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A parte requerente faz jus à concessão da gratuidade da Justiça, uma vez que a
mesma não possui rendimentos suficientes para custear as despesas processuais em
detrimento de seu sustento e de sua família.
De acordo com a dicção do artigo 4º da Lei 1060/50, segundo o referido diploma
legal, basta a afirmação de que não possui condições de arcar com custas e honorários,
sem prejuízo próprio e de sua família, na própria petição inicial ou em seu pedido, a
qualquer momento do processo, para a concessão do benefício, pelo que nos bastamos
do texto da lei, in verbis:
§ 1º Presume-se pobre, até prova em contrário, quem afirmar essa condição nos termos
da lei, sob pena de pagamento até o décuplo das custas judiciais.
TARIFA DE CONFECÇÃO DECADASTRO:R$ _____
REGISTROS:R$_____
SERVIÇOS DE TERCEIROS:R$_______
MODELO:______
ANO:___________
PLACA:___________
Vale registrar, ainda, Douto Julgador, que não estamos diante de um caso
isolado, tampouco diante de pessoa devedora, estamos diante de um CONTRATO
DESLEAL E ARBITRÁRIO, no qual o Requerido utiliza os seus poderes de
"Imperium" para lesar o consumidor, repassando a ele todos os riscos advindos de sua
atividade financeira.
DA COMISSÃO DE PERMANÊNCIA
Corroborando com esse entendimento, trago arestos sempre do STJ que assim se
posicionou:
Como essa certeza não existe, mesmo para clientes de primeira linha, os bancos
sempre cobram um adicional a título de risco de crédito, ou seja, um valor associado à
probabilidade de não receber o valor emprestado, artifício combatido pelo CDC e pelo
Código Civil Pátrio.
Destarte, vê-se, no final das contas, que, além do percentual de 18% tido como
base pelo BACEN para a lucratividade da Instituição Financeira na intermediações de
fornecimento de Crédito (gráfico 02), a mesma, ainda, aufere lucros através de supostos
cálculos de Percentuais de Inadimplência, que, sendo utilizados para elidir os riscos da
operação financeira, rendem, ainda lucros, pelo seu arbitrário cálculo.
Sim, pois, uma vez calculado o Spread com a inadimplência dos maus
pagadores, O PROMOVIDO SOMBREIA SUA LUCRATIVLDADE PARA COM
O TOMADOR DO EMPRÉSTIMO, POIS ATRAVÉS DO PERCENTUAL
DESTINADO À INADIMPLÊNCIA DE TERCEIROS, GARANTE
RENTABILIDADE BEM MAIOR DO QUE O PREVIAMENTE CALCULADO.
DA TARIFA DE EMISSÃO DE CARNÊ
A ilegalidade ora denunciada, assim como a anterior, não se encontra expressa
no Instrumento Contratual, o que onera, ainda mais, a busca do Consumidor pelos seus
Direitos. É notório que, ao adimplir as prestações do Financiamento contraído, de forma
amplamente arbitrária, vem embutido no carnê de pagamento, em cada boleto, o seu
custo de emissão, não havendo como a parte requerente discutir a camuflada cobrança.
É importante frisar, que foi ajuizada no STF, ADI sob o n° 2.316/2000, tendo
como objeto, justamente o art. 5°, caput, e parágrafo único da MP nº 2.170/01:
Exa., tal prática deverá ser repudiada no ato, vez que a permanência da
Capitalização Mensal Juros nos contratos superiores a 01 (um) ano, consubstancia em
notória afronta à Lei e sua constância causar contundente prejuízo ao Demandante, vez
que passará a pagar juros sobre juros a Demandada.
EMENTA :DIREITO CONSTITUCIONAL, CIVIL E CONSUMIDOR. AÇÃO
REVISIONAL DE CONTRATO. APELAÇÃO CÍVEL. PRINCÍPIO DA FORÇA
OBRIGATÓRIA DOS CONTRATOS. RELATIVIZAÇÃO. INCIDÊNCIA DO
CDC. ORIENTAÇÃO DO STF -ADI DE Nº 2591. SÚMULA 297 DO STJ.
PRESENÇA DE CAPITALIZAÇÃO DE JUROS (ANATOCISMO).
ILEGALIDADE. SUSPENSIVIDADE CAUTELAR DO ART. 5º, CAPUT , E §
ÚNICO, DA MEDIDA PROVISÓRIA DE Nº 2.170-36/2001. IMPOSSIBILIDADE.
SÚMULA DE Nº 121 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES.
RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. SENTENÇA DE PRIMEIRO GRAU
MANTIDA IN TOTUM.
ACÓRDÃO
Ademais, insta destacar que é dever do apicador da lei, diante de situações que
tornem desiguais as prestações entre as partes e havendo expresso requerimento nesse
sentido, que é o caso dos autos, promover a revisão ou modificação dos contratos,
conforme reza o Art. 6º, inciso V, do Código de Defesa do Consumidor, aplicando o
princípio da boa fé objetiva em detrimento do dogma pacta sunt servanda, sempre
em busca da justiça contratual.
DA INCLUSÃO DO NOME DA PARTE AUTORA NOS ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO
DE CRÉDITO
Por não existir amparo legal para a negativação da parte autora, visto que o
referido contrato encontra-se sob análise do poder jurisdicional, a emissão de seu nome
ao SERASA e em outros Órgãos de Crédito, como inadimplente, será fruto de
procedimento ilícito e injustificável, face ao disposto no artigo 43, §1°, da Lei n°
8.078/90, onde exige que os cadastros e dados de consumidores devam ser verdadeiros.
Além disso, o ato, caso praticado pelo Réu, inviabilizará qualquer transação
comercial e, de forma especial, os contratos e transações bancárias. A eventual
permanência dessas restrições, além do absurdo, seria legitimar o vício. No entanto, sem
um provimento judicial que obste o ato praticado, a Consignante ficará à mercê do
Consignado.
Julgamento: 16/04/2009
Conforme orientação da Segunda Seção desta Corte, nas ações revisionais de cláusulas
contratuais, não cabe a concessão de tutela antecipada para impedir o registro de
inadimplentes nos cadastros de proteção ao crédito, salvo nos casos em que o devedor,
demonstrando efetivamente que a contestação do débito se funda em bom direito,
deposite o valor correspondente à parte reconhecida do débito, ou preste caução
idônea, ao prudente arbítrio do magistrado.
Por fim, vale destacar O ENTENDIMENTO FIRMADO PELO TRIBUNAL
DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO, NO SENTIDO DE QUE AS AÇÕES
ORDINÁRIAS REVISIONAIS C/C CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO NÃO
PODEM SER JULGADAS, LIMINARMENTE, IMPROCEDENTES, nos moldes dos
art. 269, I, 285-A, 295-1 do Código de Processo Civil, visto que alguns magistrados
estavam cerceando o direito das pessoas de postular em Juízo, violando garantias
constitucionais asseguradas pela Magna Carta, bem como infrigindo o Devido
Processo Legal, legitimando as reiteradas violações dos Direito Básicos dos
Consumidores, senão vejamos:
DADOS DO
PROCESSO
Classe Apelação
Comarca RECIFE
SegredoJustica N
Revisor
Protocolo 201200042200
NumAcao 00457237420128170001
TipAcao
Dados do
Processo
Número 0045723-74.2012.8.17.0001 (285918-5)
DescriçãoAPELAÇÃO
DOS PEDIDOS
D) Que Vossa Excelência determine que o Réu exiba a fórmula de composição do seu
Spread Bancário, inclusive esclarecendo a incidência de seu Percentual de
Inadimplência, comissão de permanência, percentual referente à cobertura dos clientes
de risco, o que está sendo cobrado de taxas administrativas (TEC, TAC, etc) e eventuais
acréscimos não discriminados junto ao contrato, sob as penas do artigo 396, NCPC.
Aplicação do artigo 6º, inciso VIII, da lei nº 8.078/90,
F) Requer, igualmente, que seja oficiado o Banco Central do Brasil, para que este
forneça as informações pertinentes ao Contrato de Financiamento celebrado entre as
partes litigantes, mais especificamente com relação ao Percentual de Inadimplência
incidente no computo do Spread Bancário.
G) Que seja permitido a(o) autor(a) efetuar o depósito da(s) parcela(s) vencida(s),
tidas como incontroversas, NOS TERMOS DO ART. 330, PARÁGRAFO 2º DO
NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, desde que o faça, em virtude das
atualizações que tiverem de ser procedidas, pela tabela ENCOGE (tabela utilizada
quando da purgação da mora), conforme previsão de laudo contábil. (Doc. anexo).
H) Uma vez que a parte autora é pobre na forma da lei, à luz do contido no art. 4 da Lei
1060/50, roga a Vossa Excelência à concessão dos auspícios da justiça gratuita,
visto que não é dotada das condições econômicas, no sentido de custear a presente ação
judicial sem, contudo, privar-se e a sua família também, do seu devido sustento.
I) Que os depósitos realizadossejam declarados em sentença como quitação da parte
financiada;
M)BA Citação do réu, no endereço declinado no preâmbulo desta peça exordial, por
seu representante legal, par contestar, querendo, sob pena de revelia e confissão;
Do valor da Causa.
O ENUNCIADO de nº 51- FVC – IMP (FÓRUM PERMANENTE DOS
MAGISTRADOS DAS VARAS CÍVEIS DA COMARCA DE RECIFE-PE), dispõe
que: O valor da causa na ação de revisão de contrato bancário deve corresponder à
diferença entre o valor cobrado pelo banco e aquele que o autor entende como devido,
salvo se o devedor não indicar o benefício econômico que pretende com a revisão, caso
em que o valor, para efeito das custas judiciárias, deve equivaler ao valor integral do
contrato
Julgamento: 03/02/2012
É o requerimento.
D E F E R I M E N T O.
Cidade, data.