Este documento discute o caso de Liberata, uma escrava que recebeu falsas promessas de liberdade de seu senhor em troca de favores sexuais. Mesmo após buscar ajuda da justiça, levou tempo para que Liberata recebesse sua liberdade incondicional. Diferentemente da teoria de que escravos eram passivos, Liberata não se rendeu e lutou ativamente por sua liberdade, servindo de exemplo.
Este documento discute o caso de Liberata, uma escrava que recebeu falsas promessas de liberdade de seu senhor em troca de favores sexuais. Mesmo após buscar ajuda da justiça, levou tempo para que Liberata recebesse sua liberdade incondicional. Diferentemente da teoria de que escravos eram passivos, Liberata não se rendeu e lutou ativamente por sua liberdade, servindo de exemplo.
Este documento discute o caso de Liberata, uma escrava que recebeu falsas promessas de liberdade de seu senhor em troca de favores sexuais. Mesmo após buscar ajuda da justiça, levou tempo para que Liberata recebesse sua liberdade incondicional. Diferentemente da teoria de que escravos eram passivos, Liberata não se rendeu e lutou ativamente por sua liberdade, servindo de exemplo.
Fernando Antonelli Muniz de Ramos João Henrique da Silva Santos José Kleyton Leite de Siqueira Luan Felipe de Oliveira Girão Wesley de Souza Sá1 Keila Grinberg, professora titular da UNIRIO, com pós-doutorado pela University of Michigan e também pela New York University, já vem há anos trabalhando com a temática da escravidão nas Américas. Com importantes publicações como Liberata: a lei da ambiguidade, de 1994, e até mesmo internacionais como Slavery, Freedom and the Law in the Americas, de 2007. Falsas promessas estão presentes na história da humanidade desde o início, passando pelas indulgências até os senhores feudais que prometiam terras de “graça” para o camponês sem condições de vida favoráveis. E no Brasil, onde se tem o famigerado “jeitinho brasileiro” não seria diferente, pelo contrário, está enraizado nos costumes. Durante o período da escravatura foram diversos os casos de promessas de liberdade ou melhores condições de vida para os escravos que não se cumpriam, e poucos desses casos vieram à tona como o de Liberata. Sendo assediada desde muita nova pelo seu senhor, Liberata foi uma das escravas que recebeu falsas promessas em troca de algum favor, que no caso dela e de muitas outras escravas era de cunho sexual, e não recebeu a liberdade que havia sido prometida. e mesmo buscando ajuda da Justiça, ainda se esperou um bom tempo até que o seu novo senhor, por meio de uma troca pelo sigilo de informações que poderiam complicar a vida de Vieira, resultasse na liberdade incondicional de Liberata. Diferente do que Chalhoub nos traz sobre a “teoria do escravo-coisa” (CHALHOUB, 1990), Liberata não agiu de forma passiva à sua própria história. Mesmo com seu senhor dificultando o processo, Liberata acabou liberta, e sua rebeldia foi o ato judicial, dando significado e seu próprio entendimento às coisas, não sendo influenciada pelos significados e entendimentos de seu senhor, o que serviu de exemplo e espelho para o movimento de liberdade.
1 Discentes do curso de Licenciatura Plena em História pela UPE – Universidade de Pernambuco, campus Petrolina; Referências Bibliográficas
GRINBERG, Keila. Contra enganadores. Revista de História da Biblioteca
Nacional. Escravidão. Rio de Janeiro, ano 5, n. 54, p. 26-27, mar./2010. CHALHOUB, Sidney. Epílogo: A despedida de Zadig, e breves considerações sobre o centenário da Abolição. In: CHALHOUB, Sidney. Visões da liberdade: uma história das últimas décadas da escravidão na corte. São Paulo: Companhia das Letras, 1990, p. 249-253.