Você está na página 1de 15

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA .....

VARA
FEDERAL DA CIRCUNSCRIÇÃO DE .....

AUTOS N.º: ......

....., instituição financeira sob a forma de Empresa Pública, com sede na


Rua....., n.º ....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., , por seus advogados
credenciados, instrumento de mandato anexo (doc. 01), vem perante Vossa
Excelência apresentar

CONTESTAÇÃO

à ação cautelar proposta por ....., pelos motivos de fato e de direito a seguir
aduzidos.

DO MÉRITO

1. Fatos

Os autores ingressaram com a presente ação sob a alegação de que a


Instituição financeira não estaria cumprindo o Contrato por Instrumento
Particular de Mútuo com Obrigações e quitação parcial, firmado pelo PES/CP,
requerendo no final o depósito judicial das prestações.

Os autores alegam que a Instituição financeira corrige a prestação pelo índice


da caderneta de poupança, em completo desvirtuamento ao PES/CP.

Alegam também que realizam pagamento das prestações, entretanto, não há


amortização do saldo devedor porque em primeiro lugar corrige o saldo
devedor e somente depois abate o importe amortizável da prestação paga pelo
devedor.

Que a Instituição financeira impôs a denominada Tabela Price como sistema de


amortização do financiamento, com juros efetivo anual de .....%.

Que a taxa de juros foi fixada em percentual superior ao permito pela norma
legal, bem como há sua capitalização.

Alegam que o seguro cobrado pela Instituição financeira é superior ao


praticado no mercado por outras empresas do ramo.
Aduzem a aplicação do Código de Defesa do Consumidor.

Alegam os autores que a mudança do PES/CP para PCR realizada pelo aditivo
de fls. .... foi obrigatória.

Em razão disso vêm pedir providência judicial.

A) - Da Inexistência do Fomus Boni Júris

O fumus boni juris é pressuposto indispensável da ação cautelar, é a aparência


do bom direito. E esta aparência, na lição de WILLARD DE CASTRO VILAR
("in" "Medida Cautelares", p. 59), é o juízo de probalidade e verossimilhança do
direito cautelar a ser acertado...

Sobre o fumus boni juris, acrescenta-se o entendimento do eminente


processualista GALENO LACERDA:

"Consideremos acima o fumus boni juris, a aparência do bom direito, como o


próprio mérito da ação cautelar. Em que consiste essa aparência? Diríamos
que ele requer algo mais do que a simples possibilidade jurídica da ação
principal, sem compreender-se, contudo, com um prejulgamento da existência
do direito material. Não basta a simples verificação em tese de que a lei admite
a pretensão principal. E, compreende-se o cuidado. É que a providência
importa grave cerceamento ao poder de disposição do réu, nem sempre
compensável em plenitude com a contracautela do art. 804, ou com o
ressarcimento do art. 811. Trata-se de medida violenta, fruto do enorme
concentração do poder de império do juiz e que, por isso mesmo, exige idêntica
dose de prudência e de critério na avaliação dos fatos, embora a exiqüidade de
tempo."("IN" Comentários ao Código de Processo Civil", Vol. III, Tomo I, Ed.
Forense, p. 306).

Ora os Autores não pagam suas prestações há mais de 15 meses, sendo que a
Instituição financeira vem cumprindo o contrato rigorosamente, aplicando os
reajustes da forma contratada, conforme será demonstrada e provada em
contestação da ação ordinária.

Inicialmente os Autores alegam de forma superficial que as prestações foram


reajustadas bem superior ao determinado pelo contrato, que era pelo PES/CP.
Nos autos não consta qualquer documento que prove as disparidade entre o
contratado e o cobrado.

Desta forma onde estaria a aparência do bom direito a favor dos Autores???

Segundo demonstrado e provado na ação ordinária em apenso (doc. 07 e 08)


os autores declararam que não possuíam condições financeiras de arcar com
as prestações do financiamento, sendo este o motivo de deixaram de honrar
com seus compromissos.
Ora, Excelência, aqui há um verdadeiro contra-senso porque ora alegam a
violação do contrato ora alegam dificuldade financeira, esta totalmente
estranha com relação a Instituição financeira, pois que culpa tem a instituição
financeira se os Autores não tem rendas suficiente para poderem arcar com
prestação do financiamento.

O conceito da Plano de Equivalência Salarial tem sua base legal no Decreto-lei


2.164, de 19.09.84 (art. 9º), cujo dispositivo legal vem sendo preconizado pela
jurisprudência pátria e se encontra de forma expressa estabelecido nos
contratos habitacionais.

É portanto, manifesta a ausência do fumus boni juris, requisito essencial à


concessão do liminar.

A) 2 - Ausência do Periculum In Mora

Também não existe o perigo na mora, a uma porque, como visto, as


prestações dos Autores estão sendo reajustados de acordo com o pactuado; a
duas porque o contrato de mútuo firmado com os Autores a muito encontra-se
inadimplênte, e que se observará que o valor das prestações será mantido.

Na realidade, o processo cautelar está sendo utilizado para legitimar


inadimplência, com o que não pode pactuar o Poder Judiciário.
Portanto , inegável pela improcedência do presente pedido.

B) - INADIMPLÊNCIA DOS AUTORES

Segundo comprova-se pelo relatório de prestação em atraso (Doc. 02), os


autores a partir da prestação 17 com vencimento em 28/05/99 deixaram de
pagar as parcelas do financiamento do imóvel contratado com a Instituição
financeira, demonstrando que estão totalmente inadimplentes, nem ao menos
consignam as prestações que entendem serem devidos a Instituição financeira
em Juízo.

Na realidade, não é a Instituição financeira que está descumprindo o contrato e


sim são os autores, pois estes não pagam as prestações do financiamento, sob
pretexto de que as prestações não estariam sendo corrigida pela variação do
salário da categoria profissional - dos autônomos. Na verdade pretendem
residir do imóvel sem despender qualquer ônus, usando até o Poder Judiciário
para protelarem o pagamento das prestações, nem ao menos pagam o valor
que entendem devido, pretendem sim, procrastinar o máximo o uso do imóvel,
em total prejuízo do credor hipotecário, pois esta não recebe o que tem direito
e não consegue a retomada do imóvel a fim de repassar a outro mutuário.

C) - IMPOSSIBILIDADE DOS DEPÓSITOS DAS PARCELAS VINCENDAS.

Sem qualquer razão a pretensão dos autores em querer depositar em Juízo as


parcelas vencidas e vincendas, pelo valor a ser apurado, visto que o meio
adequado é em ação de consignação em pagamento e não na presente ação
cautelar ou ordinária.
Esse é o entendimento Egrégia Terceira Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, senão vejamos:

RELATOR : JUIZ TEORI ALBINO ZAVASCKI


AGRAVANTE : ...
ADVOGADO : ...
AGRAVADO : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - INSTITUIÇÃO
FINANCEIRA

EMENTA
SFH. ANTECIPAÇÃO DA TUTELA. AÇÃO ORDINÁRIA. DEPÓSITO.
VALORES INCONTROVERSOS. EXECUÇÃO EXTRAJUDICIAL.
SUSPENSÃO. IMPOSSIBILIDADE.1. Não tem eficácia jurídica alguma a
realização de depósito dos valores incontroversos em ação ordinária. Haveria
eficácia jurídica se o depósito fosse em consignação, que é instituto de direito
material, equiparado, para todos os efeitos, ao pagamento (CC, art. 972).2.
Prejudicado o pedido de suspensão da execução extrajudicial se já ocorrida
arrematação do imóvel pela exeqüente e averbação no registro de imóveis.

ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a
Egrégia Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por
maioria, negar provimento ao recurso, vencida a Juíza Maria de Fátima Freitas
Labarrère, nos termos do relatório e notas taquigráficas que ficam fazendo
parte integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 10 de fevereiro de 2000 (data do julgamento).
DJ2 nº 114-E, 14.06.2000, p. 146

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1999.04.01.138550-5/PR


RELATOR : JUIZ TEORI ALBINO ZAVASCKI

EMENTA
SFH. ANTECIPAÇÃO DA TUTELA . AÇÃO ORDINÁRIA. DEPÓSITO.
VALORES INCONTROVERSOS. Não tem eficácia jurídica alguma a realização
de depósito dos valores incontroversos em ação ordinária. Haveria eficácia
jurídica se o depósito fosse em consignação, que é instituto de direito material,
equiparado, para todos os efeitos, ao pagamento ( CC, art.972 ).

Dados do JULGAMENTO
Órgão: Terceira Turma do TRF da 4ª Região
Decisão : Unânime
Data: 11 de maio de 2000
Publicação: DJ2, nº 133-E, 12.07.2000, p.160

Assim, improcede a tentativa dos autores de requererem o depósito judicial das


prestações do financiamento habitacional vencidas e vincendas, devendo
realizar-se pela via consignatória.
D) - DA ALEGADA NULIDADE DAS CLÁUSULAS CONTRATUAIS E
APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Os autores fazem diversas alegações sobre a nulidade das cláusulas


contratuais, discorrendo em 5 laudas sobre o tema, porém em momento algum
apontou de forma taxativa quais cláusulas apresentam nulidade.
As alegações da existência de cláusulas abusivas que diga-se de passagem
não foram apontadas quais são, não tem procedência alguma, pois as
cláusulas contratuais celebradas pelas partes não são abusivas, foram
redigidas em obediência a Lei do SFH que também é de Ordem Pública. Pelo
contrário o contrato é claro e estabelece obrigações lícitas e coerentes com a
natureza do negócio, nada havendo de obscuro ou exagerado.

Além do mais toda fundamentação dos autores vêm embaçada no Código de


Defesa e Proteção do Consumidor, porém referida legislação não atinge os
contratos de mútuos de dinheiro em geral e os do SFH em especial. Nos
dizeres de Paulo Brossard, in RF 334/265:

"11.(...) E por maior que seja a extensão que se possa dar aos vocábulos
consumo e consumidor a eles não se podem assimilar os contratos bancários.
12. Aplicar a Lei de Defesa do Consumidor a quem celebra contratos bancários
soaria tão estranho como a aplicação do Código Penal a criança. (...)
30. Ora, o crédito não se consome e não é destruído; usado, deve ser
restituído. A operação bancária não é objeto de consumo; é intermediária na
produção de bens, bens que serão produzidos para, após, virem a ser
consumidos. (...)
31. O consumidor que a lei protege é o que se serve de bens e serviços para a
satisfação de suas necessidades pessoais e não profissionais, não os
vendendo nem os empregando na produção de outros bens. (...)"
Vê-se, então, que em nada ajuda o pedido de SOS ao Código de Defesa do
Consumidor, sendo certo que, nos termos do art. 333, I, do CPC, os autores
deveriam ter provado todas as suas alegações.

A respeito da matéria, em recente decisão o TRF da 4ª Região apontou a


mesma solução:

ADMINISTRATIVO. CIVIL. SFH. MÚTUO IMOBILIÁRIO. CÓDIGO DE DEFESA


DO CONSUMIDOR. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA.
Código de Defesa do Consumidor não se aplica aos contratos financeiros em
geral. Nem ao mútuo em especial, porquanto a relação que se estabelece
quando da prestação de dinheiro não é de consumo, mas de investimento.
(Agravo de Instrumento n.º 1999.04.090464-0/PR - 4ª Turma - rel. Juiz
Valdemar Capeletti, v.u., j. em 30.11.99 - ac. Publ. DJU, seção II, de
15.03.2000, p. 331).

Portanto, in casu é descabida a aplicação do Código de Defesa do


Consumidor, porquanto a relação entre o agente financeiro e o mutuário não é
relação de consumo.
O mútuo de dinheiro não se enquadra na definição de produto ou serviço
estabelecida na Lei de consumo, conforme entendimento da jurisprudência e
da doutrina. Daí sua inaplicabilidade aos contratos de empréstimo de dinheiro,
pois ausentes os requisitos exigidos pela lei do consumidor, visto que o
dinheiro é meio circulante e não de consumo.

Alías, é bom esclarecer que há no financiamento concedido no âmbito do SFH,


regulamento por legislação específica, efetiva atuação estatal em prol da
sociedade, que merece tanta proteção quanto o adquirente da moradia, de
forma a preservar condições para a continuidade do sistema.

Não cabe, assim, a proteção do CDC para contratos regidos pelas norma do
SFH.

Senão vejamos a jurisprudência:

"APELAÇÃO VÉIVEL - EMBARGOS A EXECUÇÃO CRÉDITO HIPOTECÁRIO


- SFH - VALIDADE DA ADJUDICAÇÃO REALIZADA ANTERIORMENTE A
PROLAÇÃO DA SENTENÇA DOS EMBARGOS INTELIGÊNCIA DO ART. 50
DA LEI 5.741/71 - TAXAS DE SERVIÇO ACORDADOS - PRINCÍPIO DO
PACTA SUNT SERVANDA. RECURSO DESPROVIDO. É VALIDAD A
ADJUDICAÇÃO DO BEM REALIZADA NOS AUTOS DE EXECUÇÃO
ANTERIORMENTE AO PROFERIMENTO DA SENTENÇA NOS EMBARGOS,
UMA VEZ QUE NÃO PREENCHEU OS AUTORES NENHUM DOS
REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A ATRIBUIÇÃO DE EFEITO
SUSPENSIVO A EXECUÇÃO DE CRÉDITO HIPOTECÁRIO VINCULADO AO
SISTEMA FINANCERIO DA HABITAÇÃO, DE ACORDO COM O ARTIGO 50
DA LEI N.º 5.741/71, DE 01 DE DEZEMBRO DE 1971. CORREU A
EXECUÇÃO ATÉ O FIM COM CARATER DEFINITIVO. AS TAXAS DE
SERVIÇOS NO PERCENTUAL DE 18% FORAM REGULARMENTE
PACTUADAS ENTRE AS PARTES NO CONFECÇÃO DO CONTRATO QUE
ORIGINOU O CRÉDITO, O QUAL NÃO CARACTERIZA UMA RELAÇÃO
MERECEDORA DE PROTEÇÃO PELO CÓDIGO DO CONSUMIDOR. (TJPR -
APELAÇÃO CÍVEL JUIZ CONV. MANASSES DE ALBUQUERQUE JULG:
02/02/97 - AC. 5944 - PUBLIC.: 13/02/97). GRIFOS NOSSOS)

EMBARGOS A EXECUÇÃO. CÉDULA DE CRÉDITO COMERCIAL.


CAPITALIZAÇÃO. JUROS ACIMA DO LIMITE CONSTITUCIOANAL.
EXCESSO. LEI DE USURA. CONTRATO DE ADESÃO. APELO IMPROVIDO.
1. EM SE TRATATNDO DE CEDULA DE CRÉDITO COMERCIAL, NÃO É
VEDADA A CAPITALIZAÇÃO DE JUROS, VEZ QUE PREVIAMENTE
AVENÇADA. 2. ENQUANTO NÃO REGULAMENTADO, NÃO TEM
APLICAÇÃO O PRECEITO CONSTITUCIONAL SOBRE LIMITE DE JUROS
REAIS. 3. AS DISPOSIÇÕES DO DECRETO N.º 22.626/33 NÃO SE APLICAM
AS TAXAS DE JUROS E OUTROS ENCARGOS COBRADOS NAS
OPERAÇÕES REALIZADAS POR INSTITUIÇÕES PÚBLICAS OU PRIVADAS
QUE INTEGRAM O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL. 4. O CÓDIGO DE
DEFESA DO CONSUMIDOR ATINGE AS RELAÇÕES DE CONSUMO TÃO
SOMENTE, SENDO INAPLICÁVEL NÃO SÓ A POUPANÇA, COMO TAMBÉM
AS OPERAÇÕES QUE COMPREENDEM A SÉRIE DE FENOMENOS DA
PRODUÇÃO. NÃO CONSTITUI A ENTREGA DE DINHEIRO, NEM MESMO O
CRÉDITO, MÚTUO, DESCONTO, FINANCIAMENTO, ETC., FORMA DE
AQUISIÇÃO DE PRODUTO OU SERVIÇO PELO DESTINÁTARIO FINAL
SEJA PESSOA FÍSICA OU JURÍDICA. (TJPR - APELAÇÃO CÍVEL JUIZ
CONV. TUFI MARON FILHO JULG: 21/05/97 - AC. .: 6199 - PUBLIC.:
02/02/97).(GRIFOS NOSSOS)

SISTEMA FINANCEIRO DA HABITAÇÃO - AQUISIÇÃO DE IMÓVEL


REAJUSTE DE PRESTAÇÕES - ALEGAÇÃO DE MAJORAÇÃO EM
DESACORDO COM O PACTUADO - IMPROCEDÊNCIA - NULIDADE DE
CLÁUSULA ALEGADA - INOCORRÊNCIA. 1.. MAJORANDO-SE AS
PRESTAÇÕES DO IMÓVEL FINANCIADO PELO CRITÉRIO AVENÇADO
PELAS PARTES, NÃO HÁ, SÓ POR ESSE FATO, COMO SE DASR
PROCEDENTE AÇÃO BUSCANDO REVISÃO DE CONTRATO DE MÚTUO. 2.
INOCORRE NULIDADE SE NENHUM VÍCIO SE REGISTRA, QUER EM
INFRIGÊNCIA AO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, EM
INSTRUMENTO PARTICULAR DE COMPRA E VENDA, MÚTUO, PACTO
ADJETO DE HIPOTECA. APELO IMPROVIDO. (TJPR - APELAÇÃO CÍVEL -
JUIZ CONV. ANTONIO MARTELOZZO - JULG: 25/09/96 - AC. 5207 -
PUBLIC.: 18/10/96).

O mútuo de dinheiro não se enquadra na definição de produto ou serviço


estabelecida na Lei de consumo, conforme entendimento da jurisprudência e
da doutrina. Daí sua inaplicabilidade aos contratos de empréstimo de dinheiro,
pois ausentes os requisitos exigidos pela lei do consumidor.

É de se esclarecer que, ainda que fosse aplicável o CDC nas relações


bancárias, este não pode tomar forma de elixir capaz de levar à procedência
ações teratológicas como o presente, ficando assim, sem efeito o pedido dos
autores neste item.

E) - DA MULTA PELO INADIMPLEMENTO

Conforme ficou demonstrado e provado no item "B", o CDC é inaplicável nos


contratos de empréstimo de dinheiro, pois ausentes os requisitos exigidos pela
lei do consumidor, sendo assim, inaplicável também a multa de 2%, devendo
prevalecer a multa de 10% previamente estipulada pelas partes, nos termo da
cláusula trigésima primeira do contrato em anexo.
Portanto, improcedente este pedido, devendo prevalecer a multa de 10%.

F) -EXECUÇÃO EXTRAJUDICIAL - POSSIBILIDADE.

Alega os autores que a Instituição financeira está executando o contrato pelo


meio mais gravoso.
Está prevista na cláusula vigésima nona do contrato que:

"A dívida será considerada antecipadamente vencida... I) - Se o DEVEDOR: a)


faltar ao pagamento de alguma das prestações de juros ou de capital, ou de
qualquer importância devida em seu vencimento...".
As partes pactuaram na cláusula trigésima que o processo executivo poderia
seguir o rito do CPC, da Lei 5.741/71 ou do Decreto-Lei 70/66.

Os autores ao darem causa para o vencimento antecipado da dívida, a


Instituição financeira autorizada pelo contrato e pela Lei executou o mutuário
pelo Decreto-lei 70/66, cujo dispositivo é menos gravoso para o muturário.

Estando os Autores inadimplente com as prestações do financiamento


habitacional nos termos do contrato, a Instituição financeira tomou medidas
tendentes ao recebimento do seu crédito, cujo ato é garantida pela Constituição
Federal, que o do devido processo legal.
No tocante à execução extrajudicial praticados com base no Decreto-lei 70/66,
bem que se diga, que o Colendo Supremo Tribunal Federal, ao apreciar a
questão, decidiu pela sua constitucionalidade (RE 223.075-1/DF, DJU
06.11.98).

Assim, Excelência não qualquer ilegalidade da Instituição financeira utilizar-se


do Decreto-lei 70/66 para receber seu crédito, sendo assim, improcedente mais
este pedido formulado pelos autores.

G) DA RENEGOCIAÇÃO DO CONTRATO

Os autores por estarem inadimplentes com a INSTITUIÇÃO FINANCEIRA no


período de 28/10/97 a 28/12/97, procuraram o agente financeiro(doc. 08) e
renegociaram a dívida provocada pelo não pagamento das prestações,
alcançando o montante de R$ 3.811,29, conforme prova-se pelo documento 04
anexo.

Por essa inadimplência, o saldo devedor dos autores passou de R$ 47.167,25


para R$ 50.978,57.

Alegam os autores que o contrato aditivo no qual migraram do PES/CP para


PCR foi obrigatória.

Excelência, caluniosa a afirmativa trazidas pelos autores, pois foram eles quem
procuraram a Instituição financeira(doc. 7 e 8) para incorporarem as parcelas
74 a 76 pois, não tinham possibilidade de honrar as parcelas no valor de R$
1.238,01, em razão disso, optaram pelo Plano de Comprometimento de Renda
- PCR, passando o encargo mensal de R$ 1.238,01 para R$ 683,49, tendo em
vista a informação da renda do autor ser a quantia de R$ 2.300,00, segundo
prova-se pelo documento 05 anexo.

Toda a renegociação foi realizada nos termos da lei, não havendo nenhuma
irregularidade a ser questionada.

Com relação a alegação do saldo devedor estar aumentando mesmo com o


pagamento das prestações, ocorre em razão dos autores terem alterado o valor
da prestação do financiamento de R$ 1.238,01 para 683,49, conforme pode-se
observar no item 9 - Encargo Mensal Total, fl. 02 do Termo Aditivo de Opção
pelo Plano...(doc. 05 anexo).
Assim, o aumento do saldo devedor é decorrente da contraprestação ser
insuficiente para amortização dos juros e do seguro, e não proveniente de juros
capitalizados ou mesmo aplicação de índices incorretos.

Assim, improcedente a alegação de que a Instituição financeira teria obrigado


os autores a assinar o contrato e obriga-los a mudar de plano, pelos motivos
exposto no parágrafo anterior.

H) DA CORRETA APLICAÇÃO DO PES/CP PELO MUTUANTE PARA


CORRIGIR AS PRESTAÇÕES DO MUTUÁRIO.

Inicialmente deve esclarecer que caso seja realizada revisão das prestações,
requer seja efetuado a partir da assinatura do contrato de fls. 32/41, período
em que os autores iniciaram o pagamento das prestações do financiamento
habitacional - SFH do imóvel, objeto desta demanda.

Cabe demonstrar a lisura com que a Instituição financeira vem reajustando as


prestações dos autores, cumprindo integralmente as determinações cláusulas
do contrato no que se refere ao reajuste das prestações pelo índice do plano
de equivalência salarial por categoria profissional, tudo em respeito ao
pactuado.

A INSTITUIÇÃO FINANCEIRA contratou com os autores reajustes das


prestações pelo índice do plano de equivalência salarial por categoria
profissional, o qual é prevista na cláusula décima(fls. 35).

Segundo verifica-se pela planilha de evolução do financiamento, doc. 01, a


prestação foram reajustadas conforme a variação da categoria profissional dos
autores - sendo no caso aos dos autônomos, conforme declaração no
documento 06 anexo.
A alegação dos autores é que a Instituição financeira não estaria reajustando
as prestações conforme pactuado, querendo a substituição da TR pela
variação do salário mínimo.

A assertiva, entretanto, não é verdadeira bem como não pode prosperar.

Vigora no contrato que as prestações e acessórios será reajustado pelo índice


aplicado aos da caderneta de poupança e é isto o que está sendo aplicado,
visto que o autor é profissional autônomo, não pela variação do salário mínimo.

Portanto, se tem alguém merecendo o amparo Constitucional, este alguém é a


INSTITUIÇÃO FINANCEIRA que firmou o contrato elegendo um indexador e
que deve ser observado em cumprimento aos pacta sunt servanda, ao que
estabelece o art. 6º, da LICC e o que prevê o art. 5º, inciso XXXVI, da
Constituição Federal, que protegem o ato jurídico perfeito e o direito adquirido.

Pelo demonstrado ficou provado que a Instituição financeira vem cumprindo


rigorosamente o pactuado, repassando tão somente as prestações do
financiamento os índices de remuneração aos da poupança, embora aleguem
que aquela vem reajustando as prestações além correções aplicados aos
salário da sua categoria profissional, ficou provado o contrário.
Portanto, improcedente é este pedido.

I) SEGURO COBRANÇA NOS TERMOS DO CONTRATO.

Com relação ao seguro, a INSTITUIÇÃO FINANCEIRA é mera procuradora dos


autores, deste modo qualquer inconformidade em relação ao seguro do
financiamento deve ser discutido com a seguradora e não com a INSTITUIÇÃO
FINANCEIRA.

Cabe destacar que o contrato de compra e venda com quitação e


cancelamento parcial firmado entre a INSTITUIÇÃO FINANCEIRA e os
mutuários, na verdade, compõe-se de 04 contratos a saber: 1) compra e venda;
2) mútuo; 3) a hipoteca; E 4) o seguro, sendo este último decorrente de
imposição legal.

Cada um deles tem suas partes, sendo que o do seguro está implícito por força
do preceito legal inserto no art. 14, da Lei 4.380/64, que determina a
obrigatoriedade de integração do seguro de vida no contrato de financiamento.
Diz o citado dispositivo:

"Os adquirentes de habitação financiadas pelo Sistema Financeiro da


Habitação contratarão seguro de vida de renda temporária, que integrará,
obrigatoriamente, o contrato de financiamento, nas condições fixadas pelo
Banco Nacional da Habitação". (grifamos)

O seguro, em razão deste dispositivo legal, foi pactuado na Cláusula Décima


Oitava (fl. 22) e cláusula quarta (fl.37) do contrato, in verbis:

"CLÁUSULA VIGÉSIMA SEGUNDA - Durante a vigência do contrato de


financiamento são obrigatórios os seguros previstos pela apólice compreensiva
habitacional ou que venham a ser adotados pelo sistema financeiro da
habitação - SFH, os quais serão processados por intermédio da INSTITUIÇÃO
FINANCEIRA, obrigando-se o devedor a pagar os respectivos prêmios. Em
caso de sinistro, fica a INSTITUIÇÃO FINANCEIRA autorizada a receber
diretamente da companhia seguradora o valor da indenização, aplicando-o na
solução ou na amortização da dívida e colocando e saldo, se houver, a
disposição do devedor"

Tal "seguro habitacional", desde aquela época foi se adaptando às exigências


da evolução do SFH, tornando-se no caso o mais abrangente possível,
porquanto hoje em dia abrange tanto o seguro de morte e invalidez permanente
quanto danos físicos no imóvel, o que não ocorre com os seguros normais
oferecidos no mercado.

A circular 08 de 18/04/95, da SUSEP, sistematizou todas as normas referente à


Apólice de Seguro Habitacional do SFH, atualizando, de certa forma, a até
vigente desde a Circular SUSEP 76, de 23/11/77.
Portanto, no que toca aos índices e valores do prêmio de seguro, a SUSEP é o
órgão legalmente competente para estipulá-los e responsável, portanto, por
qualquer prejuízo que possam ter sofrido os autores no que tange a seguros, o
que, ressalta-se, em verdade não aconteceu, como já demonstrado.

A INSTITUIÇÃO FINANCEIRA deve se utilizar dos seguros do SFH, conforme


as determinações da SUSEP, não tendo nem liberdade de estipular o seguro
da maneira que lhe convenha. Isto porque é a própria lei criadora do SFH que
exige a integração ao contrato de compra e venda com financiamento, do
seguro habitacional, que, de mais a mais regulamentado de forma igual para
todos os agentes financeiros que atual na área, pela SUSEP e pelo BACEN.

É de se ver que não se trata de uma prática abusiva, pois faz parte das
condições do negócio o seguro daquilo que servirá de garantia à dívida, sendo
tal seguro colocado no contrato por expressa disposição legal.

Disto estavam ciente os autores desde o momento da assinatura do contrato, já


que existe uma previsão no mesmo da cobrança do prêmio em questão, o que
afasta qualquer abusividade, pois a ciência de cláusula contratual
descaracteriza o abuso, ainda mais se tal estiver conforme a lei. Esta cláusula
é que autoriza a INSTITUIÇÃO FINANCEIRA a exigir tal obrigação.

Afigura-se claro que nada está sendo exigido além do que previsto contratual e
legalmente.

É de chamar a atenção de que os autores somente realizaram alegações, não


apresentando nenhum elemento ou prova de que outros seguros seriam mais
baratos, sendo que somente isso não seria reconhecedor de sua razão, pois
necessário seria apresentar qual a abrangências desses outros seguros, já que
o habitacional é bem específico e possui um leque bem maior de atendimento.
Desta maneira, restam impugnadas as alegações relativas às taxas de
seguros.

Igualmente improcedente a alegação de venda cassado do seguro habitacional


porque o mesmo está implícito por força do preceito legal inserto no art. 14, da
Lei 4.380/64, que determina a obrigatoriedade de integração do seguro de vida
no contrato de financiamento.

J) - SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO

Alegam os autores que Instituição financeira estaria cobrando juros compostos


com a utilização sistema amortização pela tabela PRICE, o que é totalmente
improcedente.

O SFA (Sistema Francês de Amortização = Tabela Price) constou do contrato,


como faz ver às fls. 32 - Quadro "C", item 4 onde se lê, SFA (Sistema de
Amortização).
É de se registrar, outrossim, que o SFA é utilizado apenas para o cálculo da 1ª
prestação e nada tem haver com o amortização dos saldos devedores.

O sistema utilizado pelo INSTITUIÇÃO FINANCEIRA, portanto, é aquele que


constou do Contrato primitivo (Cláusula Quinta fl. 34 e da proposta dos
autores).

Se os valores das prestações não conseguem cobrir parte da parcela de juros


e do capital, isso nada tem haver com o sistema de amortização utilizado, mas
sim porque o valor da prestação é tão irrisória frente ao saldo devedor que não
consegue sensibilizá-lo.

K) - INEXISTÊNCIA DE JUROS COMPOSTOS

Mais uma vez os autores vêm demonstrar desconhecimento acerca da matéria


ao sustentarem a cobrança dos juros nominais em substituição aos efetivos,
constantes do contrato.

Alega que a Instituição financeira está aplicando mensalmente taxa de juros


compostos , o que não é verdade conforme pode ser observado da planilha
juntada documento 01 anexo.

No contrato celebrado entre as partes, a INSTITUIÇÃO FINANCEIRA buscou


ser transparente quanto a inclusão dos juros nominais (10,50 a.a.) e juros
efetivos (11,0203% a.a.). Esclarece-se que os mesmos são para demonstrar
transparência, ou seja, os juros de 10,50% a.a., na forma da lei e do contrato,
são cobrados mensalmente, implicando em um acumulado anual, em razão
desta forma legal e contratual de cobrança, de 11,0203% a.a.

Além do mais os juros, bem como o seguro habitacional, são cobrados


mensalmente, ou seja, primeiramente deduz-se da prestação o seguro
habitacional, depois os juros, para somente após amortizar o saldo devedor
com o restante da prestação, se houver.
Não há, portanto, qualquer anatocismo a justificar a alegação de que a
Instituição financeira descumpriu o contrato no que se refere aos juros
cobrados.

Quanto a aplicabilidade da Súmula 121 do i. STF, conforme demonstrado, a


mesma restou superada pela Súmula de n.º 596 editada com base no disposto
na Lei 4.595/64, a qual, lembra-se também, foi elevada a condição de Lei
Complementar.

Voltando as alegações de capitalizações de juros, é de se considerar,


inicialmente que o regime de capitalização dos juros podem ser classificados
em (1) simples, também conhecidos como linear e (2) composto.

Já quanto ao valor do capital inicial considerando como base de cálculo, podem


ser classificados em (1) nominais, (2) efetivos e (3) reais.
Denomina-se taxa nominal de juros quando o valor inicial tomado como base
de cálculo não representa o valor efetivamente recebido ou desembolsado;
taxa efetiva mensal é a taxa nominal anual dividida por doze meses e, por
conseqüência, a taxa efetiva anual é a taxa afetiva mensal elevada
exponencialmente a doze meses; a taxa real, por sua vez, é calculada a partir
da taxa efetiva, considerando os efeitos inflacionários.

Existe, portanto, uma equivalência entre a taxa efetiva e a nominal onde esta
na sua forma mesma eqüivale àquela elevada ao exponente 12.

A boa-fé da Instituição financeira esta estampada no contrato firmado pelos


autores, pois a Instituição financeira poderia contratar juros de até 12% ao
ano, porém contratou com taxa de 10,50% ao ano.

No caso dos autor contratou-se uma taxa nominal de 10,50% ao ano que
eqüivale a 11,0203% ao ano de taxa efetiva anual, encontrado na fórmula
matemática: 10,50% divido por 12(ano), dividido por 100(percentual) + 1(casa
do percentual) e o resultado elevado ao expoente 12=11,0203% ao ano.

Nota-se, que as alegações dos autores são totalmente aleatória, tendo pois
este nem se deu ao trabalho de analisar o contrato firmado com a Instituição
financeira.

Não há, portanto, qualquer anatocismo a justificar a alegação de que a


INSTITUIÇÃO FINANCEIRA estaria descumprindo o contrato no que se refere
aos juros cobrados.

Improcede, outrossim, a alegação de que estaria havendo ilegalidade no que


se refere a cobrança de juros compostos, por falta de prova.

L) -DA ALEGADA LIMITAÇÃO DOS JUROS A 10% AO ANO

Quanto a alegação de que a Lei 4.380/64 prevê a limitação da taxa de juros no


percentual de 10% ao ano e que este deve ser o percentual limite para o
contrato em tela, não procede.

É de se esclarecer que o Decreto-lei n.º 2.291/86, artigo 7º, incisos I e II deu


competência ao Conselho monetária Nacional para gerir e disciplinar o SFH,
como se pode ver:

"art. 7º - Ao Conselho Monetário Nacional, observado o disposto neste Decreto-


lei, compete:
I - exercer as atribuições inerentes ao BNH como órgão central do Sistema
Financeiro da Habitação, do Sistema Financeiro do Saneamento e dos Sistema
Financeiro conexos, subsidiários ou complementares daqueles;
II - deferir a outros órgãos ou instituições financeiras federais a gestão dos
fundos administrativos pelo BNH, ressalvado o disposto no art. 1ª, § 1ª, alínea
"b"; e
III - orientar, disciplinar e controlar o Sistema Finaceiro da
Habitação"(grifamos).
Compete ao CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL, órgão central do SFH,
defender os interesses deste, bem como orientar, disciplinar e controlar o
Sistema Financeiro da Habitação.

Assim, de acordo com a Resolução n.º 1.221, de 24 de novembro de 1986,


dispõe:

"O Banco Central do Brasil, na forma do artigo 9º da Lei 4.595, de 31 de


dezembro de 1964, torna público que o Conselho Monetário Nacional, em
sessão realizada nesta data, tendo em vista o disposto no artigo 7º, do
Decreto-lei n.º 2.291 de 21.11.1986, resolveu:
(...)
V - Além da atualização mencionada nos itens anteriores, as prestações de
financiamento habitacional a mutuários finais de que trata a alínea "a" do item II
terão remuneração adicional efetiva máxima, incluídos os juros, comissões e
outros encargos, de 12% a.a.(doze por cento ao ano), no caso de
financiamentos a mutuários finais de imóveis com preço de venda equivalente
até 10.000,00(dez mil) Obrigações do Tesouro Nacional - OTN" (grifamos).

De igual forma estabelece a Circular n.º 1.161, do Ministério da Fazenda e


Banco Central do Brasil, que assim preceitua:

"1. Comunicamos que a Diretoria do Banco Central do Brasil decidiu esclarecer


os seguintes pontos em relação às recentes deliberações do Conselho
Monetário Nacional sobre financiamentos habitacionais nas condições do item
II, alínea "a" da Resolução n.º 1.221, de 24 de novembro de 1986, não poderá
exceder:
(..)
h) a taxa de juros efetiva máxima de 12% (doze por cento) para financiamentos
a mutuárias finais, de que trata o item V da Resolução n.º 1.221, de 24 de
novembro de 1986, é aplicável a qualquer valor de financiamento concedido".
(grifamos).

Como se vê, o referido financiamento não está contrário ao mandamento legal,


que prevê expressamente a cobrança da taxa de juros no limite máximo de
12(doze) por cento ao ano.

Não há que se falar em taxa excessiva de juros aplicadas ao financiamento,


pois esta é estipulada por norma pública, pelo órgão responsável que gere e
disciplina o Sistema Financeiro Habitacional, não sendo a INSTITUIÇÃO
FINANCEIRA, responsável pelo quantum devido, pois limita-se a cumprir as
ordens emanadas por aquele órgão.

Desta feita, os autores devem reportar-se a União Federal, e não a


INSTITUIÇÃO FINANCEIRA, para dirimir dúvidas a respeito deste tema.

Vale ressaltar que percentual de juros contratados foi de 10,50% a.a.(taxa


nominal) e 11,02034 a.a. (taxa efetiva), ou seja, inferior ao limite estipulado na
lei.
Assim, improcedente mais este pedido

DOS PEDIDOS

Isto posto, e por tudo mais que certamente V. Exª certamente acrescentará,
requer a Instituição financeira pela improcedência da presente ação,
condenando os autores nos ônus da sucumbência.

A Instituição financeira requer pela produção de todos os meios de prova em


direito admitidos, v.g. testemunhal, pericial e documental, além da oitiva dos
Autores, em especial pela utilização das provas documentais que encontra-se
em anexo na ação ordinária.

Nesses Termos,
Pede Deferimento.

[Local], [dia] de [mês] de [ano].

[Assinatura do Advogado]
[Número de Inscrição na OAB]

Você também pode gostar