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AÇÃO DE EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE


XXXXXXX

XXXXXXXXXXX, brasileiro, divorciado, autônomo, portador da cédula de identidade RG nº. XXXX, inscrito no
CPF nº. XXXX, residente e domiciliado à Rua Aristides XXXX, por seus advogados infra-assinados, com endereço
constante do rodapé, vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 396 a 404 do NCPC,
propor a presente

MEDIDA CAUTELAR DE EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO COM PEDIDO DE LIMINAR

em face de XXXXX., CNPJ XXXX, com endereço à XXXXX, pelas razões de fato e direito que passa a expor:

I - DOS FATOS

O(a) Autor(a) celebrou contrato de empréstimo pessoal com garantia de alienação fiduciária com a Ré para aquisição
de um veículo. Foi financiado o valor de R$ 42.900,00 (quarenta e dois e novecentos reais), pactuando-se o pagamento de
48 parcelas no valor de R$1.575,17 (um mil quinhentos e setenta e cinco reais e dezessete centavos).

Destaca-se que o(a) autor(a) tentou obter a cópia de seu contrato de todas as formas possíveis, seja via internet e por
telefone e até mesmo indo pessoalmente na agência bancária, mas, no entanto não obteve êxito, sob a justifica de que não é
possível o fornecimento do mesmo quando encontram-se parcelas em atraso ou que tal pedido deveria ser realizado perante
setor específico, no entanto sem prestar quaisquer outras informações.

É fato notório que essa prática se tornou quotidiana por parte das instituições bancárias, as quais impõem inúmeros
entraves para não fornecer o instrumento de contrato celebrado, o qual, destaca-se, também não é fornecido no ato da
assinatura, caracterizando-se claramente como mais uma forma de coagir o consumidor a não exigir os seus direitos e
impedir o seu acesso à justiça.

Tais documentos possibilitarão ao requerente o recálculo de seus débitos com a conseqüente propositura de
acionamento revisional dos contratos, visando a declaração judicial do exato montante devido.

Visando solucionar os questionamentos levantados, a parte autora fez requerimento administrativo para a
exibição dos documentos (conforme documento anexo), todavia, até o momento, a ré não se manifestou acerca deste,
tendo transcorrido tempo muito superior ao prazo estipulado.

É fato notório que essa prática se tornou quotidiana por parte das instituições bancárias, as quais impõem inúmeros
entraves para não fornecer o instrumento de contrato celebrado, o qual, destaca-se, também não é fornecido no ato da
assinatura, caracterizando-se claramente como mais uma forma de coagir o consumidor a não exigir os seus direitos e
impedir o seu acesso à justiça.
Tais documentos possibilitarão ao requerente o recálculo de seus débitos com a consequente propositura das ações
revisionais dos contratos, visando a declaração judicial do exato montante devido.

Faz-se importante mencionar que cada vez mais os magistrados estão voltando as suas interpretações à
imprescindibilidade do contrato para propositura da demanda revisional, tornando-se comuns decisões que passam a
indeferir de plano as iniciais ou ainda extinguir os feitos com julgamento do mérito pela ausência do contrato, conforme
abaixo se demonstra:
“Número do processo: 2.0000.00.415042-9/000(1) Ementa: AÇÃO revisional de contrato cumulada com repetição de
indébito. Contrato. DOCUMENTO indispensável à propositura da AÇÃO. Necessidade de que a inicial venha
instruída com o contrato em relação ao qual se pretende a REVISÃO. Não apresentação do contrato.
Indeferimento da inicial. Necessidade de prévio ajuizamento de AÇÃO CAUTELAR de EXIBIÇÃO de
DOCUMENTO. 1) Em ações em que se pretende a REVISÃO de cláusulas contratuais, deve a inicial vir
acompanhada do contrato em questão, já que este constitui DOCUMENTO indispensável à propositura da AÇÃO. 2)
Se a parte não detém em seu poder o contrato em relação ao qual pretende a REVISÃO, antes de ajuizar a AÇÃO
revisional deve ajuizar a competente CAUTELAR de EXIBIÇÃO de documentos”.

Ademais, o art. 330 do Novo CPC consolidou a imprescindibilidade da juntada do contrato juntamente com a inicial
dos processos revisionais.

Dessa forma, para que os autores não sejam prejudicados em seu direito de ação, a presente medida cautelar torna-se
útil, pois somente através de seu ajuizamento, poderá instruir a demanda revisional com todos os documentos necessários
para o seu prosseguimento.

Estando o consumidor hipossuficiente de “mãos atadas”, obrigado a se submeter a todas as imposições da instituição
financeira ré, alternativa não resta, senão pleitear a exibição dos contratos celebrados entre as partes através da presente ação.

Em suma, o pedido da presente ação, mesmo que de natureza satisfativa, é autorizado pela lei e por nossos tribunais
superiores, senão vejamos:

“RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CAUTELAR DE EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS. MEDIDA DE NATUREZA


SATISFATIVA. PROPOSITURA DE AÇÃO PRINCIPAL. DESNECESSIDADE. 1. A ação cautelar de exibição é
satisfativa, não garantindo eficácia de suposto provimento jurisdicional a ser buscado em outra ação. Exibidos os
documentos, pode haver o desinteresse da parte em interpor o feito principal, por constatar que não porta o direito
que antes suspeitava ostentar. 2. O direito subjetivo específico da cautelar de exibição é o de ver. Assim, entendendo
o Juízo que a parte requerente é possuidora de tal direito, a ponto de determinar a exibição, é decorrência lógica que
julgue a medida procedente.” (REsp 244.517 -2ª Turma -Ministro João Otávio de Noronha)

“Em regra, as ações cautelares têm natureza acessória, ou seja, estão, em tese, vinculadas a uma demanda principal, a ser
proposta ou já em curso. Ocorre que, em algumas hipóteses, a natureza satisfativa das cautelares se impõe, como no
caso vertente, em que ação cautelar de exibição de documentos exaure-se em si mesma, com a simples apresentação
dos documentos, inexistindo pretensão ao ajuizamento de ação principal. Desta feita, nos casos em que a ação
cautelar tem caráter satisfativo, não há que se falar no indeferimento da petição inicial pela inobservância do
requisito contido no artigo 801, III, do CPC, segundo o qual”o requerente pleiteará a medida cautelar em petição
escrita, que indicará a lide e seu fundamento”. (REsp 744.620 -4ª Turma -Ministro Jorge Scartezzini)

Destarte, a parte autora não viu outro meio senão a busca pela tutela do judiciário para obter os citados documentos.

II – DA RELAÇÃO CONTRATUAL

a) Da necessidade de reconhecimento do contrato firmado como de adesão


Quanto ao instrumento entabulado entre as partes, é inarredável que se trata de contrato de adesão, conceituado pelo
Código de Defesa do Consumidor, em seu art. 54, como “[...] aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas pela
autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor
possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo”.

Veja-se que a Requerente obrigou-se a aceitar, em bloco, as cláusulas estabelecidas pela Ré, aderindo a uma situação
contratual que se encontrava definida em todos os seus termos. Na relação jurídica existente entre as partes ora litigantes, há
predomínio categórico da vontade da Ré, que impôs condições contratuais favoráveis somente a si, em detrimento da
Autora. As irregularidades apontadas prejudicam a comutatividade contratual e exigem a intervenção judicial para coibir
que prevaleçam soberanos os ditames impostos unilateralmente pela instituição financeira ré visando unicamente o seu
benefício próprio em detrimento ao direito da requerente.

Logo, é inequívoco que o instrumento de adesão sob foco foi elabo rado de maneira genérica, e que as suas cláusulas
devem ser debulhadas sob a óptica do Digesto do Consumidor, conforme argumentação expendida a seguir.

b) Da Aplicação do Código de Defesa do Consumidor

Por muito tempo a questão da aplicabilidade ou não do CDC às instituições financeiras foi amplamente discutida,
sendo que os julgados de nossos tribunais, não raras vezes, apresentavam julgados discrepantes ante uma mesma situação
lançada ao crivo do Poder Judiciário.

Porém, hodiernamente, inquestionável é a aplicabilidade do referido Codex aos contratos bancários, em especial, após a
edição da Súmula 297 pelo Superior Tribunal de Justiça, que assim determina:

“Súmula 297. O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras.”

A atividade bancária e financeira, portanto, está indiscutivelmente sujeita às regras do Código de Defesa do
Consumidor, como expresso também no art. 3º, § 2º, da Lei nº 8.078/90.

c) Da necessária inversão do ônus da prova

Deve ser observado o disposto no art. 6º, VIII, do Código de Defesa do Consumidor, que sufraga o princípio da
inversão do ônus da prova. Preconiza o referido artigo que:
“São direitos básicos do consumidor (...)

VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo
civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras
ordinárias de experiências”.

Como se pode perceber, a hipossuficiência está caracterizada, pois a Autora (consumidora) está inferiorizada, em
termos econômicos, não podendo discutir em pé de igualdade com a instituição financeira ré.

Logo, mostra-se incidente a inversão do ônus da prova, nos termos do que determina o CDC, quando houver a
presença de um dos requisitos indicados no inc. VIII, do seu art. 6º, quais sejam, a verossimilhança da alegação trazida pelo
consumidor ou em razão de sua hipossuficiência.

Outrossim, faz-se importante destacar que a hipossuficiência a que se refere o dispositivo acima citado não é
somente econômica, mas também de natureza técnica, senão vejamos, in verbis:
“[...] hipossuficiência, para fins da possibilidade de inversão do ônus da prova, tem sentido de desconhecimento
técnico e informativo do produto e do serviço, de suas propriedades, de seu funcionamento vital e/ou intrínseco, de
sua distribuição, dos modos especiais de controle, dos aspectos que podem ter gerado o acidente de consumo e o
dano, das características do vício etc”. (Rizzato Nunes, in Curso de Direito do Consumidor. Saraiva, 2004, p. 731).

A hipossuficiência técnica da Requerente também se evidencia no presente caso e consiste no fato de que é
necessária a compreensão de complexas operações financeiras, bem como o modo como operam as instituições financeiras
ao prestarem os seus serviços. Além disso, é necessário esclarecer que a forma da cobrança do cumprimento das
obrigações pactuadas está adstrita ao sistema interno da ré, cujos componentes, regras administrativas e forma de
funcionamento não estão disponíveis a Autora, seja por desconhecimento imposto pela própria Ré, seja pela conduta
proposital deste no sentido de ocultar tais informações e/ou dificultá-las ao máximo, utilizando-se de termos técnicos,
insuscetíveis de interpretação ao consumidor leigo.

III - DO DIREITO

A presente ação cautelar de exibição de documentos encontra respaldo legal no Código de Processo Civil, o qual
determina:

“Art. 396. O juiz pode ordenar que a parte exiba documento ou coisa que se encontre em seu poder.”

Os documentos que devem ser exibidos em sua integralidade pela instituição financeira requerida são os extratos
referentes ao valor das parcelas pagas e o contrato de financiamento nº. xxx.

Pontua-se que sem os referidos documentos não é possível aferir especificamente quais encargos foram cobrados do
devedor, para então proceder-se à revisão dos valores financiados e o acionamento revisional.

A possibilidade de formulação do presente pedido é tratada pelo nobre doutrinador Nelson Nery Junior, in Código
de Processo Civil Comentado, 4ª Edição, quando nos ensina:

“Aquele que entender deve mover ação contra outrem e necessitar, para instruir o pedido, de conhecer teor de
documento ou coisa a que não tenha acesso poderá valer-se deste procedimento preparatório para obter os dados que
necessita e armar-se contra o futuro e eventual adversário judicial que tiver. O interesse do autor na obtenção da
sentença cautelar há de ser a urgência e necessidade prévia da providência cautelar, necessária e indispensável à
obtenção do desiderato que pretende.”

A jurisprudência, a respeito do pedido aqui formulado, assim tem entendido de forma pacífica:

“DECISÃO: Acordam os Desembargadores integrantes da Décima Quinta Câmara Cível do Tribunal de Justiça
do Estado do Paraná, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso e dar-lhe provimento, nos termos do voto do Des.
Relator. EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO. DECISÃO QUE
IMPÕE AOS AUTORES A EXIBIÇÃO DOS DOCUMENTOS. IMPOSSIBILIDADE.ERROR IN PROCEDENDO.
INVERSÃO INDEVIDA DO ÔNUS DA EXIBIÇÃO. PEDIDO EXPRESSO DA PARTE AUTORA PELA
EXIBIÇÃO INCIDENTAL DOS DOCUMENTOS FEITO NA INICIAL. DEVER DA INSTITUIÇÃO
FINANCEIRA. INTELIGÊNCIA DO ART. 355 DO CPC. DECISÃO REFORMADA. I - Conforme dispõe o art. 355
do Código de Processo Civil, é cabível a apresentação de documentos na forma incidental em ação revisional.
Sendo assim, entendendo ser necessária a exibição incidental de documentos da relação jurídica firmada entre as
partes, já que diversas são as abusividades alegadas na inicial, a serem verificadas para o julgamento final do feito,
inexiste impedimento à parte autora interessada para sua realização. II - Considerando ainda, que os agravantes, ora
autores da demanda revisional pugnaram de forma expressa pela exibição incidental de documentos que pretendem
revisar (fls. 57 - TJ), sob pena de aplicação da sanção do art. 359 do CPC, não é de bom tom a decisão que lhes
impõe, então, forma indevida, o ônus da exibição dos documentos.RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. (TJPR -
15ª C.Cível - AI - 1270952-5 - Região Metropolitana de Maringá - Foro Regional de Marialva - Rel.: Shiroshi Yendo
- Unânime - J. 28.01.2015) (TJ-PR - AI: 12709525 PR 1270952-5 (Acórdão), Relator: Shiroshi Yendo, Data de
Julgamento: 28/01/2015, 15ª Câmara Cível, Data de Publicação: DJ: 1512 24/02/2015).”

E ainda:

“DECISÃO: ACORDAM os Senhores Desembargadores integrantes da 14ª Câmara Cível, por unanimidade, em dar
provimento ao presente recurso de Agravo de Instrumento, nos termos do voto do Desembargador Relator.
EMENTA: RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL N.º 1.330.977-2 DA 12ª VARA CÍVEL DO FORO CENTRAL
DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA.RELATOR: DES. OCTAVIO CAMPOS
FISCHER APELANTE: BEATRIZ SCHRITTENLOCHR APELADO: BANCO DO BRASIL S/AAPELAÇÃO CÍVEL -
AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO - CONTA CORRENTE E CARTÃO DE CRÉDITO - INÉPCIA DA
INICIAL - DESCUMPRIMENTO DO ARTIGO 285-B DO CPC - INOCORRÊNCIA - APLICABILIDADE DO
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - EXIBIÇÃO INCIDENTAL DE DOCUMENTOS PLEITEADA NA
PETIÇÃO INICIAL - POSSIBILIDADE - OBSERVÂNCIA DOS PRINCÍPIOS DA CELERIDADE E DA
ECONOMIA PROCESSUAL E APLICABILIDADE DOS ARTIGOS 355 A 363 DO CÓDIGO DE PROCESSO
CIVIL - SENTENÇA CASSADA - RETORNO DOS AUTOS À ORIGEM.RECURSO PROVIDO. (TJPR - 14ª
C.Cível - AC - 1330977-2 - Curitiba - Rel.: Octavio Campos Fischer - Unânime - J. 24.06.2015) (TJ-PR - APL:
13309772 PR 1330977-2 (Acórdão), Relator: Octavio Campos Fischer, Data de Julgamento: 24/06/2015, 14ª Câmara
Cível, Data de Publicação: DJ: 1617 30/07/2015)”

Diante dos julgados colacionados, denota-se que mesmo não existindo a obrigatoriedade da formulação de
pedido administrativo, com vista a tentar solucionar amigavelmente o conflito, este foi feito pelos autores, conforme
consta do documento anexo à esta peça, todavia, a instituição financeira não se manifestou a respeito, tendo
decorrido o prazo estipulado para a apresentação dos documentos solicitados.

Destaca-se que é direito do cliente ver exibidos os documentos relativos aos negócios que entabula com a instituição
financeira, em homenagem ao artigo 5º, inciso XXXV, da Constituição Federal que prevê: “não se pode excluir da
apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”.

Tratando-se o presente pedido de acionamento cautelar, necessário se faz a configuração dos dois pressupostos para a
sua procedência, tais sejam, o “periculum in mora” e o “fumus boni iuris”.

O “fumus boni iuris”, ou a aparência de existência do direito material, reflete-se no fato de que, o consumidor,
conforme a lei e os entendimentos jurisprudenciais acima transcritos, tem o direito de obter o contrato de financiamento
celebrado com o banco, por tratar-se de documento comum às partes.
Demonstrado, pois, o preenchimento do primeiro pressuposto.

O segundo requisito imposto para o aforamento de ação cautelar é o “periculum in mora”, ou seja, a irreparabilidade
ou difícil reparação do direito, caso se tenha que aguardar o regular trâmite do processo.

No presente caso, diante dos encargos abusivos cobrados pela instituição financeira ré, a autora não conseguiu
manter a pontualidade no pagamento das parcelas, sendo que a instituição financeira requerida, inclusive, já inseriu o nome
da autora nos órgãos de proteção ao crédito (SERASA), o que vem lhe ocasionando sérios problemas e o
agravamento de sua situação financeira.

Ademais, conforme já exposto, o óbice imposto pela instituição financeira fere o direito de ação dos autores, na
medida em que, sem os contratos, não podem rever suas dívidas perante o Poder Judiciário, por tratar-se de documento
essencial à composição da lide. Por essa razão, muitas ações estão sendo indeferidas de plano ou até mesmo extintas com
julgamento do mérito. Sem o contrato, não há como demonstrar as irregularidades cometidas pela instituição financeira e,
consequentemente ajuizar a ação revisional munida de toda a documentação necessária.
Assim, demonstrado o preenchimento dos requisitos processualmente impostos à formulação do presente pedido,
necessária se faz a sua concessão.

IV - DOS PEDIDOS

Assim, é o presente pedido para que, liminarmente e inaudita altera pars, a instituição financeira requerida exiba o
CONTRATOS DE FINANCIAMENTO Nº. XXX, BEM COMO O EXTRATO DE PARCELAS PAGAS, possibilitando,
assim, o recálculo integral da contratação e o posterior ajuizamento de ação revisional de contrato, com a declaração judicial
do valor efetivamente devido pelos requerentes, afastadas as ilegalidades.

Diante do acima exposto, permite-se aos requerentes, na exata forma legal, requerer seja devidamente recebida e
processada a presente medida cautelar, concedendo-a in limine, ordenando-se a exibição dos documentos e, em seguida,
intimando-se a instituição financeira requerida do r. decisório, fornecendo-lhe cópia do decisório liminar, para fazer o que
entenda processualmente correto.

Seja o acima identificado, citado do presente acionamento cautelar, e após as provas necessárias, seja o mesmo
condenado ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios do presente acionamento, confirmando-se a liminar
inicialmente deferida.

Dá-se à presente causa o valor de R$1.000,00 (um mil reais) para efeitos de alçada.

Nestes termos,
Pede deferimento.

LOCAL, DATA

ADVOGADO

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