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AÇÃO DE ALIMENTOS
Em face de HERVALDO MENDES, brasileiro, viúvo, empresário, residente na
Rua das Flores, n° 35, Bairro Pio Correa, Criciúma/SC, pelos fatos e
fundamentos a seguir expostos:
DOS FATOS
A representante legal dos autores casou-se com Osvaldo
Neves (certidão de casamento em anexo), filho do réu, no ano de 1990. Dessa
união nasceram os autores (certidões de nascimento em anexo).
Osvaldo Neves era a única fonte de renda da família, visto
que sua esposa trabalhava no lar desde o nascimento de sua primeira filha. A
família tinha um ótimo padrão de vida, visto que Osvaldo recebia mensalmente
o salário de R$ 10.000,00 (dez mil reais), trabalhando em cargo administrativo
na empresa do réu.
Os autores estudavam em escola particular e a família
possuía excelente plano de saúde, além de realizar viagem internacional
anualmente. O plano de saúde em especial era de fundamental importância
visto que o filho do casal, Paulo Roberto sofre de asma severa e necessita de
medicamentos que custam cerca de R$ 800,00 (oitocentos reais), conforme
extrato em anexo.
Ocorre que o pai dos autores faleceu, em agosto de 2011,
devido a um acidente de trânsito (certidão de óbito em anexo). Com isso, a
família ficou totalmente desamparada, pois Osvaldo não era funcionário
registrado na empresa de seu pai. Por essa razão, a esposa não conseguiu
obter ainda a pensão por morte junto ao INSS.
Maria Aparecida procurou o réu diversas vezes, mas este
negou qualquer ajuda material a seus netos e nora, mesmo tendo boas
condições financeiras por ser proprietário de uma empresa bem sucedida.
DO DIREITO
Os autores, em face do óbito de seu pai, tem a
possibilidade jurídica de solicitar alimentos ao réu devido ao disposto nos
artigos 1.694, “caput” e 1.696, ambos do Código Civil:
Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os
alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social,
inclusive para atender às necessidades de sua educação.
Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a
todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de
outros.
DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer:
a) Sejam fixados alimentos provisórios, no valor de R$
6.666,67 (seis mil seiscentos e sessenta e seis reais e sessenta e sete
centavos), de acordo com as necessidades apresentadas, ou conforme critério
de Vossa Excelência, cujos valores deverão ser depositados na conta corrente
em nome da representante legal até o 10 (décimo) dia de cada mês;
b) Seja citado o réu para comparecer à audiência e
apresentar defesa, sendo que não o fazendo, sofrerá os efeitos da revelia e
confissão ficta;
c) Exibição do Imposto de Renda ou pró-labore do réu,
com base no artigo 355 do Código de Processo Civil, sob pena de confissão;
d) Seja ao final julgado procedente o pedido com a
condenação do Requerido ao pagamento de pensão alimentícia, com a devida
conversão em caráter definitivo, na mesma proporção dos alimentos
provisórios;
e) Seja intimado o representante do Ministério Público
para, na condição de “custus legis”, emitir seu parecer, com base no artigo 82,
inciso II, do Código de Processo Civil;
f) Sejam deferidos todos os meios de provas em direito
admitidos, especialmente as provas documentais, o depoimento pessoal do
Requerido e as testemunhas, conforme rol abaixo descrito;
g) Seja concedido o benefício da Justiça Gratuita, nos
termos da Lei 1.060 de 1950, em virtude das dificuldades por que a família
está passando, conforme a declaração de pobreza em anexo;
Dá-se à causa o valor de R$ 80.000,04 (oitenta mil reais e
quatro centavos).
Nestes termos,
Pede deferimento.
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NOME DO ADVOGADO
OAB/SC