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10/05/2023, 10:07 Tax Prático

ICMS CE | Diferencial de Alíquotas


1. Introdução

2. Conceitos

3. Aplicabilidade do Diferencial de Alíquotas

4. Fato Gerador

5. Responsável pelo recolhimento

6. Recolhimento e código da receita

7. Diferencial de alíquota e o Regime da Substituição Tributária

8. Rotina e base de Cálculo

9. Alíquota

10. Diferencial de alíquotas com redução da base de cálculo

11. Aquisição por Indústria e Particularidades

12. Diferencial de Alíquotas com Empresa do Simples Nacional

13. Particularidades

14. Empresas de Construção Civil e Regime OUTROS

15. Atividades dispensadas ao pagamento do DIFAL

16. Atividades Dispensadas do Pagamento Parcial do DIFAL

17. Fundamentação Legal

1. Introdução
Neste material será abordada a incidência do ICMS Diferencial de Alíquota, quando a mercadoria que for adquirida for destinada para
contribuinte deste imposto no Estado do Ceará.

2. Conceitos
2.1 Diferencial de alíquota: ocorre nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final, ou seja, quando a
aquisição da mercadoria for destinada para o ativo imobilizado ou para o uso ou consumo.
Neste caso, caberá ao Estado de localização do destinatário recolher o ICMS correspondente à diferença entre a alíquota interna do
Estado destinatário e a alíquota interestadual.
Vale destacar que neste material será tratado sobre o Diferencial de Alíquota quando a destinação da mercadoria for para contribuinte
do ICMS.
Fundamentação Legal: Constituição Federal de 1988, art. 155, § 2º, VII.
2.2 Bens do ativo imobilizado:

Fundamentação Legal: Decreto Federal nº 9.580/18 (RIR), art. 313, § 1º, I e II c/c DL-1.598/77, art. 15 e Decreto 33.327/2019,
art. 61, IX e §9, a partir de 01/02/2020.
Até 26/01/16 a SEFAZ/CE tinha o entendimento de que deveria ser os dois requisitos: valor e vida útil;

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A partir de 27/01/16, com o Ato Declaratório 04/2016 (DOE, 27/01/16), firmou novo entendimento de que para ser Ativo Imobilizado
bastará um dos dois requisitos, ou seja, valor superior a R$ 1.200,00 OU vida útil superior a 01 (um) ano.
Quando se trata de peças e partes, inclusive de reposição, para efeito de ICMS, são tratadas como bens de uso e consumo. Podendo
ser tratados como ativo imobilizado quando comprovado que efetivamente aumenta a vida útil do bem que irá compor.
2.3 Bens de uso e consumo

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“O material de uso ou consumo tem uma característica peculiar: o seu ciclo de circulação encerra-se no estabelecimento que o adquire, vale dizer, é consumido ou usado pelo estabelecimento,
não havendo a sua saída posterior”.
Para saber mais sobre ativo imobilizado e bens de uso/consumo (clique aqui).

3. Aplicabilidade do Diferencial de Alíquotas


Condições para exigência do Diferencial de Alíquotas com contribuintes:

Para adquirente contribuinte do ICMS, o DIFAL deverá ser recolhido na apurada da conta gráfica quando regime normal de
recolhimento ou na entrada do Estado para os demais regimes, na forma do art. 589, do Dec. 24.569/97.
O ICMS devido na operação e prestação com bem do ativo permanente ou de consumo, oriundo de outra unidade da Federação, será
calculado com base na aplicação do diferencial entre as alíquotas interna e interestadual sobre o valor utilizado para cobrança do
imposto na origem.
Portanto, o contribuinte:
recolher o ICMS de que trata o caput no
a) obrigado a manter escrituração
prazo de recolhimento do imposto fixado na
fiscal deverá:
legislação.

b) não obrigado a escrituração fiscal e recolher o ICMS no momento da passagem


apuração do ICMS deverá ou for optante pelo do bem no primeiro posto fiscal de entrada
Simples Nacional: neste Estado.
Fundamentação Legal: Decreto 24.569/97, art. 589.

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Caso já tenha sido recolhido: o ICMS diferencial de alíquota a título de substituição tributária (vem retido na NF-e de
aquisição), não tem mais o que ser recolhido.
Isso ocorre, por exemplo, com veículos novos de passeio adquiridos diretamente da montadora ou importadora, realizado por
contribuinte do ICMS, neste caso o ICMS-ST vem retido na NF, na forma do Convênio ICMS 51/00 c/c Convênio ICMS 142/18, Cláusula
primeira, caput e § 1º.

Fique Ligado!
Quando realizada por não contribuinte do ICMS quem recolhe é o remetente, nos termos da LC 190/2022 c/c Convênio ICMS
93/15. Veja sobre esse tema (clique aqui).

4. Fato Gerador
a) Quando ocorrer a entrada, no estabelecimento de contribuinte: de mercadoria destinada para uso ou consumo ou ativo
imobilizado.
b) Na utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação tiver sido iniciada em outro Estado e não estiver vinculada a
operação ou prestação subsequente.
De acordo com o art. 3.º, do Decreto 33.327/21, ocorre o fato gerador do ICMS no momento:
[...]
XIV – das prestações onerosas de serviços de comunicação, realizadas por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a
recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza;
XV – do recebimento, pelo destinatário, de serviços prestados no exterior, ou que nele tiveram início; [...].

5. Responsável pelo recolhimento


No caso em que o destinatário da mercadoria for contribuinte do ICMS e estiver adquirindo produtos que serão destinados para o seu
uso ou consumo ou ainda para o seu ativo imobilizado, o responsável pelo recolhimento do ICMS será o adquirente.
Portanto, será responsável pelo recolhimento do ICMS diferencial de alíquota o contribuinte destinatário.

6. Recolhimento e código da receita


a) Na conta gráfica de contribuinte do ICMS, conforme prazo da legislação, quando for obrigado a manter escrituração fiscal,
levando o valor correspondente diretamente para colunas “outros débitos” do Livro de Apuração do ICMS, conforme art. 589, § 1º,
Dec. 24.569/97).
Devendo ser recolhido na apuração normal do mês, no Código da Receita 1015 (ICMS REGIME MENSAL DE APURAÇÃO).
Neste caso, o valor apurado como diferencial de alíquotas poderá ser lançado na coluna de "outros débitos" da Escrituração Fiscal.
b) No primeiro Posto Fiscal de entradado Estado quando o adquirente não for obrigado a manter escrituração fiscal e apuração do
ICMS, é o caso da ME/EPP/MEI (art. 589, § 2º, Dec. 24.569/97; e IN 22/2013, art. 2º).
Neste caso o código da receita será 1090 (ICMS DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA). Poderá ainda ser recolhido no credenciamento,
posteriormente, quando for o caso.
O contribuinte poderá fazer um pedido de alteração de registro no SITRAM:
Nos casos de pedido de registro de documento fiscal ou de alteração de registro de documento fiscal no Sistema de Controle de
Trânsito de Mercadorias (SITRAM) solicitados eletronicamente pelo contribuinte através do Sistema de Alteração de Notas Fiscais de
Trânsito (SANFIT), o prazo para recolhimento do ICMS será até o 15º (décimo quinto) dia contado da data da resposta do
pedido pelo Fisco.
Fundamentação Legal: Decreto 24.569/97, art. 74, §1 até 31/01/2019; e Decreto 33.327/2019, art. 88, § 1°, a partir de
01/02/2019.
c) Caso o contribuinte seja beneficiário do credenciamento, o prazo para recolhimento será até o 20º (vigésimo) dia do mês
subsequente contado da data da resposta do pedido pelo Fisco.
Fundamentação Legal: Decreto 24.569/97, art. 74, §2 até 31/01/2019; e Decreto 33.327/2019, art. 88, §5° a partir de
01/02/2019.
d) Retido na origem: recolhido via GNRE por operação (cada NF-e) ou apuração(mensal) quando nas saídas interestaduais para
contribuinte do ICMS, em que o produto esteja sujeito ao ICMS substituição tributária, na forma do Convênio ICMS 142/18 c/c
Decreto 24.569/97, art. 431, parte final.
Para saber mais sobre este assunto veja o item 6 deste material.

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Retido na origem: recolhido via GNRE por operação (cada NF-e) ou apuração (mensal) quando nas saídas interestaduais para não
contribuinte do ICMS, na forma da EC 87/15 c/c Convênio ICMS 93/15, o chamada DIFAL não contribuinte. Clique aqui e veja mais
sobre o tema DIFAL CONSUMIDOR FINAL.

6.1 Quadro Resumo


Regime de Tributação Forma de Recolhimento Código de Receita
Na conta gráfica de contribuinte do ICMS,
conforme prazo da legislação, quando for
obrigado a manter escrituração fiscal, Devendo ser recolhido na apuração normal do
Regime Normal levando o valor correspondente mês, no Código da Receita 1015 (ICMS
diretamente para colunas “outros débitos” REGIME MENSAL DE APURAÇÃO).
do Livro de Apuração do ICMS, conforme
art. 589, § 1º, Dec. 24.569/97).
No primeiro Posto Fiscal de entrada do
Simples Nacional, inclusive o MEI
Estado do Ceará. Neste caso, o código da receita será 1090
o prazo para recolhimento será até o 20º (ICMS DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA). Poderá
Caso o contribuinte do Simples Nacional (vigésimo) dia do mês subsequente ainda ser recolhido no credenciamento,
seja beneficiário do credenciamento: contado da data da resposta do pedido pelo posteriormente, quando for o caso.
Fisco.

Nos casos de pedido de registro de documento o prazo para recolhimento do ICMS será até o
fiscal ou de alteração de registro de 15º (décimo quinto) dia contado da data da
documento fiscal no SITRAM: resposta do pedido pelo Fisco.

7. Diferencial de alíquota e o Regime da Substituição Tributária


a) Pode ocorrer a retenção na origem:
- Nas saídas interestaduais para contribuinte do ICMS, em que o produto esteja sujeito ao ICMS substituição tributária, na forma
do Convênio ICMS 142/18 c/c Decreto 24.569/97, art. 431, parte final.
Neste caso o recolhimento ocorre via GNRE por operação (cada NF-e) ou na apuração (mensal).
b) Nas entradas interestaduais, para consumidor final localizado neste Estado, que seja contribuinte do ICMS:
- Não sendo retido na origem, neste caso, também deverá ser recolhido o Diferencial entre as Alíquotas, no entanto, será
recolhido no código de receita 1031 (ICMS-ST por entrada interestadual).
Conforme o Convênio ICMS 142/18:
Cláusula primeira os acordos celebrados pelas unidades federadas para fins de adoção do regime da substituição tributária do
Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) devido nas operações subsequentes observarão o disposto neste convênio.
§ 1ºO disposto no caput desta cláusula aplica-se também ao imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna da
unidade federada de destino e a alíquota interestadual incidente sobre as operações interestaduais com bens e mercadorias
destinadas ao uso, consumo ou ativo imobilizado do destinatário contribuinte do imposto.
Decreto n° 24.569/97(RICMS/CE):
Art. 431. A responsabilidade pela retenção e recolhimento do ICMS, na condição de contribuinte substituto, poderá ser atribuída,
em relação ao imposto incidente sobre uma ou mais operações ou prestações sejam antecedentes, concomitantes ou
subsequentes, inclusive ao valor decorrente da diferença entre as alíquotas interna e interestadual, nas operações e prestações
interestaduais que destinem bens e serviços a consumidor final localizado neste Estado, que seja contribuinte do ICMS.

8. Rotina e base de Cálculo


Rotina de Cálculo do Diferencial de Alíquotas:
ICMS a Recolher = (Valor do produto + IPI + Frete FOB + Outras Despesas) x Diferença entre as alíquotas (Alíquota Interna –
Alíquota Interestadual).

9. Alíquota
a) Alíquota Interna modal (CE)
Percentual Produtos

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para bebidas alcoólicas, armas e munições, fogos de


artifício, fumo, cigarros e demais artigos de
tabacaria, aviões ultraleves e asas-delta, rodas
28% esportivas de automóveis, partes e peças de aviões
ultraleves e de asas-delta, e para os seguintes
produtos, suas partes e peças: drones, embarcações
esportivas e jet-skis;
27% para gasolina;
para energia elétrica, joias, querosene para
25% aeronave, óleo diesel e álcool anidro e hidratado
para quaisquer fins;
18% para as demais mercadorias ou bens;
para contadores de líquido (NCM 9028.20) e
12%
medidor digital de vazão (NCM 9026.20.90).

b) Alíquotas interestaduais
Percentual Produtos
De qualquer Estado da federação com produtos de origem estrangeira (Res. SF
13/2012);
para as mercadorias ou bens importados do Exterior por contribuinte do imposto,
desde que:
4%
a) não tenham sido submetidos a processo de industrialização; ou

b) ainda que submetidos a processo de industrialização, resultem em mercadorias


ou bens com conteúdo de importação superior a 40% (quarenta por cento).
quando a origem ocorrer dos Estados das Regiões Sul e Sudeste, exceto Espírito
7%
Santo.
quando o fornecedor for dos Estados das Regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste
12%
e do Espírito Santo.
Sobre alíquotas do ICMS clique aqui e veja mais.

10. Diferencial de alíquotas com redução da base de cálculo


A base de cálculo do ICMS referente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual (ICMS diferencial de alíquotas), de bem
destinado ao ativo imobilizado, deverá ser calculado, levando em conta a mesma base de cálculo do estado de origem.
Isto implica em dizer que, na hipótese de haver redução na base de cálculo no estado de origem, este benefício também será
aproveitado no cálculo do diferencial de alíquotas, independentemente de o produto gozar de tal benefício no âmbito interno ou não. E
ainda, na hipótese de o benefício estar previsto apenas em âmbito interno, poderá ser aproveitado no cálculo do imposto.
Exemplo:
Empresa situada no Ceará, adquire produto nacional de informática (sujeito a redução na base de cálculo de 61,11% no âmbito
interno) de fornecedor situado no estado de São Paulo. A operação ocorre no valor de 1.000,00.
Alíquota Interestadual: 7%
Alíquota Interna: 18%
Alíquota DIFAL: 18% - 7% = 11%
Redução na Base de Cálculo: 61,11%
Primeiramente aplica-se a redução:
Base de Cálculo:1.000,00*(1-61,11%) = 388,90
Segue a Fórmula do Cálculo:

ICMS DIFAL = B. C. * Alíquota DIFAL


ICMS DIFAL = 388,90 * 11% = 42,78
O valor cobrado a título de ICMS Diferencial de Alíquotas será R$ 42,78.

Fique ligado!
A rotina de cálculo é a mesma inclusive para as empresas optantes pelo SIMPLES NACIONAL.

11. Aquisição por Indústria e Particularidades


11.1 Indústria X Diferimento do ICMS diferencial de alíquotas: quando o adquirente do Ceará for um estabelecimento
industrial, qualquer que seja o regime de recolhimento o ICMS fica diferido. Neste caso, o ICMS Diferencial de Alíquotas também ficará
diferido, ou seja, só será exigido quando da sua desincorporação e desde que ocorra em até 5 (cinco) anos.
Com a desincorporação do ativo imobilizado, o ICMS diferido deverá ser recolhido considerando à época do ingresso no
Estabelecimento. Para alguns corrigido (Princípio da Prudência); para outros, sem correção.

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Sendo o bem desincorporado após 5 (cinco) anos, ou em operação de exportação ao exterior, o ICMS diferido não será mais
exigido.
Fundamentação Legal: Art. 13-B c/c art. 14, parágrafo único, I e II, ambos do Dec. 24.569/97 até 31/01/2020 e art. 12, parágrafo
único do Dec. 33.327/2019 a partir de 01/02/2020.
11.2 Quadro Resumo

11.3 Base do ICMS Diferido


Para o cálculo do imposto deve ser considerado a mesma base de cálculo sobre a qual incidiu o ICMS no Estado de origem, ou seja, se
tiver redução de base de cálculo na origem é sobre esse valor que deverá partir para o cálculo do ICMS a título de diferencial de
alíquotas.
Fundamentação Legal: Art. 25, XI, c/c 589, caput, do Decreto 24.569/97 até 31/01/2020 e art. 25, x, e §§ 1° e 2° do Decreto
33.327/2019 a partir de 01/02/2020.
Por sua vez, se no destino tiver redução de base de cálculo, aplicar-se-á essa base do destino, a exemplo de produto de informática,
redução na base de cálculo, nos termos do Anexo III, item1.0.1.27, do Decreto 33.327/2019.

12. Diferencial de Alíquotas com Empresa do Simples Nacional


12.1 Aplicabilidade:
O Diferencial de Alíquotas aplica-se normalmente com empresa do Simples Nacional quando na condição de destinatário/adquirente
dos bens de ativo imobilizado/uso e consumo. Neste caso, o destinatário, mesmo do Simples Nacional é o responsável pelo
recolhimento do DIFAL.
Em operação interestadual com empresa do Simples Nacional enviando bens para ativo imobilizado ou uso/consumo de outra empresa
também do Simples Nacional, o DIFAL será recolhido pelo destinatário mesmo do Simples Nacional.

Fique Ligado!
Operações para não contribuinte do ICMS quem recolhe é o remetente, nos termos da EC 87/15 c/c Convênio ICMS 93/15.

Veja mais sobre o tema DIFAL não contribuinte (clique aqui).

13. Particularidades
a)Se o adquirente for um estabelecimento das CNAE’s elencadas no art. 594-A, do Dec. 24.569/97 e tratando-se de bens do ativo
imobilizado indispensáveis para o desenvolvimento de suas atividades próprias ficará dispensadodo pagamento do ICMS a título da
diferença entre as alíquotas.
b) Quando se fala em Diferencial de Alíquota, independe a alíquota estar ou não destacada na NF, independe o remetente ser ou não
do Simples Nacional.
A diferença entre as alíquotas leva em consideração as alíquotas internas no estado de destino deduzida da interestadual originária (4,
7 ou 12%).
c) Será devido o ICMS-ST calculado como diferencial de alíquotas, na forma do Convênio ICMS 142/18 c/c Dec. 24.569/97, art. 431,
parte final. Devendo ser retido na origem; não sendo retido, quando das entradas no Estado, destinado a consumidor final
contribuinte do ICMS, também deverá ser exigido o diferencial de alíquotas, neste caso no código de receita 1031 (ICMS-ST por
entrada interestadual). Essa regra, vale apenas para mercadorias sujeitas ao ICMS-ST oriundas de Convênio ou Protocolo.
Caso já tenha sido recolhido o ICMS diferencial de alíquota a título de substituição tributária (vem retido na NF de aquisição), não
tem mais o que ser recolhido. Isso ocorre, por exemplo, com veículos novos de passeio adquiridos diretamente da montadora ou
importadora, realizado por contribuinte do ICMS, neste caso o ICMS-ST vem retido na NF, na forma do Convênio ICMS
51/00 c/c Convênio ICMS 142/18, Cláusula primeira, caput e § 1º.
Veja mais sobre Bens do Ativo Imobilizado (clique aqui).

14. Empresas de Construção Civil e Regime OUTROS

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As empresas de construção civil e assemelhados aplica-se as disposições do art. 725 e seguintes do Dec. 24.569/97 (RICMS/CE).
Mas com o advento da Emenda Constitucional 87/15 e Convênio ICMS 93/15, considerando que as empresas de Construção Civil,
cadastradas no regime de recolhimento “outros” não contribuintes do ICMS, aplica-se o DIFAL não contribuinte.
Com os estabelecimentos cadastrados no Regime de Recolhimento OUTROS, por se tratar de não contribuinte do ICMS, quando
das operações interestaduais, aplica-se o DIFAL não contribuinte na forma da EC 87/15 c/c Convênio ICMS 93/15.

15. Atividades dispensadas ao pagamento do DIFAL


Fica dispensado o pagamento do ICMS referente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual, relativo à entrada de
mercadoria ou bem destinados a integrar o ativo fixo do estabelecimento de contribuinte, quando indispensáveis para o
desenvolvimento de suas atividades próprias, desde que pertencentes aos seguintes setores ou ramos de atividade, com seus
respectivos códigos da CNAE-Fiscal, conforme Decreto 24.569/97, art.594-A:
I – Agricultura – CNAE’S - Fiscal
CNAE DESCRIÇÃO

01113-0/1 Cultivo de arroz

01113-0/2 Cultivo de milho

01113 0/3 Cultivo de trigo

Cultivo de outros cereais não especificados


01113 9/9
anteriormente

01121 0/1 Cultivo de algodão herbáceo

0113 0/00 Cultivo de cana de açúcar

0114 8/00 Cultivo de fumo

0115 6/00 Cultivo de soja

0119 9/01 Cultivo de abacaxi

0116 4/01 Cultivo de amendoim

0119 9/03 Cultivo de batata inglesa

0119 9/06 Cultivo de mandioca

0119 9/05 Cultivo de feijão

0112 1/02 Cultivo de juta

0116 4/03 Cultivo de mamona

0119 9/07 Cultivo de melão

0119 9/09 Cultivo de tomate rasteiro

0116 4/02 Cultivo de girassol

0119 9/08 Cultivo de melancia

Produção de sementes certificadas de forrageiras para


0141 5/02
formação de pasto

Produção de sementes certificadas, exceto de


0141 5/01
forrageiras para pasto

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Cultivo de outras plantas de lavoura temporária não


0119 9/99
especificadas anteriormente

0119 9/04 Cultivo de cebola

0119 9/02 Cultivo de alho

0121 1/02 Cultivo de morango

0121 1/01 Horticultura, exceto

0131 8/00 Cultivo de laranja

0122 9/00 Cultivo de flores e plantas ornamentais

0133 4/04 Cultivo de cítricos, exceto laranja

0134 2/00 Cultivo de café

0135 1/00 Cultivo de cacau

0132 6/00 Cultivo de uva

0133 4/02 Cultivo de banana

0133 4/03 Cultivo de caju

0133 4/05 Cultivo de coco da baía

0139 3/03 Cultivo de pimenta do reino

0139 3/01 Cultivo de chá da índia

0133 4/07 Cultivo de maçã

0133 4/08 Cultivo de mamão

0133 4/10 Cultivo de manga

0133 4/09 Cultivo de maracujá

0139 3/02 Cultivo de erva mate

0133 4/01 Cultivo de açaí

0133 4/11 Cultivo de pêssego

0139 3/06 Cultivo de seringueira

0133 4/06 Cultivo de guaraná

0139 3/05 Cultivo de dendê

Cultivo de plantas para condimento, exceto pimenta do


0139 3/04
reino

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Cultivo de outras plantas de lavoura permanente não


0139 3/99
especificadas anteriormente

8130 3/00 Atividades paisagísticas

0161 0/01 Serviço de pulverização e controle de pragas agrícolas

0161 0/02 Serviço de poda de árvores para lavouras

0161 0/03 Serviço de preparação de terreno, cultivo e colheita

0163 6/00 Atividades de pós colheita

Atividades de apoio à agricultura não especificadas


0161 0/99
anteriormente

II - Apicultura criação de abelhas para a produção de mel, cera e outros produtos apícolas CNAE -
FISCAL

0159 8/01 Apicultura

III - aqüicultura criação de animais aquáticos - CNAE's Fiscal:

0321 3/01 Criação de peixes em água salgada e salobra

0321 3/02 Criação de camarões em água salgada e salobra

Criação de ostras e mexilhões em água salgada e


0321 3/03
salobra

Criação de peixes ornamentais em água salgada e


0321 3/04
salobra

Atividades de apoio à aqüicultura em água salgada e


0321 3/05
salobra

Cultivos e semicultivos da aqüicultura em água salgada


0321 3/99
e salobra não especificados anteriormente

IV - avicultura criação de aves - CNAE's Fiscal:

0155 5/01 Criação de frangos para corte

0155 5/02 Produção de pintos de um dia

0155 5/03 Criação de outros galináceos, exceto para corte

0155 5/04 Criação de aves, exceto galináceos

0155 5/05 Produção de ovos

V - cunicultura criação de coelhos - CNAE Fiscal:

Criação de outros animais não especificados


0159 8/99
anteriormente

VI - ranicultura criação de rãs - CNAE Fiscal:

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0322 1/05 Ranicultura

VII - pesca - CNAE's Fiscal:

0311 6/01 Pesca de peixes em água salgada

0312 4/01 Pesca de peixes em água doce

0311 6/02 Pesca de crustáceos e moluscos em água salgada

0311 6/03 Coleta de outros produtos marinhos

0311 6/04 Atividades de apoio à pesca em água salgada

VIII - pecuária - CNAE's Fiscal:

0151 2/01 Criação de bovinos para corte

0151 2/02 Criação de bovinos para leite

0152 1/01 Criação de bufalinos

0152 1/02 Criação de eqüinos

0152 1/03 Criação de asininos e muares

0153 9/02 Criação de ovinos, inclusive para produção de lã

0154 7/00 Criação de suínos

0153 9/01 Criação de caprinos

0159 8/04 Criação de bicho da seda

0159 8/03 Criação de escargô

0159 8/02 Criação de animais de estimação

Criação de outros animais não especificados


0159 8/99
anteriormente

0162 8/01 Serviço de inseminação artificial em animais

0162 8/02 Serviço de tosquiamento de ovinos

Atividades de apoio à pecuária não especificadas


0162 8/99
anteriormente

0162 8/03 Serviço de manejo de animais

IX estabelecimentos hoteleiros e outros tipos de alojamento temporário:

5510 8/01 Hotéis

5510 8/02 Apart hotéis

5510 8/03 Motéis

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10/05/2023, 10:07 Tax Prático

5590 6/01 Albergues, exceto assistenciais

5590 6/02 Campings

5590 6/03 Pensões alojamento

5590 6/99 Outros alojamentos não especificados anteriormente.

16. Atividades Dispensadas do Pagamento Parcial do DIFAL


Fica isenta à parcela do imposto devido que exceder a aplicação do percentual de 12% (doze por cento) sobre a respectiva base de
cálculo de entrada interestaduais de bens destinados ao ativo imobilizado de estabelecimentos gráficos e editoras enquadrados nas
seguintes CNAEs-Fiscais:

CNAE DESCRIÇÃO

5811-5/00 Edição de livros

5812-3/00 Edição de Jornais

5813-1/00 Edição de revistas

5821-2/00 Edição integrada à impressão de livros

5823-9/00 Edição integrada à impressão de revistas

5829-8/00 Edição integrada à impressão de cadastros, listas e outros produtos gráficos

5819-1/00 Edição de cadastros, listas e outros produtos gráficos

1811-3/02 Impressão de livros, revistas e outras publicações periódicas

1813-0/99 Impressão de material para outros usos

1813-0/01 Impressão de material para uso publicitário

1812-1/00 Impressão de material de segurança

1822-9/99 Serviços de acabamentos gráficos, exceto encadernação e plastificação

1821-1/00 Serviços de pré-impressão

17. Fundamentação Legal


Decreto 24.569/97, art. 589 – Regra geral do Diferencial de Alíquota;
Decreto 24.569/97, art. 594-A – Dispensa quando bens do ativo indispensáveis às atividades que indica.
Emenda Constituicional 87/15 - Altera o § 2º do art. 155 da Constituição Federal.
Convênio ICMS 93/15 - Dispõe sobre os procedimentos a serem observados nas operações e prestações que destinem bens e
serviços a consumidor final não contribuinte do ICMS, localizado em outra unidade federada
Decreto 33.327/2019 – Novo Regulamento do ICMS.
Decreto 33.738/2020 - Altera o Decreto nº 24.569, de 31 de julho de 1997, e o decreto nº 33.327, de 30 de outubro de 2019.

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