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NITERÓI
2022
DRIELY PROFIRIO DE MORAIS
NITERÓI
2022
RESUMO
Atualmente o setor de manutenção é primordial para o desenvolvimento de uma empresa, tendo o
setor de produção como o seu principal cliente, este deve realizar serviços eficientes e eficazes e
assim contribuir com as metas da organização. Para apoiar a manutenção em suas atividades
existem os sistemas de planejamento e controle da manutenção. Estes são utilizados pelo setor
controle de manutenção como ferramenta e auxiliam para melhorias gerenciais e operacionais do
setor. Este trabalho irá apresentar a implantação de um sistema de controle da manutenção em uma
empresa de coleta de resíduos sólidos localizada no Rio de Janeiro. Por meio de observações e
reuniões foram levantadas as necessidades do setor e decidido o objetivo do projeto. A empresa
contratou um suporte técnico para o desenvolvimento de um sistema que atendesse as necessidades
da manutenção. Este sistema irá auxiliar a manutenção nas suas tomadas de decisões. Com isso,
foi possível registrar as intervenções e compras do setor, e por meio de dados obtidos realizar um
estudo dos resultados. O sistema trouxe para o setor um maior controle de suas atividades, uma
melhor visão de sua situação, uma comunicação mais eficiente, além da padronização das
atividades do controle e registros de informações para geração de gráficos e relatórios para análise
gerencial. Mesmo com algumas dificuldades encontradas durante o projeto as respostas
encontradas foram satisfatórias. Este trabalho foi o início de uma mudança de cultura da empresa
com relação a sua atividade de manutenção.
Key Words: Maintenance Planning and Control Systems; Maintenance Sector; Maintenance
Planning and Control
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Representação esquemática da Manutenção Centralizada ................................ 18
Figura 2 - Representação Esquemática da Manutenção Descentralizada ..........................18
Figura 3 - Representação esquemática da Manutenção Mista ...........................................19
Figura 4 - Diagrama do fluxo de atividades do PCM ........................................................22
Figura 5 -Fluxograma Organizacional do Setor de Manutenção .......................................26
Figura 6 - Antes e Depois da organização do Almoxarifado .............................................28
Figura 7 - Organização da Oficina .....................................................................................29
Figura 8 - Método de Codificação .....................................................................................29
Figura 9 -Exemplos de Etiqueta de Codificação ............................................................... 30
Figura 10 - Layout do Sistema de Planejamento e Controle de Manutenção ....................32
Figura 11 - Folha de Ordem de Serviço de Corretiva em branco ......................................33
Figura 12 - Ordem de Serviço de Corretiva preenchida ....................................................33
Figura 13- Ordem de Serviço de Preventiva de Lubrificação ...........................................34
Figura 14 - Ordem de Serviço de Preventiva Mecânica ....................................................35
Figura 15 - Novo Fluxograma Setor de Manutenção por Projeto .....................................42
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Colaboradores e Funções do Setor de Manutenção ..........................................36
Tabela 2 - Principais atividades do PCM ..........................................................................37
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1- Porcentagem de preventivas realizadas no prazo .............................................43
Gráfico 2 - Número de chamados de corretiva ..................................................................43
Gráfico 3 - Disponibilidade dos equipamentos .................................................................44
Gráfico 4 - Custo com manutenção ...................................................................................45
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 10
3.2 Projeto.............................................................................................................. 26
4. CONCLUSÃO .............................................................................................................. 46
5. REFERÊNCIA ............................................................................................................. 47
10
INTRODUÇÃO
1.1. Considerações Iniciais
Nos tempos atuais a principal forma de se manter uma empresa no mercado é a
manutenção da competividade, para isso é necessário que a empresa aplique técnicas que
permitam a inserção de valores de maneira integrada em todo o seu processo de trabalho. Com
isso, a mesma fica mais próxima das vontades de seus consumidores e com vantagens
competitivas no mercado. Uma empresa competitiva busca maior qualidade e um custo menor
ao entregar seus serviços/produtos.
Para se desenvolver e sobreviver ao mercado uma empresa deve focar na satisfação de
seus clientes. A “dimensão cliente” não aborda somente o cliente externo, que seriam os
consumidores finais dos serviços/produtos. Em uma empresa, a maioria das pessoas envolvidas
no processo não tem contato com o cliente final, trabalhando assim para atender um cliente
interno. Desta forma, todas as pessoas de uma empresa devem trabalhar juntas e em harmonia
para atender o cliente externo, interligar as parcerias internas ao cliente externo e seus desejos
proporciona à empresa a geração de produtos e serviços com melhor aceitação no mercado. Um
setor importante dentro dessas parcerias interna é o setor de manutenção, ele está envolvido,
tanto diretamente como indiretamente, com todos os outros setores da empresa. Sendo assim,
um serviço bem prestado pela manutenção traz benefícios à toda organização e a ajuda a tornar
a organização competitiva dentro do mercado.
O meio de gerir a manutenção vem passando por mudanças. As funções designadas ao
setor estão sendo repensadas para melhorar a eficácia das intervenções. Cada vez mais, o setor
manutenção vem sendo inserido no plano de planejamento da empresa. Segundo Kardec e
Nascif (2007), essa mudança da manutenção está associada ao rápido aumento do número e
diversidade de itens físicos que devem ser mantidos, a projetos cada vez mais complexos, as
novas técnicas e ferramentas de manutenção e principalmente a nova visão, foco e
responsabilidades da manutenção.
O setor de manutenção deve ter pleno domínio sobre suas tarefas, a demanda da
produção, os anseios da qualidade e a missão e finalidades da organização. O principal objetivo
da manutenção é atender o cliente interno, ou seja, produção, contribuindo para que os
equipamentos tenham cada vez mais disponibilidade e confiabilidade para realizar os processos
produtivos.
Gerenciar as causas e efeitos do processo produtivo, assim como estabelecer meios para
controlar e verificar as ações para garantir o cliente que o produto/ serviço final saia como
11
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A manutenção de ativos já vem sendo realizada há anos, porém em algumas
organizações ela ainda pode ser considerada um problema, devido a formas equivocadas de se
pensar em relação as atividades que a manutenção deve exercer.
De acordo com Tavares (1987), a história da manutenção acompanha o
desenvolvimento técnico-industrial da humanidade. Essas evoluções ocorreram com o
compromisso de reduzir custos e aumentar a confiabilidade e disponibilidade de equipamentos.
Para Kardec e Nascif (2007), a evolução da manutenção é acompanhada pela implantação de
uma “cultura de mudanças”, que muda os paradigmas da manutenção, deixando está de ser
apenas eficiente para se tornar eficaz. Antigamente, uma boa manutenção era aquela que
realizava um bom reparo no menor tempo possível. Já hoje em dia o pensamento é de que de
que a manutenção será eficaz se não houver a necessidade de reparo. Desta forma, a visão sobre
as atividades de manutenção deixou de ser restringida somente ao “manter”. As necessidades
de desenvolver a produção e minimizar os custos levou a otimização das atividades de
manutenção. Sendo assim, melhorias para conseguir o aumento da produtividade também se
tornou responsabilidade da manutenção.
Xenos (2004) divide a atividade de manutenção em dois tipos: atividades de manutenção
e de melhoria. A primeira visa manter ou restabelecer as condições originais de desempenho
do equipamento, sendo esse o conceito mais conhecido e abordado da manutenção. Já as
melhorias visam otimizar o desempenho e confiabilidade do equipamento através de
modificações no projeto original e soluções de falhas crônicas, trazendo mais qualidade ao
produto e aumento da produtividade.
A manutenção é parte importante da produção. Conforme Kardec e Nascif (2007), a
responsabilidade da manutenção é “garantir a disponibilidade da função dos equipamentos e
instalações de modo a atender a um processo de produção ou serviço, com confiabilidade,
segurança, preservação do meio ambiente e custo adequados”. Em conformidade com a ideia
acima Slack (2009) fala sobre o os benefícios de uma boa manutenção para o setor de produção.
Entre eles estão confiabilidade aumentada, melhor segurança, qualidade superior do produto
final, custo de operação mais baixos e tempo de vida mais longo com menor desvalorização
dos ativos.
A manutenção pode ser dividida em diferentes tipos, dependendo da forma que está irá
intervir no equipamento. Cada forma de intervenção recebe uma denominação. Entre as mais
adotadas pela indústria estão: manutenção corretiva, preventiva, preditiva e engenharia da
15
manutenção. Para Otani e Machado (2008) nenhuma modalidade substitui a outra, mas quando
associadas podem trazer resultados positivos em termos de performance geral. É necessário
entender o tipo de manutenção mais adequada para cada organização, afim de garantir a
otimização de processos, melhorando assim a disponibilidade dos equipamentos, minimizando
custos para que dessa forma consiga aumentar a possibilidade de crescimento e sobrevivência
no mercado.
De acordo com Kardec e Nascif (2007) o aspecto estrutural da manutenção pode ser
caracterizado pelo tamanho da empresa e tipo de serviço, e dividido pela sua forma de atuação.
Sendo as formas de atuação:
• Manutenção mista: Como o próprio nome já diz, esse tipo de estrutura é a combinação
das vantagens da estrutura centralizada com a estrutura descentralizada. Esta é
aplicada em empresas com diferentes áreas fabris e/ou diferentes atividades. Sua
principal característica é a formação de equipe multidisciplinares, uma estrutura mais
simples e completa.
19
1.3Manutenção e Qualidade
As empresas estão buscando cada vez mais melhorias para atingir a competitividade no
mercado, estas melhorias são baseadas na necessidade do cliente final, seus desejos precisam
ser considerados em todo setor empresarial. A manutenção de uma empresa é um agente ativo
das condições da produção. Logo, deve está alinhada com todos os outros departamentos, afim
de focar suas ações de intervenção de modo a agregar valor no produto ou serviço final.
O ciclo PCDA é composto por quatro etapas distintas que serão definidas abaixo:
Para obter-se um sistema de manutenção que tem por objetivo manter os equipamentos
sempre em condições de operativas, precisa-se estabelecer as etapas necessárias dentro do
método de gestão PDCA. Na etapa de planejamento será definido os objetivos da manutenção
e as metas relativas aos equipamentos em um plano de manutenção. Na execução irá colocar-
se em prática o que se foi planejado. Na fase de verificação é feita a avaliação do gerenciamento
através dos itens de controle. Na ação toma-se medidas através dos resultados obtidos e
indicadores desejados (Xenos, 2004).
O PDCA deve ser praticado de forma cíclica para alcançar os objetivos desejados. Sendo
assim, o ciclo PDCA deve se repetir com objetivo de corrigir as falhas, melhorando de forma
dinâmica o sistema e a metodologia de trabalho da manutenção.
Essa ferramenta surgiu no Japão após a segunda guerra mundial e hoje é disseminada na
maioria das organizações no mundo. Essa metodologia é dividida em 5 pilares definidos abaixo:
Kardec e Nascif (2007) menciona que a implantação deve partir da alta administração e
agregar todos os colaboradores. A prática de implantação mais adotada e que gera melhores
resultados segue as seguintes etapas: preparar a organização; treinar e educar no 5S; levantar
problemas e encontrar soluções nos 3S; elaborar o plano de ação; acompanhar a implantação e
promover o 5S.
Segundo Pereira et al. (2015) o Planejamento e Controle da Produção (PCP) é uma das
ferramentas mais utilizadas quando se trata de coordenação e integração dos processos
produtivos.
22
De acordo com C. Xavier (2015) o PCM é criado para agir em prol de garantir a
confiabilidade e disponibilidade dos ativos da planta industrial. Suas principais atividades são:
planejar, programar, coordenar e controlar. O PCM identifica todas as variáveis e busca
equacionar o problema da parada do equipamento para diminuir os prejuízos da produção. Essa
equação deve ser solucionada e sua conclusão usada para criação de planos de ação. Estes
planos trazem as metas e os registro de todas as operações que vão ser realizadas pela
manutenção.
O PCM irá definir as metas e as estratégias que devem ser seguidas pelo setor de
manutenção. Para que consigamos implantar o PCM em uma empresa devemos aplicar os
seguintes passos: codificação dos ativos, preparação do serviço, elaboração das ordens de
serviço, planejamento e programação da intervenção, coordenação e controle da execução e por
fim a análise dos indicadores de manutenção. Um bom funcionamento destas funções fará com
que a manutenção possa realizar suas análises gerenciais.
ESTUDO DE CASO
1.5A Empresa
A empresa em estudo é uma empresa de soluções ambientais, especializada em serviço
de coleta, transporte destinação final de resíduos sólidos, sua sede fica localizada em São João
da Barra e realiza o serviço de coleta em dez mais cidades do Rio de Janeiro, dentre ela: São
João da Barra, Saquarema, Quissamã, São Gonçalo, Nilópolis, Queimados, Seropédica,
Petrópolis, Três Rios e Paraíba do Sul.
1.6Projeto
O projeto foi implantado em uma das filiais da empresa, a escolhida foi a de Petrópolis,
devido seus elevados custos com manutenção e também pelo tamanho da frota. Encarrado como
um projeto de melhoria, este foi criado a partir das necessidades do setor, tais como: controle
de materiais, conhecimento das características e propriedades dos equipamentos, padronização
e controle das intervenções de manutenção, diminuição das corretivas não programadas e a
melhoria nas condições de trabalho.
Este projeto foi dividido em 6 etapas: planejamento, organização do setor; controle dos
ativos; desenvolvimento do sistema de planejamento e controle de manutenção, implantação do
sistema e resultados.
27
1.6.1 Planejamento
Nessa etapa foi realizado o planejamento e a programação das atividades realizadas
para criação e implementação do sistema.
A fase etapa desse projeto envolveu a organização do setor, seguindo a metodologia do
5S. Depois os equipamentos foram codificados e foi padronizado o meio de como cada
intervenção deverá ser executada.
Para a criação do sistema de planejamento e controle de manutenção e aplicação do
mesmo na rotina do setor, foram levantadas as principais atividades do departamento.
Todas as informações deverão ser imputadas no sistema para que possam gerar
resultados e indicadores de desempenho do setor. As entradas são feitas através das solicitações
de serviço. Essas se transformam em ordens de serviços que devem ser feitas contendo todas as
informações necessárias para uma análise futura. Os serviços são priorizados de acordo com o
grau de dificuldade da intervenção necessária.
Foi elaborada uma tabela de limpeza da oficina, onde os mantenedores foram divido em
grupos e cada um deles eram responsáveis por limpar o organizar a oficina no final do
expediente. Todos os dias, os responsáveis varrem a oficina e higienizam as bancadas. No
entanto, o colaborador que executar o serviço é responsável por limpar sua sujeira. Foi colocado
também uma caçamba de lixo especifica próxima a oficina, para que os mesmos, possam jogar
as sucatas. Ao final de cada mês essa sucata é recolhida. A oficina passou por pintura e também
foram colocadas placas de identificação em todos os locais, conforme imagem abaixo.
29
CCR 11 16 A
Se houver o A no
Nº do Ano de
Tipo de Equipamento final significa que
equipamento Fabricação
é alugado
segunda célula traz o número do equipamento, que segue uma sequência numérica de quando
os equipamentos foram chegando na filial, a célula número três nos traz o ano de fabricação do
equipamento e a célula número quatro só vai existir se o equipamento for alugado, se está existir
será sempre a letra A.
Depois de definir os códigos, os equipamentos foram etiquetados. A figura 9 mostra as
etiquetas colocadas na parte dianteira, nas portas e na parte traseira dos equipamentos.
A empresa está crescendo e buscando cada vez mais deixar de ser uma empresa de
pequeno porte, com essa perspectiva, foi levantado junto com a diretoria a possibilidade de
substituir o sistema manual de controle por um sistema automatizado.
Buscou-se inúmeros sistemas contidos no mercado, porém pelo tipo de serviço que a
empesa presta, coleta de resíduos sólidos, nenhum dos sistemas encontrados atenderiam cem
por cento das nossas necessidades. Desta forma, contratou-se uma empresa para que pudesse
nos auxiliar a criar um software, através das nossas ideias.
1.6.4.1 O Programa
O programa foi desenvolvido pela empresa WS Suporte. Ele é um programa que se
adequa bem a empresas que querem começar a informatizar as informações da manutenção, por
traz uma Interface limpa, menus intuitivos e linguagem simples.
Como o sistema foi desenvolvido juntamente com a gente, nos mesmos conseguimos
treinar o pessoal para usar, o que ajuda bastante no período de implantação. Outra vantagem
que o sistema traz é que podemos personalizar o software de acordo com as nossas
necessidades.
O sistema foi nomeado como PCM, devido as funções que ele irá apresentar. A seguir
está apresentado o layout inicial do sistema.
32
Após a criação do sistema, o primeiro passo foi a inclusão dos equipamentos e suas
características na base de dados do sistema. Dessa base que sai as informações contidas nas
ordens de serviço. No sistema é possível criar e editar: código do equipamento, grupo,
fabricante, modelo, ano de fabricação, dados da documentação, características do equipamento
(como: comprimento, largura, altura, peso, capacidade, tração, potência, entre outros), dados
ficais (como: proprietário, data da aquisição, valor da aquisição, garantia), depreciação e
locação, seguro e financiamento, pneus, etc.
planejamento que irá definir a prioridade de cada serviço e programar a parada para realizar tal
intervenção, gerando assim as corretivas programadas.
A primeira premissa para dar início a criação do sistema foi definir a equipe que
compunha o setor de manutenção e as responsabilidades de cada um. A equipe ficou definida
em: gestão, coordenação, planejamento e controle e mecânicos.
Mecânico
Eletricista
Borracheiro
Com a organização das funções ficou mais fácil identificar quais seriam as principais
funções do PCM. As atividades principais estão descritas na tabela abaixo:
ATIVIDADES TAREFAS
• Realizar o controle de estoque dos seguintes itens:
Combustível, Lubrificante, Filtros, Peças e
acessórios, Pneus e materiais de consumo;
• Fazer um levantamento destes itens em estoque,
Controle de Estoque codificar de acordo com seus códigos originais;
• Cadastro dos itens identificados;
• Recebimento de material e organização no estoque
• Saída de material.
• Realizar os pedidos de compra;
cadastro de novos produtos;
cadastro de novos fornecedores.
Compras
• Recebimento e lançamento de todas as ordens de
serviço;
• Criação de ordens de serviço para corretivas
planejadas;
• Programar a realização das ordens de serviço.
Ordem de Serviço
• Auxiliar na programação e criação das preventivas;
• Trabalhar normas e padrões a serem cumpridos;
• Organização das notas fiscais.
Administrativo
Tabela 2 - Principais atividades do PCM
O sistema criado visa auxiliar o PCM em suas atividades, com objetivo de levantar os
dados e gerar resultados que serão apresentados para coordenação e gestão do setor. O
desenvolvimento deste foi baseado em cada uma das atividades do PCM. Desta forma o sistema
se dividiu em três e ficaram denominados como: PCM (Planejamento e Controle de
Manutenções), PCS (Planejamento e Controle de Suprimentos) e PCP (Planejamento e Controle
de Pneus).
O PCS foi criado com o objetivo de controlar o estoque, nele foi cadastrado todos os
itens utilizados pela manutenção. Para cada um desses itens criou-se um estoque regulador, que
define a quantidade mínima e máxima que se deve ter em estoque daquele material. O sistema
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identifica quando o material chegou no seu estoque mínimo e gera uma solicitação de compra
para reposição deste material. Está solicitação de compras é encaminhada ao setor de compras
da empresa, onde irá orça e comprar o material. A compra dos materiais para o setor pode ser
realizada de duas formas: através da solicitação de reposição de estoque gerada pelo sistema ou
a compra para apropriação direta em um equipamento. A última ocorre quando não se tem o
item em estoque e nem é viável se ter, devido à baixa demanda e ao alto custo.
Na parte de solicitação do compras é necessário preencher alguns campos como para
conseguir rastrear a compra como: número da solicitação, data da solicitação, nº do pedido, data
do pedido, centro de custo, material, quantidade prioridade. O setor de compras classificou a
prioridade para que o material chegue até s solicitante em: imediato (até 24 horas úteis), urgente
(até 48 horas úteis), normal (até 168 horas úteis) e reposição de estoque (em até 360 horas úteis).
Por isso o estoque mínimo deve considerar esses quinze dias para ter seu estoque reposto.
Após preencher esses dados ao entrar na solicitação ela vai atualizando e te mostrando
a quantidade de prazo que tem para o seu material chegar e/ou se a sua solicitação está em
atraso.
A solicitação possui 5 tipos de status: pendente, enviada, recebida, integrada e
cancelada. O status pendente é quando a solicitação foi gerada, porém ainda não enviada ao
setor de compras. O enviada é quando a solicitação já está com setor de compras, a recebida é
quando o material chega, a integrada é quando dá a entrada do material no sistema e a cancelada
é quando não há mais a necessidade daquele material ou o pedido chegou errado.
Para integrar a solicitação é preciso entrar com alguns dados como: o número da nota
fiscal, a data da nota fiscal e o valor de cada item. Essa integração deve ser realizada no máximo
dois dias após a chegada do material. Visto que, quando material chega é necessário realizar
sua conferência antes de dar a entrada no sistema. Após a integração o material já consta no
saldo do estoque do sistema.
Para baixar os materiais do estoque os itens são aplicados dentro da ordem de serviço
de algum equipamento e ao integrar essa ordem de serviço o custo do item já vai diretamente
para aquele equipamento e o material é baixado do sistema.
No PCM foram cadastrados os equipamentos, juntamente com seus respectivos códigos,
ao qual denominamos prefixo, e também o alocamos nas suas respectivas filiais. O PCM é a
parte do sistema onde fazemos os lançamentos de leitor diário, ordem de serviço corretiva
interna e externa e as ordens de serviço de preventiva.
Para realizar as corretivas tanto programadas como não programadas são abertas ordens
de serviço. As programadas são para aqueles serviços que não são tão urgentes e que não irão
39
Além disso, o sistema é bem flexível para implementar qualquer outro relatório que
consideramos importantes para análises.
Novos fluxos de trabalhos tiveram que ser criados para que a implantação funcionasse.
As solicitações de compra antes feitas de forma desordenada agora passaram a ser controladas
pelo sistema.
Semanalmente as ordens de serviço aberta através dos check list dos equipamentos é
passado para equipe de coordenação, para que possam analisar as intervenções necessárias e
planejar a parada do equipamento.
Uma grande mudança que teve no setor foi que a manutenção preventiva passou a ser
de total responsabilidade da manutenção. A produção só auxilia na programação de parada do
equipamento.
1.6.6 Resultados
A implantação do sistema de controle e planejamento de manutenção iniciou-se em
junho de 2022 e continua até a data desta escrita. Ao todo foram 5 meses de utilização do
sistema na empresa. Obteve-se resultados que refletiu de forma instantânea na rotina da
empresa.
Para realizar tal implantação necessitou de uma mudança de cultura e ações. O setor de
manutenção precisou ser treinado, pois houve a implementação de um novo método de trabalho,
e o setor operacional precisou mudar a forma em que acionavam a manutenção para o chamado
de uma corretiva. Inicialmente encontramos uma resistência de ambos os lados, porém como o
projeto foi apoiado pela diretoria conseguimos obter bons resultados.
A primeira ação tomada foi o fortalecimento do PCM, que antes era visto apenas como um setor
de arquivamento de ordens de serviço. O PCM ganhou uma nova estruturação na empresa,
passando de subordinação aos encarregados para o mesmo nível hierárquico, além do setor ter
ganhado uma coordenadora. A figura 15 apresenta o novo fluxograma do setor por projeto
42
A maior parte das intervenções de manutenção da empresa ainda são de forma corretiva.
Antes da implantação do sistema e da reformulação do setor os motoristas dos equipamentos
abriam o chamado diretamente com a equipe da mecânica, desta forma muitos chamados se
perdiam por motivo de esquecimento, o que acabava gerando repetição de solicitação de
serviço. Com a passada de responsabilidade das aberturas das solicitações e ordens de serviço
para o PCM a manutenção aumentou a credibilidade e melhorou a comunicação entre o
departamento e a empresa.
Com a implementação do sistema passamos a ter controle das horas em que as
preventivas deveriam ser executadas e com auxílio do PCM começamos a programar as paradas
dos equipamentos para que as manutenções preventivas começassem a serem realizadas no
prazo, conforme mostra o gráfico 1.
43
% DE PREVENTIVAS NO PRAZO
120%
100%
77%
80% 68% 71%
60%
46%
40% 39%
40%
20%
0%
JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO
Ao realizar as preventivas de forma eficaz, analisando todos os itens que ela traz, como
por exemplo: troca os óleos e os filtros, sistema de freio, iluminação, ruídos, entre outros.
Conseguimos observar que à medida que as preventivas eram realizadas o número de corretivas
diminui significativamente, bem como a disponibilidade dos equipamentos aumentaram. Os
gráficos 2 e 3 representam a o que foi mencionado anteriormente.
Nº DE CHAMADOS DE CORRETIVA
400
350
300
250
200
150
100
50
0
JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO
DISPONIBILIDADE
100%
90% 81%
79%
80% 74% 76%
70% 72%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO
DISPONIBILIDADE META
DISPONIBILIDADE
100%
90% 81%
79%
80% 74% 76%
70% 72%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO
DISPONIBILIDADE META
CONCLUSÃO
Este trabalho apresentou os resultados da implantação de um sistema de planejamento e
controle de manutenção em uma empresa de coleta de resíduos localizada no Rio de Janeiro,
mostrando o antes e o depois da aplicação do sistema.
A implantação do sistema saiu conforme esperávamos, por ser um sistema “criado” pela
própria empresa conseguimos uma alta capacidade no tratamento dos dados, uma fácil
personalização, além da facilidade no compartilhamento dos arquivos e das informações.
De acordo com a análise feita sobre os resultados obtidos afirma-se que o sistema aplicado
ao setor de manutenção proporcionou melhorias tanto no processo gerencial como no
operacional, sendo o principal deles o aumento da disponibilidade dos equipamentos.
REFERÊNCIA
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