Você está na página 1de 3

AÇÃ O DE INDENIZAÇÃ O POR RESPONSABILIDADE DO CONSTRUTOR

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ª VARA CÍVEL DA


COMARCA DE _______________ - UF.

NOME DO REQUERENTE, (qualificaçã o e endereço), por seu advogado e bastante


procurador ao final assinado, conforme instrumento de mandato anexo (doc.nº.
01), com escritó rio profissional na cidade de (Cidade), na Avenida (Endereço),
onde recebe correspondências e intimaçõ es para os atos processuais, vem,
respeitosamente, à honrosa presença de Vossa Excelência,vem propor AÇÃ O
INDENIZATÓ RIA em face de NOME DO REQUERIDO, (qualificaçã o e endereço),com
fundamento no artigo 186, do Có digo Civil e pelas razõ es de fato e de direito que
passa a expor, devendo a mesma seguir o rito ordiná rio.

I - DOS FATOS

O Requerente adquiriu um imó vel construído pelo Requerido situado na (endereço


de localizaçã o do imó vel).

O contrato de compra e venda foi celebrado entre comprador e vendedor na data


de __/__/____, com financiamento pelo (descrever), conforme documentos em anexo
(doc. nº. __).

Entretanto, quando ocupou o imó vel, constatou problemas de (descrever), que sã o


característicos de falha na construçã o, apó s verificar o ocorrido contatou um
profissional competente para a perícia necessá ria e procurou o Requerido para
resolver os problemas.

No entanto, frustradas todas as tentativas de reparaçã o pelo construtor e ao passar


do tempo foram-se agravando as falhas, pois tanto a empresa vendedora quanto o
construtor negaram-se a proceder aos reparos ou a pagar os prejuízos
ocasionados.

Logo, nã o restou ao Requerente alternativa senã o recorrer ao Poder Judiciá rio,


para ver ressarcidos os prejuízos resultantes da deterioraçã o do bem adquirido.

II - DO DIREITO

O artigo 186, do Có digo Civil dispõ e que:

"Artigo 186 - Aquele que, por açã o ou omissã o voluntá ria, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente
moral, comete ato ilícito".

Neste sentido:
Ementa: "APELAÇÃ O CÍVEL. AÇÃ O DE INDENIZAÇÃ O. CONSTRUÇÃ O CIVIL.
FALHAS NO PROJETO E EXECUÇÃ O DA OBRA. Laudo pericial conclusivo, embora
produzido unilateralmente. Ausência de impugnaçã o. Responsabilidade solidá ria
do engenheiro e construtor. Verba honorá ria. Distribuiçã o que nã o se altera.
Sentença mantida. Recurso desprovido". (TJPR - ApCiv nº 0.836.288-3 - Paranacity
- 8ª Câ m. Cível - Rel. Des. Jorge de Oliveira Vargas - DJPR 10.05.2012 - Pá g. 359).

Ementa: "APELAÇÃ O CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. 1. Prejudicial de mérito.


Decadência. Inocorrência. Inaplicabilidade do art. 618 do CC. Açã o que objetiva
indenizaçã o. Direito do consumidor. Conquanto se trate de contrato de empreitada,
tipicamente civil, tal por si só nã o afasta a incidência do regramento do có digo do
consumidor, desde que a contrataçã o também se subsuma em típica relaçã o de
consumo. Em assim sendo, nã o se mostra elidida a responsabilidade do construtor
ou empreiteiro por vícios do serviço, prevista no art. 18 do CDC, porquanto de
relaçã o de consumo está a se tratar. E aqui uma aparente antinomia no sistema,
haja vista que o Có digo Civil prevê o prazo de três anos para a pretensã o de
reparaçã o civil (art. 206, V, §3º, do CC/02), entendimento sufragado pelo douto
magistrado, ao passo que o Có digo de Proteçã o e Defesa do Consumidor, em seu
art. 27, estabelece o prazo prescricional de cinco anos para a pretensã o, em se
tratando de relaçã o de consumo e vício do serviço. No caso, o diploma legal a reger
o fato que se apresenta deve ser o Có digo de Defesa do Consumidor, por que o
contrato de empreitada também se qualificou como relaçã o de consumo, e nã o
unicamente de relaçã o de natureza civil, de molde que, tangenciando a discussã o a
respeito da chamada teoria do diá logo das fontes, em restando evidenciado
verdadeira relaçã o de consumo, prestaçã o de serviços de construçã o civil, e
presente uma parte vulnerá vel, aplicá vel o CDC, sendo caso de responsabilidade
por defeitos no serviço. Assim, o prazo prescricional que deve ser observado é o de
cinco anos previsto no art. 27 do CDC, pelo que nã o há se reconhecer a prescriçã o.
2. Contrato de empreitada. Indenizató ria por danos materiais e morais. Má -
execuçã o. Prova pericial e testemunhal que comprovam as alegaçõ es da autora.
Ressarcimento de valores locatícios em razã o da demora na entrega da obra.
Condenaçã o ao pagamento do montante necessá rio à recomposiçã o, além do já
gasto com os reparos. Reparaçã o por danos morais, estes in re ipsa. 3. Danos
morais. Valor a ser reparado. Critérios de fixaçã o. Manutençã o. 4. Juros de mora.
Termo de incidência. Data da fixaçã o do montante a ser reparado. 5. Pedidos
alternativos. Valores referentes ao material que devem ser arcados pela empresa
ré. Liquidaçã o de sentença desnecessá ria. 6. Verba honorá ria. Percentual mantido.
7. Multa do art. 475-j do CPC. Necessidade de intimaçã o. Prejudicial de mérito
rejeitada. Apelaçã o parcialmente provida". (TJRS - AC nº 47878-91.2012.8.21.7000
- Horizontina - 9ª Câ m. Cível - Relª Desª Marilene Bonzanini Bernardi - J.
25.04.2012 - DJERS 30.04.2012).

Ementa: "APELAÇÃ O CÍVEL. Açã o de indenizaçã o de danos materiais e morais


suportados pelo ente condominial. Açã o parcialmente procedente. Insurgência da
ré. Responsabilidade do construtor pelos defeitos e falhas construtivas, bem como
pela desconformidade entre os materiais efetivamente empregados na execuçã o do
projeto e o memorial descritivo do prédio. Açã o proposta dentro do prazo de
garantia quinquenal. Inteligência do artigo 1245 do Có digo Civil de 1916. Recurso
adesivo do condomínio nã o conhecido. Ausência de pertinência com a matéria
deduzida no recurso principal. Recursos da empresa construtora conhecido e
desprovido". (TJSC - AC nº 2009.052632-9 - Balneá rio Camboriú - 6ª Câ m. de
Direito Civil - Rel. Des. Ronei Danielli - J. 19.04.2012 - DJSC 26.04.2012 - Pá g. 129).

Diante do exposto, requer-se:

a) a citaçã o dos Requeridos dos termos da presente açã o, para que, querendo,
apresentem defesas que entenderem, sob as penas de confissã o e revelia;

b) seja JULGADO PROCEDENTE a presente demanda com a condenaçã o do


Requeridos no pagamento de indenizaçã o pelos prejuízos demonstrados e
suportados pelo Requerente.

c) a condenaçã o do Requerido no pagamento das custas processuais, honorá rios


advocatícios e demais cominaçõ es legais.

d) provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidas,


especialmente pelo depoimento pessoal dos Requeridos, oitiva de testemunhas,
juntada de documentos, expediçã o de ofícios e precató rias, perícias e demais
provas pertinentes;

Dá -se a presente o valor de R$ _____ (______) para todos os efeitos legais.

Nestes termos,
Pede Deferimento

________, ____ de _______ de ______.

NOME DO ADVOGADO
OAB nº ______

Você também pode gostar