Você está na página 1de 7

DOUTO JUÍZO DA VARA DE FAMÍLIA, ÓRFÃOS, SUCESSÕES E

AUSENTES DA COMARCA DE_______________-UF.

(MODELO EDITÁVEL DE AÇÃO DE ALIMENTOS COM TUTELA ANTECIPADA,


GENITOR QUE MORA NO EXTERIOR)

ROL DE DOCUMENTOS:

a.                   Declaração de Hipossuficiência;
b.                   Declaração de imposto de renda (3 últimos anos) ou extrato bancário (3 últimos
meses) para gratuidade de justiça;
c.                   RG e CPF da representante da menor;
d.                  Comprovante de residência da representante da menor;
e.                    Documentos comprobatórios das despesas.

(Nome, qualificação, endereço da (o) menor), neste ato representada por sua
genitora (Nome, qualificação, endereço, profissão, cpf, rg da genitora), vem,
perante Vossa Excelência por intermédio de sua advogada adiante assinada
(procuração em anexo), com fulcro na Lei 5.478\68, e o Artigo 528 Código de
Processo Civil PROPOR:

AÇÃO DE ALIMENTOS COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA

Em face de seu genitor (Nome, qualificação, endereço, profissão, cpf, rg do


genitor).

I- DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA (se seu cliente for passível da justiça


gratuita, usar este tópico)

Preliminarmente, requer a parte que lhe sejam concedido o benefício da


justiça gratuita, em razão do fato de não possuir recursos suficientes para
custear o processo, sem que comprometam o sustento próprio e de sua família,
visto que não possui condições de arcar com as custas judicias, sem que isso lhe
prejudique a sua subsistência mínima.

De efeito, o pedido ora posto encontra respaldo nas cláusulas pétreas


esculpidas nos incisos XXXIV e LXXIV, ambos do Artigo 5º da Carta Magna e
no Artigo 98 do Código de Processo Civil, que garantem o acesso gratuito ao
Poder Judiciário, que dispõe:

“A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante


simples afirmação, na própria petição inicial, de que não está em
condições de pagar as custas do processo e os honorários de
advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família”.

Artigo. 98.  A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira,


com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas
processuais e os honorários advocatícios têm direito à gratuidade da
justiça, na forma da lei.

II- DOS FATOS: (ESTE É UM EXEMPLO)


A menor é legítima filha do requerido, conforme certidão de nascimento
(em anexo), nascida em decorrência de um relacionamento entre a sua genitora
e o requerido.
Acontece que o relacionamento do casal não prosperou e a convivência
tornou-se insustentável.
Ocorre que, o genitor não está cumprindo regularmente com suas
obrigações paternas e a genitora que está arcando com todas as despesas da
menor.
O requerido trabalha como XXXX, em Nova York (exemplo de país), país
onde reside, e embora tenha ganhos mensais significativos não contribui
regularmente com os gastos da filha, deixando tudo a cargo de sua genitora.
De acordo com informações do site transfermarkt.com.br, o valor de
mercado do requerido, na sua profissão, é de R$ XXX mil reais.Mesmo com
uma renda mensal muito boa o genitor se recusa a contribuir regularmente com
as despesas da menor.
Atualmente, as despesas da menor somam o valor de R$ XXX (valor em
extenso) conforme demonstra a tabela, abaixo: (nesta tabela, você irá
acrescentar TODAS as despesas do menor, para que o juízo compreenda a
necessidade da tutela)
Aluguel 700,00
IPTU 0,00
Energia 0,00
Água 0,00
Colégio 0,00
Transporte escolar 0,00
Alimentação 0,00
Plano de saúde 0,00
Lenço umedecido 0,00
Sabonete líquido 0,00
Shampoo 0,00
Condicionador 0,00
Creme 0,00
Pomada p/ assadura 0,00
Fraldas 0,00
Leite Ninho Integral 0,00
Mucilon 0,00

Diante disso, não restou uma alternativa a genitora, senão a propositura


da presente ação com vistas a ver satisfeito o seu direito e como medida de
justiça, para conseguir dar a sua filha uma vida digna.

III. DO DIREITO

O dever alimentar dos pais está previsto expressamente no


art. 229 da Constituição Federal.

No mesmo sentido, o artigo 1.634, I, do Código Civil dispõe que a criação


e a educação dos filhos menores competem aos pais. Este dever de sustento,
criação e educação também é previsto no art. 22 do Estatuto da Criança e do
Adolescente (Lei8.069/90).
Verifica-se, portanto, que compete ao genitor, na medida das suas
possibilidades e da necessidade do filho, ora requerente, prover-lhe o sustento.

De fato, o Código Civil confere o direito de pleitear alimentos dos


parentes, notadamente entre pais e filhos nos termos do art. 1.694 e 1.696.

Preceitua o § 1º do art. 1.694 do Código Civil, os requisitos para a


concessão dos alimentos são a necessidade do alimentando e a capacidade do
alimentante.

Determina o art. 1.695 do Código Civil:

“São devidos os alimentos quando quem os pretende


não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu
trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se
reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do
necessário ao seu sustento.”

IV- DA ANTECIPAÇÃO DA TUTELA- DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS

Os requisitos que possibilitam a concessão de antecipação de tutela são o


periculum in mora e o fumus boni iuris. Cabe, portanto, comprovar a existência
desses dois requisitos para que a menor possa receber um valor a título de
pensão alimentícia tendo em vista que isso se faz necessário para a sua
subsistência mínima.

A demora no andamento processual, portanto, poderá trazer a menor


maiores prejuízos ainda, havendo o justo receio de sua genitora não conseguir
sustentar dignamente sua família em razão dos problemas.

Em virtude da necessidade e da impossibilidade de a genitora arcar com


o sustento da menor de forma exclusiva, como também na prova inequívoca
constante da certidão de nascimento anexa, que afirma, indene de dúvidas, o
estado de filiação entre XXX e XXXX, demonstra-se crucial que seja
determinado, doravante, o pagamento de alimentos provisórios.

Reza o art. 4º, da Lei 5.478/68, que:


“ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos
provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor
expressamente declarar que deles não necessita.”

Ademais, convém destacar que a fixação dos alimentos em fase pré-


sentencial se equipara à concessão da tutela de urgência, como também de
evidência, porquanto incidem, intrinsecamente, os requisitos da probabilidade
do direito e do perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo, nos
termos do art. 300 e 311 do CPC/15.

Portanto, requer desde já a fixação dos alimentos provisórios,


sugerindo ao magistrado o valor de XX% do salário do genitor que, acredita-
se, receber em torno de R$ XXX (valor em extenso), que perfaz o total de R$
XXX (valor em extenso), com base no salário do genitor, incidindo diretamente
nos seus vencimentos e vantagens, incluindo o terço constitucional de férias e
décimo terceiro salário, eventuais verbas rescisórias e FGTS, excluídos os
descontos obrigatórios de lei, acrescido do SALÁRIO FAMÍLIA, a serem
descontados em folha de pagamento e depositados todo dia 1º (primeiro) de
cada mês, na conta posteriormente indicada.

Em questão de valores, conforme já mencionado, acredita-se que este seja


o valor que o genitor recebe. Além do mais, cabe ao requerido comprovar a sua
situação financeira, para arcar com os alimentos da menor, conforme
entendimento jurisprudencial abaixo:
APELAÇÃO CÍVEL.ALIMENTOS FIXAÇÃO.ÔNUS DA
PROVA DO ALIMENTANTE. CONCLUSÃO Nº37 DO CETJRS.
MINORAÇÃO DESCABIDA. Em se tratando de ação de alimentos,
o ônus da prova acerca da impossibilidade de suportar a verba
alimentar é do alimentante (Conclusão nº 37 do Centro de estudos
do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul). No caso, não tendo o
alimentante comprovado a extensão de seus rendimentos, e havendo
sinais exteriores de riqueza, não há como presumir que não possa
alcançar sua filha o valor dos alimentos fixados em sentença.
Sentença mantida. NEGARAM O PROVIMENTO AO APELO. (TJ-
RS-AC: 70084036714 RS, Relator: Rui Portanova, Data de
Julgamento: 28/05/2020, Oitava Câmara Cível, Data de publicação:
23/09/2020)

IV. DOS PEDIDOS:


Por derradeiro, requer:

a) Designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do


art. 319, VII, do Novo Código de Processo Civil;

b) Requerer a citação do REQUERIDO por meio de carta rogatória,


pois o mesmo reside em Portugal, no endereço xxxxxxx,

c) A citação do genitor, acima descrito, para que compareça em


audiência a ser designada por Vossa Excelência, sob pena de
confissão quanto a matéria de fato, podendo contestar dentro do
prazo legal sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia, nos moldes
do art. 344 do NCPC/2015;

d) O arbitramento de alimentos provisórios, de XX% do salário do


genitor que perfaz o total de R$ XXX (valor em extenso) com base
no salário do genitor, incidindo diretamente nos seus vencimentos e
vantagens, incluindo o terço constitucional de férias e décimo
terceiro salário, eventuais verbas rescisórias e FGTS, excluídos os
descontos obrigatórios de lei, acrescido do SALÁRIO FAMÍLIA, a
serem descontados em folha de pagamento e depositados todo dia
1º (primeiro) de cada mês, na conta posteriormente indicada.

e) A intimação do representante do Ministério Público para intervir


no feito;

f) a procedência da presente ação, condenando-se o requerido na


prestação de alimentos definitivos, na proporção de em R$ XXX
(valor em extenso), a ser depositado na conta da genitora.

g) Seja condenado o genitor ao pagamento das custas processuais e


honorários advocatícios, nos moldes do art. 546 do CPC/2015;

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em


direito, que ficam desde já requeridos, ainda que não especificados.
Atribui-se à causa o valor R$ xxxxxx,

Nestes termos,
Pede Deferimento
Cidade/UF, Data.
Advogado
OAB/UF

Você também pode gostar