Ebook Unidade - 2

Fundamentos da
Administração
Unidade 2
Teorias da Administração:
da Científica à Neoclássica
Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico
TIAGO DA ROCHA
Autoria
ANTONIO CARLOS PISICCHIO
AUTORIA
Antonio Carlos Pisicchio
Olá. Meu nome é Antonio Carlos Pisicchio. Sou formado em
Administração pela Universidade Estadual de Londrina e sou Mestre em
Administração pela Universidade Federal do Paraná, com uma experiência
técnico-profissional na área de administração, estratégia e marketing.
Passei por empresas de diversos setores como Engenharia e Construção
Civil, Recuperação de Crédito e Educação, atuando em setores de
estratégia e inteligência de mercado. Sou apaixonado pelo que faço e
adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando
em suas profissões. Por isso, fui convidado pela Editora Telesapiens a
integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder
ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez
que:
OBJETIVO: DEFINIÇÃO:
para o início do houver necessidade
desenvolvimento de de se apresentar um
uma nova compe- novo conceito;
tência;
NOTA: IMPORTANTE:
quando forem as observações
necessários obser- escritas tiveram que
vações ou comple- ser priorizadas para
mentações para o você;
seu conhecimento;
EXPLICANDO VOCÊ SABIA?
MELHOR: curiosidades e
algo precisa ser indagações lúdicas
melhor explicado ou sobre o tema em
detalhado; estudo, se forem
necessárias;
SAIBA MAIS: REFLITA:
textos, referências se houver a neces-
bibliográficas e links sidade de chamar a
para aprofundamen- atenção sobre algo
to do seu conheci- a ser refletido ou dis-
mento; cutido sobre;
ACESSE: RESUMINDO:
se for preciso aces- quando for preciso
sar um ou mais sites se fazer um resumo
para fazer download, acumulativo das últi-
assistir vídeos, ler mas abordagens;
textos, ouvir podcast;
ATIVIDADES: TESTANDO:
quando alguma quando o desen-
atividade de au- volvimento de uma
toaprendizagem for competência for
aplicada; concluído e questões
forem explicadas;
SUMÁRIO
Administração Científica................................................................................ 12
Os Primórdios da Administração........................................................................................... 12
Influência da Filosofia................................................................................................ 14
Influência da Igreja Católica.................................................................................. 16
Influência das Instituições Militares................................................................. 17
Influência da Revolução Industrial................................................................... 18
Influência do Liberalismo Econômico.......................................................... 20
Abordagens Clássicas da Administração...................................................................... 20
Administração Científica.............................................................................................................. 21
Origens ................................................................................................................................ 21
Frederick Taylor.............................................................................................................. 22
Quais eram os Problemas das Empresas da Época?.........................24
Organização Racional do Trabalho...................................................................25
Princípios da Administração Científica...........................................................28
O Homem Econômico...............................................................................................28
Fordismo..............................................................................................................................29
Críticas à Administração Científica.................................................................. 30
Impacto Atual da Administração Científica....................................................................32
Teoria Clássica....................................................................................................35
Introdução à Teoria Clássica....................................................................................................35
Henri Fayol............................................................................................................................................ 36
Conceitos da Teoria Clássica da Administração........................................................37
As Funções Básicas da Empresa.......................................................................37
Conceito de Administração.................................................................................. 38
Proporcionalidade das Funções Administrativas.................................. 38
Princípios Gerais da Administração para Fayol...................................... 38
Teoria da Administração............................................................................................................. 40
Aplicação da Teoria Clássica na Atualidade................................................................. 41
Críticas à Teoria Clássica ...........................................................................................................42
Teoria das Relações Humanas....................................................................45

Origens da Teoria das Relações Humanas....................................................................45
Experimento de Hawthorne..................................................................................47
Conclusões do Experimento de Hawthorne............................................ 49
Visão do Homem na Sociedade Industrializada...................................................... 50
Funções da Organização na Teoria das Relações Humanas........................... 51
A Organização Informal............................................................................................52
Motivação...............................................................................................................................................52
Liderança................................................................................................................................................53
Críticas à Teoria das Relações Humanas........................................................................54
Teoria Neoclássica............................................................................................56
Características da Teoria Neoclássica............................................................................. 56
Ênfase na Prática da Administração............................................................... 56
Reafirmação Relativa dos Princípios Clássicos.......................................57
Princípios Gerais de Administração.................................................................57
Ênfase nos Objetivos e Resultados.................................................................57
Princípios Básicos das Organizações............................................................................... 58

Funções do Administrador....................................................................................................... 59
Planejar................................................................................................................................ 59
Organizar............................................................................................................................ 60
Dirigir...................................................................................................................................... 61
Controlar.............................................................................................................................. 61
Críticas a Teoria Neoclássica...................................................................................................62

Fundamentos da Administração 9
02
UNIDADE
10 Fundamentos da Administração
INTRODUÇÃO
A administração é uma das disciplinas mais abrangentes das ciências
sociais aplicadas, responsável por organizar, gerir e ampliar os resultados
dos mais diversos tipos de organizações, que vão desde empresas privadas,
ONGs, entidades governamentais entre outros.
Neste curso iremos nos aprofundar no estudo de administração, vamos

estudar as chamadas teorias ou abordagens clássicas da administração,
que são as teorias iniciais de administração. Vamos compreender como
surgiram, quais problemas buscavam solucionar, o que propunham e
também quais são as críticas feitas a estas.
Este tipo de estudo é o que chamamos também de teoria das

organizações ou teoria geral da administração, disciplina fundamental para
compreendermos como as organizações evoluíram, como os modelos de
gestão se iniciaram e pode-se aprimorar o desempenho das organizações.
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vinda (o). Nosso propósito é auxiliar você no
desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o término
desta etapa de estudos:
1. Explicar como surgiram os estudos de administração, compreender

os conceitos, história, aplicação e críticas da administração
científica.
2. Reconhecer os conceitos, história, aplicação e críticas da teoria

clássica da administração.
3. Interpretar a origem, as soluções, conceitos e críticas advindas da

teoria das relações humanas.
4. Identificar como surgiu, quais são os princípios, quais as aplicações

e defeitos da teoria neoclássica da administração.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento?

Ao trabalho!
Administração Científica
INTRODUÇÃO:
Neste capítulo, compreenderemos como a gestão das

organizações surgiu e como evoluiu até os tempos da
primeira revolução industrial. Nos aprofundaremos nas
teorias da administração cientifica, entendendo quais
motivos levaram ao seu desenvolvimento, quais foram as
suas propostas, quais resultados obtiveram e as críticas
que se pode fazer a esse pensamento. Ao final disso,
esperamos que você compreenda a importância dessa
escola de pensamento e quais conceitos criados por ela se
mantém atuais até o presente momento.
As teorias clássicas de administração, que são as abordagens iniciais

propostas sobre o tema, essas ideias têm início na revolução industrial e
vão ser dominantes até os anos de 1960-1970, tendo reflexo até hoje tanto
nas teorias mais modernas de administração quanto na vida prática do
administrador e na gestão das organizações.
Os Primórdios da Administração
Conforme vimos anteriormente, as organizações são um sistema
de recursos que procuram realizar um objetivo através de um processo
de transformação de recursos e com uma divisão de trabalhos
(MAXIMIANO, 2009).
Dessa forma, podemos afirmar que sempre existiram as

organizações, uma vez que o ser humano sempre se reuniu em grupos
com um objetivo em comum, sem isso seria impossível o desenvolvimento
de grandes obras (Ex. Pirâmides do Egito, o vaticano, estradas, pontes,
governos, conglomerados mercantilistas, grandes impérios e governos
entre muitos outros.
Figura 1: Pirâmides do Egito
Fonte: Freepik
Também podemos entender a partir desse conceito que sempre

existiram organizações, uma vez que sem uma divisão do trabalho e sem
compartilhar objetivos em comum, o ser humano nunca seria capaz de
desenvolver grandes obras (Ex. Pirâmides do Egito, Grandes Impérios da
Antiguidade, Represas, Pontes entre outros). Dessa forma, sempre que o
ser humano tem um objetivo e necessita desenvolver um trabalho que não
é possível realizar sozinho ele está de fato criando um tipo de organização.
Assim, podemos afirmar que embora de forma rudimentar, alguns

princípios de administração sempre existiram e sempre foram utilizados
para permitir ao homem desenvolver trabalhos coletivos com um
determinado objetivo. A partir do século XIX e XX é que podemos observar
o início das organizações modernas e o desenvolvimento da administração
como campo de atuação e estudos. Porém, antes de iniciarmos esse
estudo é importante destacar a evolução da administração até esse ponto.
Dessa forma, destacamos alguns períodos, a seguir comentaremos como
a filosofia, a igreja católica, as organizações militares, a revolução industrial
e o liberalismo econômico influenciaram a administração e deram início
aos estudos nesse campo
Figura 2: O farol de Alexandria
Fonte: Freepik
Influência da Filosofia
A filosofia é o campo de estudos focados na vida humana e em
entender como o homem responde e compreende a realidade, dessa
forma é natural que alguns filósofos tenham se preocupado com as
organizações e desenvolvido ideias sobre o tema.
Em especial, alguns autores merecem destaque pelo fato de terem

se dedicado à estudar e propor ideias sobre o Estado, isso é importante
para administração, uma vez que o Estado é uma organização e as ideias
de governança propostas também podem ser transferidos para outras
organizações, dessa forma, destacamos:
Aristóteles (348 a.C. – 322 a.C.): no livro Política, Aristóteles

fala sobre 3 formas de organização da administração pública, mais
especificamente, a monarquia (apenas um governante Ex. Rei), aristocracia
(uma elite como governante) e democracia (um governo dos cidadãos).
Neste livro, Aristóteles defende a ideia de que toda democracia acaba
se degenerando em uma anarquia, que leva à necessidade de uma
monarquia forte. Aristóteles também defende a ideia de que os sábios

devem governar (Ex. O rei filosofo).
Thomas Hobbes (1588-1679): em O Leviatã, sua principal obra,

Hobbes defende uma visão pessimista sobre o ser humano, que é
exemplificada pela celebre frase “O homem é o lobo do homem”. Dessa
forma, Hobbes defende ser necessário um pacto social entre as pessoas
e o estado, onde o ser humano abre mão de seus direitos naturais e certas
liberdades para permitir que o estado regule sua vida e imponha uma
ordem.
Jean-Jacques Rousseau (1712 – 1778): tem uma visão oposta

à Hobbes, criador da ideia do “bom selvagem”, onde o homem é visto
como naturalmente bom. Desenvolve a teoria do contrato social, na qual
o homem reconhece a autoridade do estado.
Figura 3: Aristoteles
Fonte: Freepik
VOCÊ SABIA?
Um dos livros clássicos para a administração é “O Principe”

de Nicolau Maquiavel (1469 – 1527), recomendamos esse
livro, que já foi lido por grandes líderes como Napoleão
Bonaparte, onde o filosofo Maquiavel traça o perfil de um
líder e mostra como este deve agir em diversas situações,
destaca-se a ideia de que “O Príncipe caso não consiga ser
amado, deve ser temido”.
Influência da Igreja Católica

A igreja católica se torna a instituição protagonista na política
europeia após a queda do império romano (476 D.C). Isso ocorreu pois
na época ela era a única instituição que tinha um alcance mundial, sendo
influente na vida de todos que habitavam a Europa.
Um dos fatores que definiu permanência e a longevidade da igreja

católica nesse período foi a sua capacidade de organização, isto porque,
na sociedade feudal não existiam instituições centralizadoras fortes (Ex.
Países e reis) dessa forma o poder se concentrava nas mãos de pequenos
nobres regionais, sendo que a única instituição capaz de influenciar esse
cenário e exercer um poder centralizador era a Igreja Católica.
Isso ocorreu, pois, a Igreja era uma instituição que possuía uma
hierarquia rígida e bem estruturada, além de possuir normas de conduta
próprias e um poder de liderança forte e muitas vezes amparado em uma
atuação militar.
Figura 4: Vaticano
Fonte: Freepik
VOCÊ SABIA?
Um dos aspectos mais interessantes sobre a Igreja Católica

na Idade Média e Idade Moderna era o fato do papa ser
considerado um líder de Estado além de um líder religioso,
dessa forma a igreja católica muitas vezes autuou em
disputas entre os estados europeus, uma série de Tv que
mostra um pouco sobre isso é a série “Os Borgias”.
Influência das Instituições Militares

Assim como as organizações, as instituições militares possuem
uma origem quase impossível de ser determinada, uma vez que sempre
existiram grupamentos humanos e sempre existiram conflitos que levaram
ao desenvolvimento de organizações militares.
Podemos apontar algumas ideias que foram retiradas do contexto

militar e adaptadas para as organizações, exemplo disso é a ideia de
cadeia de comando, a ideia de uma hierarquia rígida onde os comandos

devem ser respeitados.
Destacamos também os conceitos de estratégia, que nascem

justamente do contexto militar, podemos destacar o livro a Arte da Guerra
do filosofo chinês Sun Tzu (544 a.C. – 496 a.C.) e o pensamento do general
Prussiano Carl von Clausewitz (1780 – 1831) autor da celebre frase “A
guerra é uma continuação da política por outros meios). Esses e outros
autores militares trouxeram várias contribuições para a administração,
como o desenvolvimento da logística, a ideia de movimentos estratégicos,
estratégia entre outros.
VOCÊ SABIA?
A logística e estratégia são ideias desenvolvidas dentro

do contexto militar, sendo de extrema importância para
as campanhas militares. Exemplo disso é o fracasso das
campanhas contra a Rússia de Napoleão Bonaparte (1769
– 1821), onde a falta de logística e recursos causados pela
estratégia de terra arrasada do exército russo foram decisivas
para o fracasso de Napoleão, para saber mais sobre essa
campanha e outras histórias militares recomendamos o
livro “História das Guerras” do historiador Demétrio Magnoli,
além do clássico “A arte da guerra” de Sun Tzu.
Influência da Revolução Industrial

A revolução ocorreu em duas fases: a primeira de 1780 a 1860 e a
segunda de 1860 à 1914, e definiu grandes transformações à sociedade e
deu início as organizações modernas que levaram ao desenvolvimento da
administração como campo de estudos.
Podemos afirmar que essa revolução foi iniciada por uma série
de fatores, como a política de cercamentos na Inglaterra, os novos
desenvolvimentos tecnológicos como a máquina à vapor, novos meios
de transporte (trem), máquina de tecelagem, novos combustíveis e
eletricidade. Esse cenário contribuiu para uma mecanização da atividade

rural e industrial, um forte êxodo rural e mecanização da indústria com
o uso de novas tecnologias o que culminou no desenvolvimento das
organizações industriais.
Assim, podemos apontar como consequência da revolução

industrial um novo contexto de organizações e o desenvolvimento das
primeiras indústrias capitalistas, que substituíram a mão de obra artesanal
pelas máquinas, onde o trabalhador passou a exercer um número
reduzido de atividades, causando uma especialização da mão-de-obra.
Todas essas medidas levaram a um grande aumento de produtividade
e modificaram radicalmente a forma de desenvolvimento de produtos,
além disso, como veremos mais a frente, essas organizações geraram
uma demanda por novas formas de gerenciamento e administração, que
levaram ao desenvolvimento da administração como ciência.
Figura 5 : Industria na revolução Industrial
Fonte: Wkicommons
Influência do Liberalismo Econômico

O liberalismo econômico é uma corrente de pensamento
desenvolvida por economistas e filósofos do século XVII, onde estes
buscavam compreender fenômenos econômicos e sociais. O principal
pensador dessa corrente é Adam Smith (1723 – 1790), que é considerado
o pai do liberalismo clássico, esses pensadores defendiam as liberdades
individuais como naturais e inalienáveis, onde o estado deve se afastar da
vida econômica das pessoas, defendiam a existência da chamada “mão
invisível” do mercado, que seria responsável por regular a economia.
Em A Riqueza das Nações (1776), Adam Smith, coloca seus

principais pensamentos e defende que a riqueza das nações deriva do
trabalho, produção econômica e especialização, algo que seria defendido
até os tempos atuais por outros pensadores liberais e que serviu de base
para o desenvolvimento do capitalismo, do pensamento capitalista e das
organizações modernas.
Abordagens Clássicas da Administração

Chamamos de abordagens clássicas as duas primeiras teorias de
administração, no caso, a chamada administração científica, que tem
como figura principal Frederick Taylor e a corrente chamada administração
clássica, que foi desenvolvida por Henry Fayol, ambas possuem muitas
semelhanças entre si, uma vez que são correntes iniciais da administração
e foram desenvolvidas na mesma época, ambas no contexto da revolução
industrial, porém em países diferentes, sendo a administração cientifica
uma corrente americana e a teoria clássica uma corrente desenvolvida na
França. A tabela 1 resume ambas, neste primeiro capítulo iremos focar na
administração científica e no capítulo seguinte na teoria clássica.
Tabela 1: Administração Científica x Teoria Clássica da Administração.
Administração Científica Teoria Clássica

Frederick Taylor Henry Fayol
EUA França
Focada em resolver problemas Focada em resolver problemas
de produtividade de produtividade
Foco nas tarefas Foco nas estruturas
Fonte: Autor, 2019, adaptado de Chiavenato, 2011 e Maximiano, 2009
Administração Científica
Conforme comentamos anteriormente, a administração científica
pode ser considerada a primeira corrente de pensamentos em
administração, sendo uma abordagem voltada para o aumento da
produtividade, ao longo desse capítulo iremos ver suas origens, estudar
as obras de Taylor, entender seus métodos e resultados e por fim faremos
uma análise crítica de suas proposições.
Origens
Vimos anteriormente que a revolução industrial e o liberalismo
econômico influenciaram fortemente o desenvolvimento da administração,
esses dois fatores são especialmente significativos para a administração
científica, uma vez que esta surgiu no início do século XX.
Para entendermos melhor o surgimento da administração cientifica

temos que entender 2 fenômenos que ocorriam no início do século XX:
1. O crescimento acelerado e desorganizado de empresas:

mais especificamente de industrias, que movidas pelas novas
descobertas cientificas e utilizando as novas tecnologias, essas
empresas passaram a se estruturar como grandes industrias,
que eram capazes de processar quantias de matéria-prima até
antes nunca vistas, essas industrias geraram uma demanda por
conhecimentos de gestão, uma vez que operavam com uma
grande velocidade e em grandes quantias.
2. A necessidade de aumento de eficiência das indústrias:

conforme comentamos no início do século XX a revolução
industrial já estava consolidada em países como EUA, Inglaterra
e França, o que trouxe uma demanda por novas formas de gestão
que buscassem aumentar ainda mais a produtividade, aumentar a
eficiência e gerir a nova mão-de-obra assalariada que surgia.
EXPLICANDO MELHOR:
a revolução industrial trouxe uma expansão das novas

industrias capitalistas, isso gerou um impacto enorme na
sociedade de forma geral, que ainda via como novidade
o trabalho industrial, recomendamos assistir ao filme
Tempos Modernos (1936) de Charles Chaplin, nesse filme
Chaplin mostra e faz uma crítica à maneira de trabalho nas
primeiras industrias capitalistas, sendo um filme clássico
para entendermos como era a sociedade na época.
Frederick Taylor
Frederick W. Taylor (1856 – 1915) é o fundador da administração
científica, nascido nos Estados Unidos, engenheiro de formação foi
responsável por implementar ideias que ajudaram a desenvolver
as indústrias nas quais trabalhou como consultor e aumentou
significativamente a produtividade destas através de seus métodos.
1. O primeiro período de Taylor: Referente à publicação de seu

livro Shop Management (1903), no qual divulgava técnicas de
racionalização do trabalho, por meio do estudo de tempos e
movimentos. Nesse livro, Taylor comenta que os operários das
indústrias produziam muito menos do que eram capazes e isso
ocorria porque não eram instruídos a fazer suas tarefas da melhor
forma possível.
2. O segundo período de Taylor: Referente ao período de publicação

de seu livro The Principles of Scientific Management (1911), onde ele
busca entender os males que as organizações sofriam, e propõe
como solução a organização racional do trabalho e a administração

cientifica.
EXPLICANDO MELHOR:
Para entender melhor o trabalho de Taylor é interessante

pensarmos em sua formação, Taylor se formou em
engenharia e vinha de uma família de origem Quaker
(protestantismo mais radical na época, voltados ao trabalho
e a devoção), dessa forma, iniciou sua carreira trabalhando
como operário, a sua visão religiosa do trabalho como
instrumento de libertação e sua experiência pratica nas
industrias levaram Taylor a entender os problemas das
indústrias da época e a buscar soluções para melhorar a
eficiência do trabalho.
Figura 6: Frederick Taylor
Fonte: Wikicommons
Quais eram os Problemas das Empresas da Época?

Para entendermos os métodos da administração científica
precisamos primeiramente observar quais eram os principais problemas
que Taylor enxergava nas indústrias de sua época:
1. Vadiagem sistemática dos operários: Taylor observava que

muitas vezes os operários trabalhavam menos do que o necessário
e que acreditavam que caso trabalhassem mais e produzissem
mais seriam dispensados de seus empregos, uma vez que já
teriam produzido o suficiente. Não havia também métodos e nem
controle de trabalho o que facilitava muitas vezes a vadiagem
entre os funcionários.
2. Desconhecimento da gerência das operações realizadas na

indústria: Taylor observava que os chefes e patrões não entendiam
muitas vezes o processo produtivo, dessa forma, eram incapazes
de opinar com clareza ou observar se o trabalho estava sendo
feito com máxima eficiência.
EXPLICANDO MELHOR:
Na época de Taylor não havia um entendimento claro

dos funcionários sobre o mundo industrial, dessa forma,
acreditavam que uma vez que tivessem produzido uma
quantidade grande de produtos seriam dispensados, não
compreendendo que uma maior produtividade geraria
mais lucros para a empresa e assim na realidade manteriam
seus empregos.
3. Falta de uniformidade e técnicas de trabalho: É o principal ponto

que Taylor busca solucionar, ele observava que nas indústrias não
haviam métodos claros de se realizarem as tarefas, dessa forma,
os funcionários agiam da maneira que julgavam mais correta,
podendo cometer erros e ser improdutivos.
4. Pagamento realizado de forma errada: Os pagamentos não eram

baseados na quantia produzida, dessa forma, não estimulavam os
trabalhadores a trabalhar mais.
5. Falta de uniformidade nos processos: Não havia um controle

exato sobre como executar tarefas.
Organização Racional do Trabalho

Com o objetivo de solucionar os problemas mencionados acima Taylor
propôs o que chamamos de organização racional do trabalho, que nada
mais é do que a adoção de melhores práticas para a cada tarefa realizada
na indústria, com um controle de tempos e movimentos constantes, Taylor
baseou essa ideia também no chamado método cartesiano.
EXPLICANDO MELHOR:
Para entender a importância das tarefas e das pessoas

nos processos produtivos é importante lembrarmos que
na época de Taylor, muitas etapas dependiam ainda da
presença humana, que ao contrário das máquinas, variava
no desempenhar de seu trabalho.
EXPLICANDO MELHOR:
Chamamos de método Cartesiano o método de

decomposição de tarefas para a compreensão do
que acontece. Dessa forma, Taylor entendia que para
compreender os processos produtivos precisava analisar
cada uma das etapas e cada um dos movimentos
realizados nessas etapas. Com base nisso, Taylor era capaz
de entender quais eram os movimentos mais produtivos e
controlar os processos realizados.
A organização racional do trabalho se fundamenta em princípios

que comentaremos a seguir:
1. Análise do trabalho e estudo de tempos e movimentos: Taylor

sabia que para aumentar a eficiência das tarefas precisava
analisar cada movimento realizado pelos operários. Dessa forma,
ele observava a rotina de trabalhos e marcava quanto tempo o
melhor trabalhador levava em cada etapa, observando se existia
algum movimento inútil ou dispensável. Com isso em mãos, Taylor
treinava cada funcionário a trabalhar da melhor forma possível
dispensando movimentos inúteis e realizando as tarefas em um
tempo padrão e da melhor forma possível. Isso resultava em
funções mais bem definidas, tarefas bem definidas, normatização
e uniformidade do trabalho.
2. Estudo da fadiga humana: Taylor compreendia, até mesmo

devido a sua vivência pratica nas indústrias, que os trabalhadores
exaustos não rendiam o esperado. Assim, buscava analisar se não
havia excessos na rotina de trabalho que levassem à exaustão do
trabalhador, dessa forma, garantia mais longevidade no trabalho
e produtividade.
REFLITA:
Será que Taylor pensava na qualidade de vida dos

trabalhadores? Ou seus esforços para reduzir exaustão no
trabalho e acidentes estavam ligados à maximização da
produtividade.
3. Divisão do trabalho e especialização do operário: Taylor

analisava as tarefas e os trabalhos realizados, assim, era capaz de
propor qual funcionário era mais apto para determinada tarefa e
ao mesmo tempo organizava as tarefas. O principal resultado disso
era a especialização do trabalho onde o trabalhador realizava o
mínimo de funções possíveis da melhor forma possível, sendo um
especialista naquela única tarefa.
4. Desenho de cargos e tarefas: Taylor foi pioneiro na ideia de

organização de cargos e tarefas, dessa forma montava cargos e
organizava quais as tarefas aquele cargo deveria realizar, além

de organizar os tempos que o trabalhador deveria cumprir e os
movimentos que deveria executar. Esse desenho de cargos
resultou em maior produtividade, na admissão de trabalhadores
mais apropriados para cada cargo, redução de custos de
treinamento e facilitando a supervisão das tarefas de cada cargo,
uma vez que já estavam claramente descritos e determinados.
EXPLICANDO MELHOR:
Taylor ajudou a implementar as linhas de montagem, onde

cada trabalhador tinha uma função determinada, tinha
movimentos determinados e controlados e executavam
da maneira mais eficiente possível um número reduzido de
tarefas, porém, repetidas vezes.
5. Incentivos salariais e prêmios pela produtividade: Tendo os

cargos e tarefas bem desenhados e controlados, Taylor, afirmava
que era necessário premiar o trabalhador que produzia mais;
EXPLICANDO MELHOR:
Até por sua formação Quaker, Taylor valorizava o trabalho

e os resultados do trabalho, assim, acreditava ser justo
recompensar as pessoas que produziam mais, ao mesmo
tempo acreditava que por isso uma maior produtividade
seria capaz de melhorar a vida dos operários.
6. Condições ambientais de trabalho: Taylor também verificou que

o ambiente de trabalho impactava na produtividade, dessa forma,
defendia que a administração deveria se preocupar em oferecer
um ambiente adequado para o trabalho e com condições de
ventilação, higiene, ruído e iluminação.
7. Padronização: Para a organização racional do trabalho era

fundamental a padronização e especialização dos movimentos,
para tanto, também era necessária uma padronização de máquinas,

matérias-primas e componentes do trabalho, para assim facilitar a
especialização do trabalho e consequentemente aumentando a
produtividade.
Princípios da Administração Científica

Taylor também se preocupou com a administração, dessa forma,
desenvolveu em sua época princípios de administração que foram base
para o entendimento atual das funções da administração, a figura 9
demonstra esses princípios:
Figura 7 : Princípios da administração cientifica
Fonte: Autor, Adaptado de Chiavenato, 2011
Dessa forma, a administração deve estar preocupada em

executar um planejamento do trabalho, selecionar, preparar e treinar os
trabalhadores para um determinado cargo e por fim controlar a execução
das tarefas.
O Homem Econômico
Um outro pensamento de Taylor que exerceu forte influência foi a sua
visão sobre o ser humano, a qual chamamos de hommo ecconomicus, ou
homem econômico, segundo essa concepção o ser humano é exclusivamente
influenciado e estimulado por questões e recompensas econômicas.
Assim, para a administração cientifica, uma vez bem recompensado

por meio de salários, o ser humano estaria satisfeito e seria capaz de ter
maior produtividade.
Fordismo
Uma das pessoas que mais foi influenciada pelas ideias de Taylor
foi Henry Ford (1863 – 1943), o fundador da fabricante de carros Ford,
exemplificou e aplicou os pensamentos de Taylor.
Ford aplicou os princípios da administração cientifica, conseguindo

ampliar sua capacidade produtiva Ex. Em 1913 a Ford produziu 800 carros,
em 1926 a Ford produziu 2.000.000 de carros.
Em especial, Ford aplicou ao máximo a ideia de padronização,

tanto das tarefas quanto de seus produtos, isso é exemplificado pela frase
“Todo mundo pode ter um Ford T, desde que seja preto”, além disso a
Ford produzia apenas um tipo de produto, buscando a máxima eficiência
e produtividade.
Figura 8: Henry Ford
Fonte: Wikicommons
A Ford levou ao máximo a ideia de padronização, e isso se refletiu

no seu modelo T, que foi o primeiro carro a ser produzido em série. Leia
sobre isso na reportagem a seguir clicando aqui.
VOCÊ SABIA?
Ford acredita que era necessário controlar cada etapa

produtiva e cada matéria prima que utilizava, pensando
nisso chegou a investir na chamada Fordlandia no estado
do Pará, essa estrutura enorme produzia borracha para
as fabricas da Ford e sofreu com a crise da borracha, para
ler sobre essa história acesse a reportagem do canal BBC
Brasil clicando aqui.
Críticas à Administração Científica

Como você já pode perceber que alguns dos pensamentos de
Taylor e Ford se mostram ultrapassados nos tempos atuais, apesar da sua
eficiência para aumentar a produtividade das empresas, mesmo em sua
época a administração cientifica sofreu algumas críticas como:
1. Mecanicismo: uma das críticas que se faz a administração

científica se dá no fato dela enxergar o operário como mais um
componente de uma grande máquina, dessa forma, essa teoria
desconsidera os aspectos humanos, emocionais e sociais que
formam e influenciam as pessoas. O excesso de controles advindo
dessa perspectiva mecanicista também foi responsável por danos
físicos e psicológicos à saúde dos operários.
2. Superespecilização do operário: da mesma forma do

mecanicismo, a superespecialização do trabalho é apontada
como um fator causador de doenças do trabalho e acidentes.
Por uma perspectiva do gestor, também é criticável a ideia de
que o trabalhador deva focar em uma única tarefa repetitiva, ao
agir dessa forma, a organização acaba por reprimir a criatividade
e deixa de utilizar os conhecimentos, experiência e visão que o

trabalhador possui, o que pode causar perda de eficiência.
3. Visão do homem: outra crítica à administração científica vem do

fato dela não enxergar o homem além do aspecto econômico,
dessa forma, acaba por ignorar os aspectos sociais da vida
humana, e conforme apontamos anteriormente muitos desses
aspectos podem ser refletidos em benefícios para as organizações
e ao mesmo tempo geridos para garantir qualidade de vida aos
operarios.
4. Falta de cientificidade: Taylor escreveu seus livros baseando-

se em sua própria experiência de trabalho e em seus trabalhos
de consultoria, dessa forma, acaba por não utilizar metodologia
científica para apresentar suas conclusões, isso também se deve
ao fato de suas obras não terem viés acadêmico. Dessa forma,
suas conclusões são baseadas em experiências bem-sucedidas
que aconteceram em sua vida, o que dificulta uma generalização,
ao contrário de obras com rigor científico, as quais podem ter suas
descobertas generalizadas.
5. Abordagem incompleta da administração e organização: como

podemos observar, a preocupação da administração científica e
com a produtividade, ao mesmo tempo, podemos observar que
as organizações vão além do setor de produção (Ex. Marketing,
estratégia, recursos humanos). Dessa forma, a administração
científica acaba não considerando esses outros aspectos, além
disso, não existe uma preocupação com o consumidor, gestão
ambiental, diferenciação ou qualidade, algo típico do pensamento
da época. Podemos então afirmar que a administração cientifica
enxerga as organizações como fechadas em si, desconsiderando
o ambiente externo (Ex. Concorrentes, consumidores etc.).
Impacto Atual da Administração Científica

Conforme observamos ao longo do capítulo a administração
científica trouxe um grande impacto no desenvolvimento da administração,
sendo a primeira corrente teórica da área.
Os métodos desenvolvidos por Taylor, apesar das críticas incluindo

aquelas sobre a falta de cientificidade, foram implementadas por diversas
empresas e conseguiram trazer resultados. O maior exemplo disso é a
expansão da Ford dos anos de 1910 – 1930.
Conforme vimos, os princípios da administração científica, a

organização racional do trabalho, o estudo de tempos e movimentos
e o foco na produção possibilitaram melhorias na produtividade e
aumento no volume produzido. Alguns desses princípios continuam
sendo adotados até hoje, uma forma de visualizar isso é olhar uma linha
de montagem moderna, é possível observar que as máquinas realizam
movimentos repetitivos e precisos, onde tudo é calculado para aumentar
a produtividade, algo similar ao proposto por Taylor.
Se analisarmos com cuidado outros princípios defendidos por

Taylor como enfoque nos movimentos, redução de desperdícios, corte de
funções e atividades desnecessárias e enfoque em produção ainda são
atuais e uteis para as empresas. O enfoque e as descobertas de Taylor
sobre administração de produção em especial repercutem até hoje.
Apesar disso, as críticas que a administração científica sofreu e sofre

acabaram por torna-la pouco usual fora do contexto de administração de
produção, além disso, alguns preceitos como o “homem econômico” se
mostraram incoerentes com a realidade, e foram substituídos por outras
ideias e teorias como veremos ao longo do curso.
Figura 9: Indústria atual
Fonte: Freepik
REFLITA:
Após ler todo esse conteúdo sobre a administração

científica, o pensamento de Taylor e o Fordismo, o que você
acha dessas ideias? Refletimos brevemente e apontamos
que algumas dessas ideias ainda são utilizadas, o que você
pensa sobre isso? É possível utilizar no mundo atual essas
ideias?
RESUMINDO:
E então? O que achou da primeira abordagem da

administração? Neste primeiro capítulo aprendemos sobre
a administração científica de Taylor, e também sobre os
primórdios da administração.
Em específico, vimos como as organizações militares,
a igreja católica, o liberalismo econômico e a revolução
industrial trouxeram ideias até hoje aplicáveis na
administração. Em especial a revolução industrial, foi a
base para o desenvolvimento das organizações capitalistas
modernas e trouxe várias demandas que depois foram
observadas por Taylor.
Sobre a administração científica em si, observamos que
ela foi uma linha de pensamento que ocorreu devido à
necessidade de produtividade, controle e organizações
das primeiras industriais capitalistas.
Dessa forma, Taylor propôs a organização racional do
trabalho, um conjunto de métodos que buscava monitorar
tempos e movimentos, desenhar cargos e tarefas, reduzir
a fadiga e aprimorar o ambiente de trabalho, através
desse método Taylor permitiu um aprimoramento e
especialização do trabalho nas fabricas, o que resultou em
uma maior produtividade. Devido aos resultados positivos
sua abordagem foi amplamente divulgada e utilizada por
indústrias e empresas, mostramos em especial o caso da
Ford, que utilizando essa metodologia conseguiu atingir
níveis recorde de produtividade.
Finalizamos o capítulo observando que a administração
cientifica contribuiu para o aumento da produtividade nas
organizações, e trouxe ideias que perduram até o momento
presente, também observamos algumas críticas feitas ao
trabalho de Taylor, que futuramente serão revisitadas uma
vez que ajudaram no aperfeiçoamento e desenvolvimento
de outras teorias de administração.
Teoria Clássica
INTRODUÇÃO:
Neste segundo capítulo continuaremos com as teorias

iniciais da administração, conforme comentamos
anteriormente, a abordagem clássica da administração
se divide entre administração científica e teoria clássica.
Assim, veremos agora a teoria clássica, sua origem, o
trabalho e Henry Fayol, suas proposições, o que ela traz de
relevante atualmente e as críticas feitas a essa teoria. Dando
continuidade aos nossos estudos sobre as perspectivas
iniciais de administração, agora focamos na corrente
inicial que foi desenvolvida na Europa, a chamada Teoria
Clássica, essa teoria nasce em um contexto semelhante à
administração científica, e busca também solucionar alguns
dos problemas das primeiras indústrias capitalistas.
Porém, ao contrário de Taylor, os pensadores da teoria clássica

partem de uma perspectiva gerencial e organizacional, isto é, enxergam
os problemas da perspectiva do gerente, focando diretamente nas
estruturas organizacionais e na maneira como as empresas alocavam
seus recursos e funções.
Introdução à Teoria Clássica

Da mesma forma que a administração científica, a teoria clássica
da administração se desenvolveu no intuito de auxiliar as industrias a
buscarem uma maior eficiência, porém, os teóricos dessa abordagem
têm um enfoque nas estruturas, isto é, acreditam que para uma maior
produtividade devem haver normas, regras e uma estrutura clara bem
organizada para possibilitar um trabalho bem executado.
Assim, essa abordagem acaba sendo mais sintética e global, uma

vez que não se preocupa apenas com um setor específico (Ex. Produção)
mas sim, com a organização geral das empresas.
Henri Fayol
Henri Fayol (1841 – 1925), é o fundador da teoria clássica da
administração, através de sua obra Andministracion Industrialle et
Generale (1916), Fayol vivenciou a realidade da primeira guerra mundial e
a vida no pós guerra, com a reconstrução da Europa e avanço das novas
tecnologias de transporte, produção e comunicação.
Ao contrário de Taylor, Fayol pertencia a uma família de classe

média, isso influencia na sua perspectiva das organizações, uma vez que
enxergava a organização do topo para baixo, afirmando que para existir
eficiência era necessário administração, organização e gerenciamento,
dessa forma, seu trabalho busca definir as funções básicas da empresa e
o conceito de administração.
Figura 10: Henri Fayol
Fonte: Wikicommons
Conceitos da Teoria Clássica da

Administração
A obra da teoria clássica então pode ser caracterizada como
uma teoria da administração, uma vez que, busca compreender o que
é administração e traça funções para administração, dessa forma, em
seguida vamos discutir os principais pontos da teoria clássica.
As Funções Básicas da Empresa

De acordo com Chiavenato (2011), Fayol coloca 6 funções básicas
das empresas:
1. Função técnica: relacionada a produção
2. Função comercial: relacionada as vendas
3. Função financeira: relacionada com as finanças
4. Função de segurança: relacionada com a proteção de bens e das

pessoas
5. Função contábil: relacionada com os registros contábeis
6. Função administrativa: coordena as demais

Figura 11 : Funções básicas da empresa para Fayol
Fayol entende a importância de outras funções organizacionais,

para ele é necessário existir uma função de coordenação e ordenamento
das demais, a qual chamava de administração.
Conceito de Administração
Conforme colocado acima, para Fayol existe uma função
administração que coordena as demais funções organizacionais, ele
também se preocupa em conceituar e elencar as funções da administração
que são as seguintes:
1. Prever: Ligado a visão de futuro e planejamento
2. Organizar: Parte mais importante para Fayol, envolve organizar a

estrutura organizacional
3. Comandar: Dirigir e orientar o pessoal
4. Coordenar: Ligar, unir e harmonizar
5. Controlar: Controle das ações e processos
EXPLICANDO MELHOR:
Fayol sofre uma influência direta das organizações militares,

dessa forma, ele compreende que é fundamental para as
organizações uma estrutura de comando bem projetada e
figuras de autoridade para impor disciplina e as tarefas
Proporcionalidade das Funções Administrativas

Esse princípio se refere ao fato de que para Fayol, apesar de ser
central e exercer um papel de coordenação a função administração ocorre
em todos os níveis hierárquicos da empresa, dessa forma, em todas as
funções existe alguém que realiza previsão, organização, comando,
coordenação e controle. Porém, conforme aumenta o nível hierárquico
maiores serão suas informações responsabilidades.
Princípios Gerais da Administração para Fayol

Fayol busca dar um caráter científico para sua teoria, dessa forma,
traça princípios gerais para a administração, sistematizando nos seguintes
pontos:
1. Divisão do trabalho
2. Autoridade e responsabilidade
3. Disciplina
4. Unidade de comando
5. Unidade de direção
6. Subordinação
7. Remuneração do pessoal
8. Centralização
9. Cadeia escalar
10.Ordem
11. Equidade
12. Estabilidade do pessoal
13. Iniciativa
14. Espírito de equipe
Ao mesmo tempo que traça esses princípios, Fayol defende que

a administração ocorre com base em ponderação e bom senso, dessa
forma não estabelece leis, mas sim princípios.
REFLITA:
Como você imagina uma organização que siga esses

preceitos? Você acha que é possível segui-los? O que é
necessário para conseguir isso?
Figura 12: Comandante militar
Fonte: Freepik
EXPLICANDO MELHOR:
Pode-se confirmar mais ainda as influências militares no

pensamento de Fayol, ele tem um pensamento prescritivo,
onde orienta aos demais administradores adotar esses
princípios para possibilitar um bom funcionamento das
organizações.
Teoria da Administração
Conforme mencionado anteriormente, os autores clássicos
buscaram estruturar sua teoria de forma a estabelecer princípios que
fossem usuais para todas as organizações, dessa forma acreditam em
uma administração baseada em divisão do trabalho, especialização,
coordenação e atividades de linha staff (CHIAVENATO, 2011).
1. Administração como ciência: A teoria clássica foi a primeira a ter

essa preocupação, buscando estabelecer princípios e defendendo
a necessidade de método para a elaboração de teorias e

conclusões, além de defender o ensino formal da administração.
2. Teoria da organização: A teoria clássica entende as organizações

como estrutura, dessa forma, busca estabelecer um entendimento
sobre o que são as organizações, se preocupando em delimitar as
organizações como objeto e entendê-las.
EXPLICANDO MELHOR:
O enfoque da teoria clássica são as estruturas pois, para

essa corrente é a maneira de organizar ou a linha de
comando que define como a organização opera e revela
possíveis erros e qualidades, para tanto analisam as
estruturas organizacionais de cima para baixo, tendo uma
visão de comando e subordinação
3. Divisão do trabalho e especialização: Fayol visualizava que a

divisão do trabalho era fundamental para definir as organizações, e
dava enfoque a como a organização se dividia (Ex. Departamentos,
setores e divisões). Enxergava que havia uma divisão vertical
do trabalho, que era referente ao conceito de autoridade e
subordinação. E também, uma divisão horizontal do trabalho que
era referente à departamentalização e estrutura organizacional.
4. Coordenação: Para Mooney (1947), um dos importantes autores

da teoria clássica, a coordenação é a distribuição ordenada do
esforço em grupo. Assim, a coordenação serve para manter os
interesses em comum, indicando o objetivo a ser alcançado.
Aplicação da Teoria Clássica na Atualidade

A teoria clássica foi a primeira teoria da administração com a
preocupação de estabelecer princípios e conceitos que a afirmassem
como algo de caráter científico. Essa abordagem também enfatiza a
importância da estrutura organizacional e cadeia de comando para a
manutenção da organização.
Esses princípios se mostram atuais, uma vez que temos como uma
das funções administrativas a função organização, e ao mesmo tempo
ainda existe uma preocupação com a hierarquia, liderança e controle
das pessoas dentro do ambiente organizacional, além disso, a teoria
clássica deu início a ideia de funções da administração, ensino formal da
administração, coordenação entre as equipes e divisão departamental,
que são questões fundamentais e atuais.
Críticas à Teoria Clássica

A teoria clássica também sofre uma série de críticas, onde
destacam-se:
1. Abordagem simplificada: A teoria clássica concebe a organização

como uma estrutura apenas formal, desconsiderando os aspectos
humanos presentes dentro da sua operação, e ao mesmo tempo
desconsiderando como a atividade organizacional acontece no
nível individual.
2. Falta de trabalhos experimentais: Os autores da teoria clássica

se baseavam em observações empíricas e nas suas observações
do mundo ao seu redor, dessa forma, lhes faltava o uso de
experimentos para confrontar suas ideias.
3. Racionalismo excessivo: Ao considerar a organização como

uma estrutura formal, a teoria clássica tem uma visão de que
os comportamentos ocorrem de forma estritamente racional,
mas é possível visualizar que existem outros componentes que
influenciam o comportamento dentro das organizações.
4. Visão mecanicista: A teoria clássica considera que o

comportamento das organizações é mecânico, dessa forma, a
estrutura organizacional definiria os comportamentos e ações da
organização, mais uma vez deixando de lado outros componentes.
5. Abordagem incompleta e de sistema fechado: Assim como

a administração cientifica, a teoria clássica considera apenas
a organização formal, e também não considera a influência de
elementos externos dentro da organização.
SAIBA MAIS:
Veja aqui um exemplo da aplicação dos princípios de

administração na animação “A fuga das Galinhas”, onde
podemos ver a importância da coordenação, divisão do
trabalho e organização. Acesse clicando aqui.
RESUMINDO:
E agora, o que achou da teoria clássica da administração? Neste

segundo capítulo aprendemos mais sobre essa que é uma das
escolas pioneiras da administração, buscamos compreender
sua origem, ideias, aplicabilidade nos dias atuais e por fim vimos
as críticas que foram feitas, sendo estas fundamentais para o
desenvolvimento futuro da administração.
Em resumo, a teoria clássica da administração foi um conjunto de

teorias desenvolvidas por alguns pensadores, em destaque Elton
Mayo, que buscava auxiliar as primeiras industrias capitalistas
modernas, o enfoque dessa teoria é a questão das estruturas
organizacionais, assim, buscavam entender as organizações por
uma perspectiva gerencial, onde caberia aos gerentes organizarem
essa estrutura, hierarquia e cadeia de comando para manter a
coesão dentro das organizações.
Um destaque dessa corrente de pensamento é o fato de terem uma

preocupação em estabelecer conceitos básicos como administração
e organização, dessa forma, para a teoria clássica, as organizações
são estruturas que possuem função técnica, comercial, financeira,
de segurança e contábil, com uma função administrativa agindo
como coordenadora das demais. Seguindo essa ideia, propunham
que a função administrativa realizava um conjunto de cinco tarefas:

Previsão, organização, comando, coordenação e controle.
A teoria clássica, já possuía uma preocupação em incorporar um

caráter científico e generalizante para suas ideias, dessa forma
também traçaram uma série de princípios, ou seja, indicações, para
o funcionamento das organizações, defendendo especialmente a
questão da cientificidade da administração, divisão do trabalho e
especialização e coordenação.
Podemos observar que essa teoria apesar de sofrer críticas como

o fato de ignorar sistemas informais ou enxergar as organizações
como sistemas mecanicistas e fechados, conseguiu trazer grandes
contribuições para o pensamento da administração, exemplo
disso é a preocupação com a estrutura organizacional, normas e
cadeia de comando, que até hoje é visivelmente importante no
ambiente organizacional. Além desses exemplos, a teoria clássica
serviu de base para diversas melhorias e avanços teóricos que
veremos a seguir.
Teoria das Relações Humanas
INTRODUÇÃO:
Nosso terceiro capítulo é dedicado a abordagem das

relações humanas, que foi uma teoria que surgiu em resposta
à administração cientifica e teoria clássica, sendo a primeira
abordagem da administração que considerou aspectos
humanos e informais. Ao final desse capítulo teremos
compreendido as origens dessa teoria, seus conceitos, sua
aplicação, contribuição e as críticas que sofreu, com isso em
mente seremos capazes de compreender sua importância
e influência em teorias modernas de administração.
Após termos estudados as duas abordagens iniciais da
administração, podemos ver que ambas sofrem uma
mesma crítica: Tanto a administração cientifica quanto a
teoria clássica ignoram por completo os aspectos humanos
que envolvem o ambiente de trabalho.
Em resposta a isso, alguns pensadores buscaram introduzir conceitos

ligados a esses aspectos humanos e sociais dentro da administração,
sendo fortemente influenciados pela psicologia, psicologia do trabalho
e com base nos resultados do experimento de Hawthorne, dessa forma
desenvolveram a chamada teoria das relações humanas.
A abordagem das relações humanas foi a primeira a considerar

então os aspectos sociais no ambiente de trabalho e busca romper com
a visão mecanicista das abordagens clássicas da administração, sendo
fortemente influenciada pela crise dos anos de 1930, que deixou claro
a parcialidade de algumas ideias da administração clássica, veremos
nesse capítulo sobre sua origem, o experimento de Hawthorne, suas
proposições, contribuições e críticas.
Origens da Teoria das Relações Humanas

A teoria das relações humanas foi desenvolvida a partir de 1920,
podemos relacionar esse período à uma recessão e crise na economia
americana, combinado com isso, o desenvolvimento da psicologia

do trabalho e o início de uma visão mais crítica sobre o trabalho nas
organizações capitalistas deram base para que essa teoria fosse uma
teoria de oposição ao pensamento vigente (baseado na teoria clássica e
administração cientifica).
Porém, podemos dar importância ao experimento de Hawthorne

como o início dessa teoria, em conjunto com o desenvolvimento das
ciências humanas que demonstraram a necessidade de humanizar a
administração conforme veremos a seguir.
Figura 13: “Bonnie e Clyde”
Fonte: Wikicommons
SAIBA MAIS:
Um filme que serve de exemplo para entendermos o clima

de pessimismo e crítica que havia nos EUA após a crise
de 1929 é o filme Bonnie e Clyde (1967) do diretor Arthur
Penn, que mostra a vida do famosos casal de assaltantes,
esse filme repercutiu fortemente na cultura americana que
passou a enxergar o casal como uma espécie de “justiceiros”
ou “injustiçados” que lutavam contra as injustiças do mundo.
Experimento de Hawthorne
O experimento de Hawthorne foi uma serie de experiências
realizadas por Elton Mayo a partir de 1924, esse experimento foi realizado
em uma indústria que tinha uma rotatividade de pessoal em torno de
250%, com o objetivo de verificar fatores que afetavam a produtividade.
Figura 14: Elton Mayo
Fonte: Wikicommons
Mayo partiu das ideias da administração clássica e verificou que

apesar dos estímulos salariais a indústria continuava com uma alta
rotatividade, então buscou melhorar uma série de condições de trabalho,
com a contratação de enfermeiras, intervalos de descanso e melhorando
os horários de produção. Essas medidas surtiram efeito, porém, ainda
assim a produtividade não era tão alta e a rotatividade permanecia.
Em seguida, os pesquisadores buscaram entender o efeito da

iluminação no rendimento do trabalho, testando um novo tipo de lâmpada
em um grupo separado de trabalhadores, e constataram que de fato os
rendimentos melhoraram.
Para comprovar essa descoberta juntaram o grupo que estava

separado com os demais trabalhadores e instalaram as lâmpadas novas,
deixando a rotina normal de trabalho, porém, dessa vez observaram que
o trabalhou voltou a render pouco.
Dessa forma, passaram a entender que o fator que aumentou o

rendimento do grupo separado não foi a iluminação, mas sim, o fator
psicológico e social, uma vez que estavam sendo monitorados de perto
pelos pesquisadores os trabalhadores rendiam mais, ao mesmo tempo,
em um ambiente separado e longe dos supervisores da fábrica o trabalho
era mais agradável e permitia mais interação entre as trabalhadoras da
fábrica.
EXPLICANDO MELHOR:
O experimento de Hawthorne mostrou que o “clima”

de trabalho e as relações informais poderiam ter um
efeito positivo sobre a produtividade, o que contrariava
o pensamento vigente da época, que afirmava que era
necessário tornar o homem como uma máquina, onde
apenas desempenhava sua função. Dessa forma, o
experimento de Hawthorne mostrou que as relações
sociais e o ambiente de trabalho importam no rendimento
dos operários.
REFLITA:
Hoje me dia parece obvio dizer que o espirito de equipe e as

relações entre as pessoas influenciam no seu desempenho
no trabalho, mas coloque-se na perspectiva das pessoas
de 1920 – 1930, que tinham uma visão mecanicista do
trabalho, como as relações sociais no trabalho eram vistas?
Será que eram confundidas com o conceito de “vadiagem”
proposto por Taylor? E hoje em dia? Como são vistas as
relações sociais nas organizações?
SAIBA MAIS:
Para saber mais sobre o experimento de Hawthorne acesse

a reportagem do site administradores.com, clicando aqui.
Conclusões do Experimento de Hawthorne

Como vimos anteriormente, o experimento de Hawthorne mostrou
a existência de organizações informais dentro das organizações. Podemos
colocar as seguintes contribuições como resultado do experimento de
Hawthorne:
1. O nível de produção é resultante da integração social: A

integração entre as pessoas e o clima positivo que as equipes
informais e os laços de amizade entre as pessoas forneciam
impactam diretamente na forma em como os trabalhos são
desenvolvidos.
2. Os indivíduos se comportam de acordo com o grupo: As

decisões que afetam positivamente e negativamente um indivíduo
de um grupo tem impacto nos demais componentes do grupo,
dessa forma, para realizar a gestão os administradores devem
estar atentos aos grupos dos indivíduos.
3. Recompensas e sanções sociais afetam o individuo
4. Existem grupos informais
5. Existem relações humanas nos grupos sociais
6. Importância do conteúdo dos cargos: Os cargos têm um efeito

moral na visão das pessoas, sendo que os trabalhos simples e
monótonos causavam uma diminuição no moral do trabalhador,
diminuindo consequentemente seu rendimento
7. Aspectos emocionais como importantes: A satisfação, espírito

de equipe, e amizade dentro do ambiente de trabalho afetam os
resultados.
Visão do Homem na Sociedade

Industrializada
A teoria das relações humanas demonstrou que claramente
os aspectos humanos estavam sendo ignorados na gestão das
organizações, e que esses aspectos afetam diretamente o desempenho
das organizações.
Elton Mayo (1880 – 1949), o principal autor da teoria das relaçoes

humanas, era um psicólogo de formação, então naturalmente se
importava e visualizava a importância dos aspectos humanos e sociais
para as pessoas.
Dessa forma, a teoria das relações humanas, amparada nos

resultados do experimento de Hawthorne e nas teorias da psicologia,
sociologia e psicologia do trabalho, buscou modificar a concepção e visão
do ser humano dentro das organizações onde destacamos os seguintes
pontos de acordo com Chiavenato (2011):
1. O trabalho é uma atividade de grupo: As pessoas se organizam

em grupos informais dentro do trabalho e para realizar suas
atividades é necessária a colaboração entre as pessoas.
2. As pessoas reagem como membros de um grupo: As não afetam

as pessoas apenas como indivíduos, mas sim como membros de
um grupo, dessa forma, uma decisão pode ser vista como injusta
dentro de um grupo e afetar a todos dentro daquele grupo.
3. A tarefa básica da administração é gerenciar os grupos: Para

a teoria das relações humanas, as pessoas quando motivadas e
satisfeitas tendem a realizar as tarefas da melhor forma possível,
dessa forma, enfatizam a administração como uma função de
gerenciamento de pessoas, assim, os administradores devem ser
capazes de gerencias os grupos informais e formais que existem
nas organizações.
4. O ser humano tem necessidades de reconhecimento: As

pessoas são movidas por mais do que recompensas financeiras,
serem vistos como bem-sucedidos ou importantes dentro de seus
grupos é algo que motiva e incentiva as pessoas no ambiente de
trabalho.
Funções da Organização na Teoria das

Relações Humanas
A teoria das relações humanas demonstrou a existência dos grupos
informais dentro das organizações e incorporou esse conceito à teoria das
organizações, dessa forma, a teoria das relações humanas enxerga que
as organizações são compostas por um sistema formal e por um sistema
informal, conforme a figura 18:
Figura 15 : Funções básicas da organização para a teoria das relações humanas

Assim, dentro das organizações existe um sistema formal, que

segue os princípios da administração clássica e que tem uma função
econômica, buscando um equilíbrio externo com o mercado.
A Organização Informal
A organização informal foi uma das maiores contribuições da
abordagem das relações humanas, sendo ela um objeto de interações
sociais constantes, sentimentos, ideias e crenças.
A teoria das relações humanas propõe que as organizações

informais nascem naturalmente, podendo ser resultado direto das
interações e laças de amizade dos indivíduos, como também podem ser
formadas artificialmente pelas interações que a organização formal impõe
aos funcionários.
Dessa forma a organização informal é composta pelos grupos,

subgrupos e indivíduos da organização e é ela que define o equilíbrio
interno da organização, que por sua vez afeta também a organização formal.
Motivação
Como vimos, a teoria das relações humanas buscou incorporar
aspectos humanos e de psicologia na administração, dessa forma,
vai contra à administração cientifica que defendia a ideia de homem
econômico, ou seja, o homem é motivado apenas por questões
monetários.
Assim, um dos campos de estudos da teoria das relações humanas

é a motivação, tentando explicar os motivos que levam as pessoas a agir,
dessa forma, acreditam que as ações humanas ou seu comportamento
são resultado da interação entre o ambiente e as suas individualidades.
EXPLICANDO MELHOR:
C = f (P,M)
Essa função explica o pensamento exposto acima, onde o
comportamento (C) é uma função (f) da interação entre a
pessoa (P) e o meio ambiente (M)
Outro avanço acerca de motivação vem da ideia das necessidades

humanas, a teoria das relações humanas propõe que o homem não
possui apenas necessidades financeiras, mas sim, necessidades
fisiológicas (ligadas à higiene e condições naturais), necessidades
psicológicas (ligadas aos sentimentos, segurança, afeição e participação)
e necessidades de autoafirmação (ligadas ao autodesenvolvimento).
Liderança
Como vimos, para a teoria das relações humanas, a administração
possui um papel de manter a coesão e equilíbrio do sistema formal e
informal da organização, para tanto, é necessário liderança, essa teoria foi
a primeira a propor teorias sobre liderança, conforme veremos a seguir.
Para a teoria das relações humana, a liderança é um fenômeno

interpessoal, onde o líder busca reduzir as incertezas do grupo, estabelece
objetivos e regras, além de ajudar a influenciar as pessoas, dessa forma, a
liderança está diretamente ligada com a figura do líder, onde se propõem
3 abordagens para a origem da liderança:
1. Teoria dos traços de personalidade: Essa teoria defende a ideia

de líder natural, onde os traços de personalidade como carisma e
comunicação definem se uma pessoa é capaz de ser um líder ou
não.
2. Teoria dos estilos de liderança: Defende que o líder pode exercer

estilos diferentes de liderança de acordo com o grupo, variando
de uma liderança mais democrática para uma liberal ou até uma
abordagem mais autocrática.
3. Teoria situacional: Defende que o líder pode se adaptar as

situações, podendo em determinada situação apresentar um estilo
de liderança e em outra situação um outro estilo, dessa forma, o
líder se adaptaria ao ambiente.
Críticas à Teoria das Relações Humanas

Podemos resumir as críticas sofridas pela teoria das relações
humanas nos seguintes pontos:
1. Visão inadequada dos problemas das organizações industriais:

A escola das relações humanas acreditava que eram naturalmente
conflitantes os interesses dos funcionários e dos gestores, dessa
forma, para essa escola os gestores devem resumir sua função a
balancear esse conflito, o que a impediu de visualizar os outros
problemas que as organizações enfrentam.
2. Concepção ingênua dos operários: Pode-se afirmar que essa teoria

enxerga de forma ingênua os operários, uma vez que acredita que
os operários sempre buscarão fazer o melhor e que não podem
desenvolver um comportamento antiético, o que não acontece na
realidade.
3. Limitado número de experiências: As pesquisas da teoria das

relações humanas focaram apenas nas indústrias capitalistas,
dessa forma, não analisaram outras organizações o que limita sua
universalidade.
4. Enfoque manipulativo das relações humanas: Uma crítica que

vem da psicologia e da sociologia é que a teoria das relações
humanas buscou compreender o componente humano não para
aprimorar a qualidade de vida no trabalho, ou para auxiliar o
trabalhador a se sentir auto realizado no trabalho, mas sim para
dar informações e capacidade para as organizações manipularem
o componente humano dentro das empresas.
SAIBA MAIS:
Para entender mais sobre a questão de manipulação das

relações humanas leia o livro O Poder das Organizações
(1987) de Max Páges, que trata dessa questão e tem uma visão
crítica do componente humano dentro das organizações.
ACESSE:
Uma dica de podcast para se inteirar sobre as ideias

de psicologia dentro da administração é o psicocast,
clique aqui para acessar.
RESUMINDO:
E aí, conseguiu compreender a teoria das relações humanas? Como

ela se contrapõe às duas abordagens anteriores?
Em resumo, neste capítulo vimos a primeira teoria da administração

que é derivada de outras teorias, uma vez que a teoria das relações
humanas nasce como crítica às abordagens clássicas.
Estudamos o experimento de Hawthorne para entender a ideia

de sistema informal dentro das organizações, onde esse sistema
é responsável pelo equilíbrio interno das organizações e reflete
diretamente no seu desempenho.
Também vimos como a teoria das relações humanas incorporou

uma ideia mais humana dentro da teoria das organizações,
considerando o ser humano de maneira mais complexa do que as
abordagens anteriores.
Por fim, estudamos a questão de liderança e motivação dentro da

abordagem das relações humanas e também as principais críticas
feitas a essa abordagem, onde destaca-se sua visão ingênua do
ser humano e falta de objetividade quanto aos problemas das
organizações.
Teoria Neoclássica
INTRODUÇÃO:
Em nosso último capítulo estudaremos a abordagem

neoclássica da administração, essa abordagem, como
o próprio nome diz, busca entender as teorias clássicas,
avaliar suas críticas e gerar uma nova teoria, que consegue
absorver conhecimentos uteis das abordagens anteriores,
dessa forma, a abordagem neoclássica toma princípios
das abordagens anteriores e avança no desenvolvimento
da administração como ciência. Assim, veremos sua
origem, o que propõe, as funções do administrador e da
organização e por fim as críticas feitas a essa abordagem.
Como comentamos anteriormente, a teoria neoclássica é
uma teoria baseada nas teorias anteriores que estudamos,
ela se inicia a partir da década de 1950, tendo seu enfoque
no chamado processo administrativo, isto é, na função da
administração, desta forma, a teoria neoclássica pretende
estabelecer princípios que sejam universais e compreender
o que são as organizações e o que é a administração.
Assim, podemos classificar a teoria neoclássica como uma

abordagem eclética, que incorpora os conceitos das abordagens
anteriores, entende as críticas feitas a estas e busca avançar propondo
novos pontos.
Características da Teoria Neoclássica

Ênfase na Prática da Administração
A teoria neoclássica busca responder as demandas das
organizações, para tanto, foca em uma questão central e universal para a
administração, que é justamente a aplicação pragmática da administração.
Desta forma, a teoria neoclássica foca na aplicação da administração

e na geração de resultados que o trabalho do administrador pode trazer.
Reafirmação Relativa dos Princípios Clássicos

Como o próprio nome diz, a teoria neoclássica é uma derivação dos
princípios clássicos, uma vez que, enxerga as contribuições dessas teorias
como a estrutura organizacional linear, autoridade e responsabilidade,
departamentalização e organização.
Ao mesmo tempo, os autores neoclássicos enxergam que

os princípios clássicos podem ser aplicados desde que sejam
redimensionados à realidade, sendo um pouco mais flexíveis com esses
princípios.
Princípios Gerais de Administração

Um dos objetivos do pensamento neoclássico é definir princípios
que sejam universais para todos os administradores independentemente
do tipo de organização em que atuam, dessa forma, enxergam que
o pensamento clássico de estabelecer leis e normas rígidas é incapaz
de responder as demandas das organizações e dos mercados que se
encontram em constante mudança.
Dessa forma, o pensamento neoclássico busca flexibilizar leis na

forma de princípios que sejam genéricos e capazes de acontecer em
qualquer tipo de organização.
EXPLICANDO MELHOR:
A teoria neoclássica, enxerga as diferenças significativas

entre as organizações, mercados e contextos, dessa forma,
busca traçar princípios universais para os administradores,
exemplo disso é a função do administrador e o conceito de
organização que veremos mais à frente.
Ênfase nos Objetivos e Resultados

Como afirmamos anteriormente, o pensamento neoclássico é
extremamente pragmático, isto é, é focado em atingir resultados tangíveis
e solucionar problemas reais, dessa forma, enxergam que as organizações
nascem para atender as demandas do ambiente externo e que devem

ter objetivos claros, uma vez que esses objetivos sejam atingidos, a
organização pode considerar que obteve sucesso.
EXPLICANDO MELHOR:
O pragmatismo da teoria neoclássica em relação aos

objetivos, metas e resultados acaba dando origem a uma
outra teoria, chamada de administração por objetivos
(APO), estudaremos esse pensamento no próximo módulo.
Princípios Básicos das Organizações

Como vimos anteriormente, a escola neoclássica busca estabelecer
princípios universais para a administração, isso se reflete na intenção
dessa escola de definir o conceito de organização formal, dessa forma,
afirmam que as organizações nascem para atingir objetivos ligados
as necessidades externas, possuem uma administração e devem
atingir objetivos, além disso, traçam as seguintes características como
fundamentais para se definir organização:
1. Divisão do trabalho: Toda organização busca produzir algo que

não seria possível de forma individual, para tanto, utiliza a divisão
do trabalho, que gera como efeitos a especialização do trabalho,
maior produtividade, mais eficiência e redução dos custos.
2. Especialização: É a consequência da divisão do trabalho,

cada cargo e departamento acaba tendo uma função na qual é
especializada.
3. Hierarquia: Outra consequência da divisão do trabalho, a hierarquia

é o mecanismo que garante a existência da estrutura organizacional,
uma vez que ela gera autoridade e responsabilidades aos
membros da organização além de possibilitar que estes deleguem
sua autoridade e responsabilidade para pessoas abaixo de si na
estrutura da organização.
4. Amplitude administrativa: é uma decorrência da hierarquia,

significa o número de pessoas subordinadas a determinada
pessoa, quanto mais pessoas, maior a amplitude administrativa.
Funções do Administrador
Da mesma forma com que define a organização como uma estrutura
com objetivo próprio que possui divisão do trabalho, especialização,
hierarquia e amplitude administrativa. A teoria neoclássica visa trazer
princípios básicos e universais para a função do administrador, que podem
ser resumidas pela sigla PODC, ou seja, planejamento, organização,
direção e controle.
Figura 16 : Processo Administrativo
Planejar
O planejamento é o início do ciclo administrativo, nas organizações
não deve haver improviso, ou seja, tudo deve ser previamente
planejado para se atingir os resultados esperados, dessa forma a função
planejamento analisa o ambiente externo e prepara a organização para

atingir seus objetivos, através das seguintes ações:
1. Estabelecimento dos objetivos: O planejamento fixa objetivos de

acordo com a análise de fatores internos e externos, demonstrando
as pretensões futuras das organizações.
2. Desdobramento dos objetivos: Uma vez estabelecidos objetivos

gerais, a função planejamento vai refletir esses objetivos por toda
a estrutura organizacional, criando políticas e ações para atingir os
objetivos.
EXPLICANDO MELHOR:
Aqui se desenvolve a ideia de planejamento estratégico,

tático e operacional, onde os níveis superiores (estratégico)
possuem responsabilidades e autoridade maior que os
níveis mais inferiores (operacional). Dessa forma, para a
teoria neoclássica os objetivos vão sendo desdobrados
em cada nível organizacional iniciando no estratégico até
o operacional.
3. Abrangência dos planos: É referente a ideia de hierarquia dos

objetivos que nos referimos acima, dessa forma, existe o nível
estratégico da organização, que define objetivos de longo-prazo
e envolve a organização como um todo, que coordena por sua
vez o nível tático, que opera no médio e curto prazo, englobando
as demais funções organizacionais (Ex. Marketing, finanças, RH e
produção), que é responsável pelo nível operacional que é onde
ocorrem as ações das empresas no curto prazo.
Organizar
É a função organizacional responsável por estabelecer a estrutura
organizacional formal, agrupa as atividades, determina as atividades
especificas de cada função e aloca os recursos da organização para cara
departamento.
A função organização então, parte dos planos definidos pela função

planejamento e estrutura a organização para atingir tais objetivos, criando
setores e departamentos e aplicando recursos para essas divisões.
Dirigir
A direção ocorre após o planejamento e a organização, essa função
é responsável por aplicar os recursos (tanto físicos quanto humanos),
ou seja, após estabelecer metas e objetivos e traçar planos de ação
(planejamento) a organização organiza a estrutura (organização) e em
seguida executa as ações programadas, para tanto os administradores
devem dirigir os recursos organizacionais, dessa forma, coordenando as
ações das organizações.
Controlar
É a última função do processo administrativo, sendo a função que
analisará como as ações estão sendo desenvolvidas e observará se os
resultados foram atingidos de fato. Para tanto, o controle ocorre em 4 fases:
1. Estabelecimento de padrões: refere-se a estabelecer metas e

formas para desenvolver as ações, buscando montar critérios para
a tomada de decisão
2. Observação do desempenho: é o processo de controle das

ações, vendo se as ações estão ocorrendo conforme os padrões.
3. Comparação do desempenho com o padrão estabelecido:

etapa onde se compara se as ações foram realizadas conforme
o esperado e também se os resultados organizacionais foram
atingidos
4. Proposição de ações corretivas: conforme os resultados não

estão progredindo como o esperado, cabe ao controle entender
o que está acontecendo e propor medidas para alterar esse
processo.
EXPLICANDO MELHOR:
Notou que as funções administrativas defendidas pela

escola neoclássica são as mesmas que vimos no módulo
anterior? Isso mostra que mesmo mais de 60 anos depois,
algumas ideias dessa escola permanecem uteis para a
administração.
Críticas a Teoria Neoclássica

A teoria neoclássica por ser baseada nos preceitos clássicos, muitas
vezes é criticada pela falta de ousadia e avanços, ao mesmo tempo as
posições defendidas pela teoria neoclássica sobre as organizações,
objetivos e função administrativa, se mantém atuais e são utilizadas
constantemente.
Dessa forma, as críticas que podem se fazer a teoria neoclássica

ocorrem pela falta de avanços com relação as demais, pelo fato de
considerarem o sistema informal da organização, porém não contribuírem
para geri-lo e pelo fato de considerarem as inconstâncias e turbulências
ambientais afetando as organizações, vendo o processo administrativo
como rígido e perfeitamente controlável.
RESUMINDO:
E aí, vimos bastante conteúdo nessa unidade do curso, não? O que

achou das primeiras abordagens da administração? Conseguiu
entender como a administração surgiu?
Vamos primeiro fechar nosso último capítulo da unidade, o que achou

da teoria neoclássica? Nesse capítulo conhecemos essa teoria, que
foi uma tentativa de se atualizar e aprimorar as teorias clássicas.
Vimos especificamente como a teoria neoclássica entende o

conceito de administração sendo um processo que envolve
planejamento, organização, direção e controle constantes. Também
vimos que essa teoria busca de maneira pragmática estabelecer
princípios universais sobre administração, incluindo também o
conceito de organização como uma estrutura composta de divisão
do trabalho, especialização, hierarquia e amplitude administrativa,
que possui objetivos claros ligado ao ambiente externo.
Para fechar nossa unidade também devemos refletir sobre as

primeiras abordagens da administração, vimos a administração
cientifica e teoria clássica, que são as abordagens iniciais da
administração, ambas buscavam resolver os problemas das
primeiras organizações industriais capitalistas, sendo a primeira
focada nas tarefas ao aumentar a produtividade por meio da
divisão cientifica do trabalho, já a segunda focada nas estruturas
organizacionais e em estabelecer uma ordem clara de comando.
Também aprendemos sobre a teoria das relações humanas,

que foi a primeira abordagem a buscar incorporar os aspectos
humanos da administração, e baseada no experimento de
Hawthorne demonstrou a existência de um sistema informal dentro
das organizações, baseado nas relações humanas, amizade e
companheirismo, que influencia diretamente os resultados das
organizações, desta forma, a gestão deve se preocupar com tais
aspectos para trazer resultados.
Por fim, estudamos a teoria neoclássica, que buscou renovar

os preceitos das teorias anteriores e moderniza-los, essa teoria
servirá de base para as próximas teorias que veremos no módulo
seguinte, onde veremos teorias modernas que se iniciaram nos
anos de 1960 – 1980 e tem impacto na forma como enxergamos
a gestão até hoje.
REFERÊNCIAS
MAXIMIANO, Antonio C. A. Introdução à administração 1ªed. São
Paulo: Atlas, 2011
CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administração 8ªed. Rio de

Janeiro: Elsevier, 2011
CORREA Henrique L; CORREA Carlos. Administração de produção e

operações: O essencial – 3ªed- São Paulo: Atlas 2017
CFA – Conselho Federal de Administração, História da profissão,

disponível em: https://cfa.org.br/administracao-administracao/
administracao-historia-da-profissao/, acesso em 05/agosto, 2019
TAYLOR, Frederich. Administração científica. São Paulo: Atlas, 1997.
TZU, Sun. A arte da guerra. Trad. Bushido, Nikko. São Paulo: Jardim
dos livros, 2007
SMITH, Adam. A riqueza das nações. Nova Fronteira, 2017.

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Fundamentos da

Influência da Igreja Católica.................................................................................. 16

Influência das Instituições Militares................................................................. 17

Influência da Revolução Industrial................................................................... 18

Influência do Liberalismo Econômico.......................................................... 20

Abordagens Clássicas da Administração...................................................................... 20

Quais eram os Problemas das Empresas da Época?.........................24

Organização Racional do Trabalho...................................................................25

Princípios da Administração Científica...........................................................28

Críticas à Administração Científica.................................................................. 30

Impacto Atual da Administração Científica....................................................................32

As Funções Básicas da Empresa.......................................................................37

Proporcionalidade das Funções Administrativas.................................. 38

Princípios Gerais da Administração para Fayol...................................... 38

Aplicação da Teoria Clássica na Atualidade................................................................. 41

Críticas à Teoria Clássica ...........................................................................................................42

Teoria das Relações Humanas....................................................................45

Conclusões do Experimento de Hawthorne............................................ 49

Visão do Homem na Sociedade Industrializada...................................................... 50

Funções da Organização na Teoria das Relações Humanas........................... 51

Críticas à Teoria das Relações Humanas........................................................................54

Ênfase na Prática da Administração............................................................... 56

Reafirmação Relativa dos Princípios Clássicos.......................................57

Princípios Gerais de Administração.................................................................57

Ênfase nos Objetivos e Resultados.................................................................57

Princípios Básicos das Organizações............................................................................... 58

Críticas a Teoria Neoclássica...................................................................................................62

Neste curso iremos nos aprofundar no estudo de administração, vamos

Este tipo de estudo é o que chamamos também de teoria das

1. Explicar como surgiram os estudos de administração, compreender

2. Reconhecer os conceitos, história, aplicação e críticas da teoria

3. Interpretar a origem, as soluções, conceitos e críticas advindas da

4. Identificar como surgiu, quais são os princípios, quais as aplicações

Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento?

Neste capítulo, compreenderemos como a gestão das

As teorias clássicas de administração, que são as abordagens iniciais

Dessa forma, podemos afirmar que sempre existiram as

Figura 1: Pirâmides do Egito

Também podemos entender a partir desse conceito que sempre

Assim, podemos afirmar que embora de forma rudimentar, alguns

Figura 2: O farol de Alexandria

Em especial, alguns autores merecem destaque pelo fato de terem

Aristóteles (348 a.C. – 322 a.C.): no livro Política, Aristóteles

monarquia forte. Aristóteles também defende a ideia de que os sábios

Thomas Hobbes (1588-1679): em O Leviatã, sua principal obra,

Jean-Jacques Rousseau (1712 – 1778): tem uma visão oposta

Um dos livros clássicos para a administração é “O Principe”

Influência da Igreja Católica

Um dos fatores que definiu permanência e a longevidade da igreja

Um dos aspectos mais interessantes sobre a Igreja Católica

Influência das Instituições Militares

Podemos apontar algumas ideias que foram retiradas do contexto

cadeia de comando, a ideia de uma hierarquia rígida onde os comandos

Destacamos também os conceitos de estratégia, que nascem

A logística e estratégia são ideias desenvolvidas dentro

Influência da Revolução Industrial

eletricidade. Esse cenário contribuiu para uma mecanização da atividade

Assim, podemos apontar como consequência da revolução

Influência do Liberalismo Econômico

Em A Riqueza das Nações (1776), Adam Smith, coloca seus

Abordagens Clássicas da Administração

Tabela 1: Administração Científica x Teoria Clássica da Administração.

Administração Científica Teoria Clássica