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PODER JUDICIÁRIO

JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃO

PROCESSO TRT 15ª REGIÃO Nº: 0011831-09.2016.5.15.0045


RECURSOS ORDINÁRIOS - PROCEDIMENTO ORDINÁRIO
RECORRENTES: GERDAU AÇOS LONGOS S.A. E ROBERTO DONIZETTI NERI DOS SANTOS
RECORRIDOS: GERDAU AÇOS LONGOS S.A. E ROBERTO DONIZETTI NERI DOS SANTOS
ORIGEM: 2ª VARA DO TRABALHO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
JUIZ SENTENCIANTE: ROBERTO DOS SANTOS SOARES

Trata-se de recursos ordinários interpostos pelos litigantes em face da Sentença Id. fea90a3,
complementada pela decisão de embargos declaratórios Id. b6aeaec, a qual julgou parcialmente procedentes os pedidos
formulados na inicial. A reclamada insurge-se quanto ao reconhecimento da incompetência desta Especializada para
apreciar questão do pagamento do contrato de mútuo e no tocante ao adicional de periculosidade e PPP, horas extras,
adicional noturno, intervalos intrajornada e interjornadas, dobra de férias, correção monetária e juros. O reclamante busca
acrescer à condenação pagamento de horas de sobreaviso, indenização pelo uso de veículo próprio, indenização por
danos morais e multa de litigância de má-fé.

Preparo sob Id. d9c8743 e 73f1962.

Contrarrazões sob Id. 526c0fb e be013ca.

É o que de relevante cumpria relatar.

Eis meu V O T O:

Decisão proferida em harmonia com a legislação vigente na data da propositura da


reclamação, 13/09/2016, consoante o princípio da irretroatividade cravado no Artigo 5º, inciso XXXVI, da
Constituição, com norteamento inserto na Instrução Normativa nº 41/2018/TST.

Preenchidos os pressupostos recursais, conheço dos recursos.

RECURSO DA RECLAMADA

INCOMPETÊNCIA MATERIAL

A pretensão deduzida em sede de reconvenção de pagamento de dívida do autor oriunda de


contrato de mútuo - empréstimo imobiliário/financiamento, referente à nota promissória inadimplida, indubitavelmente
possui origem em título de crédito autônomo, tratando-se de obrigação de natureza civil, inexistindo relação de direito
material com o contrato de trabalho firmado entre os litigantes, portanto, irreparável a Sentença que declarou a
incompetência desta Especializada, consoante jurisprudência sedimentada na Alta Corte Obreira e no Superior Tribunal de
Justiça:

RECONVENÇÃO. COBRANÇA DE NOTAS PROMISSÓRIAS. RELAÇÃO CIVIL NÃO VINCULADA AO


CONTRATO DE TRABALHO. INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. A Corte regional consignou, no
acórdão recorrido, que, ao contrário do alegado pelo reclamado em suas razões recursais, "as notas promissórias
referem-se à empréstimo pessoal contraído pela autora, tem-se que a dívida tem origem em título de crédito
autônomo, que possui natureza eminentemente civil e nenhuma relação com o contrato de trabalho firmado entre
as partes". Assim, para se chegar a conclusão diversa, seria necessário o revolvimento de matéria fático-
probatória, análise impossível em fase recursal de natureza extraordinária, na forma da Súmula nº 126 do TST,
motivo pelo qual não é possível constatar a apontada violação do artigo 114, I, da Constituição Federal. Recurso
de revista não conhecido. ( RR - 23100-04.2008.5.09.0656 , Relator Ministro: José Roberto Freire Pimenta, Data
de Julgamento: 26/08/2015, 2ª Turma, Data de Publicação: DEJT 04/09/2015).

CONFLITO DE COMPETÊNCIA Nº 106.658 - SP (2009/0133692-2)

RELATOR : MINISTRO MASSAMI UYEDA

CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA - JUSTIÇAS COMUM E TRABALHISTA -

SUSTAÇÃO DE PROTESTO - TÍTULO DE CRÉDITO - NATUREZA CIVIL -

PRECEDENTES - ART. 114 DA CF - NÃO INCIDÊNCIA - COMPETÊNCIA DA

JUSTIÇA COMUM.

DECISÃO...

In casu, nos termos da petição inicial, verifica-se que o autor pretende a concessão do provimento liminar inaudita
altera pars para efeito de sustar o protesto e, ao final, seja a demanda julgada procedente, declarando-se
inexigível o título objeto da lide.

Intimado pelo 4º Tabelionato de Protesto e Letras e Títulos para pagar o valor referente a um cheque emitido em
05.03.2007 no valor de R$ 900,00 (novecentos reais), o autor emitiu-o em favor de Edvan Felipe Barbosa (2º
reclamado), para pagamento de verbas trabalhistas, em função de contrato de trabalho mantido entre as partes.
Na seqüência, o favorecido não deu quitação dos valores e transferiu o título ao 1º réu, que apresentou o cheque,
ocasionando o protesto, sendo que o autor nunca teve qualquer relação de trabalho com o 1º réu.

O pedido da ação é de sustação de protesto de título de crédito, referente a eventual dívida a ser
examinada como uma obrigação contratual de direito civil, ainda que o título tenha sido emitido em razão
do anterior vínculo empregatício havido entre as partes, porque os títulos de crédito são autônomos e
abstratos. Portanto, a competência para o julgamento da ação é da Justiça comum. Vejam-se, a propósito,
os seguintes precedentes:

"CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. JUSTIÇA ESTADUAL E DO TRABALHO.

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO CAMBIÁRIA, CUMULADA COM PEDIDO DE


NULIDADE DE TÍTULO DE CRÉDITO E PERDAS E DANOS.

I - Compete à justiça estadual julgar ação objetivando declaração judicial de inexistência de relação cambiária
entre o autor e o banco com quem celebrou contrato de mútuo, pois que o título cambial emitido como garantia da
obrigação, teve origem no pagamento de 'luvas' a gerente contratado para trabalhar em outra instituição financeira,
a qual, sendo seu verdadeiro empregador, não foi chamada para integrar a lide.

II - Ressalte-se que a sua ausência no processo, restringe a discussão à existência de obrigação de


natureza civil, em que se busca, ainda, provimento judicial em ação cautelar de sustação de protesto, cuja
competência, no caso, não pode ser atribuída à Justiça do Trabalho. Conflito conhecido, para declarar a
competência do suscitado" (CC 35.650/SP, relator o em. Ministro Castro Filho, DJ 07/10/2002).

"COMPETÊNCIA. CONFLITO NEGATIVO. JUSTIÇA COMUM E JUSTIÇA DO TRABALHO. AÇÃO DE


DESCONSTITUIÇÃO DE TITULO. CHEQUE DADO EM GARANTIA DE ACORDO DE RESCISÃO DE
CONTRATO DE TRABALHO.

I - A NATUREZA JURÍDICA DA MATÉRIA CONTROVERTIDA E FIXADA EM FUNÇÃO DO PEDIDO E DA CAUSA


DE PEDIR. II - VERSANDO OS AUTOS CONTROVÉRSIA ATINENTE A DESCONSTITUIÇÃO DE TITULO
CAMBIAL, A MATÉRIA DEBATIDA CONCERNE AO DIREITO PRIVADO, DESIMPORTANDO QUE O CHEQUE
TENHA SIDO EMITIDO EM GARANTIA DE ACORDO DE RESCISÃO DE CONTRATO DE TRABALHO. III - TAL
CIRCUNSTANCIA NÃO AFETA A COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA LABORAL PARA A EXECUÇÃO DAQUELE
ACORDO" (CC n. 10.332/SP, Relator Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira, DJ 20/03/1995).

E ainda: CC 75.600/SC, Relator Min. César Asfor Rocha, DJ 08/06/2007.

Assim, com fundamento no parágrafo único do art. 120 do CPC, conhece-se do conflito e declara-se competente o
JUÍZO DE DIREITO DA 5ª VARA CÍVEL DO FORO REGIONAL II DE SANTO AMARO - SÃO PAULO - SP...

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE E PPP

O Perito, especialista na matéria periciada, no minudente laudo encartado sob Id. a7971a0,
concluiu que o reclamante o estava exposto à periculosidade na realização das atividades exercidas na reclamada,
constatando que "no local foi encontrado um reservatório para armazenamento de 2.000L de Sederprot 347, o qual é
inflamável, informado no dia da diligência. Que foi utilizado até dezembro de 2015. O reclamante se desligou da Reclamada
em 07/11/2014".
A divergência da recorrente em relação às conclusões periciais não pode ser acatada na
medida em que o critério de avaliação da condição de periculosidade exige conhecimento específico na matéria periciada e
não empírico, baseado em meras alegações desprovidas de conteúdo científico.

A lei faculta à parte a indicação de assistente técnico para que possa, em parecer da mesma
estatura do laudo oficial, fundamentar sua discordância, a qual não se admite de outra forma.

Portanto, se há laudo, fundamentado e não infirmado por outra prova de igual estatura, laudo
de assistente técnico, considerando que a alínea "s", do Anexo 2, da NR 16/MTE claramente considera perigosa toda área
interna do recinto que contém armazenamento de vasilhames, fato sequer analisado pelo assistente técnico da reclamada,
não há sequer lógica em decisão que se firme apenas nas alegações da parte e elaboradas por especialista em outra área,
a do Direito.

HORAS EXTRAS, ADICIONAL NOTURNO, INTERVALOS INTRAJORNADA E


INTERJORNADAS

A pretensão de exclusão do reclamante do controle de jornada pelo exercício do cargo de


chefe de produção, nos termos do Artigo 62, inciso II, da CLT é descabida. Para que se configure o exercício de cargo de
gerência, a atrair o regime restritivo de direitos contido no dispositivo retrocitado, necessário que o empregado efetivamente
esteja investido de amplos poderes de mando, gestão, fiscalização, representação e supervisão, de forma a atuar como
autêntica longa manusdo empregador, a quem substitui na gestão do empreendimento, até mesmo praticando atos que
importem em risco à atividade empreendida, dado o grau de fidúcia atribuída.

Vale dizer, a limitação da jornada diária e semanal de trabalho tem fundamentos de ordem
social e econômica, e objetiva propiciar ao trabalhador o convívio familiar, bem assim lhe preservar a saúde física e mental.
O ônus da prova relativo ao exercício do cargo de gestão cabe ao empregador, nos termos do Artigo 818, da CLT, pois a
exceção ao controle de jornada prevista no inciso II, do Artigo 62, da CLT trata-se de fato impeditivo do direito.

Não bastasse a incúria da recorrente relativamente ao ônus probatório, diante da prova


dividida, o que por si só já soçobra a pretensão recursal, pelo teor dos depoimentos testemunhais conclui-se que o autor
não detinha amplos poderes de mando, gestão, fiscalização, representação e supervisão, era somente um chefe setorial de
produção, submetido a superiores hierárquicos.

A exceção do Artigo 62, da CLT não é aquela usada e abusada pelos empregadores que
sistematicamente rotulam seus empregados como gerentes/chefes para fraudar e impedir direitos elementares,
constitucionais, inexcusáveis: remuneração condigna e cumprimento de jornada razoável de trabalho (Artigo 7º, incisos V,
XIII e XVI, da Constituição), ela se encontra centrada na pessoa que efetivamente gerencia o estabelecimento, livre de
ingerências superiores ou de subordinação às normas de organização própria da atividade econômica, o que cabalmente
não se verificou nos presentes autos.

Destarte, mantido o não enquadramento na exceção prevista no Artigo 62, inciso II, da CLT,
rechaço as genéricas elucubrações relativas à jornada reconhecida na Sentença, adicional noturno, intervalos intrajornada
e interjornadas, nos termos do enunciado da Súmula 338/TST, além de fundado solidamente na prova oral.

Relativamente ao período anterior ao exercício do cargo de chefe de produção, os registros de


jornada encartados aos autos contêm anotações invariáveis, inválidos com meio de prova, inclusive quanto ao intervalo
intrajornada, prevalecendo a jornada reconhecida na Sentença.
A redução do intervalo tem duas consequências para o empregador: o período suprimido deve
ser ressarcido na forma do Artigo 71, §4º, da CLT e o tempo respectivo é computado como de efetivo trabalho e, se
acrescido na jornada, provoca o elastecimento além do limite legal diário, gerando pagamento de horas extras.

O pagamento do intervalo intrajornada, considerando a concessão do intervalo por tempo


inferior ao mínimo legal de uma hora, em jornada superior a seis diárias, deve corresponder ao ressarcimento integral e
reflexos nas demais verbas contratuais coetâneas, dada sua natureza salarial, em consonância com os enunciados das
Súmulas 437/TST e 83, deste Tribunal.

DOBRA DE FÉRIAS

O recurso fundado na alegação genérica de regular usufruto e recebimento das férias não
rebate os termos da Sentença, mantendo-se incólume seus sólidos e irrefutáveis fundamentos:

"A reclamada não juntou aos autos qualquer documentação relativa a férias, ônus que lhe incumbia. Em
consonância com a tese do reclamante, a 1ª testemunha ouvida confirmou o fracionamento das férias, assim como
a permanência em sobreaviso (fl. 1219, itens nº 25 e 26).

Dessa forma, defiro ao reclamante o recebimento em dobro das férias relativas aos períodos 2010/2011,
2011/2012 e 2012/2013, como requerido. Entretanto, apenas a dobra é devida, considerando que não foi alegada
ausência de pagamento no tempo oportuno"

CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS

Devido à celeuma instaurada em todas as instâncias sobre o índice de correção monetária, a


Câmara decidiu postergar a definição à liquidação, devendo ser aplicado o índice que prevalecer em decisão proferida pelo
Supremo Tribunal Federal na ADC 58 para a correção de créditos trabalhistas. Os juros incidem a partir do ajuizamento da
ação, conforme previsto no Artigo 883, da CLT.

RECURSO DO RECLAMANTE

SOBREAVISO

Para caracterização do trabalho em sobreaviso, é necessário que o trabalhador fique limitado


em seu direito de dispor de seu tempo como melhor lhe aprouver, em razão da obrigatoriedade de se manter à disposição
do empregador, ficando impedido de se locomover normalmente.

O uso de rádio, bip ou telefone celular não caracteriza, por si só, tempo à disposição do
empregador, pois o empregado que o carrega não tem necessariamente sua locomoção limitada dentro do campo de
funcionamento do aparelho, não se configurando situação de restrição, conforme ditado pelo enunciado da Súmula
428/TST.

A aplicação analógica da previsão do Artigo 244, da CLT, só se justifica quando o empregado,


em razão de seu ofício, mantém-se aguardando convocação para atender préstimo premente, urgente, inadiável, com
impossibilidade plena da liberdade de locomoção, situação que não foi provada pelo reclamante.

No caso sub examine, não restou provada impossibilidade de o autor gozar livremente de seus
horários de descanso e restrição da plena liberdade pessoal de locomoção, em função da expectativa de ser convocado a
trabalhar a qualquer momento, as testemunhas nada esclareceram nesse sentido, sequer afirmaram impossibilidade de
locomoção ou submissão a escalas de sobreaviso, não sendo preenchido requisito indispensável para concessão das
horas de sobreaviso, conforme disposto no enunciado da Súmula 428/TST.

INDENIZAÇÃO PELO USO DE VEÍCULO PRÓPRIO

A prova testemunhal confirmou que o autor utilizava veículo próprio, em detrimento do


transporte fornecido pela empregadora, em razão do labor em jornada elastecida decorrente do cargo de chefia, ou seja, o
reclamante optou pelo exercício do cargo mais elevado, ciente de seus benefícios remuneratórios e da maior
responsabilidade e jornada que referido cargo exige, portanto, aceitou a condição que lhe impossibilitou utilizar do fretado,
inexistindo razão e amparo legal e normativo para pleitear indenização pelo uso de seu veículo.

INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

Para que se configure o dano moral passível de reparação, são necessários os seguintes
requisitos: a lesão, nexo de causalidade e a ocorrência de ofensa ao patrimônio moral do ofendido, de modo a lhe causar
sofrimento atroz, de sorte que o seu equilíbrio emocional seja abalado e o indivíduo se sinta intimamente ferido.

Apesar de extensa a jornada reconhecida na Sentença, qual seja, de segunda a sexta; das 7h
às 18h30 (duas vezes por semana) ou das 7 às 21h30 (duas vezes por semana); uma quinta por mês, em regime de dobra
de turno, retornava às 22h, permanecendo até às 6h; um sábado e um domingo por mês, das 7 às 13h; sempre com 25
minutos de intervalo intrajornada, não era tão exaustiva a ponto de gerar dano moral, mormente considerando que usufruía
de descanso aos sábados e domingos, exceto uma vez por mês, não se configurando ocorrência de conduta ilícita da
reclamada ou óbice ao exercício da vida privada a justificar condenação ao pagamento de indenização, como decide a
Corte Trabalhista:

Recurso de revista a que se dá provimento. DANO EXISTENCIAL. EXCESSO DE JORNADA. PREJUÍZO NÃO
COMPROVADO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N° 126 DO TST. 1 - Esta Corte superior segue no sentido de que,
para que ocorra o dano existencial (espécie de dano imaterial) nas relações trabalhistas, não basta a mera
caracterização de jornada excessiva de trabalho, mas, sim, que dessa jornada sobrevenha a supressão ou
limitação de atividades de cunho familiar, cultural, social, recreativas, esportivas, afetivas, ou quaisquer outras
desenvolvidas pelo empregado fora do ambiente laboral. 2 - No caso dos autos, o Tribunal Regional consignou
que não restou comprovado que o sobrelabor ocasionou qualquer prejuízo à saúde ou ao convívio familiar e social
da reclamante. Diante desse contexto, é inviável de reforma a decisão, porque demandaria o reexame de fatos e
provas, o que é vedado pela Súmula nº 126 do TST. A incidência dessa súmula afasta a viabilidade do
processamento do recurso de revista com base na fundamentação jurídica invocada pela reclamante. 3 - Recurso
de revista de que não se conhece. (...)" (RR - 1433-23.2010.5.12.0004, Relatora Ministra: Kátia Magalhães Arruda,
Data de Julgamento: 17/08/2016, 6ª Turma, Data de Publicação: DEJT 14/10/2016)

MULTA POR LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ

O reclamante contestou o pleiteado em sede de reconvenção pela reclamada alegando


ausência dos requisitos de validade da nota promissória e não reconhecimento dos termos do contrato encartado sem
assinatura, não podendo ser configurada falsidade o fato de ter reconhecido em audiência que contraiu o empréstimo,
questão diversa dos fundamentos relativos à invalidade da cártula encartada aos autos.

DIANTE DO EXPOSTO, decido conhecer dos recursos ordinários interpostos pelos litigantes e
os prover em parte, o de GERDAU AÇOS LONGOS S.A. para postergar a definição à liquidação, devendo ser aplicado o
índice que prevalecer em decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal na ADC 58 para a correção de créditos
trabalhistas,e o de ROBERTO DONIZETTI NERI DOS SANTOS para delir multa de litigância de má-fé aplicada na
Sentença ao reclamante.

O valor arbitrado à condenação é mantido por comportar a modificação ora empreendida.

Em 17/08/2020, a 4ª Câmara (Segunda Turma) do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região julgou o presente processo em
sessão por videoconferência, conforme disposto na Portaria Conjunta GP-VPA-VPJ-CR nº 04/2020 deste E. TRT, e no art. 6º, da
Resolução 13/2020, do CNJ.
Presidiu o julgamento a Exma. Sra. Desembargadora do Trabalho ELEONORA BORDINI COCA
Tomaram parte no julgamento os Exmos. Srs. Magistrados
Relator: Desembargador do Trabalho DAGOBERTO NISHINA DE AZEVEDO
Desembargadora do Trabalho ELEONORA BORDINI COCA
Juiz do Trabalho RONALDO OLIVEIRA SIANDELA
Convocado para compor "quorum", consoante Ato Regulamentar GP nº 009/2019, o Exmo. Sr. Juiz Ronaldo Oliveira Siandela.

Ministério Público do Trabalho (Ciente)


ACORDAM os Exmos. Srs. Magistrados, à unanimidade, em julgar o processo nos termos do voto proposto pelo Exmo. Sr.
Relator.

DAGOBERTO NISHINA AZEVEDO


Desembargador do Trabalho

Assinado eletronicamente por: [DAGOBERTO NISHINA DE AZEVEDO] -


fa8b571
https://pje.trt15.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam Documento assinado pelo Shodo

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