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14 TERCEIRO MODELO (AÇÃO DE ALIMENTOS MOVIDA POR MULHER CONTRA

SEU EX-MARIDO)

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da __ Vara da Família e das Sucessões do


Foro de Mogi das Cruzes, São Paulo.1

E. R. V. C., brasileira, separada judicialmente, balconista, portadora do RG


00.000.000-SSP/SP e do CPF 000.000.000-00, titular do e-mail ervc@gsa.com.br, residente e
domiciliada na Rua João Franco, nº 00, Vila Natal, cidade de Mogi das Cruzes-SP, CEP 00000-
000, por seu Advogado que esta subscreve (mandato incluso), com escritório na Rua Ricardo de
Oliveira, nº 00, Centro, cidade de Mogi das Cruzes-SP, CEP 00000-000, onde recebe intimações
(e-mail: gediel@gsa.com.br), vem à presença de Vossa Excelência propor ação de alimentos,
observando-se o procedimento especial previsto na Lei nº 5.478/68-LA, em face de L. R. de C.,
brasileiro, separado, aposentado, portador do CPF 000.000.000-00, com RG, CPF e endereço
eletrônico desconhecido, residente e domiciliado na Rua Santo Sebastião, nº 00, Vila Imperador,
cidade de Mogi das Cruzes-SP, CEP 00000-000, pelos motivos de fato e de direito que a seguir
expõe:

1. Após um casamento de 31 (trinta e um) anos, a autora separou-se do réu


em maio de 0000, por meio do processo nº 0000000-00.00.0000.0.00.000, com trâmite na
Terceira Vara da Família e das Sucessões desta Comarca, onde ficou acordado que dispensava a
pensão alimentícia, visto que possuía meios próprios de subsistência.

2. Na verdade, o que levou a alimentanda a dispensar a pensão alimentícia,


após um casamento tão longo e de sua já avançada idade, foi um acordo informal que firmara
com o réu, no sentido de que permaneceria residindo no imóvel que pertencia ao casal, situado na
Rua Santo Sebastião, nº 00, Bairro Vila Imperador, nesta Cidade.

3. Entretanto, algum tempo após a separação, houve um sério


desentendimento entre a filha mais nova do casal e a autora, que, em virtude de sua idade, não
tinha condições de discipliná-la adequadamente, o que a levou a fazer “novo acordo” com o réu,
aceitando deixar a casa em troca do pagamento de uma pensão mensal, que possibilitaria o
pagamento do aluguel de uma casa. Crédula, a autora deixou sua casa e alugou um pequeno
quarto, onde vive sozinha. Contudo, o réu, que se mudou para o imóvel do casal, não vem
cumprindo sua parte, lançando a alimentanda num círculo de completo desespero.

4. Embora possua trabalho registrado junto ao Supermercado Shibata, a


autora não consegue viver com o pequeno salário que recebe, considerando-se que suas despesas
envolvem o pagamento de aluguel, contas de luz e água, remédios, comida, passagens, roupas,

1
Não tendo sido organizada no Foro Vara de Família e Sucessões, o interessado deve endereçar a sua petição para
a vara cível (na dúvida, consulte as normas de organização judiciária do seu estado).
entre outras (conforme provam os documentos anexos).

5. O réu, que é aposentado, tem boa renda mensal, além de, no momento,
estar livre do pagamento de aluguel, dado que reside no imóvel que pertence ao casal.

Ante o exposto, considerando que a pretensão da autora encontra arrimo nos


arts. 1.694 a 1.710 do Código Civil e na Lei nº 5.478/68-LA, requer:

a) os benefícios da justiça gratuita, uma vez que se declara pobre no sentido


jurídico do termo, conforme declaração anexa;

b) a intimação do ilustre representante do Ministério Público para que


intervenha no feito;

c) a fixação, in limine litis, dos alimentos provisórios em um terço (1/3) dos


rendimentos líquidos do alimentante, determinando-se ao INSS que proceda com o desconto da
pensão diretamente junto ao benefício do requerido, para crédito que na conta que a requerente
mantém junto ao BANCO BRADESCO S.A., agência 0000, conta n. 000000-0;

d) a citação do réu para que compareça em audiência de conciliação,


instrução e julgamento, a ser designada por este douto Juízo, onde, se quiser, poderá oferecer
resposta, sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia;

e) seja, finalmente, o réu condenado a pagar pensão alimentícia mensal à


autora no valor de um terço (1/3) de seus rendimentos líquidos, incluindo-se 13º salário,
oficiando-se ao INSS no sentido de tornar definitivos os alimentos provisórios.

Provará o alegado por todos os meios permitidos em direito, em especial


pela juntada de documentos (anexos), oitiva de testemunhas, que serão conduzidas pela
requerente à audiência a ser designada por este douto Juízo, e depoimento pessoal do réu.

Dá ao pleito o valor de R$ 9.000,00 (nove mil reais).

Termos em que

p. deferimento.

Mogi das Cruzes, 00 de março de 0000.

Gediel Claudino de Araujo Júnior

OAB/SP 000.000

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