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contra ( 01 ) SOCIEDADE XISTA EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA, pessoa
jurídica de direito privado, estabelecida na Rua Delta, nº. 000, na Cidade, inscrita no
CNPJ(MF) sob o nº. 00.111.333/0001-55, com endereço eletrônico xista@xista.com.br, em
decorrência das justificativas de ordem fática e de direito abaixo delineadas.
INTROITO
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(1) – SÍNTESE DOS FATOS
( iii ) R$ 000.000,00 ( .x.x.x.) em uma única parcela, essa a ser paga por
intermédio de financiamento bancário com vencimento na data de 00/11/3333;
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Desse modo, a Promovida encontra-se inadimplente com a
Autora, uma vez que na data do ajuizamento da presente ação, ainda não recebera as
chaves do imóvel adquirido.
(2) – NO MÉRITO
Art. 2º Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produtos
ou serviço como destinatário final.
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Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou
estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de
produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação,
distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
§ 1° (...)
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante
remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária,
salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
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“Aos sujeitos que pertencerem à categoria de prestadores de serviço, que nã o
sejam pessoas físicas, imputa-se uma responsabilidade objetiva por defeitos
de segurança do serviço prestado, sendo intuitivo que tal responsabilidade é
fundada no risco criado e no lucro que é extraído da atividade. “(PODESTÁ ,
Fá bio; MORAIS, Ezequiel; CARAZAI, Marcos Marins. Código de Defesa do
Consumidor Comentado. Sã o Paulo: RT, 2010. Pá g. 147)
Nesse sentido:
[ Causa de pedir ]
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De outro bordo, a referida cláusula de postergação merece ser
afastada, maiormente quando afronta o Código de Defesa do Consumidor. No caso,
inexiste circunstância contratual igualitária em favor da Autora-Consimidora. É dizer, essa
não poderia atrasar tamanho espaço de tempo.
[ Dano Moral ]
A demora na entrega do imóvel, desmotivadamente, refletiu na
esfera íntima da Autora. Essa sempre aguardou ansiosamente a entrega do bem, a qual já
vinha pagando ao longo de vários meses. Foi frustrante para mesma deparar-se com o
injusticável episódio. Com isso a Promovente sentiu-se humilhada, maiormente quando
fizera todos os preparativos para o ingresso no imóvel.
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Nesse compasso, não se trata de mero aborrecimento; algo do
contidiano do cidadão comum. Vai muito além disso.
APELAÇÃO CÍVEL.
Ação de acertamento de relação jurídico obrigacional c/c obrigação de fazer,
tutela antecipada c/c danos morais materiais. Obra não foi entregue na data
aprazada e decorreu o prazo de tolerância de 180 dias, previsto contratualmente
sem a respectiva entrega da unidade. Decorrência do atraso, de rigor a
indenização por lucros cessantes, pois ao contrário do alegado nas razões de
apelo da ré, houve comprovação documental necessária ao ensejo de quantum
indenizatória, especialmente, pela presença nos autos de contrato de locação de
imóvel para fins residenciais pactuado pelo apelado com terceiros. Devido o
pagamento de lucros cessantes, diga-se pagamento de alugueis, em vista da
moral contratual da construtora consubstanciado pelo atraso na entraga da obra.
Cumulação entre a cláusula penal e os lucros cessantes se mostra descabida, uma
vez que a indenização a título de lucros cessantes compensa as perdas e danos
que o promitente comprador acomete ao não receber o imóvel na data aprazada.
Destarte, inoportuna a cobrança desses acumulados com a multa prevista no
contrato, com o mesmo caráter indenizatório, face a iminência de incorrer em bis
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in idem, capaz de produzir enrequecimento sem causa. Quanto ao dano moral,
vislumbro que o mesmo não decorre do simples inadimplemento, necessário,
para tanto, demonstrar a ocorrência de lesão aos direitos da personalidade. Em
que pese o inadimplemento contratual, para a configuração do dano moral, é
imprescindível que o ilícito repercuta na esfera da dignidade da pessoa humanda.
Não se compreende que a simples aborrecimentos, em situações corriqueiras do
dia a dia, a que todos estão sujeitos, possam causar dor íntima, com
padecimentos psicológicos intenso, de forma ensejar reparação a título de danos
morais. Incabível portanto indenização por dano moral. Recurso conhecido e
parcialmente provido, reformando a sentença vergastada, para retirar a
condenação de indenização por danos morais, bem como pela impossibilidade de
cumulação entre a multa da cláusula penal contratual e os lucros cessantes, á
unânimidade. (TJPA; APL 0026726-63.2013.8.14.0301; Ac. 144274; Belém; Quarta
Câmara Cível Isolada; Relª Desª Elena Farag; Julg. 09/03/2015; DJPA 26/03/2015;
Pág. 175)
(3) – P E D I D O S e R E Q U E R I M E N T O S
POSTO ISSO,
como últimos requerimentos desta Ação Cominatória c/c Indenizatória, a Autora requer que
Vossa Excelência se digne de tomar as seguintes providências:
3.1. Requerimentos
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b) requer, ademais, seja deferida a inversão do ônus da prova, maiormente
quando a hipótese em estudo é abrangida pelo CDC, bem assim a concessão
dos benefícios da Justiça Gratuita.
3.2. Pedidos
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Súmula 43 do STJ – Incide correção monetária sobre dívida por ato ilícito a
partir da data do efetivo prejuízo.
Beltrano de tal
Advogado – OAB(CE) 112233
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