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1. O Pedido
1.2.1. Qual a consequência para a omissão do pedido por parte do autor na petição inicial?
1.2.2. Quando é que podemos falar de um pedido admissível?
1.2.3. Identifique o pedido do autor nos seguintes casos:
a) Carlos celebra com Dâmaso um contrato de compra e venda de uma casa, pois este
mostrou-lhe documentos e brochuras que demonstravam que o local onde o imóvel se
situava era despoluído e seguro. Vindo a perceber, uma semana depois, que tinha sido
enganado.
b) Bento chocou com o carro de António, por estar a guiar distraído ao telefone, causando
danos corporais em António e danificando o seu carro.
c) Alfredo celebra um contrato de compra e venda de uma casa de férias com Belmiro,
no valor de €3.500, procedendo ao seu registo. Nesse Verão, ao chegar a casa, percebe
que esta está ocupada por C, que se recusa a sair.
2. A Causa de Pedir
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http://www.gde.mj.pt/jtrp.nsf/c3fb530030ea1c61802568d9005cd5bb/64e872f04744d9b580257af000543
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causa de pedir na petição inicial?
2.2.4. Identifique a causa de pedir dos casos previstos no n.º 1.2.3 (supra).
OBJETO DO PROCESSO
(Defesa do Réu /Exceções Perentórias/ Reconvenção/ Coligação)
Caso n.º 1
Identifique as modalidades de exceções peremptórias previstas nos seguintes casos:
i) António intentou uma ação contra o seu irmão Bento, pedindo ao tribunal a condenação
de Bento no pagamento de uma casa, no valor de 150.000 Euros, visto que ambos
outorgaram por escritura pública a compra e venda desta casa. Bento alega que o contrato
é nulo, porque na verdade, António apenas quis doar-lhe a casa, porque o queria
beneficiar, evitando os ciúmes da restante família.
ii) Carlos intentou uma ação contra Dália, pedindo ao tribunal que a condenasse na
entrega do seu carro , objeto de compra e venda entre as partes. Dália contesta dizendo
que já cumpriu com a obrigação de entrega do carro nos termos do art. 879., al.b) do CC,
no próprio dia da celebração do contrato.
iii) Evaristo intentou uma ação contra Francisco, pedindo ao tribunal a condenação deste
no pagamento de uma indemnização por danos patrimoniais e não patrimoniais
decorrentes do facto de Francisco lhe ter disparado um tiro sobre a perna. Francisco
contesta, esclarecendo que de facto o fez porque queria por termo a agressão o que aquele
levava a cabo, naquele momento, no jardim infantil.
iv) Agora é a vez de Dália intentar uma acção contra Carlos, pedindo ao tribunal que
condene Carlos no pagamento do preço do carro, decorrente do contrato de compra e
venda celebrado entre as partes. Carlos contesta invocando a prescrição da obrigação.
v) António contratou com Bento a construção de uma mobília de mogno para a sua casa
nova. Passados dois meses, vendo a falta de boa vontade do seu empreiteiro, o dono da
obra instaurou uma ação no tribunal, pedindo a condenação do empreiteiro na entrega da
coisa, com vista a receber os móveis contratados. Por seu lado, Bento contestou dizendo
que ainda não havia sido pago, pretendendo entregar o bem apenas quando o dono da
obra cumprisse com a sua parte do contrato.
Caso n.º 2.
“Pinturas de vitrais, nunca mais...”
1.1. Na contestação, Carlos afirma que estes pedidos não podem ser formulados na mesma
ação.
1.1.1. Tem razão?
1.1.2. Qualifique esta defesa e indique as suas consequências processuais.
1.2. Carlos alega ainda que não pintou o vitral porque Dâmaso não lhe pagou o preço pré-
acordado. Qualifique o tipo de defesa apresentado e as consequências processuais.
1.3. Imagine que, já durante o decurso da ação, Dâmaso descobre que quando Carlos
andou a fazer estudos para a instala o do vitral, partiu um vaso muito valioso. Pode
ainda pedir uma indemnização por este dano?
Caso n.º3
“Para a próxima vou pela Autoestrada...”.
Maria Eduarda conduzia o seu veículo automóvel pela Estrada Nacional 12, a uma
velocidade superior a 150 km/h. Devido velocidade excessiva com que circulava, Maria
Eduarda acabou por perder o controlo do carro e despistou-se, indo embater
violentamente no veículo de Alenquer, que circulava pela mesma estrada, mas sem
sentido contrário, bem como num prédio pertencente a Carlos.
Como poderiam Alenquer e Carlos atuar processualmente, por forma a serem
indemnizados pelos danos sofridos?
Caso n.º 4
“Sucessões sinónimo de confusões”
Caso n.º 5
“anulabilidades”
No dia 15 de Agosto de 2018, João da Ega, residente em Coimbra, celebrou com o Cohen,
residente em Lisboa, um contrato de compra e venda, por via do qual o primeiro vendeu
ao segundo e este comprou-lhe um veículo automóvel, pelo preço de 35,000, 00 Eur.
Nesse contrato, ficou convencionado , quanto ao pagamento do preço, que João da Ega
pagava de imediato a importância de 20,000,00 EUR sendo que o remanescente, ou seja,
a quantia de 15,000,00 EUR, seria paga no prazo de três meses.
Acontece que, uma vez verificado o termo do prazo convencionado entre as partes, João
da Ega não pagou a Cohen a quantia ainda em devida, raz o pela qual este decidiu intentar
contra aquele, junto do juízo local cível de Lisboa, uma ação declarativa, peticionando a
condenação do João da Ega no pagamento da quantia de 15,000 Eur.
Na contestação João da Ega veio invocar a anulabilidade do contrato de compra e venda
do veículo automóvel em causa, com fundamento em coação moral, e requerer a
restituição da quantia já prestada, no montante de 20,000, 00 EUR. Quid Iuris?