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EXCELENTISSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA__VARA DE

FAMÍLIA DA COMARCA DE LONDRINA-PR

MARGARIDA [nome completo], solteira, trabalhadora rural, inscrita no Cadastro de


Pessoas Físicas - CPF, sob o nºxxxxxxxxxxx e-mail___________ residente e domiciliada na
Rua _______, nº xx, na cidade de Apuracana/PR, CEP nºxxxxx, devidamente representada
por seu advogado (procuração anexa), vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência
expor a presente

AÇÃO DE ALIMENTOS GRAVIDÍCIOS C/C ALIMENTOS PROVISÓRIOS

Em face de FRANCISCO [nome completo], casado, empresário rural, inscrito no Cadastro de


Pessoas Físicas - CPF xxxxxxxxxxx sob o nº, e-mail, ___________, [endereço completo],
pelos fatos e fundamentos a seguir transcritos:

1- Dos Fatos
A requerente, era funcionária no plantio de milho na propriedade do requerido Sr. Francisco,
com pouco tempo de sua chegada, os dois passaram a ter um relacionamento amoroso, isso
mesmo se tratando de um relacionamento extraconjugal, pois o Sr. Francisco é casado.Todos
os documentos que comprovam a veracidade do relacionamento estão presentes no processo,
sendo: fotografias, declarações de testemunhas e mensagens de texto comprovando que
mantivera diversas relações sexuais.
Em continuidade aos fatos, como Margarida morava em local distante da propriedade, o Sr
Francisco, a convidou para morar em uma casa dentro de sua propriedade, pois desse modo
teriam facilidade nos encontros. Após alguns meses se encontrando a autora engravidou,
como prova disso, está devidamente juntado ao processo o laudo de ultrassonografia que
comprova o início da gestação, porém o réu em questão se recusou a reconhecer o filho, por
se tratar “apenas” de uma relação extraconjugal. Desse modo o requerido desfez o
relacionamento com a autora, e solicitou que a mesma desocupasse imediatamente a casa que
ocupava durante o envolvimento amoroso.
Devido ao relatado, a autora resolveu entrar com ação para requerer seus direitos, pois não
tem condições de arcar com todas as despesas da gestação, até porque com sua expulsão da
casa onde residia, precisou alugar uma casa na cidade de Apuracana, onde paga o valor
mensal de R$350,00 (trezentos e cinquenta reais), valor esse que também não tem condições
em custear, até porque como documento em anexo (atestado médico), a gravidez da Sra
Margarida é de risco, o que à impossibilita de trabalhar. Sendo assim necessita de uma ajuda
de custo, para as despesas referentes ao plano de saúde, à alimentação, à moradia, aos
remédios, do enxoval do bebê e à cesariana conforme recomendação médica.

2- Dos Fundamentos
2.1- Dos Alimentos Provisórios
De acordo com o Art. 4° da Lei 5478/68 que nos diz: “Ao despachar o pedido, o juiz fixará
desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor
expressamente declarar que deles não necessita”.
Nesse caso, a autora é expressamente carente na questão do recebimento dos alimentos
provisórios, pois a mesma necessita de convênio médico para ter a possibilidade de manter
todo pré-natal em dia, precisa também de uma boa alimentação para assim ter uma gestação
saudável, de acordo com o atestado médico tem a necessidade de arcar com a custa de uma
cesariana, e por último porém não menos importante conta com a ajuda do pai do bebe, já que
conforme atestado se trata de uma gravidez de risco o que a impossibilita trabalhar.
2.2- Dos Alimentos Gravídicios
Alimentos Gravídicios é de extrema importância, e tem previsão especifica no Art.2° da Lei
11804/08: “Os alimentos de que trata esta Lei compreenderão os valores suficientes para
cobrir as despesas adicionais do período de gravidez e que sejam dela decorrentes, da
concepção ao parto, inclusive as referentes a alimentação especial, assistência médica e
psicológica, exames complementares, internações, parto, medicamentos e demais prescrições
preventivas e terapêuticas indispensáveis, a juízo do médico, além de outras que o juiz
considere pertinentes”.
Temos também o Art.6° da Lei 11804:” Convencido da existência de indícios da paternidade,
o juiz fixará alimentos gravídicos que perdurarão até o nascimento da criança, sopesando as
necessidades da parte autora e as possibilidades da parte ré”.
Sendo assim, de acordo com os fatos descritos na presente inicial, não restam dúvidas que o
réu é o pai do nascituro, tendo em vista todos os documentos juntados que comprovam o
relacionamento.
Doutra ponta, temos também o Art 1694, § 1 do Código Civil - Lei 10406/02 que nos
assegura o seguinte:” Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros
os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social,
inclusive para atender às necessidades de sua educação.
§ 1º Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos
recursos da pessoa obrigada”.
Ou seja, para que qualquer espécie de pedido de alimentos seja concedida é necessário:
necessidade do alimentando e possibilidade do alimentante. Nessa questão vemos claramente
a necessidade da autora que passa por grave dificuldade financeira, e a possibilidade do réu
que se trata de um rico empresário rural.
Referente a essas questões, a autora estipula o valor de R$3.000,00 (três mil reais) para arcar
com todas as despesas gestacionais.
3- Dos Pedidos
a. Intimação do Ministério Público, por se tratar de interesse de menor, de acordo com o
Art.82, I, CPC;
b. Concessão de imediato dos alimentos provisórios, no valor de R$3.000,00 (três mil
reais);
c. Citação do Réu;
d. Julgamento procedente para o réu efetuar o pagamento de R$3.000,00 (três mil reais),
durante toda a gravidez, e após o nascimento, sejam convertidos em pensão
alimentícia em favor do menor;
e. Condenação do réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios no
montante de 20% (vinte por cento) sobre o valor da causa;

Nestes termos,

Pede deferimento.

Londrina, xx de Abril de 2020.

(nome do advogado)
OAB
(assinado digitalmente)

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