INVENTARIANTE DO ESPÓLIO DA EMPREGADORA DOMÉSTICA. ILEGITIMIDADE
PASSIVA PARA FIGURAR NO POLO PASSIVO DA AÇÃO TRABALHISTA. Em virtude do óbito da pessoa indicada pela Reclamante como sua empregadora doméstica, a legitimidade para figurar no polo passivo da presente ação é do espólio e não do seu inventariante, ainda que seja ele um dos herdeiros da falecida empregadora, revelando-se acertada a r. sentença ao extinguir o feito sem resolução de mérito por ilegitimidade passiva ad causam. Recurso ordinário conhecido e desprovido.
(TRT-10 - RO: 00009906720175100009 DF, Data de Julgamento: 30/09/2020, Data de Publicação:
03/10/2020)
VÍNCULO DOMÉSTICO. ACOLHIMENTO DE ILEGITIMIDADE PASSIVA. EXTINÇÃO SEM
RESOLUÇÃO DO MÉRITO. INSURGÊNCIA. ALEGAÇÃO DE PERTINÊNCIA SUBJETIVA DOS SUJEITOS ACIONADOS. LEGITIMIDADE COM QUESTÃO QUE SE CONFUNDE COM O MÉRITO. EXTINÇÃO COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. A legitimidade é a pertinência subjetiva do sujeito para a ação. Quanto ao Réu, em particular, deriva do fato de ele consistir na pessoa indicada para ocupar o polo passivo da relação jurídico-processual e, sendo procedente a pretensão, deve suportar as obrigações que materializam a condenação. Ocorre que, se para atingir tal ilação é necessário o exame aprofundado da demanda, tem-se que a questão, inobstante detenha natureza preliminar, em determinados casos, se confunde com o mérito, daí ser cabível a extinção com resolução de mérito, em relação aos sujeitos que o conjunto probatório demonstrou não se revestirem de empregadores e tampouco responsáveis, por sucessão trabalhista.
(TRT-1 - ROT: 01000562820215010042, Relator: CLAUDIA MARIA SAMY PEREIRA DA
SILVA, Data de Julgamento: 01/03/2023, Segunda Turma, Data de Publicação: DEJT 2023-03-08)
Trabalho Doméstico. Responsabilidade Solidária. O contrato de emprego doméstico é uma relação
contratual atípica, onde o trabalhador doméstico estabelece vínculo de emprego com todas as pessoas da família para a qual presta serviço e não apenas com a pessoa física que formalizou o pacto, ou seja, o real empregador doméstico é a família. Não obstante, para que o membro do grupo familiar seja responsabilizado solidariamente pelos haveres trabalhistas do trabalhador doméstico, tem que ter se beneficiado da prestação de serviço, o que ocorreu no caso presente. (TRT-1 - RO: 01010656920195010050 RJ, Relator: MARCIA REGINA LEAL CAMPOS, Data de Julgamento: 29/06/2021, Nona Turma, Data de Publicação: 02/07/2021)
VÍNCULO DE EMPREGO. NÃO CONFIGURAÇÃO. PARTE ILEGÍTIMA. No caso, emerge a
constatação de que, a reclamada não se beneficiou do trabalho da autora, de modo que não é parte legítima para figurar no polo passivo da presente demanda. A prova oral revela que a autora atuou na residência do pai da reclamada e que esta sequer intermediava suas relações pessoais, pois o pai da reclamada era o responsável por administrar sua própria vida. Desse modo, mantém-se a sentença que julgou extinto o processo sem resolução do mérito em face à ilegitimidade passiva da reclamada. (TRT-10 - RO: 00002054720185100017 DF, Data de Julgamento: 10/06/2020, Data de Publicação: 17/06/2020)
ESPÓLIO - EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO - AUSÊNCIA DE
REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL. O espólio, para figurar no polo passivo da ação, deve estar representado pelo inventariante, nos termos do art. 75, VII e 618, I, ambos do CPC. Incontroverso que a pessoa, em nome de quem foi citado o espólio, não é inventariante, sucessor ou herdeiro do de cujus, correta a decisão recorrida, na qual se extinguiu o processo, na forma do art. 485, IV do CPC, após a concessão de prazo para regularização do polo passivo.
Gomes de Vasconcelos, Data de Julgamento: 20/06/2022, Decima Primeira Turma, Data de Publicação: 22/06/2022.)
VÍNCULO DE EMPREGO. EMPREGADA DOMÉSTICA. ILEGITIMIDADE PASSIVA DE
SUCESSOR. O espólio tem legitimidade para responder imediatamente pelas obrigações do "de cujus". Ausência de provas de que o filho era o empregador. Ônus da prova da reclamante.
(TRT-9 - RORSum: 00005313120215090663, Relator: NAIR MARIA LUNARDELLI RAMOS, 2ª
Turma, Data de Publicação: 11/01/2022) RECURSO ORDINÁRIO. LEGITIMIDADE ATIVA. RECONHECIMENTO DE VÍNCULO EMPREGO E VERBAS TRABALHISTAS DO DE CUJUS. DEPENDENTES E SUCESSORES X ESPÓLIO. Na esteira do entendimento adotado pelo C. TST, em interpretação do art. 1º da Lei 6.858/1980, tanto o espólio (representado pelo inventariante), quanto os dependentes habilitados perante a Previdência Social e, ainda, os sucessores previstos na lei civil (independentemente de inventário), possuem legitimidade para propor ação visando a satisfação de direitos trabalhistas do de cujus, como reconhecimento de vínculo de emprego e pagamento de verbas trabalhistas correlatas não recebidas pelo empregado em vida.
Amaral, Data de Julgamento: 28/06/2021, Sexta Turma, Data de Publicação: 29/06/2021.)
ILEGITIMIDADE PASSIVA DOS HERDEIROS. INEXISTÊNCIA DE PARTILHA. Inexistindo
provas de que os bens supostamente pertencentes ao de cujus foram partilhados, não há que se falar em legitimidade dos herdeiros para figurarem no polo passivo da execução. A teor do art. 796 do CPC, apenas quando ultimada a partilha, desaparece a figura da herança ou espólio, passando cada herdeiro a responder pelas dívidas do falecido na proporção que lhe couber. Noutro dizer, a penhora por dívida do de cujus só alcançará os bens dos herdeiros que tenham recebido sua parte na herança, o que, entretanto, não restou demonstrado nos presentes autos.
(TRT-3 - ROT: 00102463220215030092 MG 0010246-32.2021.5.03.0092, Relator: Maria Stela
Alvares da S.Campos, Data de Julgamento: 05/10/2022, Nona Turma, Data de Publicação: 10/10/2022.)
VÍNCULO EMPREGATÍCIO - CUIDADOR DE IDOSO - ILEGITIMIDADE PASSIVA DA
RECLAMADA. Restando provado nos autos que a reclamante não foi contratada ou prestou serviços para a reclamada e sim para pessoa diversa da relação processual, deve ser reconhecida a ilegitimidade passiva da recorrida para responder pelos créditos trabalhistas pleiteados, conforme corretamente decidiu o Juízo de 1º grau. (TRT-11 - RO: 00001432720185110551, Relator: SOLANGE MARIA SANTIAGO MORAIS, Data de Julgamento: 27/10/2020, 1ª Turma, Data de Publicação: 30/10/2020)
EMPREGADO DOMÉSTICO. CUIDADOR DE IDOSO. VÍNCULO DE EMPREGO.
ADMINISTRADOR DE FATO. INEXISTENTE. Considerando que o idoso que se beneficia dos serviços prestados por um "cuidador de idosos", possua renda própria e capaz de custear o pagamento dos serviços, não há falar em reconhecimento de vínculo de emprego com familiar que resida em local diverso da prestação de serviços e aja, ainda que de fato, como administrador de bens do idoso.
(TRT-1 - RO: 01010428020205010053 RJ, Relator: ANGELO GALVAO ZAMORANO, Data de
Julgamento: 22/10/2021, Quarta Turma, Data de Publicação: 06/11/2021)
ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM. CUIDADORA DE IDOSO. Correta a extinção do
processo, sem resolução do mérito, nos termos do artigo 485, VI, do CPC, quando o caso dos autos trata-se de cuidadora de idosos, cuja prestação de serviços era direcionado unicamente ao idoso, quem se beneficiou direta e exclusivamente do labor da autora e quem custeava todas as despesas referentes à contraprestação dos serviços - sendo patente a ausência de responsabilidade e a ilegitimidade de parte dos réus, pelos direitos postulados. (TRT-3 - RO: 00113971520195030056 MG 0011397-15.2019.5.03.0056, Relator: Paulo Roberto de Castro, Data de Julgamento: 23/06/2021, Setima Turma, Data de Publicação: 25/06/2021.)
ESPÓLIO. ILEGITIMIDADE ATIVA. CONFIGURAÇÃO. Consoante o disposto no art. 12, V, do
Código de Processo Civil brasileiro, de aplicação subsidiária ao processo do trabalho, ao inventariante incumbe a representação processual do espólio. Não provando a reclamante essa condição em relação ao empregado falecido, impõe-se a extinção do processo, sem resolução do mérito, por ilegitimidade ativa "ad causam". Recurso ordinário conhecido e provido. (TRT-7 - RECURSOS ORDINÁRIOS: 375006820055070014 CE 0037500-6820055070014, Relator: MANOEL ARÍZIO EDUARDO DE CASTRO, Data de Julgamento: 17/06/2008, PLENO DO TRIBUNAL, Data de Publicação: 21/07/2008 DOJTe 7ª Região)