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contra
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( 2 ) – NO MÉRITO
(...)
§ 2º - Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante
remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária,
salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
trabalhista.
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Art. 2º - Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou
serviço como destinatário final.
final.
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Art. 39 – É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas
abusivas:
I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro
produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos;
quantitativos;
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APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA DE REVISÃO CONTRATUAL. CÉDULA DE CRÉDITO
BANCÁRIO. CDC. APLICABILIDADE. JUROS REMUNERATÓRIOS. LIMITAÇÃO A 12% AO
ANO. IMPOSSIBILIDADE. CAPITALIZAÇÃO DE JUROS. PERIODICIDADE INFERIOR A UM
ANO. ADMISSIBILIDADE. MP 1.963-17/2000. COMISSÃO DE PERMANÊNCIA.
COMPOSIÇÃO. JURISPRUDÊNCIA DO STJ. AUSÊNCIA DE PREVISÃO CONTRATUAL.
TARIFA DE CADASTRO. PREVISÃO CONTRATUAL. LEGITIMIDADE DA COBRANÇA.
TARIFAS DE REGISTRO DE CONTRATO E DE SERVIÇOS DE TERCEIROS. AUSÊNCIA DE
ESPECIFICAÇÃO. ILEGALIDADE DA COBRANÇA. AVALIAÇÃO DO BEM. VEÍCULO
USADO. PAGAMENTO PELO SERVIÇO. NÃO COMPROVAÇÃO. ABUSIVIDADE DA
COBRANÇA. SEGURO. PROVA DA CONTRATAÇÃO. AUSÊNCIA. COBRANÇA ABUSIVA.
I. As normas do Código de Defesa do Consumidor são aplicáveis às relações
contratuais estabelecidas com instituições financeiras, nos termos da Súmula nº 297
do STJ. II. A jurisprudência há muito pacificou o entendimento de que as instituições
financeiras não estão sujeitas à limitação das taxas de juros remuneratórios prevista
no Decreto nº 22.626/33. III. Consoante já decidiu o Superior Tribunal de Justiça, é
possível a capitalização de juros, em periodicidade inferior a um ano, nos contratos
bancários celebrados após a edição da Medida Provisória nº 1.963-17, de 31 de março
de 2000, reeditada pela MP nº 2.170-36/2001, desde que pactuada,. lV. Afigura-se
lícita a cobrança da comissão de permanência, no período de inadimplência, de modo
que o valor correspondente não ultrapasse o somatório dos encargos remuneratórios
e moratórios previstos no contrato, vale dizer: juros remuneratórios limitados ao
percentual contratado para o período de normalidade da operação; juros moratórios
até o limite de 12% ao ano; e multa contratual de 2% do valor da prestação, nos
termos do art. 52, § 1º, do Código de Defesa do Consumidor, estes dois últimos desde
que previstos no pacto firmado. Contudo, não cabe revisão do contrato de
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financiamento quanto a este encargo se este sequer prevê a sua cobrança. V. É lícita a
cobrança da tarifa de cadastro, desde que prevista no instrumento e cobrada somente
uma única vez, no início do relacionamento entre os contratantes. III. A tarifa de
registro de contrato não pode ser cobrada do consumidor, pois não está prevista na
Tabela I da Resolução nº 3.919, de 2010, do Conselho Monetário Nacional. VI. Deve ser
declarada nula a cláusula que prevê a cobrança de serviços de terceiros, quando
inexistente clara especificação acerca de sua função. VII. Nos termos do art. 5º, VI, da
Resolução nº 3.919, de 2010, do Conselho Monetário Nacional, e da jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça, a cobrança da tarifa de avaliação do bem não é abusiva
quando o veículo a ser dado em garantia for usado; todavia, é necessária a
comprovação nos autos do pagamento dos serviços de avaliação do veículo pela
instituição financeira. VIII. É vedado às instituições financeiras exigirem que os
contratantes celebrem o contrato de seguro com determinada seguradora, sob pena
de se caracterizar venda casada, prática vedada pelo art. 39, I, do Código de Defesa do
Consumidor. (TJMG; APCV 1.0701.13.028527-6/001; Rel. Des. Vicente de Oliveira Silva;
Julg. 08/03/2016; DJEMG 18/03/2016)
Nesse sentido:
APELAÇÃO CÍVEL.
Ação anulatória. Sentença parcial procedência. Cobrança indevida. Contrato já
quitado. Dano moral devido. Valores cobrados em excesso. Má fé da instituição
financeira. Restituição de forma dobrada. Art. 42 do CDC. Inversão do ônus de
sucumbência. Recurso conhecido e parcialmente provido (TJPR; ApCiv 1445023-4;
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Prudentópolis; Décima Terceira Câmara Cível; Rel. Des. Athos Pereira Jorge Junior; Julg.
24/02/2016; DJPR 21/03/2016; Pág. 342)
Fulano de Tal
Advogado - OAB(PR) 332211