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Com a finalidade de auxiliá-lo nos trâmites de importação, ele contratou os serviços de *O 3º (Modelo 2017), licenciado no Estado de Alagoas, foi

s, foi adquirido usado, do Consulado de


despacho aduaneiro da empresa “Importações Sergipe Ltda.”, localizada em Aracajú/SE. Portugal, localizado em Maceió, até então proprietário do veículo e beneficiário de isenção
O desembaraço aduaneiro do VEÍCULO IMPORTADO ocorreu no Porto do Recife, localizado de IPVA.
no Município do Recife/PE. Relativamente à situação acima descrita, há: ↳ Art. 3º O fato gerador do imposto ocorre: V - no dia 1º de janeiro do exercício da revogação
A.ICMS devido ao Estado de Pernambuco, relativamente à importação do veículo, conforme ou anulação da não-incidência ou isenção, quando o interessado deixar de preencher as
estabelece a LC 87/96. condições e os requisitos (1º.01.2019) previstos nesta ou em outra lei que a conceder;
↳EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE
CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS. ICMS. IMPORTAÇÃO. SUJEITO ATIVO. B.2019, ocorreu na data da nacionalização do veículo, que se deu com seu registro no órgão
ALINEA ‘A’ DO INCISO IX DO §2º DO ART. 155 DA MAGNA CARTA. ESTABELECIMENTO de trânsito estadual. *O 1º deles (Modelo 2019 − “0 Km”) foi importado diretamente do
JURÍDICO DO IMPORTADOR. O sujeito ativo da relação jurídico-tributária do ICMS é o exterior por ele.
Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário jurídico da ↳ Art. 3º O fato gerador do imposto ocorre:
mercadoria (alínea 'a' do inciso IX do § 2º do art. 155 da..); pouco importando se o IV - tratando-se de veículo de procedência estrangeira, para efeito da 1ª tributação:
desembaraço aduaneiro ocorreu por meio de ente federativo diverso.” (RE 299.079-5/RJ; a) na data do desembaraço aduaneiro, quando importado por consumidor final
Rel. Min. Carlos Britto; v.u.; j. 30/6/2004; DJ 16/6/2006)
C.2016, ocorreu na data em que Eliseu Rodolfo adquiriu o veículo.
C.ISSQN devido ao Município de Aracaju, local em que se consideram prestados os serviços *O 4º (Modelo 2016), já licenciado no Estado de Alagoas, foi adquirido USADO, de empresa
de despacho aduaneiro, conforme estabelece a Lei Complementar n° 116/2003. revendedora de veículos, localizada em Arapiraca/AL.
↳ LC 116/2003. Art.3º: O serviço considera-se prestado, e o imposto, devido, no local do ↳ Art. 3º O fato gerador do imposto ocorre: II - para veículo usado: no dia 1º de janeiro de
estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do cada exercício;
prestador, exceto nas hipóteses previstas nos incisos I a XXV, quando o imposto será devido Lei catarinense, publicada em 01.12.2008, alterou, de 3% para 4%, a alíquota do IPVA
no local. relativo à propriedade de veículo USADO, movido a gasolina. Assinale a alternativa que
Logo, tendo sido o serviço de despacho aduaneiro realizado no Município de Aracajú-SE, indique a data que tal aumento pôde ser cobrado.
local da empresa "Importações Sergipe LTDA", o ISSQN é devido ao referido município. C. 01.01.2010. *este tributo deve respeitar as 2 anterioridades (anual e nonagesimal), então
ele somente poderá ser cobrado em 02/03/2009. No entanto, o fato gerador do IPVA para
Eliseu Rodolfo, empresário alagoano, domiciliado em Maceió/AL, COLECIONA VEÍCULOS veículos usados é a propriedade de veículo automotor no primeiro dia do ano de exercício.
IMPORTADOS, de cor vermelha. No mês de maio de 2019, ele adquiriu 4 desses veículos Desta forma, em 2009 este aumento nâo poderá ser exigido, nos restando computar o fato
para sua coleção. gerador no primeiro dia do ano seguinte, ou seja, 01/01/2010.
O 1º deles (Modelo 2019 − “0 Km”) foi importado diretamente do exterior por ele.
O 2º (Modelo 2018) foi adquirido novo (“0 Km”), de empresa revendedora, localizada em D.2017, ocorreu no 10º dia útil posterior à venda do veículo a Eliseu Rodolfo, pessoa que
Maceió, a qual promoveu sua importação. não faz jus a tratamento diplomático.
O 3º (Modelo 2017), licenciado no Estado de Alagoas, foi adquirido usado, do Consulado de Art. 3º O fato gerador do imposto ocorre: V - no dia 1º de janeiro do exercício da revogação
Portugal, localizado em Maceió, até então proprietário do veículo e beneficiário de isenção ou anulação da não-incidência ou isenção, quando o interessado deixar de preencher as
de IPVA, nos termos do art. 6° , I, da Lei estadual 6.555/04. condições e os requisitos (1º.01.19) previstos nesta ou em outra lei que a conceder.
O 4º (Modelo 2016), já licenciado no Estado de Alagoas, foi adquirido usado, de empresa
revendedora de veículos, localizada em Arapiraca/AL. E.2018, ocorreu na DATA DE SUA AQUISIÇÃO por Eliseu Rodolfo. CERTA.
De acordo com a Lei estadual 6.555/2004, que dispõe sobre o tratamento tributário relativo *O 2º (Modelo 2018) foi adquirido novo (“0 Km”), de empresa revendedora, localizada em
ao Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores − IPVA, o FATO GERADOR deste Maceió, a qual promoveu sua importação
imposto, relativamente ao exercício de 2019, no tocante ao MODELO: ↳ Art. 3º O fato gerador do imposto ocorre:
IV - tratando-se de veículo de procedência estrangeira, para efeito da 1ª tributação:
A.2017, só ocorrerá, pela primeira vez, em 1° de janeiro de 2020. b) na data da aquisição por consumidor final, quando importado por empresa revendedora;
De acordo com a Lei estadual 5.077/89, que institui o Código Tributário do Estado de
Alagoas, o imposto sobre transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos E.os donatários de BENS MÓVEIS situados no Estado de Alagoas são contribuintes do
(ITCD) incide sobre as aquisições desses bens ou direitos por [títulos de sucessão legítima imposto devido a esse Estado, sempre que os doadores desses bens forem domiciliados
ou testamentária ou por doação]. De acordo com o referido diploma legal, ainda: fora dele.​​
A.para a fixação da ocorrência do fato gerador, nas transmissões causa mortis, sendo ↳ Não se pode confundir o contribuinte do ITCMD, que, no caso de doação, é o donatário,
impossível estabelecer a data da morte do de cujus, considera-se ocorrido o fato gerador no com o local onde é devido o imposto, no caso, o Estado onde tiver domiciliado o doador.
dia subsequente à data em que o de cujus foi visto vivo pela última vez. Tratando-se de bens móveis, como é o caso da questão, o imposto será devido onde tiver
↳ Art. 163. Considera-se ocorrido o fato gerador: domicílio o doador.
§único. Havendo impossibilidade de se estabelecer a data exata para a fixação da Considerando que o doador se localiza em outro Estado, a este será devido o imposto, não
ocorrência do fato gerador, tomar-se-á como válida aquela que: sendo, pois, o donatário o contribuinte, ainda que os bens doados estiverem situados no
I - nas transmissões causa mortis corresponder a abertura sucessória; Estado de Alagoas.
II - nas doações, corresponder ao 1º dia do ano civil em que o donatário recebeu a posse ou Registre-se, o que importação para definição do local onde será devido o ITCMD em se
o direito sobre a coisa doada. tratando de bens móveis na doação é onde estiver domiciliado o doador.
↳Segundo a legislação em vigor sobre o imposto referente à [transmissão causa mortis], a
alíquota do referido tributo poderá ser PROGRESSIVA. Em que pese a banca tenha cobrado a incidência da Lei Estadual, notem que há previsão
similar no CTN, veja:
B.são isentas do imposto as DOAÇÕES e LEGADOS de peças e de obras de arte a museus, Art. 35. O imposto, de competência dos Estados, sobre a transmissão de bens imóveis e de
públicos ou privados, situados no Estado de Alagoas, bem como a instituições culturais ou direitos a eles relativos tem como fato gerador: §único. Nas transmissões causa mortis,
de pesquisa, situadas no território nacional. ocorrem tantos fatos geradores distintos quantos sejam os herdeiros ou legatários.
↳ Art. 166. São ISENTOS do imposto: → Acredito que muitas legislações estaduais tenham reproduzido este comando nas leis
I - Os PROVENTOS e PENSÕES atribuídos aos herdeiros; estaduais... questões que já cobraram o tema (Q671123 - Q965503).
II - as doações e legados de peças e de obras de arte a museus e instituições de fins
culturais, situados neste Estado; →CF: Art. 155, §1º O imposto previsto no inciso I:
III - as doações as entidades beneficentes I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do
IV - as doações e legados as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. bem, ou ao DF.
V - a doação de bem imóvel destinado à moradia, vinculado a programa de assistência II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se processar o
social e habitação, para pessoas carentes ou de baixa renda. inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao DF;
→Lei Estadual nº 5.077/89:
C.considera-se ocorrido o fato gerador do imposto relativo às transmissões causa mortis na Art. 169 - São contribuintes do imposto as pessoas físicas ou jurídicas que se revestirem da
data da abertura do processo de inventário ou arrolamento judiciais, sempre que não for qualidade de:
possível fixar com exatidão a data da ocorrência do fato gerador. I - herdeiros ou legatários e donatários.
↳ Art. 163. Considera-se ocorrido o fato gerador: Art. 170 - Para efeito de recolhimento do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador no
§único. Havendo impossibilidade de se estabelecer a data exata para a fixação da Estado de Alagoas relativamente aos:
ocorrência do fato gerador, tomar-se-á como válida aquela que: II - bens móveis, títulos e créditos, se neste Estado:
I - nas transmissões causa mortis corresponder a abertura sucessória; a) tiver domicílio o doador.
II - nas doações, corresponder ao 1º dia do ano civil em que o donatário recebeu a posse ou
o direito sobre a coisa doada. Prefeito Municipal Aristóbulo ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra lei de
iniciativa do Poder Legislativo Municipal que acrescentou artigo ao Código Tributário
D.ocorrem tantos fatos geradores distintos quantos forem os herdeiros, legatários ou Municipal, concedendo isenção do pagamento da Contribuição para o Custeio do Serviço
donatários, mesmo que o bem ou direito, objeto da tributação, seja indivisível. CERTA. de Iluminação Pública (COSIP) às unidades consumidoras dos órgãos da Administração
↳ Art. 164. Ocorrem tantos fatos geradores distintos quantos forem os [herdeiros, legatários direta e indireta do Município, situado no Estado de Alagoas. À luz da disciplina
ou donatários], mesmo que o bem ou direito, objeto da tributação, seja indivisível. constitucional pertinente e da jurisprudência do STF, trata-se de ato:
A.inconstitucional, pois ocorre vício formal de iniciativa, uma vez que cria despesa sem a A CONCESSÃO DA ISENÇÃO encontra respaldo no art. 150, §6º CF/88. Art. 150. §6º
correspondente previsão de custeio para a Administração Municipal. Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido,
↳ Tese 682 da Repercussão Geral. Inexiste, na CF, reserva de iniciativa para leis de natureza anistia ou remissão, relativos a [impostos, taxas ou contribuições], só poderá ser
tributária, inclusive para as que concedem renúncia fiscal (STF. Plenário. ARE 743.480/MG, concedido mediante LEI ESPECÍFICA, [federal, estadual ou municipal], que regule
rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 20.10.2013). exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição,
sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g.
B.inconstitucional, pois significa alteração de tributo sem lei que o estabeleça.
↳ A LEI DE INICIATIVA PARLAMENTAR, descrita pela questão, dá integral cumprimento aos 1º A COSIP é tributo de competência dos Municípios: Art. 149-A Os Municípios e o DF
princípios da LEGALIDADE e IRRETROATIVIDADE. poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de
iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III → Se é competente para instituir
C. constitucional, diante do reconhecimento da natureza tributária da COSIP, bem como da é competente para isentar, pois a isenção se insere na competência tributária do ente. → 2º
COMPETÊNCIA CONCORRENTE para iniciar processo legislativo em matéria tributária. A competência para iniciar o PROCESSO LEGISLATIVO em MATÉRIA TRIBUTÁRIA não é
*prefeito municipal. exclusiva do executivo ou legislativo (é CONCORRENTE).

D.inconstitucional, porquanto caracteriza usurpação da competência tributária da União. ATENÇÃO: O enunciado da questão está mal elaborado:
↳ A competência, em verdade, é dos Municípios e do DF, conforme previsto pelo art. 149-A, 1º A lei é municipal, portanto não cabe ADI, tão somente ADPF.
caput, da CF: Os Municípios e o DF poderão instituir contribuição, na forma das respectivas 2º O Prefeito não é legitimado a propor ADI.
leis, para o custeio do SERVIÇO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA, observado o disposto no art.
150, I e III. Em pagamento de serviços que lhe foram prestados, Antônio emitiu CHEQUE NOMINAL em
favor de Bianca, que o endossou a Carlos, que, por sua vez, o ENDOSSOU a Débora. Após,
E. inconstitucional, porquanto a isenção da taxa viola a Constituição Estadual de Alagoas, Eduardo lançou AVAL no cheque, porém sem indicar quem seria o avalizado. Nesse caso,
bem como a CF. de acordo com a Lei do Cheque (Lei 7.357/1985):
↳ Em verdade, a isenção em questão, para além de se afigurar dentro da competência ↳considera-se avalizado Antônio, somente.
tributária do município.. ↳ Lei 7357/1985: Art. 30 O AVAL é lançado no cheque ou na folha de alongamento.
Exprime-se pelas palavras ‘’por aval’’, ou fórmula equivalente, com a assinatura do avalista.
→ A imunidade tributária recíproca destina-se aos IMPOSTOS. Considera-se como resultante da simples assinatura do avalista, aposta no anverso do
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, cheque, salvo quando se tratar da assinatura do emitente.
aos Estados, ao DF e aos Municípios: § único - O aval deve indicar o avalizado. Na falta de indicação, considera-se avalizado O
VI - instituir impostos sobre: EMITENTE.
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; →Em regra, o aval é dado do anverso do título, bastando a assinatura no avalista. Se feito
A contribuição de iluminação pública não tem natureza jurídica de imposto, razão pela qual no verso do título, além da assinatura deve conter expressa menção que se trata de aval.
não materializa aquele dispositivo constitucional. →O aval pode não indicar a quem foi dado (aval em branco) ou indicar expressamente quem
é o avalizado (aval em preto).
Impostos não possuem vinculação de receita, salvo art. 167, IV, da CR/88. A COSIP possui; →Quando existirem 2 ou + avais em branco, presume-se que sejam simultâneos, e não
Impostos não possuem, a priori, uma finalidade específica. A COSIP possui. sucessivos.
→STJ vem entendendo que é NULO o aval dado sem vênia conjugal.
Art. 149-A Os Municípios e o DF poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, →Aval não admite benefício de ordem, diferentemente da fiança em que é possível, uma vez
para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. que na fiança a responsabilidade do fiador é subsidiária.
§único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de
consumo de energia elétrica. A CF Estado de Alagoas estabelece, expressamente, em seu texto, que:
A.é vedado ao Estado, inclusive a suas autarquias e fundações, cobrar tributos sem → Em outras palavras, a questão pede a alternativa que tenha previsão na Lei Estadual nº
observância aos princípios da LEGALIDADE, IRRETROATIVIDADE, anterioridade 5.900/1996, mas não na Lei Kandir (Lei nº 87/1996), a respeito do fato gerador do ICMS.
nonagesimal (noventena) e anterioridade de exercício financeiro. A.à entrada no estabelecimento do contribuinte de mercadoria proveniente de outra unidade
↳ Art. 166. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas aos contribuintes, é vedado ao da Federação, destinada a integrar o respectivo ativo permanente ou a seu próprio uso ou
Estado e aos Municípios, inclusive suas autarquias e fundações, conforme o caso: III – consumo.
cobrar tributos: a) em relação a fatos gerados ocorridos antes do início da vigência da lei que art. 2º, V, da Lei estadual 5900/96.
os houver instituído ou aumentado; b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido Art. 2º Considera-se ocorrido o fato gerador do ICMS no momento:
publicada a lei que os instituiu ou aumentou; V - da entrada no estabelecimento do contribuinte de mercadoria proveniente de outra
unidade da Federação, destinada a integrar o respectivo ativo permanente ou a seu próprio
B.os Municípios podem instituir taxas em razão do exercício do poder de polícia ou pela uso ou consumo;
utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados aos
contribuintes ou postos à sua disposição, bem como contribuição de melhoria, decorrente de Visando promover a industrialização acelerada em seu território, o Estado “X”, em 1990,
obra pública. CERTA. mediante edição de lei ordinária, concedeu ISENÇÃO DE TODOS OS IMPOSTOS de
↳Art. 162, CE/AL: O Estado e os Municípios poderão instituir: competência estadual e de competência municipal, por 30 anos e em função de
II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia o pela utilização, efetiva ou potencial, determinadas condições, às indústrias que se instalassem no seu território. Com base no
de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados aos contribuintes ou postos à sua CTN e na CF:
disposição; A. a isenção concedida, relativamente aos impostos estaduais, é extensiva àqueles
III – contribuição de melhoria, decorrente de obra pública. instituídos após a sua concessão, independentemente de previsão legal nesse sentido.
↳Súmula 545 STF - Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, ↳ Art.177, CTN: Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva: II - aos
diferentemente daquelas, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia tributos instituídos posteriormente à sua concessão.
autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu.
B.a isenção concedida pelo Estado “X”, no que se refere ao IPVA, não pode ser revogada,
C. a observância do princípio da legalidade não se aplica à fixação da base de cálculo do mesmo que por meio de edição de nova lei ordinária. CERTA.
IPTU. ↳ Art. 178, CTN: A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de
determinadas condições, pode ser REVOGADA ou MODIFICADA por lei, a qualquer tempo,
D. é vedado ao Estado, ainda que com interesse público justificado, renunciar à Receita e observado o disposto no inciso III do art. 104
conceder isenções e anistias fiscais.
↳ Art. 166. VII – renunciar à Receita e conceder isenções e anistias fiscais, sem interesse C.a isenção concedida, relativamente aos impostos municipais, é extensiva àqueles
público justificado. instituídos após a sua concessão, independentemente de previsão legal nesse sentido.
↳ Vedação de ISENÇÃO HETERÔNOMA.
E. é vedado aos Estados exigir, aumentar, extinguir ou reduzir tributos, sem que lei o →Art. 151, CF: É vedado à União: III - instituir isenções de tributos da competência dos
estabeleça, ficando excluídas desta vedação a exigência e cobrança de emolumentos por Estados, do DF ou dos Municípios.
atos da Junta Comercial e de custas judiciais. →Art. 177, CTN: Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva: II - aos
↳ Art. 166. I – exigir, aumentar, extinguir ou reduzir impostos, taxas de quaisquer natureza, tributos instituídos posteriormente à sua concessão.
contribuições de melhoria, emolumentos por atos da Junta Comercial e custas judiciais, sem
lei que o estabeleça; D.os Estados não podem conceder isenção de impostos estaduais ou municipais, por prazo
superior a cinco anos, exceto se o fizerem por meio de lei complementar estadual.
O art. 12 da LC 87/96 define os FATOS GERADORES do ICMS e estabelece os momentos ↳ Os Estados não podem conceder isenções de tributos municipais (vedação à insenção
em que eles se consideram ocorridos. No tocante à Lei estadual 5.900/96, isso é feito no seu heterônoma).
art. 2°:
Embora não estejam definidos na LC 87/96, a Lei estadual 5.900/96 define o FATO E.a isenção concedida, relativamente aos impostos estaduais, é extensiva às taxas e às
GERADOR e o MOMENTO de sua ocorrência relativamente: contribuições de melhoria instituídas pelo Estado “X”, independentemente de previsão legal
nesse sentido, desde que elas recaiam sobre os mesmos bens ou direitos que são objeto de
incidência do referido imposto. → Nas operações INTERESTADUAIS, entre contribuintes, com gás natural e seus
↳ Art. 177, CTN. Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva: I - às taxas derivados, e lubrificantes e combustíveis não incluídos no inciso I deste §, o imposto SERÁ
e às contribuições de melhoria; REPARTIDO entre os Estados de origem e de destino, mantendo-se a mesma
proporcionalidade que ocorre nas operações com as demais mercadorias.
De acordo com a CF, o ICMS incide em operações que destinem:
A. combustíveis líquidos e lubrificantes derivados de petróleo a estabelecimento filial, →ICMS de competência dos Estados e DF incide quando ocorre circulação de mercadorias
localizado em outro Estado. ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação,
↳ Errado: combustíveis líquidos e lubrificantes, se derivados do petróleo, são imunes ao ainda que iniciem no exterior;
ICMS. Base legal: CF, Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos Exceção: não incidirá ICMS em energia elétrica, petróleo e seus derivados na circulação de
sobre: X - não incidirá: b) sobre operações que destinem a outros Estados PETRÓLEO, um estado para outro.
inclusive LUBRIFICANTES, COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS e GASOSOS dele derivados, e Sabendo essa regra já se poderia anular quase todas as questões, não importando se feitas
ENERGIA ELÉTRICA; entre coligadas ou filiadas, ou a finalidade da destinação, eh imune e ponto final.
MAS, é possível essa incidência por lei complementar que deverá definir os combustíveis e
B. gasolina a estabelecimento de empresa coligada, localizada em outro Estado, sem a lubrificantes atingidos (uma única vez), qualquer que seja a sua finalidade. Nessa hipótese
finalidade de ser utilizada como combustível em veículos automotores terrestres, em qual estado deverá pagar o ICMS?
aeronaves ou embarcações. >Se for caso de lubrificantes e combustíveis derivados de petróleo: o imposto caberá ao
↳ Errado: 1º porque, segundo o STF, o ICMS não incide sobre o mero deslocamento de Estado onde ocorrer o consumo.
mercadorias; 2º porque combustíveis incide para o consumidor final. Base legal: 1. CF, Art. > Se for caso de Gás natural/seus derivados e outros nao incluidos na hipotese acima: nao
155, §4º, I - nas operações com os lubrificantes e combustíveis derivados de petróleo, o HA IMUNIDADE, E POR ISSO PODE INCIDIR, E QUEM PAGARA? irá depender se feito
imposto caberá ao Estado onde ocorrer o consumo. 2. STF, RE 1.164.409. entre contribuintes ou não:
1. Operações interestaduais entre contribuintes (todos contribuem): o imposto será repartido
C. lubrificantes derivados de petróleo a estabelecimento filial, localizado em outro Estado, entre os Estados de origem e de destino, mantendo-se a proporcionalidade que ocorre nas
salvo disposição de lei complementar em contrário. operações com as demais mercadorias.
↳ Errado: de novo, os derivados petróleo são imunes e o mero deslocamento não tem efeito 2. Destinadas a não contribuinte (não reparte): o imposto caberá ao Estado de origem.
de gerar a tributação. Base legal: 1. CF, Art. 155. Compete aos Estados e ao DF instituir RESUMINDO: Se for caso de petróleo é onde consome, já o gás natural reparte entre
impostos sobre: X - não incidirá: b) sobre operações que destinem a outros Estados contribuintes, se não for contribuinte, caberá ao Estado de origem.
petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia
elétrica. 2. STF, RE 1.164.409. A Constituição do Estado de Alagoas estabelece que os MUNICÍPIOS têm competência para
instituir o imposto sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto
D.ao exterior lubrificante produzido integralmente com óleo de origem vegetal. sobre o óleo diesel, determina que esse imposto compete ao Município em que se completa
↳ Errado. Operação para o exterior são imunes ao ICMS. Base legal: CF, Art. 155. Compete sua venda a varejo e ainda estabelece que o referido imposto não exclui a incidência
aos Estados e ao DF instituir impostos sobre: X - não incidirá: a) sobre operações que concomitante do ICMS sobre as mesmas operações. Por sua vez, a Lei Orgânica do
destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no Município de Maceió estabelece que compete ao Município instituir o imposto sobre vendas
exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas a varejo de combustíveis líquidos ou gasosos, exceto sobre o óleo diesel, quando o negócio
operações e prestações anteriores. se completar no território do Município de Maceió, que sua incidência não exclui a incidência
do ICMS sobre a mesma operação e que suas alíquotas não poderão ultrapassar os limites
E. ÓLEO DE ORIGEM VEGETAL a destinatário localizado em outro Estado, com o FIM superiores estabelecidos em lei complementar federal. De acordo com a CF, os: D.
único e específico de ser utilizado como lubrificante. Municípios não têm competência para instituir esse imposto em seus territórios.
↳ Correto. Não há imunidade para GÁS NATURAL, derivados nem a outros combustíveis: a Não há competência delimitada na CF para os Municípios instituírem imposto sobre vendas
imunidade é para [petróleo e derivados]. Há, porém, outra regrinha, a título de conhecimento, a varejo de combustíveis líquidos e gasoso.
que segue abaixo. Base legal: CF, Art. 155, §4º, II.
↳ A incidência sobre a venda de combustíveis e lubrificantes se encontra no ICMS b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
monofásico, cuja competência é dos Estados (art. 155, § 2º, XII, “h”, §§ 3º e 4º, todos da aumentou.
CF).
III. O princípio da UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA admite excepcionalmente que sejam
Tendo em conta as informações acima e o disposto no Código Tributário do Município de concedidos INCENTIVOS FISCAIS destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento
Maceió (Lei municipal 6.685/17), relativamente ao exercício de 2018, socioeconômico entre as diferentes regiões do país.
A. o imóvel cedido para a instalação e funcionamento de serviço público municipal é isento ↳Art. 151. É VEDADO À UNIÃO:
do IPTU, relativamente às partes cedidas à Municipalidade. CERTA. I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique
↳ Lei Municipal nº 6.685/2017. Art. 152. São isentos do Imposto Sobre a Propriedade Predial distinção ou preferência em relação a Estado, ao DF ou a Município, em detrimento de outro,
e Territorial Urbana: I - O imóvel cedido gratuitamente para a instalação e funcionamento de admitida a concessão de INCENTIVOS FISCAIS destinados a promover o equilíbrio do
quaisquer serviços públicos municipais, relativamente às partes cedidas e enquanto durar a desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País;
prestação de serviço municipal;

→São princípios constitucionais tributários, que estão literalmente expressos na A Empresa Delta Ltda. sofreu penhora em parte de seus bens (maquinário) em função de
Constituição: execução fiscal. A dívida é de R$ 1 milhão. Os bens penhorados, à época em que adquiridos
A. o da PERSONALIZAÇÃO do imposto e o da TIPICIDADE. (há 2 anos), custaram R$ 1.250 mil. A Delta quer participar de uma licitação e necessita de
→Princípio aplicável ao PROCEDIMENTO DE FISCALIZAÇÃO: certidão positiva com efeitos de negativa. A esse respeito é correto afirmar que:
1.inquisitoriedade B. a certidão deve ser emitida, visto que a eventual insuficiência da penhora não lhe retira os
2.formalismo moderado efeitos próprios, dentre os quais o de suspender a exigibilidade do débito.
3.celeridade
4.dever de colaboração. Quanto à REPETIÇÃO DO INDÉBITO tributário, no caso de tributos lançados por
→ não se aplica: o devido processo legal. homologação, analise as afirmativas a seguir.
I. O prazo de prescrição deve ser sempre contado a partir da data do pagamento.
Com base nos Princípios Constitucionais Tributários, analise as afirmativas a seguir: ↳ Nem sempre. Nas ações ajuizadas antes da entrada em vigor, vale o prazo de 10 anos.
I. A vedação que impede a União, os Estados, o DF e os Municípios de exigir ou aumentar
tributo sem lei que o estabeleça consagra o princípio da legalidade tributária. II. O prazo de prescrição deve ser contado a partir da data do pagamento, somente a partir
↳ PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: CF, Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas da promulgação da LC 118/05.
ao contribuinte, é VEDADO à União, aos Estados, ao DF e aos Municípios: I - exigir ou ↳ É a partir da entrada em vigor da LC 118.
aumentar tributo sem lei que o estabeleça.
III. O prazo de prescrição deve ser contado considerando 5 anos para a homologação
II. O princípio da irretroatividade tributária veda a cobrança de tributo no mesmo exercício (TÁCITA ou expressa) e 5 para o exercício do direito de ação.
financeiro em que tenha sido publicada a lei que o instituiu ou majorou. ↳Só vale para a homologação tácita.
↳Princípio da IRRETROATIVIDADE (art.150, III, a, CF bem como o art. 106 e 144 CTN)
Proíbe a retroatividade de lei nova gravosa alcançar fatos ocorridos ANTES DA SUA IV. O prazo de prescrição deve ser contado a partir da data do pagamento, apenas quando
VIGÊNCIA. Importante ressaltar que para a retroatividade das leis expressamente este ocorreu após a vigência da LC 118/05.
interpretativas e as que versem sobre infrações e sejam mais benéficas aos infratores. Estas ↳ CERTA. Antes, o prazo prescricional do direito de ação só era contado a partir da
últimas, cabe lembrar, NÃO retroagirão se já houver coisa julgada. homologação tácita.
↳PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE ANUAL OU COMUM - CF, Art. 150. Sem prejuízo de
outras garantias asseguradas ao contribuinte, é VEDADO à União, aos Estados, ao DF e V. O prazo de prescrição quando o pagamento ocorreu antes da vigência da LC 118/05, deve
aos Municípios: observar a legislação anterior, mas observar o limite de 5 anos a contar da lei nova. CERTA.
III - cobrar tributos: ↳ Esse é o entendimento do STJ. A chamada REGRA DE TRANSIÇÃO.
O prazo prescricional para que o contribuinte pleiteie a restituição de tributos pagos C.A cobrança judicial do crédito tributário não está sujeita a concurso de credores ou
indevidamente é de 5 anos, conforme previsto pela LC 118/05. habilitação em falência, recuperação judicial, inventário ou arrolamento. art. 187 CTN
↳é constitucional, mas o prazo quinquenal de prescrição passa a valer para os pedidos de D.São pagos preferencialmente a quaisquer créditos habilitados em inventário ou
restituição de indébitos tributários ajuizados APÓS 120 dias contados da publicação da LC, arrolamento, ou a outros encargos do monte, os créditos tributários vencidos ou vincendos a
ocorrida em 09.02.2005 – sendo inconstitucional a aplicação retroativa. cargo do de cujus ou de seu espólio, exigíveis no decurso do processo de inventário ou
arrolamento. art. 189 CTN
A taxa e o preço público se caracterizam por: E.São pagos preferencialmente a quaisquer outros os créditos tributários vencidos ou
D.a TAXA ter como sujeito ativo pessoa jurídica de direito público e o PREÇO PÚBLICO vincendos, a cargo de pessoas jurídicas de direito privado em liquidação judicial ou
poder ser exigido por pessoa jurídica de direito privado. voluntária, exigíveis no decurso da liquidação. art. 190 CTN.
A possibilidade de instituir uma taxa está diretamente vinculada:
C. ao CAMPO DE ATUAÇÃO da ENTIDADE FEDERATIVA. Em relação às MEDIDAS PROVISÓRIAS em matéria tributária, assinale a afirmativa correta.
A) TODOS OS ENTES podem instituir taxas. B.Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, como regra, só
B) Nem toda taxa tem contraprestação específica. Algumas são instituídas apenas em produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o
função da utilização potencial de serviços. último dia daquele em que foi editada.
C) CERTO: A taxa é instituída em função de atividades do ente federativo, seja o poder de →Não é admitida MP em qualquer hipótese para instituir ou majorar tributos previstos na CF.
polícia ou a disponibilização de serviços. Tais atividades devem estar relacionadas às →Não cabe MP em matéria objeto de LC (art. 62, §1º, III da CF). Empréstimo compulsório é
competências do Ente. LC.
D) Taxa não tem relação alguma com divisão de poder. →Imposto de importação é por LO, podendo, assim, ser objeto de MP.
E) As taxas devem ser instituídas dentro do princípio da legalidade, assim como os demais ↳Os tributos extrafiscais poderão ser instituídos ou majorados por MP. No entanto, uma vez
tributos majorados, terão INCIDÊNCIA IMEDIATA, não devendo, portanto, aguardar o exercício
financeiro seguinte da conversão em lei, quais sejam: II, IE, IPI, IOF e IEG.
A RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA em matéria tributária entre empresas pertencentes ao
mesmo conglomerado se caracteriza, precipuamente: Com base na CF, assinale a afirmativa incorreta:
B.pela realização conjunta da situação que caracterize o fato gerador. A.O ITR será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de for-ma a desestimular a
manutenção de propriedades improdutivas.
Em relação às PREFERÊNCIAS do CRÉDITO TRIBUTÁRIO previstas no CTN, assinale a B.A União poderá instituir na iminência ou no caso de guerra externa impostos
afirmativa incorreta. extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão
A.São extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos NO suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
CURSO do processo de falência. art. 188 CTN C.Em relação ao ICMS é facultado ao Senado Federal estabelecer alíquotas mínimas nas
operações internas, mediante resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria
B.Na falência, o crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for a natureza ou o absoluta de seus membros.
tempo da constituição deste, ressalvados os créditos decorrentes de acidente de trabalho ou D.Não incide ITBI sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de
da legislação do trabalho, independentemente do seu valor. pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos
↳Lei 11.101/05, art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem: decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses
I – os créditos derivados da LEGISLAÇÃO DO TRABALHO, limitados a 150 casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou
salários-mínimos por credor, e os decorrentes de ACIDENTES DE TRABALHO; direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil.
↳NA FALÊNCIA:I – o crédito tributário NÃO prefere aos créditos EXTRAconcursais ou às E.O IPI poderá ser seletivo, em função da essencialidade do produto, e será não-cumulativo,
importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, nem aos créditos com compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas
garantia real, no limite do valor do bem gravado;II – a lei poderá estabelecer LIMITES e anteriores.
condições para a preferência dos créditos decorrentes da legislação do trabalho; III – a ↳IPI: DEVERÁ
multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados. ICMS: PODERÁ
IV - produtos industrializados; (IPI) § 3º O imposto previsto no inciso IV:
I - será seletivo, em função da essencialidade do produto; ↳Embora a CF e o CTN adotem a teoria TRIPARTITE (Taxas, impostos e contribuições de
II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o melhoria)
montante cobrado nas anteriores; o STF segue a corrente PENTAPARTITE (Taxas, impostos, contribuições de melhoria,
III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior. empréstimos compulsórios e contribuições sociais) conforme evidenciado no julgado da RE
IV - terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do 146.733-9/SP.
imposto, na forma da lei. *os arts. 148 e 149 aludem a 2 outras modalidades tributárias, para cuja instituição só a
União é competente: o empréstimo compulsório e as contribuições sociais, inclusive as de
Com base na CF e suas atualizações e na jurisprudência do STF, julgue as afirmativas a intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou
seguir: econômicas.
I. As IMUNIDADES RECÍPROCAS vedam a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios de instituírem impostos sobre patrimônio, renda e serviços uns dos outros, e são D.A conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo não pode ensejar a
extensivas aos Correios e à Infraero. cobrança de empréstimo compulsório pela União, tendo em vista que esse dispositivo do
CTN não foi recepcionado pela CF.
II. Os partidos políticos, entidade sindicais dos trabalhadores, instituições de ensino e ↳Esta hipótese, prevista no art. 15, III CTN não consta no art. 148 da CF. *pode sim.
entidades assistenciais sem fins lucrativos são imunes ao pagamento de IPTU de imóveis de Art. 15. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir EMPRÉSTIMOS
sua titularidade, ainda que locados a terceiros, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado COMPULSÓRIOS:
nas respectivas atividades essenciais. I - guerra externa, ou sua iminência;
↳Súmula 724 do STF: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o II - calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os recursos
imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, c, CF, desde que o orçamentários disponíveis;
valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades. III - conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo.
§único. A LEI FIXARÁ obrigatoriamente o prazo do empréstimo e as condições de seu
III. A imunidade dos livros, jornais, periódicos e do papel destinado a sua impressão abrange resgate, observando, no que for aplicável, o disposto nesta Lei.
os filmes e papéis fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos.
↳Para o STF, a imunidade também abrange materiais assimiláveis ao papel. Ao contrário do E.A compensação de créditos tributários pode ser deferida em ação cautelar ou por medida
que o colega disse abaixo, a imunidade não alcança a tinta (vide, dentre outros, RE 346771 cautelar antecipatória, conforme orientação dominante no STJ.
AgR, Rel. Min. NELSON JOBIM, Segunda Turma, julgado em 19/11/2002). ↳Súmula 212 do STJ: A compensação de créditos tributários não pode ser deferida em ação
cautelar ou por medida liminar cautelar ou antecipatória.
Com base na jurisprudência do STF e do STJ, assinale a afirmativa incorreta. →STJ Sumula 213: O Mandado de segurança (MS) constitui ação adequada para a
A.A intervenção do Ministério Público nas execuções fiscais é desnecessária. declaração do direito a compensação tributaria.
↳Súmula 189 do STJ: "É desnecessária a intervenção do Ministério Público nas execuções →Súmula 460: È incabível o mandado de segurança para CONVALIDAR a compensação
fiscais." tributaria realizada pelo contribuinte.

B.A decisão que reconhece que o contribuinte de jure não recuperou do contribuinte de facto Assinale a afirmativa incorreta.
o quantum respectivo, admite a restituição do tributo pago indevidamente. A.No Direito Tributário são solidariamente obrigadas as pessoas que tenham interesse
↳Súmula 546 do STF: "Cabe a restituição do tributo pago indevidamente, quando comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal e as pessoas
reconhecido por decisão, que o contribuinte "de jure" não recuperou do contribuinte "de expressamente designadas por lei, e não comporta o benefício de ordem. CERTA.
facto" o "quantum" respectivo." ↳CTN, Art.124. São SOLIDARIAMENTE OBRIGADAS:
I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o FG da obrigação
C.A adoção da teoria do "pentapartite" pelo STF implica a adoção de 5 modalidades de principal;
tributos previstos na CF. Em conseqüência, a Súmula 418 STF, que dispõe que "o II - as pessoas expressamente designadas p/lei.
empréstimo compulsório não é tributo, e sua arrecadação não está sujeita à exigência §único. A solidariedade referida neste artigo ñ comporta benefício de ordem.
constitucional de prévia autorização orçamentária", perdeu sua eficácia.
B.A responsabilidade tributária por substituição "para frente", também denominada pela A.O PODER EXECUTIVO pode, atendidas as condições e limites estabelecidos em lei,
doutrina de substituição "progressiva" (CF), tem amparo no CTN e permite que a lei impute alterar por decreto as alíquotas do imposto de importação (II), de exportação (IE), imposto
responsabilidade tributária a terceiros vinculados ao fato gerador da respectiva obrigação. sobre produtos industrializados (IPI) e imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro
ERRADA. relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF).
↳A RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA PROGRESSIVA encontra amparo no art.150, §7º,
CF, e não no CTN. B.A UNIÃO poderá, como instrumento de atuação nas respectivas áreas, instituir
Art.150. §7.º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias
responsável p/pgto de imposto ou contribuição, cujo FG deva ocorrer posteriormente, profissionais ou econômicas.
assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o FG
presumido. C.Os impostos de importação (II) e de exportação (IE) são exceções ao princípio
constitucional da anterioridade tributária em razão de sua finalidade extrafiscal e podem ter
C.Salvo disposição legal em contrário, a responsabilidade por infração da legislação suas ALÍQUOTAS MAJORADAS e COBRADAS DE IMEDIATO.
tributária independe da intenção do agente ou do responsável, da efetividade, natureza e ↳Não respeitam nem a Geral e nem a Nonagesimal: 5. I.Importação, I. Exportação, IOF,
extensão dos efeitos do ato. CERTA. Imposto Extraordinário de Guerra e Empréstimo Compulsório de Guerra e Calamidade
↳ CTN art. 136. Responsabilidade por Infrações. Art. 136. Salvo disposição de lei em Pública.
contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do ↳Não respeitam a Geral, mas devem respeitar a nonagesimal (ou seja, se no mesmo
agente ou do responsável e da [efetividade, natureza e extensão] dos efeitos do ato. exercício financeiro, deve respeitar o prazo e 90 dias,porém, se, por exemplo, forem
alteradas nos ultimos dias do ano, podem ser cobrado nos primeiros do ano seguinte 4. IPI,
D.A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se da validade jurídica dos atos ICMS-Combustível, CIDE-Combustível e Contribuições sociais para a Seguridade Social.
efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como a ↳Não respeitam a Nonagesimal, mas respeitam a Geral (3): Imposto de Renda (IR), Base de
natureza do seu objeto ou seus efeitos. É o chamado p p princípio do NON OLET, Cálculo do IPTU e Base de Cálculo do IPVA (ATENÇÃO, a ALÍQUOTA DEVE RESPEITAR).
consagrado pelo CTN. CERTA.
↳ CTN, Art.118. A definição legal do FG é interpretada abstraindo-se: D.O IPTU e o IPVA podem ter sua alíquota e base de cálculo majoradas e cobradas de
I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, imediato, por força da Emenda Constitucional 42/03, que os excepcionou do princípio da
ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos; anterioridade tributária, sendo irrelevante o exercício financeiro e a noventena.
II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.
→ De acordo com o non olet, o fato de ser irregular a importação em nada abala a aplicação E.A atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo não constitui majoração,
da norma tributária, exceto quanto ao Imposto de Importação (II), por concernir elemento conforme o disposto no CTN.
essencial da norma de tributação. ↳CTN, Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:
II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57
E.A competência tributária RESIDUAL é aquela concedida pela CF à União e permite a e 65;
instituição, mediante lei complementar (LC), do chamado "imposto residual da União", desde §2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, A
que não-cumulativo e não tenha fato gerador ou base de cálculo próprios dos impostos ATUALIZAÇÃO DO VALOR MONETÁRIO da respectiva base de cálculo.
discriminados na própria CF. CERTA.
↳ CF, Art.154. A União poderá instituir: Com base no CTN, em relação à legislação tributária, assinale a afirmativa incorreta:
I - mediante LC, impostos ñ previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e A.O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei.
não tenham FG ou BC próprios dos discriminados nesta CF. B.O emprego da eqüidade não poderá resultar na dispensa de pagamento de tributo devido.

De acordo com a CF e suas atualizações, analise as afirmativas abaixo e assinale a C.A lei tributária se aplica a ATO ou FATO PRETÉRITO, quando o ato não definitivamente
incorreta: julgado cominar penalidade menos severa que a prevista na lei ao tempo da sua prática ou
reduzir o valor do tributo devido. ERRADA.
↳ STF Súmula Vinculante nº 21 É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento
prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo. CERTA.

↳Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: B.O PROCESSO DE CONSULTA deverá ser APRESENTADO POR ESCRITO e poderá
I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de versar sobre dispositivos da legislação tributária aplicável a fato determinado ou a uma
penalidade à infração dos dispositivos interpretados; situação hipotética formulada pelo contribuinte que possa ensejar uma exigência fiscal
futura.
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado: ↳O Art. 46 do Decreto 70.235 apenas permite o processo de consulta com relação a
a) quando deixe de defini-lo como infração; dispositivos da legislação tributária aplicáveis a FATOS DETERMINADOS, e não a
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde hipotéticas exigências futuras.
que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo;
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da C.A conversão do depósito judicial em renda não extingue o crédito tributário, hipótese em
sua prática. que o fisco pode exigir do contribuinte o total do crédito, acrescido de juros e correção
↳Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e monetária, salvo eventual multa fiscal.
rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. ↳ De acordo com o Art.. 156, VI, a conversão do depósito em renda EXTINGUE o crédito
→Mesmo que alíquota, base de cálculo seja alterada, posteriormente, o valor do tributo será tributário.
cobrado de acordo com o que determinava a lei na época do fato gerador. Extinção do Crédito Tributário. Modalidades de Extinção:
Art. 156. EXTINGUEM o CRÉDITO TRIBUTÁRIO:
D.Dentre as normas complementares das leis, dos tratados e convenções internacionais e I - o pagamento;
dos decretos, encontram-se as práticas reiteradas observadas pelas autoridades II - a compensação;
administrativas. III - a transação;
↳Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções IV - remissão;
internacionais e dos decretos: V - a prescrição e a decadência;
I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; VI - a conversão de depósito em renda;
II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no
a lei atribua eficácia normativa; artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;
III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas; VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;
IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita
Municípios. administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
X - a decisão judicial passada em julgado.
E.A lei tributária que define infrações ou lhe comina penalidades, em caso de dúvida quanto XI – a DAÇÃO EM PEGAMENTO em BENS IMÓVEIS, na forma e condições estabelecidas
à natureza da penalidade aplicável ou a sua graduação, deve ser interpretada de maneira em lei.
mais favorável ao acusado. §único. A lei disporá quanto aos EFEITOS da extinção total ou parcial do crédito sobre a
↳CTN. Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se ulterior verificação da irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos artigos
da maneira mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto: IV - à natureza da 144 e 149.
penalidade aplicável, ou à sua graduação.
D. Segundo o CTN, a responsabilidade pela infração tributária, bem como os juros de mora
Com base no PROCESSO TRIBUTÁRIO, assinale a afirmativa correta. são afastados pela denúncia espontânea, desde que esta seja acompanhada de pagamento
A.É inconstitucional a exigibilidade do arrolamento de bens no valor equivalente a 30% da ou parcelamento do crédito tributário pelo sujeito passivo.
exigência fiscal, prevista pelo Decreto 70.235/72, como pressuposto de admissibilidade do ↳ A DENÚNCIA ESPONTÂNEA deve ser acompanhada do pagamento do tributo devido e
recurso voluntário na esfera administrativa federal, conforme procedência do pedido na ADI dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade competente,
1976/07. quando o montante do tributo dependa de apuração. (CTN. Art. 138).
B.A importância do crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo sujeito passivo,
E.Na hipótese de o contribuinte discutir o crédito tributário por meio de recurso administrativo como na hipótese de exigência por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo
ou mandado de segurança com pedido de medida liminar, ainda que indeferida, a certidão idêntico sobre o mesmo fato gerador.
de dívida ativa passa a ser positiva, com efeito de negativa.
↳ De acordo com o CTN, Art. 206, há 2 hipotéses para ser concedida certidão negativa com C.Julgado procedente o pedido formulado na ação de consignação, o pagamento se reputa
efeito positivo: existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que efetuado e a importância consignada é convertida em renda. Se improcedente a
tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa*. Nesta última, consignação no todo ou em parte, o crédito pode ser cobrado com o acréscimo de juros de
necessita o *deferimento da medida liminar, e não simples propositura da ação, *além de mora, sem prejuízo das penalidades cabíveis.
*outras hipóteses que suspendem a exigibilidade, previstas no CTN. ↳É o que dispóe o §2 do art. 164 do CTN: Art. 164. A importância de crédito tributário pode
ser CONSIGNADA JUDICIALMENTE pelo sujeito passivo, nos casos: §2º Julgada
CERTIDÕES NEGATIVAS: procedente a consignação, o pagamento se reputa efetuado e a importância consignada é
Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, quando exigível, convertida em renda; julgada improcedente a consignação no todo ou em parte, cobra-se o
seja feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento do interessado, que crédito acrescido de juros de mora, sem prejuízo das penalidades cabíveis.
contenha todas as informações necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e
ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se refere o pedido. §único. A D.Segundo a doutrina majoritária, o depósito preparatório do valor do débito,
certidão negativa será sempre expedida nos termos em que tenha sido requerida e será monetariamente corrigido e acrescido dos juros e multa de mora e demais encargos, não é
fornecida dentro de 10 dias da data da entrada do requerimento na repartição. pressuposto de admissibilidade da ação anulatória de débito fiscal; contudo, se efetuado o
depósito do montante integral nesse caso, estará suspensa a exigibilidade do crédito por
➸ Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a parte da Fazenda.
existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido ↳ depósito judicial não extingue, mas suspende o crédito tributário.
efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.
E.Prescreve em 5 anos a ação anulatória da decisão administrativa que denegar a
Art. 207. Independentemente de disposição legal permissiva, será dispensada a prova de restituição de TRIBUTOS PAGOS INDEVIDAMENTE. ERRADA.
quitação de tributos, ou o seu suprimento, quando se tratar de prática de ato indispensável ↳ Art. 169. Prescreve em 2 anos a ação anulatória da decisão administrativa que denegar a
para evitar a caducidade de direito, respondendo, porém, todos os participantes no ato pelo restituição.
tributo porventura devido, juros de mora e penalidades cabíveis, exceto as relativas a §único. O prazo de prescrição é interrompido pelo início da ação judicial, recomeçando o seu
infrações cuja responsabilidade seja pessoal ao infrator. curso, por metade, a partir da data da intimação validamente feita ao representante judicial
da Fazenda Pública interessada.
Art. 208. A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra a → O prazo para ajuizar essa ação anulatória específica é de 2 anos; trata-se de prazo de
Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o funcionário que a expedir, pelo crédito prescrição. O parágrafo único do art. 169 do CTN estabelece que o início da ação judicial
tributário e juros de mora acrescidos. interrompe a prescrição. É um caso especial de interrupção, porque, em vez de o prazo
§ único. O disposto neste artigo não exclui a responsabilidade criminal e funcional que no recomeçar do zero (como ocorre na interrupção comum), reinicia-se da metade (mais um
caso couber. ano), a partir da citação da Fazenda.
PAGAMENTO INDEVIDO:
Em relação ao PROCESSO TRIBUTÁRIO, assinale a afirmativa incorreta: Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à restituição
A. Segundo a doutrina majoritária, o contribuinte pode opor objeção de pré-executividade total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, ressalvado o
quando a execução fiscal violar preceitos de ordem pública, como, por exemplo, o disposto no § 4º do artigo 162, nos seguintes casos:
pagamento do crédito realizado antes da execução. I - cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da
↳A exceção de pré-executividade É ADMISSÍVEL na execução fiscal relativamente às legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador
matérias conhecíveis de ofício que não demandem dilação probatória. (Súmula 393, 1ª efetivamente ocorrido;
SEÇÃO, julgado em 23/09/09, DJe 07/10/09)
II - erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo 3 - Visto isso, se houve uma DOAÇÃO A TÍTULO GRATUITO de bem ou direito incidirá o
do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao ITCMD art 155,I CF/88. Este imposto é de competência do ESTADO. O tributo incidirá sobre
pagamento; o valor de 200.000, que é o valor da doação de um irmão para o outro.
III - reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória.
O STF já julgou hipótese em que uma (a EC n° 3) autorizou a instituição, por meio de lei
Art. 166. A restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do complementar, de um NOVO TRIBUTO (diverso daqueles até então previstos na CF).
respectivo encargo financeiro somente será feita a quem prove haver assumido o referido A mesma EC dispôs que o novo tributo não estaria sujeito ao princípio da anterioridade.
encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado Sobre este caso, assinale a alternativa que melhor retrata a decisão do STF.
a recebê-la. D.O novo tributo é constitucional, mas está sujeito à observância do PRINCÍPIO DA
ANTERIORIDADE, que, como garantia individual, não poderia ser afastado sequer por
Art. 167. A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição, na mesma proporção, Emenda Constitucional.
dos juros de mora e das penalidades pecuniárias, salvo as referentes a infrações de caráter
formal não prejudicadas pela causa da restituição. §único. A restituição vence juros não RE 587008 / SP:
capitalizáveis, a partir do trânsito em julgado da decisão definitiva que a determinar. 1. O poder constituinte DERIVADO não é ilimitado, visto que se submete ao processo
consignado no art. 60, §§ 2º e 3º, da CFl, bem assim aos limites materiais, circunstanciais e
Art. 168. O direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo de 5 anos, temporais dos §§ 1º, 4º e 5º do aludido artigo.
contados: 2. A anterioridade da norma tributária, quando essa é gravosa, representa uma das garantias
I - nas hipótese dos incisos I e II do artigo 165, da data da extinção do crédito tributário; fundamentais do contribuinte, traduzindo uma limitação ao poder impositivo do Estado.
II - na hipótese do inciso III do artigo 165, da data em que se tornar definitiva a decisão 3. A EC nº 10/96, especialmente quanto ao inciso III do art. 72 do ADCT – objeto de
administrativa ou passar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, questionamento - é um novo texto que veicula nova norma, e não mera prorrogação da
revogado ou rescindido a decisão condenatória. emenda anterior.
4. Hipótese de majoração da alíquota da CSSL para as pessoas jurídicas referidas no § 1º
Art. 169. Prescreve em 2 anos a ação anulatória da decisão administrativa que denegar a do art. 22 da Lei nº 8.212/91.
restituição. 5. Necessidade de observância do princípio da anterioridade nonagesimal contido no art.
§único. O prazo de prescrição é interrompido pelo início da ação judicial, recomeçando o seu 195, §6º, da CF.
curso, por metade, a partir da data da intimação validamente feita ao representante judicial §6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos
da Fazenda Pública interessada. 90 dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes
aplicando o disposto no art. 150, III, "b".
Na PARTILHA DE PATRIMÔNIO COMUM entre os irmãos Joaquim e Renato, constituído de
2 imóveis (1 no valor de R$ 600.000,00 e outro no valor de R$ 1.000.000,00), 3 cenários se ↳Em que pese a anterioridade ser garantia individual, caso o tributo em questão fosse com
desenham: finalidade extrafiscal (como imposto de importação, de exportação, IPI e IOF), não haveria
I. No 1º deles, Joaquim fica com o imóvel de valor menor, cabendo a Renato o imóvel de nenhum problema em não ser respeitado o princípio da anterioridade, seja de maneira
maior valor, sem qualquer tipo de compensação de Renato em favor de Joaquim; mitigada (como acontece no IPI e no IOF) ou de maneira absoluta (como no caso do II e do
↳No cenário (I) será devido tributo ao Estado, sobre a doaç de R$ 200.000,00. IE).
1 - O patrimônio é comum a ambos, logo do total de 1.600.000 cabe 800.000 a cada um. A
questão não fala que a fração da divisão é diferente, presume-se que cada um tem 50% do ↳O princípio da anterioridade tributária é inequívoca garantia individual do contribuinte,
valor total. implicando que sua violação produzirá irremissível vício de inconstitucionalidade. Assim se
2- Se 1 deles na divisão fica com 600.000 e outro fica com 1.000.000, que é o caso do posicionou o STF quando, ao analisar o art. 2º,§ 3º, da EC n.3, de 17-03-1993, que afastaria
cenário 1, presume-se que o que ficou com MAIS recebeu em DOAÇÃO do que ficou com o princípio da anterioridade tributária anual do antigo regime IPMF, entendeu que teria
menos, visto que NÃO houve compensação em dinheiro de quem recebeu mais. havido, com tal medida, uma violação à “garantia individual do contribuinte” (STF, ADIN n.
939-7, rel. Min. Sydney Sanches, j. 15-12-1993).
A proposição de AÇÃO ANULATÓRIA, estando em curso EXECUÇÃO FISCAL, é: Agentes do FISCO ESTADUAL apreenderam NOTAS e LIVROS FISCAIS, durante
C.possível, mas a SUSPENSÃO da exigibilidade do débito só se fará MEDIANTE PROVA do determinada atividade fiscalizadora na empresa Beta, sem estarem munidos de mandado
DEPÓSITO INTEGRAL do seu valor. CERTA. judicial para tal fim. Esse procedimento é considerado:
↳STJ/112.O depósito somente suspende a exigibilidade do crédito tributário se for integral e D. LEGAL, sendo os documentos de EXIBIÇÃO OBRIGATÓRIA PELO CONTRIBUINTE.
em dinheiro. ↳ Apreensão de documentos fiscais pela Fazenda dispensa ordem judicial. A apreensão de
E.possível, mas depende do depósito integral e em dinheiro do valor executado. ERRADA. documentos fiscais pela administração fazendária, sem ordem judicial, é legal. Com esse
↳STF SV n.28: É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de entendimento, a 5ª Turma do (STJ) manteve a condenação por crimes tributários de
admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito proprietário de lojas O Boticário em Brasília. Segundo o desembargador convocado Campos
tributário. Marques, a jurisprudência do STJ afirma que não representa ilegalidade a apreensão, por
fiscais tributários, de documentos e livros relacionados com a contabilidade da empresa,
O ESTADO MODERNO é caracterizado pelas FINANÇAS FUNCIONAIS, ou seja, pela sem o respectivo mandado judicial. O relator também apontou que, no caso de esses
atividade financeira do Estado orientada no sentido de influir sobre a conjuntura econômica. documentos servirem de prova de ilícitos, os originais não são devolvidos, apenas cópias. A
Prova desse fato é: lei ainda permite que sejam examinados fora do estabelecimento, desde que lavrado termo
C. a EXTRAFISCALIDADE marcante de alguns tributos. de retenção detalhado pela autoridade fiscal.
Todo tributo tem por objetivo fiscal: Obter receitas para custear as despesas do Estado. ↳CTN. Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer
Quando se presta a arrecadar receitas para despendê-las na consecução dos interesses disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar [mercadorias, livros,
públicos. arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais], dos comerciantes industriais
Com o desenvolvimento da tributação, crescimento do Estado e necessidade deste ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los.
regulamentar o poder econômico surge então a extrafiscalidade: tributo como instrumento de
regulamentar a atividade econômica. Em relação às MICROEMPRESAS e EMPRESAS DE PEQUENO PORTE, assinale a
→ quando se presta a influenciar na economia. Tributos como o Imposto de Importação e afirmativa correta.
Exportação, o IPI e os impostos sobre operaçãos financeiras, por exemplo, tem também a A.Para os efeitos da Lei Complementar 123/06, consideram-se microempresas e empresas
finalidade de promover essta atividade extra fiscal de influencia na economia. de pequeno porte somente as sociedades empresárias e o empresário definido no art. 966
CC.
Quanto à ELISÃO FISCAL é correto afirmar que: ↳Esqueceu a sociedade simples.
A. constitui PROCEDIMENTO LÍCITO de ECONOMIA DE TRIBUTOS, geralmente realizado Art.3º LC 123/06 Para os efeitos desta LC, consideram-se microempresas ou empresas de
ANTES da ocorrência do fato gerador. pequeno porte:
↳ Elisão é um expediente utilizado pelo contribuinte para atingir um impacto tributário menor, 1.a sociedade empresária,
em que se recorre a um ato ou negócio jurídico real, verdadeiro, sem vício no suporte fático, 2.a sociedade simples e o
nem na manifestação de vontade, o qual é lícito e admitido pelo sistema jurídico brasileiro. É 3.a empresa individual de responsabilidade limitada
um proceder legalmente autorizado, que ajuda a lei tributária a atingir a sua finalidade 4.empresário a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002
extrafiscal, quando presente. Diferente da evasão fiscal, são utilizados meios Devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de
legais na busca da descaracterização do fato gerador do tributo. Pressupõe a LICITUDE do Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:
comportamento do contribuinte. É um forma honesta de evitar a submissão a uma hipótese I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a
tributária desfavorável. R$ 360.000,00; e
↳Diferenças entre a elisão e a evasão fiscal. II - no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta
Ambas são formas de EVITAR O PAGAMENTO de tributos: superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos
→ ELIsão fiscal - meio LÍCITO - configura-se num planejamento que utiliza métodos legais mil reais).
para diminuir o peso da carga tributária num determinado orçamento. NÃO HÁ SEQUER a
OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR. B.As sociedades de cujo capital participe outra pessoa jurídica se incluem no REGIME
→ Evasão fiscal - meio ILÍCITO - configura-se na prática de manobras ilegais para evitar o DIFERENCIADO das microempresas e empresas de pequeno porte.
pagamento de tributos. O fato gerador ocorre, mas não há o pagamento do tributo.
↳Muito pelo contrário, estão expressamente excluídas. Art. 3º, §4º, inciso I da LC 123/06 - firma ou nome individual, responderá pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento
Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei adquirido, DEVIDOS ATÉ A DATA DO ATO, de forma:
Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar, para A. INTEGRAL se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade.
nenhum efeito legal, a PESSOA JURÍDICA: de cujo capital participe outra pessoa jurídica; art. 133…responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos
→ §4º Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei até à data do ato:
Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar, para I - INTEGRALMENTE, SE O ALIENANTE CESSAR A EXPLORAÇÃO DO COMÉRCIO,
nenhum efeito legal, a pessoa jurídica: INDÚSTRIA OU ATIVIDADE;
I - de cujo capital participe outra pessoa jurídica; II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de 6
II - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de
no exterior; comércio, indústria ou profissão.
… C.subsidiária com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar, após 6 meses a
XI - cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o contratante do serviço, contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio,
relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade. indústria ou profissão.

C.As SOCIEDADES POR AÇÕES não se incluem no regime diferenciado das B.integral, se este prosseguir na exploração ou iniciar, dentro de 6 meses a contar da data
microempresas e empresas de pequeno porte. CERTA. da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou
↳Art. 3º, §4º, inciso X Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto profissão.
nesta Lei Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar, D.subsidiária com o alienante, independentemente se este prosseguir ou na exploração ou
para nenhum efeito legal, a pessoa jurídica: constituída sob a forma de sociedade por ações. iniciar, dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em
→ Da Instituição e Abrangência. Art. 12. Fica instituído o Regime Especial Unificado de outro ramo de comércio, indústria ou profissão.
Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de E.exclusiva do alienante, não havendo responsabilidade do adquirente, já que as dívidas
Pequeno Porte - SIMPLES NACIONAL. tributárias são daquele.

D.As microempresas e empresas de pequeno porte estão excluídas da falência. Com base na jurisprudência sumulada pelo STF e pelo STJ, assinale a afirmativa incorreta.
Só estarão excluídas da falência quando constituídas sob a forma de sociedade simples. Art. A.É defeso ao Município atualizar o IPTU, mediante Decreto, em percentual superior ao
1º da Lei 11.101/05 Esta Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a índice oficial de correção monetária.
falência do empresário e da sociedade empresária, doravante referidos simplesmente como ↳ STJ Súmula Nº 160 É defeso, ao Município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em
devedor. percentual superior ao índice oficial de correção monetária.
E.O documento de propriedade ou contrato de locação do imóvel onde será instalada a
sede, filial ou outro estabelecimento da microempresa e empresa de pequeno porte pode ser B.O mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração do direito à
exigido pelos órgãos e entidades envolvidos. compensação tributária.
↳ Não pode ser exigido documento de propriedade ou contrato de locação imobiliária, salvo ↳ STJ Súmula nº 213 O mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração
para comprovação de endereço. Art. 10, inciso II da LC 123/06 Não poderão ser exigidos do direito à compensação tributária.
pelos órgãos e entidades envolvidos na abertura e fechamento de empresas, dos 3 âmbitos
de governo: documento de propriedade ou contrato de locação do imóvel onde será C.Os juros moratórios, na repetição de indébito tributário, são devidos a partir do trânsito em
instalada a sede, filial ou outro estabelecimento, salvo para comprovação do endereço julgado da sentença.
indicado; ↳ STJ Súmula nº 188 Os JUROS MORATÓRIOS, na repetição do indébito tributário, são
devidos a partir do TRÂNSITO EM JULGADO da sentença.
De acordo com o CTN, a PESSOA JURÍDICA de DIREITO PRIVADO que adquirir de outra,
por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou D.Norma legal que altera prazo de recolhimento de obrigação tributária se sujeita ao
profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob princípio da anterioridade tributária.
↳ STF Súmula nº 669 NORMA LEGAL que ALTERA O PRAZO DE RECOLHIMENTO da Estados e Municípios, mediante convênio, a inscrição em dívida estadual e municipal e a
obrigação tributária NÃO se sujeita ao princípio da anterioridade. cobrança judicial de tributos estaduais e municipais a que se refere essa lei. CERTA.
Essa assertiva é um combinado dos §§ 2º e 3º, do art. 41, da LC 123/2006: DO PROCESSO
E.É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o ITBI - imposto de JUDICIAL, transcritos a seguir:
transmissão inter vivos de bens imóveis com base no valor venal do imóvel. ↳ Art. 41.
↳STF Súmula nº 656 É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o §2º Os créditos tributários oriundos da aplicação desta Lei Complementar serão apurados,
imposto de transmissão "inter vivos" de bens imóveis - ITBI com base no valor venal do inscritos em Dívida Ativa da União e cobrados judicialmente pela Procuradoria-Geral da
imóvel. Fazenda Nacional, observado o disposto no inciso V do §5º deste artigo.
§3º Mediante convênio, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional PODERÁ DELEGAR
Em relação à legislação que instituiu o SuperSimples e a Super-Receita, assinale a aos Estados e Municípios a:
alternativa correta. 1. inscrição em dívida ativa estadual e municipal e a
A. A pessoa jurídica, independentemente de seu objeto, desde que enquadrada na condição 2. cobrança judicial dos tributos estaduais e municipais a que se refere esta Lei
de microempresa e de empresa de pequeno porte, na forma da lei, estará automaticamente Complementar.
submetida aos benefícios do Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno
Porte - Simples Nacional. E. A Lei 11.457/07 instituiu a Secretaria da Receita Federal do Brasil, conhecida como
↳Algumas pessoas jurídicas não podem participar da sistemática do SIMPLES (LC 123/06, SUPER-RECEITA, e unificou a Secretaria da Receita Federal e a Secretaria da Receita
art. 3º, §4º). Portanto, não é "independentemente do seu objeto". Entre outras, não poderão Previdenciária, extinguindo o INSS e transferindo para a Advocacia-Geral da União (AGU)
participar do SIMPLES as pessoas jurídicas: a representação judicial e extrajudicial do novo órgão, inclusive no que tange à matéria
- que participem do capital de outra pessoa jurídica ou que outra pessoa jurídica participe de tributária.
seu capital; ↳ A lei que instituiu a Super-Receita não extinguiu o INSS. O INSS continua gerenciando a
- constituídas como cooperativas, salvo as de consumo; concessão de benefícios e serviços do RGPS.
- que seja filial, sucursal, agência de pessoa jurídica com sede no exterior; →O que essa lei fez foi transferir a competência de ARRECADAR e FISCALIZAR as
- etc. contribuições previdenciárias para o âmbito da Receita Federal.

B. O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de


arrecadação, de vários tributos, entre eles o IPI e IOF.
↳Segundo o art. 13, §1º da LC 123/06, o IOF não se inclui na sistemática do SIMPLES.
O tributos incluídos são: IRPJ, IPI, CSLL, PIS/PASEP, COFINS, CPP (Contribuição
Patronal), ICMS e ISS.

C.A lei que instituiu o SuperSimples, em atenção à relevância do ICMS e ISS no conjunto de
impostos devidos pelas microempresas, e disposição do art. 179 CF, determinou a inclusão Em matéria de LANÇAMENTO e CRÉDITO TRIBUTÁRIO, assinale a alternativa correta.
desses impostos no âmbito do Simples após expressa autorização dos Estados e dos A.Em conformidade com o CTN, quando regularmente notificado o sujeito passivo, o
Municípios respectivamente. LANÇAMENTO somente pode ser alterado por impugnação do próprio sujeito passivo,
↳A lei do SIMPLES tem abrangência nacional, ou seja, abarca todos os entes da federação recurso de ofício ou por iniciativa de ofício da autoridade administrativa. CERTA.
(União, Estados, DF e Municípios). Seria inviável obter autorização expressa dos mais de ↳CTN. Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser
5000 municípios do país. alterado em virtude de:
I - impugnação do sujeito passivo;
D.Os créditos tributários oriundos da aplicação da lei complementar 123/06, que instituiu o II - recurso de ofício;
Simples Nacional, serão apurados, inscritos em Dívida Ativa da União e cobrados III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 149.
judicialmente pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), que pode delegar aos
B.A atividade administrativa do lançamento é obrigatória; contudo, será discricionária quando B.A dívida regularmente inscrita goza de presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de
o CTN expressamente autorizar. prova pré-constituída. Assim, com base na alteração introduzida no CTN pela Lei
↳ CTN. Art.142. §único. A atividade administrativa de lançamento é VINCULADA e Complementar 118/05, presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas,
OBRIGATÓRIA, sob pena de responsabilidade funcional. ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito
tributário regularmente inscrito como dívida ativa.
C.A "TEORIA DUALISTA" do Direito Tributário determina a aplicação da legislação vigente à ↳Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu
época do lançamento do tributo para a apuração do crédito tributário, em qualquer hipótese. começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário
↳CTN. Art.144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação regularmente inscrito como dívida ativa.
e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador
da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização,
ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao C.A PENHORA ON-LINE, no Direito Tributário, encontra amparo no CTN e permite a
crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir decretação judicial da indisponibilidade dos bens e direitos do devedor, com a comunicação
responsabilidade tributária a terceiros. da decisão, preferencialmente por MEIO ELETRÔNICO, aos órgãos e entidades que
§2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados por períodos certos de promovem os registros de transferência de bens, a fim de que, no âmbito de suas
tempo, desde que a respectiva lei fixe expressamente a data em que o fato gerador se atribuições, façam cumprir a ordem judicial.
considera ocorrido. ↳Art. 185-A. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem
apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz
D.A moratória, parcelamento, conversão do depósito em renda, concessão de liminar em determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos, comunicando a decisão,
mandado de segurança, reclamações e recursos administrativos são exemplos de preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem registros de
suspensão da exigibilidade do crédito tributário. ↳CTN. Art. 156. EXTINGUEM o crédito transferência de bens, especialmente ao registro público de imóveis e às autoridades
tributário: VI - a conversão de depósito em renda; supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais, a fim de que, no âmbito de
suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial.
E.A isenção não pode ser restrita a determinada região do território da entidade tributante,
sob pena de violação do princípio constitucional da isonomia tributária. D.Segundo o CTN, os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso
↳CTN. Art. 176. §único. A ISENÇÃO pode ser restrita a determinada região do território da do processo de falência são considerados extraconcursais.
entidade tributante, em função de condições a ela peculiares. ↳Art. 188. São EXTRACONCURSAIS os créditos tributários decorrentes de fatos geradores
ocorridos no curso do processo de falência.
Com relação à ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA e às Garantias e Privilégios do CRÉDITO
TRIBUTÁRIO, assinale a afirmativa incorreta. E.A enumeração das garantias do crédito tributário pelo CTN é taxativa, pois não permite
que outras garantias sejam previstas em lei. INCORRETA.
A.A certidão em que constar a existência de crédito não vencido, no curso de cobrança ↳Art. 183. A enumeração das garantias atribuídas neste Capítulo ao crédito tributário não
executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade tenha sido suspensa, exclui outras que sejam expressamente previstas em lei, em função da natureza ou das
será considerada "positiva, com efeito, de negativa". características do tributo a que se refiram.
↳Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, quando *garantias: algo positivo.
exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento do interessado,
que contenha todas as informações necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio O contribuinte realiza o fato gerador de ICMS em 01.03.2004. Em março de 2008 a
fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se refere... fiscalização, percebendo que o contribuinte não havia declarado nem recolhido o tributo,
↳Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a promove a autuação fiscal. No mesmo mês (março/2008) o contribuinte promove a
existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido impugnação administrativa da exigência fiscal. Em março de 2012 sobrevém a decisão
efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa. administrativa definitiva (assim entendida a decisão insuscetível de novo recurso do
contribuinte na fase administrativa).
Permanecendo inadimplido o crédito fiscal, a Fazenda Pública ajuíza, em março de 2013, a em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos
competente Execução Fiscal, à qual o contribuinte opõe Embargos de Devedor alegando a geradores, bases de cálculo e contribuintes" (Art. 146, inciso III, alínea a). O Estado do
EXTINÇÃO DO CRÉDITO por força da DECADÊNCIA e/ou da PRESCRIÇÃO. Diante do Amazonas institui, por meio de Lei Complementar, uma determinada taxa, cujo percentual
exposto, o magistrado incumbido de solucionar a causa deverá: vem a ser, depois, majorado por Lei Ordinária, que expressamente observa o princípio da
D. acolher o argumento da Fazenda, na impugnação aos Embargos de Devedor, no sentido anterioridade (tanto em relação ao exercício financeiro quanto ao decurso do prazo mínimo
de que não se consumou nem a decadência nem a prescrição. de 90 dias). Assinale a alternativa que é consentânea com o entendimento do STF sobre o
↳O ICMS é um imposto cujo lançamento se dá por homologação. Dessa forma, a princípio, o assunto:
prazo decadencial começa a fluir a partir da data do fato gerador, no caso, 1/3/2004 (art. A. A lei ordinária é válida, pois alterou lei complementar cuja eficácia era de lei ordinária, por
150, parágrafo 4o do CTN). No entanto, [quando o contribuinte não declara nem paga] o versar tema não reservado à lei complementar.
respectivo tributo, a contagem do prazo decadencial segue a regra do art. 173, inciso I, do ↳ A maioria dos ministros defendeu que a lei ordinária não está subordinada à
CTN, ou seja, REGRA GERAL da contagem de PRAZO DE DECADÊNCIA TRIBUTÁRIA. complementar, porque NÃO HÁ HIERARQUIA DE LEIS no ordenamento jurídico brasileiro,
↳Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 apenas competências relativas a cada espécie. Como a Cofins é uma contribuição já
anos, contados: prevista na Constituição, ela pode ser regulamentada por lei ordinária.
I - do 1º dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; ↳A questão é pacificada na jurisprudência e de simples compreensão. É consenso que quem
↳ 1/1/2005 - 1/1/2010. Notificação do contribuinte ocorreu em 2008, DENTRO do prazo pode o mais pode o menos. Logo, tema reservado a LO pode, naturalmente, ser tratado por
decandencial, nao ocorreu a decadência. meio de LC, que possui trâmite de aprovação mais rigoroso que da LO. No entando, o
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o contrário não pode ser feito, isto é, matéria reservada à LC jamais poderá ser tratada por LO.
lançamento anteriormente efetuado.
A CF prevê, em seu art. 145, que "A União, os Estados, o DF e os Municípios poderão
↳ Também não ocorreu a prescrição: instituir os seguintes tributos: I - impostos; II - taxas, em razão do exercício do poder de
Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em 5 anos, contados da data polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis,
da sua constituição definitiva. prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; III - contribuição de melhoria,
§único. A prescrição se interrompe: decorrente de obras públicas". Isso significa que;
I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; C. estas são as espécies tributárias que podem ser instituídas tanto pela União quanto pelos
II - pelo protesto judicial; Estados/DF e Municípios, sem prejuízo de outras previstas na própria CF.
III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do Assinale a alternativa que melhor sintetiza as distinções entre as ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
débito pelo devedor. indicadas:
E. O IMPOSTO pressupõe um ato do contribuinte e a TAXA pressupõe um ato do Poder
Público, sendo distintos os fatos geradores e as bases de cálculo dos 2 tributos.

Lei do Estado do Paraná autorizou a DOAÇÃO, com dispensa de licitação, de imóveis de


Também não se operou a prescrição, já que, o prazo prescricional de 5 anos para que a propriedade da Administração Direta estadual e da autarquia estadual Departamento de
Fazenda Pública execute a cobrança do tributo, começa a fluir: Estradas de Rodagem (DER) em favor da Companhia de Habitação do Paraná (COHAPAR -
a) da data em que efetuado o lançamento definitivo do tributo sociedade de economia mista), para fins de programa de regularização fundiária de
b) se houver impugnação administrativa do tributo, da data em que finalizado o procedimento interesse social de imóveis ocupados por antigos servidores da autarquia DER. Diante do
administrativo (2012) . entendimento jurisprudencial e/ou da legislação estadual do Paraná acerca da incidência do
→ No caso, o procedimento administrativo finalizou-se em março de 2012, data em que Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doações (ITCMD), no caso, é correto afirmar
começa a correr o prazo prescricional, finalizando este, apenas em 2017. que:
➸ não incide ITCMD na doação da COHAPAR, sociedade de economia mista (SEM), para
A CF prevê que "cabe à LEI COMPLEMENTAR estabelecer normas gerais em matéria de os antigos servidores da autarquia DER, na condição de donatários pessoas físicas;
legislação tributária, especialmente sobre definição de tributos e suas espécies, bem como,
↳Não incide o ITCMD contra a COHAPAR nem contra os antigos servidores do DER, uma ↳Contribuinte de FATO: é o que sofre o impacto financeiro no orçamento. No caso da compra
vez que existe Lei no Estado do Paraná prevendo a isenção do ITCMD nos casos de “de de uma TV, seria o consumidor.
imóvel destinado à construção de moradia vinculada a programa de habitação popular ou a ↳Contribuinte de DIREITO: é quem paga para o Estado, porém não sente no bolso, pois
programas de regularização fundiária de interesse social, estabelecidos em lei específica repassa o custo para o consumidor. Ex.: casas bahia, concessionária de energia elétrica.
(art. 11 Lei Estadual 18.573/15). Assim, percebe-se que a IMUNIDADE É OBJETIVA (se ↳ A IMUNIDADE TRIBUTÁRIA não incide quando os beneficiários são CONTRIBUINTES DE
relaciona ao imóvel) e não a quem recebe. Como se trata de imóvel destinado à FATO, apenas quando são contribuintes de direito:
regularização fundiária, há imunidade para todos. ↳A imunidade tributária SUBJETIVA aplica-se a seus beneficiários na posição de contribuinte
de direito, mas não na de simples contribuinte de fato, sendo irrelevante, para a verificação
José comprou de João, em julho de 21, um imóvel situado em Curitiba (PR), tendo sido da existência do beneplácito constitucional, a repercussão econômica do tributo envolvido.
lavrada a escritura pública de compra e venda [sem o recolhimento do Imposto sobre a • Se a entidade imune for contribuinte de direito: incide a imunidade subjetiva.
Transmissão de Bens Imóveis (ITBI)]. O Fisco Municipal pretende lavrar auto de infração • Se a entidade imune for contribuinte de fato: não incide a imunidade subjetiva.
para fins de lançamento e cobrança do ITBI, que entende devido, acrescido de multa de 10% STF. Plenário. RE 608872/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 22 e 23/2/2017
sobre o valor do imposto. À luz do entendimento do STF, no momento da lavratura desta (repercussão geral) (Info 855).
escritura pública de compra e venda:
➸ o tabelião, o comprador e o vendedor não poderão ser responsabilizados pelo pagamento A empresa XYZ Ltda. impetrou MANDADO DE SEGURANÇA para ver reconhecido seu
de tal ITBI não recolhido. direito de compensação, com encontro de contas a ser realizado em sede administrativa,
↳Recentemente o STF fixou a seguinte tese em repercussão geral sobre o recolhimento do referente a tributo que havia sido declarado inconstitucional em CONTROLE ABSTRATO de
ITBI: “O FATO GERADOR do imposto sobre transmissão inter vivos de bens imóveis (ITBI) constitucionalidade pelo STF. Em sua petição, apenas comprovou sua condição de
somente ocorre por EFETIVA TRANSFERÊNCIA da propriedade imobiliária, que SE DÁ contribuinte daquele tributo, mas sem juntar documentos comprobatórios dos recolhimentos
MEDIANTE REGISTRO. que reputa indevidos.
↳A questão fala que foi LAVRADA a escritura pública de compra e venda, que DEVE SER Diante desse cenário e à luz do entendimento do STF, analise as afirmativas a seguir,
LEVADA A REGISITRO no cartório de imóveis. Assim, percebe-se que o fato gerador do assinalando V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s).
ITBI ainda não ocorreu, pois, conforme o STF, só se dá mediante O REGISTRO DO (F) O mandado de segurança não constitui ação adequada para a declaração do direito à
IMÓVEL. compensação tributária.
↳ Súmula 213 STJ: O mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração do
LEI ORDINÁRIA do Estado X, acompanhada de estimativa de impacto orçamentário e direito à compensação tributária.
financeiro, proibiu a cobrança de ICMS nas contas de energia elétrica fornecida a TEMPLOS Não confunda com...
DE QUALQUER CULTO, desde que o imóvel esteja comprovadamente na propriedade ou Súmula 460: É incabível o mandado de segurança para convalidar a compensação tributária
posse da ENTIDADE RELIGIOSA e seja usado para a PRÁTICA RELIGIOSA. Diante desse realizada pelo contribuinte
cenário e à luz do entendimento do STF, é correto afirmar que: (V) A prova de sua condição de contribuinte é pressuposto desse mandado de segurança.
➸ a CONCESSÃO de tal benefício não enseja guerra fiscal nem indevida competição entre Pressuposto de legitimidade ativa...
os Estados; (F) A ausência da prova dos recolhimentos indevidos deve conduzir à extinção desse
↳ICMS – SERVIÇOS PÚBLICOS ESTADUAIS [PRÓPRIOS, DELEGADOS, mandado de segurança sem resolução do mérito.
TERCEIRIZADOS OU PRIVATIZADOS] DE ÁGUA, LUZ, TELEFONE E GÁS – IGREJAS E Só se quer declarar o direito à compensação. Para isso, não há necessidade de comprovar
TEMPLOS DE QUALQUER CRENÇA – CONTAS – AFASTAMENTO – “GUERRA FISCAL” – se fez os recolhimentos ou não. A restituição deve ser buscada, depois da declaração,
AUSÊNCIA DE CONFIGURAÇÃO. Longe fica de exigir consenso dos Estados a outorga de administrativamente, e, se isso não adiantar, o contribuinte precisa ajuizar ação própria de
benefício a igrejas e templos de qualquer crença para excluir o Imposto sobre Circulação de repetição de indébito tributário.
Mercadorias e Serviços nas contas de serviços públicos de água, luz, telefone e gás. Assim,
percebe-se que o STF entendeu que a concessão de isenção por não representar vantagem (V) A prova de sua CONDIÇÃO DE CONTRIBUINTE é pressuposto desse MANDADO DE
nenhuma para o Estado concedente [não pode ser considerada “guerra fiscal]”. (ADI SEGURANÇA.
3421/PR). ↳ Independentemente do objeto do mandado de segurança – com vistas a declarar o direito
à compensação tributária ou para obter juízo específico sobre as parcelas a serem
compensadas – é imprescindível a COMPROVAÇÃO de que o impetrante ocupa a posição ↳O STF afastou a possibilidade de os Municípios cobrarem taxa de combate a incêndio, na
de credor tributário. medida em que a tarefa de fiscalizar adequadamente os estabelecimentos, de modo que a
(F) A ausência da prova dos recolhimentos indevidos deve conduzir à extinção desse tarefa de evitar a ocorrência de incêndios caberia aos Estados, através da polícia militar e do
mandado de segurança sem resolução do mérito. corpo de bombeiros militares (STF, RE 643.247).
↳No caso em tela, o MS foi impetrado pela empresa XYZ Ltda. “para ver reconhecido seu ↳O Supremo consignou que a prevenção e o combate a incêndios se fazem mediante a
direito de compensação, com encontro de contas a ser realizado em sede administrativa”. atuação da polícia retratada no corpo de bombeiros, sendo atividade essencial do Estado e,
Nesse caso, “os comprovantes de recolhimento indevido serão exigidos posteriormente, na por isso, remunerada por meio de impostos. Desse modo, entendeu ser inconcebível que, a
esfera administrativa, quando o procedimento de compensação for submetido à verificação pretexto de prevenir sinistro relativo a incêndio, venha o Município a substituir-se ao Estado,
pelo Fisco”. STJ. 1ª Seção. REsp 1715256-SP, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, com a criação de tributo sob o rótulo de taxa.
julgado em 13/02/2019 (recurso repetitivo) (Info 643). ↳TAXA DE COMBATE A INCÊNDIO – INADEQUAÇÃO CONSTITUCIONAL. Descabe
↳Em síntese: Mandado de Segurança com o objetivo de declarar o direito à compensação introduzir no cenário tributário, como obrigação do contribuinte, taxa visando a prevenção e o
tributária: basta a comprovação de que o impetrante ocupa a posição de credor tributário, combate a incêndios, sendo imprópria a atuação do Município em tal campo. STF. RE
não necessitando a apresentação, nesse momento, dos comprovantes de recolhimento 643247, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 01/08/2017, DJe
indevido, visto que serão exigidos posteriormente, na esfera administrativa, quando o 19/12/2017 (Repercussão Geral) (Info 866).
procedimento de compensação for submetido à verificação pelo Fisco. ↳As TAXAS são tributos vinculados a atividade estatal dirigida a sujeito identificado ou
↳Por outro lado, Mandado de Segurança com vistas a obter juízo específico sobre as identificável, podendo decorrer do exercício do poder de polícia titularizado pelo ente
parcelas a serem compensadas, com efetiva investigação da liquidez e certeza dos créditos, arrecadador ou da utilização de serviço público específico e divisível posto à disposição do
ou, ainda, na hipótese em que os efeitos da sentença supõem a efetiva homologação da contribuinte. 2. A instituição de taxa exige que os serviços públicos por ela remunerados
compensação a ser realizada, o crédito do contribuinte depende de quantificação de modo cumulem os requisitos de especificidade e divisibilidade. Os serviços autorizadores de
que a inexistência de comprovação cabal dos valores indevidamente recolhidos representa a cobrança de taxas não podem ser prestados de forma geral e indistinta a toda a coletividade
ausência de prova pré-constituída indispensável à propositura da ação. (uti universi), mas apenas à parcela específica que dele frui, efetiva ou potencialmente, de
modo individualizado e mensurável (uti singuli). 3. A taxa anual de segurança contra incêndio
Em relação ao delito de INVASÃO DE DOMICÍLIO, é correto afirmar que: tem como fato gerador a prestação de atividade essencial geral e indivisível pelo corpo de
➸a ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA tem a necessidade de ordem judicial para adentrar ou bombeiros, sendo de utilidade genérica, devendo ser custeada pela receita dos impostos.
permanecer em domicílio contra a vontade de quem exerce em local privado não aberto ao (...) STF. Plenário. ADI 2908, Rel. Cármen Lúcia, julgado em 11/10/2019.
público sua atividade profissional.
Decreto do GOVERNADOR do Estado X de 30/12/2020 majorou o valor a ser pago de
Marcos, domiciliado em imóvel próprio localizado no Município Alfa (Estado Beta), recebeu IPVA por meio da incorporação de índices oficiais de atualização monetária à base de
notificação em 2021 referente ao pagamento de TAXA MUNICIPAL de combate a INCÊNCIO cálculo do imposto. O Decreto também determinou que produziria efeitos a partir de
quanto a esse imóvel, bem como outra notificação do Estado Beta cobrando TAXA 01/01/2021. Diante desse cenário e à luz do entendimento do STJ, tal Decreto:
ESTADUAL de combate a incêndio. À luz do CONCEITO DE TAXA presente na CF e no ➸ NÃO VIOLA o princípio da legalidade tributária NEM o da anterioridade tributária;
CTN, bem como do entendimento do STF, tal taxa de combate a incêndio: ↳Não há violação ao princípio da anterioridade nem ao da legalidade tributária.
➸não poderia ser cobrada nem pelo Município Alfa nem pelo Estado Beta; ↳Com relação ao princípio da legalidade, o art. 97, §2º, do CTN, afirma que “não constitui
↳A taxa não pode ser cobrada nem pelo Município nem pelo Estado. Com relação ao majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor
Município, temos que o STF já decidiu, em sede de repercussão geral, que “a segurança monetário da respectiva base de cálculo”. Assim, há permissão que ocorra a recomposição
pública, presentes a prevenção e o combate a incêndios, faz-se, no campo da atividade inflacionária por decreto.
precípua, pela unidade da Federação, e, porque serviço essencial, tem como a viabilizá-la a ↳Há, inclusive, súmula do STJ que afirma ser proibido ao Município atualizar o IPTU,
arrecadação de impostos, [não cabendo ao Município a criação de taxa para tal fim].” (Tema mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária (STJ,
16). Com relação ao Estado, é inconstitucional porque a taxa de incêndio é questão de Súmula 160), ou seja, até o valor da inflação é possível atualizar mediante decreto.
segurança pública. Assim, não pode ser cobrada mediante taxa, sendo financiada através ↳Com relação ao princípio da anterioridade, por sua vez, há permissivo constitucional
dos impostos. afastando o princípio da anterioridade nonagesimal da base de cálculo do IPVA (CF, art. 150,
§1º).
As reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário
O Estado X, dentro do PRAZO PRESCRICIONAL, ajuizou, em 10/01/2015, execução fiscal administrativo suspendem a exigibilidade do crédito tributário, dispensando o cumprimento
contra José por dívidas de tributos estaduais no valor de R$ 50.000,00. Não encontrados das obrigações assessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso,
bens penhoráveis, o juiz, em 10/04/2015, suspendeu o curso da execução pelo prazo de 1 ou dela consequentes.
ano. Nenhum bem foi encontrado, mas o juiz absteve-se de ordenar o arquivamento do feito. ↳CTN Art. 151. SUSPENDEM a exigibilidade do crédito tributário: III - as reclamações e os
Em 15/04/2021, José requereu que fosse reconhecida a prescrição da dívida, pedido esse recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo; Parágrafo
negado pelo juiz. Diante desse cenário e à luz do entendimento do STJ, é correto afirmar único. O disposto neste artigo NÃO DISPENSA o cumprimento das obrigações assessórios
que: dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela conseqüentes.
➸o prazo para consumação da PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE é de 5 anos, contados a
partir do fim da suspensão do curso da execução. Sobre as diversas espécies de impostos existentes na LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA, analise
↳Importante mencionar também a súmula 314 STJ, segundo a qual "em execução fiscal, não as afirmativas a seguir e assinale (V) para a verdadeira e (F) para a falsa.
localizados bens penhoráveis, suspende-se o processo por 1 ano, findo o qual se inicia o (V) O pagamento de férias não gozadas por necessidade do serviço não está sujeito a
prazo da PRESCRIÇÃO QUINQUENAL INTERCORRENTE. incidência do IR.
↳Súmula 125 - STJ: O pagamento de [férias não gozadas por necessidade do serviço] NÃO
Sapataria Moderna Ltda., SOCIEDADE empresária LIMITADA, foi autuada pela falta de ESTÁ SUJEITO a incidência do IR.
pagamento de COFINS, pelo que apresentou, no prazo correto, a [competente impugnação
administrativa] contra tal autuação. A impugnação foi julgada improcedente pala Delegacia (V) A incidência do IPTU sobre imóvel situado em área considerada pela lei local como
de Julgamento e a sociedade empresária interpôs recurso ao Conselho Administrativo de urbanizável ou de expansão urbana não está condicionada à existência dos melhoramentos
Recursos Fiscais, pendente de análise até o momento. Sobre a hipótese apresentada, tais como meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; abastecimento de
assinale a afirmativa correta. água; sistema de esgotos sanitários; rede de iluminação pública, com ou sem posteamento
para distribuição domiciliar e escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de
Caso venha a ser concedida por lei, moratória em caráter geral ou caráter individual, sem o 3 quilômetros do imóvel considerado.
prazo de duração do favor, haverá a suspensão da exigibilidade do crédito tributário. ↳Súmula 626 STJ: A incidência do IPTU sobre imóvel situado em área considerada pela lei
↳CTN art. 153. A lei que conceda moratória em CARÁTER GERAL ou autorize sua local como urbanizável ou de expansão urbana [não está condicionada à EXISTÊNCIA DE
concessão em CARÁTER INDIVIDUAL especificará, sem prejuízo de outros requisitos: I - o MELHORAMENTOS] elencados no art. 32, §1º, CTN.
PRAZO DE DURAÇÃO DO FAVOR; ↳ art. 32, §1º CTN Para os EFEITOS DESTE IMPOSTO, entende-se como ZONA URBANA a
definida em LEI MUNICIPAL; observado o requisito mínimo da [existência de
A decisão administrativa irreformável extingue o crédito tributário, assim entendida a melhoramentos] indicados em [pelo menos 2] dos incisos seguintes, construídos ou
definitiva na órbita administrativa, passível de objeto de ação anulatória. mantidos pelo Poder Público:
↳Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: I - moratória; CTN Art. 156. I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;
Extinguem o crédito tributário: IX - a DECISÃO ADMINISTRATIVA IRREFORMÁVEL, assim II - abastecimento de água;
entendida a definitiva na ÓRBITA ADMINISTRATIVA, que não mais possa ser objeto de III - sistema de esgotos sanitários;
ação anulatória; IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar;
V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3km do imóvel
A sociedade, por estar com RECURSO PENDENTE DE ANÁLISE, pode participar de considerado
licitação que exija PROVA DA QUITAÇÃO de determinado tributo.
↳Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: III - as reclamações e os recursos, (V) O fornecimento de mercadorias com a simultânea prestação de serviços em bares,
nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo; restaurantes e estabelecimentos similares constitui fato gerador do ICMS a incidir sobre o
Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior (CERTIDÃO NEGATIVA) a valor total da operação.
certidão de que conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança ↳Súmula 163 - STJ: O FORNECIMENTO DE MERCADORIAS com a simultânea
executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS em [bares, restaurantes e estabelecimentos similares] constitui
fato gerador do ICMS a incidir sobre o VALOR TOTAL DA OPERAÇÃO.
transferência de bens, especialmente ao registro público de imóveis e às autoridades
↳No caso de bares e restaurantes, a jurisprudência dos Tribunais Superiores entende que a supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais, a fim de que, no âmbito de
atividade desempenhada é de [circulação de mercadorias agregadas aos serviços (mista)]. suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial.
Ou seja, a ATIVIDADE PRINCIPAL de bares e restaurantes é efetivamente de Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por
CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS, verdadeira obrigação de dar e não de fazer. Ademais, a sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública por crédito tributário regularmente
LC n. 87/96 é expressa nesse sentido: Art. 2° O imposto (ICMS) incide: I - operações inscrito como dívida ativa desde que já em fase de execução.
relativas à circulação de mercadorias, inclusive o fornecimento de alimentação e bebidas em ↳ Art. 185, CTN. PRESUME FRAUDULENTA alienação ou oneração de bens ou rendas, ou
bares, restaurantes e estabelecimentos similares. Ademais, o serviço de bar e restaurante seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, [por crédito
também não consta do rol de serviços sujeitos a incidência de ISS, conforme anexo da LC tributário REGULARMENTE INSCRITO como DÍVIDA ATIVA].
116. Caso o serviço constasse do referido rol, seria o caso de incidir somente o ISS.
Portanto, o fornecimento de alimentação e bebidas em bares e restaurantes está sujeito A caracterização de má-fé do terceiro adquirente, ou mesmo a prova do conluio é necessária
apenas a incidência de ICMS sobre o valor total da operação, ainda que agregado de para caracterização da fraude à execução. *Vide comentário relativo à alternativa "a".
serviços relacionados.
Sobre o Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias
Caio, ADMINISTRADOR e SÓCIO da sociedade empresária LIMITADA Empório da Carne Terrestres, ou por sua Carga, a Pessoas Transportadas ou Não (Seguro DPVAT), conforme a
Ltda., atuante no ramo de compra e venda de produtos alimentícios, deixou de pagar o ICMS legislação e na linha da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, analise as afirmativas
da referida pessoa jurídica, o que levou ao ajuizamento da ação de execução fiscal a seguir e assinale (V) para a verdadeira e (F) para a falsa.
competente. Não encontrados bens em nome da pessoa jurídica, a mesma foi redirecionada
para Caio, que dolosamente, após o ajuizamento da execução fiscal, ALIENOU seus BENS (F) O seguro DPVAT é obrigatório, mas se faculta a celebração de sua contratação entre o
para Clóvis, seu irmão. Diante do caso apresentado, assinale a afirmativa correta. proprietário do veículo e uma seguradora de sua livre escolha.
➸Em face da NATUREZA JURÍDICA do CRÉDITO TRIBUTÁRIO, a simples ALIENAÇÃO ↳ a contratação do seguro DPVAT NÃO É FACULTATIVA, o pagamento deve ser feito
DE BENS pelo sujeito passivo, por quantia inscrita em dívida ativa, sem a reserva de meios obrigatoriamente, à seguradora líder dos consórcios especificados pela Resolução CNSP nº
para quitação do débito, gera presunção absoluta de fraude à execução. CERTA. 273, de 2012. Eis o que dita o art. 2º, §1º, da Resolução: “§ 1º O proprietário de veículo
↳Art. 185. PRESUME-SE FRAUDULENTA a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou sujeito a registro e a licenciamento, na forma estabelecida no Código Nacional de Trânsito,
seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário deve pagar o Seguro DPVAT à seguradora líder dos consórcios de que tratam esta
regularmente inscrito como DÍVIDA ATIVA. (TJSP-2014) (MPSC-2016) (FCC - 2019 - Resolução”.
SEFAZ-BA - Auditor Fiscal) (VUNESP - 2019- TJ-RJ - Juiz Substituto)
↳Conclui-se que, à luz do disposto no art. 185 CTN, deve ser mantida a tese firmada pelo (F) Segundo o enunciado da Súmula 257 STJ, a falta de pagamento do prêmio do seguro
acórdão embargado, segundo a qual, diante da entrada em vigor da LC 118/2005, o simples obrigatório DPVAT não é motivo para a recusa do pagamento da indenização, desde que
fato de a oneração ou alienação de bens, rendas ou direitos ocorrer após a inscrição da inadimplidas até 3 prestações.
dívida ativa de crédito tributário, sem reservas de quantia suficiente à quitação do débito, ↳ o enunciado da Súmula não especifica a quantidade de prestações inadimplidas: “Súmula
gera presunção de fraude à execução, sendo irrelevante a prova do concilium fraudis, visto 257 do STJ: “A falta de pagamento do prêmio do seguro obrigatório de [Danos Pessoais
que, nessa hipótese, a presunção é jure et de jure (presunção absoluta), mesmo no caso da Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT)] não é motivo para a recusa
existência de sucessivas alienações". STJ - EDcl no REsp 1141990/PR. do pagamento da indenização”.

O juiz não pode determinar a indisponibilidade de bens e direitos na hipótese de o devedor (V) A INDENIZAÇÃO PELO SINISTRO coberto pelo seguro DPVAT é PAGA DIRETAMENTE
tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e AO 3º PREJUDICADO. ↳ verdadeira, conforme é possível depreender pelo expresso no §1º,
não forem encontrados bens penhoráveis. do art. 12, da Resolução CNSP 273/12: §1º Os DANOS PESSOAIS cobertos pelo seguro
↳Art. 185-A, CTN. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem DPVAT compreendem as indenizações por morte, invalidez permanente e despesas de
apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz assistência médica e suplementares, que serão [pagas diretamente ao beneficiário],
determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos, comunicando a decisão, observados os valores previstos nas normas vigentes, por pessoa vitimada”.
preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem registros de
(F) Demandado em ação direta pela vítima do dano, o segurador poderá opor a exceção de ↳ CTN Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da
contrato não cumprido pelo segurado, sem necessidade de promover a citação deste para legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade,
integrar o contraditório. natureza e extensão dos efeitos do ato. CERTA.
↳ contraria o disposto no §único do art. 788 do CC/02: Art. 788. §único. Demandado em ação ↳ vale lembrar sobre DENUNCIA ESPONTÂNEA:
direta pela vítima do dano, o segurador não poderá opor a [exceção de contrato não →O depósito judicial integral do débito tributário e dos respectivos juros de mora, mesmo
cumprido pelo segurado], sem promover a citação deste para integrar o contraditório. antes de qualquer procedimento do Fisco tendente à sua exigência, não configura denúncia
espontânea (art. 138 do CTN). STJ. 1ª Seção. EREsp 1.131.090-RJ,28/10/2015 (Info 576)
Farmácia do Povo Ltda. é uma SOCIEDADE empresária LIMITADA composta por 4 sócios; →Súmula 360-STJ: O benefício da denúncia espontânea não se aplica aos tributos sujeitos
A, B, C e D. O sócio B é administrador. No exercício regular de suas atividades, o a LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO regularmente declarados, mas pagos a destempo.
administrador da pessoa jurídica deixou dolosamente de pagar o PIS nos anos 2017, 2018,
2019 e 2020, razão pela qual, após todas as medidas administrativas de fiscalização, e Mercado Nova Luz Ltda. é uma SOCIEDADE empresária LIMITADA que está respondendo a
esgotadas as formas de recebimento dos valores em aberto, foi ajuizada a competente uma AÇÃO DE EXECUÇÃO FISCAL ajuizada em seu desfavor e de seu administrador Y,
AÇÃO DE EXECUÇÃO FISCAL. Sobre a situação apresentada, assinale a afirmativa para fins de [recebimento de valores em aberto a título de ICMS]. Considerando o caso
correta: exposto, assinale a afirmativa correta.
A responsabilidade por infrações da legislação tributária Independe: ➸ art. 184 CTN. Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, que sejam
→Da intenção (dolo ou culpa); previstos em lei, responde pelo pagamento da [Dívida Ativa da Fazenda Pública] a
→Efetividade (Se sonegou muito ou sonegou pouco); totalidade dos BENS e das RENDAS, de QUALQUER ORIGEM ou NATUREZA, do [sujeito
→Da natureza; passivo, seu espólio ou sua massa], inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de
→Da extensão dos efeitos do ato. inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus ou da
➸ A responsabilidade por infrações da legislação tributária, salvo disposição de lei em cláusula, excetuados unicamente os bens e rendas que a lei declara ABSOLUTAMENTE
contrário, independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e IMPENHORÁVEIS.
extensão dos efeitos do ato. ↳ Art.9º §1º Lei 6.830. O executado só poderá INDICAR e o 3º OFERECER bem imóvel à
↳ Art. 136, CTN. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da penhora com o CONSENTIMENTO EXPRESSO do respectivo cônjuge.
legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade,
natureza e extensão dos efeitos do ato. ↳ Se antes da decisão de 1ª instância, a inscrição de Dívida Ativa for, a qualquer título,
↳ Art. 137, CTN. A responsabilidade É PESSOAL ao agente: I - quanto às infrações cancelada, a execução fiscal será suspensa.
conceituadas por lei como crimes ou contravenções, salvo quando praticadas no exercício → Art. 26, Lei 6.830. Se, antes da decisão de 1ª instância, a inscrição de Divida Ativa for, a
regular de administração, mandato, função, cargo ou emprego, ou no cumprimento de ordem qualquer título, cancelada, a execução fiscal será EXTINTA, sem qualquer ônus para as
expressa emitida por quem de direito. partes.
↳ Art. 137, CTN. A responsabilidade É PESSOAL ao agente: III - quanto às infrações que
decorram direta e exclusivamente de DOLO ESPECÍFICO. ↳ O juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for localizado o devedor ou
↳ Art. 138, §único, CTN. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora hipótese em que correrá o prazo de
de qualquer [procedimento administrativo ou medida de fiscalização], relacionados com a prescrição.
infração. → Art. 40, Lei 6.830. O Juiz [suspenderá o curso da execução, enquanto não for localizado o
→ CTN Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, devedor ou encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora, e, nesses casos, não
acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do correrá o prazo de prescrição.
depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do
tributo dependa de apuração. Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia Em 2021, foi submetido à Assembleia Legislativa do Estado X um projeto de LEI
apresentada após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de ORDINÁRIA ESTADUAL, sem qualquer anexo, contando com apenas 2 artigos. Tais artigos
fiscalização, relacionados com a infração. alteravam dispositivos da Lei Complementar ESTADUAL que institui o IMPOSTO sobre a
Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). A 1ª alteração concedia ISENÇÃO de IPVA a
pessoas com deficiências e a 2ª alteração ampliava o prazo de recolhimento desse tributo. I - na sucessão legítima ou testamentária, mesmo nos casos de sucessão provisória,
Caso aprovada a proposta, o dispositivo da lei estadual que concede tal isenção será: inclusive na instituição de fideicomisso e do usufruto, na data da abertura da sucessão;
↳INCONSTITUCIONAL, já que essa lei não está acompanhada da estimativa do seu impacto Parágrafo único. Na hipótese de virem a ser fixadas pelo Senado Federal alíquotas
orçamentário e financeiro; máximas, se inferiores às previstas, essas terão APLICAÇÃO IMEDIATA.
↳O art. 113 do ADCT é aplicável a TODOS OS ENTES DA FEDERAÇÃO e a opção do II - na DATA DA FORMALIZAÇÃO do ato ou negócio jurídico:
Constituinte de disciplinar a temática nesse sentido explicita a prudência na gestão fiscal, a) na doação;
sobretudo na concessão de benefícios tributários que ensejam renúncia de receita. Tese
fixada pelo STF: “É inconstitucional LEI ESTADUAL que concede BENEFÍCIO FISCAL sem Art. 78. As alíquotas do ITCD são as seguintes:
a prévia estimativa de IMPACTO orçamentário e financeiro exigida pelo art. 113 ADCT. STF. I - nas transmissões causa mortis, 4% sobre o valor tributável;
Plenário. ADI 6303/RR, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 11/3/2022 (Info 1046). Fonte: II - nas doações de quaisquer bens e direitos, 3% sobre o valor tributáveis. (Obs: alíquota
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. É inconstitucional LEI ESTADUAL que concede menor no caso de doação).
BENEFÍCIO FISCAL sem a PRÉVIA ESTIMATIVA DE IMPACTO orçamentário e financeiro
exigida pelo art. 113 do ADCT. Buscador Dizer o Direito, Manaus. (Legislação estadual - Código Tributário do Estado). A empresa Modas 100% Ltda., sediada
em Macapá (AP), foi autuada referente a débitos não declarados nem pagos de ICMS devido
A empresa 123 Camisetas Ltda., sediada no Amapá e atuante no ramo varejista de venda de ao Estado do Amapá, em valor total (principal com multa) de R$ 50.000,00. A empresa
camisetas, deixou de atualizar dentro do prazo exigido em Resolução do Secretário do impugnou administrativamente tal lançamento, mas não obteve êxito no julgamento de 1ª
Estado de Fazenda certos dados cadastrais referentes ao ICMS. A empresa possui também instância. Diante desse cenário e à luz da Lei estadual nº 400/1997, a empresa poderá
um DÉBITO TRIBUTÁRIO ESTADUAL em FASE DE EXECUÇÃO FISCAL, na qual realizou interpor recurso voluntário:
o depósito do montante integral em dinheiro. Pendente ainda a atualização dos dados ➸ ao Conselho Estadual de Recursos Fiscais, com EFEITO SUSPENSIVO, dentro de 30
cadastrais, e à luz da Lei estadual nº 400/97, poderá ser fornecida: dias seguidos à ciência da decisão de 1ª instância;
↳Certidão Positiva de Tributos Estaduais consistindo exclusivamente do demonstrativo das ↳ Art. 205 da Lei Estadual 400/97: Art. 205. Da decisão caberá recurso voluntário ao CERF,
pendências da empresa relativas a irregularidades quanto à apresentação de dados total ou parcial, com EFEITO SUSPENSIVO, dentro de 30 dias seguidos à ciência da
cadastrais; decisão.
↳ Literalidade do art. 157-B da Lei Estadual 400/1997: Art. 157-B. Poderá, ainda, ser
fornecida certidão positiva de tributos estaduais, que consistirá, exclusivamente, do A instituição de assistência social ZZ, sem fins lucrativos, adquiriu, junto à sociedade
demonstrativo das pendências do sujeito passivo, relativas a débitos e irregularidades empresária XX, diversos equipamentos que seriam integrados ao seu ativo permanente,
quanto à apresentação de declarações e dados cadastrais. (Artigo acrescentado pela Lei nº visando ao pleno desenvolvimento de suas atividades regulares. Para surpresa dos seus
775, de 30.09.2003, DOE AP de 02.10.2003). diretores, constatou-se que, na nota fiscal emitida por XX, constava o imposto sobre
circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços de transporte interestadual e
Gustavo, com pais já falecidos, solteiro e sem filhos, lavrou, em agosto de 2021, escritura intermunicipal e comunicação (ICMS) devido pela operação de venda, na qual ZZ figurava
pública de doação de um de seus imóveis situado em Laranjal do Jari (AP) em favor de seu como adquirente. Nas circunstâncias indicadas, a incidência do ICMS é:
irmão Mário. Gustavo e Mário são domiciliados em Santarém (PA). À luz da CF, da Lei ➸ correta, pois a IMUNIDADE TRIBUTÁRIA SUBJETIVA de ZZ somente incide quando
estadual 400/97 e do entendimento dominante do STJ, o Imposto sobre a Transmissão figure como CONTRIBUINTE DE DIREITO, não de fato;
Causa Mortis e Doações (ITCD) incidente sobre tal doação é devido ao: Contribuinte DE DIREITO: pessoa designada pela lei para pagar o imposto.
↳ Amapá, com FATO GERADOR no REGISTRO DA ESCRITURA, com alíquota inferior Contribuinte DE FATO: pessoa que de fato suporta o ônus fiscal.
àquela incidente sobre a transmissão causa mortis; ↳De acordo com a jurisprudência, SÓ HÁ IMUNIDADE quando se tratar de CONTRIBUINTE
↳ CF/88 Art. 155, §1º O imposto previsto no inciso I: I - relativamente a bens imóveis e DE DIREITO.
respectivos direitos, compete ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal ↳A IMUNIDADE abrange apenas quando CONTRIBUINTE DE DIREITO, quando é o
CONTRIBUINTE DE FATO, ou seja, aquele que APENAS SUPORTA O ÔNUS (Exemplos,
↳ Lei Estadual 400/1997: Art. 73. Para efeito do artigo anterior considera-se ocorrido o fato IPI, ICMS e ISS na parte de tomador/adquirente) NÃO HÁ IMUNIDADE.
gerador: ↳IMUNIDADES são limitações constitucionais ao poder de tributar consistentes na
delimitação da competência tributária constitucionalmente conferida aos entes políticos.
Qual a diferença entre ISENÇÃO x IMUNIDADE? Isenção opera no âmbito do exercício da mas, sim, do próprio direito ao crédito tributário (art. 156, V do CTN). AgInt no AREsp
competência, enquanto a imunidade, opera no âmbito da própria delimitação de 1156016/SE.
competência.
IMUNIDADE é sempre prevista na própria Constituição, já a ISENÇÃO está sempre prevista O Município X, situado no Estado Y, resolveu renovar a frota de automóveis que utiliza em
em lei, pois atua no âmbito do exercício legal de uma competência. Se impede a cobrança sua FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL, adquirindo, para tanto, novos veículos mediante
de um tributo, limitando a competência tributária, o caso é de imunidade. alienação fiduciária em garantia ao Banco Lucro 100 S/A. O Estado Y então pretende cobrar
IPVA desses automóveis, invocando dispositivo expresso de sua legislação estadual de que,
Questão: “A imunidade e a isenção distinguem-se porque a 1ª verifica-se no âmbito do poder em se tratando de alienação fiduciária em garantia, o devedor fiduciário responde
de tributar, ao passo que a 2ª constitui-se em mero não exercício da competência tributária. solidariamente com o proprietário pelo pagamento do IPVA. À luz da CF e do entendimento
(CERTO) dominante do STF, o Estado Y: ➸ não poderá cobrar IPVA nem do Município X nem do
Banco Lucro 100 S/A.
➸ Art. 195. A seguridade social será FINANCIADA POR TODA A SOCIEDADE, de forma ↳IPVA – ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA – ADQUIRENTE – PESSOA JURÍDICA DE DIREITO
direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da PÚBLICO. Incide a IMUNIDADE prevista no artigo 150, VI, alínea “a”, da CF, em se tratando
União, dos Estados, do DF e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: STF já de CONTRATO DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA em que pessoa jurídica de direito público
identificou que o art. 195, §7º, CF - São isentas de contribuição para a seguridade social as surge como devedora. (STF, RE 727.85/MG, data 22/06/2020).
entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em ↳Alienação fiduciária em garantia: A alienação fiduciária em garantia é um contrato
lei. (caso de imunidade e não de simples isenção) instrumental em que uma das partes, em confiança, aliena a outra a propriedade de um
➸STF: A IMUNIDADE TRIBUTÁRIA SUBJETIVA aplica-se a seus beneficiários na posição determinado bem, ficando esta parte (uma instituição financeira, em regra) obrigada a
de contribuinte de direito, mas não na de simples contribuinte de fato, sendo irrelevante para devolver àquela o bem que lhe foi alienado quando verificada a ocorrência de determinado
a verificação da existência do beneplácito constitucional a repercussão econômica do tributo fato.” (RAMOS, André Luiz Santa Cruz. Direito Empresarial Esquematizado. São Paulo:
envolvido". Se a entidade imune for contribuinte de direito: incide a imunidade. Método, 2012, p. 565).

João, em dezembro de 2021, possuidor com animus domini desde janeiro de 2018 de imóvel ↳O que decidiu o STF? Deve-se pagar IPVA no presente caso? NÃO. O IPVA é imposto
de propriedade de Maria, deseja dela comprar o referido bem. Ao emitir certidão de quitação estadual que tem como fato gerador a “propriedade de veículos automotores” (art. 155, III,
de IPTU, percebe que há valores desse tributo, referentes aos anos de 2013 e 2014, que da CF/88). A “propriedade” mencionada pela CF deve ser interpretada em sentido amplo, de
não foram pagos nem impugnados. Na escritura pública de compra e venda, Maria concede maneira a alcançar a posse a qualquer título. Como na alienação fiduciária há o
a João desconto no preço de aquisição, condicionado a que ele realize o pagamento da desdobramento das faculdades da propriedade, ou seja, como a posse é separada dos
dívida de IPTU. João adere a parcelamento tributário da dívida e efetua o pagamento da 1ª demais poderes inerentes à propriedade, o critério para se aplicar a regra da imunidade deve
parcela, levando a escritura pública a registro. ser a titularidade da posse direta. Nas exatas palavras do Min. Marco Aurélio: Considerando
➸ o PAGAMENTO PARCELADO do tributo foi INDEVIDO, pois a DÍVIDA já se encontrava ser a alienação fiduciária o negócio jurídico por meio do qual o devedor fiduciante, em
PRESCRITA. garantia de direito creditório, transfere ao credor fiduciário a propriedade resolúvel de bem
No Direito Tributário, ao contrário do Direito Civil, tanto a prescrição quanto a decadência móvel ou imóvel, mantendo-se na posse direta, é de assentar a aplicação da regra de
EXTINGUEM O CRÉDITO TRIBUTÁRIO, nos termos do art. 156, inc. V, CTN. Isso quer dizer imunidade versada no artigo 150, inciso VI, alínea “a”, da CF quando o devedor fiduciante for
que, em tese, se o contribuinte pagar um crédito prescrito, teria direito a reembolso. A pessoa jurídica de direito público. Não incide IPVA sobre veículo automotor adquirido,
prescrição, no regime de direito civil, inibe a ação sem prejudicar o direito. Já no direito mediante alienação fiduciária, por pessoa jurídica de direito público. STF. Plenário. RE
tributário, ela extingue tanto a ação quanto o direito" (STJ, REsp 29.432, 2000). 727851, Rel. Marco Aurélio, julgado em 22/06/2020 (Repercussão Geral – Tema 685) (Info
↳ As DÍVIDAS TRIBUTÁRIAS prescrevem em 5 anos, ademais, devemos observar a 985).
jurisprudência do STJ: O acórdão recorrido está em conformidade com a jurisprudência do
STJ, que já orientou que o parcelamento postulado depois de transcorrido o prazo José, PROFISSIONAL LIBERAL, enfrenta 3 execuções fiscais distintas por DÍVIDAS
prescricional não restabelece a exigibilidade do crédito tributário. Isso por que não é possível TRIBUTÁRIAS de Imposto de Renda de Pessoa Física (IR), IPVA devido ao Estado X e ISS
interromper a prescrição de crédito tributário já prescrito; e (b) a prescrição tributária não devido ao Município Y. Contudo, a parcela de seu patrimônio que pode responder pelas
está sujeita à renúncia, uma vez que ela não é causa de extinção apenas do direito de ação, dívidas tributárias não é suficiente para solver todos os débitos. Num concurso entre União,
Estado X e Município Y na COBRANÇA JUDICIAL de seus CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS, à luz ↳Súmula 393, STJ: A exceção de pré-executividade é admissível na execução fiscal
do entendimento dominante do STF: relativamente às matérias conhecíveis de ofício que não demandem dilação probatória.
↳STF entendeu inconstitucional essa preferência por violar o PACTO FEDERATIVO ↳A EPE (exceção de pré-executividade é uma simples petição dentro dos autos da ação, não
(jurisprudência de 2021, tá chovendo de cobrança por todas as bancas). tem dilação probatória (não tem prazo para produção de provas) e trata de matérias que
➸ o crédito da União não tem preferência sobre o crédito do Estado X e este, por sua vez, devem/poderão ser conhecidas de oficio pelo juiz, como por exemplo a extinção do credito
não tem preferência sobre o crédito do Município Y; tributário. Como no caso o contribuinte já havia pago o tributo (credito tributario foi extinto) e
↳STF ADPF 357/DF. 24/06/21. Se valendo da NÃO HIERARQUIA ENTRE OS ENTES o Fisco já estava penhorando a propriedade, cabe a EPE. *Não é possivel o EMBARGO A
FEDERADOS (autonomia), e da ISONOMIA que deve prevalecer entre eles, a União não EXECUÇÃO pois esta possui o prazo de 30 dias.
tem preferência sobre os créditos tributários dos Estados, que por sua vez não tem
preferência sobre os dos Municípios. O que acarretou no cancelamento da súmula 563 deste José recebeu carnê de pagamento de CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA do MUNICÍPIO Alfa
tribunal. referente à obra pública municipal que valorizou seu imóvel rural. Verificou que, no carnê,
↳ O STF cancelou a Súmula 563 da sua jurisprudência, no julgamento da ADPF 357. “O havia também a discriminação de pequeno valor de cobrança de TAXA relativa ao CUSTO
CONCURSO DE PREFERÊNCIA A QUE SE REFERE O PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. DE EXPEDIÇÃO DO CARNÊ, nos termos de NOVA LEI MUNICIPAL criadora dessa taxa. A
187 DO CTN É COMPATÍVEL COM O DISPOSTO NO ART. 9º, I, CF”. respeito desse cenário e à luz do entendimento dominante do STF, é correto afirmar que:
Agora, em 24/06/2021, no julgamento da ADPF 357, o STF compreendeu que (trechos da ➸ a expedição de CARNÊ DE PAGAMENTO de tal tributo não pode ser remunerada por
ementa): taxa;
1. A arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) viabiliza a análise de ↳ EMENTA TRIBUTÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. RATIFICAÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA.
constitucionalidade de normas legais pré-constitucionais insuscetíveis de conhecimento em TAXA DE EXPEDIENTE. FATO GERADOR. EMISSÃO DE GUIA PARA PAGAMENTO DE
(ADI) ação direta de inconstitucionalidade. Precedentes. TRIBUTO. AUSÊNCIA DOS CRITÉRIOS EXIGIDOS PELO ART. 145, II, CF/88.
2. A autonomia dos entes federados e a isonomia que deve prevalecer entre eles, INCONSTITUCIONALIDADE. 1. A emissão de guia de recolhimento de tributos é de
respeitadas as competências estabelecidas pela Constituição, é fundamento da Federação. interesse exclusivo da Administração, sendo mero instrumento de arrecadação, não
O federalismo de cooperação e de equilíbrio posto na CF não legitima distinções entre os envolvendo a prestação de um serviço público ao contribuinte. 2. Possui repercussão geral a
entes federados por norma infraconstitucional. questão constitucional suscitada no apelo extremo. Ratifica-se, no caso, a jurisprudência da
3. A definição de hierarquia na cobrança judicial dos créditos da dívida pública da União aos Corte consolidada no sentido de ser inconstitucional a instituição e a cobrança de taxas por
Estados e DF e esses aos Municípios descumpre o PRINCÍPIO FEDERATIVO e contraria o emissão ou remessa de carnês/guias de recolhimento de tributos. Precedente do Plenário da
inc. III do art. 19 CF. Corte: Rp nº 903, Rel. Min. Thompson Flores, DJ de 28/6/74. 3. Recurso extraordinário do
4. Cancelamento da Súmula 563 deste Supremo Tribunal editada com base na EC n. 1/69 à qual se conhece, mas ao qual, no mérito, se nega provimento. (RE 789218 RG, Relator(a):
Carta de 1967. 5. Arguição de descumprimento de preceito fundamental julgada procedente DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 17/04/2014, PROCESSO ELETRÔNICO
para declarar não recepcionadas pela CF as normas previstas no parágrafo único do art. 187 REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-148 DIVULG 31-07-2014 PUBLIC 01-08-2014).
da Lei 5.172/66 (CTN) e 110 parágrafo único do art. 29 da Lei n. 6.830/80 (Lei de Execuções -STF: inconstitucional taxa de combate a sinistros cobrada pelo município de SP.
Fiscais). -STF: prevenção e o combate a incêndios não podem ser custeados por taxa. (caiu TJ/PR)
-Não é possível exigir taxa pela emissão de guia ou carne de cobrança de um tributo.
José teve o ÚNICO IMÓVEL de sua propriedade, em que reside, PENHORADO POR -STF: As taxas municipais de fiscalização e funcionamento NÃO podem ter como base de
ORDEM JUDICIAL, em execução fiscal ajuizada em 2021 referente a dívidas de IPTU cálculo o número de empregados ou ramo de atividade exercida pelo contribuinte.
incidentes sobre tal imóvel. Passados 60 dias da intimação da penhora, José encontra enfim -STF: A TAXA é tributo contraprestacional (VINCULADO), usado na remuneração de
os comprovantes de pagamento dos IPTUs referentes aos anos de 2018 e 2019 que atividade específica, seja serviço ou exercício do PODER DE POLÍCIA e, por isso, não pode
estavam sendo cobrados, e deseja apresentá-los em juízo. Diante desse cenário, José fixar a base de cálculo usando como critério os sinais presuntivos de riqueza do
poderá apresentar: contribuinte.
➸ EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, pois o pagamento pode ser comprovado ↳O valor das taxas deve estar relacionado com o custo do serviço que as motiva, ou com a
DOCUMENTALMENTE DE PLANO.; atividade de polícia desenvolvida.
-STF: Não viola a LEGALIDADE TRIBUTÁRIA a lei que, prescrevendo o teto, possibilita o
ato normativo infralegal fixar o valor de taxa em proporção razoável com os custos da
atuação estatal, valor esse que não pode ser atualizado por ato do próprio conselho de I - moratória;
fiscalização em percentual superior aos índices de correção monetária legalmente previstos. II - o depósito do seu montante integral;
STJ: Isenção da TAXA DE REGISTRO DE ARMA DE FOGO NÃO se aplica p/ policiais III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário
rodoviários federais (PRF’s) APOSENTADOS. administrativo;
-STF – Súmula 595: É inconstitucional a taxa municipal de conservação de estradas de IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.
rodagem cuja base de cálculo seja idêntica a do imposto territorial rural (ITR). V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação
-STF – Súmula 667: Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária judicial;
calculada sem limite sobre o valor da causa. VI – o PARCELAMENTO.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações
Os CONTRIBUINTES Alberto, Benício e Cláudio têm DÉBITOS VENCIDOS com a União, assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela
enquanto Daniel tem débitos não vencidos com a União. Os débitos de Alberto foram conseqüentes.
[parcelados SEM apresentação de garantias]; os de Benício foram [parcelados COM
apresentação de garantias]; e os de Cláudio não foram parcelados nem suspensos. Estes 3 EXTINÇÃO do Crédito Tributário. MODALIDADES DE EXTINÇÃO:
obtiveram, por decisão do CARF, um CRÉDITO PERANTE A UNIÃO. Acerca dessa situação Art. 156. EXTINGUEM O CRÉDITO tributário:
hipotética, assinale a opção correta, em conformidade com a jurisprudência do STF. I - o PAGAMENTO;
➸ A União pode compensar ex lege somente os débitos de Cláudio com os respectivos II - a compensação;
créditos até o valor do menor saldo. ↳Como o último sujeito não fez nada - nem parcelou e III - a transação;
nem ofereceu garantia ele está em débito com a Fazenda. Por isso, ex lege, ela pode IV - remissão;
compensar o crédito. V - a prescrição e a decadência;
VI - a conversão de depósito em renda;
↳Somente Cláudio terá DIREITO À COMPENSAÇÃO, espécie de EXTINÇÃO DO CRÉDITO VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no
TRIBUTÁRIO. Ora, de acordo com o STF o Art. 151, VI, do CTN, ao prever que o artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;
parcelamento suspende a exigibilidade do crédito tributário, não condiciona a existência ou VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no §2º do artigo 164;
não de garantia. IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a DEFINITIVA na órbita
↳Como os créditos de Alberto e Benício foram parcelados encontram-se suspensos, não administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
havendo a possibilidade de compensação. Já Daniel não tem direito a compensação pois X - a decisão judicial passada em julgado.
não está com seus débitos vencidos. XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.
↳Conforme o CTN, no art. 151, inciso VI, o PARCELAMENTO é causa de suspensão do Parágrafo único. A LEI disporá quanto aos EFEITOS da EXTINÇÃO TOTAL ou PARCIAL do
crédito tributário. No STF, o entendimento majoritário é de que “o art. 151, VI, do CTN, ao crédito sobre a ulterior verificação da irregularidade da sua constituição, observado o
prever que o parcelamento suspende a exigibilidade do crédito tributário, não condiciona a disposto nos art. 144 e 149.
existência ou não de garantia.
↳Logo, percebe-se que os créditos de Alberto e Benício NÃO podem ser compensados, uma ➸ IMPOSTO DE CONTRIBUIÇÃO para o CUSTEIO DO SERVIÇO de ILUMINAÇÃO
vez que, estão suspensos, sendo a compensação, mesmo de débitos sem garantia, uma PÚBLICA previsto no art. 149-A, da CF. CF. Art. 149-A. Os Municípios e o DF poderão
afronta ao entendimento da Corte Superior. instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação
↳No caso Daniel, também incabível a compensação, uma vez que os débitos nem vencidos pública, observado o disposto no art. 150, I e III. Parágrafo único. É facultada a cobrança da
estão. Logo, só é cabível a compensação de Cláudio, até o valor do menor saldo. contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica.
↳Não é difícil não gente. É só pensar que, no momento que você parcela, oferecendo ↳ Súmula vinculante 41-STF: O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado
garantia ou não, você tá regular com a Fazenda Pública. Assim não há vencimento perante a mediante taxa.
Fazenda e ela não tem crédito contra você. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, É VEDADO à União,
aos Estados, ao DF e aos Municípios: (4 entes)
Suspensão do Crédito Tributário: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
Art. 151. SUSPENDEM a EXIGIBILIDADE do crédito tributário:
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação ↳ O art. 151, III, CF veda à União a possibilidade de instituição de isenção sob TRIBUTOS
equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por da competência dos Estados, DF e Municípios.
eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou Art. 151. É vedado à União:
direitos; III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos
III - cobrar tributos: Municípios.
3. In casu, é juridicamente impossível a propositura de ação civil pública, seja pelo MP, seja → Obs.: vedação à ISENÇÃO HETERÔNOMA. A cláusula de vedação inscrita no art. 151,
por qualquer outra associação legitimada para tal, que tenha como objeto mediato do pedido III, CF – que proíbe a concessão de isenções tributárias heterônomas – é inoponível ao
a Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública - COSIP, por ostentar Estado Federal brasileiro (vale dizer, à República Federativa do Brasil), incidindo,
natureza tributária. unicamente, no plano das relações institucionais domésticas que se estabelecem entre as
4. O art. 1º, § único da Lei de ação civil pública (Lei 7.347/85) dispõe que: "Não será cabível pessoas políticas de direito público interno. (STF, RE 543.943 AgR, 2010).
ação civil pública para veicular pretensões que envolvam [tributos, contribuições
previdenciárias, FGTS ou outros fundos de natureza institucional] cujos beneficiários podem à União tributar a renda das obrigações da dívida pública dos estados e do DF.
ser individualmente determinados. (Vide MP 2.180-35, de 24.8.2001) (grifou-se) 5. A ↳ Art.151. É vedado à União: II - tributar a renda das obrigações da dívida pública dos
Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública - COSIP tem inequívoca Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos
natureza tributária, posto encartada na DEFINIÇÃO DE TRIBUTO do CTN, in verbis: Art. 3º respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e
TRIBUTO é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa para seus agentes;
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada. aos municípios estabelecer diferença tributária entre serviços de qualquer natureza em razão
6. Embargos de Declaração parcialmente acolhidos apenas para esclarecer ser incabível a da capacidade econômica dos contribuintes.
propositura de ação civil pública por qualquer associação legitimada versando tema ↳ Art.145,§1º SEMPRE QUE POSSÍVEL, os impostos terão caráter pessoal e serão
tributário. (EDcl no REsp n. 729.399/SP, relator Ministro Luiz Fux, 1ª Turma, julgado em graduados 2º a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária,
3/5/2007, DJ de 31/5/2007, p. 334). especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos
individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do
De acordo com o STF, caso o MP requeira à Secretaria da Receita Federal do Brasil os contribuinte.
autos de procedimento fiscalizatório em que se detectou prática de [crime contra a ordem
tributária], tal secretaria deve: à União TRIBUTAR A REMUNERAÇÃO e os PROVENTOS dos agentes públicos
➸ encaminhar cópia dos autos do procedimento fiscalizatório ao MP, para o exame da municipais.
matéria, inclusive os DADOS ACOBERTADOS PELO SIGILO FISCAL. ↳ A União pode tributar, mas as receitas pertencerão ao município. Art. 158. Pertencem aos
↳ É possível o compartilhamento, sem autorização judicial, dos relatórios de inteligência Municípios: I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de
financeira da UIF e do procedimento fiscalizatório da Receita Federal com a Polícia e o MP. qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles,
Info 962 do STF. suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;
↳ TEMA 990 STF: É CONSTITUCIONAL o compartilhamento dos relatórios de inteligência
financeira da UIF e da ÍNTEGRA do procedimento fiscalizatório da Receita Federal do Brasil, aos estados estabelecer diferença tributária entre bens de qualquer natureza em razão de
que define o lançamento do tributo, com os órgãos de persecução penal para fins criminais, seu valor.
sem a obrigatoriedade de prévia autorização judicial, devendo ser resguardado o sigilo das ↳ Art. 152. É vedado aos Estados, ao DF e aos Municípios estabelecer diferença tributária
informações em procedimentos formalmente instaurados e sujeitos a posterior controle entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. Pode
jurisdicional.” ser estabelecida diferença tributária entre bens em razão do valor (PRINCÍPIO DA
PROGRESSIVIDADE).
Em relação ao exercício do PODER DE TRIBUTAR, a CF veda: Tendo em vista a REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS, assinale a opção que
indica um IMPOSTO cuja receita SE MANTÉM INTEGRALMENTE com o ente competente
à União instituir isenções de TAXAS que sejam de competência dos municípios. para sua instituição.
A.imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza (IR)
B.imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e prestação de serviço de ↳ O ITCMD terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal (art. 155, §1º, IV,
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS) CF/88).
C. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO (II)
D.imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA) A competência da União para emitir moeda é exercida pela Caixa Econômica Federal ou
E.imposto sobre a propriedade territorial rural (ITR) pelo Banco do Brasil.
↳ Art. 164, CF/88. A competência da União para EMITIR MOEDA será exercida
Imposto de Importação, Imposto de Exportação e Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF - exclusivamente pelo BANCO CENTRAL.
que será regulado por LC) são da União, não sendo repartidos com os outros entes
federados. O aproveitamento do potencial de energia renovável, de capacidade reduzida ou não,
II = 100% UNIÃO dependerá de autorização ou concessão do poder público.
IE = 100% UNIÃO ↳ Art. 176, §4º, CF/88 - Não dependerá de autorização ou concessão o aproveitamento do
IGF (LC) = 100% UNIÃO potencial de energia renovável de capacidade reduzida.
Já no âmbito Estadual temos o ITCMD (imposto transmissão causa mortis e doação) que é
somente do Estado. É inconstitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base
ITCMD = 100% Estados Membros. de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre
uma base e outra.
➸ Em síntese, podemos dizer que a ampla maioria dos impostos tem a sua ↳ Súmula Vinculante 29: É constitucional A ADOÇÃO, no cálculo do valor de taxa, de 1 ou +
ARRECADAÇÃO REPARTIDA, excetuando-se os seguintes: elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral
A União Federal não reparte as receitas oriundas do Imposto de Importação (II), identidade entre uma base e outra.
Imposto de Exportação (IE),
Imposto Extraordinário de Guerra Acerca do instituto da ISENÇÃO TRIBUTÁRIA, assinale a opção correta.
Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF, sem lei complementar que o regulamente). A regra que outorga a ISENÇÃO TRIBUTÁRIA deve ser interpretada literalmente. CERTA.
No plano estadual, podemos dizer que o ITCMD é o único imposto que não participa da ↳ CTN: Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre: I -
repartição das receitas. suspensão ou exclusão do crédito tributário;

De acordo com a CF e a jurisprudência do STF acerca da ordem econômica e financeira, Nos casos de solidariedade tributária, a isenção de crédito exonera todos os obrigados,
das finanças públicas, bem como do Sistema Tributário Nacional, assinale a opção correta. mesmo que tenha sido outorgada pessoalmente a um deles.
➸ A IMUNIDADE TRIBUTÁRIA CULTURAL aplica-se à importação e comercialização, no ↳ CTN: Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os EFEITOS DA
mercado interno, dos livros eletrônicos (e-books) e dos suportes exclusivamente utilizados SOLIDARIEDADE:
para fixálos, como leitores de livros eletrônicos (e-readers), ainda que possuam II - a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada
funcionalidades acessórias. CERTA. pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo
↳ A imunidade tributária constante do art. 150, VI, “d”, da (CF), aplica-se ao livro eletrônico saldo;
(“e-book”), inclusive aos suportes exclusivamente utilizados para fixá-lo. STF. Plenário. RE
330817/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 8/3/2017 (repercussão geral) (Info 856). A isenção de um imposto dada em razão de característica pessoal dos contribuintes alcança,
↳ Súmula Vinculante 57: A imunidade tributária constante do art. 150, VI, d, da CF/88 automaticamente, as taxas vinculadas ao mesmo fato gerador relativamente àqueles
aplica-se à importação e comercialização, no mercado interno, do livro eletrônico (ebook) e contribuintes.
dos suportes exclusivamente utilizados para fixá-los, como leitores de livros eletrônicos ↳ CTN: Art. 177. Salvo disposição de lei em contrário, A ISENÇÃO NÃO É EXTENSIVA: I -
(e-readers), ainda que possuam funcionalidades acessórias. às taxas e às contribuições de melhoria;

As alíquotas máximas do imposto sobre transmissão causa mortis e doação de quaisquer A isenção dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação
bens ou direitos (ITCD) são fixadas por lei complementar. principal cujo crédito seja isento ou dela consequente.
↳ CTN: Art.175. §único. A EXCLUSÃO do crédito tributário não dispensa o cumprimento das facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses
obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os
dela consequente. rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
↳O STF entende que, apesar de previsto como de observância obrigatória apenas na criação
A isenção não pode ser concedida por prazo determinado, apesar de poder ser revogada a dos IMPOSTOS (sempre que possível), nada impede que o princípio da capacidade
lei que a estabeleceu. contributiva seja levado em consideração na criação das taxas." (Retirado do livro do
↳ CTN: Art. 176. A ISENÇÃO, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei Ricardo Alexandre, ed. 2020, p. 60).
que especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que
se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração. A respeito da INCIDÊNCIA de ICMS ou ISS, consolidou-se o entendimento:

No que diz respeito a TAXAS, é correto afirmar: na prestação de serviços de qualquer natureza, previstos na lei complementar 116/2003,
a simples disponibilização dos serviços, ainda que não de natureza compulsória, admite excepcionalmente incidirá ICMS se forem empregados materiais na atividade. Os casos em
exigir a taxa de serviço. que o ICMS incide sobre as mercadorias e o ISS sobre os serviços são expressos. CERTA.
↳Cobrar por simples disponibilização só para serviços de utilização compulsória. ↳Art. 1º LC 116/03 §2º Ressalvadas as exceções expressas na lista anexa, os serviços nela
Ressalte-se que A UTILIZAÇÃO PODE SER POTENCIAL, desde que o serviço seja de mencionados não ficam sujeitos ao Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de
utilização compulsória, por exemplo, serviço de coleta de lixo de apartamento fechado. (fonte Mercadorias e Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
material CEI). Comunicação – ICMS, ainda que sua prestação envolva fornecimento de mercadorias.

o simples exercício do poder de polícia não enseja a cobrança da taxa de polícia, mas sim o o STF decidiu que a cobrança do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias sobre a venda
desempenho efetivo da atividade dirigida ao administrado. Assim, por exemplo, não é de softwares é constitucional, mudando o entendimento anterior para admitir a cobrança do
jurídico cobrar taxa de fiscalização se a pessoa política não mantém órgão fiscalizatório ou imposto sobre o mercado de programas de computador.
não desenvolve tal atividade. CERTA. ↳Inconstitucional a tributação pelo ICMS, estando sujeita ao ISS. É inconstitucional a
↳O STF considera regular exercício de poder de polícia quando existir órgão de fiscalização incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de
estruturado, em efetivo funcionamento, não havendo necessidade de que todos os sujeitos Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) sobre o licenciamento
passivos tenham sido 1 a 1 fiscalizados (RE 416.601). → Não é necessária a fiscalização ou cessão do direito de uso de programas de computador. STF. Plenário. ADI 5576/SP, Rel.
porta a porta. Min. Roberto Barroso, julgado em 2/8/2021 (Info 1024). As operações relativas ao
↳Tema 217 - É constitucional TAXA DE RENOVAÇÃO DE FUNCIONAMENTO e licenciamento ou cessão do direito de uso de “software”, padronizado ou elaborado por
LOCALIZAÇÃO MUNICIPAL, desde que efetivo o exercício do poder de polícia, encomenda, são tributáveis pelo ISS, e não pelo ICMS. STF. Plenário. ADI 5576/SP, Rel.
demonstrado pela existência de órgão e estrutura competentes para o respectivo exercício. Min. Roberto Barroso, julgado em 2/8/2021 (Info 1024).

o caráter retributivo das taxas também está presente quando fixada e cobrada importações de serviços prestados no exterior ou por profissionais estrangeiros não admitem
antecipadamente à disponibilização do serviço, como forma para sua viabilização. incidência de ISS.
↳A utilização pode ser potencial, mas a disponibilização não. ↳Art. 1º LC 116 §1º O imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior do
↳As taxas possuem caráter contributivo ou retributivo, pois seria uma forma de o particular País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País.
recompensar (ainda que compulsoriamente) uma atividade benéfica do Estado, mas desde
que ela seja efetivamente prestada. uma empresa não pode estar ao mesmo tempo sujeita a ICMS e ISS, conforme a etapa de
venda ou manutenção do bem. *pode sim.
o PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA também é de aplicação obrigatória na ↳Item 7.02 do Anexo da LC 116 – Execução, por administração, empreitada ou
instituição das taxas. subempreitada, de obras de construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras
↳ PARA OS IMPOSTOS a graduação segundo a capacidade contributiva não é obrigatória, semelhantes, inclusive sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação,
às taxas também não poderia ser. Art. 145, §1º Sempre que possível, os impostos terão terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de produtos, peças
caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte,
e equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de ↳Tema 918 que diz: é inconstitucional lei municipal que estabelece impeditivos à submissão
serviços fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS).​​ de sociedades profissionais de advogados ao regime de tributação fixa em bases anuais na
forma estabelecida por lei nacional.
Quanto ao ICMS, é correto afirmar:
a imunidade tributária prevista no artigo 150, VI, c, CF não se aplica aos bens imóveis
descontos incondicionais nas bonificações não podem ser excluídos da base de cálculo do temporariamente ociosos de propriedade das instituições de educação e de assistência
ICMS. social sem fins lucrativos.
↳DESCONTOS INCONDICIONAIS não estão incluídos na BC do ICMS. Súmula 457 STJ ↳STF - RG RE: 767332 MG REPERCUSSÃO GERAL "a imunidade tributária prevista no
“Os descontos incondicionais nas operações mercantis não se incluem na base de cálculo artigo 150, VI, c, da Constituição Federal SE APLICA aos bens imóveis temporariamente
do ICMS. ociosos de propriedade das instituições de educação e de assistência social sem fins
lucrativos.
o preço final a consumidor sugerido e divulgado pelo fabricante em revista especializada
pode figurar como base de cálculo do ICMS a ser pago pelo contribuinte sujeito ao regime de é compatível com a CF disposição normativa que prevê a obrigatoriedade de cadastro em
substituição tributária progressiva nos termos do artigo 8º , § 3º , da LC nº 87/96. Isso não se órgão da Administração Municipal de prestador de serviços não estabelecido no território do
confunde com a cobrança de ICMS mediante pauta fiscal, vedada pela Súmula 431 do STJ. Município e imposição ao tomador residente de retenção do imposto sobre serviços.
↳Não configura pauta fiscal. CERTA. ↳(TEMA 1020 STF) é INCOMPATÍVEL com a CF disposição normativa que prevê a
↳RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. TRIBUTÁRIO. ICMS. obrigatoriedade de cadastro em órgão da Administração Municipal de prestador de serviços
SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA PROGRESSIVA. BASE DE CÁLCULO PRESUMIDA. PREÇO não estabelecido no território do Município e imposição ao tomador residente de retenção do
FINAL A CONSUMIDOR SUGERIDO PELO FABRICANTE (DIVULGADO NA REVISTA imposto sobre serviços.
ABCFARMA). LEGALIDADE. PAUTA FISCAL. NÃO CARACTERIZAÇÃO. 1. O preço final a
consumidor sugerido pelo fabricante (divulgado em revista especializada) pode figurar a inconstitucionalidade de majoração excessiva de taxa tributária fixada em ato infralegal a
como base de cálculo do ICMS a ser pago pelo contribuinte sujeito ao regime de substituição partir da delegação legislativa defeituosa conduz à invalidade do tributo e inviabiliza a
tributária "para frente", à luz do disposto no artigo 8º, § 3º, da Lei Complementar 87/96, correção direta com atualização dos valores de modo a compatibilizar com os índices oficiais
verbis: "Art. 8º A base de cálculo, para fins de substituição tributária, será: [...] de correção monetária.
↳(RE nº 1.258.934 (tema 1085) ) a inconstitucionalidade de majoração excessiva de taxa
na compra e venda com financiamento, os encargos fazem parte do preço e devem ser tributária fixada em ato infralegal a partir da delegação legislativa defeituosa NÃO CONDUZ
considerados na base de cálculo do tributo. à invalidade do tributo NEM IMPEDE a correção direta com atualização dos valores de modo
↳não fazem parte do preço para BC do ICMS. Súmula 237 STJ: Nas operações com cartão a compatibilizar com os índices oficiais de correção monetária.
de crédito, os encargos relativos ao financiamento não são considerados no cálculo do
ICMS. No que tange ao PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE, podemos afirmar:

a Constituição admite tributação diferenciada de veículos importados. é admissível invocar a supremacia do interesse público pra justificar a exigência fiscal e
↳Não, CF só admite tributação diferenciada em função do tipo e utilização do veículo; postergar a repetição do indébito tributário. *não achei justificativa em juris.
Art. 155 CF § 6º O imposto previsto no inciso III:
I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal; o princípio da ANTERIORIDADE NONAGESIMAL não é de observância obrigatória na
II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização. hipótese de incidência de tributo por retirada de benefícios fiscais.
↳Revogação de benefício obedece tanto anterioridade GERAL como NONAGESIMAL.
No que tange aos TRIBUTOS DE COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO, restou reconhecido: Aplica-se o princípio da anterioridade tributária, geral e nonagesimal, nas hipóteses de
redução ou de supressão de benefícios ou de incentivos fiscais, haja vista que tais situações
é inconstitucional lei municipal que estabelece impeditivos à submissão de sociedades configuram majoração indireta de tributos. STF. Plenário. RE 564225 AgR-EDv-AgR, Rel.
profissionais de advogados ao regime de tributação fixa em bases anuais na forma Min. Alexandre de Moraes, julgado em 20/11/2019.
estabelecida por lei nacional.
não se sujeitam ao PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE o imposto sobre IMPORTAÇÃO de
produtos estrangeiros; o imposto sobre EXPORTAÇÃO, para o exterior, de produtos o STF não admite a validade da PROGRESSIVIDADE do imposto sobre transmissão causa
nacionais ou nacionalizados; o IPI; o imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, mortis e doação – ITCMD – a partir de critérios que traduzam o PRINCÍPIO DA
ou relativos a títulos e valores mobiliários; os impostos lançados por motivo de guerra; os CAPACIDADE CONTRIBUTIVA, como o valor da herança, mas sim outros como grau de
empréstimos compulsórios para atender despesas extraordinárias decorrentes de parentesco e presunções de proximidade afetiva com o autor da herança.
calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência. ↳A lei pode prever a técnica da progressividade tanto para os impostos PESSOAIS como
↳Exceções - 698 também para os REAIS. O §1º do art. 145 CF/88 não proíbe que os impostos reais sejam
LEGALIDADE 6 – II IE IPI IOF CIDEcomb ICMScomb progressivos. O ITCMD (que é um imposto REAL) pode ser progressivo mesmo sem que
ANT ANUAL 9 - II IE IPI IOF CIDEcomb ICMScomb + IEG ECcal INSS esta progressividade esteja expressamente prevista na CF/88. Ao contrário do que ocorria
ANT NONA 8 - II IE IR IOF BC-IPTU BC-IPVA + IEG ECcal com o IPTU (súmula 688 do STF), não é necessária a edição de uma EC para que o ITCMD
seja progressivo. STF. Plenário. RE 562045/RS, rel. orig. Min. Ricardo Lewandowski, red. p/
considerada a redação dada ao art. 150, §1º CF pela EC 42/03, tem respaldo jurídico a tese o acórdão Min. Cármen Lúcia, 6/2/2013 (Info 694).
de que lei que vier a majorar o IR pode entrar em vigor no dia 31 de dezembro e ser aplicada ↳ Progressividade: Vamos explicar um pouco mais sobre o que é a progressividade.
aos fatos ocorridos a partir de 1º de janeiro do mesmo exercício financeiro, não configurando Progressividade é uma técnica de tributação que tem como objetivo fazer com que os
“retroatividade in pejus”. tributos atendam à capacidade contributiva. Na prática, a progressividade funciona da
↳Súmula 584 STFCANCELADA JOVEM: Ao imposto de renda calculado sobre os seguinte forma: a lei prevê alíquotas variadas para o imposto e o aumento dessas alíquotas
rendimentos do ano-base, aplica-se a lei vigente no exercício financeiro em que deve ser ocorre na medida em que se aumenta a base de cálculo. Assim, na progressividade, quanto
apresentada a declaração. maior a base de cálculo, maior será a alíquota. O exemplo comum citado pela doutrina é o
Encontra-se superado o entendimento exposto na Súmula 584 STF. do IMPOSTO DE RENDA, que é PROGRESSIVO. No IR, quanto maior for a renda (BC),
Esse enunciado é incompatível com os princípios da irretroatividade e da anterioridade. maior será o percentual (alíquota) do imposto. Quanto mais a pessoa ganha, maior será a
Por essa razão, o STF decidiu pelo cancelamento do verbete. STF. Plenário. RE 159180, alíquota que irá incidir sobre seus rendimentos.
Rel. Marco Aurélio, julgado em 22/06/2020 (Info 987 – clipping) (Fonte DoD se quiser falar → Súmula 668 do STF: "É inconstitucional a LEI MUNICIPAL que tenha estabelecido, antes
de amor fale com o Marcinho!). da EC 29/00, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinadas a assegurar o
PRINC. ANTERIORIDADE (CF ART. 150,III,b) - é vedado à U, E, DF, M cobrar tributos no cumprimento da função social da propriedade urbana.
mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.
→ EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE: a CF, diferentemente do que fez quanto ao ICMS, nada dispôs sobre incidência do IPI na
lI importação. O CTN, assim, estabelece, em seu artigo 46, I, o que não se admite, por força
IE das restrições da Carta Constitucional.
IPI
lOF ↳Art. 46. O imposto, de competência da União, sobre produtos industrializados tem como
Impostos Extraordinários de Guerra fato gerador:
Empréstimos Compulsórios GUERRA E CALAMIDADE I - o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira;
Contribuições para Financiamento da Seguridade Social II - a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo único do artigo 51;
ICMS monofásico sobre Combustíveis III - a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão.
CIDE-combustível Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se industrializado o produto que
tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou
No que tange aos IMPOSTOS, podemos concluir, à luz dos dispositivos constitucionais e o aperfeiçoe para o consumo.
interpretação jurisprudencial: § 3º O imposto previsto no inciso IV:
o simples deslocamento de mercadorias de um estabelecimento para outro gera a I - será seletivo, em função da essencialidade do produto;
possibilidade de incidência do ICMS. ↳ Sumula 166 STJ: Não constitui fato gerador do ICMS II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o
o simples deslocamento de mercadoria de um para outro estabelecimento [do mesmo montante cobrado nas anteriores;
contribuinte]." De se ressaltar que é necessária a transferência jurídica do bem. III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.
também caracteriza a incidência do imposto sobre a transmissão de bens a título gratuito É imperativo concluir, em matéria tributária:
inter vivos (DOAÇÃO) a desigualdade nas partilhas realizadas em processos de separação,
divórcio, inventário ou arrolamento. CERTA. a concessão de isenção tributária configura ato discricionário do ente federativo competente
↳Art. 155. Compete aos Estados e ao DF instituir impostos sobre: I - transmissão causa para a instituição do tributo. Tendo a lei optado por critérios cumulativos e razoáveis à
mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;” concessão do benefício tributário, quais sejam, inatividade e doença grave, ainda que
↳ o ITCMD incide sobre o excesso de meação. A questão é objetiva. Não é questão de contraída após a aposentadoria, não se autoriza que o Poder Judiciário atue como legislador
escolha das partes se é doação ou não, como entendido pelo v. Acórdão ora recorrido. positivo, com base no princípio da isonomia, para beneficiar servidores em atividade com as
Deve-se apurar o patrimônio e partilhá-lo na forma prevista na lei material. O que fugir disso mesmas patologias.
beneficiando um ou outro cônjuge, é excesso de quinhão. Sendo os bens tributáveis e não ↳EMENTA: CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. ISENÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA
incidindo isenção, incide o imposto. O ITCMD não é imposto sobre a partilha, mas sobre a SOBRE PROVENTOS DE APOSENTADORIA OU REFORMA. REQUISITOS LEGAIS
doação a título gratuito, ou seja, a hipótese de incidência é, genericamente, a transmissão CUMULATIVOS E RAZOÁVEIS. IMPOSSIBILIDADE DE AMPLIAÇÃO DA ISENÇÃO POR
gratuita por ato inter vivos ou causa mortis. (STJ – AREsp: 1127759 SP 2017/0158241-8, DECISÃO JUDICIAL. RESPEITO AOS PRINCÍPIOS DA SEPARAÇÃO DE PODERES E
Relator: Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, Data de Publicação: DJ 08/08/2017). LEGALIDADE ESTRITA (ARTS.2º e150,§6º, CF). CONSTITUCIONALIDADE DO ART.6º DA
→ Se na partilha um ficar com 40% e outro ficar com 60%, inexistindo compensação LEI 7.713/1988. IMPROCEDÊNCIA. 1. A concessão de isenção tributária configura ato
financeira, o ITCMD incidirá sobre o excesso de meação do cônjuge que ficou com quinhão discricionário do ente federativo competente para a instituição do tributo e deve estrito
maior. respeito ao princípio da reserva legal (art. 150, §6º, CF). 2. A legislação optou por critérios
↳Resolução-CNJ n. 35/2010: Art. 38. Na partilha em que houver transmissão de propriedade cumulativos absolutamente razoáveis à concessão do benefício tributário, quais sejam,
do patrimônio individual de um cônjuge ao outro, ou a partilha desigual do patrimônio inatividade e enfermidade grave, ainda que contraída após a aposentadoria ou reforma.
comum, deverá ser comprovado o recolhimento do tributo devido sobre a fração transferida. Respeito à dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da CF), aos valores sociais do trabalho
↳Provimento CG 40/2012: item 90. Na partilha em que houver transmissão de propriedade (art. 1º, IV, da CF) e ao princípio da igualdade (art. 5º, caput, da CF). 3. Impossibilidade de
do patrimônio individual de um cônjuge ao outro, ou a partilha desigual do patrimônio atuação do Poder Judiciário como legislador positivo, ampliando a incidência da concessão
comum, deverá ser comprovado o recolhimento do tributo devido sobre a fração transferida. de benefício tributário, de modo a incluir contribuintes não expressamente abrangidos pela
↳Lei 6.015/73 - LRP: Art. 289. No exercício de suas funções, cumpre aos oficiais de registro legislação pertinente. Respeito à Separação de Poderes. Precedentes. 4. Os poderes de
fazer rigorosa fiscalização do pagamento dos impostos devidos por força dos atos que lhes Estado devem atuar de maneira harmônica, privilegiando a cooperação e a lealdade
forem apresentados em razão do ofício. institucional e afastando as práticas de guerrilhas institucionais, que acabam minando a
↳Lei 8.935/94: Art. 30. São deveres dos notários e dos oficiais de registro: XI - fiscalizar o coesão governamental e a confiança popular na condução dos negócios públicos pelos
recolhimento dos impostos incidentes sobre os atos que devem praticar; agentes políticos. 5.Ação Direta de Inconstitucionalidade julgada improcedente.
↳Súmula 116-STF: Em desquite ou inventário, é legítima a cobrança do chamado imposto de
reposição, quando houver desigualdade nos valores partilhados (Aprovada em 13.12.1963). não incide imposto de renda sobre os valores percebidos a título de indenização por horas
↳Teoricamente, se para compensar a diferença (art. 2.017 CC e art. 648, I, CPC) houve a extras trabalhadas, pelo mesmo motivo que se afasta a incidência sobre indenização de
transferência de um imóvel, os herdeiros ou o casal precisa pagar o ITBI do município; por férias por necessidade do serviço ou obtida em programa de incentivo à demissão
outro lado, se a diferença resulta de um ato de liberalidade (doação), herdeiros ou casal voluntária.
precisa recolher o ITCMD do estado. ↳Súmula 463 STJ. Incide imposto de renda (IR) sobre os valores percebidos a título de
↳Na prática, mesmo sendo evidente a divisão desigual dos quinhões, para efeito de indenização por horas extraordinárias trabalhadas, ainda que decorrentes de ACORDO
recolhimento do imposto municipal (CF, art. 156, II), é preciso que se configure a cessão COLETIVO.
onerosa do bem imóvel (Questão interessante agora: e se ninguém fala nada de
contraprestação? Basta dizer que foi uma transmissão gratuita? Daí só paga a exação não incide, na importação de bens para uso próprio, o imposto sobre produtos
estadual? Ao que parece, sim). industrializados, por se tratar de consumidor final.
↳O ITCMD não é imposto sobre a partilha, mas sobre a doação a título gratuito, ou seja, a ↳ IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS – IMPORTAÇÃO DE BENS PARA
hipótese de incidência é, genericamente, a transmissão gratuita por ato inter vivos ou causa USO PRÓPRIO – CONSUMIDOR FINAL. Incide, na importação de bens para uso próprio, o
mortis”. (STJ: AREsp: 1.127.759/SP, DJe 08.08.2017). Imposto sobre Produtos Industrializados, sendo NEUTRO o fato de tratar-se de consumidor
final. (RE 723651, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em §1º Sem prejuízo da PROGRESSIVIDADE NO TEMPO a que se refere o art. 182, §4º,
04/02/2016, PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-164 inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá: II - ter alíquotas diferentes de acordo com a
DIVULG 04-08-2016 PUBLIC 05-08-2016). localização e o uso do imóvel.
Art. 182. §4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante LEI ESPECÍFICA para área
a transparência tributária não tem assento constitucional, o tema é objeto da Lei nº incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não
12.741/2012, que tornou obrigatória a informação do valor aproximado correspondente à edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob
totalidade dos tributos federais, estaduais e municipais, cuja incidência influi na formação pena, sucessivamente, de: II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana
dos respectivos preços de venda. progressivo no tempo.
↳ Princípio da TRANSPARÊNCIA DOS IMPOSTOS. O Princípio da transparência fiscal veio
previsto na CF, no seu art.150, §5º, com o desígnio de que todos os consumidores e as Existem 3 critérios de diferenciação de alíquota no IPTU:
relações consumeristas, sejam pautadas pela clareza e transparência. No art. 150, §5º CF a) Progressividade fiscal (com o objetivo de arrecadar mais): Progressividade em razão do
diz que a lei regulará esta transparência. valor do imóvel (art. 156, § 1º, I);
b) Progressividade extrafiscal (tem por finalidade fazer cumprir um mandamento
DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias constitucional, qual seja, a função social da propriedade): Progressividade em razão da
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao DF e aos Municípios: função social da propriedade (art. 182, § 4º, II): aumento de alíquotas para desestimular que
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; o imóvel fique não edificado, inutilizado ou subutilizado.
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação c) Extrafiscalidade ou seletividade: ALÍQUOTAS DIFERENTES de acordo com a localização
equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por e o uso do imóvel (art. 156, §1º, II). Obs: alguns autores chamam a extrafiscalidade pela
eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou localização e uso de “seletividade do IPTU”. É o caso de Hugo de Brito Machado e Ricardo
direitos; Lobo Torres.
III - cobrar tributos:
Princípio da TRANSPARÊNCIA DOS IMPOSTOS: §5º A lei determinará medidas para que PROGRESSIVIDADE x SELETIVIDADE: O STF, seguindo a lição da doutrina, diferencia
os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e progressividade de seletividade de alíquotas. Conforme explica Hugo de Brito Machado:
serviços. progressivo é o imposto cuja alíquota cresce em função do crescimento de sua base de
cálculo. Essa é a [progressividade ordinária] que atende ao [princípio da capacidade
Diante de arguição de inconstitucionalidade contra lei complementar municipal por contributiva]. “(...) seletivo, por sua vez, é o imposto cujas alíquotas são diversas em razão
majoração de alíquota e criação de nova hipótese de incidência tributária, qual seja, “será da diversidade do objeto tributado. Assim, o IPTU será seletivo se as suas alíquotas foram
lançado imposto predial urbano ou territorial urbano, considerando, dentre outras hipóteses, diferentes, seja essa diferença em razão da utilização, ou da localização, ou de um outro
o remanescente de 5 vezes da área ocupada pelas edificações propriamente ditas e critério qualquer, mas sempre diferença de imóvel para o outro imóvel.” (Curso de Direito
computada no lançamento do Imposto Predial, observado o disposto no inciso II do § 2º , Tributário. 28ª ed., São Paulo: Malheiros, 2007, p. 412). FONTE: Dizer o Direito.
exceto se a parte não edificada atender a função social da propriedade, pela sua
essencialidade aos fins a que se destina o imóvel”, é certo concluir: RESUMO:
➸ a instituição de alíquotas diferenciadas, em razão de estar o móvel edificado ou não, não PROGRESSIVIDADE: Quanto maior a base de cálculo maior a alíquota.
se confunde com o princípio da progressividade. São hipóteses diversas (válidas e SELETIVIDADE: Alíquota varia de imóvel pra imóvel a depender da localidade e utilização.
independentes) de incidência de alíquotas. Enquanto, na progressividade sancionatória, o Ex: imóveis edificados e não edificados, residenciais e não residenciais.
intuito do legislador é incentivar ou compelir o proprietário a promover o adequado SOBRE A SÚMULA 668 STF:
aproveitamento do solo urbano, no critério da seletividade, de modo diverso, e por outro Súmula 668 do STF: É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da EC
fundamento, o legislador impõe uma alíquota diferenciada e fixa, de acordo com localização, 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o cumprimento
grau de importância e uso do imóvel. da função social da propriedade urbana.
Art. 156. Compete aos MUNICÍPIOS instituir impostos sobre: NÃO CONFUNDIR: São constitucionais as leis municipais anteriores à EC 29/00, que
instituíram alíquotas diferenciadas de IPTU para imóveis edificados e não edificados,
residenciais e não residenciais. STF. Plenário. RE 666156, Rel. Roberto Barroso, julgado em
11/05/2020 (Repercussão Geral – Tema 523) (Info 982 – clipping). ↳O STF decidiu que TODOS OS IMPOSTOS, independentemente de sua classificação como
↳OU SEJA, antes da EC 29/00 é inconstitucional lei que estabelece a progressividade fiscal, de caráter real ou pessoal, podem e devem guardar relação com a capacidade contributiva
no entanto, é permitida tanto a progressividade extrafiscal (função social) como a do sujeito passivo. (RE 562045/RS).
extrafiscalidade ou seletividade. ↳O §1º do art. 145 CF/88 não proíbe que os IMPOSTOS REAIS sejam progressivos.
↳Vale ressaltar que a expressão “sempre que possível”, acima utilizada, não se aplica para
Quanto ao princípio da CAPACIDADE CONTRIBUTIVA, é possível concluir: a 2ª parte do parágrafo (“capacidade contributiva”). As conclusões são as seguintes:
➸ a possibilidade de graduação do tributo conforme a capacidade contributiva pressupõe
que tenha como base de incidência situação efetivamente reveladora dessa capacidade, de Os impostos terão caráter pessoal (sempre que possível);
modo que terá maior aplicação nos tributos com fato gerador não vinculado. A proibição do Os impostos serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte (sempre).
não confisco e a preservação do mínimo vital, como decorrência do PRINCÍPIO DA
CAPACIDADE CONTRIBUTIVA, no entanto, são imposições para qualquer espécie ↳A possibilidade de graduação do tributo conforme a capacidade contributiva pressupõe,
tributária. CERTA. evidentemente, que tenha como hipótese de incidência situação efetivamente reveladora de
tal capacidade, do que se depreende que o princípio encontra aplicação plena aos tributos
diante da recomendação de que os impostos, sempre que possível, respeitarão a com fato gerador não vinculado, quais sejam, os impostos e, normalmente, também os
capacidade contributiva, há apenas uma autorização ao legislador ordinário e não norma de empréstimos compulsórios e as contribuições. Não será aplicável às taxas, tributo com fato
observância imperativa. gerador vinculado, porque estas estão fundadas em critério de justiça comutativa e não
↳não se trata de uma autorização, há uma obrigatoriedade nas stiuações em que seja distributiva. As pessoas que individualmente se beneficiem de serviço público específico e
possível graduar os impostos segundo a capacidade do contribuinte. divisível ou que exerçam atividade que exija fiscalização por parte do poder público
Art. 145 CF §1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados suportarão os respectivos ônus. A própria cobrança da taxa, com vista ao ressarcimento do
segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, custo da atividade estatal, pois, já realiza o ideal de justiça fiscal. Não é adequado pretender
especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos que a taxa varie conforme a capacidade contributiva do contribuinte, uma vez que seu fato
individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do gerador é a atividade estatal, e não situação reveladora da riqueza do contribuinte, embora o
contribuinte. STF tenha precedentes em contrário." (PAULSEN, Leandro. Curso de Direito Tributário
Completo).
o postulado da capacidade contributiva tem aplicação restrita às pessoas físicas.
↳CF não faz essa restrição. Aliás, menciona "CONTRIBUINTE" e o tratamento diferenciado ↳ STF: A identificação do efeito confiscatório deve ser feita em função da totalidade da carga
conferido às ME e EPP não deixa de ser "um oferecimento" da capacidade contributiva. tributária, mediante verificação da capacidade de que dispõe o contribuinte - considerado o
montante de sua riqueza (renda e capital) - para suportar e sofrer a incidência de todos os
a incidência de custas e taxas judiciais com base no valor da causa ofende o princípio da tributos que ele deverá pagar, dentro de determinado período, à mesma pessoa política que
capacidade contributiva, mesmo que estabelecidos limites mínimo e máximo. os houver instituído (a União Federal, no caso), condicionando-se, ainda, a aferição do grau
↳não ofende, ao contrário, está de acordo, porque, a grosso modo e via de regra, quem litiga de insuportabilidade econômico-financeira, à observância, pelo legislador, de padrões de
por valores altos demonstra maior capacidade contributiva. razoabilidade destinados a neutralizar excessos de ordem fiscal eventualmente praticados
ADIn 3124 - EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. AÇÃO DIRETA DE pelo Poder Público. Resulta configurado o caráter confiscatório de determinado tributo,
INCONSTITUCIONALIDADE. LEI ESTADUAL 14.938/2003 DO ESTADO DE MINAS sempre que o efeito cumulativo - resultante das múltiplas incidências tributárias
GERAIS. CUSTAS JUDICIAIS ATRELADAS AO estabelecidas pela mesma entidade estatal - afetar, substancialmente, de maneira irrazoável,
VALOR DA CAUSA. POSSIBILIDADE. VIOLAÇÃO AOS ARTS. 5º, CAPUT, XXXV e LIV; 24, o patrimônio e/ou os rendimentos do contribuinte.
IV; 99, §§ 1º a 5º; 102, III; 105, III; 145, II; 150, IV; e 155, I, a, III, DA CF. NÃO
OCORRÊNCIA. Eliseu Rodolfo, empresário alagoano, domiciliado em Maceió/AL, coleciona veículos
1. A jurisprudência pacífica firmada no âmbito deste STF aponta a validade da utilização do importados, de cor vermelha. No mês de maio de 2019, ele adquiriu 4 desses veículos para
valor da causa como critério hábil para definição do valor das taxas judiciárias, desde que sua coleção.
sejam estabelecidos valores mínimos e máximos (Súmula 667 do SUPREMO). O 1º deles (Modelo 2019 − “0 Km”) foi importado diretamente do exterior por ele.
O 2º (Modelo 2018) foi adquirido novo (“0 Km”), de empresa revendedora, localizada em IV - tratando-se de veículo de procedência estrangeira, para efeito da 1ª tributação:
Maceió, a qual promoveu sua importação. b) na data da aquisição por consumidor final, quando importado por empresa revendedora;
O 3º (Modelo 2017), licenciado no Estado de Alagoas, foi adquirido usado, do Consulado de
Portugal, localizado em Maceió, até então proprietário do veículo e beneficiário de isenção De acordo com a Lei estadual 5.077/89, que institui o Código Tributário do Estado de
de IPVA, nos termos do art. 6° , I, da Lei estadual 6.555/04. Alagoas, o imposto sobre transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos
O 4º (Modelo 2016), já licenciado no Estado de Alagoas, foi adquirido usado, de empresa (ITCD) incide sobre as aquisições desses bens ou direitos por [títulos de sucessão legítima
revendedora de veículos, localizada em Arapiraca/AL. ou testamentária ou por doação]. De acordo com o referido diploma legal, ainda:
De acordo com a Lei estadual 6.555/2004, que dispõe sobre o tratamento tributário relativo A.para a fixação da ocorrência do fato gerador, nas transmissões causa mortis, sendo
ao Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores − IPVA, o FATO GERADOR deste impossível estabelecer a data da morte do de cujus, considera-se ocorrido o fato gerador no
imposto, relativamente ao exercício de 2019, no tocante ao MODELO: dia subsequente à data em que o de cujus foi visto vivo pela última vez.
↳ Art. 163. Considera-se ocorrido o fato gerador:
A.2017, só ocorrerá, pela primeira vez, em 1° de janeiro de 2020. §único. Havendo impossibilidade de se estabelecer a data exata para a fixação da
*O 3º (Modelo 2017), licenciado no Estado de Alagoas, foi adquirido usado, do Consulado de ocorrência do fato gerador, tomar-se-á como válida aquela que:
Portugal, localizado em Maceió, até então proprietário do veículo e beneficiário de isenção I - nas transmissões causa mortis corresponder a abertura sucessória;
de IPVA. II - nas doações, corresponder ao 1º dia do ano civil em que o donatário recebeu a posse ou
↳ Art. 3º O fato gerador do imposto ocorre: V - no dia 1º de janeiro do exercício da revogação o direito sobre a coisa doada.
ou anulação da não-incidência ou isenção, quando o interessado deixar de preencher as
condições e os requisitos (1º.01.2019) previstos nesta ou em outra lei que a conceder; B.são isentas do imposto as DOAÇÕES e LEGADOS de peças e de obras de arte a museus,
públicos ou privados, situados no Estado de Alagoas, bem como a instituições culturais ou
B.2019, ocorreu na data da nacionalização do veículo, que se deu com seu registro no órgão de pesquisa, situadas no território nacional.
de trânsito estadual. *O 1º deles (Modelo 2019 − “0 Km”) foi importado diretamente do ↳ Art. 166. São ISENTOS do imposto:
exterior por ele. I - Os PROVENTOS e PENSÕES atribuídos aos herdeiros;
↳ Art. 3º O fato gerador do imposto ocorre: II - as doações e legados de peças e de obras de arte a museus e instituições de fins
IV - tratando-se de veículo de procedência estrangeira, para efeito da 1ª tributação: culturais, situados neste Estado;
a) na data do desembaraço aduaneiro, quando importado por consumidor final III - as doações as entidades beneficentes
IV - as doações e legados as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.
C.2016, ocorreu na data em que Eliseu Rodolfo adquiriu o veículo. V - a doação de bem imóvel destinado à moradia, vinculado a programa de assistência
*O 4º (Modelo 2016), já licenciado no Estado de Alagoas, foi adquirido usado, de empresa social e habitação, para pessoas carentes ou de baixa renda.
revendedora de veículos, localizada em Arapiraca/AL.
↳ Art. 3º O fato gerador do imposto ocorre: II - para veículo usado: no dia 1º de janeiro de C.considera-se ocorrido o fato gerador do imposto relativo às transmissões causa mortis na
cada exercício; data da abertura do processo de inventário ou arrolamento judiciais, sempre que não for
possível fixar com exatidão a data da ocorrência do fato gerador.
D.2017, ocorreu no 10º dia útil posterior à venda do veículo a Eliseu Rodolfo, pessoa que ↳ Art. 163. Considera-se ocorrido o fato gerador:
não faz jus a tratamento diplomático. §único. Havendo impossibilidade de se estabelecer a data exata para a fixação da
Art. 3º O fato gerador do imposto ocorre: V - no dia 1º de janeiro do exercício da revogação ocorrência do fato gerador, tomar-se-á como válida aquela que:
ou anulação da não-incidência ou isenção, quando o interessado deixar de preencher as I - nas transmissões causa mortis corresponder a abertura sucessória;
condições e os requisitos (1º.01.19) previstos nesta ou em outra lei que a conceder II - nas doações, corresponder ao 1º dia do ano civil em que o donatário recebeu a posse ou
o direito sobre a coisa doada.
E.2018, ocorreu na DATA DE SUA AQUISIÇÃO por Eliseu Rodolfo.
*O 2º (Modelo 2018) foi adquirido novo (“0 Km”), de empresa revendedora, localizada em D.ocorrem tantos fatos geradores distintos quantos forem os herdeiros, legatários ou
Maceió, a qual promoveu sua importação donatários, mesmo que o bem ou direito, objeto da tributação, seja indivisível. CERTA.
↳ Art. 3º O fato gerador do imposto ocorre:
↳ Art. 164. Ocorrem tantos fatos geradores distintos quantos forem os [herdeiros, legatários ↳ Art. 166. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas aos contribuintes, é vedado ao
ou donatários], mesmo que o bem ou direito, objeto da tributação, seja indivisível. Estado e aos Municípios, inclusive suas autarquias e fundações, conforme o caso: III –
cobrar tributos: a) em relação a fatos gerados ocorridos antes do início da vigência da lei que
E.os donatários de BENS MÓVEIS situados no Estado de Alagoas são contribuintes do os houver instituído ou aumentado; b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido
imposto devido a esse Estado, sempre que os doadores desses bens forem domiciliados publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
fora dele.​​
↳ Não se pode confundir o contribuinte do ITCMD, que, no caso de doação, é o donatário, B.os Municípios podem instituir taxas em razão do exercício do poder de polícia ou pela
com o local onde é devido o imposto, no caso, o Estado onde tiver domiciliado o doador. utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados aos
Tratando-se de bens móveis, como é o caso da questão, o imposto será devido onde tiver contribuintes ou postos à sua disposição, bem como contribuição de melhoria, decorrente de
domicílio o doador. obra pública. CERTA.
Considerando que o doador se localiza em outro Estado, a este será devido o imposto, não ↳Art. 162, CE/AL: O Estado e os Municípios poderão instituir:
sendo, pois, o donatário o contribuinte, ainda que os bens doados estiverem situados no II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia o pela utilização, efetiva ou potencial,
Estado de Alagoas. de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados aos contribuintes ou postos à sua
Registre-se, o que importação para definição do local onde será devido o ITCMD em se disposição;
tratando de bens móveis na doação é onde estiver domiciliado o doador. III – contribuição de melhoria, decorrente de obra pública.

Em que pese a banca tenha cobrado a incidência da Lei Estadual, notem que há previsão C. a observância do princípio da legalidade não se aplica à fixação da base de cálculo do
similar no CTN, veja: IPTU.
Art. 35. O imposto, de competência dos Estados, sobre a transmissão de bens imóveis e de
direitos a eles relativos tem como fato gerador: §único. Nas transmissões causa mortis, D. é vedado ao Estado, ainda que com interesse público justificado, renunciar à Receita e
ocorrem tantos fatos geradores distintos quantos sejam os herdeiros ou legatários. conceder isenções e anistias fiscais.
→ Acredito que muitas legislações estaduais tenham reproduzido este comando nas leis ↳ Art. 166. VII – renunciar à Receita e conceder isenções e anistias fiscais, sem interesse
estaduais... questões que já cobraram o tema (Q671123 - Q965503). público justificado.

→CF: Art. 155, §1º O imposto previsto no inciso I: E. é vedado aos Estados exigir, aumentar, extinguir ou reduzir tributos, sem que lei o
I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do estabeleça, ficando excluídas desta vedação a exigência e cobrança de emolumentos por
bem, ou ao DF. atos da Junta Comercial e de custas judiciais.
II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se processar o
inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao DF; ↳ Art. 166. I – exigir, aumentar, extinguir ou reduzir impostos, taxas de quaisquer natureza,
→Lei Estadual nº 5.077/89: contribuições de melhoria, emolumentos por atos da Junta Comercial e custas judiciais, sem
Art. 169 - São contribuintes do imposto as pessoas físicas ou jurídicas que se revestirem da lei que o estabeleça;
qualidade de:
I - herdeiros ou legatários e donatários. O art. 12 da LC 87/96 define os FATOS GERADORES do ICMS e estabelece os momentos
Art. 170 - Para efeito de recolhimento do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador no em que eles se consideram ocorridos. No tocante à Lei estadual 5.900/96, isso é feito no seu
Estado de Alagoas relativamente aos: art. 2°:
II - bens móveis, títulos e créditos, se neste Estado: Embora não estejam definidos na LC 87/96, a Lei estadual 5.900/96 define o FATO
a) tiver domicílio o doador. GERADOR e o MOMENTO de sua ocorrência relativamente:
→ Em outras palavras, a questão pede a alternativa que tenha previsão na Lei Estadual nº
A CF Estado de Alagoas estabelece, expressamente, em seu texto, que: 5.900/1996, mas não na Lei Kandir (Lei nº 87/1996), a respeito do fato gerador do ICMS.
A.é vedado ao Estado, inclusive a suas autarquias e fundações, cobrar tributos sem A.à entrada no estabelecimento do contribuinte de mercadoria proveniente de outra unidade
observância aos princípios da legalidade, irretroatividade, anterioridade nonagesimal da Federação, destinada a integrar o respectivo ativo permanente ou a seu próprio uso ou
(noventena) e anterioridade de exercício financeiro. consumo.
art. 2º, V, da Lei estadual 5900/96. De acordo com a CF, o ICMS incide em operações que destinem:
Art. 2º Considera-se ocorrido o fato gerador do ICMS no momento: A. combustíveis líquidos e lubrificantes derivados de petróleo a estabelecimento filial,
V - da entrada no estabelecimento do contribuinte de mercadoria proveniente de outra localizado em outro Estado.
unidade da Federação, destinada a integrar o respectivo ativo permanente ou a seu próprio ↳ Errado: combustíveis líquidos e lubrificantes, se derivados do petróleo, são imunes ao
uso ou consumo; ICMS. Base legal: CF, Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos
sobre: X - não incidirá: b) sobre operações que destinem a outros Estados PETRÓLEO,
Visando promover a industrialização acelerada em seu território, o Estado “X”, em 1990, inclusive LUBRIFICANTES, COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS e GASOSOS dele derivados, e
mediante edição de lei ordinária, concedeu ISENÇÃO DE TODOS OS IMPOSTOS de ENERGIA ELÉTRICA;
competência estadual e de competência municipal, por 30 anos e em função de
determinadas condições, às indústrias que se instalassem no seu território. Com base no B. gasolina a estabelecimento de empresa coligada, localizada em outro Estado, sem a
CTN e na CF: finalidade de ser utilizada como combustível em veículos automotores terrestres, em
A. a isenção concedida, relativamente aos impostos estaduais, é extensiva àqueles aeronaves ou embarcações.
instituídos após a sua concessão, independentemente de previsão legal nesse sentido. ↳ Errado: 1º porque, segundo o STF, o ICMS não incide sobre o mero deslocamento de
↳ Art.177, CTN: Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva: II - aos mercadorias; 2º porque combustíveis incide para o consumidor final. Base legal: 1. CF, Art.
tributos instituídos posteriormente à sua concessão. 155, §4º, I - nas operações com os lubrificantes e combustíveis derivados de petróleo, o
imposto caberá ao Estado onde ocorrer o consumo. 2. STF, RE 1.164.409.
B.a isenção concedida pelo Estado “X”, no que se refere ao IPVA, não pode ser revogada,
mesmo que por meio de edição de nova lei ordinária. CERTA. C. lubrificantes derivados de petróleo a estabelecimento filial, localizado em outro Estado,
↳ Art. 178, CTN: A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de salvo disposição de lei complementar em contrário.
determinadas condições, pode ser REVOGADA ou MODIFICADA por lei, a qualquer tempo, ↳ Errado: de novo, os derivados petróleo são imunes e o mero deslocamento não tem efeito
observado o disposto no inciso III do art. 104 de gerar a tributação. Base legal: 1. CF, Art. 155. Compete aos Estados e ao DF instituir
impostos sobre: X - não incidirá: b) sobre operações que destinem a outros Estados
C.a isenção concedida, relativamente aos impostos municipais, é extensiva àqueles petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia
instituídos após a sua concessão, independentemente de previsão legal nesse sentido. elétrica. 2. STF, RE 1.164.409.
↳ Vedação de ISENÇÃO HETERÔNOMA.
→Art. 151, CF: É vedado à União: III - instituir isenções de tributos da competência dos D.ao exterior lubrificante produzido integralmente com óleo de origem vegetal.
Estados, do DF ou dos Municípios. ↳ Errado. Operação para o exterior são imunes ao ICMS. Base legal: CF, Art. 155. Compete
→Art. 177, CTN: Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva: II - aos aos Estados e ao DF instituir impostos sobre: X - não incidirá: a) sobre operações que
tributos instituídos posteriormente à sua concessão. destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no
exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas
D.os Estados não podem conceder isenção de impostos estaduais ou municipais, por prazo operações e prestações anteriores.
superior a cinco anos, exceto se o fizerem por meio de lei complementar estadual.
↳ Os Estados não podem conceder isenções de tributos municipais (vedação à insenção E. ÓLEO DE ORIGEM VEGETAL a destinatário localizado em outro Estado, com o FIM
heterônoma). único e específico de ser utilizado como lubrificante. CERTA.
↳ Correto. Não há imunidade para GÁS NATURAL, derivados nem a outros combustíveis: a
E.a isenção concedida, relativamente aos impostos estaduais, é extensiva às taxas e às imunidade é para [petróleo e derivados]. Há, porém, outra regrinha, a título de conhecimento,
contribuições de melhoria instituídas pelo Estado “X”, independentemente de previsão legal que segue abaixo. Base legal: CF, Art. 155, §4º, II.
nesse sentido, desde que elas recaiam sobre os mesmos bens ou direitos que são objeto de → Nas operações INTERESTADUAIS, entre contribuintes, com gás natural e seus
incidência do referido imposto. derivados, e lubrificantes e combustíveis não incluídos no inciso I deste §, o imposto SERÁ
↳ Art. 177, CTN. Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva: I - às taxas REPARTIDO entre os Estados de origem e de destino, mantendo-se a mesma
e às contribuições de melhoria; proporcionalidade que ocorre nas operações com as demais mercadorias.
→ICMS de competência dos Estados e DF incide quando ocorre circulação de mercadorias C.ISSQN devido ao Município de Aracaju, local em que se consideram prestados os serviços
ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, de despacho aduaneiro, conforme estabelece a Lei Complementar n° 116/2003.
ainda que iniciem no exterior; ↳ LC 116/2003. Art.3º: O serviço considera-se prestado, e o imposto, devido, no local do
Exceção: não incidirá ICMS em energia elétrica, petróleo e seus derivados na circulação de estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do
um estado para outro. prestador, exceto nas hipóteses previstas nos incisos I a XXV, quando o imposto será devido
Sabendo essa regra já se poderia anular quase todas as questões, não importando se feitas no local.
entre coligadas ou filiadas, ou a finalidade da destinação, eh imune e ponto final. Logo, tendo sido o serviço de despacho aduaneiro realizado no Município de Aracajú-SE,
MAS, é possível essa incidência por lei complementar que deverá definir os combustíveis e local da empresa "Importações Sergipe LTDA", o ISSQN é devido ao referido município.
lubrificantes atingidos (uma única vez), qualquer que seja a sua finalidade. Nessa hipótese
qual estado deverá pagar o ICMS? A Constituição do Estado de Alagoas estabelece que os MUNICÍPIOS têm competência para
>Se for caso de lubrificantes e combustíveis derivados de petróleo: o imposto caberá ao instituir o imposto sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto
Estado onde ocorrer o consumo. sobre o óleo diesel, determina que esse imposto compete ao Município em que se completa
> Se for caso de Gás natural/seus derivados e outros nao incluidos na hipotese acima: nao sua venda a varejo e ainda estabelece que o referido imposto não exclui a incidência
HA IMUNIDADE, E POR ISSO PODE INCIDIR, E QUEM PAGARA? irá depender se feito concomitante do ICMS sobre as mesmas operações. Por sua vez, a Lei Orgânica do
entre contribuintes ou não: Município de Maceió estabelece que compete ao Município instituir o imposto sobre vendas
1. Operações interestaduais entre contribuintes (todos contribuem): o imposto será repartido a varejo de combustíveis líquidos ou gasosos, exceto sobre o óleo diesel, quando o negócio
entre os Estados de origem e de destino, mantendo-se a proporcionalidade que ocorre nas se completar no território do Município de Maceió, que sua incidência não exclui a incidência
operações com as demais mercadorias. do ICMS sobre a mesma operação e que suas alíquotas não poderão ultrapassar os limites
2. Destinadas a não contribuinte (não reparte): o imposto caberá ao Estado de origem. superiores estabelecidos em lei complementar federal. De acordo com a CF, os: D.
RESUMINDO: Se for caso de petróleo é onde consome, já o gás natural reparte entre Municípios não têm competência para instituir esse imposto em seus territórios.
contribuintes, se não for contribuinte, caberá ao Estado de origem. Não há competência delimitada na CF para os Municípios instituírem imposto sobre vendas
a varejo de combustíveis líquidos e gasoso.
Apolo Celestino, pessoa natural domiciliada em Palmeira dos Índios/AL, importou do exterior, ↳ A incidência sobre a venda de combustíveis e lubrificantes se encontra no ICMS
para seu uso pessoal, veículo automotor novo. monofásico, cuja competência é dos Estados (art. 155, § 2º, XII, “h”, §§ 3º e 4º, todos da
CF).
Com a finalidade de auxiliá-lo nos trâmites de importação, ele contratou os serviços de
despacho aduaneiro da empresa “Importações Sergipe Ltda.”, localizada em Aracajú/SE. Tendo em conta as informações acima e o disposto no Código Tributário do Município de
O desembaraço aduaneiro do VEÍCULO IMPORTADO ocorreu no Porto do Recife, localizado Maceió (Lei municipal 6.685/17), relativamente ao exercício de 2018,
no Município do Recife/PE. Relativamente à situação acima descrita, há: A. o imóvel cedido para a instalação e funcionamento de serviço público municipal é isento
do IPTU, relativamente às partes cedidas à Municipalidade. CERTA.
A.ICMS devido ao Estado de Pernambuco, relativamente à importação do veículo, conforme ↳ Lei Municipal nº 6.685/2017. Art. 152. São isentos do Imposto Sobre a Propriedade Predial
estabelece a LC 87/96. e Territorial Urbana: I - O imóvel cedido gratuitamente para a instalação e funcionamento de
↳EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE quaisquer serviços públicos municipais, relativamente às partes cedidas e enquanto durar a
CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS. ICMS. IMPORTAÇÃO. SUJEITO ATIVO. prestação de serviço municipal;
ALINEA ‘A’ DO INCISO IX DO § 2º DO ART. 155 DA MAGNA CARTA. ESTABELECIMENTO
JURÍDICO DO IMPORTADOR. O sujeito ativo da relação jurídico-tributária do ICMS é o B.aos crimes praticados contra a criança e o adolescente e aos crimes contra a ordem
Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário jurídico da tributária.
mercadoria (alínea 'a' do inciso IX do § 2º do art. 155 da..); pouco importando se o ↳ Sobre os crimes contra a ordem tributária, é já famosa a jurisprudência do STJ (e acolhida
desembaraço aduaneiro ocorreu por meio de ente federativo diverso.” (RE 299.079-5/RJ; pela ampla maioria do STF) no sentido de que o princípio da bagatela se aplica aos crimes
Rel. Min. Carlos Britto; v.u.; j. 30/6/2004; DJ 16/6/2006) desta espécie quando o tributo devido não ultrapassa o piso de R$ 10.000,00 (STJ. REsp
1.306.425/RS, rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, j. 10.06.2014).
Tratados e convenções internacionais. Convênios do CONFAZ. Tributação internacional. →Arrecadação do IR: regra geral. O imposto de renda é um tributo federal. Assim, em regra,
Acordos para evitar a dupla tributação. Aspectos tributários da OMC, MERCOSUL, ALADI e o valor arrecadado com esse imposto fica com a União.
ALCA. Incentivos fiscais. Legislação. Análise crítica do sistema e de seus reflexos no →Imposto de renda incidente na fonte: Quando os Estados-membros, o Distrito Federal e os
desenvolvimento do País. Municípios pagam rendimentos a alguém, antes de entregar o valor devido à pessoa, eles
devem reter (recolher) a quantia referente ao imposto de renda. Exemplo: se o servidor
Decretos Legislativos, Resoluções do Senado, Atos Normativos de Autoridade público estadual recebe XX por mês, o Estado, antes de depositar na conta, deverá reter um
Administrativa, Decretos e Despachos Normativos do Executivo, Resoluções percentual dessa quantia, a título de IR. Esse valor do imposto de renda retido na fonte não
Administrativas, Portarias, Decisões Administrativas e Consultas. vai ficar com a União, mas sim com o Estado, o DF ou Município, a depender de quem está
pagando os rendimentos. É o que prevê a CF como uma forma de aumentar a arrecadação
A Lei de Reponsabilidade Fiscal LRF (LC 101/00) estabelece normas de finanças públicas dos demais entes federativos:
voltadas para a responsabilidade no gasto fiscal e equilíbrio nas contas públicas, impondo a →CF, Art. 158. Pertencem aos Municípios: I - o produto da arrecadação do imposto da União
obediência a limites e condições no que tange à renúncia de receita. Dentre tais limites e sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos,
condições, é correto afirmar que: a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;
C.a concessão de benefício fiscal que crie renúncia de receita deverá ser acompanhada da *Os Estados, DF e Municípios possuem direito à arrecadação do IR retido na fonte, incidente
estimativa de seu impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua sobre rendimentos pagos por eles, suas autarquias e fundações a pessoas físicas ou
vigência e nos 2 seguintes, ainda que haja sido considerada na estimativa de receita da lei jurídicas contratadas para a prestação de bens ou serviços.
orçamentária;
(LRF) No Estado Alfa, a DESPESA TOTAL COM PESSOAL apurada somando-se a
O Município X (Estado Y) retém, sem repassar à União, os valores do imposto federal sobre realizada no mês em referência com as dos 11 imediatamente anteriores, adotando-se o
renda e proventos de qualquer natureza (IR), incidente na fonte: regime de competência (independentemente de empenho), alcançou o percentual de 53%
1) sobre rendimentos pagos a seus servidores; da Receita Corrente Líquida (RCL). Acerca desse cenário específico, é correto afirmar que:
2) sobre os pagamentos feitos a pessoas físicas ou jurídicas contratadas para prestação de D. o percentual da RCL alcançado com DESPESA TOTAL COM PESSOAL se encontra
serviços. Diante desse cenário, o Município X: dentro dos limites previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal;
A. pode reter, sem repassar à União, tal IR incidente na fonte em ambas as hipóteses do → LRF: Art 18, §2º A despesa total com pessoal será apurada somando-se a realizada no
enunciado; mês em referência com as dos 11 imediatamente anteriores, adotando-se o regime de
↳TEMA 1130 STF: Pertence ao Município, aos Estados e ao DF a titularidade das receitas competência, independentemente de empenho.
arrecadadas a título de imposto de renda retido na fonte incidente sobre valores pagos por →Art. 19. Para os fins do disposto no , a despesa total com pessoal, em cada período de
eles, suas autarquias e fundações a pessoas físicas ou jurídicas contratadas para a apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita
prestação de bens ou serviços, conforme disposto nos arts. 158, I, e 157, I, da CF. corrente líquida, a seguir discriminados:
I - União: 50%
↳Os entes municipais, estaduais e o DF possuem direito ao produto da arrecadação do II - Estados: 60%
imposto de renda retido na fonte, incidente sobre rendimentos pagos por eles e suas III - Municípios: 60%
respectivas autarquias e fundações a pessoas físicas ou jurídicas contratadas para a O limite máximo em que o estado poderia chegar era de 60%, não aconteceu. Mas é
prestação de bens ou serviços. STF. Plenário. RE 1293453/RS, Rel. Min. Alexandre de importante lembrar que existem os LIMITES DE ALERTA e o PRUDENCIAL (que são
Moraes, julgado em 8/10/2021 (Repercussão Geral – Tema 1130) (Info 1033). mencionados nas alternativas).
↳Pertence ao Município, aos Estados e ao Distrito Federal a titularidade das receitas LIMITE DE ALERTA: LRF Art.59 §1º Os Tribunais de Contas alertarão os Poderes ou órgãos
arrecadadas a título de imposto de renda retido na fonte incidente sobre valores pagos por referidos no art. 20 quando constatarem: II - que o montante da despesa total com pessoal
eles, suas autarquias e fundações a pessoas físicas ou jurídicas contratadas para a ultrapassou 90% do limite; se o limite é de 60% da RCL , então o limite de alerta seria 90%
prestação de bens ou serviços, conforme disposto nos arts. 158, I, e 157, I, da CF. STF. de 60% da RCL. Isto é: 90% x 60% = 54% da RCL. Isso significa que quando algum Estado
Plenário. RE 1293453/RS, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 8/10/2021 ou Município atinge os 54% de despesas com pessoal, ele já está no limite de ALERTA. 57%
(Repercussão Geral – Tema 1130) (Info 1033). PRUDENCIAL.
LIMITE PRUDENCIAL: LRF art. 22. §único. Se a despesa total com pessoal exceder a 95%
do limite, são vedados ao Poder ou órgão referido no art. 20 que houver incorrido no A empresa XYZ Jardinagem Ltda., com sede no Município X, executou um GRANDE
excesso: SERVIÇO DE JARDINAGEM na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil
Art. 23. Se a despesa total com pessoal, do Poder ou órgão referido no art. 20, ultrapassar do Município Y. Como no Município X a alíquota do Imposto sobre Serviços (ISS) fixada por
os limites definidos no mesmo artigo, sem prejuízo das medidas previstas no art. 22, o lei municipal era de 2% e, no Município Y, de 5%, optou-se por fazer o recolhimento ao
percentual excedente terá de ser eliminado nos 2 quadrimestres seguintes, sendo pelo Município X. Diante desse cenário e à luz da (LC 116/2003), é correto afirmar que:
menos 1/3 no 1º, adotando-se, entre outras, as providências previstas nos e..§3º Não B. o ISS deveria ter sido recolhido ao Município Y;
alcançada a redução no prazo estabelecido e enquanto perdurar o excesso, o Poder ou LC 113/03. Art. 3º O serviço considera-se prestado, e o imposto, devido, no local do
órgão referido no art. 20 não poderá: estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do
I - receber transferências voluntárias; o limite máximo do Estado é 60%. prestador, exceto nas hipóteses previstas nos incisos I a XXV, quando o imposto será
O limite prudencial seria: 95% de 60% = 57% de despesas com pessoal. devido no local: VIII – da execução da decoração e jardinagem, do corte e poda de árvores,
no caso dos serviços descritos no subitem 7.11 da lista anexa; → Assim, o ISS deveria ter
O Estado Alfa, por meio de LEI ORDINÁRIA ESTADUAL, fixou a taxa dos juros de mora sido recolhido ao município Y, mesmo a alíquota sendo maior.
incidentes sobre seus créditos tributários não pagos no vencimento, em valor inferior àquela ↳ A alíquota máxima do ISS, segundo a LC 116 (Lei do ISS) será 5% e a alíquota mínima 2%
aplicada por legislação federal para os créditos tributários da União. Diante desse cenário, o ↳Contribuinte será sempre o prestador do serviço e a base de cálculo do imposto será
Estado Alfa: sempre o preço do serviço.
D. poderia fixar tal TAXA DE JUROS DE MORA DIFERENCIADA por LEI ORDINÁRIA
ESTADUAL; A sociedade empresária 789 Roupas Ltda. sagrou-se vencedora, em novembro de 2021, em
Tema 1062 STF: Os estados-membros e o DF PODEM LEGISLAR sobre índices de AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO tributário contra a Fazenda Pública do Estado X.
correção monetária e taxas de juros de mora incidentes sobre seus créditos fiscais, Transitada em julgado a demanda, a empresa recebeu o valor da restituição por Requisição
limitando-se, porém, aos percentuais estabelecidos pela União para os mesmos fins. de Pequeno Valor. Contudo, foi surpreendida, após o recebimento, com notificação contendo
↳ Especificamente quanto à matéria relacionada a índices de correção monetária e taxas de autuação do Fisco Federal para recolhimento de tributos federais sobre valores atinentes ao
juros de mora aplicáveis a créditos fiscais, por se tratar de matéria financeira devidamente acréscimo de juros moratórios pela taxa Selic recebidos na repetição do indébito tributário.
regulada pela União, os demais entes somente podem exercer validamente sua competência Diante desse cenário, sobre tais VALORES DE TAXA SELIC recebidos em razão de
suplementar nos limites estabelecidos pela legislação federal. Esta Corte, em oportunidades repetição de indébito tributário:
anteriores, firmou o entendimento de que, embora os Estados-membros sejam E. não incide nem IRPJ nem CSLL, pois configurada mera recomposição por efetivas perdas
incompetentes para fixar índices de correção monetária superiores aos fixados pela União sofridas pelo sujeito passivo.
para o mesmo fim, podem defini-los EM PATAMARES INFERIORES – incentivo fiscal. STF. TEMA 962- STF: É inconstitucional a incidência do IRPJ e da CSLL sobre os valores
Plenário. ARE 1216078 RG, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 29/08/2019 - Repercussão atinentes à taxa Selic recebidos em razão de repetição de indébito tributário.
Geral – Tema 1062. Recentíssimo, Data do trânsito em julgado: 10/06/2022
↳ Os Estados podem legislar sobre índices de correção monetária e taxas de juros incidentes *é inconstitucional por ser considerada mera recomposição financeira do sujeito passivo.
sobre créditos fiscais, desde que não seja superior ao índice estabelecido pela União
(SELIC). Com relação aos TRATADOS INTERNACIONAIS que versam especificamente sobre tributos
que recaem sobre o capital e a renda não é correto afirmar que:
A Santa Casa de Misericórdia do Município X, atendendo às exigências estabelecidas em lei, B. os tratados internacionais podem submeter o contribuinte a uma obrigação tributária que
foi devidamente certificada na área de saúde como [entidade beneficente de assistência não esteja prevista na lei interna brasileira, bastando para isso que o tratado internacional
social]. Contudo, em 01/06/2022, o Fisco Federal lavrou contra ela auto de infração para seja ratificado pelo Congresso Nacional. ERRADA.
pagamento de CSLL, PIS e COFINS, entendendo que teria desvirtuado seu caráter CERTAS:
beneficente ao passar a remunerar, em R$ 20.000,00 mensais, um médico contratado pela →o CTN determina (artigo 98) que a lei interna deverá observar os tratados anteriormente
CLT para cumprir a função de dirigente não estatutário da entidade. Diante desse cenário: firmados.
C. a remuneração ao médico que atua como dirigente não estatutário não descaracterizaria →aplicam-se aos residentes dos países signatários não importando a sua nacionalidade.
sua condição de ENTIDADE IMUNE; →tem por objetivo principal o combate à bitributação da renda.
→o artigo 98 do Código Tributário Nacional, revoga a lei interna, ainda que, de fato, exigibilidade do crédito tributário, ante a TAXATIVIDADE do art. 151 do CTN e o teor do
restrinja-se a limitar a sua eficácia. Enunciado Sumular n. 112 desta Corte, cujos precedentes são de clareza hialina:
Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação
tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha. Busca-se proteger sendo certo que a prestação de caução, mediante o oferecimento de fiança bancária, ainda
nacionais dos países acordantes que vivem em outros países e que, sem o acordo, seriam que no montante integral do valor devido, não ostenta o efeito de suspender a exigibilidade
tributados por alíquotas cheias nos 2 países. Os Tratados para evitar a BItributação, na do crédito tributário, mas apenas de garantir o débito exequendo, em equiparação ou
verdade, não a evitam, só fazem com que o invíduo, ao ser taxado num país, pague apenas antecipação à penhora, com o escopo precípuo de viabilizar a expedição de Certidão
o "diferencial de alíquota" ao outro Estado. Positiva com Efeitos de Negativa e a oposição de embargos. (REsp 1156668/DF, Rel.
Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 24/11/2010, DJe 10/12/2010)
A respeito da PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE, analise as afirmativas a seguir:
→A prescrição intercorrente não se aplica ao processo administrativo tributário; Suspensão do Crédito Tributário: TAXATIVO.
→A prescrição intercorrente não se aplica ao processo administrativo tributário, a Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
requerimento do credor, pela inexistência de bens penhoráveis, não deve haver curso do I - moratória;
prazo prescricional. Isto porque não se pode imputar qualquer desídia ao credor que não II - o depósito do seu montante integral;
pôde agir por não ter encontrado bens do devedor; III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário
→A prescrição intercorrente no processo judicial é geralmente admitida como uma administrativo;
decorrência dos princípios da segurança jurídica, estabilidade social e da prescritibilidade IV - a concessão de medida liminar em (MS) mandado de segurança.
dos direitos patrimoniais. CERTA. V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação
A prescrição nasceu para punir o titular do direito que se conserva inativo e não para punir judicial;
aquele que, embora diligente, não encontre patrimônio em nome do executado. VI – o parcelamento.
§ único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórios
A sociedade empresária Ômega Ltda. foi autuada pelo Fisco estadual pelo não recolhimento dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela conseqüentes.
do ICMS. Após o transcurso de todo o processo administrativo fiscal, o auto de infração foi
mantido pela Administração tributária. Irresignados, os administradores de Ômega Ltda. Súmula 509 STJ: É lícito ao comerciante de boa-fé aproveitar os créditos do ICMS
decidem ajuizar mandado de segurança com pedido de liminar, objetivando a suspensão da decorrentes de nota fiscal posteriormente declarada inidônea, quando demonstrada a
exigibilidade do crédito. A liminar foi concedida, condicionada à apresentação de caução, veracidade da compra e venda.
fiança ou depósito. Foi apresentada carta de fiança no valor integral do crédito tributário. ↳A responsabilidade do adquirente de boa-fé reside na exigência, no momento da
Após 3 meses, o TJ do Estado dá provimento a agravo de instrumento proposto pelo Estado, celebração do negócio jurídico, da documentação pertinente à assunção da regularidade do
cassando a liminar. Considerando a situação descrita, Ômega Ltda. apresenta [requerimento alienante, cuja verificação de idoneidade incumbe ao Fisco, razão pela qual não incide, à
de certidão de regularidade fiscal]. Em relação ao crédito tributário do auto de infração, será espécie, o artigo 136, do CTN, segundo o qual "salvo disposição de lei em contrário, a
concedida certidão: responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou
D.POSITIVA, pois o crédito está PLENAMENTE EXIGÍVEL; do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato" (STJ REsp
1148444/MG).
↳1ª Seção do STJ. De acordo com a jurisprudência do STJ, "o comerciante de boa-fé que
Sobre a fiança bancária: TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE adquire mercadoria, cuja nota fiscal (emitida pela empresa vendedora) posteriormente seja
CONTROVÉRSIA. ART. 543-C, DO CPC. CAUÇÃO E EXPEDIÇÃO DA CPD-EN. declarada inidônea, pode engendrar o aproveitamento do crédito do ICMS pelo princípio da
POSSIBILIDADE. SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. ART. 151 não-cumulatividade, uma vez demonstrada a veracidade da compra e venda efetuada,
DO CTN. INEXISTÊNCIA DE EQUIPARAÇÃO DA FIANÇA BANCÁRIA AO DEPÓSITO DO porquanto o ato declaratório da inidoneidade somente produz efeitos a partir de sua
MONTANTE INTEGRAL DO TRIBUTO DEVIDO PARA FINS DE SUSPENSÃO DA publicação (REsp 1.148.444/MG, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Seção, DJe 27/4/2010,
EXIGIBILIDADE. SÚMULA 112/STJ. VIOLAÇÃO AO ART. 535, II, DO CPC, NÃO submetido ao rito do art. 543-C do CPC e da Resolução STJ 8/2008).
CONFIGURADA. MULTA. ART. 538 DO CPC. EXCLUSÃO. 1. A fiança bancária não é
equiparável ao depósito integral do débito exequendo para fins de suspensão da
4. É inquestionável que, se não houvesse SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA, o DESCONTO Estado do Rio de Janeiro. Rejeição da alegada impossibilidade jurídica do pedido por falta
INCONDICIONAL não integraria a base de cálculo do ICMS na 1ª operação (saída do de especificação de valores, já que o quantum será apurado em liquidação de sentença. O
fabricante para a distribuidora), aplicando-se o disposto no art.13, §1º, II, a, da LC 87/1996. prazo prescricional é DECENAL. Isso porque o ICMS é tributo sujeito a lançamento
No entanto, em se tratando de substituição tributária, a base de cálculo refere-se ao preço Nas ações que versam sobre a contratação de energia elétrica sob a sistemática de
cobrado na 2ª operação (saída da mercadoria da distribuidora para o consumidor final), nos demanda reservada de potência, o Estado é parte legítima para figurar no polo passivo da
termos do art. 8º da LC 87/1996. Inviável presumir, sem previsão legal, que o desconto dado demanda, e não as concessionárias de energia elétrica, bem como o consumidor final é o
pela fábrica, na 1ª operação, será repassado ao preço final (2ª operação). 5. A base de sujeito passivo da obrigação tributária. Assim, o consumidor é parte legítima para demandar
cálculo do ICMS, no caso de substituição tributária, é regulada pela norma especial do art. 8º o Estado visando à inexigibilidade do ICMS. (REsp 960.476/SC, 1ª Seção, Rel. Min. Teori
da LC 87/1996, e não pelo art. 13 da mesma Lei (aplicável às operações normais, sem Albino Zavascki, DJe de 13.5.2009).
substituição). (STJ REsp 1027786 MG).
→ O desconto incondicional não repercute sobre as operações subsequentes à venda feita A 1ª Turma do (STJ) julgou a questão no RESP 1.239.625/SC, que decidiu por maioria que
por Titã Ltda. as despesas com capatazia não devem integrar o valor aduaneiro, base de cálculo do
Ratificando apenas: 1. Ficou decidido no EREsp 715.255, da Relatoria da Ministra Eliana Imposto de Importação.
Calmon, julgado em 23.6.2010, que o recolhimento do ICMS sobre o regime de substituição
tributária deve ser realizado integralmente, considerando o valor cheio da mercadoria, sem GUERRA FISCAL:
subtrair o valor daquelas mercadorias dadas em bonificação ( AgRg no REsp 959743 RJ). C.é limitado pela CF o poder de exoneração fiscal do Estado-Membro e do DF, quando
exige Convênio Intergovernamental para tanto;
Súmula 447 STJ: Os Estados e o DF são partes legítimas na ação de restituição de IR → Um desses instrumentos utilizados na CF para evitar a guerra fiscal são os convênios,
RETIDO NA FONTE proposta por seus servidores. que visa inibir a outorga exacerbada de isenções pelos Estados, previsão na CF desse
convênio: art.155 §2 XII g.
C. não incide o imposto, dado que a mutação do critério jurídico adotado só atinge fato D. é constitucional lei específica que outorga anistia de multa e juros, mas exige
gerador posterior à sua introdução. integralmente o tributo;
↳CTN Art. 146. A modificação introduzida, de ofício ou em conseqüência de decisão → Anistia não perdoa juros, somente multa.
administrativa ou judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no Guerra Fiscal" = Guerra fiscal é a disputa, entre cidades e estados, para ver quem oferece
exercício do lançamento somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito melhores incentivos para que as empresas se instalem em seus territórios.
passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente à sua introdução
TRIBUTÁRIO. CONSULTA FISCAL. MUDANÇA DE CRITÉRIO JURÍDICO POSTERIOR AO O Juízo da Dívida Ativa reconheceu, de ofício, a prescrição e extinguiu o processo,
FATO GERADOR. PRINCÍPIOS DA PROTEÇÃO À CONFIANÇA E DA proferindo sentença em abril de 2016.
IRRETROATIVIDADE. SERVIDOR PÚBLICO CEDIDO À EMPRESA PÚBLICA. C.da sentença referida no enunciado, é cabível a interposição de EMBARGOS
VINCULAÇÃO COM O REGIME PREVIDENCIÁRIO PRÓPRIO. AUSÊNCIA DE FILIAÇÃO INFRINGENTES;
AO RGPS. CTN , ART. 146 . LEI Nº 8.212 /91, ART. 13 , § ÚNICO .1. O art. 146 do CTN visa Súmula 409 do STJ: Em execução fiscal, a prescrição ocorrida antes da propositura da ação
impedir a revisão de lançamento ou o lançamento de ofício, quando a situação jurídica está pode ser decretada de ofício.
consolidada com fulcro nos critérios jurídicos vigentes à época do fato gerador da obrigação NCPC: Art. 183. A União, os Estados, o DF, os Municípios e suas respectivas autarquias e
tributária, mesmo que esses critérios digam respeito à valoração dos fatos ou à interpretação fundações de direito público gozarão de PRAZO EM DOBRO para todas as suas
da lei. Inteligência da Súmula nº 227 do extinto TFR (TRF-4 - APELAÇÃO CIVEL AC 26663 manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal. §1º A
RS 1999.71.00.026663-2). intimação pessoal far-se-á por carga, remessa ou meio eletrônico.
Lei de Execução Fiscal: Art. 34. Das sentenças de 1ª instância proferidas em execuções de
Em relação ao ICMS incidente sobre o consumo de energia elétrica, a concessionária valor igual ou inferior a 50 Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN, só se
distribuidora de energia figura na relação jurídica tributária como: admitirão EMBARGOS infringentes e de declaração.
D. ente de colaboração; O cabimento de recurso extraordinário exige o esgotamento das vias recursais ordinárias,
→ LIGHT: Ao ente de colaboração cabe a responsabilidade pelo recolhimento do ICMS nos termos da súmula 281 do STF: É inadmissível o recurso extraordinário, quando couber,
incidente nas operações de consumo de energia elétrica e o correspondente repasse ao na Justiça de origem, recurso ordinário da decisão impugnada.
Acerca de temas relacionados ao Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doações de Será o valor da mercadoria na saída do estabelecimento do contribuinte. / Deduzindo-se os
quaisquer bens ou direitos (ITCMD), assinale a alternativa correta. descontos e bônus ofertados ao cliente. X
↳A concessão de DIREITO REAL DE USO não pode ser equiparada ao contrato de doação Lei Kandir, art. 13, §1º Integra a base de cálculo do imposto...II - o valor correspondente a: a)
para fins de incidência do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer seguros, juros e demais importâncias pagas, recebidas ou debitadas, bem como descontos
Bens ou Direitos - ITCMD, porquanto aquela se traduz em uma delegação do ente público ao concedidos sob condição; ↳Ressalte-se que, embora as bonificações ofertadas ao cliente
particular para que este utilize um bem público, com ou sem possibilidade de exploração não componham a base de cálculo do ICMS, as mesmas são base imponível quando da
comercial, enquanto a doação constitui transferência para outrem de propriedade sem substituição tributária (REsp 1098304/MG, DJe 17/08/2010).
onerosidade, ensejando decréscimo patrimonial para o doador e acréscimo para o donatário
(STJ REsp 1641012 DF 2016). Será o montante desembolsado pelo usuário, no caso de compra de cartão pré-pago de
↳APELAÇÃO CÍVEL. DECLARAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICO telefonia./ Ocorre o fato gerador por ocasião do fornecimento do cartão de crédito para
TRIBUTÁRIA C.C. REPETIÇÃO DE INDÉBITO TRIBUTÁRIO. ITCMD. DOAÇÃO DE ativação de telefone celular pré-pago. ✓
DINHEIRO ENTRE CÔNJUGES CASADOS PELO REGIME DA COMUNHÃO UNIVERSAL. Art. 13, A BASE DE CÁLCULO do imposto é: III - na prestação de serviço... de comunicação,
SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA. IRRESIGNAÇÃO DO RÉU. 1. O ITCMD Imposto sobre o preço do serviço;
Transmissão Causa Mortis e Doação - só incide se ficar demonstrado que, nos termos do Art. 12, §1º... quando o serviço for prestado mediante pagamento em ficha, cartão ou
Direito Civil, se configurou o negócio jurídico denominado Doação, definido no art. 538 do assemelhados, considera-se ocorrido o fato gerador do imposto quando do fornecimento
CC. (TJ-RJ APELACAO 0021224-98.2010.8.19.0014). desses instrumentos ao usuário.
↳A BASE DE CÁLCULO do imposto sobre heranças e doações é o valor do acréscimo
patrimonial. As alíquotas são fixadas pelos legisladores estaduais, competinado ao Senado C) Será o valor de máquina objeto de arrendamento mercantil, importada por indústria
Federal fixar as máximas (tetos) a teor do art. 155, 1º, IV, da CF/88.” (COÊLHO, Sacha nacional. / Ocorre o fato gerador quando do seu ingresso no país. X
Calmon Navarro. Curso de Direito Tributário Brasileiro. 12. Ed. Rio de Janeiro: Editora ↳ não incide o ICMS na operação de arrendamento mercantil internacional, salvo na
Forense, 2012 , p. 458). → A inocorrência do efetivo acréscimo patrimonial em favor do hipótese de antecipação da opção de compra, quando configurada a transferência da
donatário, quando de integralização do capital social, afasta o recolhimento do ITCMD. titularidade do bem. (RE 540829, REPERCUSSÃO GERAL, DJe-226 17-11-2014).
↳TRIBUTÁRIO. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA.
COMPENSAÇÃO DE ITCMD COM PRECATÓRIO ALIMENTAR. EC 62/2009. A 1ª Seção... consignou que a isenção prevista no art. 3º, II, da LC 87/1996 não seria
FUNDAMENTO INSUFICIENTE PARA A NEGATIVA DO PEDIDO. DECLARAÇÃO DE exclusiva das operações que destinam mercadorias diretamente ao exterior, alcançando
INCONSTITUCIONALIDADE PELO STF. PREVISÃO LEGAL. LEI ESTADUAL 14.470/04. outras que integram todo o processo de exportação, inclusive as parciais, como o transporte
ART. 170 DO CTN . PRECEDENTE. RMS 43.617/PR. 1. A declaração de interestadual". (AREsp 851.938/RS, DJe 09/08/2016).
inconstitucionalidade da EC 62/2009 pelo STF, nas ADI's 4.357/DF e 4.425/DF, impede que
se use esse fundamento para negar pretensões compensatórias de tributo com precatório Pode, portanto, haver incidência do ICMS sobre o IPI também quando o produto se destina
quando existe lei estadual autorizativa. 2. Ressalte-se que o pedido não se embasa no poder a CONSUMO ou ATIVO FIXO do adquirente (ainda que seja contribuinte do imposto).
liberatório para pagamento de tributos de precatório vencido e não pago, previsto no art. 78, (Carrazza, ICMS, SP, 9a ed , p 366).
§ 2º, do ADCT, mas, sim, em Lei Estadual específica fundada no art. 170 do CTN. 3.
Existindo lei especial, não há porque indeferir o pedido compensatório, utilizando-se como ↳É hipótese de ESTORNO DE CRÉDITO, a utilização de mercadoria em fim alheio à
fundamento a referida emenda já declarada inconstitucional. 4. "A Lei paranaense atividade do estabelecimento.
14.470/2004 autoriza a compensação de débito de Imposto de Transmissão Causa Mortis e O Supremo fixou entendimento no sentido de que não ofende o princípio da
Doação (ITCMD) com crédito de precatório alimentar cedido por terceiro". (STJ RMS não-cumulatividade a exigência de estorno proporcional de crédito de ICMS relativo à
43.617/PR). entrada de mercadorias que, posteriormente, tem sua saída tributada com base de cálculo
↳O juízo do inventário, na modalidade de arrolamento sumário, não detém competência para ou alíquota inferior. (RE 478605 AgR, DJe-112 19-06-2008).
apreciar pedido de reconhecimento da isenção do ITCMD (Imposto sobre Transmissão
Causa Mortis e Doação de quaisquer Bens ou Direitos), à luz do disposto no caput do artigo
179, do CTN (STJ REsp 1150356 SP 2009).
S. 392 STJ: A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até a Sabbag elenca como causas de suspensão da prescrição, se não as únicas: a anulação da
prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou moratória (art. 155, p.ú., CTN), extensivas aos institutos da isenção (art. 179, §2º do CTN),
formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução. da anistia (art. 182, p.ú. CTN), da remissão (art. 172, p.ú. CTN) - (Livro Manual de Direito
Tributário - págs. 1048 e 1049, ed. 2020).
Gama (sociedade empresária distribuidora) não tem direito à repetição pleiteada, porque o
direito subjetivo à repetição do indébito pertence exclusivamente ao denominado contribuinte Art. 37. Na hipótese de rendimentos do trabalho assalariado recebidos em moeda
de direito. estrangeira por servidores ausentes no exterior a serviço do País de autarquias ou de
→Nos TRIBUTOS DIRETOS, a regra relativa às restituições é simples: quem pagou um repartições do Governo brasileiro situadas no exterior, consideram-se tributáveis 25% do
valor indevido ou maior que o devido tem direito à restituição. total recebido. §único. Os rendimentos serão convertidos em reais por meio da utilização do
→Já nos TRIBUTOS INDIRETOS (IPI, ICMS), existem 2 peculiaridades: valor do dólar dos Estados Unidos da América divulgado para compra pelo Banco Central do
1.REGRA GERAL: a legitimidade para pleitear a restituição é do CONTRIBUINTE DE Brasil para o último dia útil da 1ª quinzena do mês anterior ao do pagamento do rendimento.
DIREITO, pois o contribuinte de fato não integra a relação jurídica tributária. Ex.: no caso de
pagamento indevido de IPI sobre a fabricação de bebidas, o STJ decidiu que a legitimidade O fato gerador do imposto sobre transmissão inter vivos de bens imóveis (ITBI) somente
ativa ad causam para pleitear a restituição do indébito é do FABRICANTE de bebida ocorre com a EFETIVA TRANSFERÊNCIA DA PROPRIEDADE imobiliária, que se dá
(contribuinte de direito). mediante o REGISTRO. STF. Plenário. ARE 1294969 RG, Rel. Min. Presidente, julgado em
2.CONCESSIONÁRIA DE ENERGIA ELÉTRICA: a legitimidade para pleitear a restituição do 11/02/2021 (Repercussão Geral – Tema 1124).
indébito pago por concessionária de energia elétrica é do CONTRIBUINTE DE FATO →A questão fala que foi lavrada a escritura pública de compra e venda, que deve ser levada
(consumidor), pois não haveria interesse das concessionárias em pleitear a restituição já que a registro no cartório de imóveis. Assim, percebe-se que o fato gerador do ITBI ainda não
ela sempre poderá repassar esse valor nas tarifas, fazendo o consumidor arcar com a ocorreu, pois, conforme o STF, só se dá mediante o registro do imóvel.
repercussão econômica do tributo pago a maior.
↳Segundo a jurisprudência do STJ, o contribuinte de fato (Gama) não tem direito a pleitear a No sistema tributário brasileiro adotou‐se, com relação à não‐ cumulatividade do ICMS, a
restituição de tributo indireto, como é o caso do IPI e do ICMS. Segundo o STJ, o direito técnica de: D. apuração periódica.
subjetivo à repetição do indébito pertence exclusivamente ao denominado contribuinte de
direito.
↳Súmula 546 STF: Cabe a restituição do tributo pago indevidamente, quando reconhecido
por decisão que o contribuinte de jure não recuperou do contribuinte de facto o quantum
respectivo;

ISS: Sabe‐se que a Lei Municipal, recentemente promulgada, impõe o pagamento deste
imposto, à alíquota de 2% sobre cessão de direitos, inclusive autorais. Sabe‐se que a Lei
→A adesão ao programa de parcelamento suspende o prazo prescricional para ajuizar a Complementar 116/03 prevê, no item III da lista anexa, a incidência do ISS sobre serviços
ação de cobrança do crédito tributário prestados mediante [locação, cessão de direito de uso e congêneres]. Nesse caso:
O STJ possui jurisprudência no sentido de que a adesão a PARCELAMENTO tributário é E. o ISS incide na cessão de direitos autorais, bastando aplicar a técnica da
causa de suspensão da exigibilidade do crédito e INTERROMPE o prazo prescricional, por INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA, já que a lei complementar federal preconiza tal hipótese de
constituir reconhecimento inequívoco do débito, nos termos do art. 174, IV, do CTN, voltando incidência. (2013).
a correr o prazo a partir do inadimplemento da última parcela pelo contribuinte. (REsp (2022) A cessão de direito autoral não está sujeita à incidência do Imposto sobre Serviços de
1728845/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em Qualquer Natureza (ISS). O entendimento, inédito no (STJ), foi adotado pela 1ª Turma ao
10/04/2018, DJe 28/05/2018). julgar recurso do município do Rio de Janeiro contra as empresas Monte Criação e Produção
→Diferentemente das causas de interrupção da prescrição, que estão expressamente e Monte Songs Edições Musicais. Dessa forma, não existe correlação entre ambos. “Nesse
dispostas no art. 174 do CTN, as causas de suspensão da prescrição NÃO estão previstas contexto, não há falar que cessão de direito autoral é congênere à de direito de uso, hábil a
no CTN, mas isso não impõe sua inexistência no Direito Tributário. O doutrinador Eduardo constituir fato gerador do ISS”, destacou.
Com referência à questão da COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA, assinale a afirmativa correta.
E. Está restrita aos ENTES político‐administrativos com competência para legislar.
→ a competência tributária é conferida apenas aos entes político-administrativos (U, E, DF e
M).

Tese fixada pelo STF: É inconstitucional lei estadual que concede benefício fiscal sem a
prévia estimativa de [impacto orçamentário e financeiro] exigida pelo art. 113 do ADCT.
STF. Plenário. ADI 6303/RR, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 11/3/2022 (Info 1046).

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