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contra __________, instituição financeira de direito privado, com sua sede na Av. __,
nº. _______, em São Paulo(SP) – CEP nº. ________, inscrita no CNPJ(MF) sob o nº.
____________;
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ADVOCACIA
EMPRESA ZETA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, com sua sede na Av.
_____, nº. ______________, em São Paulo(SP) – CEP nº. __________, inscrita no
CNPJ(MF) sob o nº. _________
Síntese Fática
Por conta desse fato, o nome da Autora fora inserto nos órgãos de restrições e,
além disso, junto ao Cartório de Notas e Títulos Xista. (docs. 03/06)
Da Legitimidade Passiva da Ré
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segunda Ré, mediante o recebimento de valor, transferiu seu direito sobre o título ao
banco-réu. Assim, esse tornou-se novo credor em face do endosso-translativo.
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APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO
JURÍDICA. DUPLICATA SEM ACEITE PROTESTADA. AUSÊNCIA DE NEGÓCIO
JURÍDICO SUBJACENTE. DECLARAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO
JURÍDICA ENTRE O EMITENTE E O SACADO. LEGITIMIDADE E
RESPONSABILIDADE DO ENDOSSATÁRIO PELO PROTESTO. ENDOSSO-
TRANSLATIVO. PROTESTO INDEVIDO. DANO MORAL. QUANTUM. REDUÇÃO.
TERMO INICIAL CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE MORA.
RESPECTIVAMENTE DATA DO ARBITRAMENTO E DATA DA CITAÇÃO
(RESPONSABILIDADE CONTRATUAL). RECURSO CONHECIDO E
PARCIALMENTE PROVIDO.
1 - O Colendo Superior Tribunal de Justiça, em sede de Recurso Especial repetitivo,
cujo tema circunscreveu-se à responsabilidade de quem recebe título de crédito por
endosso translativo e leva-o a protesto, distinguiu o endosso-translativo do endosso-
mandato, bem como a duplicata sem causa ("fria" ou simulada) e aquela cujo negócio
jurídico subjacente, posteriormente, tenha se desfeito ou tenha sido descumprido,
concluindo que o "endossatário que recebe, por endosso translativo, título de crédito
contendo vício formal, sendo inexistente a causa para conferir lastro a emissão de
duplicata, responde pelos danos causados diante de protesto indevido, ressalvado seu
direito de regresso contra os endossantes e avalistas" (RESP 1213256/RS, Rel.
Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 28/09/2011, DJe
14/11/2011).2 - Hipótese em que o endossatário, que recebeu duplicata sem aceite por
meio de endosso-translativo, mesmo sem a comprovação da causa apta a conferir
lastro à emissão do título, encaminhou-o ao cartório de protesto, o que foi efetivado,
portanto, indevidamente. 3 - Comprovado que o título foi emitido sem lastro, mantém-
se a sentença que condenou solidariamente o endossatário e o endossante/emitente,
ambos inseridos no pólo passivo da ação, pelo dano moral decorrente do protesto
indevido, que se opera in re ipsa, independentemente da prova do prejuízo.
Precedentes do STJ. 4 - Diante dos critérios balizadores já consagrados pela doutrina
e jurisprudência e das circunstâncias do caso concreto, especialmente considerando
que o protesto indevido perdurou por 99 (noventa e nove) dias, cuja cessação da
ilegalidade apenas se deu após decisão que antecipou os efeitos da tutela
determinando a suspensão dos efeitos do protesto, conforme depreende-se do Ofício
de fl. 63, tem-se razoável a metade do valor fixado pelo Juízo de origem, que atende
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às peculiaridades da presente hipótese o valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais).5 -
Quanto ao termo inicial dos juros moratórios da indenização por dano moral, aplica-se,
no caso de responsabilidade extracontratual, a data do evento danoso (Súmula nº 54
do STJ) e, no caso de responsabilidade contratual, a data da citação (art. 405 do
CPC), ressalvado o entendimento pessoal do relator, para o qual esse entendimento
somente se aplica às indenizações por dano material, computando-se a mora a partir
do arbitramento da indenização por danos morais, quando é fixada a obrigação líquida
e certa, em quantia atual, proporcional e razoável, visando à satisfação da vítima e
responsabilização do autor da lesão. Nada obstante, embora mantendo respeitosa
mas convicta divergência - Por entender que a aplicação da Súmula nº 54 do STJ,
bem como do art. 405 do CC/2002, aos danos morais afronta a literalidade do art. 407
do CC/2002 (antigo art. 1.064) - Adota-se a posição uniforme da Corte Superior
responsável pela uniformização da interpretação do direito federal, o que se faz em
harmonia aos princípios da igualdade e segurança jurídica. 6 - Recurso conhecido e
parcialmente provido. (TJES; APL 0005874-66.2011.8.08.0006; Segunda Câmara
Cível; Rel. Des. Álvaro Manoel Rosindo Bourguignon; Julg. 08/04/2014; DJES
16/04/2014)
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aspecto Apelações parcialmente providas. (TJSP; EDcl 0012661-
33.2002.8.26.0554/50000; Ac. 7414461; Santo André; Décima Segunda Câmara de
Direito Privado; Rel. Des. Jacob Valente; Julg. 30/10/2013; DJESP 16/04/2014)
Do dever de indenizar
Aqui, ao revés disso, a duplicata não tem origem lícita; sequer houve negócio
jurídico entabulado entre a Autora e quaisquer das partes demandadas.
De bom alvitre destacar que toda e qualquer prova em contrário ao quanto aqui
asseverado, deverá ser provado pelas partes requeridas.
Nesse sentido:
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Unânime. (TJRS - RecCv 43890-42.2013.8.21.9000; Uruguaiana; Primeira Turma
Recursal Cível; Rel. Des. Pedro Luiz Pozza; Julg. 08/04/2014; DJERS 14/04/2014)
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em apenso aos autos principais. 2- a duplicata é título de crédito causal, sendo
imprescindível à sua emissão a prévia existência de compra e venda mercantil. 3- a
ação declaratória de nulidade de título é ação de índole negativa. Assim negada pela
sacada de duplicata mercantil não aceita a existência de relação negocial que
emprestasse respaldo à sua emissão, o ônus da prova acerca da existência da causa
válida e efcaz a autorizar o saque do título transfere-se à pretensa credora. E, não
produzida a respectiva prova pela emitente, impõe-se declarado inexistente o débito
representado na cártula, com a sua conseqüente anulação. (TJMS; APL 0819993-
66.2012.8.12.0001; Campo Grande; Terceira Câmara Cível; Rel. Des. Marco André
Nogueira Hanson; DJMS 13/03/2014; Pág. 26)
Ademais, é consabido que o abalo suportado pela empresa autora, seja mesmo na
esfera moral, pode ser alvo de pleito indenizatório.
Dessa forma, o agir ilícito das requeridas revela inexistir qualquer óbice para se
reconhecer o dever de indenizar. É dizer, uma vez que o abalo suportado pela Autora
se enquadra como dano moral in re ipsa, prescinde de prova quanto à ocorrência de
prejuízo concreto, inclusive quanto às pessoas jurídicas.
Nesse sentido:
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de conta corrente não encerrada corretamente. Ônus que lhe incumbia, por força do
art. 333, II, do CPC. Provado o acontecimento danoso, bem como a responsabilidade
do réu no referido evento, o dano moral fica evidenciado sem a necessidade de
qualquer outra prova, prevalecendo o entendimento de que basta a demonstração do
nexo de causalidade entre o dano e a conduta do ofensor para que surja o dever de
indenizar. Inscrição no SERASA. Demonstração de que fornecedores da pessoa
jurídica da qual o autor é sócio se negaram a aprovar crédito por conta da inscrição no
órgão restritício, fato este não refutado pela instituição financeira. Situação apta a
provocar aflição superior ao mero aborrecimento. Recurso de apelação improvido.
Recurso adesivo do autor. Valor da indenização que deve proporcionar à vítima
satisfação na justa medida do abalo sofrido, produzindo no agente do ilícito impacto
suficiente para dissuadi-lo de igual procedimento, forçando-o a adotar cautela maior
em situações como a descrita nestes autos. Manutenção do valor de r$10.000,00 (dez
mil reais) arbitrado na sentença apelada, por estar de acordo com o art. 944, caput, do
Código Civil. Recurso adesivo improvido. (TJPE; APL 0190873-86.2012.8.17.0001;
Sexta Câmara Cível; Rel. Des. Cândido José da Fonte Saraiva de Moraes; Julg.
09/04/2014; DJEPE 15/04/2014)
Não bastasse isso, as instituições financeiras são sabedoras que tal fraude é
comum e, assim, deveriam redobrar os cuidados na realização dos contratos,
certificando-se de que as pessoas interessadas não estejam praticando atos ilícitos,
que possam prejudicar terceiros de boa-fé, como no caso.
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Da Tutela Antecipada
Pedidos e Requerimentos
a) Determinar a citação das Requeridas, por carta, com AR, para, querendo,
apresentar defesa;
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(1) antes anulando-se o título cambial em espécie, ratificando, por conseguinte, a
tutela antecipada pleiteada, que sejam as promovidas condenadas a pagarem
indenização, à guisa de danos morais, não menos que 30(trinta) vezes o valor do título
cambial em liça;
2) requer seja conferida a incidência sobre o valor indenizatório juros moratórios legais
de 12% a.a., a contar do evento danoso(00/11/2222), além de correção monetária pelo
IGP-M;
Súmula 43 do STJ – Incide correção monetária sobre dívida por ato ilícito a partir da
data do efetivo prejuízo.
3) com o pedido de inversão do ônus da prova, protestar provar o alegado por todos os
meios de prova em direitos admitidos, por mais especiais que sejam, sobretudo com a
oitiva de testemunhas, depoimento pessoal dos representante legal da Ré, o que
desde já requer, sob pena de confesso.
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Advogado(a)
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