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NOTAS

DE ENTRADA:
O ICMS DEVE SER
EXCLUÍDO DA BASE
DE CÁLCULO DOS
CRÉDITOS DE
PIS E COFINS?
Em face da recente decisão do STF, as empresas
iniciaram uma verdadeira corrida para apurar os
créditos oriundos da exclusão do ICMS da base de
cálculo do PIS e da COFINS.

Entretanto, os contribuintes que adotam a


sistemática da não cumulatividade do PIS e da
COFINS vêm apresentando muitas dúvidas em
relação à apuração dos valores a recuperar,
principalmente em relação à exclusão ou não do
valor do ICMS nas notas fiscais de entrada, ou seja,
a exclusão do ICMS da base de cálculo dos créditos
de PIS e de COFINS.

Para contribuir com seu entendimento, preparamos


este e-book com informações úteis sobre o tema.
INDÍCE 4 COMO DECIDIU O STF

5 A POSTURA DA FAZENDA NACIONAL EM RELAÇÃO A ESTE JULGAMENTO

6 A GRANDE OPORTUNIDADE PARA AS EMPRESAS E PROFISSIONAIS TRIBUTÁRIOS

7 O ICMS DEVE SER EXCLUÍDO DA BASE DE CÁLCULO DOS CRÉDITOS DE PIS E COFINS?

9 TECNOLOGIA A FAVOR DA RECUPERAÇÃO DE CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS - (RCT)

10 USE A TECNOLOGIA A SEU FAVOR


4

COMO O Plenário do Supremo Tribunal Federal, em 13/05/2021, finalizou o julgamento


dos embargos de declaração opostos contra o acórdão do Recurso Extraordinário

DECIDIU nº 574.706/PR (tema nº 69 de Repercussão Geral), relativo à exclusão do ICMS da


base de cálculo do PIS e da COFINS. Basicamente, ficou definido que:

O STF 1. O ICMS não compõe a base de cálculo para incidência do PIS e da COFINS.

2. O valor a ser excluído é o ICMS destacado na nota fiscal de venda, e não o


valor do ICMS efetivamente pago, conforme defendia a Fazenda Nacional.

3. Os efeitos da exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e da COFINS devem


se dar após 15/03/2017, ressalvadas as ações judiciais e requerimentos
administrativos protocoladas até (inclusive) 15/03/2017.

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Após a decisão do STF, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, através do


DESPACHO Nº 246 - PGFN-ME, de 24 de maio de 2021, aprovou o PARECER SEI Nº
7698/2021/ME, que traz as seguintes orientações, a fim de cumprir a tese fixada no
julgamento do STF:

1. Quanto aos processos que discutem a exclusão do ICMS da base do PIS e da


COFINS, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional ficará dispensada de contestar,
de oferecer contrarrazões e de interpor recursos, e fica autorizada a desistir de
recursos já interpostos, desde que inexista outro fundamento relevante.

2. Os valores relativos à cobrança do PIS e da COFINS a partir do dia 16 de


março de 2017 devem ser ajustados, em relação a todos os contribuintes,
considerando a inconstitucionalidade da inclusão do ICMS destacado em notas
A POSTURA DA fiscais na base de cálculo dos referidos tributos.

FAZENDA NACIONAL 3. Os Auditores-Fiscais da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil não


constituirão os créditos tributários relativos ao tema e adotarão, em suas

EM RELAÇÃO A decisões, o entendimento a que estiverem vinculados, inclusive para fins de


revisão de ofício do lançamento e de repetição de indébito administrativa.

ESTE JULGAMENTO 4. Independentemente de ajuizamento de demandas judiciais, a todo e qualquer


contribuinte deve ser garantido o direito de reaver, na seara administrativa,
valores que foram recolhidos indevidamente.

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A GRANDE Percebe-se que agora existe segurança jurídica relativamente ao tema. Como
os valores recolhidos indevidamente são muito significativos, as empresas já

OPORTUNIDADE começam a se movimentar para quantificar seus créditos, abrindo um grande leque
de trabalho para advogados, contadores e consultores tributários.

PARA AS Entretanto, é preciso cautela: uma questão que tem sido objeto de debates entre os

EMPRESAS E
especialistas está relacionada à exclusão ou não do valor do ICMS nas notas fiscais
de entrada, para os contribuintes que adotam a sistemática da não cumulatividade

PROFISSIONAIS
do PIS e da COFINS.

TRIBUTÁRIOS Entendendo o regime não cumulativo do PIS e da COFINS

O art. 3 º, § 1º das Leis 10.637/2002 e 10.833/2003 prevê que, salvo previsão legal em sentido
contrário, os créditos de PIS e de COFINS, quando admitidos, serão calculados às alíquotas de
1,65% para o PIS e 7,6% para a COFINS, a serem aplicadas sobre o valor de itens adquiridos,
insumos consumidos, encargos de depreciação incorridos e bens devolvidos no mês.

Trata-se do “Método Indireto Subtrativo”, no qual o crédito nasce internamente na empresa. Nesta
metodologia, mesmo quando um insumo é adquirido de uma empresa do regime cumulativo (que
tributou às alíquotas de 0,65% para o PIS e 3%, para a COFINS), o crédito pode ser aproveitado
normalmente às alíquotas de 1,65% e 7,6%. Diferentemente do ICMS e do IPI, onde o crédito é
aproveitado na alíquota que incidiu na operação anterior, em relação ao PIS e à COFINS não há
essa vinculação entre o valor do débito anterior e o crédito a ser aproveitado.

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O ICMS DEVE SER Uma vez que, no regime não cumulativo, os valores de PIS e COFINS a recolher são
o resultado dos débitos menos os créditos pelas aquisições, existe uma corrente

EXCLUÍDO DA BASE que defende que a apuração das contribuições, neste caso, deverá observar a
exclusão do ICMS nas saídas e nas aquisições.

DE CÁLCULO DOS A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional ainda não se pronunciou oficialmente

CRÉDITOS DE PIS E
sobre o tema. Contudo, o procurador Manoel Tavares, Coordenador-Geral da
Representação Judicial da Fazenda Nacional, em webinar da Casa JOTA realizado

COFINS?
em 20/05/2021, classificou essa questão como uma possível “tese caçula”, em
alusão às “teses filhotes” que surgiram a partir do julgamento da exclusão do ICMS
da base de cálculo do PIS e da COFINS. Segundo Tavares, a exclusão do ICMS da
base de cálculo dos créditos destas contribuições (notas de entrada) não está no
julgado do STF, mas é uma questão que pode surgir no futuro.

João Cláudio Franzoni Barbosa, Diretor Presidente do escritório Amaral e Barbosa


Advogados, defende que o STF fixou o entendimento de que o valor a ser excluído
é o destacado nas notas fiscais de saída. “No regime não cumulativo do PIS e da
COFINS estabelecido pelas leis 10.637/2002 e 10.833/2003, o contribuinte pode
aproveitar os créditos decorrentes da operação anterior. No entanto, ao analisar
os arts. 3º, §1º, das referidas leis, verificamos que o crédito a ser aproveitado
corresponde ao valor total dos bens adquiridos para revenda. Como o ICMS integra
o valor do preço das mercadorias, ele poderá continuar a compor o crédito apurado
no regime não cumulativo enquanto a lei assim o permitir.”

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De acordo com João Cláudio, para que o ICMS também seja excluído dos
créditos de PIS e COFINS, é necessário que a legislação seja alterada, com
efeitos ex nunc, ou seja, valendo somente a partir da alteração legal e não
afetando os valores eventualmente restituídos ou compensados.

Importante frisar que a forma de apuração do crédito deve ser amplamente


debatida entre empresários e seus contadores e advogados, de modo a tornar
o processo o mais transparente possível. Existem empresas que irão seguir
estritamente a decisão do STF e apurar os créditos levando em consideração
somente o ICMS destacado nas notas de saída; outras irão adotar um critério
mais conservador, excluindo também o ICMS destacado nas notas de entrada
que dão direito a crédito.

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TECNOLOGIA
A FAVOR DA Independentemente do critério utilizado, a apuração da exclusão do ICMS da

RECUPERAÇÃO
base de cálculo do PIS e da COFINS envolve um enorme volume de documentos
eletrônicos a serem revisados e muitas declarações acessórias a serem retificadas.

DE CRÉDITOS Realizar este trabalho de forma manual é praticamente impossível. Para que
a apuração do crédito tributário seja feita com agilidade e precisão, é preciso
TRIBUTÁRIOS contar com sistemas aptos a lidar com alto volume de processamento de dados
e a fornecer planilhas detalhadas para prestar esclarecimentos à fiscalização,
(RCT) caso seja necessário.

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