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O que são os direitos humanos?

Os direitos humanos são normas que reconhecem e protegem a dignidade de todos os seres
humanos. Os direitos humanos regem o modo como os seres humanos individualmente vivem em
sociedade e entre si, bem como sua relação com o Estado e as obrigações que o Estado tem em
relação a eles.

A lei dos direitos humanos obriga os governos a fazer algumas coisas e os impede de fazer outras. Os
indivíduos também têm responsabilidades: usufruindo dos seus direitos humanos, devem respeitar
os direitos dos outros. Nenhum governo, grupo ou indivíduo tem o direito de fazer qualquer coisa
que viole os direitos de outra pessoa.

Os direitos humanos são regras que reconhecem e protegem a dignidade de todos os seres
humanos. Os direitos humanos regem o modo como os seres humanos vivem em sociedade e
entre si, bem como a sua relação com o Estado e as obrigações que o Estado tem em relação
aos mesmos.

A lei dos direitos humanos obriga os governos a agirem de certas formas perante os seus
cidadãos. Para além do governo, as pessoas também têm responsabilidades: usufruindo dos
seus direitos , respeitando os direitos dos outros. Nenhum governo, grupo ou indivíduo tem o
direito de fazer qualquer coisa que viole os direitos de outra pessoa.

Universalidade e inalienabilidade

Os direitos humanos são universais e inalienáveis. Todas as pessoas em todo o mundo têm direito a
eles. Ninguém pode voluntariamente desistir deles. Nem outros podem tirá-los dele ou dela.

Indivisibilidade

Direitos humanos são indivisíveis. Sejam de natureza civil, política, econômica, social ou cultural, eles
são todos inerentes à dignidade de toda pessoa humana. Consequentemente, todos eles têm o
mesmo valor como direitos. Não existe um direito "menor". Não há hierarquia de direitos humanos.

Interdependência e inter-relação

A realização de um direito muitas vezes depende, no todo ou em parte, da realização de outros. Por
exemplo, a realização do direito à saúde pode depender da realização do direito à educação ou do
direito à informação.

Igualdade e não discriminação

Todos os indivíduos são iguais como seres humanos e em virtude da inerente dignidade de cada
pessoa humana. Todos os seres humanos têm direito a seus direitos humanos sem discriminação de
qualquer tipo, como raça, cor, sexo, etnia, idade, idioma, religião, opinião política ou outra, origem
nacional ou social, deficiência, propriedade, nascimento ou outro status como explicado pelos
órgãos dos tratados de direitos humanos.

Participação e inclusão

Cada pessoa e todos os povos têm direito à participação ativa, livre e significativa no
desenvolvimento civil, político, econômico, social e cultural, por meio do qual os direitos humanos e
as liberdades fundamentais podem ser realizados. Têm também direito a contribuir para esse
desenvolvimento e a desfrutar do mesmo.

Responsabilização e Estado de Direito

Os Estados e outros detentores de deveres têm de cumprir as normas e padrões legais consagrados
nos instrumentos de direitos humanos. Quando não o fizerem, os titulares de direitos lesados têm o
direito de instaurar procedimentos para uma reparação adequada perante um tribunal competente
ou outro adjudicador, de acordo com as regras e procedimentos previstos na lei.

Alguns direitos humanos?

Quando é que surgiram?

Os direitos humanos surgiram ao longo da história como resultado de uma evolução gradual,
influenciada por filosofias antigas, como a grega e a romana, a Magna Carta, o Iluminismo e eventos
como a Declaração de Independência dos Estados Unidos, a Revolução Francesa e a I e II guerras
mundiais. No século XX, a comunidade internacional reconheceu a necessidade de proteger esses
direitos em escala global, culminando na Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948. Esses
direitos visam garantir a dignidade, igualdade e liberdade para todos, representando um
compromisso global com os valores fundamentais da humanidade.

A consolidação dos direitos humanos teve marcos fundamentais ao longo da história. A Bill of Rights,
aprovada em 1689 pelo Parlamento inglês após a Revolução Gloriosa, limitou o poder da monarquia
e estabeleceu direitos comuns. Na Revolução Francesa, em 1789, a Declaração dos Direitos do
Homem e do Cidadão buscou garantir igualdade, liberdade e fraternidade. Nos Estados Unidos, a Bill
of Rights, com 10 emendas, foi essencial na fundação do país.

A consolidação global dos direitos humanos ocorreu mais tarde, após a Segunda Guerra Mundial. A
ONU, criada em 1945, ratificou a Carta das Nações Unidas em 1945. Em 1948, a Declaração Universal
dos Direitos Humanos foi apresentada e aprovada, estabelecendo 30 artigos dedicados à igualdade e
liberdade para todas as pessoas do mundo. Desde então, esse documento serve de inspiração para
constituições ao redor do globo, sendo traduzido em mais de 500 idiomas.
Qual foi o objetivo dos direitos humanos?

O objetivo dos direitos humanos é assegurar e proteger a dignidade, liberdade e igualdade de todos
os seres humanos, independentemente de sua origem, status, crenças ou qualquer outra
característica. Os direitos humanos visam garantir que todas as pessoas tenham acesso a condições
básicas de vida, justiça e participação na sociedade, promovendo um ambiente onde os indivíduos
possam desenvolver plenamente seu potencial.

Além disso, os direitos humanos têm como propósito fundamental prevenir abusos de poder por
parte do Estado ou de outros indivíduos e garantir que as pessoas sejam tratadas com dignidade e
respeito. Esses direitos são considerados universais, inalienáveis e indivisíveis, aplicando-se a todas
as pessoas em todas as circunstâncias.

Em resumo, os direitos humanos buscam criar um ambiente onde cada ser humano possa viver com
liberdade, justiça e igualdade, promovendo o respeito pelos valores fundamentais da humanidade
em nível global.

O que mudou após a implementação dos direitos humanos?

Com a implementação dos direitos humanos em todo o mundo, o mundo tornou-se um lugar
melhor, pois tornou impossível, ou pelo menos muito mais complicado, que os seres humanos
fossem discriminados e privados de suas vidas, sua saúde, sua educação etc por outros seres
humanos tornando assim a sociedade mais justa e igualitária onde as pessoas n detinham outras
como "propriedade"

ADDHU

A ADDHU – Associação de Defesa dos Direitos Humanos – A ADDHU foi fundada em 2006 por Laura
Vasconcellos, escritora e professora universitária

é uma Organização Não Governamental para o Desenvolvimento, com estatuto internacional e sem
ligações politicas e/ou religiosas. Desenvolvemos projectos de Educação para os Direitos Humanos,
Cooperação para o Desenvolvimento e Ajuda Humanitária a nível nacional e internacional,
nomeadamente no Quénia e no Nepal, onde prestamos assistência a crianças órfãs e vulneráveis,
famílias e comunidades desfavorecidas que vivem em situação de pobreza extrema

Uigures

Quem são os uigures?

Os uigures, uma comunidade étnica muçulmana com uma presença ancestral no noroeste da China,
principalmente em Xinjiang, a maior província do país em área, mas também uma das áreas menos
povoadas e remotas. Ao longo dos séculos, os uigures desenvolveram uma cultura distintiva e
praticam o islamismo, sendo predominantemente muçulmanos sunitas.
Nos últimos anos, o governo chinês implementou políticas rigorosas que afetam diretamente a
cultura e a religião uigures. Os membros desse grupo étnico enfrentam penalidades por manterem
sua língua nativa, preservarem sua cultura e praticarem sua fé, incluindo tradições como o jejum
durante o Ramadã e a abstenção de carne de porco e álcool. Essas medidas têm levado a
preocupações e críticas internacionais em relação aos direitos humanos.

A língua uigur é estreitamente relacionada ao uzbeque e apresenta semelhanças com outras línguas
da Ásia Central, como cazaque, quirguiz e turca. A cultura uigur compartilha traços comuns com
outros grupos étnicos da região. O islamismo desempenha um papel crucial na identidade uigur,
com a maioria sendo seguidora do ramo sunita do Islã.

Em meio a essas dinâmicas culturais e religiosas, a situação dos uigures em Xinjiang tem recebido
atenção global devido às políticas controversas implementadas pelo governo chinês. A repressão
cultural e religiosa nessa região tem gerado preocupações sobre direitos humanos e provocado
debates internacionais sobre como abordar essa situação complexa.

Perseguição por parte da China

Por décadas, os uigures têm enfrentado discriminação sistemática por parte do governo comunista
chinês, que implementou restrições abrangentes que afetam diretamente sua capacidade de
preservar sua cultura e praticar sua religião. Em uma estratégia para diluir a maioria uigur e explorar
os recursos naturais de Xinjiang, o governo incentivou o deslocamento de milhões de chineses da
etnia han para a região, resultando em uma série de desafios sociais e culturais.

Protestos contra o domínio chinês e ocasionais episódios de violência surgiram como resposta à
discriminação social e governamental. Jornalistas relataram cerimônias públicas em que minorias
étnicas são obrigadas a manifestar lealdade ao Partido Comunista Chinês, enquanto as restrições à
obtenção de passaportes limitam a liberdade de movimento dos uigures e dificultam o contato com
outros grupos turcos e muçulmanos no exterior.

Recentemente, a China deteve uma estimativa de pelo menos 800 mil a possivelmente mais de 2
milhões de uigures e membros de outros grupos minoritários muçulmanos sob o pretexto de
combater o que o governo classifica como "extremismo islâmico" e "separatismo". Os critérios para
detenção incluem práticas como barba considerada "irregular" e recusa em consumir álcool ou carne
de porco.

Os campos, denominados como "escolas de reeducação" ou "vocacionais" pelas autoridades


chinesas, têm sido alvo de críticas internacionais. Pessoas que escaparam relataram condições
desumanas, incluindo choques elétricos, confissões forçadas e lavagem cerebral. A presença policial
e militar nas cidades, vigilância por câmeras em cada esquina e a coleta obrigatória de dados
biométricos, como exames de DNA, contribuem para a criação de um dos estados policiais mais
intrusivos do mundo.

Além disso, o programa de "monitoramento pessoal" envolve membros do Partido Comunista


Chinês se instalando nas residências uigures, alegadamente para "se aproximar do povo" e
"entender os problemas que estão enfrentando". No entanto, esse movimento também visa relatar
atividades culturais e práticas religiosas, bem como avaliar a lealdade ao PCC.

Em outubro, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Michael Pompeo, expressou a condenação
das privações dos direitos humanos impostas pelo governo chinês aos uigures, afirmando que os
EUA agirão contra tais violações fundamentais.

“Negar ao povo os seus direitos humanos é pôr em causa a sua humanidade. Impor-lhes uma vida
miserável de fome e privação é desumaniza-lo.” — Nelson Mandela

Livros

o Declaração dos Direitos Humanos adaptada para crianças

A obra apresenta de maneira simples e dinâmica os trinta artigos da norma por meio de um texto
conciso de Ruth e as ilustrações de Roth. Segundo a escritora, Ruth Rocha, seu público-alvo são os
jovens, aqueles que "conservam a pureza antiga e sagrada do assombro e da indignação" e que
"formarão o grande concerto da solidariedade contra as injustiças e a balbúrdia humana".

o Sobrevivi ao Gulag chinês

Este é o primeiro testemunho de uma mulher que sobreviveu e rejeitou o silêncio. A sua
história é um apelo ao Ocidente, para que não feche os olhos a esta barbárie humanitária
em curso.

o China And The Uyghurs


Este livro traça o desenvolvimento deste grupo étnico desde a China imperial até ao presente e a sua
relação tensa com o Estado chinês. Morris Rossabi concentra-se especialmente nas políticas do PCC,
tanto progressistas como repressivas, em relação aos uigures desde 1949.

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