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SILVIO BATISTA DA SILVA, OAB nº 38.925/PE.

Causas Civis, Criminais, Eleitorais e Trabalhistas.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ FEDERAL DA _______ SEÇÃO JUDICIÁRIA,


ESTADO DE PERNAMBUCO.

XXXXX, brasileiro, casado, aposentado, portador da cédula de identidade /


RG nº XXXX SSP/PE, inscrito no CPF/MF nº XXXX (Doc.01), residente e
domiciliado a Av. Luiza Camarotti de Oliveira, nº 436, Arthur Lundgren I, Paulista –
PE . CEP: 53.XXXXXXX (Doc. 02). conta de endereço eletrônico:
silviobatista.adv@gmail.com, contato telefônico: (81) 98337-XXXX, por seu
advogado através de assinatura digital, legitimado conforme procuração anexada
(Doc. 03), devidamente habilitado no sistema Creta/PE, onde receberá notificações,
intimações e demais atos processuais, vem à presença de V.ex.ª, fundamentado no
art. 37, § 6º, da CF/1988; art. 927, do Código Civil Brasileiro (Lei nº 13.105/2015),
postular a presente

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C PEDIDOS DE


REPETIÇÃO DE INDÉBITO, CONDENAÇÃO EM DANOS MORAIS E MATERIAIS
E TUTELA DE URGÊNCIA

Em face do INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL – INSS, Autarquia


Federal, CNPJ nº 16.727.230.0001-97, com Agência Representativa no endereço:
Praça Agamenon Magalhães, nº 35, Centro, Paulista-PE. CEP: 53.401-441. e-mail:
aps15001040@inss.gov.br, telefone (81) 3433-0127, horário: 07:30 às 13:30h.
(acesso www.consultainss.com/inss-paulista-pe-agencia-da-previdencia-social/)
neste ato representado pelo seu Presidente ou a quem delegar; do BANCO C6 S.A,
pessoa jurídica de direito privado, CNPJ nº 31.872.495/0001-72, com sede a Av.
Nove de Julho, nº 3186, Jardim Paulista, São Paulo – SP. CEP: 01.406-000.
Telefone (11) 2832-6000 (acesso site da Receita Federal do Brasil).

Pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.


SILVIO BATISTA DA SILVA, OAB nº 38.925/PE.
Causas Civis, Criminais, Eleitorais e Trabalhistas.

1. PRELIMINARMENTE:

1.1 Da gratuidade da Justiça.

O Demandante requer, desde já, a concessão do BENEFÍCIO DA


GRATUIDADE JUDICIÁRIA, assegurado pela Lei de nº 1.060/50, pois não possui
condições de arcar com o encargo financeiro porventura gerado nesta relação
processual, com base nos artigos 98 e 99 do Código de Processo Civil, de 2015.
Ademais, além de não possuir condições suficientes, ainda tem que suportar os
descontos sofridos, diante de dívidas oriundas de empréstimos consignados
indevidos os quais a presente ação visa desconstituir. Assim, faz juntada do
documento necessário - DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA (Doc. 04).

2. DOS FATOS

2.1 Do breve histórico da fraude.

Na data de 22 de outubro de 2021, o Demandante assustou-se quando


observou na sua conta bancária duas transferências no valor R$ 29. 669,08 (vinte
e nove mil seiscentos e sessenta e nove reais e oito centavos), totalizando R$
59.338,16 (cinquenta e nove mil trezentos e trinta e oito reais e dezesseis centavos),
efetuadas pelo BANCO C6 S.A (Doc.05), decorrente de contratação
FRAUDULENTA de empréstimo consignado (Doc.06), vejamos:

Contrato CBC/Banco 1ª Parcela Valor/


Início dos descontos empréstimos

nº 010111685655 (C6 Consignado S.A) 03/2022 (R$ 780,00) R$ 29.669,08

nº 010111696169 (C6 Consignado S.A) 03/2022 (R$ 780,00) R$ 29.669,08

************** *********************** Valor mensal descontado Total R$


R$ 1.560,00 59.338,16

************** *********************** Total/parcelas 84 Total


contratado
R$ 131.040,00
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Desesperado, o Autor registrou Boletim de Ocorrência, 5 (cinco) dias após o


ocorrido (Doc.07)!!! Vale ressaltar que neste mesmo dia (27.10.2022), entrou em
contato com o Demandado, recebendo ligações de supostos representantes, que
emitiram boletos bancários para estorno (Doc.08 e 8.1). Ora Excelência,
desconfiado do “golpe”, pois os boletos estavam em nome de pessoas físicas, o
autor não realizou a transferência. Sendo exigido boleto em nome do
Bando/demandado, que não foi atendido.
Buscando resolução amigável, o Autor ingressou com demanda administrativa
junto a Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (PROCON-Paulista),
que realizou audiência de conciliação em 27.01.2022, sem êxito, pois o Demandado
condicionou o cancelamento do contrato com INSS, ao pagamento pelo Autor de R$
65.356,92 (sessenta e cinco mil trezentos e cinquenta e seis reais e noventa e dois
centavos), tratando como “ liquidação antecipada do contrato” (Doc.09).

Completamente transtornado e revoltado, pois já foram descontados 4


(quatro) parcelas a partir de 05/04 até a presente data (Doc.10, 10.1 e 10.2), o
Demandante ainda MANTÉM EM SUA CONTA O VALOR DO EMPRÉSTIMO
FRAUDULENTO INTOCÁVEL (Doc.10.2), aguardando a determinação judicial,
pois, NUNCA FEZ empréstimos consignados na vida até a presente data.

3. DO DIREITO

3.1 Da inexistência da Relação Jurídica do Débito.


A Constituição da República Federativa Brasileira determina:
Art. 37…
§ 6º – As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus
agentes, nessa qualidade, causam a terceiros, assegurado o direito de
regresso contra o responsável no caso de dolo ou culpa (grifo nosso).

Relação jurídica é o vínculo que une duas ou mais pessoas atribuindo a uma
delas o poder de exigir uma obrigação da outra. Nas palavras do doutrinador Sílvio
Rodrigues: "Relação jurídica é aquela relação humana, na qual, o
Ordernamento Jurídico acha de tal modo relevante, que lhe dá o prestígio de
sua força coercitiva".
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No caso em tela, não há vinculo jurídico estabelecido entre o


Demandante e o Banco C6 S.A, uma vez que o Autor NUNCA firmou contratos de
consignações com este. Por via de indução, tem-se a certeza que tais contratos
foram celebrados por meio de fraudes. Em outras palavras, referido banco firmou
contrato com terceiro que utilizou os documentos e/ou informações do Autor
passando-se por este, tratando-se assim de um caso de estelionato do qual o Autor
é mais vítima do que os Bancos e o INSS. Esses poderiam ter evitado todo esse
prejuízo em desfavor do Demandante com uma simples consulta, um simples
telefonema ou aviso no celular como fazem os bancos que oferecem segurança ao
seu cliente.

3.2 Da proteção ao consumidor (LEI Nº 8.078/90)

Importa ressaltar que as relações contratuais entre indivíduos e instituições


financeiras correspondem à relação de consumo, matéria, inclusive, já sumulada
pelo Superior Tribunal de Justiça (súmula 297).

O Código de Defesa do Consumidor determina:

Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da


existência de culpa. Pela reparação dos danos causados aos
consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem
como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua
fruição e riscos.

§ 1º O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o


consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as
circunstâncias relevantes. Entre as quais:

I - o modo de seu fornecimento;

II- o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;

III - a época em que foi fornecido. (Grifos nossos)

Ficou claro que houve defeituosos serviços prestados pelos Demandados,


pois, tais empréstimos nem sequer foram requeridos pelo Demandante, ainda mais
sendo como objeto dívidas desconhecidas por este, havendo, assim, falha na
segurança do seu "modo de fornecimento'', não sendo verificada de forma correta a
possível documentação acostada, também, possível instrumento contratual, se é
que existente.
SILVIO BATISTA DA SILVA, OAB nº 38.925/PE.
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3.3 Das violações às normas: IN/INSS/DC N° 121 - DE 1° DE JULHO DE 2005 e


IN/INSS/PRES N° 28, DE 16 DE MAIO DE 2008, que regulamenta o empréstimo
consignado em folha de pagamento previdenciário.

Art. 4º A contratação de operações de crédito consignado só poderá


ocorrer, desde que:

I - a operação financeira tenha sido realizada na própria instituição


financeira ou por meio do correspondente bancário a ela vinculada,
na forma da Resolução Conselho Monetário Nacional n° 3.110. de 31
de julho de 2003, sendo a primeira responsável pelos atos praticados
em seu nome:

A manifestação expressa (Art. 30, III da IN/INSS/PRES N° 28, de 16 de


maio de 2008) do beneficiário é requisito essencial para a validade da
consignação, onde sua inobservância produz a nulidade do contrato
em questão. (Grifos nossos).

Como se denota, é exigência legal, para a existência dos créditos, o


requerimento do interessado na própria instituição ou a outra a esta vinculada,
conforme preceitua o Art. 4°, I da IN/INSS/PRES N° 28, de 16 de maio de 2008.

Como já afirmado, o Demandante jamais ingressou nas dependências do


BANCO C6 S.A, nem mesmo em correspondentes a estes vinculados, com a
finalidade de requerer empréstimo consignado acima especificados. Empréstimos
esses que encontram-se ativos, descontando parcelas da sua aposentadoria.

4. DO DANO MATERIAL E MORAL

O Código Civil Brasileiro determina:

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou


imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente
moral, comete ato ilícito.

No caso exposto, por se tratar de uma relação de consumo, a reparação se


dará independentemente de o agente ter agido com culpa, uma vez que nosso
ordenamento jurídico adota a teoria da responsabilidade objetiva (Art. 12 do
CDC).

Sendo assim, é de inteira justiça que seja reconhecido ao polo ativo o direito
básico (Art. 6, VI, do CDC) de ser indenizado pelos danos sofridos, em face da
conduta negligente das Rés em firmar contrato não assinado pelo Requerente, bem
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como sem obediência às regras específicas de contratação estabelecidas na lei e


nas IN’s do INSS, danos esses de natureza material e moral que são
presumidamente reconhecidos, mesmo sem a inscrição da parte autora em cadastro
restritivo de crédito, conforme jurisprudência a baixo:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.


EMPRÉSTIMO NÃO PACTUADO. DESCONTO INDEVIDO DAS PARCELAS
EFETUADO DIRETAMENTE NO BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO PERCEBIDO
PELA AUTORA. DÍVIDA INEXISTENTE. NEGLIGÊNCIA DA INSTITUIÇÃO
FINANCEIRA. DEVER DE INDENIZAR CARACTERIZADO. DANOS MORAIS
PRESUMIDOS. PLEITO DE MINORAÇÃO DO QUANTUM ARBITRADO A
TÍTULO DE DANOS MORAIS. VALOR ADEQUADO AO GRAU DE CULPA DA
APELANTE. PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE
OBSERVADOS. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO. Configura dano moral presumido, passível de indenização, a
atitude negligente da instituição financeira que desconta do benefício
previdenciário percebido pela autora, parcela referente a empréstimo que
esta não contratou. "Comete ilícito, passível de indenização por dano moral,
estabelecimento bancário que desconta do benefício previdenciário do
autor, parcela referente a empréstimo consignado não contratado pelo
consumidor. Mantém-se o valor dos danos morais arbitrados, quando em
consonância com a posição econômica e social das partes, à gravidade de
sua culpa e às repercussões da ofensa, desde que respeitada a essência
moral do direito. "(Ap. 2007.025411-6. De Lages, rei. Monteiro Rocha,
Quarta Câmara de Direito Civil, 31/10/2008). O quantum indenizatório
arbitrado deve traduzir-se em montante que. Por um lado. Sirva de lenitivo
ao dano moral sofrido, sem importar em enriquecimento sem causa do
ofendido; e. por outro lado, represente advertência ao ofensor e à sociedade
de que não se aceita a conduta assumida, ou a lesão dela proveniente. (TJSP
- 415765 SC 2009.041576-5. Relator: Carlos Adilson Silva, Data de
Julgamento: 08/10/2010. Quarta Câmara de Direito Civil. Data de
Publicação: Apelação Cível n. 2009.041576-5, de Blumenau). (Grifos nossos).

Uma vez reconhecido o dano ocasionado, cabe estipular o quantum


indenizatório que, levando em consideração o princípio da proporcionalidade e
razoabilidade, e ainda todo o abalo psicológico da prejudicada e a capacidade
financeira de quem ocasionou o dano, deve ser fixado como forma de compensar o
prejuízo sofrido, além de punir os agentes causadores e evitar novas condutas
ilícitas, preconizando o caráter educativo e reparatório e evitando uma medida
judicial abusiva e exagerada.

Quanto ao dano material, a parte demandante entende ser justa, a


devolução dos valores descontados em sua aposentadoria a partir do mês de
Abril/2022 até a presente data, devidamente corridos em fase de liquidação,
registrando valor parcial de R$ 6.240,00 (Seis mil duzentos e quarenta reais).
SILVIO BATISTA DA SILVA, OAB nº 38.925/PE.
Causas Civis, Criminais, Eleitorais e Trabalhistas.

Quanto ao dano moral, o Demandante requer no valor de R$ 20.000,00


(vinte mil reais). Considerando grave falha na prestação do serviço e, por se
tratar de verba alimentar, há configuração do dano moral, na medida em que
compromete a subsistência do Autor. Além das extinções dos contratos. Cumpre
ressaltar, ainda, que a lei não estabelece um parâmetro para fixação dos valores
indenizatórios por dano moral, no entanto, essa margem vem sendo estipulada por
nossas Cortes de Justiça, em especial, pelo STJ. Deixando, ao entender de Vossa
Excelência, a possibilidade de ser arbitrado um valor diverso.

Ressalte-se que não se trata apenas de mero transtorno e angústia


causadas ao Autor, mas de prestação de serviços deficientes, inseguros, que obriga
o Demandado a pôr em risco sua vida ao ter que sair da sua casa, em tempos de
aumento de COVID 19, para tomar providências indo à Delegacia de Polícia, indo ao
INSS, buscando um advogado, etc… tudo isso para não ser lesado, para não ser
roubado. Acrescente-se a isso os sofrimentos dos transtornos emocionais e
psicológicos advindos do fato de ter a sustentabilidade de sua família abalada, pois
vai faltar dinheiro para pagar as contas.

5. DA REPETIÇÃO DO INDÉBITO

O Código de Defesa do Consumidor prescreve:

Art. 42…

Parágrafo Único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem


direito à repetição de indébito, por valor igual ao dobro do que
pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros, salvo
hipótese de engano justificável.

Como já comprovado pelo Autor, a contratação fraudulenta referente aos


contratos indicados no item 2.1, gerou prejuízo em sua aposentadoria, decorrente
dos descontos a partir do mês de Abril/2022 até a presente data, registrando valor
parcial de R$ 6.240,00 (Seis mil duzentos e quarenta reais).

Portanto, há de devolver referido valor em dobro, conforme art. 42, do Código


de Defesa do Consumidor.
SILVIO BATISTA DA SILVA, OAB nº 38.925/PE.
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6. DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

O Código de Defesa do Consumidor impõe:

Art. 6º. São direitos básicos do consumidor:

VIII – a facilitação de defesa dos seus direitos, inclusive com a


inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a
critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele
hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências (grifo
nosso).

Como se vê, o Demandante, parte vulnerável e hipossuficiente, fundamentado


no texto de lei acima, requer ao juiz a prova por parte dos demandados que
comprove a celebração desses famigerados empréstimos consignados. Até porque
o encargo de provar deve ser revertido ao fornecedor, parte mais forte na relação de
consumo e detentor de todos os dados técnicos atinentes aos serviços e produtos
adquiridos.

Sendo assim, com fundamento no Art. 6º, VIII do CDC, a parte autora requer
a inversão do ônus da prova, incumbindo ao réu a demonstração de todas as provas
referentes ao pedido desta peça, principalmente possíveis instrumentos de contrato
de empréstimo falsamente assinados em nome do requerente, para que seja
comprovada a fraude da contratação dos empréstimos junto as Rés.

7. DA TUTELA DE URGÊNCIA

O artigo 300 do Novo Código de Processo Civil prevê a possibilidade da


Tutela de Urgência desde que se evidenciem os seguintes elementos:

a) probabilidade do direito – está demonstrada pelos documentos acostados aos


autos, que demonstram parcelas descontadas diretamente na aposentadoria do
Demandante, de forma indevida, por dívidas originariamente desconhecidas. A
documentação em anexo, também demonstra a data em que ocorreu e a previsão
de quando ocorrerá os demais descontos da aposentadoria da parte autora. Todas
essas circunstâncias e fatos constituem elementos de claríssima probabilidade dos
direitos do Autor;

b) perigo do dano – havendo a continuidade dos descontos em decorrência dos


empréstimos fraudulentos junto ao BANCO C6 S.A, o Demandante está tendo sua
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renda mensal excessivamente diminuída, passando por situação financeira difícil,


abalando o sustento seu e de sua família, ocorrendo insuficiência de honrar os
pagamentos das contas domésticas, que uma vez em atraso incidirão juros e
correção monetária, aumentando desnecessariamente as obrigações domésticas,
sendo urgentemente necessária a vedação de possíveis descontos.

c) risco ao resultado útil do processo – não há e nem haverá a irreversibilidade


da medida, uma vez que, no caso remotíssimo de ser o processo considerado
improcedente, o BANCO C6 S.A poderá efetuar os descontos posteriormente.
Desse modo, na tentativa de salvaguardar sua condição digna, somente a
concessão de um provimento antecipado que vise a impedir a efetivação de
descontos em seu benefício poderá evitar maiores percalços tanto para ele como
para toda a sua família.

8. DOS PEDIDOS

Diante dos fatos e da fundamentação jurídica exposta, se requer:

8.1 A concessão dos benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, uma vez que a parte
demandante não possui condições financeiras de arcar com as possíveis despesas
do processo, bem como honorários sucumbenciais, na forma do art. 98 e seguidos
do CPC/15, sem que abale o sustento de sua família;

8.2 A concessão da TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA, inaudita altera pars e


initio litis. Nos moldes do art. 300 do CPC, para que seja determinada a abstenção
de qualquer desconto, sob o pretexto de pagamento de parcelas de empréstimo
consignado, da aposentadoria da parte demandante, junto ao INSS, até que seja
resolvido o litígio judicial a respeito das inexistências dos referidos contratos:

8.3 Deferida a TUTELA DE URGÊNCIA, EXPEDIR a competente Ordem Judicial


para a imediata suspensão dos descontos, com a fixação de multa de R$ 2.000.00
(dois mil reais) para cada mês de descontos indevidos realizados;

8.4 DESIGNAR AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E CITAÇÃO DOS RÉUS, através


dos e-mail, dos correios, para o seu comparecimento e, não havendo acordo,
querendo, apresente sua defesa, sob pena de incorrer contra si os efeitos da revelia;
SILVIO BATISTA DA SILVA, OAB nº 38.925/PE.
Causas Civis, Criminais, Eleitorais e Trabalhistas.

8.5 DECLARAR A INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA (Art. 6º, VIII do CDC),


essencialmente para a juntada dos alegados instrumentos de contratos de
empréstimos consignados por parte das partes Rés, uma vez que a parte autora
nunca teve acesso a qualquer documento deste tipo, além da comprovação da
veracidade da assinatura da parte autora, se houver o contrato, se necessário,
determinando a análise por perícia judicial especializada para produção de laudo
conclusivo a respeito deste fato;

8.6 No mérito, que seja DECLARADA A INEXISTÊNCIA DOS DÉBITOS fundados


em contratos de empréstimos consignados inquinados de fraudes proposta por
terceiro, bem como condenar os responsáveis, na medida de suas
responsabilidades, ao ressarcimento em dobro das parcelas já descontadas da
aposentadoria da parte autora equivalente a R$ 12.480,00 (Doze mil quatrocentos
e oitenta reais). Sendo corrigido monetariamente e aplicado juros de mora em
dobro, nos moldes do art. 42, parágrafo único, do CDC;

8.7 CONDENAR AO PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO A TÍTULO DE DANOS


MORAIS à parte autora, tendo em vista a grave falha na prestação do serviço e,
por se tratar de verba alimentar, no valor de RS 20.000,00 (vinte mil reais)
dividido pelos Demandados ou, caso entenda Vossa Excelência, arbitre de acordo
com a concepção deste Juízo, nos moldes dos fundamentos apresentados;

8.8 CONDENAR AO PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO A TÍTULO DE DANOS


MATERIAIS à parte autora, tendo em vista cobranças indevidas geradas de
contratos consignados fraudulentos o valor de R$ 6.240,00 (Seis mil duzentos
e quarenta reais).

8.9 CONDENAR as Demandadas ao pagamento de todas as despesas processuais


e de honorários advocatícios;

8.10 Protesta e requer ainda provar o alegado por todos os meios de prova
admitidos em direito, especialmente documental, testemunhal, pericial, grafotécnico,
entre outros.
SILVIO BATISTA DA SILVA, OAB nº 38.925/PE.
Causas Civis, Criminais, Eleitorais e Trabalhistas.

Atribui-se à causa, para fins de alçada, o valor de RS 38.720,00 (trinta e oito mil,
setecentos e vinte reais).

Nestes Termos,
Pede Deferimento

Paulista-PE, 15 de julho de 2022.

SILVIO BATISTA DA SILVA


OAB-PE n° 38.925.

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