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EXCELENTISSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA__VARA DE

FAMÍLIA DA COMARCA DE APUCARANA-PR

CRISTIANO [nome completo], menor absolutamente incapaz, devidamente representado por sua genitora
MARGARIDA [nome completo], solteira, trabalhadora rural, [número do CPF], [endereço eletrônico],
residente e domiciliada na [endereço], na cidade de Apucarana/PR, CEP, devidamente representada por seu
advogado infra-assinado (instrumento de mandato anexo), vem respeitosamente à presença de Vossa
Excelência requerer:

PEDIDO DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

Em face de FRANCISCO [nome completo], casado, empresário rural, inscrito no Cadastro de


Pessoas Físicas - CPF xxxxxxxxxxx sob o nº, e-mail, ___________, [endereço completo],
pelos fatos e fundamentos a seguir transcritos:

1- DOS FATOS
Como já exposto na inicial, os pais do requerente, Sra Margarida e Sr.Francisco, tiveram uma
relação amorosa enquanto a Sra Margarida era fuuncionária do Sr. Francisco, relação essa
que resultou em uma gravidez, conforme todos os devidos documentos juntados na inicial.
A Sra. Margarida entrou com ação para obter auxílio financeiro e então dispor de uma
gravidez saudável, e por decisão desse respeitável juízo foi deferido o pedido de alimentos
gravidícios o qual automaticamente seria convertido para alimentos provisórios após o
nascimento do autor da presente ação, a decisão foi acatada e cumprida pelo executado que
no momento não interpôs recurso, e que durante a gestação efetuou o pagamento no valor de
R$3.000,00 (três mil reais) de acordo com a sentença, fazendo assim ser notório o dever com
as obrigações da paternidade.
No entanto com o nascimento da criança, o executado parou de cumprir com suas obrigações
financeira, sob alegação de que somente estava obrigado durante a gestação. Mesmo após ter
Margarida explicado que continuava necessitando dos valores, porquanto deveria arcar com
as despesas para o sustento de Cristiano, o mesmo manteve-se inerte e negou a realização de
pagamentos quaisquer.

2- DO DIREITO
Após o juiz deferir a ação, fixando o valor do pagamento, assim como ocorrido na sentença
da inicial, existindo inadimplência por parte do executado. Com esta atitude de inadimplente,
o executado deixou o exequente, seu filho recém-nascido, em total desamparo e prestes a ser
despejado, já que a sua genitora se encontra impossibilitada de trabalhar, por estar se
recuperando do parto.
De acordo com o Art. 4° da Lei 5478/68 que nos diz: “Ao despachar o pedido, o juiz fixará
desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor
expressamente declarar que deles não necessita”.
Nesse caso, a genitora em questão necessita do recebimento provisórios ainda mais do que
quando recebeu alimentos gravidícios, pois a mesma está prestes a ser despejada da casa onde
mora de aluguel por falta de pagamento, e é obvio necessitar de recursos para uma boa
alimentação e assim suprir as devidas necessidades do aleitamento materno do autor da
presente ação.
O Art 1694, § 1 do Código Civil - Lei 10406/02 que nos assegura o seguinte:” Podem os
parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem
para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às
necessidades de sua educação.
§ 1º Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos
recursos da pessoa obrigada”.
Ou seja, para que qualquer espécie de pedido de alimentos seja concedida é necessário:
necessidade do alimentando e possibilidade do alimentante. Nessa questão vemos claramente
a necessidade da autora que passa por grave dificuldade financeira, e a possibilidade do réu
que se trata de um rico empresário rural.

3- Dos Pedidos
Posto isso, o exequente requer o atendimento dos seguintes pedidos:

a) Intimação pessoal do executado, para que, no prazo de três dias, efetue o pagamento das
parcelas vencidas e vincendas, devidamente corrigidas, prove que o fez ou justifique a
impossibilidade de efetuá-lo, sob pena de protesto do pronunciamento judicial e prisão civil,
em consonância com o art. 528, caput e § 1º e § 3º, do CPC/15.

b) Requer-se a intervenção do Ministério Público, nos termos do art. 698, do CPC/15.

c) Requer-se a condenação do executado ao pagamento dos honorários advocatícios, das


custas e das despesas processuais, nos termos dos arts. 82, § 2º, e 85, do CPC/15.
Atribui-se à causa o valor de R$ (valor atualizado da dívida), com base no art. 292, I, do
CPC/15.

Nestes termos,
Pede deferimento.

Londrina, xx de Maio de 2020.

(nome do advogado)
OAB
(assinado digitalmente)

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