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º 011
Abel, solteiro, residente em Lisboa, celebrou com Bruna, casada com Carlos sob o regime
da comunhão geral de bens, residentes nos Porto, um contrato de compra e venda, por via
do qual o primeiro vendeu à segunda um imóvel pelo preço de € 100.000,00 euros.
Um mês depois, Abel pretende intentar uma ação judicial com vista à anulação desse
contrato, alegando, para o efeito, a existência de coação moral.
Caso n.º 02
António e Berta, casados, residentes em Braga, celebrara, por documento particular, um
contrato de mútuo com a sociedade Carlos Antunes – Comércio de Automóveis, Lda., com
sede em Guimarães, pelo qual os primeiros mutuaram à segunda a quantia de € 30.000,00,
obrigando-se esta a restituir-lhes essa quantia no prazo de sessenta dias.
Ocorre, porém, que, uma vez verificado o prazo estabelecido entre as partes para o
vencimento da obrigação, a sociedade Carlos Antunes – Comércio de Automóveis, Lda.
não procedeu à restituição da quantia mutuada, razão pelo qual António e Berta
pretendem recorrer à via judicial, tendo em vista a satisfação do seu direito.
Caso n.º 03
António residente no Porto é proprietário de um apartamento em Braga.
Em janeiro de 2014, celebrou com Berto, casado com Carla sob o regime de separação de
bens, um contrato de arrendamento de duração limitada, tendo por objeto o referido
apartamento, no qual ficou convencionado, entre outros aspetos, que a duração desse
contrato seria de cinco anos e, bem assim, que o valor da renda mensal ascenderia à
importância de € 450,00.
Ocorre que, no início de 2017, Berto deixou de pagar a renda, pelo facto de ter ficado
desempregado, razão pelo qual António contactou um advogado, a fim de ser intentada a
acção de despejo.
Considere o caso n.º 01: Contra quem deve ser intentada a ação?
1
Casos adaptados ou constantes em livros de casos práticos, nomeadamente RUI PINTO/NUNO
ANDRADE PISSARRA, João Gomes de Almeida, Direito Processual Civil, Vol. I, AAFDL: Lisboa (2018),
MARCO CARVALHO GONÇALVES/ELIZABETH FERNANDEZ, Casos Práticos. Direito Processual Civil
Declarativo, 2.ª ed., Almedina: Coimbra (2024).
*
Caso n.º 04
Bernardo é proprietário de um imóvel situado em Faro, o qual se encontrava arrendado a
Carlos, casado com Daniela sob o regime de separação de bens, desde o mês de janeiro
de 2016, pagando o arrendatário uma renda mensal no montante de € 500,00.
No dia 15 de setembro de 2017, Bernardo intentou uma acção judicial contra Carlos,
pedindo o despejo do arrendado com fundamento na falta de pagamento de rendas desde
o mês de janeiro de 2017.
a) Suponha que, na sua contestação, Carlos veio invocar que é parte ilegítima, atento
o facto de a sua mulher, Daniela, não ter sido demandada na ação. Quid iuris?
*
I. Identifique o tipo de defesa apresentada pela ré, bem como os seus efeitos,
considerando as seguintes hipóteses:
4) A Ré nega que alguma vez tenha assinado qualquer contrato com os Autores, motivo
pelo qual a presença acção deve ser julgada totalmente improcedente.
I. Considere agora que Carlos, na sua contestação, não impugnou o facto alegado na
petição inicial, segundo o qual estão em dívida as rendas vencidas desde janeiro de 2017.
Que efeitos processuais decorrem dessa conduta? E se Carlos, pelo contrário, invocasse
desconhecer a existência de quaisquer rendas em atraso?
II. Suponha que Carlos invoca que, desde março de 2017, quis pagar as rendas em dívida,
tendo Bernardo recusado recebê-las e, bem assim, que realizou benfeitorias, no valor de €
10.000,00, no imóvel arrendado, devendo, por isso, o Autor ser condenado a indemnizá-lo
pelas benfeitorias realizadas. Caracteriza a defesa apresentada por Carlos.
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