Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
________________________________________________________
______________
“Enunciado 23— FVC — 1MP”: "É viável a
discussão da existência da dívida e do seu
valor no âmbito da ação consignatória, mesmo
que para isso o Juiz tenha que revisar
cláusulas contratuais."
________________________________________________________
_____
De acordo com a dicção do artigo 4º da Lei 1060/50, segundo o referido diploma legal,
basta a afirmação de que não possui condições de arcar com custas e honorários, sem
prejuízo próprio e de sua família, na própria petição inicial ou em seu pedido, a qualquer
momento do processo, para a concessão do benefício, pelo que nos bastamos do texto da lei.
1. DOS FATOS
Em ato contínuo, após encontrar o veículo desejado, sem saber que posteriormente a
aquisição do aludido veículo tornar-se-ia um verdadeiro pesadelo, iniciou a parte demandante
um processo de formalização de financiamento do mencionado veículo, conforme descrição de
ano de fabricação, cor e modelo constantes no CRV, anexo à peça vestibular.
Não obstante, após a finalização do ato negocial, já com a escolha do bem almejado,
foi passado para o postulante o valor que se apresentava após o cálculo da soma das parcelas,
com a inserção de vários fatores ilegais, tais como, juros capitalizados, taxa de abertura de
crédito, tarifa de emissão de carnê, tarifa de serviços de terceiros, percentual de
inadimplência, taxas administrativas, taxas de riscos, taxa de clientes duvidosos,
comissão de permanência, entre outros.
REGISTROS: R$ 101,54
MODELO:UNO MILLE
ANO:2008
PLACA:KSF 7563
Ressalta-se, como procedimento notório nos Contratos de Adesão, que nenhuma
cláusula foi discutida em sua bilateralidade, ou seja, foram todas impostas a única e exclusiva
condição: Ou adere ao Contrato, nos termos em que se encontra, ou não recebe o tão
esperado financiamento, que, em pouco tempo, se tornaria em mais um tormento.
Observando-se alguns contratos firmados, aduz-se que vem escrita a seguinte frase:
CLÁUSULAS NÃO NEGOCIÁVEIS.
Vale registrar, ainda, Douto Julgador, que não estamos diante de um caso isolado,
tampouco diante de pessoa devedora, estamos diante de um CONTRATO DESLEAL E
ARBITRÁRIO, no qual o Requerido utiliza os seus poderes de "Imperium" para lesar o
consumidor, repassando a ele todos os riscos advindos de sua atividade financeira.
TJPE 48208841 - CIVIL. CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
CUMULADA COM REVISIONAL. POSSIBILIDADE. CONTRATO DE
FINANCIAMENTO DE VEÍCULO. FALTA DE INTERESSE
PROCESSUAL. CAPITALIZAÇÃO DE JUROS. COMISSÃO DE
PERMANÊNCIA. BOA-FÉ OBJETIVA. I - É admissível a cumulação
dos pedidos de revisão de cláusulas e de depósito das prestações,
desde que adotado o rito ordinário, art. 292, § 2º, do CPC e que haja
postulação de quitação dos valores depositados. I - As instituições
financeiras se submetem às normas do CDC quando, na qualidade de
fornecedores, contratarem com pessoas físicas ou jurídicas
destinatárias finais dos produtos ou serviços. II - É vedada a
capitalização de juros. Súmula nº 121 do eg. STF III - É válida a
comissão de permanência calculada pela taxa média de mercado,
limitada à prevista no contrato, desde que não cumulada com correção
monetária, juros moratórios, juros remuneratórios e multa. Súmula nº
294 do eg. STJ. lV - Apelação improvida. (TJ-DF; AC
2006.01.1.050966-8; Ac. 291715; Primeira Turma Cível; Relª Desª
Vera Andrighi; DJU 10/01/2008; Pág. 1138) CPC, art. 292.
Corroborando com esse entendimento, trago arestos sempre do STJ que assim se
posicionou:
"CIVIL - EMBARGOS À EXECUÇÃO - CÉDULA RURAL
PIGNORATÍCIA - TAXA DE JUROS - LIMITAÇÃO - AUTORIZAÇÃO
CMN - COMISSÃO DE PERMANÊNCIA E CORREÇÃO MONETÁRIA
- CUMULAÇÃO VEDADA - SÚMULA 30/STJ - ALTERAÇÃO DA
TAXA DE JUROS POR INADIMPLÊNCIA". (REsp n" 171278 -
Relator Ministro Waldemar Zweiter - j. em 22.09.99).
"São inacumuláveis a multa com a comissão de permanência, em
razão do veto contido na Resolução 1.129/86 - BACEN, que editou
decisão do Conselho Monetário Nacional proferida com suporte
na Lei n. 4.595/64" (REsp 434.5431SC, Relator Ministro Aldir
Passarinho Júnior, 4' T, j. em 05.09.2002).
"É admitida a incidência da comissão de permanência após o
vencimento da dívida, desde que não cumulada com juros
remuneratórios, juros moratórias, correção monetária e/ou multa
contratual". (EDcl no AgRg nos HM ,no RESP n0 684.654/RS,
Relatora Ministra Nancy Andrighi, 3' T, j. em 19.05.2005)
SÚMULA Nº. 472:
A cobrança de comissão de permanência – cujo valor não pode
ultrapassar a soma dos encargos remuneratórios e moratórios previstos no
contrato – exclui a exigibilidade dos juros remuneratórios, moratórios e da
multa contratual. Rel. Min. Luis Felipe Salomão, em 13/6/2012.
Simplesmente adere sem poder negociar o encargo financeiro e monetário que lhe
espera.
O risco de crédito tem sido um fator determinante do elevado custo das operações de
empréstimo, o que também explica a dificuldade, ou mesmo, a não concessão de empréstimos
pelos bancos. Quando fazem operações de crédito, os bancos querem ter a certeza de receber
de volta os valores emprestados, mais os juros pactuados, pois os intermediários financeiros
têm obrigações para com os seus depositantes.
Como essa certeza não existe, mesmo para clientes de primeira linha, os bancos
sempre cobram um adicional a título de risco de crédito, ou seja, um valor associado à
probabilidade de não receber o valor emprestado, artifício combatido pelo CDC e pelo Código
Civil Pátrio.
Destarte, vê-se, no final das contas, que, além do percentual de 18% tido como base
pelo BACEN para a lucratividade da Instituição Financeira na intermediações de fornecimento
de Crédito (gráfico 02), a mesma, ainda, aufere lucros através de supostos cálculos de
Percentuais de Inadimplência, que, sendo utilizados para elidir os riscos da operação
financeira, rendem, ainda lucros, pelo seu arbitrário cálculo.
"Art. 51 — Sõo nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao
fornecimento de produtos e serviços que:
Sim, pois, uma vez calculado o Spread com a inadimplência dos maus pagadores, O
PROMOVIDO SOMBREIA SUA LUCRATIVLDADE PARA COM O TOMADOR DO
EMPRÉSTIMO, POIS ATRAVÉS DO PERCENTUAL DESTINADO À INADIMPLÊNCIA DE
TERCEIROS, GARANTE RENTABILIDADE BEM MAIOR DO QUE O PREVIAMENTE
CALCULADO.
2.3.2. DA TARIFA DE ANÁLISE DE CRÉDITO
2.4. DA CAPITALIZAÇÃO MENSAL DE JUROS E SUA ARBITRÁRIA INCIDÊNCIA
É importante frisar, que foi ajuizada no STF, ADI sob o n° 2.316/2000, tendo como
objeto, justamente o art. 5°, caput, e parágrafo único da MP nº 2.170/01:
Por conseguinte, impende ainda transcrever acerca do tema o inteiro teor da Súmula
121 do Supremo Tribunal Federal:
Exa., tal prática deverá ser repudiada no ato, vez que a permanência da Capitalização
Mensal Juros nos contratos superiores a 01 (um) ano, consubstancia em notória afronta à Lei e
sua constância causar contundente prejuízo ao Demandante.
Sendo assim, a fim de evitar mais um artifício doloso da Instituição Financeira para
angariar lucros e, evitar o Sepulcro Familiar da parte autora, mister se faz, a exclusão imediata
da Capitalização Mensal dos juros no contrato em apreço.
EMENTA : DIREITO CONSTITUCIONAL, CIVIL E CONSUMIDOR. AÇÃO
REVISIONAL DE CONTRATO. APELAÇÃO CÍVEL. PRINCÍPIO DA FORÇA
OBRIGATÓRIA DOS CONTRATOS. RELATIVIZAÇÃO. INCIDÊNCIA DO
CDC. ORIENTAÇÃO DO STF -ADI DE Nº 2591. SÚMULA 297 DO STJ.
PRESENÇA DE CAPITALIZAÇÃO DE JUROS (ANATOCISMO).
ILEGALIDADE. SUSPENSIVIDADE CAUTELAR DO ART. 5º, CAPUT , E §
ÚNICO, DA MEDIDA PROVISÓRIA DE Nº 2.170-36/2001.
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA DE Nº 121 DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL. PRECEDENTES. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.
SENTENÇA DE PRIMEIRO GRAU MANTIDA IN TOTUM.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos.
Acordam os Desembargadores que integram a 3ª Câmara Cível deste Egrégio
Tribunal de Justiça, à unanimidade de votos, conhecer do recurso entabulado
por Banco ABN Amro Real S.A., e, sucessivamente, negar-lhe provimento,
mantendo incólume a sentença atacada, nos termos do voto do Relator. TJRN,
AI nº , rel . Des. Cristóvam Praxedes, 1ª Câmara Cível, unanimidade, dj.
30/06/2009).
"Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. AÇÃO
REVISIONAL DE CONTRATO. APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE
DEFESA DO CONSUMIDOR E POSSIBILIDADE DE REVISÃO DO
CONTRATO. Segundo a súmula 297 do STJ, o CDC é aplicável às
instituições financeiras, permitindo a revisão contratual, vedadas,
porém, as disposições de ofício pelo Judiciário. JUROS
REMUNERATÓRIOS. A sua fixação em percentual superior à média
de mercado é abusiva. Juros passíveis de limitação à taxa média de
mercado divulgada pelo Bacen. CAPITALIZAÇÃO DE JUROS. Cabível
a capitalização mensal (em contratos firmados a partir de 31.03.2000)
ou a anual, se expressamente pactuada. Sem pactuação expressa,
em qualquer periodicidade, veda-se a prática. ENCARGOS
MORATÓRIOS. - Comissão de Permanência. Se expressamente
pactuada, a sua cobrança está submetida às condições impostas
pelas súmulas 30, 294 e 296 do STJ e à não cumulação com multa e
juros moratórios. Afasta-se, com isso, a incidência dos demais
encargos. - Afastamento da mora do devedor. Condicionado ao
reconhecimento da abusividade dos encargos da normalidade (juros
remuneratórios e/ou capitalização), não bastando o simples
ajuizamento de ação revisional. COMPENSAÇÃO DE VALORES E
REPETIÇÃO DE INDÉBITO. Admitidas - na forma simples e em
decorrência lógica do julgado - como vedação do enriquecimento
injustificado do credor e sem necessidade de prova do erro, conforme
a súmula 322 do STJ. TUTELAS DE VEDAÇÃO DE
CADASTRAMENTO RESTRITIVO DE CRÉDITO E DE
MANUTENÇÃO DA POSSE DO BEM. Manutenção condicionada à
inexistência de mora do devedor e aos depósitos dos valores
incontroversos. TAXA E/OU TARIFA DE ABERTURA DE CRÉDITO
E/OU CADASTRO E EMISSÃO DE CARNÊ. Nula. IOF. Incabível a
sua incidência sobre as prestações mensais, porque nestas já
embutidos os encargos financeiros do negócio. AÇÃO DE
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO. Procede a ação de consignação
em pagamento, com quitação quantum satis dos valores depositados,
uma vez que não se pode reputá-los insuficientes, em razão do
reconhecimento da abusividade do contrato. APELAÇÃO
PARCIALMENTE CONHECIDA E PROVIDA, EM PARTE". (Tribunal
de Justiça do RS, Décima Quarta Câmara Cível, Apelação Cível Nº
70040563868, Relator: Sejalmo Sebastião de Paula Nery, Julgado em
17/02/2011).
Ademais, insta destacar que é dever do apicador da lei, diante de situações que
tornem desiguais as prestações entre as partes e havendo expresso requerimento nesse
sentido, que é o caso dos autos, promover a revisão ou modificação dos contratos, conforme
reza o Art. 6º, inciso V, do Código de Defesa do Consumidor, aplicando o princípio da boa fé
objetiva em detrimento do dogma pacta sunt servanda, sempre em busca da justiça
contratual.
Vale ressaltar, que todas as parcelas, do indigitado contrato, estão rigorosamente fora
da realidade legal, sem qualquer sentido para cobrança de tal valor, ou seja, razão nenhuma
haveria de inserir o nome do(a) suplicante como devedor e mal pagador, face, principalmente,
ao incontroverso intento de adimplir ora manifestado através da ação ajuizada nesta MM. Vara.
Como se pode observar, a restrição do crédito junto ao SERASA ou SPC, expõe o(a)
Demandante a uma situação totalmente vexatória, além disso, estando a discussão dos valores
em Juízo, o banco demandado não deverá jamais RESTRINGIR, HUMILHAR, CAUSAR
DANOS MORAIS e MATERIAIS em desfavor da parte requerente, com tamanha brutalidade.
Por não existir amparo legal para a negativação da parte autora, visto que o referido
contrato encontra-se sob análise do poder jurisdicional, a emissão de seu nome ao SERASA e
em outros Órgãos de Crédito, como inadimplente, será fruto de procedimento ilícito e
injustificável, face ao disposto no artigo 43, §1°, da Lei n° 8.078/90, onde exige que os
cadastros e dados de consumidores devam ser verdadeiros.
Portanto, caso o Demandado proceda com a inscrição do nome do autor nos cadastros
do SERASA, SPC ou SCR, será imoral, ilegal, etc., obrigando-o a pleitear um provimento
judicial que o livre de tal pressão, eis que, concretizando o ilícito, lhe trará sérios prejuízos,
abalando, inclusive, o seu conceito, podendo, até, acarretar repercussões negativas e de
consequências imprevisíveis.
Além disso, o ato, caso praticado pelo Réu, inviabilizará qualquer transação comercial
e, de forma especial, os contratos e transações bancárias. A eventual permanência dessas
restrições, além do absurdo, seria legitimar o vício. No entanto, sem um provimento judicial que
obste o ato praticado, a Consignante ficará à mercê do Consignado.
"Enunciado 23— FVC — 1MP: "É viável a discussão da existência da dívida e do seu
valor no âmbito da ação consignatória, mesmo que para isso o Juiz tenha que revisar cláusulas
contratuais."
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA:
AGRAVO REGIMENTAL - AGRAVO DE INSTRUMENTO -
CONTRATO DE FINANCIAMENTO COM ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA
EM GARANTIA - MANUTENÇÃO DO DEVEDOR NA POSSE DO BEM
- POSSIBILIDADE - CONSIGNAÇÃO EM JUÍZO DOS VALORES
INCONTROVERSOS - AFASTAMENTO DOS EFEITOS DA MORA -
OCORRÊNCIA - PRECEDENTES - RECURSO IMPROVIDO.
Julgamento: 16/04/2009
TUDO, ALIÁS, RESPALDADO NA JURISPRUDÊNCIA DO PRÓPRIO
E. STJ. CONFIRA-SE:
Conforme orientação da Segunda Seção desta Corte, nas ações
revisionais de cláusulas contratuais, não cabe a concessão de tutela
antecipada para impedir o registro de inadimplentes nos cadastros de
proteção ao crédito, salvo nos casos em que o devedor, demonstrando
efetivamente que a contestação do débito se funda em bom direito,
deposite o valor correspondente à parte reconhecida do débito, ou
preste caução idônea, ao prudente arbítrio do magistrado.
Precedentes: REsps. 527.618-RS, 557.148-SP, 541.851-SP, Rel. Min.
Cesar Asfor Agravo de Instrumento nº 0064769-03.2012.8.26.0000 -
Voto nº 20388 4 Rocha; REsp. 610.063-PE, Rel. Min. Fernando
Gonçalves; REsp. 486.064-SP, Rel. Min. Humberto Gomes de Barros)”
(REsp. 522282-SP, 4ª Turma, Rel. Min. Jorge Scartezzini, j.
23.11.2004, DJ 17.12.2004, p. 555, in RSTJ vol. 193 p. 437).
“Agravo regimental - Agravo de Instrumento Contrato de
financiamento com alienação fiduciária em garantia Manutenção do
devedor na posse do bem. Possibilidade Consignação em juízo dos
valores incontroversos Afastamento dos efeitos da mora Ocorrência
Precedentes Recurso improvido” (AgRg no Agravo de Instrumento
1.094.712-MS, 3ª Turma, Rel. Ministro Massami Uyeda, j. 16.04.2009).
Oportuno realçar do voto do I. Ministro Massami Uyeda o seguinte
trecho: “esta a. Corte perfilha o posicionamento de inexistir qualquer
'óbice para o pagamento da dívida em juízo, a fim de afastar a mora
'debendi', mediante o deferimento de depósito judicial, ainda que em
sede de ação revisional. Inexistente, portanto, qualquer impedimento à
manutenção da posse do devedor' (ut REsp. 815069/RS, rel. Ministro
Jorge Scartezzini, DJ. 20.11.2006).
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova,
a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou
quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;
1. DOS PEDIDOS
1) Uma vez que a parte autora é pobre na forma da lei, à luz do contido no art.
4 da Lei 1060/50, roga a Vossa Excelência à concessão dos auspícios da justiça
gratuita, visto que não é dotada das condições econômicas, no sentido de custear a
presente ação judicial sem, contudo, privar-se e a sua família também, do seu devido
sustento.
2) Se digne Vossa Excelência em deferir, liminarmente o pedido, determinando
a não inclusão do nome da parte autora nos cadastros do "SERASA", "SPC"
CADASTRO DE CLIENTES DO BANCO CENTRAL;
3) Requer, na qualidade de relação de consumo, a inversão do ônus da
prova por estarem preenchidos os requisitos do art. 6°, inciso VIII, da Lei nº: 8.078/90.
4) Que Vossa Excelência determine que o Réu exiba a fórmula de
composição do seu Spread Bancário, inclusive esclarecendo a incidência de seu
Percentual de Inadimplência, comissão de permanência, percentual referente à
cobertura dos clientes de risco, o que está sendo cobrado de taxas administrativas
(TEC, TAC, etc) e eventuais acréscimos não discriminados junto ao contrato, sob as
penas do artigo 400, NCPC. Aplicação do artigo 6º, inciso VIII, da lei nº 8.078/90;
5) Deseja que Vossa Excelência, considerando a presente postulação de
revisão de contrato, defira o pedido para que o bem seja mantido na posse da parte
autora, até ulterior deliberação deste juízo, pelos argumentos acima expostos.
6) Requer, igualmente, que seja oficiado o Banco Central do Brasil, para
que este forneça as informações pertinentes ao Contrato de Financiamento celebrado
entre as partes litigantes, mais especificamente com relação ao Percentual de
Inadimplência incidente no computo do Spread Bancário.
7) Que seja permitido a(o) autor(a) efetuar o depósito da(s) parcela(s)
vencida(s), tidas como incontroversas, NOS TERMOS DO ART. 285-B DO CÓDIGO
DE PROCESSO CIVIL, desde que o faça, em virtude das atualizações que tiverem de
ser procedidas, pela tabela ENCOGE (tabela utilizada quando da purgação da
mora), conforme previsão de laudo contábil. (Doc. anexo).
8) Que seja permitido a(o) autor(a) efetuar o depósito mensal das parcelas
vincendas,NOS TERMOS DO ART. 285-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, cuja
importância unitária está descrita no laudo contábil subscrita por expert, (Doc. anexo)
devidamente acrescidas dos juros legais, atualização monetária pela ENCOGE, com
os devidos reflexos sobre o Valor Incontroverso acrescido dos custos da Instituição Ré,
onde permanecerão sendo depositadas até ulterior deliberação desse MM. Juízo,
tendo em vista ser possível ao requerente devedor, ante a recusa do banco réu em
receber os valores incontroversos, consignar em juízo tais valores, a fim de demonstrar
a sua boa-fé perante a justiça (entendimento do STJ e TJPE).
Quanto ao Mérito:
D E F E R I M E N T O.