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23/05/2023, 10:28 PIS/COFINS - EXCLUSÃO DO ICMS DA BASE DE CÁLCULO

PIS/COFINS
Boletim Imposto de Renda n° 02 - 2ª Quinzena. Publicado em: 20/01/2023

 Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.

EXCLUSÃO DO ICMS DA BASE DE CÁLCULO


PIS/Cofins

Roteiro 

1. INTRODUÇÃO
2. EVOLUÇÃO HISTÓRICA
3. ICMS PARA EXCLUSÃO
4. AJUIZAMENTO DE AÇÃO X PEDIDO ADMINISTRATIVO
4.1. Ajuizamento de ação
4.1.1. Procedimentos de habilitação do crédito judicializado
4.1.2. PER/DCOMP do crédito pleiteado judicialmente
4.1.3. Contabilização do crédito pleiteado judicialmente
4.2. Pedido administrativo
4.2.1. Contabilização do crédito pleiteado administrativamente
5. PRESCRIÇÃO DO CRÉDITO
6. CRÉDITO SOBRE O ICMS NAS COMPRAS

1. INTRODUÇÃO
A presente matéria tem o objetivo de demonstrar a aplicabilidade do Recurso Extraordinário n° 574.706/PR, no qual o Supremo Tribunal Federal (STF)
proferiu em 15.03.2017 a decisão que fixou a tese de que o ICMS não compõe a base de cálculo do PIS/Pasep e da Cofins sobre o faturamento.

2. EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Até 2023, as Leis n° 9.718/98, n° 10.637/2002 e n°10.833/2003, que tratam respectivamente dos regimes cumulativo e não cumulativo das contribuições,
mencionavam somente sobre a possibilidade de exclusão do ICMS – Substituição Tributária da base de cálculo do PIS/Pasep e da Cofins pelo contribuinte
substituto tributário, sem fazer nenhuma menção quanto à exclusão do ICMS próprio devido pelo contribuinte.

Pelo fato de o ICMS próprio ser cobrado no preço/valor de venda, mas não ser incorporado ao patrimônio do contribuinte (visto que apenas transita pelo
caixa para depois ser arrecadado ao Estado), inúmeros questionamentos foram gerados sobre a compreensão do que deveria compor o faturamento para
apuração de PIS/Pasep e Cofins, resultando como consequência na busca de uma interpretação judicial sobre o assunto por meio de processos judiciais.

Em 15 de março de 2017, o STF, ao julgar o Recurso Extraordinário (RE) 574.706/PR, decidiu pela inconstitucionalidade de o ICMS compor a base de cálculo
das Contribuições Sociais sobre o faturamento, e essa decisão teve a repercussão geral reconhecida.

Para garantir a compreensão, quando constatada a existência de repercussão geral, a Corte analisa o mérito da questão e a decisão proveniente dessa
análise passa a ser aplicada posteriormente pelas instâncias inferiores, em casos idênticos.

Isso significa que, naquela ocasião, apenas poderia se beneficiar de tal prerrogativa o contribuinte que ajuizasse ação específica solicitando a exclusão do
valor do ICMS da base de cálculo das contribuições, indicando como jurisprudência o disposto pelo Supremo.

Após a publicação desse acórdão, em 2017 a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) opôs embargos declaratórios da decisão, nos quais
basicamente requereu a modulação dos efeitos e a definição de qual montante de ICMS seria excluído. Ao longo de quatro anos, os embargos aguardaram o
julgamento pelo STF, que foi finalizado no dia 13.05.2021, com o acórdão sendo publicado em 12.08.2021.

Com a publicação do acórdão, foram apresentadas as seguintes definições:

a) que o ICMS a ser excluído da base de cálculo do PIS/Pasep e da Cofins é o montante destacado nas notas fiscais, ou seja, não é o valor do ICMS apurado
nem o devido pelo contribuinte; e

b) quanto à mudação dos efeitos:

b1) para quem protocolou ação judicial ou administrativa até 15.03.2017 (inclusive neste dia), que nessa data ainda estava em curso (não precluso),
discutindo precisamente a inclusão do ICMS destacado na NF, foi dada a possibilidade de retroagir cinco anos ao ajuizamento da ação; e

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b2) quem protocolou ação do dia 16.03.2017 em diante, ou ainda, para quem não tomou nenhuma medida, os efeitos só se deram a partir de 15.03.2017.
Logo, até 15.03.2017 foi devida a inclusão do ICMS próprio na base de cálculo das contribuições e, de 16.03.2017 em diante, inconstitucional a cobrança das
contribuições sobre esse imposto.

Ocorre que, pelo artigo 2° da Constituição Federal, as esferas administrativa e judicial são independentes entre si, sendo que uma decisão do STF, embora
julgue a matéria como inconstitucional, não tem o poder de modificar a lei vigente ou, ainda, ser acatada imediatamente pelos auditores fiscais, exceto
quando se tratar de Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI). (Lei n° 9.868/99, artigo 28, parágrafo único)

Segundo a Agência do Senado, para as ações em que uma das partes alega que a lei é inconstitucional e a matéria vai tramitando de instância em instância
até chegar ao Supremo (chamadas de Ações de Controle Indireto), o efeito da decisão do STF declarando inconstitucional a Lei, em Recurso Extraordinário,
vale para todos somente a partir do momento em que o Senado Federal baixar uma Resolução suspendendo a execução de lei declarada inconstitucional.
(Decreto n° 2.346/97, artigo 1°, § 2°)

Deste modo, mesmo com a conclusão do julgamento em 2021, os contribuintes naquela ocasião ainda não tinham segurança jurídica e possibilidade de
simplesmente mudar a base de cálculo disposta na lei, sem ter proposto ação na justiça.

Todavia, o artigo 19 da Lei n° 10.522/2012 prevê a vinculação da Receita Federal do Brasil (RFB) às decisões judiciais proferidas em Recursos Extraordinários
com Repercussão Geral (STF) ou em Recursos Especiais Repetitivos (STJ), após manifestação da PGFN, quando estes sejam desfavoráveis à Fazenda
Nacional, no intuito de diminuir os custos da administração pública.

No caso acima, ainda que a lei mantenha-se vigente, os auditores fiscais da RFB adotarão o entendimento a que estiverem vinculados após a manifestação
da PGFN, nos termos dos artigos 19 e 19-A da Lei n° 10.522/2002 e Portaria Conjunta PGFN/RFB n° 01/2014, fato este que ocorreu com a publicação do
Despacho PGFN n° 246/2021 (DOU de 26.05.2021), aprovando o Parecer SEI n° 7698/2021/ME com as primeiras recomendações de adoção imediata pela
Administração Tributária da decisão proferida pelo STF de excluir, da base de cálculo do PIS/Pasep e da Cofins, o ICMS destacado nas notas fiscais.

A seguir será demonstrada a linha histórica da decisão envolvendo os atos anteriores e posteriores ao Parecer SEI n° 7698/2021/ME, por exemplo o Parecer
SEI n° 14.483/2021/ME e o artigo 26 da Instrução Normativa RFB n° 2.121/2022

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Por fim, com a publicação da Medida Provisória n° 1.159/2023, a partir de 12.01.2023 foi incorporada à redação do regime não cumulativo a previsão de
excluir da base de cálculo das contribuições o valor do ICMS que tenha incidido sobre a operação. (Lei n° 10.637/2002, artigo 1°, § 3°, inciso XIV; Lei n°
10.833/2003, artigo 1°, § 3°, inciso XIII)

3. ICMS PARA EXCLUSÃO


A Solução de Consulta Interna Cosit n° 013/2018 trouxe os primeiros critérios a serem adotados para fins de exclusão do ICMS na base de cálculo das
contribuições das empresas que, naquela ocasião, ajuizaram ação e não tinham clareza na decisão judicial de qual seria o ICMS a ser excluído. Naquele
momento, foi tratado como sendo devida a exclusão do “ICMS a recolher”.

É interessante notar que, nos embargos de declaração propostos pela Fazenda Nacional, uma das questões centrais dizia respeito ao montante do ICMS a
ser excluído da base de cálculo do PIS/Cofins, pois a Fazenda Nacional alegava que havia obscuridade entre a definição de excluir o “ICMS destacado na
nota fiscal” ou o “ICMS a recolher”.

Com a conclusão do processo e publicação do Parecer SEI n° 7698/2021/ME, ficou definido que o ICMS a ser excluído é o “destacado nas notas fiscais”.

Com a revogação da Instrução Normativa RFB n° 1.911/2019 pela Instrução Normativa RFB n° 2.121/2022, o artigo 26 já prevê no inciso XII que o ICMS
destacado no documento fiscal não vai compor a base de cálculo do PIS/Pasep e da Cofins.

O parágrafo único do mesmo artigo menciona que não poderão ser excluídos os montantes de ICMS destacados em documentos fiscais referentes a
receitas de vendas efetuadas com suspensão, isenção, alíquota zero ou não sujeitas à incidência das contribuições.

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Por exemplo, uma nota fiscal de venda de mercadorias, no valor total de R$ 10.000,00, contém os seguintes dados:

PIS e Cofins tributados em 1,65% e 7,6%, com a CST 01; e


Produto A no valor de R$ 6.000,00
ICMS de R$ 700,00 destacado.

PIS e Cofins sujeitos à alíquota 0%, com a CST 06; e


Produto B no valor de R$ 4.000,00
ICMS de 450,00 destacado.

No cenário acima, a empresa não poderá utilizar o ICMS de R$ 450,00 para deduzir a base de cálculo do PIS/Pasep e Cofins na apuração mensal, porque o
produto B não faz parte da base de cálculo das contribuições. (Instrução Normativa RFB n° 2.121/2022, artigo 26, parágrafo único)

Neste exemplo, a base de cálculo de PIS/Pasep e Cofins compreenderá o valor de R$ 6.000,00 menos o ICMS destacado de R$ 700,00, ou seja, R$ 5.300,00:

Referência Produto A Produto B

Valor do Item R$ 6.000,00 R$ 4.000,00

Valor do ICMS R$ 700,00 R$ 450,00

CST do PIS e da Cofins 01 06

Base de cálculo do PIS R$ 5.300,00 R$ 3.550,00*

Alíquota do PIS 1,65% 0%

‍Valor do PIS R$ 87,45 R$ 0,00

‍Base de cálculo da Cofins R$ 5.300,00 R$ 3.550,00 *

‍Alíquota da Cofins 7,6% 0%

‍Valor da Cofins R$ 402,80 R$ 0,00

(*) na apuração mensal de PIS/Pasep e Cofins, as receitas imunes, isentas e não alcançadas pela incidência das contribuições não integram a base de
cálculo, conforme disposição do artigo 25, § 3°, inciso III da Instrução Normativa RFB n° 2.121/2022.

Ademais, como na legislação estadual existem singularidades na apuração do ICMS, relacionamos a seguir algumas informações:

Modalidade de ICMS Compõe o documento fiscal? Possibilidade de exclusão da base do PIS/Cofins

Sim - Convênio ICMS n°


142/2018. Não há previsão legal específica sobre o DIFAL, devendo consultar a RFB
Não - quando a responsabilidade para obter segurança jurídica. Como regra, é possível realizar a exclusão
DIFAL - ST
pelo recolhimento for do do ICMS destacado na Nota Fiscal, conforme artigo 26, inciso VII da
destinatário. Instrução Normativa RFB n° 2.121/2022.

É possível a exclusão pelo substituto tributário devido ao artigo 25, § 3°,


inciso II da Instrução Normativa RFB n° 2.121/2022 e a SC Cosit n°
ICMS - ST cobrado pelo
Sim - Convênio ICMS n° 37/2017.
substituto (vendedor) do
142/2018 Com relação ao substituído, como ele é desonerado do ICMS, não há
adquirente
orientações sobre a exclusão na base de cálculo das contribuições.

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Sim - Artigo 82 das Disposições Não há autorização, visto que mesmo sendo realizado o pagamento junto
Fundo de combate à pobreza (*) Transitórias da Constituição com o ICMS, o fundo não se reveste de ICMS, sendo um valor para
Federal diminuir a desigualdade social entre os Estados.

É possível a exclusão devido ao artigo 26, inciso VII da Instrução


Normativa RFB n° 2.121/2022 e considerando que há previsão de
ICMS sobre o transporte
Sim - Lei Complementar n° 87/96 preenchimento da exclusão no Guia Prático do EFD-Contribuições voltado
intermunicipal ou interestadual
especificamente para os registros que compreendem os Conhecimentos
de Transporte.

Sim e nos casos de desoneração O valor de ICMS informado destacadamente para cada item da NF poderá
ICMS desonerado (**) parcial - Lei Complementar n° ser deduzido da base, conforme o artigo 26 da Instrução Normativa RFB n°
87/96 2.121/2022 no inciso XII.

É possível a exclusão devido ao artigo 26 da Instrução Normativa RFB n°


ICMS devido Sim - Lei Complementar n° 87/96
2.121/2022 no inciso XII.

(*) O valor referente ao Fundo de combate à pobreza estará indicado no “xml” da NF-e, mas não se refere a ICMS.

(**) O ICMS desonerado é descontado do valor total da NF-e e não sobre o ICMS em cada item. Desta forma, havendo destaque do ICMS nos itens da NF-e,
admite-se interpretar a exclusão dele da base de cálculo. (Manual de orientação do contribuinte da NF-e, versão 7.00, p. 122)

4. AJUIZAMENTO DE AÇÃO X PEDIDO ADMINISTRATIVO


A partir da publicação do Despacho PGFN n° 246/2021, que aprovou o Parecer SEI n° 7.698/2021, todo e qualquer contribuinte de PIS/Pasep e Cofins e de
ICMS, que seja tributado pelo Lucro Real, Presumido e Arbitrado, tem garantido o direito de reduzir a base de cálculo e de reaver os valores recolhidos a
maior, independentemente de demandas judiciais.

Para recuperar os pagamentos já realizados, a empresa pode escolher fazê-lo pela via administrativa ou pela via judicial.

4.1. Ajuizamento de ação


Havendo êxito no processo judicial para o reconhecimento do indébito do PIS/Pasep e da Cofins em razão da inconstitucionalidade da inclusão do ICMS na
base de cálculo, poderá o contribuinte compensar o referido indébito com tributos e/ou contribuições administrados pela RFB de acordo com a Instrução
Normativa RFB n° 2.055/2021, no artigo 64.

4.1.1. Procedimentos de habilitação do crédito judicializado


Depois que a decisão judicial transitar em julgado, o contribuinte deverá realizar primeiramente a habilitação do crédito que será formalizada em processo
administrativo à RFB, de acordo com os critérios e procedimentos estabelecidos no § 1° do artigo 102 da Instrução Normativa RFB n° 2.055/2021.

Antes do trânsito em julgado (quando não cabe mais recurso da decisão), é vedada a compensação do crédito, conforme artigo 101 da Instrução Normativa
RFB n° 2.055/2021.

Vale ressaltar que quando o crédito tributário é reconhecido na via judicial, para sua habilitação, o artigo 102 da Instrução Normativa RFB n° 2.055/2021 não
solicita a prévia retificação das obrigações acessórias.

Segundo orientação disponível na página da RFB, para habilitar o crédito por meio de processo digital, a pessoa deve:

1) Acessar o Portal e-CAC com certificado digital > chat > escolhendo o serviço “protocolar processo”;

2) Solicitar ao atendente a abertura do processo desejado;

3) Juntar em até 3 dias úteis a documentação exigida no artigo 102 da Instrução Normativa RFB n° 2.055/2022, utilizando o tipo de documento "petição" e
informar no título "Pedido de Habilitação de Crédito de Decisão Transitada em Julgado".

Dentre os documentos que devem ser juntados ao processo digital, consta o formulário do Anexo V da Instrução Normativa RFB n° 2.055/2021:

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Referente ao preenchimento do formulário acima, há previsão de atualização do crédito até a data de solicitação da habilitação, conforme o próprio
formulário orienta. Para tanto, primeiramente deve-se verificar as instruções do processo prestadas pelo advogado da causa. Na ausência de informações,
para atualizar o crédito, será utilizada a taxa Selic a partir do trânsito em julgado até a data do protocolo, conforme orientação do formulário acima c/c artigo
167 do CTN.

Para mais informações, sugerimos a leitura da matéria:

Constatada irregularidade ou insuficiência de informações necessárias à habilitação, o requerente será intimado a regularizar as pendências no prazo de 30
dias, contados da data da ciência da intimação. (Instrução Normativa RFB n° 2.055/2021, artigo 102, § 2°)

No prazo de 30 dias, contados da data do protocolo do pedido ou da regularização das pendências, será proferido despacho decisório sobre o pedido de
habilitação do crédito. (Instrução Normativa RFB n° 2.055/2021, artigo 102, § 3°)

De posse do despacho decisório que for expedido pela RFB para o contribuinte em específico, recomendamos a leitura atenta desse documento que contém
inúmeras informações vinculadas ao processo. Por exemplo, através desse despacho o interessado é devidamente cientificado de que o deferimento do
pedido pela RFB não implica no reconhecimento do direito creditório, compreendendo apenas um exame de admissibilidade para que o contribuinte proceda
com a PER/DCOMP, nos termos do artigo 104 da Instrução Normativa RFB n° 2.055/2021.

Isso significa que, mesmo após habilitação pela RFB do crédito judicializado, é possível que a auditoria fiscal questione sua composição a partir da(s)
declaração(ões) de compensação.

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A habilitação do crédito deve ser apresentada no prazo de cinco anos contados da data do trânsito em julgado da decisão ou da homologação da
desistência da execução do título judicial. (Instrução Normativa RFB n° 2.055/2021, artigo 103, inciso IV)

Já o PER/DCOMP de compensação deve ser apresentado em até cinco anos, contados da data do trânsito em julgado da decisão ou da homologação da
desistência da execução do título judicial, sabendo que esse prazo fica suspenso durante a análise da habilitação ao crédito. (Instrução Normativa RFB n°
2.055/2021, artigo 106)

4.1.2. PER/DCOMP do crédito pleiteado judicialmente


Após a habilitação do crédito, é necessário realizar um PER/DCOMP referente a esse crédito.

A partir da publicação da IN RFB n° 1.300, de 2012, a compensação é a única hipótese de aproveitamento, no âmbito administrativo, de créditos
reconhecidos judicialmente, não sendo possível à transmissão, por meio do PGD PER/DCOMP, de pedido de restituição, ressarcimento ou
reembolso, exceto se o pedido se referir à retificação de PER transmitido anteriormente. Na hipótese de ação de repetição, a execução pode ser
efetuada mediante compensação, na via administrativa, ou judicialmente, via precatório (art. 100 da Constituição Federal/1988). (Menu ajuda da
Per/Dcomp, tópico 6.22)

Na abertura do programa PER/DCOMP, para cadastrar novo documento, deve informar que se trata de um processo judicial indicando um documento de
compensação. No campo “tipo de crédito”, o menu ajuda do programa informa que caso o crédito não se enquadre nas opções demonstradas, pode ser
classificado como “outros créditos”, o que automaticamente já alimenta com o “sim” o campo “crédito oriundo de ação judicial”:

Com o preenchimento da tela anterior, será habilitado o preenchimento das informações referentes ao crédito, devendo ser informado, conforme a imagem a
seguir, no quadro vermelho, se ele consta em processo administrativo anterior, se foi informado em outro PER/DCOMP e se é crédito de sucedida ou de
terceiros. Caso não se enquadre nessas situações, nada será informado.

As informações do quadro azul, destacado na tela a seguir, referem-se ao processo judicial, no qual deve ser informada a data em que a ação judicial
transitou em julgado.

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Referente ao “tipo de ação”, o menu Ajuda orienta da seguinte forma:

Tipo de Ação: Nesse campo, o contribuinte deverá selecionar o tipo de ação judicial na qual foi reconhecido o direito à restituição ou à
compensação do crédito, dentre as seguintes opções:

• Repetição de Indébito;

• Compensação (opção disponível apenas no preenchimento da Declaração de Compensação).

Atenção! Para solicitar em espécie (Pedido Eletrônico de Restituição ou Pedido Eletrônico de Ressarcimento) crédito oriundo de ação judicial, é
necessário que esta reconheça o direito à restituição. Caso a ação somente reconheça o direito à compensação, o Programa PER/DCOMP não
permitirá que seja elaborado um Pedido Eletrônico de Restituição ou Ressarcimento, somente Declaração de Compensação.

Conforme o tipo de ação informado, o programa autorizará o preenchimento do campo de “Desistência ou Renúncia à Execução” no caso de repetição de
indébito e quanto à compensação será necessário informar a Forma de Compensação segundo o teor da decisão:

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Desistência ou Renúncia à Execução: Campo habilitado quando o tipo de ação selecionado for Repetição de Indébito. Deverá ser selecionada uma
das seguintes opções:

• Homologação da Desistência da Execução pelo Poder Judiciário; ou

• Formalização da Renúncia à Execução;

Atenção! Esse campo somente deverá ser informado na hipótese de, à data da elaboração do Pedido Eletrônico de Restituição, Pedido Eletrônico
de Ressarcimento ou Declaração de Compensação, o Poder Judiciário já houver homologado a desistência da execução da decisão judicial que
reconheceu o direito creditório ou o contribuinte já houver renunciado à execução da ação.

Atenção! A restituição e a compensação de crédito objeto de reconhecimento judicial somente poderá ser efetuado na hipótese de o requerente
comprovar a homologação da desistência da execução do título judicial perante o Poder Judiciário e a assunção de todas as custas do processo
de execução, inclusive os honorários advocatícios, ou a renúncia à execução da decisão judicial. Não poderão ser objeto de restituição ou de
compensação os créditos relativos a títulos judiciais já executados perante o Poder Judiciário, com ou sem emissão de precatório.

Data da Desistência ou Renúncia à Execução: O contribuinte deverá preencher este campo com a data em que houve a homologação pelo juízo
competente de seu pedido de desistência ou a data da formalização da renúncia à execução da decisão judicial que lhe reconheceu o direito
creditório.

Forma de Compensação Segundo o Teor da Decisão: Campo habilitado quando o tipo de ação selecionado for Compensação. Nesse campo, o
contribuinte deverá selecionar a forma de compensação autorizada pela decisão judicial ou, dentre as autorizadas, aquela que o contribuinte
deseja efetuar. As opções são as seguintes:

• Com Tributo da Mesma Espécie;

• Com Tributo de Espécie Diferente; e

• Com Tributo de Mesmo Grupo.

Na mesma tela, deverá ser informado o número do processo judicial, seção judiciária, vara e o número do processo de habilitação, que podem ser
preenchidos até mesmo com o auxílio das informações constantes no despacho decisório que habilitou o crédito. Após o preenchimento dessas
informações, o programa liberará o campo referente à descrição do crédito, que de forma exemplificativa poderá ser preenchido com a seguinte descrição:

Dentro da declaração de compensação, na ficha de “crédito”, o valor a ser informado no campo “valor atualizado do crédito inicial” será o valor atualizado do
pedido de habilitação, conforme explica o menu Ajuda do programa:

Valor Atualizado do Crédito Inicial: Informar o valor do total do crédito objeto de reconhecimento judicial, sem nenhuma dedução.

O valor informado deverá estar atualizado até a data do envio do Pedido Eletrônico de Restituição (retificador) ou da Declaração de Compensação,
na forma prevista na legislação tributária federal (acréscimo de juros Selic) ou, quando for o caso, na forma prevista na decisão judicial que
reconheceu o direito creditório.

Para atualizar o valor do crédito na forma prevista na legislação tributária federal (acréscimo de juros Selic), o contribuinte poderá utilizar a tabela
de juros Selic acumulados constante da página da RFB na Internet, no endereço http://idg.receita.fazenda.gov.br/, opção “Índices”.

Na hipótese de Outros Créditos – Oriundo de Ação Judicial transferido por sucessão, esse campo deverá ser preenchido com o valor do crédito
reconhecido judicialmente à pessoa jurídica sucedida, objeto do Pedido Eletrônico de Restituição (retificador) ou a Declaração de Compensação.

O campo “crédito atualizado na data da transmissão” representa o saldo atualizado remanescente da empresa na data do pedido, conforme explica o menu
Ajuda do PER/DCOMP:

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PIS/COFINS
Boletim Imposto de Renda n° 02 - 2ª Quinzena. Publicado em: 20/01/2023

 Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.

a) na primeira PER/DCOMP entregue: preencha este campo com o mesmo valor do campo “valor atualizado do crédito inicial”; e

b) nas declarações de compensação subsequentes: preencha o campo com o valor reconhecido judicialmente deduzido dos valores já utilizados até esta
data com compensação/restituição anterior, atualizando por juros até a data do envio desta PER/DCOMP.

As outras fichas da PER/DCOMP, como a do débito que deseja compensar com esse crédito, também devem ser preenchidas para conclusão do processo.
No entanto, por não apresentarem maior complexidade, nesta matéria não será abordado o preenchimento das demais informações.

4.1.3. Contabilização do crédito pleiteado judicialmente


A repetição de indébito está prevista no artigo 165 da Lei n° 5.172/66 – Código Tributário Nacional (CTN), e consiste na restituição do pagamento indevido
realizado pelo contribuinte.

Ao realizar um pagamento indevido de um tributo, o contribuinte possui o direito de reaver o valor pago de forma equivocada mediante procedimento
administrativo ou judicial.

Em regra geral, a causa que determinou o pagamento indevido vai determinar o procedimento de restituição adotado pelo contribuinte.

O direito creditório não tende a ser reconhecido por meio de uma política contábil de correção de erro (ajuste de exercícios anteriores) quando, no momento
em que os cálculos de PIS/Pasep e Cofins foram feitos e a despesa tributária registrada, o profissional contábil não tinha acesso a essa informação da tese.
(NBC TG 23, item 5; Lei n° 6.404/76, artigo 186, § 1°)

O reconhecimento do indébito tributário tende a representar o ingresso de receita, considerando que não existe mais a possibilidade de recurso, ou seja, já
houve o trânsito em julgado.

Pelo valor principal dos créditos levantados:

D - Créditos sobre PIS/Pasep a compensar (Ativo Circulante)

D - Créditos sobre Cofins a compensar (Ativo Circulante)

C - Outras receitas – recuperação de despesas (Conta de Resultado)

Para a RFB, a receita dessa recuperação de tributo deve ser contabilizada e tributada (conforme o caso) na competência do trânsito em julgado, mas, nas
decisões judiciais em que os valores não foram levantados em juízo, a receita deve ser reconhecida integralmente na entrega da primeira PER/DCOMP de
compensação. (Solução de Consulta Cosit n° 64/2022; Ato Declaratório Interpretativo SRF n° 25/2003; Lei n° 9.430/96, artigo 54; Decreto n° 9.580/18, que
aprova o RIR/2018, artigo 441, inciso II)

Pelo registro de juros transcorridos:

D - Créditos sobre PIS/Cofins a receber (Ativo Circulante)

C – Receitas Financeiras - Juros Ativos (Conta de Resultado)

Referente à tributação dos juros, o Parecer SEI n° 11.469/2022, publicado em 08.08.2022, trouxe o entendimento de não tributação de IRPJ e CSLL sobre a
Selic aplicada no caso de repetição de indébitos, para os fatos geradores ocorridos de 30.09.2021 em diante.

4.2. Pedido administrativo


Com o advento do Parecer SEI n° 7.698/2021, desde 26.05.2021, não há mais a obrigatoriedade de ingresso com ação judicial para se valer da tese julgada
pelo STF.

Aqueles que não ajuizaram ação terão o direito de excluir o ICMS da base de cálculo mensalmente e de pedir a restituição administrativamente via
PER/DCOMP desde 16.03.2017, conforme mencionado no item 2.

Desta forma, é garantida ao contribuinte do PIS/Pasep e Cofins a exclusão do ICMS destacado nas notas fiscais, podendo inclusive reaver os pagamentos a
maior dos últimos cinco anos de forma administrativa.

Mas antes de pleitear os créditos via PER/DCOMP, é preciso realizar o minucioso trabalho de reapurar a EFD-Contribuições, conforme as Seções 11 e 12 do
Capítulo I do Guia Prático, Versão 1.35, sabendo que o procedimento exigido pelo Fisco consiste em ajustes nota a nota, item a item, ao longo de cada um
dos meses.

De acordo com o artigo 11 da Instrução Normativa RFB n° 1.252/2012, com a redação dada pela Instrução Normativa RFB n° 1.387/2013, o direito de realizar
a retificação da EFD-Contribuições extingue-se em cinco anos, contados do 1° dia do exercício seguinte àquele a que se refere a escrituração substituída.

As orientações de preenchimento da EFD-Contribuições para o caso em tela estão disponíveis na matéria:

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EFD-CONTRIBUIÇÕES
Boletim N° 13/2021
Exclusão do ICMS da base de cálculo

Além de retificar a escrituração específica das contribuições para demonstrar a reapuração dos valores devidos com a nova base de cálculo, o interessado
em pleitear administrativamente a restituição ou compensação dos pagamentos a maior de PIS/Pasep e Cofins deve retificar a Declaração de Débitos e
Créditos Tributários Federais (DCTF), conforme entendimento do artigo 16 da Instrução Normativa RFB n° 16 e Parecer Normativo Cosit n° 2/2015.

Para mais orientações quanto ao preenchimento do PER/DCOMP referente a pagamento indevido/a maior do PIS/Pasep e Cofins, orientamos a leitura das
matérias a seguir, já que neste caso não há nenhuma orientação específica:

PER/DCOMP WEB - PAGAMENTO INDEVIDO OU A MAIOR


Boletim N° 22/2020
Pedido de restituição/compensação

PER/DCOMP
Boletim N° 01/2018
Crédito em pagamento indevido ou a maior

4.2.1. Contabilização do crédito pleiteado administrativamente


Aos que não ajuizaram ação, a recuperação do indébito tributário tende a se dar de forma administrativa por meio da PER/DCOMP.

Se a pessoa jurídica recuperou o crédito tributário de forma administrativa, no qual necessitou retificar os montantes devidos de períodos anteriores
(2017/2018/2019/2020/2021), como não houve um erro contábil, pois a contabilidade foi realizada com as informações dispostas na legislação
anteriormente, não há o que se falar em "Ajuste de Exercícios Anteriores". (NBC TG 23, item 5; Lei n° 6.404/76, artigo 186, § 1°)

Neste aspecto e utilizando os conceitos dados pela CPC 00, é mais adequado interpretar que o valor dessa recuperação de despesa se qualifica como
receita no mesmo tempo em que o ativo for reconhecido. (NBC TG Estrutura Conceitual, itens 4.68 e 5.4)

Assim, a contabilização poderá ser feita da seguinte forma, pelo valor principal dos créditos levantados:

D - Créditos sobre PIS/Pasep a compensar (Ativo Circulante)

D - Créditos sobre Cofins a compensar (Ativo Circulante)

C - Outras receitas – recuperação de despesas (Conta de Resultado)

A tributação do valor da despesa recuperada para o Lucro Presumido e Arbitrado obedece ao artigo 54 da Lei n° 9.430/96, ao passo que para o Lucro Real
deve ser considerada a informação do artigo 441, inciso II do RIR/2018 para o IRPJ e a CSLL.

Pelos juros transcorridos:

D - Créditos sobre PIS/Cofins a receber (Ativo Circulante)

C – Receitas Financeiras - Juros Ativos (Conta de Resultado)

Em linhas gerais, a partir de 30.09.2021, o Parecer SEI n° 11.469/2022 apresentou o entendimento referente à não tributação de IRPJ e CSLL sobre a Selic
aplicada no caso de repetição de indébitos mesmo quando reclamados administrativamente.

5. PRESCRIÇÃO DO CRÉDITO
O artigo 156 do CNT determina que ocorre a extinção do crédito tributário no pagamento, compensação, transação e na remissão, entre outras previsões
constantes nele. Com isso, a partir do seu pagamento, serão contados cinco anos para realizar o pedido de restituição/compensação.

Confira a ilustração de contagem:

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Por exemplo, a pessoa jurídica que esteja reapurando o PIS/Cofins para pedir administrativamente via PER/DCOMP a recuperação do indébito tributário, terá
o prazo de cinco anos a contar da data do pagamento do DARF (Documento de Arrecadação de Receitas Federais), conforme inciso I do artigo 168 do CTN:

Mês-calendário Vencimento do DARF Início da Contagem Término da Contagem

Março de 2017 25.04.2017 26.04.2017 25.04.2022

Dezembro de 2017 25.01.2018 26.01.2018 25.01.2023

Março de 2018 25.04.2018 26.04.2018 24.04.2023

‍Maio de 2018 25.06.2018 26.06.2018 25.06.2023

Se o contribuinte preencher a PER/DCOMP com data maior que a ilustrada acima, o programa retorna com uma mensagem de erro, conforme segue:

Na via judicial, os prazos de habilitação e de compensação dos créditos habilitados seguem o descrito no item 4.1.1 desta matéria.

6. CRÉDITO SOBRE O ICMS NAS COMPRAS


A publicação da Instrução Normativa RFB n° 2.121/2022, que revogou a Instrução Normativa RFB n° 1.911/2019, dispôs nos artigos 170 e 171 as
orientações quanto à tomada de crédito para as empresas que adotam o regime não cumulativo.

Conforme o artigo 170, inciso I da Instrução Normativa RFB n° 2.121/2022, o ICMS-ST na entrada de mercadorias continua não gerando crédito de PIS/Pasep
e Cofins.

Já o artigo 171, inciso I da Instrução Normativa RFB n° 2.121/2022, menciona que o ICMS próprio incidente na venda pelo fornecedor vai compor a base de
crédito das contribuições sociais no regime não cumulativo.

Todavia, em 12.01.2023, a Medida Provisória n° 1.159/2023 apresentou uma nova medida econômica estabelecendo a partir de 01.05.2023 a vedação ao
crédito de PIS/Pasep e Cofins sobre o valor do ICMS incidente nas compras.

A justificativa se apresenta da seguinte forma, conforme orientação extraída do Perguntas e Respostas – Medidas Ajuste Fiscal, do Ministério da Economia:

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Com o RE n° 574.706, o STF decidiu que o ICMS não integra a base de cálculo de incidência da contribuição para o PIS/Pasep e Cofins e dessa
forma, quando uma empresa vende uma mercadoria ou presta um dos serviços alcançados pelo imposto, o ICMS relativo a essa operação deixou
de ser considerado como receita para fins de apuração das contribuições.

No entanto, quando a empresa compra uma mercadoria ou serviço, o ICMS relativo a essa operação ainda seria considerado como parte
integrante do crédito das referidas contribuições, distorcendo o regime de apuração não cumulativa e causando o esvaziamento na arrecadação
das contribuições, cujo valor é destinado à Seguridade Social.

Logo, a Medida Provisória anunciada instrumentaliza a adequação do entendimento relativo à exclusão do ICMS, tanto na incidência sobre as
receitas, quanto na base de cálculo dos créditos das contribuições. Além disso, consolida em lei a obrigatoriedade de o contribuinte realizar a
exclusão do ICMS da base de cálculo dos créditos das contribuições.

Autor: Equipe Técnica Econet Editora

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