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I. PRELIMINARMENTE:
Requer, sob pena de nulidade, que as comunicações dos atos processuais sejam feitas em
nome da advogada HOCHANNY FERNANDES SAMPAIO, apresentando desde logo o endereço de seu
escritório na Rua Deputado Vitorino Correia, nº 16, Bairro São Cristóvão, Teresina/PI.
I. DA JUSTIÇA GRATUITA
Ressalte-se que, o benefício de gratuidade da justiça é direito conferido a quem não tem
recursos financeiros de obter a prestação jurisdicional do Estado, sem arcar com os ônus processuais
correspondentes. Trata-se de mais uma manifestação do princípio da isonomia ou igualdade jurídica (CF, Art.
5º, Caput), pelo qual todos devem receber o mesmo tratamento perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza. Tal princípio é complementado por vários do artigo supra: XXXIV, LXXIV, LXXVI e LXXVII.
O CPC, em seu art. 99 também versa sobre o benefício ora pleiteado, entendendo que se
presume verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural, além de não ser
impeditivo o fato de a parte estar acompanhada de advogado particular.
Vejamos:
Compulsando os autos, alega a parte autora que durante a unoão do casal, estes
constituíram como patrimônio uma barbearia, na qual aduz a autora que o faturamento desta é de R$ 7.000,00
(sete mil reais) à R$ 10.000,00 (dez mil reais) mensais. Alegação esta que, chega a ser absurda.
Cumpre destacar que, trata-se de uma barbearia onde somente o réu trabalha, ou seja,
não há mais funcionários e o valor do corte de cabelo custa R$ 25,00 (vinte e cinco reais). Ou seja, diante das
alegações ilógicas, para que o réu obtivesse o faturamento de R$ 7.000,00 (sete mil reais) à R$ 10.000,00 (dez
mil reais), o réu deveria fazer 25 cortes de cabelo, diariamente, de segunda-feira à segunda-feira.
Assim sendo, não merecem prosperar as alegações da Requerente nos termos pleiteados
na Exordial, pelos fatos a seguir aduzidos:
Ora Excelência, o Réu tem como base salarial o valor de R$ 1.563,53 (mil, quinhentos,
sessenta e três reais, cinquenta e três centavos) de remuneração mensal, conforme CTPS em anexo,
Sendo impossível pagar o percentual solicitado. Pois, com essa renda o mesmo tem que
suportar suas despesas básicas, como aluguel (anexo contrato de aluguel no valor de R$ 900,00), água, luz,
alimentação, transporte.
Visto, que o Réu constituiu nova família que depende dele para o sustento de seus
proventos dos alimentos, que já reduzem percentual significativo do seu rendimento mensal.
O Requerido NUNCA, abandonou seu lar ou deixou de cumprir com suas obrigações
alimentícias do menor impúbere, pelo contrário, o Réu como mencionado na Exordial se divorciou legalmente
e paga alimentos correspondente ao valor de R$ 300,00 (trezentos reais) mensais , segue anexo
comprovantes de depósito mensais todo dia 10, inclusive já foi quitado o valor desse mês de Março.
Nobre Magistrado, é claro que a Requerida se CONTRADIZ até mesmo na sua própria
Exordiial, mencionando que o Requerido contribui com a quantia de R$ 300,00 e logo após diz que o mesmo
nunca mais contribuiu, sendo fato provado com os recibos de pagamento da pensão em anexo.
Além do mais, a Requerida age de má-fé mencionado que o mesmo abandonou seu lar,
sendo que infelizmente o relacionamento não teve êxito e foi decidido se divorciarem legalmente. A Autora se
contradiz novamente na sua Inicial.
Ademais, o Requerido nunca abandonou seu filho, sempre prestou assistência
necessária, como consta é casado e pai de mais uma criança, mesmo assim nunca fugiu de suas obrigações
como pai.
Contudo, reconhece a obrigação de prestar alimentos à Autora, como já faz, mas não tem
condições de suportar o valor fixado provisoriamente, devido à sua frágil situação econômico-financeira.
III. DO DIREITO
Nesse sentido, foi anexado algumas despesas que o Requerido tem dentre outras, pois como mencionado o
mesmo paga aluguel, água, luz, sustenta sua esposa que é do lar.
Vale dizer, o valor dos alimentos deverá ser fixado segundo a proporção dos recursos
de cada genitor, afim de não impor o sacríficio da própria subsistência a nenhum dos consortes. Trata-se de
uma dimensão do requisito intrínseco da possibilidade do obrigado ao dever de prestar alimentos.
É dever dos pais assistir, criar e educar os filhos menores, provendo o sustento,
proporcionando recursos e meios para o desenvolvimento saudável. Visto que a genitora é autonôma e tem
uma equipe de produção como a mesma aduz no Facebook (fotos em anexo). Assim comprovando que não é
apenas uns “docinhos” e sim a genitora é uma empreendora e não está em situação precária como aduz na
Exordial, assim se contradizendo mais uma vez.
Assim, requer os alimentos sejam fixados em 20% (quinze por cento) do salário base
do Requerido, ou seja R$ 307,47 (trezentos e sete reais e quarenta e sete reais), que é praticamente o
mesmo valor que vem adimplido, valor esse que tem sido retirado do orçamento do Requerido com muito
custo, mas que sabe que o demandado que é para as necessidades de seu filho e por isso vale o esforço.
Porém, arbitrar maior valor que este é o mesmo que condenar o Requerido a entrar em
uma série de dívidas infindáveis, tendo em vista que o mesmo também tem outra filha e sua esposa que
dependem do mesmo. Tendo em vista que não possui condições de arcar com maior percentual sem prejuízo
de sustento próprio e de sua família, conforme comprovam os documentos em anexo.
I. DOS PEDIDOS
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.