os
indicadores de manutenção utilizados (FILHO, 2020).
O conjunto coordenado das ações que englobam esses três conceitos abordados é
chamado de Planejamento e Controle da Manutenção (PCM). O termo “programação”
pode ser inserido após “planejamento”, mas no presente trabalho o conceito será
considerado o mesmo.
30
compras, isto é, acompanhar as etapas de aquisição dos materiais. Se a empresa possuir
um software Enterprise Resource Planning 6(ERP), a troca de informações entre as áreas
da empresa será mais fácil, ágil e confiável (VIANA, 2002).
6
Enterprise Resource Planning (ERP), ou sistema de gestão integrado é uma tecnologia que auxilia o gestor
de uma empresa na melhoria dos processos e na integração das atividades de diferentes setores. Um
software ERP agrega e distribui as principais informações de cada atividade da empresa entre os módulos
do mesmo, como o financeiro, faturamento, compras, estoque, gerenciamento de projetos, etc (TOTVS,
2019).
31
(VIANA, 2002). Os códigos devem ser únicos para cada equipamento para que os
planejadores mantenham registros individuais, como os históricos de manutenção das
máquinas e tempo de vida útil, para cada peça do equipamento. Além da individualidade
dos códigos, é importante não colocar muita informação no mesmo. Geralmente, é
suficiente inserir o tag da planta com o número da unidade, grupo e sistema do
equipamento, seguido do código único desse (PALMER, 2006).
32
Para que a área de manutenção atinja seus objetivos, é necessária a atuação
conjunta de cinco áreas, formadas pelos executantes, planejador, supervisor de
manutenção, engenharia de manutenção e o gerente de manutenção industrial (VIANA,
2002).
34
4. METODOLOGIA
Então, da mesma forma que o objetivo de uma empresa é transformar algo, através
de materiais, equipamentos, energia, pessoas, informações e um método tecnológico, em
produtos que agreguem valor para os clientes, o objetivo de um pesquisador é transformar,
através de conhecimentos, recursos e um método de pesquisa, conhecimentos existentes
em novos conhecimentos na forma de tese, dissertação, artigo e outros. Esses novos
conhecimentos também devem gerar valor para o cliente, que seria, a princípio, a ciência
e a faculdade (MIGUEL et al., 2012).
Para este projeto a abordagem será qualitativa, já que a ênfase será nas
perspectivas subjetivas dos funcionários da empresa estudada. Essa característica é a
principal que difere as abordagens quantitativa e qualitativa, segundo Miguel et al. (2012)
e Sampieri et al. (2010). Porém, a realidade objetiva descrita neste projeto não parte
apenas de uma fonte de evidência, mas dos pontos de vistas de vários indivíduos da
empresa e do pesquisador, fundamentadas no referencial teórico (MIGUEL et al., 2012).
35
Dentro da abordagem qualitativa, existem dois métodos de pesquisa mais
apropriados na engenharia de produção: estudo de caso e pesquisa-ação. Essa última
requer um grande envolvimento do pesquisador com os funcionários da organização,
além da participação na mudança organizacional por meio da pesquisa. O estudo de caso,
por sua vez, exige um menor grau de envolvimento com os indivíduos da organização e
a interação decorre de entrevistas, observações e acesso aos documentos da empresa
(MIGUEL et al., 2012). Por isso, o método escolhido será o estudo de caso.
De acordo com a Figura 3, o primeiro passo consiste em definir uma base teórica,
mapeando a literatura sobre o tema pesquisado (MIGUEL et al., 2012). Nesse projeto,
foram consultados livros, artigos e trabalhos científicos. O conteúdo pesquisado foi
analisado e utilizado para o desenvolvimento dos Capítulos 2 e 3, de modo a apresentar
os principais temas a serem utilizados no estudo de caso.
No passo seguinte foi definido o tipo de caso a ser estudado, a unidade de análise,
os contatos, os meios para coleta e análise de dados, o protocolo para coleta de dados e a
definição dos meios de controle.
36
O estudo de caso foi realizado em uma empresa que constrói e gerencia usinas
fotovoltaicas (UFV’s), no setor responsável pela manutenção dos equipamentos
relacionados à geração de energia solar em usinas fotovoltaicas.
O estudo de caso foi realizado na empresa em que o autor atuou como estagiário
no período de novembro de 2019 a janeiro de 2021.
Período de
Área Cargo Atribuições do cargo
atividade
37
O terceiro passo, segundo Miguel et al. (2012) se refere a coleta de dados.
Inicialmente, foi realizado um contato com o executivo sênior a fim de autorizar e
viabilizar a coleta dos dados. Após autorizado, os arquivos relacionados à área de
manutenção foram compartilhados com o autor, bem como informações, importantes
externas à área de manutenção. Além disso, ocorreram conversas informais e
observações.
38
5. ESTUDO DE CASO
39
bandeiras tarifárias amarela e vermelha. Outra vantagem para os clientes finais é o uso
indireto de uma fonte de energia limpa e renovável sem a necessidade de investimentos.
Após passar pelo transformador, essa corrente parte para a casa de medição, onde
há um disjuntor de média tensão para proteger a instalação e nessa mesma casa ocorre a
medição da concessionária de energia, registrando a produção por período de tempo.
Finalmente, esse fluxo energético segue para as redes de alta tensão da CEB e a mesma é
encarregada de distribuir para os comércios, residências e outros locais.
40
A Figura 4 mostra um desenho da distribuição espacial e localização dos
principais equipamentos da UFV estudada. O inversor apresentado na figura é uma
representação dos 19 inversores que existem na usina. Os retângulos que foram
preenchidos em amarelo se referem aos equipamentos de maior porte da usina. Além
destes, podem ser feitas manutenções nos condutores, ligações elétricas, abraçadeiras e
outros itens que interconectam equipamentos.
41
Na parte do planejamento da manutenção, em geral, os executantes sabem o que
deve ser feito em cada atividade de manutenção baseado no próprio conhecimento,
adquirido antes ou após a admissão na empresa. Além disso, a empresa possui um
checklist com 1 procedimento de manutenção corretiva e 15 procedimentos de
manutenção preventiva e recomendações para cada item do checklist. Portanto, existe um
conjunto de informações gerais sobre o que precisa ser feito pelos funcionários do setor
de manutenção, mas não se dispõe de objetivos específicos a serem atingidos.
42
O funcionário que realiza as manutenções, qualquer que seja, possui atividades
paralelas frequentemente consideradas mais urgentes do que as atividades de manutenção
para serem executadas. Diante disso, apenas manutenções corretivas estão sendo
realizadas e o diretor executivo possivelmente optará por terceirizar algumas
manutenções básicas, como a poda da grama e a limpeza dos módulos fotovoltaicos.
43
1 - Objetivos
da gestão da
manutenção
8 - Análise
2 - Cadastro
dos
de
resultados
equipamento
dos
s
indicadores
3-
7 - Cálculo Codificação
dos dos
indicadores equipamento
s
4 - Ordem de
6 - Realização prioridade
das dos
manutenções equipamento
s
5-
Programação
das OM's
44
médio para reparo (TMPR), custo de manutenção, disponibilidade, confiabilidade
e mantenabilidade;
45
Sugere-se que os códigos sejam alfanuméricos porque são os mais fáceis de
correlacionar com o nome do equipamento ou peças. Os códigos de equipamentos teriam
dois campos e os códigos das peças, três para serem diferenciados. A título de exemplo,
o código do inversor dos módulos fotovoltaicos situados no canto superior esquerdo da
planta da usina seria, por exemplo, “IN-01”, e o inversor abaixo desse seria “IN-02”. A
parte alfabética “IN” tem referência à palavra “inversor”.
46
elaboração de outro formato de OM, contendo lacunas relacionadas ao tempo de parada
e a causa e solução do problema encontrado.
O intuito é que esse cálculo seja feito na planilha citada anteriormente de forma
automática, após a introdução adequada das equações dos indicadores.
Uma vez que o PCM é pouco realizado na empresa, as execuções iniciais das 8
etapas propostas tendem a demandar mudanças nas rotinas da equipe de manutenção.
Essas novas rotinas tendem a ser simples e não devem gerar atrasos no andamento das
atividades de manutenção. É fundamental que aconteçam feedbacks ao final de cada
iteração, de forma a auxiliar a identificação de oportunidades para melhorias ou
readequações nesse processo.
47
Por fim, a estrutura de etapas para o PCM proposta foi analisada pelo atual
responsável da manutenção na empresa que visualizou potencial impacto positivo deste
projeto para esse setor e a empresa.
48
6. CONCLUSÃO E SUGESTÕES DE TRABALHOS FUTUROS
49
trabalhos futuros é que seja desenvolvida uma vinculação entre o software de Business
Intelligence (BI) da Microsoft, chamado Power BI, e o software ERP utilizado pela
empresa, já que o mesmo não possui um módulo que atenda às necessidades da estrutura
de PCM. Aquele software oferece um suporte visual para a tomada de decisões por meio
de informações organizadas e selecionadas de um banco de dados. Essa conexão poderia
ser feita por meio de plataformas de Interface de Programação de Aplicativos ou
Application Programming Interface (API), nas quais os códigos originais do ERP são
utilizados para a programação de outros, adaptando e personalizando essa relação entre
softwares conforme as necessidades impostas pelo PCM da empresa.
No início de 2021 houve a tentativa de usar um API para gerar esse vínculo, mas
foi descontinuada devido ao desligamento dos funcionários referentes. Foi visto que o
software ERP Sienge oferece suporte para o desenvolvimento de vínculos através de
API’s.
50
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Association for Supply Chain Management (APICS). APICS Dictionary. Chicago, 2016.
Disponível em: <http://www.apics.org/apics-for-individuals/apics-magazine-
home/resources/ombok/apics-ombok-framework-table-of-contents/apics-ombok-framework-
5.5>. Acesso em: 14/10/2020.
BACK, N.; OGLIARI, A.; DIAS, A.; SILVA, J. C. DA. Projeto Integrado de Produtos:
Planejamento, Concepção e Modelagem. São Paulo: Manole, 2008.
CRESWELL, John W.; CLARK, Vicki L. Plano. Designing and conducting mixed
methods research. 3. ed. [S. l.]: SAGE publications, 2018. ISBN 9781483344379.
FILHO, Gil Branco. Indicadores e índices de manutenção. 1. ed. [S. l.]: Ciência
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KARDEC, Alan; NASCIF, Júlio. Manutenção: Função Estratégica. 3. ed. rev. e aum.
[S. l.]: Qualitymark Editora, 2009.
51
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MOUBRAY, John. Reliability - centred maintenance. 2. ed. [S. l.: s. n.], 1997. ISBN
0750633581.
NEPOMUCENO, L.X. Técnicas de manutenção preditiva. 1. ed. [S. l.]: Editora Blucher,
1989. v. 1. ISBN 9788521217466.
SAMPIERI, Roberto Hernández; CALLADO, Carlos Fernández; LUCIO, María del Pilar
Baptista. Metodologia de pesquisa. 5. ed. [S. l.]: MacGraw-Hill, 2010. ISBN 9786071502919
52
VIANA, Herbert Ricardo Garcia. Planejamento e Controle da Manutenção. 1. ed. atual.
[S. l.]: Qualitymark Editora, 2006. ISBN 8573033703. Disponível em: < https://drb-
m.org/Livro%20PMI%20-%20Herbert%20Viana.pdf >. Acesso em: 24/09/2020.
53
APÊNDICES
Menu Manutenção
Objetivos
LOGO DA EMPRESA
Histórico de
manutenção
Indicadores de
manutenção
Manutenção
preventiva
Manutenção
corretiva
Análise dos
quarta-feira, 12 de maio de 2021 indicadores
54
MENU Manutenção
Manutenções Planejadas Quantidade de Manutenções por tipo Percentual de Gastos por tipo de
Manutenção
2
R$ 116,93
Percentual Realizado
2
33%
3
Custos com
Manutenções $1500,000
55
MENU Manutenção Relatório
Fotográfico
13 R$ -
Jun
Jul
Abr
Nov
Jan
Ago
Dez
fev
Out
Mai
Mar
Set
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Temp
Descrição da Valor Materiais
Descrição Geral do Priorizaçã Data Data de Resultad o Homem Custo
No Data Número do Checklist GUT Responsável Coleta de Esperad Aferido Cargos Qtd Uso e Qtd
Serviço o Limite Realização o Gasto Hora Unitário
Dados o Descarte
(hr)
- - OK Pedreiro 0 6 R$ 11,36 Facão 1 R$ 30,00
III_Conferência_de_Co Verificar se os Mestre de
Atenção 1 1 R$ 25,57 Enxada
ndutores_e_Ligações_ conectores MC4 estão Obras 1 R$ 50,00
1p 10/05/21
Elétricas_dos_Módulo firmes;
3 2 3 18 3 15/08/21
R$ 0,00
R$ -
s
R$ 0,00 R$ -
Verificar se algum
medidor se encontra
V_Quadro_Geral_de_I desligado;
2p 10/05/21
nversores OBS: Verificar a altura
4 3 3 36 2 17/07/21
4p
56
MENU Manutenção
Custo Total
R$1.500,00
geral
Qtd 2
MANUTENÇÃO CORRETIVA
o Número do Item do Nível de Data Status de Solução Tempo Custo com Custo da
N Data Descrição do Problema Proposta de Solução Responsável Cargo Qtd
Checklist Checklist Gravidade Limite Realização Executada Gasto (hr) material Manutenção
A) Verificar
1 3
se algum O comando da bomba da Engenheiro
Sugere-se a troca do
multimedidor cisterna utilizado no
interruptor pela 1 3
se encontra checklist da limpeza de Eletricista
V_Quadro_Ger botoeira. Procedimento
desligado. Se 0- módulos atualmente é
1c 12/04/21 al_de_Inversor postergado p/ o mês de 15/04/21 Pronto Troca de fusíveis R$ 350,00 R$ 1.500,00
estiver Insignificante acionado num quadro que
es agosto/19, conforme
desligado, está com um interruptor,
disponibilidade da
verificar se o onde deveria ser instalada
Origem Energia.
desarme uma botoeira liga/desliga.
ocorreu no
F) Verificar a
Sugere-se a retirada
continuidade Durante a manutenção de
deste material pela raiz e
das ligações outubro/2019, percebeu-
3 - Média contratação de um
3c 18/04/21 IV_Inversores das massas se infestação da flor-de- 20/05/21 Planejado
Gravidade roçado externo, p/
metálicas à mel dentro da área
aumentar a distância da
terra (ligações gramada da usina.
plantação até a usina.
elétricas);
4c
57