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ACADÊMICOS: Debora Cristina do Nascimento Machado, Leandro

Coelho Dias, Tamiris Pontes Neris e Sabrina Ferreira Costenaro.

E-mail’s: deboramcdnasci@gmail.com, leonbater@hotmail.com,


thamiresneres2@gmail.com e sabrinacostenaro@outlook.com

Turma – 7º Período do curso de Direito.

Caso 04 – Civil.

Professor(a): Daiane Glowasky.

AO JUÍZO DA VARA DA FAMÍLIA DA COMARCA DE PIMENTA


BUENO - RONDÔNIA

AÇÃO DE ALIMENTOS AVOENGOS COM PEDIDO DE TUTELA DE


URGÊNCIA

Ana Clara de Souza Barros, brasileira, atualmente com 08 anos de


idade, representada por sua genitora Lourdes de Souza, brasileira,
divorciada, auxiliar de serviços gerais, portadora do RG n.º xxxxxxx e
inscrita no CPF sob o n.º xxx.xxx.xxx-xx, residente e domiciliada na
cidade de São Felipe D'Oeste, vem, respeitosamente, à presença de
Vossa Excelência, por meio da sua advogada constituída, propor a
presente

AÇÃO DE ALIMENTOS AVOENGOS C/C ALIMENTOS


PROVISÓRIOS
Contra Cleonice Barros, brasileira, viúva, residente e domiciliada
na cidade de Porto Velho - RO, pelos fatos e argumentos a seguir
expostos

1. DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA

A autora postula a concessão do benefício da Assistência Judiciária


Gratuita, por não poder arcar com as despesas processuais sem
comprometer o seu sustento e o de sua família, conforme demonstram a
declaração de hipossuficiência e os documentos ora acostados.

2. DOS FATOS

A Sra. Lourdes de Souza, representante da autora neste ato, manteve


com o Sr. Claudionor Barros, relacionamento conjugal amoroso onde
resultou o nascimento da autora, Ana Clara de Souza Barros, nascida
em 28 de Fevereiro de 2015, conforme certidão de nascimento em
anexo.

Em 05 de junho de 2018 o genitor e a genitora se divorciaram, o pai da


menor, fornecia uma pensão alimentícia no valor de R$ 2.000,00 que
custeava as despesas da menor.

Em 25 de Agosto de 2021, o Sr. Claudionor Barros veio a falecer,


consoante cópia anexa da certidão de óbito, deixando a infante aos
cuidados exclusivos da genitora, sem nenhum bens ou herança a
receber.
A genitora encontra-se em dificuldades de arcar sozinha com as
despesas e educação da autora, pois recebe somente um salário
mínimo.

De outra banda, a promovida é pessoa que goza de possibilidade


financeira de ajudar a neta.

Veja então Excelência que resta demonstrado o trinômio


necessidade/possibilidade/proporcionalidade, de maneira a não
remanescer ao Douto Juízo, com o devido respeito ao Princípio afeto ao
Juiz, o da liberdade de convencimento motivado, dúvidas quanto aos
requisitos necessários à concessão da pensão alimentícia.

Consigna-se, pois, a pretensão da requerente em auferir pensão


alimentícia a ser paga por sua avó, ora promovida, a ser cumprido na
razão de R$ 1.500.00 mensais.

3. DO DIREITO

A legislação brasileira, no Código Civil em seus artigos 1.696 e 1.698


dispõe quanto a obrigação alimentar avoenga:

Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e


filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos
mais próximos em grau, uns em falta de outros.

Art. 1.698. Se o parente, que deve alimentos em primeiro lugar, não


estiver em condições de suportar totalmente o encargo, serão
chamados a concorrer os de grau imediato; sendo várias as pessoas
obrigadas a prestar alimentos, todas devem concorrer na proporção dos
respectivos recursos, e, intentada ação contra uma delas, poderão as
demais ser chamadas a integrar a lide.

Portanto, fixada a premissa na lei da possibilidade de intervenção


dos avós na lide de alimentos, como obrigados a prestar alimentos, é de
se analisar os requisitos necessários à sua quantificação e possibilidade
de concessão de provimento de urgência.

3.1 ALIMENTOS PROVISORIOS

Conforme já referido, a verba alimentar postulada no presente feito


destina-se ao auxílio no sustento da autora, e necessária se faz a
fixação de alimentos provisionais devidos pela demandada, no montante
de R$ 1.500,00, já que não é razoável admitir que as despesas vitais da
filha sejam suportadas sem o auxílio da requerida.

Tal pedido é amparado pelo art. 4º da Lei n.º 5.478/68, que dispõe:

Art. 4º - Ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos


provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor
expressamente declarar que deles não necessita.

Além disso, o Código de Processo Civil autoriza a concessão de tutela


de urgência quando há “probabilidade do direito” e o “perigo de dano ou
o risco ao resultado útil do processo”:
Art. 300 – A tutela de urgência será concedida quando houver
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano
ou o risco ao resultado útil do processo.

4. DO PEDIDO

1. a concessão do benefício da assistência judiciária


gratuita, visto que o autor não possui meios para arcar com
as custas do processo, sem prejuízo de seu próprio
sustento;

2. A fixação de alimentos provisórios, no valor de R$


1.500,00, a serem pagos pela demandada à mãe da infante,
mediante depósito em conta bancária;

3. Seja julgado, ao final, procedente o pedido de alimentos e


convertido em alimentos definitivos no valor;

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em Direito


permitido, depoimento pessoal da alimentante sob pena de confissão,
especialmente juntada atual e posterior de documentos, perícias,
vistorias e demais meios probatórios que se fizerem necessários ao
andamento e julgamento do feito, tudo, de logo, requerido.

Dá à causa o valor de R$ 18.000,00

Termos em que,

Pedem deferimento.
São Felipe D'Oeste/RO, xx/xx/xxxx

Advogado: XXXXXXXXX

OAB/XX nº XXXXXXXX

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