Você está na página 1de 13

O trabalhador com câncer pode realizar o saque do FGTS?

Sim. Na fase sintomática da doença, o trabalhador cadastrado no FGTS que tiver


neoplasia maligna (câncer) ou que tenha dependente (esposo (a), companheiro (a),
pais, sogros, filho e irmão menor de 21 anos ou inválido) portador de câncer poderá
fazer o saque do FGTS.

Quais os documentos necessários para o saque do FGTS?

Uma das documentações exigidas é o atestado médico com validade não superior a
trinta dias, contados a partir de sua expedição, com as seguintes informações:
✓ Diagnóstico expresso da doença (relato das patologias ou enfermidades que
molestam o paciente)
✓ Estágio clínico atual da doença/paciente;
✓ CID - Classificação Internacional de Doenças;
✓ Data, nome, carimbo e CRM do médico responsável pelo tratamento, com a
devida assinatura.

DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
✓ Carteira de trabalho na hipótese de saque de trabalhador; ou cópia autenticada
da ata de assembleia que deliberou pela nomeação de diretor não empregado;
✓ Cópia do Contrato Social registrado no Cartório de Registro de Títulos e
Documentos ou na Junta Comercial, ou ato próprio da autoridade competente
publicado em Diário Oficial;
✓ Cartão do Cidadão ou Cartão de Inscrição PIS/PASEP.
OBS.: É indispensável levar original e cópia de todos os
Qual o valor a ser recebido na retirada do FGTS?

O valor recebido será o saldo de todas as contas pertencentes ao trabalhador,


inclusive a conta do atual contrato de trabalho. No caso de motivo de incapacidade
relacionado ao câncer, persistindo os sintomas da doença, o saque na conta poderá
ser efetuado enquanto houver saldo, sempre que forem apresentados os documentos
necessários.

O que fazer quando o pedido de saque do FGTS for negado injustamente?

Nesse caso, é possível recorrer à Justiça, onde o requerente deverá apresentar, além
dos documentos acima relacionados, cópia do extrato contendo o saldo existente na
conta do FGTS e documento que comprove que o pedido de saque foi negado pela
CEF.

Mais informações no site da Caixa Econômica Federal (www.caixa.gov.br).


11

2
O trabalhador com câncer pode realizar o saque do PIS/PASEP?

Sim. O PIS pode ser retirado na Caixa Econômica Federal e o PASEP no Banco do
Brasil, pelo trabalhador cadastrado no PIS/PASEP antes de 1988 que tiver neoplasia
maligna (câncer), na fase sintomática da doença, ou que possuir dependente portador
de câncer.

Como saber se existe saldo junto ao Fundo PIS/PASEP?

Só possuem saldos em contas individuais do Fundo PIS/PASEP aqueles trabalhadores


que tenham contribuído para o PIS ou para o PASEP até 04 de outubro de 1988 e não
tenham efetuado o resgate total de seus saldos. Os trabalhadores da iniciativa
privada, nessas condições, devem procurar a Caixa Econômica Federal (agente
operador do PIS) para informações sobre saldos, enquanto que os servidores públicos
devem se dirigir ao Banco do Brasil (agente operador do PASEP), para obter essa
informação.

Como solicitar o saque das cotas PIS/PASEP?

Para sacar a cota relativa ao PIS, o interessado deverá dirigir-se a qualquer agência
da Caixa Econômica Federal e, ao PASEP, em qualquer agência do Banco do Brasil,
munido dos seguintes documentos:
✓ Carteira de Identidade;
✓ Carteira de Trabalho;
✓ Cartão PIS/PASEP ou comprovante de inscrição no PIS/PASEP;
✓ Cópia de resultados e laudos de exames;
✓ Atestado médico com validade não superior a 30 (trinta) dias, contados a partir
de sua expedição, firmado com assinatura sobre carimbo e CRM do médico
responsável pelo tratamento, contendo menção à Resolução 01/96 de
15/10/1996 do Conselho Diretor do Fundo de Participação PIS/PASEP e
diagnóstico no qual estejam relatadas as patologias ou enfermidades que
molestam o paciente, o estágio clínico atual da moléstia e do enfermo e
indicando expressamente “paciente sintomático para a patologia classificada
sob o código da Classificação Internacional das Doenças (CID)” (de 140 a 208
ou de 230 a 234 ou C00 a C97 ou D00 a D09);
✓ Comprovante de dependência, se for o caso;
✓ O pedido também pode ser feito por procuração. Nesse caso, devem ser
apresentados, além da procuração, o RG e o CPF do procurador.

Qual valor tem o paciente a receber?

O trabalhador receberá o saldo total de suas quotas e rendimentos.

O que fazer quando o pedido de saque do PIS/PASEP for negado


injustamente?

Nesse caso, é possível recorrer à Justiça, onde o requerente deverá apresentar, além
dos documentos acima relacionados, cópia do extrato contendo o saldo existente na
conta do PIS/PASEP e documento que comprove que o pedido de saque foi negado
pela CEF.

3
É um benefício mensal a que tem direito o segurado, quando este fica
temporariamente incapaz para o trabalho em virtude de doença por mais de 15 dias
consecutivos. O portador de câncer terá direito ao benefício, independente do
pagamento de 12 contribuições, desde que esteja na qualidade de segurado. A
incapacidade para o trabalho deve ser comprovada por meio de exame realizado pela
perícia médica do INSS.

Como fazer para conseguir o benefício?

A pessoa deve comparecer à agência da Previdência Social mais próxima de sua


residência ou ligar para 135, solicitando o agendamento da perícia médica. É
indispensável Carteira de trabalho ou documentos que comprovem a sua contribuição
ao INSS, além de declaração ou exame médico (com validade de 30 dias) que
descreva o estado clínico do segurado.

Mais informações no site da Previdência Social (www.previdencia.gov.br) ou


pelo telefone 135.

A aposentadoria por invalidez é concedida desde que a incapacidade para o trabalho


seja considerada definitiva pela perícia médica do INSS. Tem direito ao benefício o
segurado que não esteja em processo de reabilitação para o exercício de atividade
que lhe garanta a subsistência (independente de estar recebendo ou não o auxílio-
doença).

O portador de câncer terá direito ao benefício, independente do pagamento de 12


contribuições, desde que esteja na qualidade de segurado.

Qual o valor da aposentadoria por invalidez?

Corresponde a 100% do salário benefício e é isento do Imposto de Renda. O salário


benefício dos trabalhadores inscritos até 28 de novembro de 1999 corresponderá à
média dos 80% maiores salários de contribuição, corrigidos monetariamente, desde
julho de 1994. Para os inscritos a partir de 29 de novembro de 1999, o salário de
benefício será a média dos 80% maiores salários de contribuição de todo o período
contributivo.

O aposentado por invalidez pela Previdência Social que necessitar da ajuda


diária de outra pessoa tem algum outro direito?

Sim. Se o aposentado por invalidez pela Previdência Social necessitar de assistência


permanente de outra pessoa, a critério da perícia médica, o valor do benefício será
aumentado em 25%, a partir da data de sua solicitação, nas situações previstas no
anexo I, do Decreto 3.048/99, mesmo que o valor atinja o limite máximo previsto em
lei.

Como obter a aposentadoria por invalidez?

Para obter o benefício, o paciente segurado pela Previdência Social, deve comparecer,
pessoalmente ou por intermédio de um procurador, a uma Agência da Previdência
Social, preencher requerimento próprio, apresentar a documentação exigida e

4
agendar realização de perícia médica. O auxílio-doença também pode ser requerido
via Internet no site da Previdência Social (www.previdencia.gov.br) ou pelo
telefone gratuito 135, que funciona de segunda a sábado, das 7h às 22h.

Quando o paciente deixa de receber o benefício do INSS?

Quem recebe aposentadoria por invalidez tem que passar por perícia médica de dois
em dois anos, caso contrário, o benefício é suspenso. A aposentadoria também deixa
de ser paga quando o segurado recupera a capacidade e volta ao trabalho.

O aposentado por invalidez pode voltar ao trabalho?

O aposentado por invalidez que voltar ao trabalho, por sua própria conta, terá a sua
aposentadoria automaticamente cessada, a partir da data do retorno. Quando o
aposentado por invalidez se achar em condições de voltar ao trabalho, deverá solicitar
a realização de nova avaliação médico-pericial.

O que o paciente deve fazer se tiver seu pedido de aposentadoria por


invalidez negado injustamente?

Quando o pedido de aposentadoria por invalidez for negado, o paciente que se sentir
prejudicado poderá, no caso de ter recebido alta da Previdência Social, formular
pedido de reconsideração no prazo de até 30 dias após a ciência da avaliação médica
ou a da cessação do benefício de auxílio-doença. Esse pedido pode ser feito na
Agência da Previdência Social responsável pela concessão do benefício, pela Internet
no site da Previdência Social ou pelo telefone gratuito 135, que funciona de segunda a
sábado, das 7h às 22h. Se o resultado ainda for desfavorável ou se a Previdência
Social apenas conceder o auxílio-doença (e o paciente entender que é caso de
aposentadoria por invalidez), é possível tentar reverter a decisão por meio de ação
judicial.

A Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS) garante um benefício de um salário-


mínimo mensal ao idoso com 65 anos ou mais, que não exerça atividade remunerada,
e ao portador de deficiência incapacitado para o trabalho e para uma vida
independente. Crianças de zero a 10 anos e adolescentes entre 12 e 18 anos têm os
mesmos direitos.
Para ter direito ao benefício, outro critério fundamental é de que a renda familiar seja
inferior a ¼ (um quarto) do salário-mínimo. Esse cálculo considera o número de
pessoas que vivem no mesmo domicílio: o cônjuge, o (a) companheiro (a), os pais, os
filhos e irmãos não emancipados de qualquer condição, menores de idade e inválidos.
O critério de renda caracteriza a impossibilidade do paciente e de sua família de
garantir seu sustento.

A pessoa com câncer tem direito ao amparo assistencial (ou Benefício de


Prestação Continuada)?

Sim, desde que se enquadre nos critérios de idade, renda ou deficiência descritos
acima. Nos casos em que o paciente sofra de doença em estágio avançado, ou sofra
consequências de sequelas irreversíveis do tratamento oncológico, pode-se também

5
recorrer ao benefício, desde que haja uma implicação do seu estado de saúde na
incapacidade para o trabalho e nos atos da vida independente.

O requerente também não pode estar vinculado a nenhum regime de previdência


social ou receber quaisquer benefícios. Mesmo quando internados, tanto o idoso como
o deficiente têm direito ao benefício. O amparo assistencial é intransferível, não
gerando direito à pensão a herdeiros ou sucessores. O beneficiário não recebe 13º
salário.

Como fazer para conseguir o benefício?

Para solicitar o benefício, a pessoa deve fazer exame médico pericial no INSS.

Mais informações no site da Previdência Social (www.previdencia.gov.br) ou


pelo telefone 135.

A Portaria SAS nº 055, de 24 de fevereiro de 1999, dispõe sobre a rotina de


Tratamento Fora de Domicílio (TFD). Esta normatização tem por objetivo garantir o
acesso de pacientes de um município a serviços assistenciais em outro município, ou
ainda, em casos especiais, de um Estado para outro Estado. O TFD pode envolver a
garantia de transporte para tratamento e hospedagem, quando indicado. O TFD será
concedido, exclusivamente, a pacientes atendidos na rede pública e referenciada. Nos
casos em que houver indicação médica, será autorizado o pagamento de despesas
para acompanhante.

A pessoa com câncer tem direito à isenção de imposto de renda na


aposentadoria?

Sim. Os pacientes estão isentos do imposto de renda relativo aos rendimentos de


aposentadoria, reforma e pensão, inclusive as complementações (RIR/1999, art. 39,
XXXIII; IN SRF nº 15, de 2001,art. 5º, XII). Mesmo os rendimentos de aposentadoria
ou pensão recebidos acumuladamente não sofrem tributação, ficando isento quem
recebeu os referidos rendimentos (Lei nº 7.713, de 1988, art. 6º, inciso XIV).

Como fazer para conseguir o benefício?

Para solicitar a isenção, a pessoa deve procurar o órgão pagador da sua


aposentadoria (INSS, Prefeitura, Estado etc.) munido de requerimento fornecido pela
Receita Federal. A doença será comprovada por meio de laudo médico, que é emitido
por serviço médico oficial da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios,
sendo fixado prazo de validade do laudo pericial, nos casos passíveis de controle (Lei
nº 9.250, de 1995, art. 30; RIR/1999, art. 39, §§ 4º e 5º; IN SRF nº 15, de 2001,
art. 5º, §§ 1º e 2º).

6
O paciente que obtiver a isenção do imposto de renda é obrigado a
apresentar a declaração anual?

Sim. A isenção do imposto de renda não isenta o contribuinte do dever de apresentar


a declaração anual quando cabível.

É possível pedir a restituição de valores descontados indevidamente?

Sim. O paciente que atender os requisitos para isenção do imposto de renda pode
requer junto à Receita Federal a restituição dos valores descontados nos últimos 5
anos, desde que comprove que, durante esse período, preenchia os requisitos para
obtenção do benefício.

A pessoa com invalidez total e permanente, causada por acidente ou doença, possui
direito à quitação, caso exista esta cláusula no seu contrato. Para isso, deve estar
inapto para o trabalho e a doença determinante da incapacidade deve ter sido
adquirida após a assinatura do contrato de compra do imóvel.

Qual valor pode ser quitado?

Está incluído nas parcelas do imóvel financiado pelo Sistema Financeiro de Habitação
(SFH) um seguro que garante a quitação do imóvel em caso de invalidez ou morte.
Em caso de invalidez, este seguro cobre o valor correspondente à cota de participação
do paciente no financiamento. A entidade financeira que efetuou o financiamento do
imóvel deve encaminhar os documentos necessários à seguradora responsável.

O contrato de financiamento é considerado totalmente quitado no caso da


morte ou invalidez permanente do contratante?

A quitação do financiamento é proporcional à participação da pessoa que falecer ou


for declarada inválida, no contrato de financiamento. Assim, se ela é responsável com
100% de sua renda pelo financiamento, o saldo devedor será integralmente quitado.
Por outro lado, se concorrer com 50% de sua renda, a quitação será proporcional aos
mesmos 50%.

O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) é um tributo federal, que incide sobre
a fabricação dos produtos produzidos no território nacional, a exemplo dos
automóveis.

Quando a pessoa com câncer tem direito a solicitar a isenção do (IPI) na


compra de veículos?

O paciente com câncer é isento deste imposto, apenas quando apresenta deficiência
física nos membros superiores ou inferiores que o impeça de dirigir veículos comuns.
É necessário que o solicitante apresente exames e laudo médico que descrevam e
comprovem a deficiência.

7
Quais veículos podem ser adquiridos com isenção de IPI?

Automóveis de passageiros ou veículos de uso misto de fabricação nacional, movidos


à combustível de origem renovável. O veículo precisa apresentar características
especiais, originais ou resultantes de adaptação, que permitam a sua adequada
utilização por portadores de deficiência física. Entre estas características, o câmbio
automático ou hidramático (acionado por sistema hidráulico) e a direção hidráulica.
A adaptação do veículo poderá ser efetuada na própria montadora ou em oficina
especializada. O IPI incidirá normalmente sobre quaisquer acessórios opcionais que
não constituam equipamentos originais do veículo adquirido. O benefício somente
poderá ser utilizado uma vez. Mas se o veículo tiver sido adquirido há mais de dois
anos, poderá ser utilizado uma segunda vez.

Como fazer para conseguir a isenção?

A Lei nº 10.182, de 12/02/2001, restaura a vigência da Lei nº 8.989, de 24/02/1995,


que dispõe sobre a isenção do IPI na aquisição de automóveis destinados ao
transporte autônomo de passageiros e ao uso de portadores de deficiência.

Concedida autorização, qual o prazo para adquirir o veículo com isenção do


IPI?

O prazo para aquisição do veículo é de 180 dias a partir da emissão da carta de


autorização. Expirado esse prazo, o interessado deverá formular novo pedido.

É necessário que a nota fiscal de venda do veículo com isenção seja emitida
em nome do beneficiário?

Sim. Para isenção do IPI na compra de veículo, a lei determina que a nota fiscal de
venda do veículo seja emitida em nome do beneficiário.

Mais informações no site da Receita Federal (www.receita.gov.br) ou pelo


Receita Fone 146 (ligação gratuita).

O que é ICMS?

É o imposto estadual sobre operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre


Prestação de Serviços. Cada Estado possui a sua própria legislação que regulamenta
este imposto.
19

A Portaria n.º 256/2006/GP/DETRAN/MT disciplina a emissão e expedição pelo


DETRAN/MT de laudos de avaliação de deficiência física, para instruir processo de
isenção de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS e de Imposto
sobre a Propriedade de Veículo Automotor – IPVA
http://app1.sefaz.mt.gov.br/0325677500623408/07FA81BED2760C6B84256710004D
3940/4BA017623A56E0EC042571CA00657E2E

O CONVÊNIO ICMS 77/04 isenta do ICMS as saídas de veículos destinados a


pessoas portadoras de deficiência física.

8
http://app1.sefaz.mt.gov.br/Sistema/legislacao/legislacaotribut.nsf/07fa81bed2760c6
b84256710004d3940/5099fef136ec188604256f2600668d7b?OpenDocument#_r8d7ks
lmi9p4ku8298d6l681n6snj0d0_
A isenção de ICMS será previamente reconhecida pelo fisco da unidade federada onde
estiver domiciliado o interessado, mediante requerimento instruído com:
I. Laudo de perícia médica fornecido pelo Departamento de Trânsito do Estado –
DETRAN, onde estiver domiciliado o interessado, que:
a) ateste sua completa incapacidade para dirigir veículos convencionais e sua
aptidão para fazê-lo naqueles especialmente adaptados;
b) especifique o tipo de deficiência física;
c) especifique as adaptações necessárias.

II. Declaração de Disponibilidade Financeira ou Patrimonial do portador de


deficiência, apresentada diretamente ou por intermédio de representante legal,
disponibilidade esta compatível com o valor do veículo a ser adquirido;

III. Cópia autenticada da Carteira Nacional de Habilitação, na qual constem as


restrições referentes ao condutor e as adaptações necessárias ao veículo;

IV. Cópia autenticada da autorização expedida pela Secretaria da Receita Federal


para aquisição do veículo com isenção do IPI;

V. Comprovante de residência.

O que é IPVA?

É o imposto estadual referente à propriedade de veículos automotores.


A PORTARIA Nº 100 /2001 – SEFAZ disciplina o reconhecimento de isenção ou de
não incidência do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA para
portadores de deficiência física.
http://app1.sefaz.mt.gov.br/Sistema/legislacao/legislacaotribut.nsf/07fa81bed2760c6
b84256710004d3940/032ba792efa9023404256b300073c2a6?OpenDocument#_ea17l
4l21a94k282eksg32c1g40nj4c1g64g2q82j8l342mg_
O reconhecimento de isenção condicionar-se-á à apresentação, juntamente com o
pedido, conforme o caso, dos seguintes documentos:
a) Laudo de perícia médica expedida pelo DETRAN/MT, atestando sua completa
incapacidade para dirigir automóveis comuns e sua habilitação para fazê-lo em
veículo especialmente adaptado, especificando, ainda, o tipo de defeito físico e
as adaptações necessárias;
b) Cópia do laudo de vistoria do DETRAN/MT comprovando estar o veículo
adaptado às condições físicas do condutor;
c) Cópia da Carteira Nacional de Habilitação, comprovando estar o interessado
autorizado a dirigir veículo adaptado.

9
É uma documentação exigida para acesso aos diferentes direitos previdenciários, das
iniciativas pública ou privada.
O médico assistente é o profissional que acompanha o paciente em sua doença e
evolução e, quando necessário, emite o devido atestado ou relatório médico. De
acordo com o artigo 3º da Resolução CFM 1851/2008, o médico assistente
especificará o tempo concedido de dispensa às atividades de trabalho e estudantil,
necessário para recuperação do paciente.

Este atestado é usualmente utilizado para fins de procuração a terceiros.


Conforme Resolução CFM 1658/2002, o atestado médico é parte integrante do ato
médico, sendo seu fornecimento direito inalienável do paciente, inclusive para
fornecimento de atestados de sanidade, em suas diversas finalidades (arts. 1º e 7°).

O significa a prioridade no andamento processual?

Processos judiciais e administrativos possuem um rito bastante detalhado (e muitas


vezes demorado), sendo, em princípio, tratados e julgados sem qualquer tipo de
preferência. Há casos, no entanto, em que a lei garante prioridade na tramitação
desses processos.

Quem tem direito?

Têm direito à prioridade na tramitação de processos, dos quais forem parte ou


interessado, as pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, ou que sejam
portadoras de doença grave como, por exemplo, neoplasia maligna (câncer). Também
é garantido direito ao atendimento preferencial pela Defensoria Pública em relação
aos serviços de assistência judiciária gratuita.

Como obter?

O pedido de prioridade na tramitação de processos judiciais deve ser feito pelo


advogado constituído nos autos, fazendo prova da enfermidade (exames e relatório
médico) e/ou da idade do interessado (se for o caso de pessoas com idade igual ou
superior a 60 anos). No caso de processos e procedimentos administrativos ou
processos judiciais que tramitam nos Juizados Especiais, o próprio interessado pode
requerer a prioridade, sem a necessidade de contratar advogado, apresentando um
documento de identidade ou prova da enfermidade.

O paciente com câncer também tem direito à prioridade na restituição do


imposto de renda?

Sim. Por se tratar de um procedimento administrativo, a restituição de imposto de


renda deve seguir a mesma regra de prioridade. Assim, pessoas com doenças graves
podem requerer a prioridade na restituição do imposto de renda. Na própria

10
declaração anual, existe um campo em que o contribuinte pode declarar ser portador
de doença grave.

O que é a cirurgia de reconstrução mamária?

É a cirurgia plástica reparadora da mama, retirada, total ou parcialmente, em virtude


do tratamento do câncer.

Quem tem direito?

Todo paciente com câncer de mama, que teve a mama retirada total ou parcialmente
em decorrência do tratamento, tem o direito de realizar cirurgia plástica reparadora.
Por lei, tanto o Sistema Único de Saúde (SUS) como o Plano de Saúde são obrigados a
realizar essa cirurgia.

Como e onde obter?

Pelo SUS, exija o agendamento da cirurgia de reconstrução mamária no local do


tratamento. Caso não esteja em tratamento, dirija-se a uma Unidade Básica de Saúde
e solicite seu encaminhamento para uma unidade especializada em cirurgia de
reconstrução mamária. Pelo Plano de Saúde, consulte-se com médico cirurgião
plástico da rede credenciada.

Observações:

Em muitos casos, a reconstrução mamária é realizada logo após a mastectomia


(cirurgia para retirada da mama). Contudo, por razões clínicas, nem sempre é
possível realizar a cirurgia reparadora logo após a retirada da mama. Importante que
o paciente converse com seu médico sobre o melhor momento para realizar esse
procedimento.
O paciente também tem direito a corrigir eventual assimetria entre a mama afetada
pelo câncer e a outra mama (saudável). Nesse caso, o paciente poderá realizar
cirurgia plástica também na mama saudável, a fim de manter a mesma proporção
estética entre ambas as mamas.
Quando existirem condições técnicas, a reconstrução deverá ocorrer no mesmo ato
cirúrgico de retirada da mama.

Legislação

Lei nº 9.656, de 03/06/1998 (art. 10-A) – Dispõe sobre os planos e seguros privados
de assistência à saúde.
Lei nº 9.797, de 05/05/1999 – Dispõe sobre a obrigatoriedade da cirurgia plástica
reparadora da mama pela rede de unidades integrantes do Sistema Único de Saúde –
SUS – nos casos de mutilação decorrentes de tratamento de câncer.
Lei nº 10.223, de 15/05/2001 (altera a Lei nº 9.656/98) – Dispõe sobre a
obrigatoriedade de cirurgia plástica reparadora de mama por planos e seguros
privados de assistência à saúde nos casos de mutilação decorrente de tratamento de
câncer.
Lei nº 12.802, de 24/04/2013 – (altera a Lei nº 9797) – Dispõe sobre o momento da
reconstrução mamária.

11
O que é?

A pessoa, que for diagnosticada com neoplasia maligna (câncer), tem direito de se
submeter ao primeiro tratamento no SUS, no prazo de até 60 dias contados a partir
do dia em que for assinado o diagnóstico em laudo patológico ou em prazo menor,
conforme a necessidade terapêutica do caso registrada em prontuário único.

Quando que se considera iniciado o primeiro tratamento?

Considerar-se-á efetivamente iniciado o primeiro tratamento, com a realização de


terapia cirúrgica ou com o início de radioterapia ou de quimioterapia, conforme a
necessidade terapêutica do caso.

O que fazer no caso de descumprimento da lei?

Se o tratamento não for iniciado após os 60 (sessenta) dias, recomenda-se procurar a


Defensoria Pública para pedir judicialmente o cumprimento da lei.

Os itens relacionados, nessa cartilha, são direitos de todos os pacientes com neoplasia
maligna e podem ser reivindicados judicialmente no caso de descumprimento por
intermédio da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso, Defensoria Publica da
União, no caso de intervenção jurídica perante o INSS ou Caixa Econômica Federal, ou
de Advogado.
A Defensoria Publica da União está situada no seguinte endereço:
Rua Osório Duque Estrada, nº 107 - Ed. Capital - Bairro Araés
CEP: 78.005-720 - Cuiabá/MT
E-mail: dpu.mt@dpu.gov.br
Telefone: (65) 3611-7400
A Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso está situada no seguinte endereço:
Avenida Historiador Rubens de Mendonça, 2.254
Edifício American Business Center, Térreo
CEP: 78050-000
Telefone: (65) 3613-3400

Importante
www.inca.gov.br
www.oncoguia.org.br Endereços, telefones, leis e outras informações,
www.previdencia.gov.br aqui mencionados, podem sofrer alterações. Por
www.receita.gov.br isso, caso você perceba que alguma informação
www.sefaz.mt.gov.br mereça atualização, entre em contato conosco
www.planalto.gov.br pelo e-mail: http://www.mtmamma.com.br/.
www.dpu.gov.br Atualizada em 10/03/2014.
www.defensoriapublica.mt.gov.br

12
Por conta da grande quantidade de mudanças diante de um diagnóstico de câncer,
recomendamos que você crie uma pasta para guardar todos os seus
documentos pessoais, cópias de exames, relatórios médicos, entre outros.
Isso vai ser muito útil na hora que você decidir reivindicar pelos seus direitos.
Se em algum momento você precisar de assessoria jurídica, leve esta pasta com você.

Documentos relacionados ao Prontuário do Paciente:


- Relatórios, atestados, laudos, fichas e receituários médicos.
- Todos os exames laboratoriais e de imagens (laudos e imagens).
- Guias de encaminhamento.
- Requisições de exames e procedimentos.
- Formulários preenchidos em serviços de saúde.
- Outros documentos relacionados ao prontuário.
Observação: Todos os prestadores de serviços de saúde (como hospitais, clínicas,
consultórios e laboratórios) são obrigados a fornecer cópia de todos os documentos
relacionados ao prontuário quando houver solicitação do próprio paciente ou do seu
procurador expressamente constituído para este fim.

Documentos Pessoais e Provas de Direitos e Obrigações

- Cópia do RG e CPF.
- Cópia da Certidão de nascimento.
- Cópia da Certidão de casamento.
- Cópia da Carteira de trabalho e previdência social.
- Carnês de contribuições previdenciárias.
- Cartão de identificação do plano de saúde.
- Contratos celebrados com planos e seguros de saúde.
- Apólices de planos e seguros de saúde.
- Autorizações e negativas do plano de saúde.
- Protocolos de atendimento telefônico do plano de saúde.
- Contrato de financiamento imobiliário.
- Cartão do PIS/PASEP.
- Extratos do FGTS.
- Cartão Nacional de Saúde (SUS).
- Declarações de Imposto de Renda.
- Contracheques.
- Carta de concessão de auxílio-doença ou aposentadoria.
- Notas fiscais de compra de medicamentos e respectivas receitas médicas.
- Notas fiscais ou recibos de consultas médicas e outros procedimentos realizados em
prestadores de serviços de saúde.
- Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV).
- Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
- Outros documentos que possam comprovar a existência de direitos e obrigações.
Fonte: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/organizese-documentos/103/4/

13

Você também pode gostar