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RESUMO SOBRE COBERTURAS PRIMÁRIAS PARA TRATAMENTO DE

FERIDAS
Material de apoio didático elaborado pelas enfermeiras
Aline Antoneli Meira, Cynthia Assis de Barros Nunes e
Suelen Gomes Malaquias; e acadêmicas de enfermagem
Daniella Costa de Oliveira e Sara Duarte Rosa
Para a elaboração das indicações de produtos ou coberturas primárias desse
resumo, utilizou-se o acrônimo TIME (EWMA, 2004) e Triangle of Wound
Assessment (WUWHS, 2016), particularmente para as considerações sobre pele
perilesão.
O acrônimo TIME foi proposto pela International Advisory Board on Wound
Bed Preparation, pode ser empregado para facilitar o manejo do leito da ferida e
aborda quatro aspectos fundamentais, sendo T (Tissue) para controle do tecido não
viável, I (Infection or inflamation) para controle da inflamação e da infecção, M
(Moisture balance) para controle do exsudato e E (Epithelial - edge advancement)
para cuidados com a borda da ferida e pele circundante (SCHULTZ et al, 2003;
AYELLO et al., 2004; SIMÕES, 2011; HARRIES; BOSANQUET; HARDING, 2016).
A WUWHS propõe a avaliação e condutas clínicas à pessoas com úlcera de
perna a partir do observação ao leito da lesão, às condições das bordas e da pele
perilesão (figura 1). Nessa proposta, é feita adaptação para às condições de pele
perilesão considerando achados clínicos de feridas de outras etiologias.
Portanto, as coberturas serão apresentadas em um quadro, a seguir,
conforme cada item do acrônimo, com respectivas indicações e evidências na
literatura sobre uso e efetividade no processo de cicatrização de feridas.
Antes, porém, listam-se as coberturas para melhor identificação dessas, pois
podem estar alocadas em mais de um item do acrônimo TIME, acrescido do item
“pele perilesão”.
1. Papaína 4%, 6%, 8%, 10%
2. Hidrogel
3. Colagenase
4. AGE – ácidos graxos essenciais
5. Digluconato de Clorexidina degermante
6. Sulfadiazina de prata
7. Dexpantenol
8. Hidratantes com dimeticona – solução ou creme
9. Iodosfóros
10. Alginato de cálcio e sódio em fibra
11. Espuma de poliuretano impregnada com prata ou ibuprofeno
12. Carvão ativado
13. Hidrocolóide em placa
14. Hidrocolóide em pó
15. Dimeticona

Figura 1 – Triângulo de avaliação de feridas (WUWHS, 2016)


Características clínicas Coberturas sugeridas- Mecanismo de ação/Indicação Evidência da literatura
descrição/nome genérico
(nome comercial)
T Papaína gel (manipulada) Características/propriedades: A papaína possui ação anti-inflamatória, estimula a
Concentrações: 4%, 6%, 8%, cicatrização, bem como possui efeito desbridante
-Debridante químico: provoca
10% (SMANIOTTO et al., 2010; FERREIRA, 2011; LEITE et
dissociação das moléculas de proteína
Obs.: deve ser mantida em al., 2012). A papaína a 2 e 4% pode ser utilizada de
pela ação da cisteína
geladeira/refrigeração maneira com segurança em tecidos de granulação e
-Possui ação bactericida, bacteriostática: esfacelo (RIBEIRO et al., 2015).
concentrações 8 a 10% Em revisão da literatura conduzida por Rol et al.

-Estimulante da força tênsil das (2008) verificou-se que a papaína contribui na

cicatrizes redução do exsudato, favorece a cicatrização,


degrada tecidos desvitalizados, estimulando a
e anti-inflamatória.
fibroplasia.
Indicações: Em revisão sistemática evidenciou-se que a papaína
atua no desbridamento da necrose tecidual e na
- todas as fases do processo de
formação do tecido de granulação (LEITE et al.,
cicatrização; feridas secas ou
2012).
exsudativas, colonizadas ou infectadas,
Estudo de revisão sistemática sobre o uso de papaína
com ou sem áreas de necrose no leito da
no tratamento de feridas, verificou que na
lesão.
concentração de 4 a 6%, a papaína promove
Obs.: Indicação considerando os critérios desbridamento do esfacelo e na concentração de 8 a
acima conforme concentração, que 10% após escarectomia, atua no desbridamento da
normalmente são: escara (LEITE et al., 2012).
Está disponível nas seguintes formulações: polpa, pó,
- 4 e 6%: predominância de esfacelo
gel, em creme e spray (sendo as duas últimas
(com ou sem tecido de granulação) e/ou
formulações não comercializadas no Brasil, somente
exsudato em moderada ou grande
se manipuladas) (LEITE et al., 2012).
quantidade
A papaína possui efeito bactericida e bacteriostático
-8 e 10%: predominância de escara (ROL et al., 2008). Em pesquisa que testou diferentes
concentrações de papaína gel se constatou que na
concentração 10%, a papaína foi capaz de inibir o
crescimento do S. aureus e de duas cepas de P.
aeruginosa.testando (FERREIRA et al., 2008).
Outro estudo evidenciou que a papaína em
diferentes concentrações teve capacidade de reduzir
os biofilmes formados por Staphylococcus
epidermidis resistente à meticilina (MRSE) (p <0,06) e
os biofilmes de Staphylococcus haemolyticus
resistente à meticilina (MRSHa) (p=0,0005). Além
disso, a papaína foi capaz de perturbar biopelículas
maduras feitas por MRSE (p=0,014), configurando-se
como um produto potencial para reduzir o biofilme
(OLIVEIRA et al., 2014).
Colagenase (Kollagenase) Desbridamento enzimático Seu uso tem sido descrito no tratamento de feridas
de diferentes etiologias, como feridas traumáticas
A colagenase constitue uma enzima
(SILVA; SOARES; GUIDO, 2011), úlceras venosas
proteolítica que degrada o colágeno
(OLIVEIRA et al., 2011), úlceras por pressão
(SMANIOTTO et al., 2010).
(FERREIRA et al., 2018), úlceras diabéticas (TALLIS et
al., 2013) etc.
Ensaio clínico randomizado comparou a eficácia
clínica, a tolerabilidade e custos do desbridamento
com colagenase, comparado ao desbridamento com
solução salina em gaze umidecida associada ao
desbridamento com instrumental para o tratamento
de úlceras diabéticas. Na linha de base do estudo,
todas as feridas foram submetidas a desbridamento
cirúrgico. Ambos os grupos tiveram escores de
avaliação da ferida melhorados após quatro semanas
de tratamento (p=0,006). Porém, apenas o
tratamento com colagenase resultou em diminuição
estatisticamente significativa da área média da ferida
no final do tratamento (p=0,0164) e ao final do
seguimento (p=0,012) (TALLIS et al., 2013).
Hidrogel Característica/Propriedade: Pode ser encontrado em forma de gel transparente
amorfo ou placas. As placas são geralmente
Desbridamento autolítico e cicatrizante compostas de propileno glicol e carboxemetilcelulose
e/ou água. Podem também estar associados ao
Ação:
alginato (BAJAY; JORGE; DANTAS, 2003;
- quimiotáxico para leucócitos; MANDELBAUM; SANTIS; MANDELBAUM, 2003;

- favorece a angiogênese; MORRIN; TOMASELLI, 2007; ROLSTAD; OVINGTON,


2007; DEALEY, 2008; VELASCO, 2011).
- promove desbridamento autolítico;
O modo de usar consiste em lavar o leito da ferida
- mantém o meio úmido ideal. com soro fisiológico 0,9%, espalhar o gel sobre a
ferida ou introduzir na cavidade, deve-se ocluir a
Benefícios:
ferida com cobertura secundária. A periodicidade de
- pode ser usado em várias fases da troca no caso de feridas infectadas deve ser de 24
cicatrização; horas e em feridas com presença de necrose, no

- não danifica o tecido de granulação; máximo a cada 72 horas (BAJAY; JORGE; DANTAS,
2003).
- promove alívio e conforto.

Obs.: na prática clínica, observados


relatos de dor em queimação pelos
indivíduos com início de imediato a 30
minutos após a aplicação tópica,
permanecendo continuamente, até
remoção/troca de curativo.
P AGE – ácidos graxos essenciais Características/Propriedades:
-substância lipídica com ácidos caprílico,
cáprico e associações vitamínicas
(vitaminas A e E), dependendo do
fabricante
-ação quimiotáxica

Indicação:
-predominância de tecido de
epitelização, com ou sem tecido de
granulação
I- INFECÇÃO OU Digluconato de Clorexidina Rompimento da membrana interna Pode ser utilizado na redução imediata da carga
INFLAMAÇÃO CLOREXIDINA TÓPICO RIOHEX bacteriana e microbiana (VELASCO, 2011).
1% Ríoquímica® coagulação dos componentes do Não há evidências científicas disponíveis que
ANTISSÉPTICO CLOREXIDINA - citoplasma (EWMA, 2013). justifiquem a limpeza de feridas de maneira rotineira
ASSEPTCARE SPRAY 50ML, solução de clorexidina, dado ao crescente problema
Neo Química®, da resistência microbiana, de maneira que novas
10 mg/ml pesquisas devem ser realizadas para sustentar o uso
delas (VELASCO, 2011; O'MEARA et al., 2014).
Indicada para antissepsia da pele íntegra
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011; ANVISA, 2017; OMS,
2016; SOBECC, 2017; OLIVEIRA; GAMA, 2018).
Constitui um antisséptico de amplo espectro
(OLIVEIRA; GAMA, 2018).
Iodóforos Oxidação de grupos tiol, ligação ao DNA Atua na redução imediata da carga microbiana
Povidona-iodo e redução de ácidos graxos em (VELASCO, 2011).
membrana (EWMA, 2013). Constitui um antisséptico de amplo espectro
(OLIVEIRA; GAMA, 2018).
Iodopovidona PVPI Topico A Povidona-iodo é indicada para antissepsia da pele
Rioquimica® (1000ml) íntegra (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011; ANVISA, 2017;
OLIVEIRA; GAMA, 2018).
Cadoximoero iodine (Iodosorb O iodo cadexômero, segundo revisão sistemática,
Pomada - Smith e Nephew®) pode ser utilizado apenas para tratamento da
infecção local (O'MEARA et al., 2014).
Em revisão sistemática (O'MEARA et al., 2014)
verificou-se que há evidências de que o cadexômero
iodo associado à terapia compressiva proporciona os
melhores resultados para o manejo de infecções em
úlceras venosas em relação à prata e outros
antissépticos.
Polihexanida biguanida + Trata-se de uma molécula com cargas A polihexanida biguanida (PHMB) constitui uma
betaína (PHMB)/ Prontosan alternantes (positivas e negativas), que, solução antimicrobiana, eficaz no tratamento de
(B. Braun) devido à interação eletromagnética, age feridas colonizadas/infectadas (SANTOS; SILVA,
Polihexanida (Pielsana) interagindo com as cargas negativas dos 2011), na remoção de biofilmes (MEHL, 2012) e pode
PHMB (POLIHEXAN) fosfolipídeos das membranas ser utilizada na limpeza das feridas, pois não
Gel de limpeza com PHMB bacterianas, modificando sua disposição prejudica o tecido de granulação (BELLINGERI et al.,
(Curatec) organizacional, estrutural e distribuição 2016). Auxilia na redução dos sinais inflamatórios
de cargas. Com isso, a bactéria não é (BELLINGERI et al., 2016) de infecção ou colonização,
capaz de manter suas funções normais, favorecendo o controle de odores (SANTOS; SILVA,
ocorrendo sua lise (MEHL, 2012). A 2011).
betaína, tem ação surfactante, capaz de Pode ser utilizado na limpeza da ferida, é indicado
atuar na remoção de biofilmes e restos como agente desbridante uma vez que é associado à
celulares (MEHL, 2012). betaína, um agente com ação surfactante, capaz de
promover a remoção de biofilmes e outros debris
celulares (MEHL, 2012).
O PHMB pode ser utilizado como solução ou gel,
direto no leito, também pode ser associado a
coberturas não aderentes, gazes, compressas entre
outros (MOORE; GRAY, 2008).
Constitui uma alternativa ao uso de antibióticos
associados à resistência microbiana (MOORE; GRAY,
2008).
Prata O íon prata causa a precipitação de A prata pode ser utilizada como agente
Sulfadiazina de prata 1% proteínas e age francamente na antimicrobiano, devendo-se realizar a avaliação da
(DERMAZINE®) membrana citoplasmática da célula ferida quanto à quantidade de exsudato e
Hidrofibra com prata (Aquacel bacteriana, além disso, tem ação profundidade e avaliação cautelosa do indivíduo,
Ag- CONVATEC®) bacteriostática residual, pela liberação tendo em vista a possibilidade de alergia (ROLSTAD;
Espuma de poliuretano com deste íon (GUIMARÃES; GEOVANINI, OVINGTON, 2007; MILLER et al., 2011; WOUNDS,
prata - Biatain com prata 2014). 2012).
(COLOPLAST®) Constitui um antimicrobiano de amplo espectro
Carvão ativado com prata Sulfadiazina de prata 1%- O íon prata (EWMA, 2006).
(CURATEC®; SYSTAGENIX causa precipitação de proteínas e age na Pode ser encontrada na forma de creme e estar
ACTISORB PLUS®) membrana citoplasmática da célula presente, combinada com diferentes coberturas,
Acticoat (SMITH & NEPHEW®) bacteriana, exercendo ação bactericida como o carvão ativado, a hidrofibra (EWMA, 2006;
imediata e ação bacteriostática residual MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008; DEALEY, 2008;
pela liberação de pequenas quantidades VELASCO 2011), alginato, espumas, tule, entre
de prata iônica (MINISTÉRIO DA SAÚDE, outros. Seu uso deve ser limitado a um período de
2011). duas a quatro semanas para evitar desenvolvimento
de resistência (ROLSTAD; OVINGTON, 2007).
Indicada para tratamento de queimaduras e lesões
infectadas ou com tecido necrótico (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2011).
Apresenta baixa toxicidade quando aplicada em
ferida, no entanto tem sido identificados casos de
resistência (EWMA, 2006).
Papaína gel (manipulada) Descrição no item T Descrição no item T
Concentrações: 4%, 6%, 8%,
10%
M Alginato de cálcio e sódio Características/Propriedades: Mandelbaum SH, Di Santis EP, Mandelbaum MHS.
Cicatrização: conceitos atuais e recursos auxiliares –
-absorvente: fibras de não tecido
Parte II. Na bras Dermatol. 2003. 78(5):525-542.
impregnadas de ácido algínico (princípio Avaiable from:
ativo) http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0365-
05962003000500002&script=sci_abstract&tlng=pt
-desbridamento autolítico: mediante
troca iônica (Na e Ca)
-hemostasia: mediante troca iônica
Obs.: em contato com exsudato e/ou
sangue é formado gel fibroso,
hemostático, rico em cálcio que interage
com íons de sódio promovendo
absorção e desbridamento.
Indicação:
-feridas de moderada a alta
exsudação/saturação

Espuma de poliuretano com Características/Propriedades:


prata e ibuprofeno - Biatain -absorvente: composição predominante
Ag, Biatain Ibu (COLOPLAST®) de hidropolímero (poliuretano)
-auxílio no desbridamento autolítico,
pela promoção do controle da umidade
no leito da ferida
-promoção de granulação tecidual
-se impregnação com prata (Ag),
bacteriostático: descrição no item I
-se impregnação com ibuprofeno,
analgesia
Indicação:
-feridas de moderada a alta
exsudação/saturação

Carvão ativado com prata Descrição no item I


(CURATEC®; SYSTAGENIZ
ACTISORB PLUS®, Acticoat -
SMITH & NEPHEW®)

E Dexpantenol (Bepantriz©, Características/Propriedades:


-lanolina - substância lipídica com
Bepantol©)
propriedade essencialmente oclusiva,
realizando parcialmente hidratação do
epitélio
-promoção de maior fixação epitelial
pela formulação não oleosa
-ação hidratante indireta do estrato
córneo pela perda de água de camadas
mais profundas da pele, em função da
formação de película oclusora (filme
lipolifílico) (YAMADA, 2015)
AGE – ácidos graxos Características/Propriedades: Mandelbaum SH, Di Santis EP, Mandelbaum MHS.
-substância lipídica com propriedade Cicatrização: conceitos atuais e recursos auxiliares –
essenciais
essencialmente oclusiva, realizando
parcialmente hidratação do epitélio Parte II. Na bras Dermatol. 2003. 78(5):525-542.
-ação hidratante indireta do estrato Avaiable from:
córneo pela perda de água de camadas http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0365-
mais profundas da pele, em função da 05962003000500002&script=sci_abstract&tlng=pt
formação de película oclusora (filme
lipolifílico) (YAMADA, 2015)

Hidratantes com dimeticona, Características/Propriedades:


-ação hidratante indireta do estrato
solução ou creme (Cavillon©,
córneo pela perda de água de camadas
Dermamom©) mais profundas da pele, em função da
formação de película oclusora (filme
lipolifílico) (YAMADA, 2015)
Maceração Dexpantenol (Bepantriz©, Características/Propriedades: YAMADA BFA. Pele: o manto protetor – Higiene e
-lanolina - substância lipídica com
Bepantol©) hidratação.
propriedade essencialmente oclusiva,
realizando parcialmente hidratação do
epitélio
-promoção de maior fixação epitelial
pela formulação não oleosa
-ação hidratante indireta do estrato
Pele perilesão

córneo pela perda de água de camadas


mais profundas da pele, em função da
formação de película oclusora (filme
lipolifílico) (YAMADA, 2015)

AGE – ácidos graxos Descrição no item E


essenciais
Escoriação Dexpantenol (Bepantriz©, Descrição no item maceração
Bepantol©)
Hidratantes com dimeticona, Características/Propriedades: YAMADA, B. F. A. . Pele - o manto protetor: higiene e
-ação hidratante indireta do estrato hidratação. 1. ed. São Paulo: Andreoli, 2015. v. 1.
solução ou creme (Cavillon©,
córneo pela perda de água de camadas
Dermamom©) mais profundas da pele, em função da 288p .
formação de película oclusora (filme
lipolifílico) (YAMADA, 2015)

Indicações:
- dermatites periostomais ou associadas
a incontinência: para proteção em pele
periestoma ou pele circundante a
drenos ou fístulas onde há
extravasamento de efluente/exsudação
Hiperqueratose Hidrocolóide em placa Características/Propriedades: Mandelbaum SH, Di Santis EP, Mandelbaum MHS.
Cicatrização: conceitos atuais e recursos auxiliares –
-desbridamento autolítico: composição
Parte II. Na bras Dermatol. 2003. 78(5):525-542.
de carboximetilcelulose sódica, gelatina Avaiable from:
e pectina em camada interna http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0365-
05962003000500002&script=sci_abstract&tlng=pt
-absorvente: mediante presença de
camada externa de espuma de
poliuretano

Dexpantenol (Bepantriz©, Descrição no item maceração YAMADA, B. F. A. . Pele - o manto protetor: higiene e
Bepantol©) hidratação. 1. ed. São Paulo: Andreoli, 2015. v. 1.
288p .
Pele seca Dexpantenol (Bepantriz©, Descrição no item maceração YAMADA, B. F. A. . Pele - o manto protetor: higiene e
Bepantol©) hidratação. 1. ed. São Paulo: Andreoli, 2015. v. 1.
288p .

Uréia 10% Características/Propriedades: YAMADA, B. F. A. . Pele - o manto protetor: higiene e


-composição de alfa-hidroxidoácidos hidratação. 1. ed. São Paulo: Andreoli, 2015. v. 1.
(AHA) com capacidade para hidratação 288p .
ativa por permear o estrato córneo ao se
ligar às moléculas de água,
encaminhando-as para dentro deste.
Eczema Hidrocolóide em pó Características/Propriedades: Em estudos com modelo animal (camundongos)
foram produzidas duas lesões, sendo uma tratada
(Stomahesive©) -protetor cutâneo: substância granular,
apenas com filme transparente a outra com pó de
higroscópica (absorção de água do Stomahesive® coberto pelo filme transparente. Após
ambiente), muito fina, que adere a áreas três dias da aplicação do produto, o tecido foi
avaliado para verificar a formação do tecido de
úmidas de maneira que forma uma
granulação. Verificou-se que o tecido de granulação
barreira, que protege contra irritações nas feridas dos camundongos foi 2,86 vezes mais
causadas por eflutentes (CONVATEC, espesso que o das feridas tratadas com o curativo
tradicional.
2017)
Em estudo clinico com humanos, 16 das 17 feridas
cicatrizaram completamente. Os participantes
tinham diferentes tipos de feridas, como úlceras por
pressão e dermatites de contato. Inicialmente as
feridas foram limpas com solução salina, secadas e
em seguida colocado o pó. O tempo para a
ocorrência da cicatrização variou entre uma a oito
semanas (OHURA et al., 2006).
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