Você está na página 1de 3

Casos Práticos de Direito Comercial - Trespasse e Locação

N.º 1

Dorivaldo é dono de uma Hamburgaria, instalada num prédio que é propriedade de Joana,
muito bem localizada na baixa de Luanda. Cansado do dia- a-dia da restauração,
Dorivaldo decide trocar a sua empresa pela do seu amigo Rafael, que tem por objecto a
venda de materiais de construção. Quando Rafael se apresenta à Joana como seu novo
inquilino, esta diz-lhe que vai intentar uma acção de despejo contra Dorivaldo, uma vez
que não autorizou o negócio de troca e que, no mesmo contrato, não foi feita menção à
transmissão de todo o activo e todo o passivo do estabelecimento.

Questões pontuais:

a)- Há motivos para Joana intentar uma acção de despejo contra Dorivaldo?

b)- Rafael disse a Dorivaldo que a comunicação da mudança de arrendatário a Jaona é da


exclusiva responsabilidade deste. Concorda? Justifique.

c)- Agora, suponha que Dorivaldo, ao invés de trocar a sua empresa, tinha decidido cedê-
la a Rafael por um período de dois anos, mediante uma retribuição mensal de KZ
600.000, dando imediato conhecimento a Joana deste facto. Poderia, neste caso, Joana
intentar uma acção de despejo contra Alberto, com base no facto de não ter consentido no
negócio?
N.º 2

Evelyn é proprietária de um estabelecimento comercial. Ao decorrer dos anos, o seu


estabelecimento acumulou grandes dívidas. Em Outubro de 2018, Evelyn decide
transmitir o seu estabelecimento comercial ao Gonçalo, que há muito o pretendia
adquirir. Gonçalo conhecia a situação financeira do estabelecimento comercial e, em
conversa com Evelyn, garantiu-lhe que ela não teria problemas com os credores porque
ele resolveria a situação Na sequência desta proposta, Evelyn aceitou vender o
estabelecimento comercial por um valor inferior ao seu valor de mercado, na esperança
de que Gonçalo saldasse todas as dívidas do mesmo. Dois meses após a celebração do
contrato, os credores procuram junto de Evelyn cobrar as dívidas do estabelecimento
respeitantes ao período em que Evelyn o geria; afinal, Gonçalo invoca que não consta do
contrato a transmissão das dívidas. Em todo caso, Gonçalo afirma ter direito exclusivo
sobre a firma de Evelyn e as marcas relativas ao estabelecimento comercial. O imóvel
onde o estabelecimento está instalado, é arrendado. Quid iuris?

N.º 3

Adriano é dono de uma fábrica de móveis sita no Namibe, denominada Zé dos Móveis.
Em junho de 2019, Adriano e Mariana celebraram por escritura pública um contrato que
designaram por cessão de exploração do estabelecimento comercial, com a duração de
um ano, renovável caso não fosse denunciado pelas partes até um mês antes do seu
termo.
Nos moldes do contrato, Marina assumiu uma dívida no valor de KZ 2.000.000 de José a
um fornecedor e obrigou-se a pagar a José KZ 250.000 por mês. Nesse mesmo mês,
Adriano retirou as máquinas da fábrica que funcionava no prédio, colocando-as num
outro local, e Mariana começou a utilizá-lo para armazenar madeira. Em Janeiro de 2016,
José comunicou a Luísa que não pretendia renovar o contrato. Luísa, porém, respondeu
que não sairia do prédio, uma vez que era sua arrendatária. Quis iuris?

Você também pode gostar