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Em razão da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) no RE 574706, que julgou inconstitucional a inclusão
do ICMS na base de cálculo das contribuições sociais PIS – Programa de Integração Social, instituído pela Lei
Complementar n. 07/1970 e a COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social, instituída pela Lei
Complementar n. 70/1991, diversos contribuintes têm obtido êxito no ajuizamento de ação judicial para a declaração da
exclusão do ICMS na base de cálculo do PIS/COFINS, independente da modulação dos efeitos que ainda será julgada
pelo STF.
O fundamento adotado pelos Ministros da Corte Suprema é plenamente aplicável para excluir o ICMS da
apuração das contribuições. A questão jurídica é que o conceito de receita/faturamento não compreende os
encargos tributários.
O argumento para afastar o ICMS da base de cálculo das referidas contribuições sociais gira em torno do
alcance do termo “faturamento”. Ou seja, requer-se o reconhecimento de que o tributo incidente sobre a circulação
de mercadoria, apesar de passar pela contabilidade do contribuinte, corresponde a um ingresso de caixa que não
lhe pertence, visto que será destinado aos cofres públicos e, portanto, absolutamente inconstitucional sua inclusão
na base de cálculo do PIS/Cofins, conforme jurisprudência abaixo:
Com base nos mesmos fundamentos jurídicos atinentes à exclusão do ICMS, diversos contribuintes do ISS
(prestadores de serviço) têm obtido êxito, também, no ajuizamento de ação judicial para a declaração da exclusão do
ISS na base de cálculo do PIS/COFINS.
Av. Gov. Agamenon Magalhães, 4775, Empresarial Thomas Edison, sala 301, Recife, Pernambuco, CEP.: 50.070-425, tel – 55 81 2125.7418
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O fundamento adotado pelos Ministros da Corte Suprema é plenamente aplicável para excluir também o
ISS da apuração das contribuições. A questão jurídica é a mesma: o conceito de receita/faturamento não
compreende os encargos tributários.
A matéria vem sendo discutida no STF através do RE 592616. O relator do processo é o ministro Celso de
Mello, o qual, diga-se de passagem, posicionou-se em sentido favorável aos contribuintes no RE 574706 (ICMS
exclusão da base de cálculo do PIS/COFINS matéria semelhante).
Dessa forma, os contribuintes devem se apressar para requerer o seu direito de não incluir o ICMS e/ou
o ISS na base de cálculo do PIS e da COFINS para reaver os valores indevidamente recolhidos nos últimos cinco
anos, em especial diante da possibilidade de o julgamento a ser proferido sobre a matéria pelo Supremo Tribunal
Federal vir a limitar a restituição/compensação apenas aos contribuintes com ações ajuizadas, a chamada
modulação de efeitos.
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