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RCPITA

Regime do Procedimento de Inspeção


Tributária

DOCENTE: Jesuíno Alcântara Martins


jesuinoamartins@gmail.com 2019
RCPITA-Regime do Procedimento de Inspeção Tributáruia e Aduaneira

 O Procedimento de Inspecção de Inspecção Tributária

 Encontra-se regulamentado no Decreto-Lei n.º 413/98, de


31 de Dezembro

 Entrou em vigor em 1.01.1999

 O RCPITA, sem prejuízo de legislação especial,

Define

 os princípios e as regras aplicáveis aos actos de


inspecção

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Âmbito de aplicação do RCPITA

 O procedimento de inspecção compreende as seguintes


actuações da administração tributária:

 A confirmação dos elementos declarados pelos sujeitos


passivos e demais obrigados tributários;

 A indagação de factos tributários não declarados pelos


sujeitos passivos e demais obrigados tributários;

 A inventariação e avaliação de bens, móveis ou imóveis,


para fins de controlo do cumprimento das obrigações tributárias;
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Âmbito de aplicação do RCPITA

 A prestação de informações oficiais


em matéria de facto, nos processos de reclamação e impugnação judicial dos
actos tributários ou de recurso contencioso de actos administrativos em questões
tributárias;

 O esclarecimento e a orientação dos sujeitos passivos e demais obrigados


tributários sobre o cumprimento dos seus deveres perante a
administração fiscal;

 A realização de estudos individuais, sectoriais ou territoriais


sobre o comportamento dos sujeitos passivos e demais obrigados tributários e a
evolução dos sectores económicos em que se insere a sua actividade;

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Procedimento de Liquidação

• Princípio do declarativo Art.º 75.º da LGT Art.º 59.º do CPPT


• Presumem-se verdadeiras e de boa fé as declarações dos contribuintes apresentadas
nos termos previstos na lei, bem como os dados e apuramentos inscritos na sua
contabilidade ou escrita, quando estas estiverem organizadas de acordo com a
legislação comercial e fiscal.

• O procedimento de liquidação instaura-se com as declarações dos contribuintes, ou, na


falta ou vício destas, com base em todos os elementos de que disponha ou venha a
obter a entidade competente

• O apuramento da matéria tributável far-se-á com base nas declarações dos


contribuintes, desde que estes as apresentem nos termos previstos na lei e forneçam à
administração tributária os elementos indispensáveis à verificação da sua situação
tributária.

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RCPITA-Regime do Procedimento de Inspeção Tributáruia e Aduaneira

P Presumem-se verdadeiras e de boa fé as declarações dos contribuintes apresentadas


R nos termos previstos na lei, bem como os dados e apuramentos inscritos na sua
E contabilidade ou escrita, quando estas estiverem organizadas de acordo com a
S legislação comercial e fiscal. Art.º 75.º da LGT
U
N
Ç As declarações, contabilidade ou escrita revelarem omissões, erros,
à Cessa
Presunção inexactidões ou indícios fundados de que não reflectem ou impeçam o
O
conhecimento da matéria tributável real do sujeito passivo.
D
E

V O contribuinte não cumprir os deveres que lhe couberem de esclarecimento


E Cessa
Presunção da sua situação tributária, salvo quando, nos termos da presente lei, for
R
D legítima a recusa da prestação de informações.
A
D A força probatória dos dados informáticos dos contribuintes depende, salvo o disposto em lei especial, do
E fornecimento da documentação relativa à sua análise, programação e execução e da possibilidade de a
administração tributária os confirmar.
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Art.º 63.º da LGT - Inspecção

1. Os órgãos competentes podem, nos termos da lei, desenvolver todas as


diligências necessárias ao apuramento da situação tributária dos
contribuintes, nomeadamente:

a) Aceder livremente às instalações ou locais onde possam existir


elementos relacionados com a sua actividade ou com a dos demais
obrigados fiscais;

b) Examinar e visar os seus livros e registos da contabilidade ou


escrituração, bem como todos os elementos susceptíveis de esclarecer a
sua situação tributária;

c) Aceder, consultar e testar o seu sistema informático, incluindo a


documentação sobre a sua análise, programação e execução;

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Art.º 63.º da LGT - Inspecção

4. O procedimento da inspecção e os deveres de cooperação são os adequados e


proporcionais aos objectivos a prosseguir, só podendo haver mais de um
procedimento externo de fiscalização respeitante ao mesmo sujeito passivo
ou obrigado tributário, imposto e período de tributação mediante decisão,
fundamentada com base em factos novos, do dirigente máximo do serviço,

salvo se o procedimento visar apenas a consulta, recolha de


documentos ou elementos ou a confirmação dos pressupostos de
direitos que o contribuinte invoque perante a administração
tributária e sem prejuízo do apuramento da situação tributária do
sujeito passivo por meio de inspeção ou inspeções dirigidas a
terceiros com quem mantenha relações económicas.
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RCPITA-Regime do Procedimento de Inspeção Tributáruia e Aduaneira

• DEVER DE COOPERAÇÃO

5. A falta de cooperação na realização das diligências previstas no n.º 1 só será legítima


quando as mesmas impliquem:

a) O acesso à habitação do contribuinte;

b) A consulta de elementos abrangidos pelo segredo profissional ou outro dever de sigilo


legalmente regulado, à excepção do segredo bancário, realizada nos termos do n.º 3;

c) O acesso a factos da vida íntima dos cidadãos;

d) A violação dos direitos de personalidade e outros direitos, liberdades e garantias dos


cidadãos, nos termos e limites previstos na Constituição e na lei.

6. Em caso de oposição do contribuinte com fundamento nalgumas circunstâncias referidas


no número anterior, a diligência só poderá ser realizada mediante autorização concedida
pelo tribunal da comarca competente com base em pedido fundamentado da
administração tributária

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RCPITA - Regime Complementar do Procedimento de Inspecção Tributária e Aduaneira

• O procedimento de inspecção tributária visa a observação das realidades


tributárias, a verificação do cumprimento das obrigações tributárias e a
prevenção das infracções tributárias.

• O procedimento de inspecção pode abranger, em simultâneo com os


sujeitos passivos e demais obrigados tributários cuja situação tributária se
pretenda averiguar, os substitutos e responsáveis solidários ou
subsidiários, as sociedades dominadas ou do grupo tributado pelo sistema
do lucro consolidado, os sócios das sociedades transparentes ou quaisquer
outras pessoas que tenham colaborado nas infracções fiscais a investigar.
Art.º 2.º

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RCPITA-Regime do Procedimento de Inspeção Tributáruia e Aduaneira

O Procedimento de Inspecção Tributária /Auditoria Tributária visa:

A observação das realidades tributárias

A verificação do cumprimento das obrigações


tributárias

A prevenção das infracções tributárias

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RCPITA - Regime Complementar do Procedimento de Inspecção Tributária e Aduaneira

• O procedimento de inspecção tributária


obedece aos princípios seguintes:

• Da verdade material

• Da proporcionalidade
Art.ºs 5.º a 9.º do RCPITA
• Do contraditório

• Da cooperação

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RCPITA - Regime Complementar do Procedimento de Inspecção Tributária e Aduaneira

Art.º 10.º do RCPITA - Falta de cooperação

• A falta de cooperação dos sujeitos passivos e


demais obrigados tributários no
procedimento de inspecção pode, quando
ilegítima, constituir fundamento de aplicação
de métodos indirectos de tributação, nos
termos da lei.
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Impugnabilidade dos actos de inspecção

 O procedimento de inspecção tributária


A
r tem um carácter meramente preparatório
t.º
ou acessório dos actos tributários ou
11.º
em matéria tributária,
d
O sem prejuízo do direito de impugnação
das medidas cautelares adoptadas ou de
R
C quaisquer outros actos lesivos dos direitos
P
I e interesses legítimos dos sujeitos
T
A passivos e demais obrigados tributários.
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Classificações do Procedimento de Inspecção Tributária
Fins do procedimento - Art.º 12.º do RCPITA

 O procedimento de inspecção classifica-se,

quanto aos fins, em:

• Procedimento de comprovação e verificação,


visando a confirmação do cumprimento das obrigações
dos sujeitos passivos e demais obrigados tributários;

• Procedimento de informação,
visando o cumprimento dos deveres legais de informação ou
de parecer dos quais a inspecção tributária seja legalmente
incumbida.

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Classificações do Procedimento de Inspecção Tributária
Fins do procedimento - Art.º 12.º do RCPITA

 Sempre que os fins de prevenção tributária ou a


assistência no cumprimento das obrigações
acessórias ou de pagamento
dos sujeitos passivos e demais obrigados
tributários o justifiquem, n.º 2 do Art.º 12.º do RCPIT

deve ser assegurado o seu acompanhamento


permanente de acordo com os critérios gerais
definidos pela inspecção tributária.
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RCPITA-Regime do Procedimento de Inspeção Tributáruia e Aduaneira

Quanto ao lugar da realização, o


procedimento pode classificar-
Art.º 13.º do RCPIT
se em:

INTERNO
Quando os actos de inspecção se
efectuam exclusivamente nos serviços
da Administração Tributária através da
análise formal e de coerência dos
EXTERNO documentos por esta detidos ou obtidos no
âmbito do referido procedimento

Quando os actos de inspecção se efectuem, total ou


parcialmente, em instalações ou dependências dos sujeitos
passivos ou demais obrigados tributários, de terceiros com
quem mantenham relações económicas ou em qualquer outro
local a que a administração tenha acesso.
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Jesuíno Alcântara Martins
RCPITA - Regime Complementar do Procedimento de Inspecção Tributária e Aduaneira

• Âmbito do procedimento tributário Art.º 14.º

• Âmbito:

 Geral e polivalente: quando tiver por objecto a situação tributária


global ou conjunto dos deveres tributários dos sujeitos passivos ou dos
demais obrigados tributários

 Parcial ou univalente: quando abranja apenas algum, ou alguns,


tributos ou algum, ou alguns, deveres dos sujeitos passivos ou demais
obrigados tributários

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RCPITA - Regime Complementar do Procedimento de Inspecção Tributária e Aduaneira

• Extensão do procedimento tributário


Art.º 14.º

 Quanto à extensão o procedimento pode englobar um ou


mais períodos de tributação.

 Os fins e a extensão do procedimento de inspecção podem


ser alterados durante a sua execução mediante despacho
fundamentado da entidade que o tiver ordenado.
Art.º 15.º

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Competência e garantias de imparcialidade
Competência material e territorial – Art.º 16.º do RCPITA

 São competentes para a prática dos actos de inspecção tributária


os seguintes serviços da Direcção-Geral dos Impostos:

 A Unidade dos Grandes Contribuintes, relativamente aos sujeitos passivos que de


acordo com os critérios definidos sejam considerados como grandes contribuintes;

 As direções de serviços de inspeção tributária que nos termos da orgânica da


Autoridade Tributária e Aduaneira integram a área operativa da inspeção tributária,
relativamente aos sujeitos passivos e demais obrigados tributários que sejam
selecionados no âmbito das suas competências ou designados pelo diretor-geral da
Autoridade Tributária e Aduaneira.

 As unidades orgânicas desconcentradas, relativamente aos sujeitos passivos e


demais obrigados tributários com domicílio ou sede fiscal na sua área territorial.

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Planeamento e Selecção
Plano Nacional de Actividades da Inspecção Tributária – Art.º 23.º do RCPITA

 A actuação da inspecção tributária obedece ao Plano Nacional de


Actividades da Inspecção Tributária e Aduaneira (PNAITA)

 O PNAITA é elaborado anualmente pela DSPCPIT,


com a participação das unidades orgânicas da inspecção tributária

 O PNAITA é aprovado pelo Ministro das Finanças,


sob proposta do director-geral da AT

[Podem ser realizadas acções de inspecção não


identificadas no PNAITA]

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Planeamento e Selecção
Plano Nacional de Actividades da Inspecção Tributária – Art.º 23.º do RCPITA

 O PNAITA define
Os programas,
Os critérios e acções a desenvolver
que servem de base à selecção dos sujeitos passivos e demais obrigados
tributários a inspeccionar,
fixando os objectivos a atingir por unidades
orgânicas dos serviços centrais, regionais e locais

 O PNAITA deve prever


a afectação de uma parte dos recursos da inspecção tributária a acções de
inspecção nele não expressamente previstas

 O PNAITA pode ser revisto durante a sua execução (DSPCPIT)

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Planeamento e Selecção
Relatório Anual – Art.º 24.º do RCPITA

 O cumprimento do PNAITA
é avaliado no relatório anual
sobre a actividade da inspecção tributária

 O relatório faz menção


aos meios utilizados
aos resultados obtidos, e
às dificuldades e limitações da
actividade da inspecção tributária

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Planeamento e Selecção Planos
Regionais e Divulgação de critérios – Art.ºs 25.º e 26.º do RCPITA

 Com referência no PNAITA,


Os serviços regionais devem elaborar planos
regionais de actividade para actuação dos funcionários e
equipas de inspecção nas respectivas áreas territoriais

 Não obstante o carácter reservado do PNAITA, a administração


tributária deve divulgar os critérios genéricos de selecção dos
sujeitos passivos e demais obrigados tributários a inspeccionar.

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Planeamento e Selecção Planos
Selecção – Art.º 27.º do RCPITA

 A identificação dos sujeitos passivos e demais obrigados


tributários a inspeccionar
no procedimento de inspecção tem por base:
 A aplicação dos critérios objectivos definidos no PNAIT
 A aplicação dos critérios ,
definidos pelo director-geral, de acordo com
necessidades conjunturais de prevenção e eficácia
da inspecção tributária ou a aplicação justificada de
métodos aleatórios;
 A participação ou denúncia

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Garantias do exercício da função inspectivas
Prerrogativas da inspecção tributária – Art.º 29.º do RCPITA

 O exercício das garantias de eficácia no âmbito do procedimento de inspecção


tributária pode concretizar-se através das seguintes faculdades dos funcionários da
inspecção tributária:

 Examinar quaisquer elementos dos contribuintes que sejam susceptíveis de revelar a


sua situação tributária, nomeadamente os relacionados com a sua actividade, ou de
terceiros com quem mantenham relações económicas e solicitar ou
efectuar, designadamente em suporte magnético, as cópias ou
extractos considerados indispensáveis ou úteis;

 Proceder à inventariação física e avaliação de quaisquer bens ou imóveis relacionados


com a actividade dos contribuintes, incluindo a contagem física das existências, da
caixa e do imobilizado, e à realização de amostragens destinadas à documentação
das acções de inspecção;

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Garantias do exercício da função inspectivas
Prerrogativas da inspecção tributária – Art.º 29.º do RCPITA

 O exercício das garantias de eficácia no âmbito do procedimento de inspecção tributária


pode concretizar-se através das seguintes faculdades dos funcionários da inspecção
tributária:

 Aceder, consultar e testar os sistemas informáticos dos sujeitos passivos e, no caso de


utilização de sistemas próprios de processamento de dados, examinar a documentação
relativa à sua análise, programação e execução, mesmo que elaborados por terceiros;

 Consultar ou obter dados sobre preços de transferência


ou quaisquer outros elementos associados ao estabelecimento de condições
contratuais entre sociedades ou empresas nacionais ou estrangeiras, quando se verifique a
existência de relações especiais nos termos do n.º 4 do artigo 58.º do Código do Imposto
sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas;

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Garantias do exercício da função inspectivas
Prerrogativas da inspecção tributária – Art.º 29.º do RCPITA

 O exercício das garantias de eficácia no âmbito do procedimento de inspecção


tributária pode concretizar-se através das seguintes faculdades dos
funcionários da inspecção tributária:

 Tomar declarações dos sujeitos passivos, membros dos corpos sociais,


técnicos oficiais de contas, revisores oficiais de contas ou
de quaisquer outras pessoas, sempre que o seu depoimento
interesse ao apuramento dos factos tributários;

 f) Controlar, nos termos da lei, os bens em circulação;

 Solicitar informações às administrações tributárias, estrangeiras,


no âmbito dos instrumentos de assistência mútua e cooperação
administrativa internacional.

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Garantias do exercício da função inspectivas
Prerrogativas da inspecção tributária – Art.º 29.º do RCPITA

 No âmbito de exame e análise de elementos,


Consideram-se susceptíveis de revelar a situação tributária dos
contribuintes os seguintes elementos:

 Os livros obrigatórios previstos na legislação comercial e fiscal;

 Os registos contabilísticos e os documentos com eles relacionados,


incluindo os programas e suportes magnéticos;

 Os registos auxiliares da contabilidade;

 Os documentos e registos relativos ao custeio das existências ou à


contabilidade analítica;

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Garantias do exercício da função inspectivas
Prerrogativas da inspecção tributária – Art.º 29.º do RCPITA

 No âmbito de exame e análise de elementos,


Consideram-se susceptíveis de revelar a situação tributária dos contribuintes os seguintes
elementos:

 Outra documentação interna ou externa


relativa às operações económicas e financeiras efectuadas com clientes,
fornecedores, instituições de crédito, sociedades e quaisquer outras entidades, incluindo
os extractos processados pelas instituições de crédito e sociedades financeiras, os contratos
celebrados, os orçamentos sobre trabalhos realizados ou encomendados a terceiros, os
estudos realizados ou encomendados a terceiros e as tabelas de preços estabelecidos;

 Os relatórios, pareceres e restante documentação


emitida por técnicos oficiais de contas, revisores oficiais de contas, advogados,
consultores fiscais e auditores externos;
 A correspondência recebida e expedida relacionada com a actividade.

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Garantias do exercício da função inspectivas
Prerrogativas da inspecção tributária – Art.º 29.º do RCPITA

 A inspecção tributária pode ainda proceder às seguintes diligências prospectivas ou de informação:

 Enviar aos contribuintes, bem como a quaisquer outras entidades públicas ou privadas,
questionários quanto a dados e factos de carácter específico relevantes para a definição e
controlo da sua situação tributária ou de terceiros, os quais deverão ser devolvidos depois de
devidamente preenchidos e assinados;

 Solicitar às entidades referidas na ponto anterior o envio de cópia de documentos e informações


relevantes para o apuramento e controlo da sua situação ou de terceiro,
designadamente facturas, documentos de transporte, registos contabilísticos e cópias ou
extractos de actos e documentos de cartórios notariais, conservatórias e outros serviços oficiais.

 Estes pedidos e as requisições são efectuados por carta registada com aviso de recepção, fixando-
se para o seu cumprimento um prazo não inferior a 10 dias.

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Procedimento de Inspecção Tributária
Medidas cautelares - Art.º 30 do RCPITA

1. Os funcionários da Direcção-Geral dos Impostos incumbidos da acção de inspecção tributária podem adoptar, atendendo ao
princípio da proporcionalidade, as seguintes medidas cautelares de aquisição e conservação da prova:

a) Apreender os elementos de escrituração ou quaisquer outros elementos, incluindo suportes informáticos, comprovativos
da situação tributária do sujeito passivo ou de terceiros;
b) Selar quaisquer instalações, sempre que se mostre necessário à plena eficácia da acção inspectiva e ao combate à fraude
fiscal;
c) Visar, quando conveniente, os livros e demais documentos.

2. As medidas cautelares referidas nas alíneas a) e b) do número anterior devem ser fundamentadas com a justificação da sua
adequação ao fim a que se destinam.

3. Sempre que se proceda à apreensão a que se refere a alínea a) do n.º 1, será lavrado o respectivo termo e serão autenticadas
as fotocópias ou duplicados dos elementos apreendidos.

4. As instalações seladas não deverão conter bens, documentos ou registos que sejam indispensáveis para o exercício da
actividade normal da empresa, nomeadamente bens comercializáveis perecíveis no período em que presumivelmente a
selagem se mantiver.

5. Sempre que for possível, os elementos com interesse para selar serão reunidos em local que não perturbe a actividade
empresarial ou profissional, em divisão fixa ou em contentor, e fechados com dispositivo inviolável, designadamente através
de fio ou fita envolvente lacrada nas extremidades com o selo do serviço que proceda à inspecção.

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Procedimento de Inspecção Tributária
Providências cautelares de natureza judicial - Art.º 31 do RCPITA

1. Em caso de justo receio de frustração dos créditos fiscais, de extravio ou deterioração de documentos
conexos com obrigações tributárias, a administração tributária deve propor as providências cautelares de
arresto ou arrolamento previstas no Código de Procedimento e de Processo Tributário.

2. A propositura das providências cautelares previstas no número anterior tem por base informação
contendo:

a) A descrição dos factos demonstrativos do tributo ou da sua provável existência;

b) A fundamentação do fundado receio de diminuição das garantias de cobrança do tributo;

c) A relação de bens suficientes para garantir a cobrança da dívida e acrescido, com a indicação do valor,
localização e identificação de registo predial ou outras menções que permitam concretizar a descrição.

3. No caso de arrolamento de bens ou documentos que se pretendam conservar, evitando-se a sua perda ou
extravio, destruição ou dissipação, a informação prevista no número anterior deve conter:

a) Prova sumária do direito relativo aos bens ou documentos que se pretendem arrolar;

b) Factos que fundamentem o receio de extravio ou destruição.

Jesuíno Alcântara Martins 33


Providências cautelares
Art.º 51.º da LGT

 A administração tributária pode tomar providências cautelares para


garantia dos créditos tributários em caso de fundado receio de frustração
da sua cobrança ou de destruição ou extravio de documentos ou outros
elementos necessários ao apuramento da situação tributária dos sujeitos
passivos e demais obrigados tributários.

 As providências cautelares devem ser proporcionais ao dano a evitar e


não causar dano de impossível ou difícil reparação.

 As providências cautelares consistem na apreensão de bens, direitos ou


documentos ou na retenção, até à satisfação dos créditos tributários, de
prestações tributárias a que o contribuinte tenha direito.

Jesuíno Alcântara Martins 34


MEDIDAS E PROVIDÊNCIAS CAUTELARES

MEDIDAS DA INICIATIVA DA INSPECÇÃO TRIBUTÁRIA

MEDIDAS CAUTELARES PROVIDÊNCIAS CAUTELARES

NATUREZA NATUREZA
ADMINISTRATIVA JUDICIAL

ADOPTADAS NO ÂMBITO DO  ADOPTADAS NA SEQUÊNCIA DE


PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO

 NO ÂMBITO DA INVESTIGAÇÃO
CRIMINAL FISCAL
EXAMES

APREENSÕES ARRESTO

ARROLAMENTO
SELAGENS
APREENSÕES
RECOLHA DE TODO E QUALQUER TIPO
DE ELEMENTO QUE POSSA REVESTIR RECOLHA DE TODO O TIPO DE
FORÇA DE PROVA ELEMENTO COM REVELÂNCIA
PROBATÓRIA
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Liquidação com origem na Inspecção Tributária

Procedimento de Inspecção tributária


Projecto de
relatório Relatório
Actos de inspecção Direito de Final
audição
DC- Único Liquidação
Início Conclusão do
Nota de Procedimento Notificação
diligência com a
notificação do P. Pag. Voluntário
Relatório Final
Cobrança Coerciva
P.E.F

Pedido Antecipação de Constituição da garantia Instauração


A eficácia da penhora retroage
ARRESTO à data do arresto
Citação

Decisão do Juiz / Concretização


das diligências

Este lapso de tempo pode ser PENHORA DE


Conversão do Arresto
determinante para que a AF
em Penhora
BENS
realize as receitas tributárias
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Jesuíno Alcântara Martins
Garantias do exercício da função inspectivas
Violação do dever de cooperação – Art.º 32º do RCPITA

 A recusa de colaboração e a oposição à acção da inspecção tributária,


quando ilegítimas,
fazem incorrer o infractor em responsabilidade disciplinar, quando
for caso disso, contra-ordenacional e criminal

 Os funcionários da inspecção tributária devem comunicar a


recusa ou oposição
ao dirigente máximo do serviço ou ao representante do
Ministério Público competente,
quando delas resultem respectivamente responsabilidade disciplinar,
contra-ordenacional ou criminal

Jesuíno Alcântara Martins 37


Marcha do Procedimento de Inspecção
Oposição – Art.º 59.º do RCPITA

 Em caso de oposição

à realização de qualquer acto de inspecção, com


fundamento em qualquer das circunstâncias referidas no n.º 5
do artigo 63.º da LGT, o funcionário comunicará o facto, no prazo
de cinco dias, ao dirigente do serviço, se for caso disso, propondo
fundamentadamente a solicitação ao tribunal de comarca
competente de ordem para realização do acto.

 O disposto no ponto anterior não prejudica, caso a oposição seja


ilegítima, o procedimento sancionatório que ao caso couber

Jesuíno Alcântara Martins 38


Procedimento de Inspecção Tributária
Local dos actos de inspecção – Art.º 34.º do RCPITA

 Os actos de inspecção podem também realizar-se em locais


do exercício da actividade da entidade inspeccionada que
contenham elementos complementares ou adicionais

 Caso a entidade inspeccionada não disponha de instalações


ou dependências para o exercício da actividade,
os actos de inspecção
podem realizar-se no serviço da administração
tributária da área do seu domicílio ou sede

Jesuíno Alcântara Martins 39


Procedimento de Inspecção Tributária
Horário dos actos de inspecção – Art.º 35.º do RCPITA

 Os actos de inspecção
realizam-se no horário normal de funcionamento
da actividade empresarial ou profissional,
não devendo implicar prejuízo para esta.
 Mediante acordo
com os sujeitos passivos ou demais obrigados tributários
e quando circunstâncias excepcionais o justifiquem,
poderão os actos de inspecção
ser praticados fora do horário normal de
funcionamento da actividade.

Jesuíno Alcântara Martins 40


Procedimento de Inspecção Tributária
Horário dos actos de inspecção – Art.º 35.º do RCPITA

 A prática de actos de inspecção tributária


fora do horário normal de funcionamento
da actividade
sem consentimento do sujeito passivo ou
do obrigado tributário em causa
dependem de autorização do tribunal
da comarca competente

 O disposto no presente artigo não se aplica ao controlo dos


bens em circulação.
Jesuíno Alcântara Martins 41
RCPITA - Regime Complementar do Procedimento de Inspecção Tributária e Aduaneira

• O procedimento de inspecção tributária pode iniciar-se até ao termo do prazo de caducidade


do direito de liquidação dos tributos ou do procedimento sancionatório, sem prejuízo do
direito de exame de documentos relativos a situações tributárias já abrangidas por aquele
prazo, que os sujeitos passivos e demais obrigados tributários tenham a obrigação de
conservar.
Art.º 36.º

• O procedimento de inspecção é contínuo e deve ser concluído no prazo máximo de seis


meses a contar da notificação do seu início.

• O prazo referido no número anterior poderá ser ampliado por mais dois períodos de três
meses.
Art.º 47.º

• É legítima a oposição aos actos de inspecção com fundamento na falta de credenciação dos
funcionários incumbidos da sua execução.

Jesuino Alcântara Martins 42


Início e prazo do procedimento de inspecção
Art.º 36.º do RCPITA

3. O prazo referido no número anterior poderá ser ampliado por mais dois
períodos de três meses, nas seguintes circunstâncias:
a) Situações tributárias de especial complexidade resultante,
nomeadamente, do volume de operações, da dispersão geográfica ou da
integração em grupos económicos nacionais ou internacionais das
entidades inspeccionadas;
b) Quando, na acção de inspecção, se apure ocultação dolosa de factos ou
rendimentos;
c) (Revogada pela Lei n.º 42/2016, de 28 de dezembro)
d) Quando seja necessário realizar novas diligências em resultado de o
sujeito passivo apresentar factos novos durante a audição prévia
e) Outros motivos de natureza excecional, mediante autorização
fundamentada do diretor-geral da Autoridade Tributária e Aduaneira.
Jesuíno Alcântara Martins 43
Início e prazo do procedimento de inspeção
Art.º 36.º, nº 3, do RCPTA
Facto
tributário

Início
6 meses 3 meses 3 meses

RCPIT Artigo 36.º n.º 3 AMPLIAÇÃO


 Complexidade das situações tributárias
 Ocultação dolosa de factos ou rendimentos
 Realizar novas diligências em resultado de o sujeito passivo apresentar factos novos na audição
prévia

 Outros de natureza excepcional (autorização do Director-geral)


Jesuíno Alcântara Martins
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Início e prazo do procedimento de inspecção
Art.º 36.º do RCPITA

5. Independentemente do disposto nos números anteriores, o prazo para conclusão do procedimento

de inspeção suspende-se quando:

a) Em processo especial de derrogação do segredo bancário, o familiar do contribuinte ou terceiro

interponha recurso com efeito suspensivo da decisão da administração tributária que determine

o acesso à informação bancária, mantendo-se a suspensão até ao trânsito em julgado da decisão

em tribunal;

b) Em caso de oposição às diligências de inspeção pelo sujeito passivo com fundamento em

segredo profissional ou qualquer outro dever de sigilo legalmente regulado, seja solicitada

autorização judicial ao tribunal da comarca competente, mantendo-se a suspensão até ao

trânsito em julgado da decisão;

c) Seja instaurado processo de inquérito criminal sem que seja feita a liquidação dos impostos em

dívida, mantendo-se a suspensão até ao arquivamento ou trânsito em julgado da sentença.

d) A administração tributária tenha necessidade de recorrer aos instrumentos de assistência mútua

e cooperação administrativa internacional, mantendo-se a suspensão pelo prazo de 12 meses.


Jesuíno Alcântara Martins 45
Marcha do Procedimento de Inspeção
Preparação, programação e planeamento do procedimento de inspeção
Art.º 44.º do RCPITA

 O procedimento de inspecção

é previamente preparado, programado

e planeado tendo em vista os objectivos a serem alcançados.

 A preparação prévia consiste na recolha de toda a informação


disponível sobre o sujeito passivo ou obrigado tributário em causa,

incluindo o processo individual arquivados na AT, as informações


prestadas ao abrigo dos deveres de cooperação

e indicadores económicos e financeiros da actividade.

Jesuíno Alcântara Martins 46


Marcha do Procedimento de Inspeção
Constituição de equipas – Art.º 45.º do RCPITA

 Os funcionários são enquadrados em equipas de inspecção, cujo


número e composição são estabelecidos no Art.º 16.º do RCPITA

Unidade dos Grandes Contribuintes

Direcções de Serviços Inspecção Tributária

Unidades orgânicas desconcentradas

Os actos de inspecção são realizados por um ou mais funcionários,

consoante a sua complexidade e orientados pelo coordenador da


equipa.

Jesuíno Alcântara Martins 47


Marcha do Procedimento de Inspeção
Credenciação – Art.º 46.º do RCPITA

 O início do procedimento externo de inspeção


depende da credenciação dos funcionários
e do porte do cartão profissional
ou outra identificação passada pelos serviços a que pertençam.

 Consideram-se credenciados
os funcionários da AT munidos de ordem de serviço
emitida pelo serviço competente para o procedimento ou para a prática do
acto de inspecção, ou no caso de não ser necessária ordem de serviço de
cópia do despacho do superior hierárquico que determinou a realização
do procedimento ou a prática do acto

Jesuíno Alcântara Martins 48


Marcha do Procedimento de Inspeção
Credenciação – Art.º 46.º do RCPITA

 Não será emitida ordem de serviço quando as acções de inspecção


tenham por objectivo:

 A consulta, recolha e cruzamento de elementos;


 O controlo de bens em circulação;
 O controlo dos sujeitos passivos não registados.

 O despacho que determina a prática do acto,


quando não seja necessária a ordem de serviço, deve referir os seus
objectivos e a identidade da entidade a inspeccionar e dos funcionários
incumbidos da sua execução.

Jesuíno Alcântara Martins 49


Marcha do Procedimento de Inspecção
Consequências da falta de credenciação – Art.º 47.º do RCPITA

 É legítima a oposição
aos actos de inspecção
com fundamento na falta de credenciação
dos funcionários
incumbidos da sua execução.

Jesuíno Alcântara Martins


50
Marcha do Procedimento de Inspecção
Cooperação entre a administração e a entidade inspeccionada
Art.º 48.º do RCPIT A

 A Administração Tributária procurará,


a cooperação da entidade inspeccionada
para esclarecer as dúvidas suscitadas no âmbito do
procedimento de inspecção.

 Quando não estiver em causa o êxito da acção ou o dever de sigilo


sobre a situação tributária de terceiros,
a Administração Tributária deve facultar à entidade inspeccionada
as informações ou outros elementos que esta lhe solicitar e sejam
comprovadamente necessários ao cumprimento dos seus deveres
tributários acessórios.
Jesuíno Alcântara Martins 51
RCPITA - Regime Complementar do Procedimento de Inspecção Tributária e Aduaneira

• O início do procedimento externo de inspecção deve ser


notificado ao sujeito passivo ou obrigado tributário com uma
antecedência mínima de cinco dias. Art.º 49.º

• A notificação para início do procedimento de inspecção


efectua-se por carta-aviso elaborada de acordo com modelo
aprovado pelo director-geral dos Impostos

• A carta-aviso conterá um anexo contendo os direitos, deveres


e garantias dos sujeitos passivos e demais obrigados
tributários no procedimento de inspecção.

Jesuino Alcântara Martins 52


Marcha do Procedimento de Inspecção
Dispensa de notificação prévia - Art.º 50.º do RCPITA

 Não há lugar a notificação prévia do procedimento de inspecção quando:

 O procedimento vise apenas a consulta, recolha ou cruzamento de documentos


destinados à confirmação da situação tributária do sujeito passivo ou obrigado
tributário;

 O fundamento do procedimento for participação ou denúncia efectuada nos termos


legais e estas contiverem indícios de fraude fiscal;

 O objecto do procedimento for a inventariação de bens ou valores em caixa, testes


por amostragem ou quaisquer actos necessários e urgentes para aquisição e
conservação da prova;

 O procedimento consistir no controlo dos bens em circulação e da posse dos


respectivos documentos de transporte;

Jesuíno Alcântara Martins


53
Marcha do Procedimento de Inspeção
Notificação para procedimento de inspeção
Art.º 49. e 50 º do RCPITA

Facto
tributário

Início

 Deve ser notificado


RCPIT  Antecedência mínima de 5 dias
Artigo 49.º
 Carta-aviso + Anexo
RCPIT
 Dispensa de notificação
Artigo 50.º
54
Marcha do Procedimento de Inspeção
Data do início do procedimento de inspeção - Art.º 51.º do RCPITA

 Da ordem de serviço ou do despacho


que determinou o procedimento de inspecção será, no
seu início , entregue uma cópia ao sujeito passivo ou obrigado
tributário,
excepto nas situações previstas no n.º 6 do artigo 46.º do
RCPITA
 A ordem de serviço tem de ser assinada e conter a indicação
da data da notificação, a qual, para todos os efeitos,
determina o início do procedimento externo de inspecção.

Jesuíno Alcântara Martins 55


Marcha do Procedimento de Inspeção
Data do início do procedimento de inspeção - Art.º 51.º do RCPITA

 A ordem de serviço deve ser assinada

pelo técnico oficial de contas ou qualquer


empregado ou colaborador presente

caso o sujeito passivo ou obrigado tributário ou o


seu representante não se encontrem no local.

 A recusa da assinatura da ordem de serviço

não obsta ao início do procedimento de inspecção.


Jesuíno Alcântara Martins 56
RCPITA-Regime do Procedimento de Inspeção Tributáruia e Aduaneira

Notificação
Ordem de Procedimento de Inspecção Tributária externo do Relatório
Serviço Final

Início Termo
Artigo 51.º Artigo 62.º
Data do início do procedimento de Conclusão do procedimento de
inspecção inspecção
1. Da ordem de serviço ou do despacho que
1. Para conclusão do procedimento é
determinou o procedimento de inspecção será,
no início deste, entregue uma cópia ao sujeito elaborado um relatório final com vista à
passivo ou obrigado tributário, excepto nas identificação e sistematização dos factos
situações previstas no n.º 6 do artigo 46.º . detectados e sua qualificação jurídico-
tributária.
2. O sujeito passivo ou obrigado tributário ou o 2. O relatório referido no número anterior
seu representante deve assinar a ordem de deve ser notificado ao contribuinte por carta
serviço indicando a data da notificação, a qual,
registada nos 10 dias posteriores ao termo
para todos os efeitos, determina o início do
procedimento externo de inspecção. do prazo referido no n.º 4 do artigo 60.º,
considerando-se concluído o procedimento
na data da notificação.

Jesuíno Alcântara Martins


57
Marcha do Procedimento de Inspecção
Representante para as relações com a administração tributária
Artigo 52.º do RCPITA

 O sujeito passivo ou obrigado tributário

devem designar,
no início do procedimento externo de inspecção,
uma pessoa que coordenará
os seus contactos com a administração tributária
e assegurará o cumprimento das obrigações legais
nos termos do RCPITA.

Jesuíno Alcântara Martins 58


Marcha do Procedimento de Inspeção
Continuidade e suspensão dos atos
Artigo 53.º do RCPITA

 A prática dos actos de inspecção é contínua,


só podendo suspender-se
em caso de prioridades excepcionais e inadiáveis da administração
tributária reconhecidas em despacho fundamentado do dirigente do
serviço.

 A suspensão não prejudica os prazos legais de conclusão do procedimento

 Em caso de suspensão,
deve ser notificado ao sujeito passivo ou obrigado tributário o reinício do
procedimento.

Jesuíno Alcântara Martins 59


Marcha do Procedimento de Inspeção
Presença do sujeito passivo ou obrigado tributário – Art.º 54.º do RCPITA

 O sujeito passivo ou obrigado tributário,


os seus representantes legais e técnicos e revisores oficiais de contas
devem estar presentes no momento da prática de actos de inspecção externa
quando esta se efectue nas instalações ou dependências de contribuinte e a sua
presença for considerada indispensável à descoberta da verdade material.

 O sujeito passivo ou obrigado tributário pode,


sempre que o pretenda, assistir às diligências da inspecção externa desde que os
actos se realizem nas suas instalações ou dependências.

 O sujeito passivo ou obrigado tributário pode fazer-se acompanhar por um perito


especializado.

Jesuíno Alcântara Martins 60


Marcha do Procedimento de Inspeção Tributária
Recolha de elementos – Art.º 55.º do RCPITA

 A recolha de elementos
no âmbito do procedimento de inspecção
deve obedecer a critérios objectivos e conter:

 A menção e identificação dos documentos e respectivo registo


contabilístico,
com indicação do número e data do lançamento, classificação contabilística,
valor e emitente;

 A integral transcrição das declarações, com identificação das pessoas que as


profiram e as respectivas funções,
sendo as referidas declarações, quando prestadas oralmente, reduzidas a
termo.

Jesuíno Alcântara Martins 61


Marcha do Procedimento de Inspeção Tributária
Procedimento de recolha de elementos – Art.º 56 do RCPITA

 As fotocópias ou extractos
serão efectuados nas instalações ou dependências onde
se encontrarem os livros ou documentos.

 Em caso de inconveniência ou impossibilidade de efectuar


fotocópias ou extractos nos locais referidos no número anterior,
os livros ou documentos só podem ser retirados para esse efeito
por prazo não superior a setenta e duas horas, devendo ser
entregue recibo ao sujeito passivo ou obrigado tributário.
 Dos inventários e contagens físicas será lavrado o correspondente
termo.

Jesuíno Alcântara Martins 62


RCPITA - Regime Complementar do Procedimento de Inspecção Tributária e Aduaneira

• A entidade inspeccionada pode, no decurso do procedimento de


inspecção, proceder à regularização da sua situação tributária,
mesmo quando as infrações tenham sido apuradas no âmbito do
mesmo procedimento. Art.º 58.º

• A regularização, quando o sujeito passivo ou obrigado tributário a


comunique à administração tributária, é obrigatoriamente
mencionada no relatório final.

• Para efeitos do disposto no presente artigo, a situação


tributária considera-se regularizada com o cumprimento das
obrigações declarativas em falta.
Jesuino Alcântara Martins
63
RCPITA - Regime Complementar do Procedimento de Inspecção Tributária e Aduaneira

Mecanismo do Direito à Redução da Coima


Regime Geral das Infracções Tributárias - RGIT

INICIATIVA DO CONTRIBUINTE

COIMA A PAGAR DE VALOR


IGUAL A 12,5% DO MONTANTE
Pedido de pagamento até 30 dias
MÍNIMO LEGAL
a contar da prática da infracção COIMA
A COIMA A PAGAR DE VALOR
PAGAR
IGUAL A 25% DO MONTANTE
Pedido de pagamento após 30 dias
MÍNIMO LEGAL
Não
a contar da prática da infracção
existe
Fixação COIMA A PAGAR DE VALOR
da
IGUAL A 75% DO MONTANTE
Pedido de pagamento após início coima
do procedimento de inspecção MÍNIMO LEGAL
tributária e até ao seu termo

Art.ºs 29.º, 30.º e 31.º 64


Jesuíno Alcântara Martins
RCPITA

Marcha do procedimento de inspecção


Prévio Início Duração Conclusão
Cooperação Audição prévia
Carta aviso Credenciação art. 48º art. 60º
+
folheto
art. 49º e 50º Representante Nota de
Ordem serviço do S.P. diligência
ou despacho art. 52º art. 61º
+
Cartão Recolha de Relatório final
Profissional elementos art. 62º
art.46º art. 55º e 56º
51º, n.º 2
Regularização
voluntária
Jesuíno Alcântara Martins
art. 58º 65
RCPITA - Regime Complementar do Procedimento de Inspecção Tributária e Aduaneira

As fases do Procedimento de Inspecção tributária

Projecto de Relatório
Planeamento relatório Final
Actos de inspecção
DC- Único Liquidação
Carta Direito de
aviso Início Nota de audição Conclusão do
diligência Procedimento Notificação
com a
notificação do P. Pag. Voluntário
Relatório
Final
Cobrança
Durante o Procedimento de Inspecção Tributária o contribuinte Coerciva P.E.F
deve colaborar com o Inspector/Auditor Tributário com vista ao
apuramento da verdade sobre a sua situação tributária

Jesuino Alcântara Martins 66


RCPITA - Regime Complementar do Procedimento de Inspecção Tributária e Aduaneira

Durante o Procedimento de Inspecção Tributária o contribuinte deve


colaborar com o Inspector/Auditor Tributário com vista ao apuramento
da verdade sobre a sua situação tributária

Jesuino Alcântara Martins 67


RCPITA - Regime Complementar do Procedimento de Inspecção Tributária e Aduaneira

Notificação
Ordem de Procedimento de Inspecção Tributária do Relatório
Serviço Final

Início Termo
Artigo 51.º Artigo 62.º
Data do início do procedimento de Conclusão do procedimento de
inspecção inspecção
1. Da ordem de serviço ou do despacho que 1. Para conclusão do procedimento é elaborado
determinou o procedimento de inspecção será, um relatório final com vista à identificação e
no início deste, entregue uma cópia ao sujeito sistematização dos factos detectados e sua
passivo ou obrigado tributário, excepto nas qualificação jurídico-tributária.
situações previstas no n.º 6 do artigo 46.º . 2. O relatório referido no número anterior deve ser
2. O sujeito passivo ou obrigado tributário ou o seu notificado ao contribuinte por carta registada nos
representante deve assinar a ordem de serviço 10 dias posteriores ao termo do prazo referido no
indicando a data da notificação, a qual, para n.º 4 do artigo 60.º, considerando-se concluído o
todos os efeitos, determina o início do procedimento na data da notificação.
procedimento externo de inspecção.

Jesuino Alcântara Martins 68


RCPITA - Regime Complementar do Procedimento de Inspecção Tributária e Aduaneira

Artigo 46.º da LGT


O prazo de caducidade suspende-se com a notificação ao contribuinte, nos termos legais,
da ordem de serviço ou despacho no inicio da acção de inspecção externa, cessando, no
entanto, esse efeito, contando-se o prazo desde o seu inicio, caso a duração da inspecção
externa tenha ultrapassado o prazo de seis meses após a notificação, acrescido do período
em que esteja suspenso o prazo para a conclusão do procedimento de inspecção.

Prazo de caducidade: 4 anos = A + C

Início Termo
A B C

Suspensão

SUSPENSÃO: Lapso temporal em que o prazo não corre, não podendo, em


consequência, ser considerado no cômputo do prazo de caducidade

Jesuino Alcântara Martins 69


Início e prazo do procedimento de inspecção
Art.º 36.º do RCPITA

3. O prazo referido no número anterior poderá ser ampliado por mais dois
períodos de três meses, nas seguintes circunstâncias:
a) Situações tributárias de especial complexidade resultante,
nomeadamente, do volume de operações, da dispersão geográfica ou da
integração em grupos económicos nacionais ou internacionais das
entidades inspeccionadas;
b) Quando, na acção de inspecção, se apure ocultação dolosa de factos ou
rendimentos;
c) (Revogada pela Lei n.º 42/2016, de 28 de dezembro)
d) Quando seja necessário realizar novas diligências em resultado de o
sujeito passivo apresentar factos novos durante a audição prévia
e) Outros motivos de natureza excecional, mediante autorização
fundamentada do diretor-geral da Autoridade Tributária e Aduaneira.
Jesuíno Alcântara Martins 70
RCPITA - Regime Complementar do Procedimento de Inspeção Tributária e Aduaneira
Art.º 36.º Do RCPITA

5. Independentemente do disposto nos números anteriores, o prazo para conclusão do procedimento


de inspeção suspende-se quando:

a) Em processo especial de derrogação do segredo bancário, o familiar do contribuinte ou terceiro


interponha recurso com efeito suspensivo da decisão da administração tributária que determine o
acesso à informação bancária, mantendo-se a suspensão até ao trânsito em julgado da decisão em
tribunal;

b) Em caso de oposição às diligências de inspeção pelo sujeito passivo com fundamento em segredo
profissional ou qualquer outro dever de sigilo legalmente regulado, seja solicitada autorização judicial
ao tribunal da comarca competente, mantendo-se a suspensão até ao trânsito em julgado da
decisão;

c) Seja instaurado processo de inquérito criminal sem que seja feita a liquidação dos impostos em
dívida, mantendo-se a suspensão até ao arquivamento ou trânsito em julgado da sentença.

d) A administração tributária tenha necessidade de recorrer aos instrumentos de assistência mútua e


cooperação administrativa internacional, mantendo-se a suspensão pelo prazo de 12 meses.

Jesuíno Alcântara Martins


71
RCPITA - Regime Complementar do Procedimento de Inspecção Tributária e Aduaneira

A relação jurídica constitui-se com o facto


tributário.
Período de Tributação: 2014
Facto tributário: 31.12.2014
IRS/IRC/IMI
Procedimento
Início do Prazo de Caducidade: 01.01.2015 de Inspecção
Tributária
01.01.2015
PIT

31.12.2018

Duração do PIT: 6 c)
meses Suspensão: 4 meses

Hipótese c): Desde o início do PIT


e até à sua conclusão decorreram
10 meses

Hipótese d): Desde o início do PIT


e até à sua conclusão decorreram
d) Suspensão: 12 meses
18 meses

Jesuino Alcântara Martins 72


RCPITA - Regime Complementar do Procedimento de Inspecção Tributária e Aduaneira

A relação jurídica constitui-se com o Procedimento de


facto tributário.
Inspecção Tributária
Período de Tributação: 2014 PIT
Facto tributário: 31.12.2014
IRS/IRC/IMI com

Início do Prazo de Caducidade: 01.01.2015 Suspensão do PIT nos


termos previstos no
n.º 5 do artigo 36.º do
01.01.2015 31.12.2018
RCPITA

Hipótese c): o prazo de caducidade termina em 30.10.2019

Hipótese d): o prazo de caducidade termina em 30.06.2020

O prazo de caducidade não recomeça a contar enquanto não terminar o prazo do PIT,
sendo que este no seu cômputo não pode ultrapassar os 6 meses. Para os 6 meses
apenas é relevante o segmento decorrido antes e após a suspensão do PIT.

Jesuino Alcântara Martins 73


RCPITA - Regime Complementar do Procedimento de Inspecção Tributária e Aduaneira

Período de Tributação: 2014

Facto tributário: 31.12.2014


IRS/IRC/IMI

Início do Prazo de Caducidade: 01.01.2015

Suspensão do prazo de
caducidade
01.01.2015

31.12.2018
Procedimento de B
Inspecção Tributária
PIT
A

Suspensão do prazo do PIT nos termos


Duração efectiva do PIT = A + B = 6 meses do n.º 5 do artigo 36.º do RCPITA

Jesuino Alcântara Martins 74


RCPITA - Regime Complementar do Procedimento de Inspecção Tributária e Aduaneira

A relação jurídica constitui-se com o


facto tributário.

Período de Tributação: 2014

Facto tributário: 31.12.2014 Procedimento de


IRS/IRC/IMI
Inspecção
Início do Prazo de Caducidade: 01.01.2015 Tributária

01.01.2015
PIT

31.12.2018
Duração do PIT: 6 meses c)
Suspensão: 4 meses

Hipótese c): Desde o início do PIT e até à


sua conclusão decorreram 10 meses

Hipótese d): Desde o início do PIT e até à Suspensão: 12 meses


d)
sua conclusão decorreram 18 meses

Jesuino Alcântara Martins 75


RCPITA - Regime Complementar do Procedimento de Inspecção Tributária e Aduaneira

A relação jurídica constitui-se com o facto tributário.


Procedimento de
Período de Tributação: 2014 Inspecção

Facto tributário: 31.12.2014 Tributária


IRS/IRC/IMI PIT

Início do Prazo de Caducidade: 01.01.2015 com

Suspensão do PIT

01.01.2015 31.12.2018
nos termos
previstos no n.º 5
Hipótese c): o prazo de caducidade termina em 30.10.2019 do artigo 36.º do

Hipótese d): o prazo de caducidade termina em 30.06.2020 RCPITA

O prazo de caducidade não recomeça a contar enquanto não terminar o prazo do PIT,
sendo que este no seu cômputo não pode ultrapassar os 6 meses. Para os 6 meses
apenas é relevante o segmento decorrido antes e após a suspensão do PIT.

Jesuino Alcântara Martins


76
PROCEDIMENTO DE INSPECÇÃO TRIBUTÁRIA

Fontes de Fontes de
Informação Informação PROVA PROVA

SISTEMAS SISTEMAS DE
TRADICIONAIS DE PROCESSAMENTO AUTO
DOCUMENTAL
REGISTOS ELECTRÓNICO DE DE
CONTABILÍSTICOS DADOS DECLARAÇÕES

Procedimento de Inspecção Tributária

Art.º 123.º CIRC – OBRIGAÇÕES CONTABILÍSTICAS

Microfilmagem de documentos

Ficheiro SAF-T-PT

Certificação de Software de facturação

Dossier Fiscal
77
Jesuino Alcântara Martins
RCPITA - Regime Complementar do Procedimento de Inspecção Tributária e Aduaneira

As fases do Procedimento de Inspecção tributária

Nota de
diligência

Projecto de Relatório Liquidação


Planeamento relatório Final
Actos de inspecção Notificação
DC- Único
Carta Direito
Início Nota de Conclusão do P. Pag. Voluntário
aviso de
diligência audição Procedimento
com a notificação Cobrança
do Relatório Final Coerciva P.E.F
Sistemas de avaliação da matéria tributável

• Reclamação graciosa
Avaliação directa da MT Correcções meramente aritméticas Liquidação
• Impugnação judicial

Pedido revisão da MT – Art.º 91.º LGT


Avaliação indirecta da MT Decisão de Fixação
Recurso judicial – Art.º 146.º- B CPPT

Jesuino Alcântara Martins 78


RCPITA - Regime Complementar do Procedimento de Inspecção Tributária e Aduaneira

• SISTEMAS DE AVALIAÇÃO INDIRECTA


M-1 Regime simplificado de tributação

METODOLOGIAS M-2 Al. b) e e) do n.º 1 do art.º 87.º da LGT

M-3 Al. d) e f) do n.º 1 do art.º 87.º da LGT

COMPETÊNCIA PARA FIXAR A MATÉRIA MEIOS DE DEFESA


TRIBUTÁVEL Pedido de Revisão da Matéria tributável

Art.ºs 91.º a 93.º da LGT


DIRECTOR DE FINANÇAS M-2

M-2 M-3 Recurso Judicial


Art.º 146.º-B do CPPT M-3
Pode delegar Não pode delegar

Jesuino Alcântara Martins 79


Marcha do Procedimento de Inspeção
Audição prévia – Art.º 60.º RCPITA

1. Caso os atos de inspeção possam originar atos tributários ou em matéria


tributária desfavoráveis à entidade inspecionada, esta deve ser notificada do
projeto de conclusões do relatório, com a identificação desses atos e a sua
fundamentação.
2. A notificação deve fixar um prazo entre 15 e 25 dias para a entidade
inspecionada se pronunciar sobre o referido projeto de conclusões, devendo o
prazo, no caso de incluir a aplicação da cláusula geral antiabuso constante do n.º
2 do artigo 38.º da Lei Geral Tributária, ser de 30 dias.
3. A entidade inspeccionada pode pronunciar-se por escrito ou oralmente, sendo
neste caso as suas declarações reduzidas a termo.
4. No prazo de 10 dias após a prestação das declarações referidas no número
anterior será elaborado o relatório definitivo.

Jesuíno Alcântara Martins 80


Marcha do Procedimento de Inspeção
Conclusão dos atos – Art.º 61.º RCPITA

 Os actos de inspecção

consideram-se concluídos na data de notificação da nota de diligência

emitida pelo funcionário incumbido do procedimento.

 Nos casos referidos nas alíneas a) e c) do n.º 4 do artigo 46.º, a nota de


diligência indicará obrigatoriamente as tarefas realizadas.

 Caso exista audição prévia nos termos do artigo 60.º, a notificação da nota
de diligência é efetuada após a análise e verificação dos factos invocados
pelo sujeito passivo.

Jesuíno Alcântara Martins


81
Marcha do Procedimento de Inspeção
Conclusão do procedimento de inspeção – Art.º 62.º do RCPITA

 Para conclusão do procedimento é elaborado um


relatório final com vista à identificação e sistematização
dos factos detectados e sua qualificação jurídico-
tributária.

 O relatório final deve ser notificado ao contribuinte por


carta registada nos 10 dias posteriores ao termo do
prazo referido no n.º 4 do artigo 60.º, considerando-se
concluído o procedimento na data da notificação.
Jesuíno Alcântara Martins 82
Prazos Procedimentos Forma da notificação
Pré-aviso do início Carta aviso +
5 dias Folheto informativo
Início da inspecção Ordem de serviço
(credenciação funcionários) ou despacho
inspecção Suspensão da acção
Actos de

Notificação aquando
Procedimentos de inspecção

c/ despacho fundamentado do seu reinicio


Prorrogação da acção Notificação c/ data
+ 2 períodos de 3 meses previsível de conclusão
6 MESES

Conclusão da acção Notificação do


10 dias Projecto de relatório
Elaboração do
15 Projecto de relatório
dias Declaração do S.P.
Direito de audição (escrita ou oral)
10 dias
Elaboração do relatório final Nota de diligência
10 dias
Pareceres / sancionamento Notificação do
do relatório relatório ao S.P.
30 dias
Pedido de revisão dos M.I. Apresentação do pedido
revisão pelo S.P.
Jesuíno Alcântara Martins
83
Conclusão da acção Inspectiva externa
Projecto de Relatório
Direcção de Finanças Notificação
15 dias
Art.º 60.º do RCPITA e da LGT)
UGC
Direito de Mét. Indirectos
quando inclua
Correcções Técnicas Relatório Final Audição
Correcções Técnicas
ou só Mét. Indirectos

Direcção de Finanças UGC Direcção de Finanças


Não
Apreciação do
Sim Notificação do Relatório
Direito de
Notificação Audição Art.º 61.º, n.º 2 do RCPITA
Art.º 61.º, n.º 2 do RCPITA
c/ menção de que a e simultaneamente dos prazos para a
liquidação será efectuada à RELATÓRIO apresentação do Pedido de
posteriori.
Revisão nos termos do
FINAL
Art.º 91.º da LGT
Jesuíno Alcântara Martins 84
Marcha do Procedimento de Inspecção
Fundamentação da decisão – Art.º 63.º do RCPITA

 Os actos tributários ou em matéria tributária


que resultem do relatório poderão fundamentar-se
nas suas conclusões,
através da adesão ou concordância com estas, devendo em todos os casos
a entidade competente para a sua prática fundamentar a divergência face
às conclusões do relatório.

 Aos serviços intervenientes no procedimento de inspecção serão


obrigatoriamente comunicados os actos tributários ou em matéria
tributária
que resultem do relatório, bem como a sua revisão em virtude de petição,
reclamação ou recurso de qualquer natureza.
Jesuíno Alcântara Martins
85
Informação sobre operações realizadas com contingência fiscal
Art.º 63.º-A do RCPITA

 Para conclusão do procedimento de informação sobre operações


realizadas com contingência fiscal a que se refere o n.º 3 do artigo
12.º, é igualmente elaborado um relatório final com a identificação
das operações e a sua qualificação jurídico tributária.

 O relatório referido no número anterior deve ser notificado ao


contribuinte por carta registada, no prazo máximo de 90 dias a
contar da data de entrada do pedido de informação.

 Não pode ser efetuada qualquer correção da matéria tributável,


liquidação de imposto ou aplicação de penalidade, com base no
relatório.
86
Marcha do Procedimento de Inspecção
Eficácia vinculativa do relatório – Art.º 64.º do RCPITA

 Sem prejuízo do regime especial de inspecção tributária por


iniciativa dos sujeitos passivos,
os sujeitos passivos ou obrigados tributários podem,
por razões de certeza e segurança,
solicitar ao director-geral que sancione as conclusões do relatório
da inspecção.

 O pedido de sancionamento
poderá ser efectuado no prazo de 30 dias após a notificação das
conclusões do relatório e identificará as matérias sobre as quais o
requerente pretenda que recaia sancionamento.
Jesuíno Alcântara Martins
87
RCPITA - Regime Complementar do Procedimento de Inspecção Tributária e Aduaneira

• Fiscalização tributária a solicitação do sujeito passivo


1. Em caso de fiscalização tributária por solicitação do sujeito passivo,
nos termos de lei especial e sem prejuízo das disposições desta, não
podem ser praticados posteriormente à notificação das suas
conclusões ao contribuinte novos actos tributários de liquidação
com fundamento em factos ocorridos no período compreendido na
referida acção e incluídos no seu objecto. Art.º 47.º da LGT

2. A fiscalização referida no número anterior poderá, com autorização


expressa do sujeito passivo, ser requerida por terceiro que
demonstre nela ter igualmente interesse legítimo.

Jesuino Alcântara Martins


88
Inspecção tributária por solicitação do sujeito passivo

• O Decreto-Lei n.º 6/99 regula

o sistema de inspecção tributária por iniciativa do sujeito passivo ou de


terceiro,

estabelecendo o seu âmbito, condições de acesso e efeitos.

 Esta inspecção tributária

visa a definição da situação tributária dos sujeitos passivos que disponham de


contabilidade organizada, com o âmbito e extensão que forem solicitados à
administração tributária.

 Em tudo o que não estiver regulado no Decreto-Lei n.º 6/99, de 8 de Janeiro, as

acções de fiscalização nele reguladas seguem o regime geral.

Jesuíno Alcântara Martins 89


Acção de inspecção a pedido do contribuinte ou de terceiro

REQUERIMENTO DIRECTOR-GERAL DA AT

CONTRIBUINTE • DEFINIÇÃO DA SITUAÇÃO TRIBUTÁRIA


• CONTABILIDADE ORGANIZADA
TERCEIRO

• CARECE DE AUTORIZAÇÃO DO CONTRIBUINTE


• INVOCAR INTERESSE LEGÍTIMO

APRECIAÇÃO EM 30 DIAS
• ÂMBITO
ANALISE DO INTERESSE LEGÍTIMO INVOCADO
• EXTENSÃO
INÍCIO DA INSPECÇÃO EM 60 DIAS
A AUTORIZAÇÃO PODE SER REVOGADA
Pagamento de TAXA
Portaria n.º 923/99, A EFICÁCIA VINCULATIVA PODE DEPENDER DO SIGILO

de 20 de Outubro BANCÁRIO

Jesuíno Alcântara Martins 90


RCPITA - Regime Complementar do Procedimento de Inspecção Tributária e Aduaneira

MUITO OBRIGADO PELA

VOSSA ATENÇÃO

Jesuíno Alcântara Martins


jesuinoamartins@gmail.com

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