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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO MÉDIO COMERCIAL DE LUANDA

CURSO DE FINANÇAS

TRABALHO CIENTÍFICO DE FAI

A PESSOA E O MUNDO: CONSTRUÇÃO DA PESSOA, EXPERIÊNCIA


CULTURAL.

Luanda, Outubro de 2022.


INSTITUTO MÉDIO COMERCIAL DE LUANDA

CURSO DE FINANÇAS

TRABALHO CIENTÍFICO DE FAI

A PESSOA E O MUNDO: CONSTRUÇÃO DA PESSOA, EXPERIÊNCIA


CULTURAL.

Classe: 10ª.
Turma: B.
Turno: Tarde.

Integrantes:
Cândida Francisco;
Daniela Zumbi;
Délcia Luana;
Domingos de Jesus;
Domingos Leão.

Docente
______________________________
Branca Canjova.

Luanda, Outubro de 2022.


ÍNDICE
I. INTRODUÇÃO......................................................................................................................3
II. DESENVOLVIMENTO.........................................................................................................4
1. Conceito de Pessoa...............................................................................................................4
1.1 Construção da "Pessoa"................................................................................................5
2. Cultura..................................................................................................................................8
3. A Influência da Cultura na Formação da Pessoa................................................................10
CONCLUSÃO..............................................................................................................................12
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................................13
1. INTRODUÇÃO

A linha de construção da pessoa, que escolhemos seguir, dá particular ênfase à ideia de que o
que fundamentalmente define o processo de construção da pessoa é o carácter de processo
permanente da própria abertura humana à existência. A capacidade de cada um de nós para se
abrir ao mundo e aos outros depende do modo como nos posicionamos na vida, das escolhas que
fazemos, o que, por sua vez, depende dos nossos olhares sobre o que está à nossa volta e da
qualidade do modo como o interpretamos e projectamos na definição da nossa própria
existência. Será por esta via que o desenvolvimento estético se irá ligar ao desenvolvimento
pessoal.

E tal produção e reprodução do mundo, metafórica ou metonimicamente, podem ser


entendidas como reflexo da percepção do indivíduo perante este mundo, a partir de como ele é
constituído culturalmente. Por isso, se a sua percepção (do ser humano imerso a determinada
sociedade) é estritamente vinculada à ideia de contiguidade, a compreensão passará por ela, e se
manterá equivalente a ela. Já se a construção de si é isolada, e se o indivíduo se percebe
isoladamente, da mesma forma ele verá e classificará o que está ao seu redor. O homem se torna
apto a perceber com profundidade as regras da Natureza, e também de sua Cultura, ao se
perceber isoladamente e independente delas, permitindo-lhe modificá-las e moldá-las a seu
favor, tanto a Natureza como sua relação com sua Cultura.
2. DESENVOLVIMENTO

3. Conceito de Pessoa

Na linguagem do dia a dia, a palavra pessoa refere-se a um ser racional e consciente de si


mesmo, com identidade própria. O exemplo exclusivo costuma ser o próprio ser humano embora
haja quem estenda o conceito para outras espécies.

Uma pessoa é um ser social dotado de sensibilidade, com inteligência e vontade


propriamente humanas. Para a psicologia, trata-se de um indivíduo humano concreto (o conceito
abarca os aspectos físicos e psíquicos do sujeito que o definem pelo seu caráter singular e único).

No âmbito do direito, uma pessoa é todo ente ou organismo susceptível de adquirir


direitos e contrair obrigações. Por isso, fala-se de diferentes tipos de pessoas: pessoas físicas (os
seres humanos) e pessoas de existência ideal ou jurídicas (as sociedades, as corporações, o
Estado, as organizações sociais etc.).

As pessoas físicas ou naturais correspondem a um conceito jurídico que foi elaborado


pelos juristas romanos. Hoje em dia, as pessoas físicas contam, pelo único facto de existirem,
com diversos atributos atribuídos pelo direito. As pessoas jurídicas ou morais são as entidades às
quais, para a realização de certos fins coletivos, as normas jurídicas lhes reconhecem capacidade
para serem titulares de direitos e contraírem obrigações.

A pessoa jurídica apresenta características que fazem parte da rotina empresarial. Estão
classificadas como pessoas jurídicas: escolas, universidades e outros tipos de instituições de
ensino, ONGs, sociedades, partidos políticos, fundações, empresas de diversos segmentos,
prefeituras, entre outros.

No campo da filosofia, uma pessoa é um ser que possui capacidades de pensar, agir,
racionalizar, é alguém que tem autoconsciência, moralidade, entre outros. E essa pessoa também
conta com sua individualidade física e individualidade espiritual. Em alguns lugares, o termo
pessoa também pode ser usado como sobrenome, por exemplo: “Marcelo Pessoa”. Nesse caso
ela é usada com letra maiúscula. Temos como exemplo real o nome do poeta português
Fernando Pessoa.

A noção de pessoa, mais alerta para os problemas do "outro" e do mundo, permite-nos uma
compreensão mais lata do problema dos direitos humanos e, logo, da sua defesa, tal como nos
possibilitará um combate mais efectivo ao consumo excessivo que caracteriza as sociedades do
mundo mais desenvolvido, à poluição, aos desiquilíbrios ambientais, à sofisticação militar, aos
fundamentalismos, à exclusão social.

Assim, reflectir hoje sobre os sistemas educativos será, sobretudo, pensar nos direitos e
deveres da "pessoa", reformando o espírito da Escola Modernista. E pensar que um sistema que
se caracterize, antes de mais, por uma forte competitividade e selecção entre as crianças e
jovens, será necessariamente um sistema mais perto do passado do que do futuro. E, em vez
disso, pensar numa escola formativa que eduque para a cidadania, onde cada criança ou jovem,
aprenda a respeitar-se a si, aos outros e ao mundo. Um respeito indispensável para que cada um
possa encontrar o seu caminho de liberdade na construção de uma identidade própria que seja,
simultaneamente, reconhecimento da identidade do outro.

3.1 Construção da "Pessoa"

Sendo que complexificar é integrar continuamente, regulando o vivido e gerando


organização e desenvolvimento, quanto mais complexo (rico e firme em congregação, isto é,
ordem) é um sistema, tanto mais desenvolvido é. A pessoa, encarada como sistema, compreende
o Ego e o mundo próprio. O Ego é constituído por um “eu”, (envolvendo acção e iniciativa para
agir), um “mim”, (que conduz à identidade) e um “si”, (que diz respeito à relação com os
outros). O mundo próprio corresponde ao ambiente integrado pelo sistema-pessoa.

Dentro do ambiente, com o qual efectua trocas constantes, o sistema vivo faz face aos
riscos dos dois processos de desorganização, isto é, a exteriorização (redutora do meio) e a
centração (redutora do Ego). A complexificação da pessoa como sistema realiza-se através de
processos opostos, integrativos de organização, ou seja, a interiorização, que alarga o mundo
próprio, e a descentração, que gera o seu Ego (o seu «eu», o «mim» e o «si»). O
desenvolvimento dos processos integrativos de descentração e interiorização conduzem à «neg-
entropia» e à evolução (por oposição a «en-tropia», resultantes dos processos desintegrativos de
centração e exteriorização, conducentes à degradação do sistema).

À medida que a pessoa se complexifica, tende para a abstracção; assim sendo, se, por um
lado, é mais firme, unitária e autónoma, por outro lado (e precisamente por isso mesmo), torna-
se mais aberta às coisas e aos outros. Sendo a pessoa um sistema complexo, que tende para uma
crescente organização sistémica e para o enriquecimento ao longo da vida, deverá atender-se à
importância de criar condições que conduzam à possibilidade de construção da pessoa na e pela
relação com os outros, enquanto ser individual e ser relacional, autor da sua complexidade e do
seu desenvolvimento; há ainda que procurar favorecer condições que lhe permitam tornar-se
actor da sua própria aprendizagem.

Para Edgar Morin, como vimos, o homem é entendido como um sistema auto-eco-
organizador que tende para a autonomia, precisamente através das trocas que efectua com o
meio. O sujeito mantém autonomia e individualidade, sendo que quanto mais autónomo é menos
isolado está; o meio tem um papel coorganizador. Para o autor, a ideia de autonomia é
inseparável da de autoorganização. Em primeiro lugar, a autonomia a que se refere não significa
liberdade absoluta, emancipada de toda a dependência.

Trata-se antes de uma autonomia que está dependente do “environnement”, quer ele seja
biológico, cultural ou social, sendo assim a autonomia possível, não em termos absolutos, mas
em termos relacionais e relativos. Edgar Morin justifica esta ideia apresentando dois exemplos:
quem trabalha despende energia, devendo ir buscá-la ao seu meio, do qual depende; apesar de
sermos seres culturais e sociais, não podemos ser autónomos senão a partir de uma dependência
original, relativamente a uma cultura, de uma linguagem, de um saber.

O autor estabelece ainda uma ligação complexa entre indivíduo e espécie, que nos irá
conduzir, pelo mesmo processo de raciocínio, a uma relação entre indivíduo e sociedade. Assim,
diz o autor que, do ponto de vista biológico, o indivíduo é o produto de um ciclo de reprodução,
mas deste produto é ele mesmo produtor, já que é o próprio indivíduo que, ao juntar-se a um
indivíduo do sexo oposto, produz esse ciclo. Do mesmo ponto de vista se pode encarar o
fenómeno social, posto que são as interacções entre os indivíduos que produzem a sociedade,
mas a sociedade, com a sua cultura, com as suas normas, retroage sobre os indivíduos humanos,
produzindo-os enquanto indivíduos sociais dotados de uma cultura.
Chegados às definições de autonomia e de indivíduo, podemos retomar a de sujeito, que,
para Edgar Morin, não é nem essência, nem substância, mas não é ilusão, propondo-nos, deste
modo, uma concepção complexa de sujeito, que, do ponto de vista da vida social, é
potencialmente não apenas actor, mas também autor, capaz de cognição, escolha, decisão.

Para Alain Touraine (2001), a condição para se ser sujeito é ser-se capaz de
olhar de si para si. A capacidade para nos olharmos, definida como consciência, determina o
modo como construímos e conduzimos as nossas vidas, com repercussões ao nível do modo
como intervimos no social. Contudo, o sujeito só acaba por adquirir conteúdo social, quando, em
primeiro lugar, consegue intervir no processo de condução da própria vida, de forma consciente.

Devemos começar por considerar que toda a dimensão biológica necessita de uma
dimensão cognitiva, ou melhor dizendo, toda a dimensão cognitiva é condição da vida: por
exemplo, os genes constituem um património hereditário de natureza cognitiva/informacional,
sendo este património de saber que programa o funcionamento da célula; todo o ser vivo, seja
ele ou não dotado de sistema neuro-cerebral, retira informações do meio ambiente, exercendo
uma actividade cognitiva inseparável da sua prática de ser vivo. Edgar Morin considera que esta
dimensão cognitiva pode ser dita “computacional”, constituindo a computação o tratamento de
estímulos, de dados, de signos, de símbolos, de mensagens, que nos permitem agir e conhecer
tanto no universo exterior como no universo interior.

Joaquim Coelho Rosa (1998) sublinha, fundando-se em Aristóteles que “longe de ser a
medida de todas as coisas, o homem é antes medido por elas” (p. 141). O «eu» sujeito é uma
«miragem», sendo que o “eu só é e se revela no desdobramento do outro” (p. 142). O outro é-nos
constitutivo, por mais que o recalquemos e persistamos na tentativa de nos afirmarmos como
“eu”, sendo que o homem nunca pode ser um si mesmo (o outro e o mundo são-lhe
«ontologicamente constitutivos»). O que, segundo este autor, caracteriza o humano e o instaura
como “pessoa” é a sua “triplicidade constitutiva”: a conjugação da singularidade do seu corpo, a
individualidade do eu e a relacionalidade ao outro.

Daí que o ser humano não possa ser definido de acordo com uma estrutura binária do tipo
«composto corpo/alma» ou «animal racional», mas sim como um ser «triádico». Joaquim Coelho
Rosa (2001) avança que os humanos não estão sujeitos a um destino que os obriga aos
automatismos da espécie, conferindo-lhes a natureza de “poder ser” uma finalidade (uma
“destinação”), a de se construírem a si mesmos como indivíduos e como espécie, pelo que a
construção da própria espécie e humanidade depende da construção da “humanidade” de cada
um de nós.

Segundo o autor, é isto aquilo que se chama ética, sendo que “ser humano é ser ético”,
porque supõe, a cada instante a consciência de que “o universo inteiro depende do acto que
fazemos”. O que frequentemente se esquece, e isso acontece também em educação, é que, tal
como Joaquim Coelho Rosa (2001) afirma, “os humanos são pessoas, isto é, indivíduos que têm
o “outro” dentro de si mesmos”, o que aponta para a importância da compreensão.

Quer as definições para o sujeito, quer as de pessoa, aqui trabalhadas, apontam para o
aspecto da autonomia e da individualidade como condição de liberdade e de desenvolvimento.
Tanto a autonomia como a liberdade constroem-se através de processos que envolvem a relação
complexa do homem como o que o rodeia, trocas, abertura e comunicação quer a nível
biológico, quer das relações no domínio do social, quer a nível cultural. O processo de
construção da vida como processo de autoria, condição primeira do tornar-se pessoa, pressupõe a
capacidade
da pessoa para intervir nesse processo de forma consciente.

O conceito de pessoa aponta, em particular, para a possibilidade de construir


a vida, procurando encontrar nesse caminho um fundamento para a nossa existência humana, o
que pressupõe um processo permanente de abertura ao mundo e à existência, pela compreensão,
pela re-construção do sentido, sendo que este processo exige reflexividade, invenção,
mobilizando o pensamento, a consciência, a inteligência e implicando a vontade e o desejo de
conhecer e o da descoberta. A abertura ao mundo e à existência pressupõem que a pessoa, na
procura da sua configuração, tudo possa ser, sendo o que ela é, em definitivo, uma permanente
interrogação. O carácter incompleto e imperfeito do homem 90 são ainda marca e condição do
seu processo de construção em pessoa.

4. Cultura

Etimologicamente, o termo cultura, deriva do latim “cultura”, é um conceito de várias


acepções, sendo a mais corrente, especialmente na antropologia, a definição genérica formulada
por Edward B. Tylor segundo aqual cultura é "todo aquele complexo que inclui o conhecimento,
as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos
pelo homem como membro de uma sociedade".
A definição de Tylor tem sido problematizada e reformulada constantemente, tornando a
palavra "cultura" um conceito extremamente complexo e impossível de ser fixado de modo
único. Na Roma antiga, seu antepassado etimológico tinha o sentido de "agricultura" (do latim
culturae, que significa “ação de tratar”, “cultivar” e "cultivar conhecimentos", o qual originou-se
de outro termo latino, colere, que quer dizer “cultivar as plantas”), significado que a palavra
mantém ainda hoje em determinados contextos, como empregado por Varrão, por exemplo.

A cultura é também comumente associada às formas de manifestação artística e/ou


técnica da humanidade, como a música erudita europeia (o termo alemão "Kultur" – "cultura" –
se aproxima mais desta definição). Definições de "cultura" foram realizadas por Ralph Linton,
Leslie White, Clifford Geertz, Franz Boas, Malinowski e outros cientistas sociais. Em um estudo
aprofundado, Alfred Kroeber e Clyde Kluckhohn encontraram, pelo menos, 167 definições
diferentes para o termo "cultura".

Clifford Geertz, discutia negativamente a quantidade gigantesca de definições de cultura,


considerando um progresso de grande valor o desenvolvimento de um conceito que fosse
coerente internamente e que tivesse um argumento definido. Assim, definiu cultura como sendo
um "padrão de significados transmitidos historicamente, incorporado em símbolos, um sistema
de concepções herdadas expressas em formas simbólicas por meio das quais os homens
comunicam, perpetuam e desenvolvem seu conhecimento e suas atividades em relação a vida.".

Por ter sido fortemente associada ao conceito de civilização no século XVIII, a cultura,
muitas vezes, se confunde com noções de: desenvolvimento, educação, bons costumes, etiqueta
e comportamentos de elite. Essa confusão entre cultura e civilização foi comum, sobretudo, na
França e na Inglaterra dos séculos XVIII e XIX, onde cultura se referia a um ideal de elite.[5]
Ela possibilitou o surgimento da dicotomia (e, eventualmente, hierarquização) entre "cultura
erudita" e "cultura popular", mais bem representada nos textos de Matthew Arnold, ainda
fortemente presente no imaginário das sociedades ocidentais brasileiras.

Ciências sociais - do ponto de vista das ciências sociais (isto é, da sociologia e da


antropologia), sobretudo conforme a formulação de Tylor, a cultura é um conjunto de ideias,
comportamentos, símbolos e práticas sociais artificiais (isto é, não naturais ou biológicos)
aprendidos de geração em geração por meio da vida em sociedade. Essa definição geral pode
sofrer mudanças de acordo com a perspectiva teórica do sociólogo ou antropólogo em questão.
De acordo com Ralph Linton, "como termo geral, cultura significa a herança social e
total da Humanidade; como termo específico, uma cultura significa determinada variante da
herança social. Assim, cultura, como um todo, compõe-se de grande número de culturas,
cada uma das quais é característica de um certo grupo de indivíduos". Enquanto a definição
de Tylor é muito genérica, podendo causar confusão quando se propõe uma reflexão mais
aprofundada do que é cultura, outras definições são mais restritivas.

5. A Influência da Cultura na Formação da Pessoa

Mais do que uma característica essencial de uma sociedade, a cultura pode ser considerada
como o elemento principal que difere uma nação de outra. Os costumes, a música, a arte e,
principalmente, o modo de pensar e agir, fazem parte da cultura de um povo e devem ser
preservados para que nunca se perca a singularidade do coletivo em questão. A palavra cultura
deriva do latim, colere, que tem como significado literal “cultivar”. Partindo desse princípio,
percebemos que se trata de uma herança acumulada ao longo dos anos, e que deve ser
preservada.

Cada pessoa pertencente a uma determinada nação agrega valores culturais, os quais a
levarão a fazer ou expressar-se de forma específica. Esse mecanismo de adaptação é um dos
principais elementos da cultura, e torna-se ainda mais importante quando se alia ao fator
cumulativo. As modificações que se desenvolveram e que foram trazidas por uma geração
passam para a geração seguinte, e se implementam ao melhorar aspectos para futuras gerações.

Durante muito tempo, o termo cultura foi estudado e acabou sendo dividido em algumas
categorias:

 Cultura segundo a Filosofia: trata-se de um conjunto de manifestações humanas, de


interpretação pessoal, e que condizem com a realidade.
 Cultura segundo a Antropologia: o termo deve ser compreendido como uma soma
dos padrões aprendidos, e que foram desenvolvidos pelo ser humano.
 Cultura Popular: associa-se a algo criado por um determinado grupo de pessoas que
possuem participação ativa nessa criação. Música, arte e literatura são exemplos que
podem ser utilizados.
Por ser um agente forte de identificação pessoal e social, a cultura de um povo se caracteriza
como um modelo comportamental, integrando segmentos sociais e gerações à medida que o
indivíduo se realiza como pessoa e expande suas potencialidades. Entretanto, é necessário
lembrar que essa percepção individual tem grande influência por parte do grupo. As escolhas
selecionadas ou valorizadas pelo grupo tendem a ser selecionadas na percepção pessoal.

Além disso, a cultura possui quatro processos que têm participação ativa na influência do
indivíduo:

O Agente Cultural: Seja qual for a forma de expressão artística que ele promove, trata-se de
alguém que se sente valorizado pelo que é capaz de fazer e, mesmo na velhice, é muitas vezes
procurado para transmitir seus conhecimentos aos mais jovens.

O Propagador Cultural: É aquele que não cria, mas que valoriza e ajuda a difundir
determinados tipos de arte. Muitas vezes, dedica sua vida a esse propósito. Dentro desse grupo,
estão incluídos os indivíduos que compram e comercializam produtos culturais.

O Espectador Cultural: Grupo formado por pessoas que não criam e nem difundem a arte,
mas que são apreciadores do gênero e que se identificam com outros de pensamento semelhante.
Um exemplo do gênero e que pode ser citado é a formação dos fã-clubes, que interagem entre si
promovendo o ídolo de diversas maneiras.

O Alienado Cultural: Trata-se de alguém ou determinado grupo que denuncia as formas de


expressão cultural. Presente muitas vezes em regimes ditatoriais, evidencia a exclusão social e
oprime movimentos artísticos menos poderosos, mas, nem por isso, com menos influência na
sociedade.

O acesso à cultura depende de alguns aspectos específicos: o acesso físico permite a melhor
distribuição dos equipamentos culturais, e também possibilita o transporte de todas as pessoas,
independentemente de onde residam (periferia, subúrbio, centro); o acesso económico está
relacionado aos custos de participar dos eventos culturais de uma cidade ou comunidade,
portanto, deve-se pensar na relação custo-benefício entre a criação e o consumo artístico; e o
acesso intelectual, que é responsável pela compreensão do produto artístico, formando público e
agentes culturais.
CONCLUSÃO

Concluímos que em substituição de uma noção de "sujeito", pese embora o


reconhecimento da sua importância na investigação científica, sobretudo, a partir da segunda
metade do século XX temos vindo a propor uma noção de "pessoa". Um conceito que se
caracteriza por uma estrutura triádica que contém já em si o "eu", o "outro" e o mundo e que,
portanto, nos surge mais adequado à realidade do mundo actual que essa outra noção de
"sujeito".

A identidade cultural, em níveis diferentes, constrói a consciência do povo. Isso ocorre


devido à necessidade de comunicação, e aquele que se comunica o faz por meio de certos meios
e formas. Um dos objetivos de democratizar a cultura é aumentar o acesso aos bens culturais que
já existem, possibilitando que as pessoas possam desenvolver o seu próprio modo de ser e
participar da
comunidade como um todo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

EQUIPE EDITORIAL. (2011). Conceito de pessoa. https://conceito.de/pessoa.

KROEBER, A. & KLUCKHOHN, V. (1952). Culture: A Critical Review of Concepts and


Definitions.

LARAIA, R. (2006). Definição de Cultura. Rio de Janeiro: Jorge Zahar


(https://archive.org/stream/primitiveculture01tylouoft#page/n17/mode/2up).

MELATTI, J. (1970), O sistema social krahó. Tese de doutorado. São Paulo, Universidade de
São Paulo

ROGERS, C. (1985). Tornar-se pessoa. Lisboa: Moraes Editores (trabalho original publicado
em inglês em 1961)

SIMMEL, G. (1991) "The Problem of Style", Theory, Culture & Society 8: 63-71.

White, L. (1957). O conceito de cultura.

WILLIAM, F. (2019). A Influência da Cultura na Formação do Cidadão


(https://www.êlantropia.ong/informacao/a-influência-da-cultura-na-formação-do-cidadão

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