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ESCOLA SECUNDÁRIA POETA JOAQUIM SERRA

Ano Letivo 2022/23

Curso EFA - Nível Secundário – Turma de Continuação

Área de Competência: Cidadania e Profissionalidade (CP)


Núcleo Gerador 1: Direitos e Deveres
Domínio de Referência: DR1 – Liberdade e Responsabilidade Pessoal

NG1 DR1 Validado Formadores: David Rocha e Zita Espadinha

Formadores: David Rocha e Zita Espadinha


Formanda: Jéssica Lopes

Montijo, novembro de 2022


1.
1.1.
Direito ao voto Dever de exercer o voto

Direito à integridade Dever de prover o seu sustento com o seu

pessoal trabalho;

Direito à liberdade e à
Dever de colaborar com as autoridades;
segurança

Direito á Liberdade de
Dever de cumprir as leis;
expressão e informação

Dever de exercer greve para melhorar condições


Direito ao trabalho
laborais;

Dever de alimentar parentes próximos que


Direito á Saúde
sejam incapazes de prover seu próprio sustento;

Direito á Habitação e Dever de proteger a natureza, o patrimônio

urbanismo comunitário e público;

Direito á Educação,
Dever de educar e proteger os semelhantes;
cultura e ciência

Direito de resistência Dever de pagar impostos

2
Dever de respeitar os direitos dos outros
Direito á igualdade
indivíduos;

2.

Há quarenta e oito anos, em vésperas do 25 de Abril, também conhecida como

Revolução dos Cravos, Portugal era um país que detinha uma guerra em três

frentes africanas. Naquela época era rara a família que não tinha alguém a

combater em África. O serviço militar durava quatro anos.

A expressão pública de opiniões contra o regime e contra a guerra era reprimida

pela PID (Polícia Internacional de Defesa do Estado). Milhares de opositores

foram presos, torturados e até assassinados pela PID. Havia muita censura à

imprensa, à rádio, à televisão, aos espetáculos era uma realidade diária. Certos

livros, músicas e filmes eram proibidos.

Os partidos políticos eram proibidos, as prisões políticas estavam cheias e os

líderes oposicionistas desapareciam.

A greve era completamente proibida, o despedimento facilitado e a vida cultural

e social totalmente controlada e vigiada.

O Dr. António de Oliveira Salazar implantou o “Estado Novo”, o regime

ditatorial vivido na época, e era a principal figura do regime. Deixou de governar

em 1968 porque adoeceu e em 1970 faleceu.

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O Dr. Marcelo Caetano foi seu sucessor e governou durante 4 anos. No seu

mandato, diminuiu a rigidez do regime dando reformas a alguns idosos.

No entanto, a censura, a falta de liberdade, a guerra colonial, a proibição de

aparecimento de novos partidos políticos, as condições de vida difíceis que

obrigavam muitos à emigração, as injustiças sociais e o persistente atraso

económico e cultural, permaneceram.

Estas foram as razões que estiveram na origem da revolução que se viveu no 25

de Abril de 1974 em Portugal. Nesse dia pôs-se um ponto final á ditadura que

durou quase meio século em Portugal.

A vida no país após a revolução do 25 de abril, mudou drasticamente.

Antes do 25 de abril, a escolaridade obrigatória era três anos. A maioria das

escolas mantinham separadas as turmas de rapazes das turmas de raparigas.

No entanto a realidade era que muitas crianças não tinham possibilidade de ir à

escola e eram sujeitos ao trabalho na construção civil, nos campos, nas fábricas,

no serviço doméstico, quando a idade era para estudar e brincar.

Antes do 25 de Abril, as mulheres não tinham os mesmos direitos legais que os

homens, e muitas precisavam de autorização escrita dos maridos para certos atos

da vida social, como por exemplo viajar para o estrangeiro.

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Antes do 25 de Abril, não havia os hospitais, centros de saúde, médicos de família

ou Serviço Nacional de Saúde como há hoje.

Antes do 25 de Abril, a injustiça social e económica era impressionante. Um

pequeno grupo de famílias dominava o país, e a ditadura servia, basicamente, para

manter e ampliar os privilégios desse grupo. E é claro que, não havia eleições

livres para escolher os governantes, beneficiando assim esse mesmo grupo social

restrito. A legislação foi rapidamente alterada após o 25 de abril e o voto tornou-

se universal em 1974.

O namoro servia para provar que a mulher cumpria as normas da castidade e da

virgindade. A mulher só devia conhecer um único homem em toda a sua vida,

portanto tinha de chegar virgem ao casamento, caso não fosse o marido podia

legalmente divorciar-se.

O aborto era punido com prisão e os contracetivos não podiam ser tomados contra

a vontade do marido. Hoje os contracetivos são usados e muitas adolescentes

começam a usá-los por sugestão das mães. O aborto foi legalizado em 2007.

O divorcio só passou a ser permitido a partir de 1975. Ao longo do tempo a taxa

de nupcialidade foi decrescendo. Passou a haver mais casamentos civis que pela

igreja e desde 2010 passou a ser possível casar com pessoas do mesmo sexo.

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Depois do 25 de abril de 1974, os trabalhadores passaram a ter direito à greve, a

implementação do salário mínimo nacional, o direito ao subsídio de desemprego,

o direito a férias e respetivo subsídio.

Todos os cidadãos passaram a ter direito à segurança social, à saúde, a educação,

á habitação, á segurança e proteção, á liberdade, ao voto, á justiça e a todos os

seus direitos expostos na Constituição da República Portuguesa.

Os meios de comunicação que antes eram oprimidos e extremamente controlados

viram a liberdade de imprensa e de opinião conquistada.

Em suma, a Revolução dos Cravos que se comemorou no dia 25 de abril de 1974,

veio libertar o país inteiro de uma ditadura opressiva, ditatorial e controladora

que parecia não ter fim.

I - Revolução de 25

de Abril de 1974.

Comemoração do

fim do regime

ditatorial e opressor

em Portugal.

3.

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O conceito de liberdade gerou na antiguidade grega alguma controvérsia,

inicialmente a ideia transmitida era que o homem não era livre, as suas ações,

boas ou más eram diretamente associadas a Deus ou ao Diabo, recorriam muitas

vezes a exorcismos, para extrair o mal de alguém, deixando estes atos de serem

associados á natureza humana e sim ao sobrenatural.

Mais tarde, o filosofo Agostinho de Hipona, afirmou precisamente o contrário,

que o homem é um ser livre e tem a capacidade de escolher entre o bem e o mal.

O filosofo defendia que nos foi dado por Deus o Livre-arbítrio, ou seja, a

capacidade e liberdade de decidir, consoante o nosso entender, entre o bem e o

mal e quando o homem escolhe o mal, afasta-se de Deus.

Com o passar dos anos e com os avanços científicos e tecnológicos a que temos

estado presentes, esta questão foi sendo cada vez mais aperfeiçoada. Ciências

como a Psicologia, a Sociologia e a Antropologia, contribuíram para uma melhor

reflexão filosófica.

Atualmente sabemos que o Homem não é um ser absolutamente livre. Nunca foi

e nunca poderá vir a ser. O Homem é sim um ser condicionado. Condicionado

por outros, pela sociedade que o rodeia, pelo meio em que vive, pela sua cultura,

a sua família, código moral, por exemplo.

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Todos estes condicionadores vão influenciar a conduta deste ser humano e vão

consequentemente influenciar as suas escolhas.

Por exemplo:

Ao nascer o ser humano é bom, não tem maldade, mas, entretanto, é corrompido

pelo meio em que vive, estará mais suscetível a copiar estes comportamentos,

portanto o ambiente que o envolve influenciará a sua conduta.

os ambientes afetam diretamente a saúde metal dos seres humanos. Possuem o

poder de nos trazer agitação, estresse, confusão mental, irritabilidade e também a

calma, a concentração, o relaxamento.

II – Transmissão de boas energias III –Transmissão de más energias


gera um bom equilíbrio emocional afeta o estado emocional e
e crianças mais afetivas. proporciona comportamentos
disfuncionais.

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Web Grafia
________________________________________________________________
• direitos e deveres - Bing images

(imagem de ilustração da capa de trabalho)

• Direitos e Deveres do Cidadão Português: saiba quais são

(nacionalidadeportuguesa.com.br)

• História do 25 de Abril – Nota Positiva 19/102022, 19h/22h

• Meio Século de Aprendizagens : O ANTES E O DEPOIS DE 25 DE

ABRIL DE 1974 (meioseculodeaprendizagens.blogspot.com)

26/10/2022, 19h/22h

• 1974: a revolução que mudou a vida das mulheres (delas.pt)

• o filosofo Agostinho de Hipona, afirmou precisamente o contrário, que o

homem é livre e tem capacidade de escolher entre o bem e o mal. -

Procurar (bing.com) 2/11/2022, 19/22h

• https://escolaamiga.pt/blog/485f9848-a6ab-4f64-b00f-05e7f5b6171e

9/11/2022, 19h/22h

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• Imagem I:

Silves pede ajuda à população para mostrar o 25 de abril no concelho

(sapo.pt)

• Imagem II e III:

II - acariciar a filha - Bing images


III – gritarcom o filho - Bing images

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