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CIDADE.
Rua da X, nº. 0000, CEP 44555-666, nesta Capital, possuidora do CPF(MF) nº.
111.222.333-44, com endereço eletrônico ficto@ficticio.com.br, ora intermediada por seu
mandatário ao final firmado – instrumento procuratório acostado –, esse com endereço
eletrônico e profissional inserto na referida procuração, o qual, em obediência à diretriz
fixada no art. 77, inc. V c/c art. 287, caput, um e outro do CPC, indica-o para as intimações
que se fizerem necessárias, vem, com o devido respeito à presença de Vossa Excelência,
com suporte no art. 186 c/c art. 953, ambos do Código Civil e, ainda, arts. 6º, inc. VI, 12,
14, 18, 20 e 25, § 1º do CDC, ajuizar a presente
e solidariamente,
INTROITO
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A Promovente se utiliza dos serviços do Cartão de Crédito X há
mais de seis anos, cuja cópia do contrato (de adesão), ora se acosta. (doc. 01). Com esse
cartão, regularmente faz compras e pagamentos, por débito, em diversos no comércio
desta Capital; igualmente, fora dessa.
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Foi então que aquela, mais uma vez, tornou a manter contato
com a primeira Ré. Pedira o imediato cancelamento dessa fatura, porquanto realizadas
compras por terceiro(s).
(2) – DO DIREITO
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Saliente-se, por oportuno, que o desenvolvimento desta ação
deve seguir o prisma da Legislação Consumerista. A relação em estudo é de consumo,
aplicando-se, maiormente, a inversão do ônus da prova. (CDC, art. 6º, inc. VIII)
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Não bastasse isso, de bom alvitre relevar que as
administradoras de cartão de crédito são consideradas como instituições financeiras, por
equiparação, por isso submetendo-se ao CDC.
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A propósito:
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apelantes, que não repararam em tempo oportuno os vícios do produto
comercializado, o que enseja reparação por danos morais e materiais. 04.
Impossibilidade de abatimento do valor de depreciação do veículo por força do
lapso temporal, quando a demora pela resolução do problema, se deu, de um
lado, em razão das empresas não cumprirem com o seu dever de reparação do
produto quando verificado vício, dentro do prazo legal, e do outro, pela mora do
judiciário que somente sentenciou o feito de 2014 em 2020.05. A indenização por
dano moral deve ser graduada de modo a coibir a reincidência e obviamente o
enriquecimento da vítima e para sua fixação, exige-se a observância às condições
econômicas e sociais dos envolvidos, bem como a gravidade da falta cometida, na
busca por uma reparação repressiva e pedagógica, que proporcione uma justa
compensação pelo dano sofrido, tudo em observância aos princípios da
razoabilidade e da proporcionalidade, atinando para as peculiaridades de cada
caso concreto. RECURSOS CONHECIDOS. APELOS DAS DEMANDADAS NÃO
PROVIDO. RECURSO CONSUMIDOR PARCIALMENTE PROVIDO. DECISÃO
UNÂNIME. (TJAL; AC 0712606-97.2014.8.02.0001; Maceió; Primeira Câmara Cível;
Rel. Des. Fernando Tourinho de Omena Souza; DJAL 10/05/2021; Pág. 43)
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Como antes especificado, nas considerações fáticas, a primeira
Ré alegou, por telefone, por meio de seu serviço de atendimento ao cliente, que não era
pertinente o cancelamento das compras apontadas (feitas por terceiro). Para aquela, as
operações, que foram realizadas antes da ciência do furto, não são de sua
responsabilidade.
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As pessoas comuns, de praxe, não têm o hábito de conferir,
sistematicamente, se seus cartões de crédito, ou documentos, permanecem em sua
carteira. Apenas verificam, em regra, quando precisam utilizá-los.
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O defeito do serviço tanto pode ser apurado em funçã o do modo de prestaçã o
(qualidade inadequada) ou na forma de comercializaçã o (informaçõ es
insuficientes ou inadequadas sobre sua fruiçã o e riscos) (Nessa linha
HERMAN E BENJAMIN, Comentá rios ao Có digo de Proteçã o ao Consumidor, p.
79).) (PODESTÁ , Fá bio; MORAIS, Ezequiel; CARAZAI, Marcos Marins. Código
de defesa do consumidor comentado. – Sã o Paulo: RT, 2010, p. 147)
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Uma vez que, nessa situação, o dano é presumido, maiormente face
à má prestação do serviço, cabe à Promovida, por isso, desincumbir-se em comprovar a
regularidade nos préstimos ofertados.
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individual e coletiva dos consumidores em juízo, assunto que será
aprofundado no Capítulo 10 da presente obra. (TARTUCE, Flá vio; NEVES,
Daniel Assumpçã o. Manual de Direito do Consumidor - Volume Único - Direito
Material e Processual [livro eletrô nico]. 5ª Ed. Sã o Paulo: Método, 01/2016.
Epub. ISBN 978-85-309-6893-9)
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sob o negócio questionado. Dessa forma, responde de forma objetiva pelos
prejuízos causados ao consumidor, nos termos do art. 14, § 3º, I e II, do CDC. 4 -
Dano moral caracterizado, diante dos dissabores e constrangimentos vividos pela
parte autora. Quantum fixado de forma justa e razoável. 5 - Recurso da parte
autora não conhecido em razão da intepestividade. 6 - Recurso da parte
promovida conhecido e improvido. Sentença mantida. (TJCE; AC 0174203-
71.2015.8.06.0001; Quarta Câmara de Direito Privado; Relª Desª Maria do
Livramento Alves Magalhães; DJCE 11/05/2021; Pág. 97)
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo.
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Há, nos autos, “prova inequívoca” da ilicitude cometida pelas
Rés, fartamente comprovada por documentos imersos, máxime pelas várias
correspondência enviadas, pelo apontamento do título a protesto, e outros mais.
. . . sob outro ponto de vista, contudo, essa probabilidade é vista como requisito,
no sentido de que a parte deve demonstrar, no mínimo, que o direito afirmado é
provável (e mais se exigirá, no sentido de se demonstrar que tal direito muito
provavelmente existe, quanto menor for o grau de periculum. (MEDINA, José
Miguel Garcia. Novo código de processo civil comentado ... – São Paulo: RT, 2015,
p. 472)
(itálicos do texto original)
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“4. Requisitos para a concessão da tutela de urgência: fumus boni iuris: Também
é preciso que a parte comprove a existência da plausibilidade do direito por ela
afirmado (fumus boni iuris). Assim, a tutela de urgência visa assegurar a eficácia
do processo de conhecimento ou do processo de execução...” (NERY JÚNIOR,
Nélson. Comentários ao código de processo civil. – São Paulo: RT, 2015, p. 857-
858)
(destaques do autor)
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sombra de dúvida, faz emergir incontáveis danos. Registro maior deve ser dado, para a
impossibilidade de se obter linha de crédito, talonários de cheques, etc.
(3) – P E D I D O S e R E Q U E R I M E N T O S
POSTO ISSO,
como últimos requerimentos desta Ação, a Autora requer que Vossa Excelência se digne
de tomar as seguintes providências:
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3.1. Requerimentos
( i ) A Autora opta pela realização de audiência conciliatória (CPC, art. 319, inc. VII), razão qual
requer a citação da Promovida para comparecer à audiência, designada para essa finalidade (CPC,
art. 334, caput), antes apreciando-se a tutela de urgência solicitada;
3.2. Pedidos
( iii ) pleiteia que seja definida por sentença a extensão da obrigação condenatória,
o índice de correção monetária e seu termo inicial, os juros moratórios e seu prazo
inicial (CPC, art. 491, caput);
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( iv ) por fim, sejam as Promovidas condenadas em custas e honorários
advocatícios, esses arbitrados em 20%(vinte por cento) sobre o valor da
condenação (CPC, art. 82, § 2º, art. 85 c/c art. 322, § 1º), além de outras eventuais
despesas no processo (CPC, art. 84).
Beltrano de tal
Advogado – OAB (PP) 112233
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