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“Do Procedimento Tributário”

Osvaldo Daniel Capeça


Procedimento Administrativo - Conceito

Cód. Proc. Tributário(Lei n.º 31/22) Código Geral Tributário(Lei n.º 21/20)*

É a sucessão ordenada de actos e O procedimento tributário compreende toda a


formalidades com vista a formação e sucessão de actos dirigidos à declaração de
manifestação da vontade dos órgãos de direitos tributários.
Administração Pública.

A Administração Tributária manifesta a sua vontade, em regra, sob a forma de Acto Tributário

*Legenda: Alterações introduzidas pela Lei n.º 21/20, de 9 de Julho.


Procedimento Administrativo
Lei n.º 21/14 e Lei n.º 31/22

Princípios Gerais Descrição


▪ Na sua actuação, os órgãos da Administração devem observar estritamente a lei e o direito, nos limites e com os fins para que lhe
Princípio da legalidade forem conferidos poderes (art.º 4.º CGT e art.º 14.º Lei n.º 31/22)
▪ Os actos da Administração se contrários á lei, devem ser considerados inválidos passando os contribuintes a dispor de meios
graciosos ou judiciais aptos a controlar a legalidade das decisões tomadas.

Princípio da Prossecução do ▪ Aos órgãos da Administração compete prosseguir o interesse público, no respeito pelos direitos e interesses legalmente protegidos
interesse público dos cidadãos (art.º 79.º CGT e art.º 16.º Lei n.º 31/22)

▪ Consubstancia a adequação de meios aos fins a prosseguir, baseado no entendimento de que o cidadão tem direito à menor
Princípio da desvantagem possível. (art.º 18.º Lei n.º 31/22)
Proporcionalidade ▪ Os actos a adoptar no procedimento são os adequados aos objectivos a atingir o que obriga a administração a abster-se de impor
aos contribuintes, obrigações que sejam desnecessárias á satisfação dos fins que visa prosseguir.

▪ A Administração, no exercício da sua actividade, deve tratar de forma justa e imparcial todos os que com ela entrem em relação.
Princípio da Imparcialidade ▪ Pressupõe uma actuação imparcial, isenta por parte da administração. (art.º 19.º Lei n.º 31/22)

▪No desempenho das suas funções, os órgãos da Administração devem actuar em estreita colaboração com os particulares,
cabendo-lhes: (art.º 84º do CGT e art.º 21.º Lei n.º 31/22)
Princípio da Colaboração – Prestar informações e esclarecimentos;
– Receber sugestões e informações;
▪Conduz a um aumento dos níveis de confiança entre as partes e a um aumento da eficácia da actividade tributária.

Legenda: Alterações introduzidas pela Lei n.º 21/20, de 9 de Julho.


Procedimento Administrativo
Lei n.º 21/14 e 31/22

Princípios Gerais Descrição

Princípio da Decisão ▪ A Administração está obrigada a pronunciar-se dos cidadãos sobre todas as questões que lhe forem colocadas. (art.º 80.º CGT e
art.º 23.º Lei n.º 31/22)

Princípio do Inquisitório ▪ A Administração não se basta com os elementos apresentados pelo contribuinte. Deve fazer diligências para a descoberta da
ou Descoberta da Verdade verdade material. (art.º 83.º CGT)
Material

Princípio do acesso à Justiça ▪ É garantido aos particulares o acesso à justiça administrativa na perspectiva de fiscalização contenciosa dos actos da
administração, para a tutela dos seus direitos ou interesses. (art.º 28.º Lei n.º 31/22)
Procedimento Tributário - Tipos
Art.º n.º 76.º do CGT

Para além de outros, a lei prevê os seguintes tipos de procedimentos tributários:

1. Procedimento para o apuramento dos 7. Procedimento de Inspecção Tributária;


juros; 8. Procedimento de Cobrança;
2. Procedimento para Informação 9. Procedimento de Pagamento em
Vinculativa; Prestações;
3. Procedimento de Notificação; 10. Procedimento de Compensação ou
4. Procedimento de Determinação da Tipos de Restituição de Imposto;
Matéria Tributável; procedimentos 11. Procedimento de Reclamação
5. Procedimento para Revisão da (art.º 76.º do Administrativa;
Liquidação; CGT)
12. Procedimento de Recurso Hierárquico;
6. Procedimento para o Reconhecimento 13. Procedimento de Transgressão Tributária;
e Manutenção dos Benefícios Fiscais;
Procedimento Tributário – Inspecção/Fiscalização - Fins
Art.º 141.º do CGT,

Observação Prevenção Repressão


Visa a descoberta dos factos tributários e a Propõe-se a evitar todo e qualquer acto que Destina-se a realizar os actos necessários para
vigilância da conduta dos obrigados fiscais. impliquem a violação da lei, orientando, que os infractores sofram as penas
esclarecendo e informando sobre os elementos estabelecidas na lei.
geradores de violações.

Limites
- A Regra é que haja apenas um procedimento inspectivo.
Procedimento Tributário – Poderes de Inspecção/Fiscalização
Art.º 143.º do CGT,

Solicitar a colaboração necessária de


Aceder, consultar e testar os sistemas electrónicos e quaisquer entidades públicas que vise o
informáticos do contribuinte, incluindo a apuramento da situação tributária dos
documentação a documentação sobre a sua contribuintes ou de terceiros com quem
análise, programação e execução. tenha relações acessórias

Inspecção
Tributária
Determinar a apreensão dos elementos
probatórios das infracções fiscais por si Requisitar documentos das Conservatórias,
detectadas. Notários e de outras entidades públicas e
afins

Aceder, consultar e testar os sistemas electrónicos e


informáticos do contribuinte, incluindo a
documentação a documentação sobre a sua análise,
programação e execução.
Procedimento Tributário – Determinação da Matéria Tributável
Art.º 103.º e 104.º do CGT

• Apresentação da Declaração;
Nos casos de autoliquidação;
Pelo Sujeito passivo*
• Retenção na fonte;
• Pagamentos por conta.

• Através dos elementos da escrita contábil dos contribuintes;


Pelo Sujeito activo • A matéria tributável é determinada com base no método directo, nos elementos
declarados pelo contribuinte.

• Nos modernos sistemas fiscais quase todos os impostos são de autoliquidação devido ao fenómeno da privatização do procedimento de liquidação.*
Procedimento Tributário – Métodos de Determinação da Matéria Tributável (Continuação)
N.º 1 e 2 do 106.º do CGT,

• A matéria colectável é determinada com base no método directo, com base nos elementos declarados pelo contribuinte.
Método Directo nos termos previstos pela lei.

• Visa a determinação do valor dos rendimentos ou bens tributáveis a partir de:


Método Indirecto - Indícios;
- Presunções;
- Ou outros elementos de que a Administração geral tributária disponha, tendo por base critérios objectivos.

• Nos modernos sistemas fiscais quase todos os impostos são de autoliquidação devido ao fenómeno da privatização do procedimento de liquidação.*
Procedimento Tributário – Transgressão
Artigos 158º. e 159.º do CGT

Aplicação das penas

• As multas por transgressões tributárias são aplicadas em processo de transgressão fiscal, quando não devam ser aplicadas pelo Tribunal ou ser pagas
anteriormente à sua instauração.

• As multas resultantes do não pagamento do tributo são cobradas no próprio procedimento de liquidação e cobrança, não carecendo da instauração do
processo de transgressão.

Base do processo de aplicação da pena

O processo de aplicação da pena tem por base: 1.Auto de


transgressão

2.Participação e 3.Confissão pelo


Denúncia infractor

Legenda: Alterações introduzidas pela Lei n.º 21/20, de 9 de Julho.


Procedimento Tributário – O auto de Transgressão
Artigos 158º. e 159.º do CGT

Quando, no exercício das suas funções, o agente da AT verificar pessoalmente a prática de uma infracção tributária, independentemente de ser crime ou transgressão,
deve lavrar um auto de transgressão que remete à Repartição Fiscal (“RF”) competente.

1. A identificação do autuado e do 6. A referência às disposições legais


responsável solidário ou subsidiário, que prevêem a infracção e
com menção do nome, morada, cominam a respectiva sanção;
profissão ou actividade e outros 7. A indicação das testemunhas que
elementos de identificação possam depor sobre a infracção;
necessários;
8. A assinatura do autuado e, na sua
2. O lugar em que se praticou a Sempre que falta, a justificação desta, mediante
infracção e o lugar em que foi possível, o auto assinatura de duas testemunhas;
verificada; de transgressão 9. A assinatura do actuante;
3. O dia e a hora em que a infracção foi deve conter:
verificada; 10. Quaisquer outros elementos exigidos
por Lei ou que, por sua natureza
4. A descrição dos factos concretos possam interessar.
constitutivos da infracção;
5. Indicação das circunstâncias que
possam influir na determinação da
pena a aplicar;

Legenda: Alterações introduzidas pela Lei n.º 21/20, de 9 de Julho.


Procedimento para Apuramento dos Juros
Art. ºs 51.º, 52.º e 53.º do CGT

Juros de Mora (art.º 52.º CGT).

Juros Compensatórios (art.º 51.º do CG).


Procedimento para
Apuramento dos Juros

Juros Indemnizatórios (art.º 53.º do CGT).


Procedimento Tributário – Notificação
Art.º 93.º do CGT

A eficácia dos actos tributários ou actos em matéria tributária depende da sua notificação
“pessoal” aos interessados …

Pessoal Edital Carta Registada

• Quando a notificação é feita na


• A notificação por edital é uma • A notificação por carta registada com
pessoa do respectivo mandato, quer
medida excepcional, que somente aviso de recepção considera-se
seja ele administrativo ou judicial.
pode ser realizada quando forem perfeita desde que dirigida ao
infrutíferas as tentativas ordinárias fazer domicílio do notificando, ainda que o
saber as decisões administrativas aos aviso não tenha sido assinado por
interessados, sob pena de este, e considera-se feita no dia em
cerceamento de defesa e ofensa ao que foi assinado o aviso de recepção.
contraditório, corolários constitucionais
do princípio do devido processo legal.
Procedimento Tributário – Reclamação
Art.º 107.º do CGT,

Fundamentos da Reclamação Fundamentação de Decisão

Tipologia
▪ Trata-se de uma exigência que tem de ser
De facto e de Direito entendida de acordo com a funcionalidade e
Expressa
▪ Errónea qualificação e objectivos prosseguidos.
quantificação dos rendimentos,
lucros patrimoniais e outros factos ▪ As razões de facto e de Direito não podem ser
tributários confusas, dubitativas ou ambíguas, sob pena de
não se dar a entender ou a conhecer o que
▪ Ilegalidade do Recurso à avaliação Clara
determinou o técnico a praticar o acto ou escolher
Indirecta da MT. o seu conteúdo.

▪ Incompetência
▪ O conteúdo tem de ter uma relação lógica com os
▪ Ausência ou vício da Congruente fundamentos invocados.
fundamentação legalmente
exigida
▪ Trata-se de um conceito qualitativo e não
▪ Preterição de outras formalidades quantitativo, sendo que o mais importante é tornar
legais Suficiente claros os pressupostos tidos em conta pelo autor do
acto.

Legenda: Alterações introduzidas pela Lei n.º 21/20, de 9 de Julho.


Procedimento Tributário – Revisão da Liquidação
art.º 124.º e n. 2 do art.º 125.º e art.º 127.º do CGT,

A favor da administração A favor do contribuinte

• Quando se verificar que, na liquidação • Sem prejuízo do prazo geral de


oficiosa, se cometeram erros de facto ou caducidade do direito de liquidação
de direito, ou houve quaiquer omissões previsto no n.º 1 do art,º 62.º do CGT, a
de que resultou prejuízo para o Estado, a matéria colectável apurada nos termos
Repartição Fiscal competente ou serviço da presente secção só pode ser revista
local equiparado competente deve por determinação do órgão máximo da
repará-lo mediante liquidação adicional, AGT quando, em face dos elementos ao
mas sempre com observância no prazo seu dispor, se verifique ter havido erro de
de caducidade. que tenha resultado prejuízo efectivo
para o Estado ou para o contribuinte, no
montante ao salário anual mais baixo da
função pública.
Procedimento Tributário – Revisão da Liquidação
Artigos 114.º, 125.º e 127.º do CGT

Fundamento Forma Prazo

• Constatação de existência de erros ou • 5 anos


A favor da
administração omissões que resulte prejuízo para o
tributária estado

Revisão por • Existência de erro imputável aos serviços • Anulação • 5 anos a todo o
iniciativa da na liquidação. oficiosa tempo se estiver
Administração pendente
Tributária • Indicação de valores superiores aos que processo de
A favor do resultam da correcta aplicação das execução fiscal
contribuinte normas de determinação de matéria
colectável.

• A reclamação administrativa pode ser • Reclamação • 15 dias


apresentada com fundamento em administrativa
qualquer ilegalidade.

Revisão por iniciativa • Não é admissível reclamação na


do contribuinte pendência de acção judicial com o
mesmo procedimento.

Legenda: Alterações introduzidas pela Lei n.º 21/20, de 9 de Julho.


Procedimento Tributário – Cobrança
N.º 3 do Art.º 136 e segts.º do CGT,

Os prazos de pagamento voluntário constam dos códigos e Leis Tributárias específicas de cada
imposto…

Pagamento voluntário Pagamento espontâneo Pagamento Coercivo

Ocorre quando o contribuinte não


Aquele que ocorre nos prazos paga o imposto no prazo de
previstos na lei e nos códigos Aquele que se realiza por
pagamento voluntário, e tem lugar
tributários. iniciativa da acção do infractor através do processo de execução
fiscal.
Procedimento Tributário – Pagamento em Prestações
Art.º 136 e segts.º do CGT,

Formas de cobrança Descrição

▪ As dívidas tributárias podem ser pagas em prestações mediante requerimento do devedor.


Pagamento
em prestações

▪ Quando o requerimento for deduzido, nos termos dos números seguintes do presente artigo,
até 5 dias após o prazo de pagamento voluntário ou em data constante da notificação;

▪ Quando o requerimento for deduzido fora do prazo (5 dias), no prazo de oposição à


Requisitos execução prevista no CEF.

▪ O pedido de pagamento a prestações é apresentado junto do Chefe da Repartição Fiscal


competente que o deve conceder sempre que o contribuinte não pode solver de uma só
vez a dívida tributária, em virtudes de graves dificuldades económicas.

Consoante o grau de dificuldades económicas do contribuinte e o montante da obrigação, as prestações, que devem ser
obrigatoriamente mensais, podem ser fixadas entre o limite máximo de 24 ( Vinte e Quatro), não podendo qualquer delas ser
inferior a Akz 10.000 (Dez Mil Kwanzas), integrando cada prestação um título de cobrança autónomo.

Legenda: Alterações introduzidas pela Lei n.º 21/20, de 9 de Julho.


Procedimento Tributário – Reclamação (Fundamentação)
Art.º 107 e segts.º do CGT,

Objectivo Descrição

Pacificação O contribuinte, se conhecedor dos motivos do acto praticado pela AT, pode
convencer-se da sua justeza e aceitá-lo.

Se não concordar com o acto, pode utilizar os meios de defesa administrativos e


Defesa do contribuinte contenciosos que a lei coloca ao seu dispor.

Autocontrolo da própria Ao fundamentar o acto praticado está, implicitamente, a fiscalizar-se a si própria, na


Administração medida em que tem de reflectir e ponderar acerca dos motivos que originaram o acto.

Clarificação e prova A fundamentação permite clarificar e explicitar os motivos do acto praticado.

As decisões da Administração bem fundamentadas, permitem aos contribuintes aceitar melhor as razões que as
determinaram e conduzirão a uma diminuição do contencioso entre os sujeitos da relação jurídica tributária.

Legenda: Alterações introduzidas pela Lei n.º 21/20, de 9 de Julho.


Procedimento Tributário – Compensação ou Restituição de Créditos
Art.º 58.º do CGT,

Formas de extinção Descrição

▪ A obrigação tributária pode extinguir-se por compensação total ou parcial, com crédito do
crédito do contribuinte, relativamente a qualquer tributo, desde que reconhecido pela
Administração Tributária.

▪ A compensação de imposto antes da instauração do processo de execução fiscal


depende do pedido formulado do contribuinte.
COMPENSAÇÃO
▪ A compensação pode ainda ser requerida pelo contribuinte até o termo do prazo de
oposição em processo de execução fiscal.

▪ Em processo de execução fiscal, a compensação pode ser efectuada oficiosamente pela


AT a partir do termo do prazo de impugnação judicial do acto de liquidação do tributo,
saldo quando, nos termos do CGT, houver sido reconhecido efeito suspensivo à reclamação
administrativa ou impugnação judicial que, à essa data tiverem sido apresentadas.

A Compensação de créditos tributários por dívidas não tributárias apenas é admissível, nos casos e nos termos expressamente
previstos por lei. (art.º 59.º do CGT).

Legenda: Alterações introduzidas pela Lei n.º 21/20, de 9 de Julho.


Procedimento Tributário – Recurso Hierárquico
Art.º 133.º do CGT,

Recurso 30 dias após notificação da decisão/reclamação


Hierárquico

Recurso

Decisão

Legenda: Alterações introduzidas pela Lei n.º 21/20, de 9 de Julho.


Procedimento Tributário – Recurso Hierárquico
Art.º 133.º do CGT,
Prazo
Petição
30 dias a contar da notificação da decisão

Petição dirigida
ao mais elevado
superior hierárquico

Instauração do processo
(RF)

Efeito devolutivo
Processo sobe
acompanhado de
informação e despacho Natureza facultativa
da reclamação

O autor do acto recorrido pode


revogá-lo total ou parcialmente
Órgão de decisão (PCA)
analisa petição

Se indeferido Contribuinte pode


Decisão impugnar

Se deferido
Fim do processo

Legenda: Alterações introduzidas pela Lei n.º 21/20, de 9 de Julho.


Procedimento Tributário – Informação Vinculativa
Art.º 102.º do CGT

É toda aquela que nos termos do presente código e demais legislação


vincula a Administração Geral Tributária;

Informação sobre a concreta situação Tributária do Contribuinte


- Os Pressupostos dos Benefícios Fiscais quando solicitado por escrito
- Deve ser prestada pelo Órgão com competência;

A Administração Tributária não deve proceder de forma diferente em


relação ao objecto do pedido;

• A Informação Vinculativa não abrange factos já concretizados no


momento da apresentação do pedido.

O Prazo para resposta: 30 (Trinta) dias, prorrogáveis.


Procedimento Tributário – Informação Vinculativa(Continuação)
Art.º 102.º do CGT

Nota: o procedimento de Informação vinculativa não está sujeito à Reclamação Administrativa, Recurso Hierárquico
ou Impugnação Judicial;

Só pode ser revogada um ano após a sua notificação ao contribuinte.

O Prazo para resposta: 30 (Trinta) dias, prorrogáveis.


Procedimento Tributário – Reconhecimento e Manutenção dos Benefícios Fiscais -Tipos
Art.º 131.º e132.º do CGT,

Automáticos

• Não está dependente de qualquer autorização, limitando a administração tributária apenas a proceder ao seu
reconhecimento.

Não automáticos

• Está dependente de requerimento dos interessados a apresentar nos serviços tributários competentes para
proceder a liquidação;
– O requerimento deve ser acompanhado da prova do benefício fiscal cujo reconhecimento se pretende.
– O requerimento deverá ser apresentado até ao momento da ocorrência do facto tributário, sob pena de não ser
reconhecido o benefício.
Procedimento Tributário – Reconhecimento e Manutenção dos Benefícios Fiscais - Tipos (Continuação)
Art.º 131.º e 132.º do CGT,

Automáticos

• Não está dependente de qualquer autorização, limitando a administração tributária apenas a proceder ao seu
reconhecimento.

Não automáticos

• A manutenção dos benéficos fiscais não automáticos, reconhecidos nos termos do artigo 131.º depende da
submissão à Administração Tributária, dentro do prazo geral do direito de liquidação, dos elementos necessários ao
controlo dos seus pressupostos;
– O contribuinte está obrigado a comunicar à Administração Tributária, no prazo de 30 dias, a cessação dos
pressupostos dos benefícios fiscais a que tem direito ;
– A falta de cumprimento da obrigação prevista no número anterior, sujeita o contribuinte ao pagamento do imposto
devido, acrescido de multa equivalente ao valor que estaria obrigado a pagar se tivesse comunicado a cessação
dos pressupostos do benefício fiscal.
Procedimento Tributário – Primeiro grau.
Artigos 158º. e 159.º do CGT

É o procedimento tendente à prática de um acto primário. A fase do procedimento decisório de 1.º grau à luz do actual Direito angolano são seis, a saber;

É a fase em que se dá início ao procedimento, o qual pode ser desencadeado pela Administração ou por um particular interessado,
Fase incial à luz do artigo 81.º CGT. Se for a Administração a iniciar o procedimento, deverá comunicá-lo às pessoas cujos direitos e interesses
legítimos possam ser lesados no decurso do procedimento.

Fase de Destina-se a averiguar os factos que interessem à decisão final e, nomeadamente, a recolher as provas que se mostrarem
Instrução necessárias. Trata-se de uma fase largamente dominada pelo princípio do inquisitório [artigo 83.º CGT].

Fase de
Trata-se da fase na qual é assegurado aos interessados num procedimento o direito de participarem na formação das decisões que
audiência dos
lhes digam respeito e apenas pode ser dispensada nos termos que constam no artigo 85º CGT.
Decisórios interessados
ou 1.º Grau
Fase de Esta é a fase em que a Administração pondera adequadamente o quadro traçado na fase inicial, a prova recolhida na fase de
preparação da instrução, e os argumentos aduzidos pelos particulares na fase da audiência dos interessados O órgão decisório pode ordenar novas
decisão diligências e solicitar novos pareceres se considerar insuficiente a instrução.

O procedimento encaminhou-se para o seu fim principal, a decisão. E termina com ela, ou com qualquer outro dos factos previstos
Fase da decisão no CGT [artigo 80.º], conjugado com o art.º 9 do Dec. Lei 16-A/95, Salvo se outra coisa resultar da lei ou da natureza das relações a
estabelecer, o procedimento pode terminar com a prática de um ato administrativo ou pela celebração de um contrato.

Fase É aquela em que são praticados certos actos e formalidades posteriores à decisão final do procedimento: registos, arquivamento de
Complementar documentos, visto do Tribunal de Contas, publicação no Diário da República ou noutro jornal oficial, etc.

Legenda: Alterações introduzidas pela Lei n.º 21/20, de 9 de Julho.


Procedimento Tributário – Segundo Grau
Artigos 158º. e 159.º do CGT

São aqueles em que o interessado, após um acto administrativo já praticado, são admitidos por lei a impugná-lo, tendo em vista a sua modificação ou mesmo a sua
revogação;

Reclamação da matéria colectável

Decisórios Reclamações administrativas


ou 2.º Grau

Recurso Hieráquico

Legenda: Alterações introduzidas pela Lei n.º 21/20, de 9 de Julho.


Procedimento Tributário – Segundo Grau
Artigos 158º. e 159.º do CGT

Comum Especial

• Todo procedimento aplicado á situações para as • As Aplicado á situações que não se enquadram
quais a Lei não previu forma especial. na forma comum.

Legenda: Alterações introduzidas pela Lei n.º 21/20, de 9 de Julho.


Procedimento comum e especial
Artigos 158º. e 159.º do CGT

São as punições aos que transgridem normas administrativas, internas e externas, como do servidor
público (advertência, suspensão, demissão) ou ao indivíduo (multas de trânsito, apreensão de bens,
interdição de atividade, fechamento de estabelecimento). Estão baseados na exigência de estarem
Sancionatório previstos em lei, e o Administrador deve adequar a sanção a infração cometida.

Ex. Processos de transgressão.

Aplicado á situações que não se enquadram na forma dos actos sancionatórios.


Não Sancionatório
Ex: Reconhecimento de benefícios fiscais.

Legenda: Alterações introduzidas pela Lei n.º 21/20, de 9 de Julho.


Procedimento comum e especial
Artigos 158º. e 159.º do CGT

Os chefes de Repartições Fiscais ou serviço equiparado, bem como os agentes a quem eles tiverem
delegado competências devem responder todos os assuntos que lhes são submetidos pelos
Dever de decisão contribuintes (por exemplo. reclamações, recursos, petições, etc).

A decisão dos órgão da Administração Tributária deve ser sempre fundamentada com argumentos de
facto e de direito e notificada/comunicada ao contribuinte nos termos gerais.
Dever de fundamentação

O prazo geral para a Administração Tributária responder as petições dos contribuintes é de 90


dias, salvo nos casos em que a lei prevê prazo especial.

Legenda: Alterações introduzidas pela Lei n.º 21/20, de 9 de Julho.


Prazo Geral de Conclusão do procedimento
Artigo 90º. do CGT

Forma de contagem
Prazos

Procedimento - Prazo máximo 45 dias;


- Excepcionalmente 90 dias

1. Os prazos são seguidos


e contam-se de forma
contínua não se
suspendendo aos fins de
Actos interlocutórios Prazo máximo de 10 dias
semana ou feriados.

2. Se o prazo terminar em
dia não útil o último dia
do prazo passa para o
dia útil imediatamente a
Outros actos Prazo máximo de 15 dias seguir.

Legenda: Alterações introduzidas pela Lei n.º 21/20, de 9 de Julho.


Prazo Geral de Conclusão do procedimento
Artigo 90º. do CGT

Incumprimento do Prazo para decisão Indeferimento tácito Fundamento para Recurso Hieráquico

Legenda: Alterações introduzidas pela Lei n.º 21/20, de 9 de Julho.


Fluxograma procedimento
Artigos 114.º, 125.º e 127.º do CGT

Secretaria Recebe a reclamação e carimba com a Recebe o recurso para a AGT e


data de entrada carimba com a data de entrada

Chefe Adjunto de Repart. Toma conhecimento e envia para o chefe


Toma conhecimento e envia para
da repartição
Fiscal chefe da repartição

Toma conhecimento e Assina o despacho e a Toma conhecimento e envia para


Chefe da repartição envia para o chefe do notificação chefe do contencioso
contencioso

Valida proposta de Aloca ao técnico


Regista, prioritiza e despacho e responsável pela
Chefe das Normas distribui ao técnico notificação e envia análise da reclamação
para análise Decide recurso e notifica
para o Chefe para informação à RF contribuinte

Informar ao Orgão
Analisa a reclamação Tira cópias para o maximo de escalão
Técnico do contencioso e elabora despacho e processo e envia para o superior sobre
notificação expediente processo e proposta
de decisão

Recebe notificação e, em
Contribuinte
caso de indeferimento, ou
def. parc. recorre para o
orgão maximo de escalão
superior.
AGT

Legenda: Alterações introduzidas pela Lei n.º 21/20, de 9 de Julho.


Prazo Geral de Conclusão do procedimento
Artigo 66º. do CGT

Nota: Tanto a reclamação administrativa, como o recurso hierárquico só se suspendem mediante prestação de
garantia idónea, nos termos do art.º 43.º do Código das Execuções Fiscais. Nos termos do número 3 do art.º 43.º do
CEF, a garantia será prestada no valor do processo, acrescido de juros mora de 5 anos e custas judiciais.

Legenda: Alterações introduzidas pela Lei n.º 21/20, de 9 de Julho.


Questões?
Muito Obrigado!
…Pelo que somos, e pelo
que podemos vir a ser…!

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