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Unidade 1
Princípios do Direito Penal
Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico
TIAGO DA ROCHA
Autoria
FERNANDA SILVEIRA COSTA
AUTORIA
Fernanda Silveira Costa
Olá! Sou formada em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de
Minas Gerais, advogada criminalista, pós-graduanda em Direito Público,
mestre em Ciências Jurídico-Criminais pela Universidade de Coimbra.
Tenho experiência técnico-profissional em educação não formal pelo
programa Erasmus Plus da União Europeia e trabalho como professora
para a Modular Acadêmico, empenhada cada dia mais em contribuir para
a educação do nosso país. Foi com grande alegria que aceitei o desafio de
participar e dar o meu contributo para esse maravilhoso projeto da Editora
Telesapiens, fazendo parte do elenco de autores independentes. Me sinto
muito grata por poder contribuir para o seu aprendizado. Conte comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez
que:
OBJETIVO: DEFINIÇÃO:
para o início do houver necessidade
desenvolvimento de de se apresentar um
uma nova compe- novo conceito;
tência;
NOTA: IMPORTANTE:
quando forem as observações
necessários obser- escritas tiveram que
vações ou comple- ser priorizadas para
mentações para o você;
seu conhecimento;
EXPLICANDO VOCÊ SABIA?
MELHOR: curiosidades e
algo precisa ser indagações lúdicas
melhor explicado ou sobre o tema em
detalhado; estudo, se forem
necessárias;
SAIBA MAIS: REFLITA:
textos, referências se houver a neces-
bibliográficas e links sidade de chamar a
para aprofundamen- atenção sobre algo
to do seu conheci- a ser refletido ou dis-
mento; cutido sobre;
ACESSE: RESUMINDO:
se for preciso aces- quando for preciso
sar um ou mais sites se fazer um resumo
para fazer download, acumulativo das últi-
assistir vídeos, ler mas abordagens;
textos, ouvir podcast;
ATIVIDADES: TESTANDO:
quando alguma quando o desen-
atividade de au- volvimento de uma
toaprendizagem for competência for
aplicada; concluído e questões
forem explicadas;
SUMÁRIO
Princípios constitucionais Penais..........................................................12
Introdução ............................................................................................................................................ 12
Analogia................................................................................................................................................. 30
Teoria do Crime.............................................................................................34
Fato típico.............................................................................................................................................. 36
Fato ilícito.............................................................................................................................................. 39
Fato culpável...................................................................................................................................... 39
01
UNIDADE
10 Direito Penal
INTRODUÇÃO
Por vezes, a primeira indagação feita pelo aluno quanto à disciplina
de Direito Penal diz respeito à sua denominação. Por que Direito Penal?
Por que não Direito Criminal ou outra denominação qualquer, já que as
medidas dessa área jurídica têm em vista evitar os crimes? Para responder
essa pergunta temos, primeiro, que esclarecer que essa discussão não
se encontra pacificada na doutrina e que ambas as denominações são
utilizadas em nosso sistema jurídico. A nossa Constituição, por exemplo,
difunde a expressão Direito Penal, entretanto, o local onde tramitam
as ações penais é denominado Vara Criminal, e o advogado que milita
nessa área é chamado de advogado criminalista. O Brasil, desde sua
independência, sempre utilizou a expressão Direito Penal, exceto no
período de vigor do Código de 1830, chamado de Código Criminal do
Império, como bem coloca Greco (2012, p. 2). Os autores que defendem
essa nomenclatura afirmam que a pena é o conceito central dessa
disciplina, bem como a condição de existência jurídica do crime, como nos
ensina Batista (2003, p. 116). Entendeu? Se não entendeu completamente,
tenha calma! Ao longo desta Unidade você vai mergulhar neste universo
e, juntos, iremos conhecer os principais conceitos trabalhados no âmbito
do Direito Penal, sua historicidade, função, princípios, institutos e muito
mais!
Direito Penal 11
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vinda (o). Nosso propósito é auxiliar você no
desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o término
desta etapa de estudos:
OBJETIVO:
Introdução
É sabido por todos que o Direito Penal é o ramo do Direito que aplica
pena de prisão às pessoas que cometem crimes. Mas em que consiste o
Direito Penal? Qual é a sua função? Há limites para a edição das normas
penais? E para sua aplicação? Iremos tratar de todas essas questões ao
longo da nossa caminhada.
Direito Penal 13
Figura 1 – O Direito Penal pode ser entendido como um conjunto de normas que nos orienta
sobre o que é crime e o que não é, bem como quais as penalidades que iremos incorrer
caso seja escolhido enveredar pelos caminhos criminosos
Fonte: Freepik
REFLITA:
VOCÊ SABIA?
NOTA:
EXPLICANDO MELHOR:
NOTA:
NOTA:
Princípio da Insignificância ou da
Criminalidade de Bagatela
O referido princípio estabelece que, uma vez que o Direito Penal é
a mais violenta e agressiva forma de atuação do Estado, ele não deve ser
aplicado quando determinada conduta, apesar de ser típica, não for capaz
de lesar ou de colocar em perigo o bem jurídico tutelado pela norma
penal incriminadora. Nesse sentido, o princípio da insignificância tem
como finalidade a interpretação da lei penal de forma restritiva, ou seja,
assume-se aqui o tipo penal como amplo e abrangente, de modo que o
postulado da criminalidade de bagatela limita a sua aplicação prática.
IMPORTANTE:
SAIBA MAIS:
RESUMINDO:
OBJETIVO:
Fonte: Freepik
Direito Penal 25
NOTA:
NOTA:
REFLITA:
Pois bem, a reposta correta é não. Há leis penais que exercem outra
função dentro do Direito Penal, como as leis penais que estabelecem
os casos em que, apesar de o fato ser criminoso, não será aplicada a
sanção ao seu autor, como a lei que determina a inimputabilidade do
sujeito quando este for doente mental (art. 26, caput, do Código Penal).
Entendeu? Muito bem! Vamos agora ver todos os tipos de leis penais,
conforme a classificação majoritária da doutrina:
b. Leis penais não incriminadoras: são aquelas que não criam crimes
e não cominam penas. As leis não incriminadoras podem ser:
Direito Penal 27
Até aqui ficou claro o que é lei penal e quais são as suas espécies?
Ótimo! Agora vamos dedicar uma parte da nossa Unidade para analisar as
formas de interpretação da lei penal.
REFLITA:
NOTA:
IMPORTANTE:
Analogia
Como dito anteriormente, ante uma situação na qual não haja lei
penal que suficientemente preveja determinado caso, o aplicador do
direito deverá resolvê-la por analogia. Esta consiste em um processo de
integração do ordenamento jurídico que aplica ao caso concreto, não
previsto em lei, uma outra lei reguladora de caso semelhante.
RESUMINDO:
Teoria do Crime
OBJETIVO:
Figura 3 – Para que um juiz possa condenar um sujeito pela prática de um crime, deve ser
provada a tipicidade, a ilicitude e a culpabilidade da sua conduta
Fonte: Freepik
Direito Penal 35
Fato típico
O fato típico é o praticado por pessoa natural, ou também o
praticado por pessoa jurídica, em relação aos crimes ambientais previstos
na Lei n° 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; que se enquadra perfeitamente
aos elementos descritos pelo tipo penal. Nesse sentido, será atípico o
fato decorrente de uma conduta sem previsão em nenhum tipo penal.
A doutrina aponta, majoritariamente, quatro elementos do fato típico:
conduta, resultado naturalístico, relação de causalidade ou nexo causal
e tipicidade.
IMPORTANTE:
IMPORTANTE:
Fato ilícito
O fato será ilícito quando praticado contra alguém e contra o
ordenamento jurídico, capaz de lesionar ou expor a perigo bem jurídico
penalmente tutelado. Insta salientar que a ilicitude, no Direito Penal brasileiro,
é meramente objetiva, ou seja, as características pessoais do agente, como
a sua capacidade de discernimento, em nada afetam a ilicitude.
EXPLICANDO MELHOR:
Fato culpável
Desde que se adote um conceito tripartido de crime, a culpabilidade
é o elemento do crime que incide sobre a formação e exteriorização da
vontade do responsável pela prática de um fato típico e ilícito, exercendo
um juízo de censura e reprovabilidade, com o propósito de aferir a
necessidade de imposição da lei penal. Em um Estado Democrático de
Direito deve imperar um direito penal do fato, ou seja, deve-se punir os
fatos praticados pelos agentes, e não o agente do fato, ou seja, deve
desconsiderar a particular forma de ser do agente, deve punir o fato e não
rotular as pessoas (MASSON, 2019, p. 376). Nesse sentido, a culpabilidade
recai sobre o autor para analisar se ele deve suportar ou não uma
pena em razão do fato cometido. Nos moldes da concepção finalista,
a culpabilidade é composta pela imputabilidade; potencial consciência
sobre a ilicitude do fato; e da exigibilidade de conduta diversa. Veremos
cada um desses elementos da culpabilidade no Capítulo 4, para que não
fujamos do tema proposto no presente Capítulo.
40 Direito Penal
IMPORTANTE:
NOTA:
Até aqui vimos que para que um fato seja considerado como crime
exige-se que ele tenha correspondência a uma conduta prevista em lei
como tal ou como contração penal. Entretanto, como proceder nos casos
em que duas ou mais pessoas colaboram reciprocamente para a prática
de um mesmo crime? E nos casos em que uma só pessoa pratica dois
ou mais crimes, por meio de uma só conduta? Pois bem, as situações
descritas são tratadas pela doutrina como situações de concurso de
pessoas e concurso de crimes, respectivamente. A solução dada pelo
Direito Penal a esses casos será estudada na próxima seção. E aí? Vamos
juntos?
42 Direito Penal
RESUMINDO:
OBJETIVO:
NOTA:
Por outro lado, o Direito Penal antevê que embora o agente tenha
praticado uma conduta típica, há situações em que ele não será punido
por ausência de ilicitude na sua conduta ou pelo fato de o agente ser
penalmente inimputável.
IMPORTANTE:
Fonte: Freepik
Direito Penal 49
IMPORTANTE:
NOTA:
NOTA:
Fonte: Freepik
NOTA:
Crime
Antijurídico Culpável
RESUMINDO:
REFERÊNCIAS
ASSUMPÇÃO, V. Direito penal: parte geral. Salvador: Juspodivm,
2019.