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DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV

( PROJETO FASE 2 )

Prof. Gustavo Abrahão dos Santos


Nome: Luana Moraes de Almeida RA: 212620
Nome: Leidiane Pereira de Araújo RA: 212445
Nome: Sara C. C. De Oliveira RA: 211821
Nome: Dionei Ribeiro dos Santos RA: 214092

São Vicente, 22 de maio de 2023.


PARECER JURÍDICO 3

Solicitante: Marcos e Mathias.

Prezados Senhores,

Em atendimento à solicitação de consulta a mim direcionada, acerca do caso que envolve


Marcos, Mathias, Maria, Marta, e Diagóstenes, apresento as minhas considerações:

Relatório: Trata a presente, de consulta encaminhada pelos Senhores, Marcos e Mathias.

Marcos, brasileiro, solteiro, desempregado, portador da cédula de RG n° XX.XXX.XXX-X, subscrito


no CPF de n° XXX.XXX.XX.XX, residente e domiciliado na Rua XXX, n° XX, bairro, cidade/estado.

Mathias, brasileiro, solteiro, desempregado, portador da cédula de RG n° XXX.XXX.XXX-X,


subscrito no CPF de n° XXX.XXX.XX.XX, residente e domiciliado na Rua XXX, n° XX, bairro,
cidade/estado.

Ambos fazem parte da sentença que transitou em julgado na data de 20/11/2019, juntos de suas
irmãs que também são partes, Marta e Maria, que foram condenados a pagar pensão
proveniente de alimentos, no valor de 33% de um salário mínimo para o pai Senhor Diagóstenes,
que é idoso, de 65 anos.

Os filhos estavam pagando o valor estipulado pela sentença transitada em julgado, porém
ocorre, que uma das alimentantes, a Sra.Marta, veio a falecer em decorrência de COVID 19,
sendo que o valor ficou para os Senhores, Marcos e Mathias, junto da Sra.Maria dividirem tais
proventos, mas a desgraça não parou por aí, pois Sra.Maria, também foi acometida de COVID
19, sofrendo um infarto, que a deixou inválida permanentemente, necessitando da ajuda para
cuidados especiais, os seus irmãos, Marcos e Mathias, que atualmente estão desempregados,
não possuindo guarida alguma, e juntando a situação difícil das partes, passaram a morar com
as irmãs.

O que acontece, é que o alimentado, mesmo sendo idoso de 65 anos, possue uma saúde forte,
mora em residência própria, e ainda há plena condições de trabalhar, já os filhos, encontram-se
em situação totalmente desfavorável, fato no qual os prejudicam para a devida prestação de
alimentos.

Dos fundamentos:
Segundo o Código Civil brasileiro em seu Art. 1.698, a obrigação alimentar é recíproca entre os
parentes, sendo que cabe aos ascendentes prover os alimentos aos seus descendentes
necessitados, tal situação onde os alimentantes estão totalmente sem condição alguma para tal
feito, em decorrência das atuais circunstâncias.

No entanto, também é previsto o direito à exoneração do dever alimentar em casos excepcionais,


quando há comprovada impossibilidade de arcar com essa obrigação, que é o caso de Maria, que
ficou inválida definitivamente em razão das sequelas da Covid-19.

Art. 1.699. Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de quem os supre, ou
na de quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as circunstâncias,
exoneração, redução ou majoração do encargo.

Já os seus irmãos, que encontram-se desempenhados, morando junto da irmã, possuem a


resposta aduzida pelo mesmo artigo retro, aduzindo da parte que em caso de mudança de
situação econômica, há a possibilidade de redução do valor pago para o alimentante.

Os alimentantes possuem uma situação econômica totalmente desfavorável, sendo que o


alimentado possuem situação inversa, por morar em residência própria, e que apesar da idade,
possue boas condições de saúde para trabalhar, sendo necessária uma revisão dos valores pagos,
tal feito encontra-se a seguir, em seu §1°:

Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos
de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para
atender às necessidades de sua educação.

§ 1 º Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos


recursos da pessoa obrigada.

Com a condição dos filhos, o alimentado com idade maior ou igual a 65 anos, pode pedir auxílio
ao Governo, para então conseguir o benefício do previsto na Lei Orgânica da Assistência Social –
LOAS, que estabelecido em constituição Federal.

Art. 203. Inc. V – a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de
deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou
de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.

O direito está amparado, sendo necessário o ingresso da AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE PENSÃO


ALIMENTÍCIA C/C PEDIDO DE REVISÃO DE ALIMENTOS COM TUTELA DE URGÊNCIA, em face do
Sr. Diagóstenes, de acordo com os termos do Código de Processo Civil.
Conclusão:

Ante o exposto, conclui-se que os filhos vivos Maria, Marcos e Mathias, estão em total direito
em pedir a revisão dos alimentos em face do alimentado, sendo que Maria encontra-se
totalmente inválida devido a permanente condição de saúde em decorrência da Covid-19, tendo
o seu direito de alimentante eximido.

Já quanto aos alimentantes Marcos e Mathias, pedem apenas a revisão do valor de 33% que
restaram a eles, sendo que ambos encontram-se desempregados, e atualmente morando com a
irmã enferma.

Já o alimentado, encontra-se em boa saúde, apesar de encontrar-se com 65 anos de idade,


morando em residência própria, não passando tantas dificuldades iguais aos alimentantes.

Portanto, cabe aos autores, ingressar com a AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS C/C AÇÃO
REVISIONAL DE ALIMENTOS C/C TUTELA DE URGÊNCIA, para valer o direito na forma e nos
termos do ordenamento jurídico pátrio, com fito de obstar as obrigações alimentícias da
alimentante enferma, e de quem recaiu tal obrigação, sendo necessária a revisão.

PARECER JURÍDICO 4

Solicitante: Robério.

Prezado Senhor,

Em atendimento á solicitação a mim direcionado, acerca do caso que envolve os Senhores


Robério e Rildo, apresento as minhas seguintes considerações:

Relatório:

Trata a presente de consulta solicitada pelo Sr.Robério.

Robério, brasileiro, viúvo, profissão, portador da cédula de identidade de n° XXX.XXX.XXX-X,


subscrito no CPF de n° XXX.XXX.XX.XX, residente e domiciliado na Rua XX, n°XX, bairro,
Cidade/estado.

Fazendo parte da sentença proferida na data de hoje, recebeu uma ligação de um dos sócios de
seu advogado falecido, que veio a falecer antes mesmo do julgamento do feito, a sentença na
qual reconheceu a união estável, porém ausente do elemento tempo em que estiveram juntos,
fato que prejudicará o Sr.Robério, para fins dos seus direitos previdenciários, já que o pedido de
reconhecimento foi para o fim de obter os seus direitos previdenciários, advindo do falecimento
do seu concubino, o Sr.Rildo.

Será necessário pedir a revogação do advogado sócio na presente ação, para que então, eu possa
agir em face do presente feito.

Dos fundamentos:

De acordo com o ordenamento jurídico, vide os artigos 1.723 do Código Civil brasileiro:

Art.1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher,
configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de
constituição de família.

É importante ressaltar que, de acordo com decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e do
Superior Tribunal de Justiça (STJ), o reconhecimento da união estável não se limita apenas à
relação entre homem e mulher, mas também pode ser aplicado às relações homoafetivas,
garantindo a igualdade de direitos e proteção legal para casais do mesmo sexo, que é o caso do
feito.

Ou seja, não há um período mínimo de convívio de convivência exigido no Código civil para obter
o reconhecimento de União Estável, mas sim, da União ter reconhecimento público, de maneira
contínua e duradoura.

Quanto a legislação específica ...

Lei n° 8.213/91 diz: o cônjuge tem direito à pensão por morte se for verificado que o
relacionamento se manteve estável durante os últimos dois anos que antecederam o falecimento
do segurado.

No caso, a união estável foi constatada, porém ausente do elemento tempo, para tais fins
previdenciários, sendo necessário ingressar com o pedido de ratificação, para que assim, o
recurso interposto siga.

O direito do Solicitante está amparado, sendo necessária a interposição do Recurso EMBARGOS


DE DECLARAÇÃO, para assim, o tempo de União estável seja constando, não restando nenhuma
eventual dúvida para rins previdenciários, de acordo com os termos do Código de Processo Civil.

Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:

I – esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;


II – suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a
requerimento;

III – corrigir erro material.

Conclusão:

Ante o exposto, conclui-se que, Robério há o direito do auxílio previdenciário em caso de morte
do cônjuge, visto que a União estável foi constatada, porém, o União elemento ausente, foi o
tempo, que é o exigido, e será provado, feito que não ocorreu antes pela morte do anterior
patrono da causa. Mas consta obstar que houve omissão do MM magistrado ao proferir tal
sentença, dando o direito de uma nova reavaliação do caso.

Portanto, cabe ao autor, interpor o RECURSO DE EMBARGO DE DECLARAÇÃO, para valer o


direito na forma e nos termos do ordenamento jurídico pátrio, com fito de constar a data na qual
o embargante iniciou a União estável, para o fim de receber os seus direitos previdenciários.

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